Sarampo

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Sarampo
O sarampo é uma doença viral, infecto-contagiosa e atinge com mais severidade
populações de baixo nível sócio-econômico.
O contágio acontece através de secreções respiratórias. Os indivíduos expostos
podem adquirir as infecções através de gotículas veiculadas por tosse ou espirro,
por via aérea, podendo as partículas virais permanecerem por tempo
relativamente longo no meio ambiente.
A transmissão inicia-se antes do aparecimento da doença e perdura até o 4º dia
após o aparecimento da erupção.
Antes da existência da vacina, o sarampo era considerado uma doença incurável.
O período de incubação, geralmente, é de 8 a 12 dias.
Quadro clínico
O vírus se instala na mucosa do nariz e dos seios para se reproduzir e depois
para ir para a corrente sanguínea.
A indisposição que antecede a doença têm duração de 3 a 5 dias e caracterizamse por:
-febre alta; mal estar; coriza; conjutevite; tosse; falta de apetite. Nesse período
podem ser observadas na face interna das bochechas as manchas brancas
(Koplik) que são características da doença.
O exantema maculopapular (pinta na pele) inicia-se na região retroauricular,
espalhando-se para a face, pescoço, membros superiores, tronco e membros
inferiores. A febre persiste com o aparecimento do exantema.
No 3º dia, o exantema tende a esmaecer, apresentando descamação fina com
desaparecimento da febre, sendo a sua persistência sugestiva de complicação.
Presença de gânglios é manifestação comum do sarampo em região do pescoço e
nuca. A diarréia é ocorrência freqüente em crianças com baixo nível sócio
econômico.
Sarampo modificado
Ocorre em crianças parcialmente imunizadas. Apresenta uma queda leve da
doença. Pode ocorrer, ocasionalmente, após a vacina contra o sarampo.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, pode ser realizada sorologia.
Complicações:Otite
laringotraqueíte;
média
aguda;
manifestações
Pneumonia
neurológicas-raras;
bacteriana;
Cardíacas,
Laringite
e
miocardite,
pericardite;
Tratamento
É uma doença autolimitada, não existindo tratamento específico, requer cuidados
especiais, tais como:

Repouso;

Dieta líquida ou branda, conforme aceitação da criança:

Antitérmicos e analgésicos devem ser utilizados quando houver febre
elevada e/ou cefaléia;

Oferecer líquidos à vontade;

Limpeza das pálpebras com água morna para remoção de crostas ou
secreções;

Tratar com antibióticos as complicações bacterianas (otites, pneumonia,
laringotraqueobronquite).
Prevenção
Vacina específica, protege 97% dos vacinados. É indicada para todas as crianças
que não tiveram a doença ou para aquela com dúvidas a respeito. Ela pode ser
vacinada após o 9º mês de vida.
As reações à vacina são: febre, coriza e/ou tosse leve e discreta, exantema entre
o 4º e 12º dia pode ocorrer em 20% dos vacinados.
Contra-indicações para vacinação

Mulheres grávidas.

Transfusão de sangue, plasma ou gamaglobulina há menos de seis
semanas. Aguardar 3 meses.

Portadores de hipogamaglobulina, disgamaglobulina, comprovadas.

Uso de ACTH, corticóides, irradiação, antimetabólitos e alquilantes.

Febre alta e comprometimento geral importante.

Portadores de leucose, linfoma e tumor maligno.
Prognóstico
Para crianças bem nutridas é bom. No desnutrido e lactente jovem o prognóstico é
pior.
Varicela
A varicela (catapora) é uma doença altamente contagiosa, causada pelo
vírus varicela-zoster
e que acomete, principalmente, menores de 15 anos de
idade.
Pode ocorrer durante o ano todo, porém observa-se um aumento do
número de casos no período que se estende do fim do inverno até a primavera
(agosto a novembro), sendo comum, neste período, a ocorrência de surtos em
creches, pré-escolas, escolas, etc.
A principal manifestação clínica é caracterizada pela presença de vesículas
disseminadas em todo o corpo, que evoluem para crostas até a cicatrização (em
torno de cinco dias). A transmissão pessoa a pessoa ocorre primariamente por
contato direto com pacientes com varicela, por disseminação aérea de partículas
virais (aerossóis) e, também, pode ocorrer por meio de contato com as lesões de
pele. O período de maior transmissibilidade inicia-se dois dias antes do
aparecimento das vesículas e vai até a fase de crosta . O período de incubação
varia de duas a três semanas, com média de 14 a 16 dias.
As complicações podem variar desde infecção secundária das lesões de
pele, pneumonia, encefalite, complicações hemorrágicas, hepatite, artrite,
Síndrome de Reye, até relatos de infecção invasiva severa por estreptococos do
grupo A (GAS), podendo levar a óbito.
É importante ressaltar que indivíduos imunodeprimidos (infectados pelo
HIV, transplantados, neoplasias, etc), poderão apresentar quadros mais graves da
doença.
A varicela não é uma doença de notificação compulsória em casos isolados,
porém os surtos decorrentes deste agravo em creches, pré-escolas, escolas,
comunidade em geral, devem ser notificados no SINAN (boletim de notificação de
surtos).
Assim como, recomenda-se monitorar as hospitalizações por varicela e os
óbitos
relacionados a esse agravo, a fim de acompanhar a tendência
do
comportamento epidemiológico desta doença.
De acordo com o Programa Estadual de Imunização, a vacina contra a
varicela está indicada nas seguintes situações específicas:

pessoas suscetíveis a varicela com leucemia linfocítica aguda em
remissão (pelo menos 12 meses), desde que apresentem 1.200
linfócitos/mm3 ou mais, sem radioterapia;

pessoas suscetíveis a varicela que serão submetidos a transplantes
de órgãos sólidos, pelo menos três semanas antes do ato cirúrgico;

profissionais de saúde, pessoas e familiares de suscetíveis a varicela
e imunocompetentes, que estejam em convívio domiciliar ou
hospitalar com pacientes imunocomprometidos;

pacientes infectados pelo HIV, assintomático ou oligossintomático;

pessoas suscetíveis a doença e imunocompetentes, no momento da
internação em enfermaria onde haja caso de varicela;

bloqueio em enfermarias hospitalares;

crianças suscetíveis a varicela, que freqüentam creches em período
integral (manhã e tarde), onde haja caso(s) de varicela. Serão
vacinadas as crianças na faixa etária de 1 a 5 anos de idade (5 anos,
11 meses e 29 dias);

população indígena.
A imunoglobulina específica (VZIG) é preparada com o soro de pacientes
que apresentaram zoster, e contém elevados títulos de anticorpos. De acordo com
o Manual para os Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais, essa
imunoglobulina deverá ser administrada até 96 horas do contato com o caso
índice, na dose de 125 UI para cada 10 kg de peso (dose mínima de 125 UI e
dose máxima de 625 UI).
Considera-se as seguintes indicações ( VZIG ):
· pacientes imunodeprimidos;
· gestantes suscetíveis, devido ao risco de complicação materna;
· RNs de mães que apresentam varicela nos últimos cinco dias antes e até 48
horas após o parto;
· RNs prematuros  28 semanas de gestação, cuja mãe não teve varicela;
· RNs < 28 semanas de gestação, independente de história materna de varicela.
ORIENTAÇÕES GERAIS:

afastar as crianças com varicela da creche ou escola até o 7ºdia após o
aparecimento das lesões ou até que todas as lesões tenham evoluído para
crostas;

manter cuidados adequados de higiene;

manter as unhas das mãos das crianças doentes bem aparadas, para evitar
lesões que propiciam infecção por bactérias;

procurar um serviço de saúde para avaliação e orientação;

não dar aspirina para crianças com varicela, pois esta pode causar uma
complicação grave chamada Síndrome de Reye, caracterizada por quadro
neurológico e alterações no fígado;

notificar os surtos oportunamente.
Rubéola
Rubéola é uma doença infecto-contagiosa causada pelo Togavírus. Sua
característica mais marcante são as manchas vermelhas que aparecem primeiro
na face e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo inteiro. O contágio
ocorre comumente pelas vias respiratórias com a aspiração de gotículas de saliva
ou
secreção
nasal.
A rubéola congênita, ou seja, transmitida da mãe para o feto, é a forma mais grave
da doença, porque pode provocar malformações como surdez e problemas visuais
na
Sintomas
criança.
O período de incubação do vírus é de cerca de 15 dias e os sintomas são
parecidos com os da gripe:
· dor de cabeça;
· dor ao engolir;
· dores no corpo (articulações e músculos);
· coriza;
· aparecimento de gânglios (ínguas);
· febre;
· exantemas (manchas avermelhadas) inicialmente no rosto que depois se
espalham pelo corpo todo.
Diagnóstico
Por causa de sua semelhança com várias outras enfermidades, o diagnóstico
preciso de rubéola só pode ser obtido pelo exame sorológico.
Tratamento e Prevenção
O tratamento é sintomático. Antitérmicos e analgésicos ajudam a diminuir o
desconforto, aliviar as dores de cabeça e do corpo e baixar a febre. Recomendase também que o paciente faça repouso durante o período crítico da doença.
Criança que nasce com rubéola pode transmitir o vírus por até um ano. Por isso,
devem
ser
mantidas
afastadas
de
outras
crianças
e
de
gestantes.
Vacina
A vacina contra a rubéola é eficiente em quase 100% dos casos e deve ser
administrada em crianças aos 15 meses de vida. Mulheres que não tiveram a
doença
devem
ser
vacinadas
antes
de
engravidar.
Recomendações
· Quem não teve a doença deve evitar o contato com pessoas infectadas pelo
vírus
·
da
Respeite
as
datas
de
rubéola;
vacinação
de
seu
filho;
· Gestantes devem tomar cuidado redobrado para não pegar a doença. Durante os
três primeiros meses de gravidez, a rubéola pode ser transmitida para o feto e
causar complicações como malformação congênita como alterações oculares e
cardíacas. Em alguns casos, pode provocar aborto.
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