PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS E FORMAÇÃO INTEGRADA ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA HOSPITALAR A VISÃO DA FAMÍLIA QUANTO AO ATENDIMENTO DA FISIOTERAPIA DOMICILIAR Aluna: Barbara Elisa Mattos Vieira BRASÍLIA - 2012 1 BARBARA ELISA MATTOS VIEIRA A VISÃO DA FAMÍLIA QUANTO AO ATENDIMENTO DA FISIOTERAPIA DOMICILIAR Trabalho apresentado ao curso de Especialização em Fisioterapia Hospitalar do Centro de Estudos Avançados e Formação Integrada - CEAFI, chancelado pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiás, como requisito parcial para a para obtenção do título de Especialista em Fisioterapia Hospitalar. Orientadora: Prof. Dra. Flavia Perassa de Faria. BRASÍLIA - 2012 2 SUMÁRIO RESUMO................................................................................................................................... 4 ABSTRACT .............................................................................................................................. 5 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 6 OBJETIVOS ............................................................................................................................. 9 MATERIAS E MÉTODOS ................................................................................................... 10 RESULTADOS ....................................................................................................................... 11 DISCUSSÃO ........................................................................................................................... 15 CONCLUSÃO......................................................................................................................... 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 17 APÊNDICE 1 .......................................................................................................................... 20 ANEXO 1 ................................................................................................................................. 21 3 RESUMO Introdução: A assistência domiciliar (AD) ou Home Care (HC) consiste em prover à atenção à saúde de pessoas doentes, de qualquer idade, que de alguma forma estejam incapacitadas ou com doenças crônicas, que sejam dependentes de assistência de saúde em seu domicílio, proporcionando condições para tratamento efetivo. Objetivos: Avaliar a satisfação das famílias que possuem pacientes internados em regime domiciliar a respeito do atendimento da fisioterapia domiciliar, verificar o perfil dos pacientes atendidos pela fisioterapia domiciliar, levantar pontos positivos e/ou críticos do atendimento fisioterapêutico e sugerir novas abordagens fisioterapêuticas e/ou medidas para a melhoria na qualidade do serviço prestado. Materiais e métodos: O estudo realizado através da aplicação de um questionário modificado com base no de Morcsh, 2008 (Anexo A). O questionário foi auto-aplicável, com questões objetivas que visaram mensurar a satisfação do atendimento fisioterapêutico no HC. Resultados: Todos evidenciaram a importância da fisioterapia devido à segurança e confiança que o profissional transmite para os familiares. Conclusão: Sugerem-se novos estudos devido à quantidade pequena da amostra, e assim uma forma mais segura de transmitir novas evidências para os convênios e responsáveis relatando a importância da fisioterapia domiciliar e o maior reconhecimento do profissional. 4 ABSTRACT Introduction: Home Care (HC) is to provide health care for the sick people of any age, that somehow they are disabled or chronically ill, who are dependent on health care at home providing conditions for effective treatment. Objectives: To assess satisfaction of families with hospitalized patients under domiciliary care about the home physical therapy, to investigate the profile of patients treated by physiotherapy at home, raise good points and / or critical physical therapy and suggest new approaches to physical therapy and / or measures to improve the quality of service. Materials and methods: The study conducted by applying a modified questionnaire based on the Morcsh, 2008 (Annex A). The questionnaire was self-applicable, objective questions that aimed to measure the satisfaction of physical therapy in HC. Results: All emphasized the importance of physical therapy due to security and confidence that the work conveys to the family. Conclusion: New studies suggest due to the small amount of sample and thus a more secure way to transmit new evidence to the covenants and responsible reporting the importance of home physical therapy and greater recognition of the professional. 5 INTRODUÇÃO A assistência domiciliar (AD) ou Home Care (HC) consiste em prover a atenção à saúde de pessoas doentes, de qualquer idade, que de alguma forma estejam incapacitadas ou com doenças crônicas, que sejam dependentes de assistência de saúde em seu domicílio, proporcionando condições para tratamento efetivo (ZEM-MASCARENHAS e BARROS, 2009). Devido à necessidade da redução de custos com hospitalizações e pela busca de uma melhor qualidade de vida aos pacientes e familiares, foi instituído o HC com o objetivo de garantir uma assistência médica domiciliar (composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, técnicos e outros profissionais da saúde) aos pacientes e seus familiares, para aqueles que precisam de cuidados mais complexos e diários, porém, não mais de hospitalização. Esses cuidados são importantes aos pacientes com doenças crônico-degenerativas e clinicamente estáveis; que necessitam de cuidados paliativos, àqueles com incapacidade funcional total ou parcial, com internações prolongadas ou reinternações, mas que necessitam de suporte constante (MORSCH, 2008). O HC surgiu devido ao grande número de doentes com incapacidades e que necessitavam de cuidados contínuos. Através desse sistema conseguiu-se reduzir os riscos de infecção hospitalar, diminuição dos custos aos convênios quando comparados com os gastos hospitalares e uma maior proximidade da família na reabilitação do seu paciente, proporcionando um envolvimento no planejamento e execução da assistência prestada já que o ambiente familiar resulta em progressos para a recuperação física e emocional do paciente (LACERDA, 2010). Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o HC caracteriza-se por um conjunto de atividades de caráter ambulatorial, programadas e contínuas, desenvolvidas em ambiente domiciliar (ZEM-MASCARENHAS e BARROS, 2009). O HC pode se apresentar de três formas: a preventiva, que busca evitar o adoecimento ou mesmo agravar as doenças já existentes; a terapêutica, quando o tratamento é oferecido até receber a alta médica; e a paliativa, que proporciona tratamento para pessoas com doenças sem perspectiva de cura visando uma melhor qualidade de vida (ZEM-MASCARENHAS e BARROS, 2009). Normalmente a modalidade de assistência terapêutica é a mais praticada, e configura-se como uma importante estratégia para que o cuidado ocorra de forma confortável, segura e humana no domicílio do paciente (ZEM-MASCARENHAS e BARROS, 2009). 6 Com a extensão dos cuidados hospitalares prestados no domicílio do paciente ocorre uma retomada da rotina diária da pessoa dependente, proporcionando a diminuição dos problemas e melhoria das condições de saúde, já que quando a hospitalização é prolongada há mudanças nos hábitos de vida de toda a família, afastando o doente dos familiares, amigos, e de seus objetos pessoais. Além do risco aumentado de infecção hospitalar e de outras comorbidades associadas à internação (COSTA, 2009). De uma forma geral, o profissional de saúde deve ter habilidade de construir uma relação de confiança e eficiência com seu paciente, familiar e, também, com toda a equipe multidisciplinar com a qual trabalha. A interdisciplinaridade, com o intuito de superar a divisão do conhecimento, implicará em uma troca entre os profissionais, com a discussão e resolução de problemas visando uma melhor compreensão das situações apresentadas, já que atitudes individualistas não favorecem o conhecimento, tampouco a assistência prestada (RODRIGUES e ALMEIDA, 2005). Essa equipe é composta por médicos, assistentes sociais, enfermeiras, fisioterapeutas, fonoaudiólogas, nutricionistas, técnicos de enfermagem, terapeutas ocupacionais e alem de toda a equipe administrativa (RODRIGUES e ALMEIDA, 2005). A prática do HC remonta a era antes de Cristo, citada no Velho Testamento como forma de prestar caridade e solidariedade. Já no Novo Testamento há referências de pessoas envolvidas por sentimentos religiosos que assistiam doentes e idosos em seus lares, porém ainda sem uma metodologia assistencial. No início do século XIX surgiu, nos Estados Unidos da América, um trabalho onde um grupo de senhoras, de uma comunidade na Carolina do Sul, prestava cuidados aos doentes em seus domicílios (SOUZA e CALDAS, 2008). Não há registro formal da história do HC no Brasil, porém, em 1949 foi criado o Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência, denominado SAMDU, inicialmente ligado ao Ministério do Trabalho e tido como a primeira provável atividade planejada de HC. Os principais responsáveis pelo serviço foram os sindicatos de trabalhadores, principalmente os de transporte e marítimos, insatisfeitos com o atendimento de urgência. Foi implantado nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pará, Pernambuco entre outros. A ocorrência de visitas domiciliares regulares era feita por médicos e previdenciários do antigo Instituto Nacional de Previdência Social (SOUZA e CALDAS, 2008). Concretizou-se em 30 de maio de 1968 uma experiência inédita no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPESP), iniciada pelo Dr. Lubar Gonçalves Lima, o qual trouxe sua experiência de países como Inglaterra, Suécia e Japão. Tido como pioneiro 7 na experiência brasileira, definiu com critérios de elegibilidade pacientes crônicos, convalescentes, ortopédicos ou cirúrgicos, passíveis de tratamento ambulatorial cuja enfermidade ou condição social impossibilitavam seu comparecimento ao ambulatório, ressaltando que deviam possuir um responsável pelo seguimento domiciliário. Descrito como um atendimento médico-assistencial inter-profissional composto de enfermeiros, auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas, assistentes sociais e clínicos gerais. Ressalte-se que tal assistência permanece com funcionamento efetivo até os dias atuais (SOUZA e CALDAS, 2008). Essa nova estratégia de atendimento começou a difundir-se e atualmente existem vários serviços voltados especificamente para o atendimento domiciliar. Esse atendimento, nos moldes do HC internacional, vem sendo gradativamente implementado no Brasil e, a partir de 1994, o Ministério da Saúde, através da Estratégia de Saúde da Família, vem reorganizando o modelo de atendimento tradicional. Esse projeto dinamizador do Sistema Único de Saúde (SUS) está condicionado pela evolução histórica e organização do sistema de saúde no Brasil. Cada equipe se responsabiliza pelo acompanhamento de três mil a quatro mil e quinhentas pessoas ou de mil famílias de uma determinada área, passando estas a ter co-responsabilidade no cuidado à saúde (SOUZA e CALDAS, 2008). Segundo Floriani e Schramm (2004 e 2007), há também o lado negativo para os pacientes em HC, principalmente para os que estão com doenças avançadas ou em fase terminal e que necessitam de cuidados paliativos. É preciso lembrar que a presença do paciente com pouco tempo de vida no domicílio traz, em geral, intenso estresse à família e aos cuidadores. Além disso, a permanência do paciente em casa não segue um curso linear, necessitando de freqüentes reavaliações, com possibilidade de repetidas reinternações, o que aumenta ainda mais o estresse de todos os envolvidos. Este período do tratamento paliativo, expandido para o domicílio, pode transferir, para o núcleo familiar e para o cuidador, significativas responsabilidades, que podem propiciar situações conflituosas, especialmente se não houve um bom vínculo da equipe com os familiares (FLORIANI e SCHRAMM, 2004). A satisfação dos usuários de determinado serviço de saúde é um dos resultados a serem alcançados no processo de atenção à saúde, pois cada vez mais a opinião das pessoas é valorizada e a qualidade do serviço prestado está intimamente ligada às mudanças no estado geral e na qualidade de vida de seus usuários (MORSCH, 2008). 8 OBJETIVOS GERAL Avaliar a satisfação das famílias que possuem pacientes internados em regime domiciliar a respeito do atendimento da fisioterapia domiciliar. ESPECÍFICOS • Verificar o perfil dos pacientes atendidos pela fisioterapia domiciliar. • Levantar pontos positivos e/ou críticos do atendimento fisioterapêutico. • Sugerir novas abordagens fisioterapêuticas e/ou medidas para a melhoria na qualidade do serviço prestado. 9 MATERIAS E MÉTODOS O presente estudo, de natureza transversal, analítica e descritiva foi realizado através da aplicação de um questionário modificado com base no de Morcsh, 2008 (Anexo A). O questionário foi auto-aplicável, com questões objetivas que visaram mensurar a satisfação do atendimento fisioterapêutico no HC. Primeiramente foi realizado um contato telefônico com a família pela pesquisadora responsável explicando sobre a pesquisa, sua finalidade e objetivos. Como definição comum, foi adotado como avaliado/família uma pessoa, membro ou não da família que, com ou sem remuneração, cuida do paciente no exercício de suas atividades de vida diárias, tais como alimentação, higiene pessoal, medicação de rotina, locomoção e etc. Após, cada pesquisado recebeu o termo de consentimento livre e esclarecido (Apêndice A) o qual devidamente assinado e assim iniciar a pesquisa através do questionário com respostas simples e objetivas. A equipe de fisioterapia, composta por 20 fisioterapeutas, que realizam em média 10 atendimentos por dia em residências do Distrito Federal receberam os questionários e os termos de consentimento da pesquisadora responsável os quais foram entregues para os familiares. Após a pesquisa, os questionários foram recolhidos pelos fisioterapeutas e assim entregue para a pesquisadora, a qual fará a coleta e análise dos dados. As empresas de HC que participaram da pesquisa foram Ideal Care, localizada no Setor Comercial Norte Quadra 5 – Brasília Shopping e Towers – Torre Norte Sala 728 Asa Norte, e Pleno Saúde, SGA Sul Quadra 613 Conjunto E Edifício 12 Sala 219, sendo o serviço terceirizado pela mesma equipe de fisioterapia. A pesquisa foi realizada após a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB). Serão incluídos na pesquisa todos os pacientes, de ambos os sexos, sem restrição de idade e doenças, em internação domiciliar, das instituições Ideal Care e Pleno Saúde, que realizam fisioterapia motora e respiratória, independente do número de atendimentos semanais, há pelo menos três meses. Serão excluídos da pesquisa os questionários incompletos. 10 RESULTADOS Foram analisados 50 questionários, sendo que 28 eram de pacientes do sexo feminino (56%), com média de idade de 66 anos e frequência de atendimento de aproximadamente 6 vezes por semana (tabela 1). Tabela 1: Análise descritiva da amostra quanto à idade dos pacientes atendidos, frequência e nota de atendimento da fisioterapia. VARIÁVEL Média (DP) Mínimo Máximo Idade dos pacientes (anos) 66,4 22,7 4 98 Freq. de Atendimento (dias 5,8 3,7 2 15 9,4 0,9 7 10 por semana) Nota para o atendimento Dos 50 entrevistados, 45 disseram que o fisioterapeuta esclareceu o tempo de atendimento no dia da admissão, porém apenas 40 concordaram que este tempo era suficiente (gráficos 1 e 2). Os familiares que participaram da pesquisa relataram que o profissional está interessado quanto às alterações de saúde do paciente, bem como se sentem à vontade em relação à sua presença. As orientações em relação ao atendimento prestado foram consideradas satisfatórias pelos 50 entrevistados, de forma segura e confiável. Todos os fisioterapeutas demonstraram satisfação durante os atendimentos, graduando-os com nota média de 9,4. Assim, o atendimento de fisioterapia foi considerado imprescindível. Gráfico 1 Gráfico 2 11 A maioria dos profissionais (32) realiza a higiene convencional das mãos antes e depois do atendimento, sendo que apenas 20 também utilizam álcool a 70% no procedimento; 14 profissionais realizam o asseio das mãos antes da sessão, 2 durante e 2 após a terapia (gráficos 3 e 4). Gráfico 3 Gráfico 4 Ao serem questionados sobre o contato com o fisioterapeuta, 45 entrevistados afirmaram que tinham facilidade de comunicação; as dúvidas envolvendo o paciente foram esclarecidas em 48 das 50 residências (gráficos 5 e 6). Gráfico 5 Gráfico 6 12 De forma geral, 46 dos 50 familiares aprenderam a lidar melhor com a doença por conta dos atendimentos da fisioterapia e esclarecimentos do quadro do paciente. Adicionalmente, uma melhora da qualidade de vida foi proporcionada em 48 entrevistados (gráficos 7 e 8) . Gráfico 7 Gráfico 8 O atendimento de fisioterapia foi classificado como excelente por 36 e bom por 14 familiares. Não houve nenhum entrevistado que classificasse o atendimento como regular ou péssimo (gráfico 9). Gráfico 9 13 Apenas 5 familiares responderam positivamente quanto ao conhecimento da remuneração do convênio por sessão de fisioterapia (gráfico 10). Gráfico 10 14 DISCUSSÃO A maior parte da amostra era composta de pacientes do sexo feminino (64%), assim como neste estudo as mulheres foram predominantes (56%). É grande o número de idosos na assistência domiciliar com idade variando de 71 a 80 anos (MORSCH, 2008). Segundo MORSCH (2008) e COSTA et all (2009) a frequência do atendimento deveria ser maior, visto que a fisioterapia age de forma progressiva na promoção, prevenção, recuperação, reabilitação e manutenção da saúde, obtendo assim os princípios do atual modelo de saúde ao proporcionar uma melhora significativa na evolução clínica do quadro do paciente, não somente na parte motora e respiratória, mas também trazendo benefícios á nível psicológico devido ao retorno do paciente às suas atividades de vida diária com uma maior independência dentro de suas incapacidades. Apesar da inclusão do fisioterapeuta ser um processo em construção que ocorre lentamente todos os entrevistados ressaltaram a importância da atuação da fisioterapia no programa de saúde da família, pois devido a ações preventivas e assistenciais, a demanda de atendimento em níveis de maior complexidade de atenção à saúde pode ser reduzida (TRELHA et all, 2007). A visita domiciliar da fisioterapia facilitou a vida dos cuidadores/familiares, pois facilitou o acesso às técnicas de tratamento, minimizou as dificuldades com atividades rotineiras devido à maior independência funcional dos pacientes e proporcionou uma melhoria de sua qualidade de vida. O contato com os profissionais era feito de forma fácil, assim como as dúvidas foram resolvidas e os esclarecimentos pertinentes ao quadro dos pacientes (ALBUQUERQUE, 2009 e MORSCH, 2008). A realidade da inclusão do fisioterapeuta no HC ainda é limitada em algumas regiões. Contudo, a população das regiões beneficiadas demostra grande satisfação quanto aos serviços prestados por estes profissionais. Experiências isoladas em algumas regiões brasileiras mostraram que a inserção destes profissionais enriqueceu e desenvolveu ainda mais os cuidados de saúde da população (BORGES ET ALL, 2010). A alta satisfação pode ser explicada pelo interesse que os profissionais demostraram ao prestar o serviço com qualidade e competência nas residências transmitindo aos familiares/cuidadores confiança e segurança nos atendimentos realizados (BORGES et all, 2010 e BARBOSA et all, 2010). 15 CONCLUSÃO Os dados levantados afirmam a importância da manutenção da fisioterapia motora e respiratória nos pacientes em regime domiciliar haja visto que os cuidadores e familiares relataram um grau de satisfação elevado, sem reclamações e sempre enfatizando a eficácia desse serviço prestado. Outra importante atuação da fisioterapia de forma direta e/ou indireta é a melhora da qualidade de vida dos acompanhantes pela melhora do quadro físico funcional dos pacientes em atendimento domiciliar. Lembrando que todos esses resultados não se deve somente a fisioterapia, mas a uma equipe multidisciplinar na qual a fisioterapia faz parte integrante e torna-se fundamental para a melhora funcional dos pacientes dependentes e inativos. Devido a quantidade da amostra ter sido pequena é necessário que novos estudos sejam feitos para que outros pontos positivos sejam explorados e os negativos solucionados, de modo a identificar as contribuições do profissional na assistência. Sugere-se que algumas mudanças sejam realizadas como um acompanhamento mais detalhado pelo profissional de cada paciente em conjunto com os familiares, o uso de materiais para trabalhar com o paciente cedido pelo convênio, um maior suporte do convênio para cada caso, o uso de terapias alternativas e atividades fora de sua rotina e assim um resultado mais eficaz proporcionando um ambiente mais seguro e agradável para cada um. Para que essas mudanças ocorram é necessário que a remuneração paga aos profissionais seja ajustada, visto a complexidade dos quadros dos pacientes tendo que cada vez capacitar mais os profissionais. 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ALBUQUERQUE, Adriana Bezerra Brasil e BOSI, Maria Lúcia Magalhães. Visita domiciliar no âmbito da Estratégia Saúde da Família: percepções de usuários no Município de Fortaleza, Ceará, Brasil. Cad Saúde Pública, 2009; 25 (5): 1103-12. 2. ALMEIDA, Daniel Carlos da Silva; RAGASSON, Carla Adriane Pires; Lazzarotto, Elizabeth Maria e SALMORIA, Jordana Gargioni. A gerência na ótica do fisioterapeuta. 2 Seminário Nacional Estado e Políticas Sociais no Brasil. 13 a 15 de Outubro de 2005. UNIOESTE – Campus de Cascavel. 3. BARBOSA, Erika Guerrieri; FERREIRA, Dircilene Leite Santos; FURBINO, Sheila Aparecida Ribeiro e RIBEIRO, Elice Eliane Nobre. Experiência da Fisioterapia no Núcleo de Apoio à Saúde da Família em Governador Valadares, MG. Fisiot Mov, 2010; 23 (2): 323-30. 4. BEN, Luiza Watanabe Dal e GALDZINSKI, Raquel Rapone. Proposta de modelo para dimensionamento do pessoal de enfermagem em assistência domiciliária. Rev Escola de Enf Univ São Paulo, 2007; 41 (1): 97-103. 5. BORGES, Andrea Maria Pinheiro; SALÍCIO, Viviane Aparecida Martins Mana; GONÇALVES, Maria Amélia Nascimento Braga e LOVATO, Margarete. A contribuição do fisioterapeuta para o programa de saúde da família – uma revisão de literatura. UNICiências, 2010; 14 (1): 69-82. 6. COSTA, Juliana Lima; PINHO, Moema de Almeida; FILGUEIRAS, Marcelo de Carvalho e OLIVEIRA, Júlia Barreto Bastos. A fisioterapia no programa de saúde da família: percepções dos usuários. Rev Ciência e Saúde, 2009; 2 (1): 2-7. 7. FABRÍCIO, Suzele Cristina Coelho; WEHBE, Grasiela; NASSUR, Flávia Bevilacqua e ANDRADE, José Ivan. Assistência domiciliar: a experiência de um hospital privado do interior paulista. Rev Lat Am Enferm, 2004; 12 (5): 721-6. 8. 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Após ser esclarecido (a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra do pesquisador responsável. Em caso de recusa, você não será penalizado de forma alguma. Em caso de dúvida, você poderá procurar o Comitê de Ética em pesquisa do UniCEUB, pelo telefone: 39661511. INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA Título do Projeto: A visão da família quanto ao atendimento da fisioterapia domiciliar. Pesquisadora responsável: Ft. Barbara Elisa Mattos Vieira. Pesquisadora orientadora: Profª Dra. Flavia Perassa de Faria. Telefone para contato: Barbara 8123.4274 e Flavia 8122.6567. • A sua participação será de grande importância para o nosso estudo, pois através dela poderemos verificar a satisfação das famílias sobre a fisioterapia no home care e, detectar possíveis falhas e sugerir modificações futuras. • Sua colaboração é importante e necessária para o desenvolvimento da pesquisa, porém sua participação é voluntária. • A pesquisa será realizada através da aplicação de um questionário adaptado com perguntas simples e diretas sobre o serviço de fisioterapia prestado na sua residência. • O presente estudo não proporciona risco aos pacientes nem aos seus familiares e os benefícios serão para um melhor desenvolvimento do atendimento da fisioterapia. • Serão garantidos o anonimato e o sigilo de todas as informações. • Você poderá solicitar informações ou esclarecimento sobre o andamento da pesquisa a qualquer momento e/ou fase da pesquisa assim como se retirar. • Sendo um participante voluntário, você não terá nenhum pagamento e/ou despesa referente à sua participação no estudo. Eu,________________________________________________________________, RG/CPF____________________, abaixo assinado, concordo em participar do estudo intitulado: “A visão da família quanto ao atendimento da fisioterapia domiciliar”, afirmo que fui devidamente informado e esclarecido sobre a finalidade e objetivos desta pesquisa, bem como sobre a utilização das informações exclusivamente para fins científicos. Meu nome não será divulgado de forma nenhuma e terei a opção de retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto cause qualquer penalidade. Brasília, ___ de _____________ de 2012. ___________________________________________ Assinatura do(a) entrevistado(a) ou seu responsável. _________________________________________________________ Assinatura da pesquisadora responsável: Ft. Barbara Elisa Mattos Vieira 20 ANEXO 1 Questionário: A visão da família quanto ao atendimento da fisioterapia domiciliar. Dados do paciente: Sexo: Feminino ( ) Masculino ( ) Idade:______ anos Endereço completo:___________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Frequência de atendimentos por semana: 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 5 vezes ( ) Todos os dias ( ) Freqüência de atendimentos por dia: 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) Questionário: 1. O tempo no qual a visita é realizada é adequado a assistência? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) Não acompanho o atendimento 2. O fisioterapeuta esclarece o tempo da visita no dia da admissão? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) Não acompanho o atendimento 3. O tempo de atendimento é suficiente? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) Não acompanho o atendimento 4. O fisioterapeuta demonstra interesse quanto às alterações de saúde do seu paciente? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) Não acompanho o atendimento 5. Você sente-se à vontade quanto ao fisioterapeuta que faz a assistência em sua residência? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) Não acompanho o atendimento 6. O fisioterapeuta o ouviu de forma atenciosa e deu as devidas orientações em relação ao atendimento prestado? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) Não acompanho o atendimento 7. O fisioterapeuta lhe passa confiança e segurança? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) Não acompanho o atendimento 8. O fisioterapeuta atendeu seu familiar com satisfação? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) Não acompanho o atendimento 9. Você acha imprescindível o atendimento da fisioterapia? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) Não acompanho o atendimento 21 10. O fisioterapeuta realiza a higienização das mãos: ( ( ( ( ( ) antes do atendimento ) durante o atendimento ) depois do atendimento ) com álcool a 70% ) não acompanho o atendimento 11. O fisioterapeuta é facilmente contatado, quando necessário? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) Não acompanho o atendimento 12. Com a assistência da fisioterapia você aprendeu a lidar melhor com a doença? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) Não acompanho o atendimento 13. Suas dúvidas, quando existiram, foram respondidas de forma satisfatória? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) Não acompanho o atendimento 14. De alguma forma, sua saúde e qualidade de vida melhoraram a partir das visitas e dos atendimentos domiciliares de fisioterapia? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) Não acompanho o atendimento 15. De uma forma geral, você está satisfeito com o atendimento prestado pelo fisioterapeuta? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) Não acompanho o atendimento 16. Você sabe qual é a remuneração do convênio para a fisioterapia? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) Não acompanho o atendimento Sugestões: ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 22