CRESCIMENTO URBANO E DEGRADAÇÃO AMBIENTAL: UM DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO DE ITUMBIARA (GO) Flávia de Oliveira Santos Profª. do Curso de Geografia da Universidade Estadual de Goiás – Campus Morrinhos e-mail: [email protected] Rildo Aparecido Costa Prof. do Curso de Geografia FACIP/UFU e-mail: [email protected] Este trabalho tem como principal objetivo diagnosticar e propor alternativas para a mitigação dos problemas ambientais detectados no município de Itumbiara – GO. Município este localizado na Microrregião Meia Ponte, no sul goiano, com aproximadamente 140 mil habitantes distribuídos em todo o município as margens do Rio Paranaíba. A cidade tem como principal foco econômico a agroindústria, que aproveitam a matéria prima e também o fácil acesso aos grandes centros consumidores, através da BR 153 que liga os estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo, sendo um fluxo para a região norte do Brasil. Itumbiara experimentou, nas ultimas três décadas um crescimento econômico e populacional exacerbado, que levou a um uso e ocupação intenso, sem levar em conta o processo de planejamento. Essa urbanização levou ao aparecimento de vários problemas ambientais, principalmente na área urbana. Pode-se apontar vários impactos ambientais que surgiram ou foram agravados devido ao crescimento urbano, tais como: Impermeabilização do Solo, Uso e ocupação das áreas de Preservação Permanentes, Erosões Urbanas, má Deposição dos Resíduos Sólidos dentre outros. Através do diagnóstico elaborado será possível subsidiar políticas publicas com o intuito de redirecionar o uso e ocupação do município, principalmente em relação à confecção e aperfeiçoamento do Plano Diretor Urbano. Palavras-Chave: Urbanização; Impacto Ambiental; Políticas Públicas INTRODUÇÃO Este trabalho analisará as ações relacionadas ao Tema Urbanização e Degradação Ambiental no Município de Itumbiara-GO, tendo como ambiente de análise a área urbana da cidade e os problemas causados pelo crescimento da mesma, o qual acontece sem planejamento. Segundo Hawken et al. (1999), ao londo da história, as estratégias de desenvolvimento concebidas sempre se basearam na busca do crescimento econômico a qualquer preço, no consumismo e na destruição da natureza que, até pouco tempo atrás, era considerado um fator abundante e inesgotável. É importante considerar que as mudanças estão ocorrendo em nível internacional, e portanto, a cidade de Itumbiara também está incluída neste contexto. Vislumbrando um melhor controle dessas mudanças ambientais, foram criadas diversas Leis que tentam regulamentar o uso de recursos naturais concomitantemente com o desenvolvimento, que é desejado por todas sociedades. Desde 1988, com a Constituição Federal, os Municípios tornaram importantes protagonistas do controle das questões ambientais locais, criando Leis Orgânicas Municipais, Planos Diretores, novas legislações municipais, dentre outros, implementando medidas que favoreçam o desenvolvimento das cidades com o mínimo possível de agressão ao meio ambiente. Nesta proposta, os municípios criaram órgãos responsáveis pela adequação de recursos e verificação das ações implementadas pela sociedade em geral no que diz respeito ao meio ambiente. Porém o que se verifica, destacando o município em questão, é que estas leis e órgãos criados, não estão muitas vezes exercendo suas funções de forma adequada. Pensando em uma administração voltada para o desenvolvimento urbano responsável, criou-se a Gestão Ambiental Municipal, que envolve além de órgãos da administração municipal, empresários locais, comunidade em geral e entidades representativas da sociedade, pois a solução de problemas ambientais urbanos muitas vezes transcende o âmbito do município, isoladamente, e requer a colaboração entre um ou mais municípios vizinhos e sua cooperação com órgãos estaduais e federais, além da cooperação e integração local de diferentes órgãos e instâncias de poder público, comunidade organizada, organizações não governamentais ambientalistas e comunitárias, e a iniciativa privada como prevê a Agenda 21. 1 – CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ITUMBIARA Por volta de 1824, a iniciativa do General Cunha Matos fez construir uma estrada ligando a localidade goiana denominada ANHANGUERA a cidade mineira de Uberaba. Os pontos iniciais e terminais da referida estrada forçaram a sua passagem no Rio Paranaíba. Divisa dos Estados de Minas Gerais e Goiás, nas proximidades do local em que hoje está a sede do Município. Essa passagem se construiu num ponto e no local, o Governo Estadual de então, fez instalar um posto de arrecadação de rendas. Tratando-se de travessia interestadual, era forçar o trânsito naquele ponto. Este fato auxiliado pela fertilidade das terras da região, facilitando enormemente a agricultura e a criação de gado, contribuiu para que, aos poucos, surgisse ali uma pequena povoação. Formado esse rudimentar núcleo urbano, os seus moradores erigiram uma capela e elegeram-lhe a Padroeira Santa Rita. Posteriormente em homenagem à sua santa, o lugarejo recebeu a denominação de PORTO DE SANTA RITA. Foi elevado a Município pela Lei Estadual número 349, de 16/07/1909, era Governador o Dr. Urbano Coelho de Gouveia. O Município foi instalado em 12/10/1909; e foi elevado à cidade pela Lei Estadual número 518, de 27/10/1915 e à categoria de Comarca pela Lei Estadual número 621, de 29/07/1918. Engenheiro Inácio Pais Lemes, construtor da Estrada “Itumbiara” de Santa Rita do Paranaíba a Cachoeira Dourada, a 40 km da cidade, lançou a idéia de dar-se ao Município o nome da Estrada que, em tupi guarani, significa “Caminho da Cachoeira”, sugestão aprovada pelo Governo de Goiás. Itumbiara é sede de Comarca de Terceira Entrância e possui quatro varas sendo: Duas Varas Cíveis, uma Vara Criminal e uma Vara de Juizado Especial. O município localiza-se no extremo sul de Goiás, na Microrregião do Meia Ponte – 015, margem direita do Rio Paranaíba e a sede municipal está instalada nos km. 1480/84 da Rodovia Federal BR-153, definidas pelas seguintes coordenadas geográficas: 18*25’11’’/26’’ de latitude sul e 49*13’02’’/03’’ de longitude W.Gr. Limita-se ao norte com Goiatuba, Panamá; ao sul com o Estado de Minas Gerais; a leste com Buriti Alegre e a oeste com Inaciolândia e Bom Jesus. Itumbiara fica há uma distância de 204 km da Capital do Estado, 400 km de Brasília, 750 km de São Paulo e 1.100 km do Rio de Janeiro. A cidade está situada a uma altitude de 320 a 448 metros, dependendo do local onde for localizadas as similares. Os pontos mais elevados existentes no Município não ultrapassam a 600 metros. O clima do município é seco e saudável, podendo ser mencionado como pertencente ao grupo “provável clima tropical de altitude”. As temperaturas registram média das máximas 29º a 35ºC. média das Mínimas 14ºC e a médias das compensadas de 19º a 25ºC. É comum na região alteração repentina de temperaturas. O município possui uma superfície de 2.464,6 km2, correspondendo a 0,59% da área total do Estado de Goiás. O solo do município é formado por partes montanhosas e partes onduladas, mas a sua maioria é plana, ideal para o plantio de lavouras e pastoril. A população residente no Município segundo o Censo Demográfico de 2000, apresentou uma taxa de crescimento de 5,545, de 01/08/1996 a 01/08/2000. o contingente populacional de 81.430 habitantes registrados em 01/08/2000, segundo o sexo, achava-se assim distribuído: 41.119 mulheres e 40.311 homens. A população urbana em 01/08/2000 era de 77.123 habitantes e a rural de 4.307 habitantes, apresentando uma densidade demográfica de 33,03 há/km2. Segundo ainda o Censo foram registrados no Município 24.335 domicílios ocupados, com uma média de 3,34 pessoas por residência, com uma taxa de urbanização de 94,70% já em 01/07/2003, a estimativa feita pelo IBGE, apresentou 25.315 domicílios ocupados, com uma população de 83.541 habitantes, apresentado uma taxa de urbanização de 95,5% A seguir, a evolução demográfica do Município, segundo os resultados censitários de 1950 a 2000 e inclusive a estimativa feita pelo IBGE em 01/08/2003: Período População Urbana População Rural População Total 1950 4.499 19.569 24.068 1960 12.575 36.404 48.979 1970 34.011 30.361 64.272 1980 62.060 16.051 78.111 1991 72.335 7.198 79.533 2000 73.641 4.998 78.669 2008 79.411 4.130 83.541 Quadro – 1: população do município de Itumbiara - GO Na agricultura o Município fica localizado no vale do Rio Paranaíba, região de terras de excelente fertilidade, tem na agricultura a sua principal fonte de recursos, apesar que aos poucos esta característica está perdendo espaço para a Indústria. Conforme resultados do Censo Agropecuário de 1996, a área cultivada no Município foi de 50.489 hectares de culturas temporárias; 720 hectares de culturas permanentes; 17.085 hectares de pastagens naturais; 106.946 hectares de pastagens artificiais (plantadas); 20.222 hectares de matas naturais e artificiais e 2.132 hectares de culturas irrigadas. O município apresenta um total de 246.460 hectares, sendo que deste total, 202.610 são propícios para a agricultura e formação de pastagens. O município conta com 27 estabelecimentos de armazenagem e estocagem a seco, suficiente para comportar e atender toda a sua produção e ainda, as produções dos municípios circunvizinhos. Em 31/06/2003, a capacidade de armazenagem era de 328.486 toneladas, assim distribuídos: 78.279 m3 de armazéns convencionais, 197.921 toneladas em armazéns tipo graneleiro e 52.286 toneladas em armazéns tipo silos. Em 21/12/2003, o Município contava com 150.800 cabeças de bovinos, apresentando uma densidade de 61,18 cabeças por km2, sendo 11.362 bovinos de 0 a 4 meses, 19.439 cabeças de 5 a 12 meses, 38.744 cabeças de 13 a 24, meses, 32.028 cabeças de 25 a 36 meses e 49.229 bovinos com mais de 36 meses. Itumbiara destaca-se no contexto estadual, como um Município centro pólo agro-industrial, no que tange a industrialização destacamos: produtos derivados do milho, da soja, do algodão e do leite. Contamos ainda com industrias nos ramos de metalúrgicas, calçados, têxtil, mecânico e alimentação. A partir de 2002, foi inaugurada a BRASPELCO. A maior beneficiadora de couro da América Latina. O município conta com um distrito industrial, situado as margens da Rodovia Federal BR-452 e com acesso para a Rodovia Federal BR-153, que liga o Estado de Goiás aos Estados de Minas Gerais, São Paulo e aos demais centros consumidores do País, como o Nordeste e Brasília. O Distrito Industrial possui uma infra-estrutura bem montada, energia elétrica, água, esgoto, telefone e asfalto. Com área de aproximadamente 1.100.000 m2, já que ali se instalam contam com o apoio do FOMENTAR – Sistema de Financiamento de até 70% do ICMS pelo período de 15 anos, com encargos de 2,6% ao ano e ainda, com os benefícios da municipalidade, oferecendo vantagens e inclusive ajuda na limpeza dos terrenos. O município tem 161 indústrias em atividade, das quais 84 micro-empresas, 43 de pequeno porte, 06 médio porte e 28 de grande porte. Tem-se nas proximidades do Município três Usinas Hidroelétricas, que são: FURNAS (Itumbiara) – CELG (Cachoeira Dourada) e CEMIG (São Simão), portanto, no que tange a energia elétrica a cidade está bem servida. Em outubro de 1997, foi inaugurada mais uma SUBSTAÇÃO DE ENERGIA de 100 megawats; suficiente para atender a demanda da expansão para mais 10 anos. O sistema geral de tratamento de água é gerado pela SANEAGO – Saneamento de Goiás. Conforme conta no calendário da Empresa até o ano 2004, estará pronta o Sistema de Captação da Rede de Esgoto, portanto, os mananciais hídricos e inclusive o Rio Paranaíba não terão, doravante mais poluição. Conforme dados fornecidos pela SANEAGO, em 23/05/2002 contavam com 23.148 ligações de água, atendendo 21.103 residenciais, 1.527 comércios, 319 indústrias, 199 órgãos públicos. Com 18.236 ligações de Esgoto, entre residências e outros consumidores. No setor da saúde, possui cinco hospitais, sendo quatro estabelecimentos da rede particular, em estabelecimento da rede pública municipal – contando no geral com a capacidade de 400 leitos. Conta ainda com 02 ambulatórios, 07 centros de saúde, 52 CAIS, 11 clínicas médicas, 07 laboratórios de análise, 02 bancos de sangue, 52 farmácias, 121 médicos, 106 odontólogos, 13 médicos veterinários e etc. Também possui uma Secretaria Municipal de Saúde, responsável e coordenadora do controle das doenças e epidemias transmissíveis. O Hospital Municipal Modesto de Carvalho encontra-se aparelhado com leitos especiais para receber pessoas portadoras do Vírus HIV, DENGUES e CHAGAS. A cidade de Itumbiara, com 24.189 domicílios ocupados em 01/08/2004, apresenta uma característica diferente dos demais municípios do Estado de Goiás, com a influencia profunda do povo mineiro, pois está situado na divisa dos Estados de Goiás e Minas Gerais, tendo maior intercâmbio com a cidade de Uberlândia do que com a Capital do Estado de Goiás que é Goiânia. A cidade conta com: 57 praças e jardins, 130 avenidas, 688 ruas, 01 aeroporto com pista asfaltada com capacidade para pouso de aviões de grande porte, 02 parques infantis, 02 ginásios de esportes, 07 campos de futebol, 03 estádios de futebol com arquibancadas – iluminados, 16 quadras de esportes, 01 Kartódromo com infra-estrutura a nível internacional, 05 clubes de diversão e recreação, 34 bairros, 12 órgãos públicos federais, 39 órgãos públicos Estaduais, 23 órgãos municipais, 21.936 domicílios com coleta de lixo, 24.021 domicílios com iluminação elétrica, 16.380 domicílios com linha de telefone fixo, 2.215 domicílios com forno microondas, 22.416 domicílios com geladeira, 2.868 domicílios com máquinas de lavar roupas, 2.862 domicílios com ar condicionado, 21.193 domicílios com rádio, 22.661 domicílios com aparelho de televisão, 7.517 domicílios com aparelho de videocassete, 1.275 domicílios com aparelho de micro computador e 7.780 domicílios com automóvel. 2 – RESULTADOS E DISCUSSÃO É muito difundida a afirmação de que a cidade é um ecossistema urbano. Mas não é verdade. Qualquer ecossistema deve, antes de tudo, ser auto-suficiente. Um ecossistema deve conter organismos produtores, consumidores e decompositores, de modo a garantir uma contínua reciclagem de substâncias químicas. A cidade então é responsável pela degradação ambiental que ocorre no mundo hoje, pois parte dela a busca incessante pelo “desenvolvimento”. Partindo das pesquisas realizadas e entrevistas à pessoas ligadas aos mais diferentes órgãos públicos e/ou privados, e entidades não governamentais, levantamos alguns comentários que nos contribuíram para a concecução deste trabalho e por conseguinte, a enumeração dos resultados esperados com o mesmo. Pois percebemos que a sociedade em geral, organismos não governamentais, entidades filantrópicas, e todos os demais envolvidos, estão engajados nessa busca pelo desenvolvimento municipal e preservação ambiental. Para tanto, é necessário que todos os envolvidos no processo de urbanização do município desempenhem ações conjuntas para a conservação dos recursos naturais existentes no município, bem como, colaborem e exijam a implantação de políticas voltadas ao desenvolvimento urbano com o mínimo possível de degradação ambiental. Algumas sugestões foram dirigidas ao Poder Executivo e Legislativo Municipal a fim de implantarem no município de Itumbiara políticas voltadas ao desenvolvimento em consonância com a preservação ambiental, tais como: 1) Criação de uma legislação ambiental municipal como o Código de Defesa do Meio Ambiente, que foi encaminhado ao legislativo para discussão e votação; 2) Publicação de relatórios sobre o estado real do meio ambiente do município de Itumbiara; 3) Promover a captação, gestão e aplicação de recursos financeiros destinados a implementação de projetos ambientais; 4) Adoção de medidas ecologicamente corretas em suas obras públicas; 5) Exercício de funções fiscalizadoras e punidoras em casos de agressões e crimes ambientais; 6) Exigir que todas as secretarias considerem o impacto ambiental de seus programas e políticas; 7) Ter pessoal especialista (qualificado) para trabalhar com as leis ambientais existentes e as que forem ser criadas; 8) Utilizar-se da Secretaria Municipal de Educação para o engajamento dos alunos das escolas municipais da cidade na preservação e educação ambiental; 9) Investir recursos em projetos/atividades que envolvam a sociedade e a preservação do meio ambiente; 10) Valorizar ações que busquem o equilíbrio ambiental e urbano; 11) Divulgas a todos cidadãos do município o andamento dos trabalhos e as ações desenvolvidas através dos meios de comunicação; 12) Incentivar o desenvolvimento de sistemas tecnológicos que busquem constantemente novas soluções ecológicas; 13) Criação e modificação da legislação ambiental existente no âmbito municipal ou regional para adapta-la aos critérios do desenvolvimento sustentável; 14) Implementar programas que almejam o desenvolvimento municipal baseado em atividades que promovam o crescimento financeiro dos envolvidos e que ao mesmo tempo preservem o meio ambiente; 15) Criar programas de reflorestamento e agricultura comunitária, ou outros que gerem renda melhorando a qualidade de vida de áreas pobres; 16) Ampliar a atuação do “Banco do Povo” para fornecer empréstimos para apoiar empreendimentos comunitários que envolvam negócios tais como gerenciamento do lixo, reciclagem, trânsito, etc.; 17) Acabar com os lixões a céu aberto, realizando a recuperação da área do atual lixão, e transferindo-o para um novo local e construindo o aterro sanitário necessário; 18) Construir a Estação de Tratamento de Esgoto; 19) Ampliar, em conjunto com a Saneago, a rede de água e esgoto de Itumbiara; 20) Aplicar as leis já existentes no que diz respeito ao uso dos solos urbanos, exigindo que os proprietários de terrenos baldios construam muros e calçadas; 21) Incentivar projetos que promovam o plantio de árvores e arbustos, reduzindo o calor em vias públicas; 22) Criar uma legislação municipal de EIA/RIMA e de impacto de vizinhança; 23) Restringir o desenvolvimento em situações nas quais a poluição pode afetar fontes ou rios; 24) Criar e definir as áreas de proteção ambiental, bem como aplicar mecanismos para conservação dessas áreas; 25) Ter padrões paisagísticos ou exigências para o desenvolvimento que encorajem a criação ou preservação de habitat’s de vida silvestre como de conservação de energia; 26) Estimular o uso de materiais que agridem menos a natureza nas construções; 27) Criar um programa que vise controlar as erosões; 28) Promover ações constantes de conscientização popular sobre os recursos naturais que utilizamos, para que esta se torne um membro fiscalizador das ações que causem danos ambientais; 29) Construir usinas de compostagem e reciclagem do lixo; 30) Acompanhar os níveis de poluição do ar, tomando as medidas cabíveis para a solução dos problemas; 31) Aplicar uma política enérgica com relação a manutenção e proteção dos recursos hídricos, com a recuperação das nascentes, proteção dos cursos d’água, etc. 32) Elaborar um Plano Diretor atual, que contemple as questões urbanas e principalmente, que destaque as questões ambientais como primordiais ao desenvolvimento do município; 33) Desenvolver um projeto de arborização urbana adequada para a cidade de Itumbiara; 34) Recuperação das nascentes localizadas no município de Itumbiara; 35 ) Elaborar um Plano Diretor que contemple as questões ambientais em conjunto com as questões urbanas; 36) Aplicar as leis já existentes e elaborar outras para que os proprietários de terrenos no município de Itumbiara sejam responsáveis pela manutenção dos mesmos, construindo muros e calçadas em suas propriedades. Todas as sugestões anteriores não têm razão de existirem se, em conjunto com Poder Executivo e Legislativo, a sociedade em geral não estiver integrada ao processo, contribuindo e participando da elaboração de leis, projetos, ações, dentre outros, voltadas ao bem estar comum. Enfim, é fundamental instigar os cidadãos e as autoridades do município de Itumbiara, a considerar os problemas ambientais como ameaças a seu próprio patrimônio, denunciando as atividades que destroem o meio ambiente divulgando as práticas preservacionistas, de forma a incentivar a utilização racional dos recursos naturais, bem como o potencial turístico do município. É fundamental ainda, desenvolver postura para uma percepção: curiosidade, interesse, mobilização e, sobretudo, conscientização para a busca e organização de informações e suas tarefas como cidadãos. REFERÊNCIAS AGENDA 21, Integral para consulta (on-line) disponível na Internet via http:://www.nma.gov.br. APOSTILA, BilLa, Renan. 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