Cartilha Mata Branca

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Caatinga
na
Cartilha
Prof. Ms. Lúcio Roberto Galvão de Araújo
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Esta cartilha básica tem como objetivo informar ao sertanejo, da caatinga
cearense, sobre o uso racional da mesma, no que diz respeito ao bioma, sua
fauna e flora, bem como a conservação de recursos naturais e da
biodiversidade através de algumas informações sobre o manejo sustentável
da caatinga.
1. APRESENTAÇÃO
Exclusivamente brasileiro, a Caatinga ocupa cerca de 11% do país
(844.453 Km²), sendo o principal ecossistema/bioma da região nordeste. A
caatinga é o bioma que ainda necessita de muitos estudos e pesquisas. No
entanto, os dados mais atuais indicam uma grande riqueza de ambientes e
espécies, com muitas espécies de plantas, de mamíferos e de aves, por
exemplo, sendo que muitas destas espécies ocorrem somente na caatinga.
Cerca de 27 milhões de pessoas vivem atualmente na área original
da caatinga, sendo que 80% de seus ecossistemas originais já foram alterados,
principalmente por meio de desmatamentos e queimadas, em um processo de
ocupação que começou nos tempos do Brasil colônia. Grande parte da
população que reside em área de caatinga é carente e precisa dos recursos da
sua biodiversidade para sobreviver. Por outro lado, estes mesmos recursos, se
conservados e explorados de forma sustentável, podem impulsionar o
desenvolvimento da região.
A conservação da caatinga está intimamente associada ao combate da
desertificação, processo de degradação ambiental que ocorre em áreas áridas,
semi-áridas e sub-úmidas secas. No Brasil, 62% das áreas susceptíveis à
desertificação estão em zonas originalmente ocupadas por caatinga, sendo
que muitas já estão bastante alteradas.
No contexto internacional, a caatinga está relacionada diretamente a
duas das 3 principais convenções de meio ambiente, no âmbito das nações
unidas, quais sejam a Convenção de Diversidade Biológica - CDB e a
Convenção de Combate à Desertificação - CCD. Este contexto pode ajudar na
conservação deste bioma, caso haja união de esforços por parte dos
responsáveis pela implementação destas convenções no país, respectivamente
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a Secretaria de Biodiversidade e Florestas e a Secretaria de Extrativismo e
Desenvolvimento Rural Sustentável, do Ministério do Meio Ambiente - MMA, e
seus parceiros nas esferas governamentais e não-governamentais. A caatinga
indiretamente também se relaciona com a Convenção de Mudanças
Climáticas, já que estas adquiriram escala global.
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2. SOBRE O BIOMA
A palavra caatinga, de origem tupi, significa mata branca. A razão
para esta denominação reside no fato de apresentar-se a caatinga verde
somente no inverno, a época das chuvas, de curta duração. No restante do
ano a caatinga, inteiramente, ou parcialmente, sem folhas, apresenta-se
clara; a vista penetra sem dificuldade até grande distância, perscrutando os
caules esbranquiçados que na ausência da folhagem dão o tom claro a essa
vegetação.
A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro predominando em
todos os estados do Nordeste e uma pequena parte do estado de Minas Gerais.
Este bioma é extremamente frágil, e vêm sofrendo ao longo dos anos um
rápido processo de desertificação devido, principalmente, a exploração
irracional
das
espécies
madeireiras,
as
queimadas
desordenadas,
o
desmatamento para exploração de lenha para carvão e a erosão dos solos que
impendem o desenvolvimento das plantas no campo.
A Caatinga é uma das regiões semi-áridas mais populosas e mais
ricas em biodiversidade do mundo. Desde o período colonial, o ecossistema
vem sofrendo drásticas modificações devido às ações humanas, tendo hoje
mais de 45% de sua área desmatada. Isso a torna um bioma vulnerável
principalmente pelo processo de desertificação.
Do território da caatinga 7,8% estão protegidos por unidades de
conservação dos quais 1,3% por áreas de proteção integral; um número abaixo
da meta nacional de 10% conforme o compromisso do Brasil como signatário
em 1997 da Convenção Internacional de Diversidade Biológica. Isso mostra que
maiores esforços de conservação deveriam ser priorizados na caatinga. O
setor privado tem contribuído para a conservação voluntária no bioma através
das 46 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) já estabelecidas
que protegem 75.684,06 ha que correspondem a 6,9% das áreas integralmente
protegidas do ecossistema. Essas reservas correspondem em número a 35,6%
das unidades de conservação na caatinga.
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FISIONOMIAS VEGETAIS DO NORDESTE (mma.gov.br/sitio)
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3. FAUNA E FLORA
A fauna da caatinga sofre com a caça e a ocupação humana, e como
conseqüência disso, muitas espécies já foram extintas, outras estão sob
ameaça como o tatu-bola, o tamanduá-mirim, a onça-parda e o soldadinhodo-araripe.
Apesar de sua fragilidade, possui uma grande quantidade de
espécies exclusivas. Segundo dados da Reserva da Biosfera da Caatinga (2008),
já foram registradas:
 148 espécies de mamíferos;
 348 de aves;
 154 de répteis e anfíbios;
 185 de peixes;
 5.344 espécies vegetais.
Devido a extensos períodos secos que podem durar até 8 meses ao
ano, profundidade e qualidade dos solos e relevo as plantas da caatinga
apresentam diversas adaptações. Algumas espécies possuem caules verdes e
folhas modificadas em espinhos, outras perdem suas folhas durante a estação
seca e algumas possuem ceras e óleos, essas são estratégias que combatem a
perda superficial de água.
Fruto da Aroeira
Periquitos-da-caatinga
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Periquito verde consumindo
o fruto do mandacaru
Belas flores do rabo de raposa
Camaleão da caatinga
Caprinos comendo folhas de imbuzeiro
Sua flora é composta basicamente de gramíneas, vegetação
arbustiva e cactos. Em sua fauna existem muitos lagartos e mamíferos
grandes, mas não faltam aves e anfíbios.
A vegetação da caatinga possui um papel fundamental na vida do
sertanejo, fornecendo produtos madeireiros (lenha, carvão e estacas) e nãomadeireiros (frutas, mel, plantas medicinais, sementes), além de servir de
alimento para os animais de criação (gado, caprinos e ovinos).
3.1 . O Imbuzeiro
Na região semi-árida do Nordeste, muitos agricultores retiram os
xilopódios de plantas adultas de imbuzeiro para produção de doce em massa,
o chamado “doce de cuca de imbu”. Este tipo de doce é encontrado na
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maioria das feiras-livres da região e, também é levado para São Paulo, onde é
bastante consumido.
Essa atividade, embora seja uma alternativa de geração de renda
para os agricultores, pode ser uma causa da degradação do meio ambiente e
levar o imbuzeiro a extinção. Os xilopódios do imbuzeiro são órgãos de
reserva do sistema radicular que armazenam água e substâncias nutritivas que
são utilizados pelas plantas nos períodos de estiagem, com isso, a retirada dos
xilopódios pode causar sérios danos as plantas.
Em um estudo realizado durante 10 anos numa área de 197 hectares
de caatinga do município de Lagoa Grande, PE, onde os agricultores retiravam
xilopódios para produção de doce de 1182 plantas, foram encontradas menos
de 5% de plantas mortas atribuídas a retirada de xilopódios.
A maioria das plantas mortas (16,5%) foi cortada pelos agricultores
para retirada de mel de abelha e 3,87% das plantas mortas foram atacadas por
brocas e cupins que destruíram seus caules.
Em dormência vegetativa
Com folhas maduras
Na fase de floração
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3.2 A Favela
Consumo da favela pelos caprinos na caatinga
A favela (Cnidoscolus phyllacanthus (Muell. Arg.) Pax. Et K.
Hoffman) é uma forrageira nativa das caatingas do Nordeste com sua
distribuição geográfica nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, muito consumida pelos
animais, principalmente no período de seca. A favela é arbusto de grande
porte da família das EUPHORBIACEAE com ramos lenhosos e crassos, com
porte variando de 3,5 a 7,8 m, esgalhada irregularmente e armada com
espinhos nas folhas.
Quando os ramos são cortados, exsudam látex branco. Suas folhas
são
simples, alternas, espessas, lanceoladas, nervuras com
espinhos
urticantes. As flores são alvas, hermafroditas. Os animais consomem as folhas
maduras quando estas caem no chão no final do período de chuvas. Na seca,
alimentam-se dos brotos e casca da favela.
Suas sementes são consumidas por animais silvestres e pelos
caprinos que regurgitam as cascas nos apriscos. Em uma pesquisa para se
verificar o consumo de favela pelos animais na caatinga no período de seca
nas comunidades de Xiquexique, Pedreira e Pirajá no município de Curaçá –
BA, no período de setembro a outubro de 2005. Foi observado o consumo da
favela pelos caprinos nas três comunidades. Os animais ramoneiam a favela no
período entre as 8 e 10 horas da manhã, consumindo, principalmente os
brotos e a casca.
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Os agricultores informaram que no período de maio a julho quando
as folhas maduras da faveleira caem os animais dão preferência a este tipo de
alimentos. Na comunidade de Xiquexique os agricultores estão evitando o
corte da favela para garantir alimentos para os animais na seca. Quanto à
ocorrência da favela nas comunidades, observou-se uma variação de 12 a 68
plantas/ha, sendo de 11 a 68 plantas/ha na comunidade do Xique-xique, 10 a
41 plantas/ha em Pedreira e de 37 a 58 plantas/ha na comunidade de Pirajá.
3.3 Mandacaru e Seus Parceiros
Consumo do mandacaru pelos caprinos
O mandacaru (Cereus jamacaru P.DC.) a planta de maior
importância para os pequenos agricultores da região semi-árida do Nordeste
no período de seca. Os agricultores, como alternativas para salvarem seus
animais da fome causada pela seca. também utilizam:

O facheiro (Pilosocereus pachycladus F. RITTER);

O xiquexique (Pilosocereus gounellei K. Schum);

A coroa-de-frande (Melocactus bahiensis Britton & Rose)
O mandacaru é cortado e seus espinhos queimados para facilitar
seu consumo pelos animais. No período de seca que a maioria dos agricultores
utiliza o mandacaru que dispõem em suas propriedades. Contudo, a utilização
massiva desta cactácea em períodos de secas sucessivas, tem reduzido
significativamente a densidades do mandacaru na caatinga.
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4. DEGRADAR OU CONSERVAR ?
O principal problema natural enfrentado pela caatinga é o regime
incerto de chuvas, que faz com que vários rios sequem no verão. Seu clima é
semi-árido, caracterizado por longos períodos de seca e chuvas em épocas
aleatórias. As temperaturas são, em geral, muito elevadas, as umidades
relativas médias são baixas, e as precipitações pluviométricas médias anuais
situam-se entre 250 e 500 mm aproximadamente.
Há lugares em que chove menos. A duração da estação seca
também é muito variável, em geral superior a 7 meses. O nordestino usa a
palavra inverno não para indicar a época fria (que não existe), mas para
designar o período das chuvas. É característica da caatinga não só a escassez,
mas também a irregularidade das precipitações pluviais.
Já os problemas causados pelos humanos é a intensificação da seca
pelo aquecimento global, a desertificação causada pelo fato de tirarem a
camada natural de vegetação, que também causa laterização e lixiviação.
O uso inadequado dos recursos florestais da caatinga, associado ao
aumento populacional e a não preocupação com a conservação destes
recursos tem resultado na destruição da biodiversidade, acarretando perda da
qualidade de vida das populações rurais.
Queimadas, corte indiscriminado da madeira e troca da mata por
plantações, contribuem para a destruição da caatinga, tornando a vida no
semiárido mais difícil. Associado aos fatores já mencionados, a falta de
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informações técnicas sobre o manejo florestal contribui ainda mais para o
aumento da degradação ambiental.
Para reverter este quadro de degradação causado pela ação do homem
são necessários meios rápidos e eficazes de recuperação ambiental
destacando-se a produção de mudas para reflorestamento em áreas
desmatadas o que permite a recomposição da vegetação, a reintrodução da
fauna e a melhoria das condições do solo.
4.1 Erosão
A erosão é a destruição do solo e seu transporte em geral feito pela
água da chuva, pelo vento ou, ainda, pela ação do gelo, quando este actua
expandindo o material no qual se infiltra a água congelada. A erosão destrói
as estruturas (areias, argilas, óxidos e húmus) que compõe o solo. Estas são
transportadas para as partes mais baixas dos relevos e em geral vão assorear
cursos d'água.
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A erosão destrói os solos e as águas e é um problema muito sério
em todo o mundo. Devem ser adaptadas práticas de conservação de solo para
minimizar o problema. Em solos cobertos por floresta a erosão é muito
pequena e quase inexistente, mas é um processo natural sempre presente e
importante para a formação dos relevos. O problema ocorre “quando o
homem destrói as florestas, para uso agrícola e deixa o solo exposto, porque a
erosão torna-se severa, e pode levar a desertificação.
4.2 Processo de Desertificação.
Desertificação é o fenômeno que corresponde à transformação de
uma área em um deserto. Origina-se, no caso de desertos arenosos, a partir
do empobrecimento do solo e conseqüente morte da vegetação, sendo
substituída por terreno arenoso. Conforme a Convenção das Nações Unidas de
Combate à Desertificação, definiu-se desertificação como sendo a degradação
da terra nas zonas áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas resultantes de
fatores diversos tais como as variações climáticas e as atividades humanas.
O processo de desertificação gera uma perda de 5 bilhões de
dólares por ano ao Brasil (cerca de 1% do Produto Interno Bruto) e já atinge
gravemente 66 milhões de hectares no semi-árido brasileiro e 15 milhões de
pessoas em áreas dos Biomas Cerrado e Caatinga. No Brasil, 62% das áreas
susceptíveis à desertificação estão em zonas originalmente ocupadas por
Caatinga, sendo que muitas já estão bastante alteradas. Algumas pequenas
porções de um solo mais fértil são usadas para plantação, e com forte
irrigação consegue se plantar café, manga e outras frutas com sucesso.
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Quando se tira a vegetação original de determinada região para destiná-la à
prática de agricultura, o solo fica mais descoberto e a erosão se intensifica,
podendo levar à desertificação. Como uma das várias conseqüências do
processo de desertificação, pode-se ilustrar a situação abaixo:
Água no barreiro sem mata siliar
Água no barreiro em meses depois
Água de barreiro (III)
Água de barreiro (IV)
Barreiro quase sem água
Cadê a água do barreiro ?
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5. Causas e Efeitos do Manejo Incorreto2
Queimadas descontroladas  CAUSAM  Extinção do Banco de Semente
DESMATAMENTO DESORDENADO
CAUSAM
Assoreamento dos Rios
Desertificação
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Erosão do Solo
6. Conservação de Recursos Naturais e da Biodiversidade
O Manejo Florestal da Caatinga é uma atividade expressiva em
termos de conservação dos recursos naturais. Favorece uma relação de
equilíbrio e sustentabilidade entre o homem do campo e a dinâmica dos
ecossistemas. Segundo, Maciel e Da Silva, é o uso planejado e adequado dos
recursos da Caatinga, permitindo que uma mesma área possa fornecer, de
maneira constante, os recursos necessários sem a necessidade de destruição
de outras áreas.
Com o manejo sustentável, a caatinga poderá continuar fornecendo
produtos para o consumo e geração de renda dos sertanejos: água, fertilidade
do solo para plantio de alimentos, lenha, carvão, madeira para estacas e
construção, remédios, artesanato, etc.
Abaixo, estão descritos alguns aspectos importantes que fazem do
manejo florestal uma ferramenta ideal na promoção da sustentabilidade e na
manutenção da biodiversidade local.
 Inibe a exploração em áreas extensas contíguas, evitando-se grandes
extensões de áreas exploradas por meio da subdivisão em talhões;
 Não utiliza o fogo, protegendo assim o solo, a matéria orgânica, as
árvores, raízes, tocos, sementes e a fauna e potencializando a rebrota;
 Não remove os restos de material orgânico da exploração, favorecendo
assim a incorporação de matéria orgânica e a conservação da
fertilidade do solo;
 Preserva a diversidade de espécies que são, ou protegidas por Lei, ou
são raras e têm utilidade mais viável do que lenha, ou são preservadas
pelos próprios produtores por razões específicas (forragem, culturais,
medicinais);
 Promove a conservação formal das áreas de Reserva Legal e de
Preservação Permanente, funcionado como instrumento de adequação
ambiental dos PA e, assim, conferindo ao Assentamento, uma
composição mista de áreas conservadas e manejadas, favorecendo uma
diversidade biológica rica e sustentável;
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 Respeita a capacidade e o tempo necessário à recuperação da
vegetação,
garantindo,
dessa
maneira,
a
conservação
da
biodiversidade.
6.1 Aspectos Importantes para o Manejo Florestal:
 Existência e disponibilidade de vegetação com qualidade suficiente
para possibilitar uma produção regular;
 Capacitação técnica para quem irá trabalhar com os produtos
florestais;
 Existência de mercado consumidor para os produtos gerados pelo
manejo florestal.
A caatinga tem um grande potencial para o uso sustentável da sua
biodiversidade. De fato, grande parte da população que reside em área de
caatinga utiliza, a muito tempo, de sua biodiversidade para sobreviver.
Podemos destacar espécies:
COM POTENCIAL MADEIREIRO, como:
A catingueira, o pau d'arco e o sabiá;
FORRAGEIRO, como:
O angico, o pau-ferro e o juazeiro;
MEDICINAL, como:
A aroeira (adstringente), araticum (antidiarréico), velame e
Marmeleiro (antifebris).
A maior parte da exploração é extrativista e sem critérios de
exploração, gerando riscos a sobrevivência das espécies exploradas. No
entanto, existem empresas e comunidades que produzem em bases
sustentáveis produtos como a fibras do caroá e do sisal, para artesanato, e
produtos alimentícios como sucos e doces de inúmeras frutíferas, como o
cajuzeiro e o umbuzeiro.
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O Grupo de Trabalho da Caatinga, coordenado pelo Núcleo do
Bioma Caatinga, tem como uma de suas missões acompanhar a execução e
avaliar os resultados do Projeto "Demonstração de Manejo Integrado de
Ecossistemas e de Bacias Hidrográficas no Bioma Caatinga". Este projeto do
Ministério do Meio Ambiente tem como objetivo principal promover o uso
sustentável de produtos madeireiros e não-madeiros, apoiando inúmeras
atividades de manejo da caatinga para diversos fins e inclusive apoiando a
comercialização
de
produtos
elaborados
em
bases
sustentáveis
por
comunidades da caatinga.
Paisagem da caatinga no Cariri
Estação Ecológica Raso da Catarina
Raso da Catarina
Pinturas Rupestres
Bioma Caatinga: Presevermos de forma sustentável
para que no futuro não tenhamos uma situação de vida lamentável.
(Lúcio Galvão)
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7. Referências Bibliográficas:
1. MACIEL, G. K. F.: DA SILVA, F. M., Guia prático para um manejo mais
sustentável na caatinga, Associação Caatinga.
2. João Paulo Ferreira da Silva 1; Danilo Gomes Soares1;Frans G.C. Pareyn1
Manejo Florestal da Caatinga: Uma Alternativa de Desenvolvimento
Sustentável em Projetos de Assentamentos Rurais do Semi-Árido em
Pernambuco. Associação Plantas do Nordeste1.
SITES:
http://fatosefotosdacaatinga.blogspot.com – Acessado em 22/04/2011.
http://www.mma.gov.br – Acessado em 22/04/2011.
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