Pré-relatórios – O que é e como se faz um pré-relatório O pré-relatório representa a preparação prévia do trabalho experimental que vai ser realizado. De facto, o trabalho de pesquisa subjacente à elaboração do prérelatório deve sempre ser feito por qualquer químico, por mais experiente que seja, antes de ir para o laboratório executar um trabalho pela primeira vez. A preparação de um trabalho experimental envolve aspectos que vão desde os estritamente teóricos até aos claramente práticos e experimentais. Por exemplo, é importante reunir a informação existente sobre a reacção que se vai realizar, bem como sobre a reactividade dos reagentes e produtos envolvidos. Desta forma, podem ser identificadas as reacções secundárias mais relevantes, e, consequentemente, as impurezas mais prováveis, e poderão ser tomadas medidas para as minimizar. Por outro lado, o operador deve compilar as características físico-químicas tabeladas para os reagentes e produtos de forma a permitir, por comparação, a avaliação do grau de pureza do produto obtido. Essas características podem ser espectroscópicas (IV, RMN, etc.), pontos de fusão de compostos sólidos, ou índices de refracção de compostos líquidos. Os aspectos de natureza prática são, em grande medida, dependentes do trabalho em questão, mas alguns dos mais comuns poderão ser, por exemplo, a temperatura de ebulição de um solvente que seja levado à ebulição no trabalho a executar (para uma reacção ao refluxo, para evaporar o solvente, para uma recristalização, etc.), ou a solubilidade de um composto que se pretenda recristalizar, no solvente respectivo (se possível a temperaturas próximas do ponto de ebulição do solvente). Deve, também, procurar-se informação sobre características de segurança relativas a eventuais reagentes e produtos tóxicos ou perigosos, que possam requerer cuidados especiais de manuseamento ou de eliminação. Por último, é importante fazer um planeamento cuidado do procedimento experimental a efectuar, de forma a permitir optimizar o tempo de execução experimental. Este planeamento engloba a racionalização da sequência de operações que vão ser feitas e, no caso do trabalho ser realizado por um grupo de operadores, a respectiva divisão de tarefas. Se existirem montagens complicadas, estas devem ser devidamente estudadas. 1 Em concreto, e no que diz respeito aos trabalhos da disciplina de Laboratórios de Química Orgânica, os pré-relatórios devem incluir: (i) O mecanismo detalhado das reacções envolvidas. (ii) As respostas ao questionário existente no final de cada técnica experimental. (iii) As características físico-químicas dos solventes, reagentes e produtos que sejam relevantes para a realização experimental do trabalho, ou para a elaboração do respectivo relatório, isto é, aquelas que são necessárias para os cálculos de rendimentos e para a avaliação do grau de pureza dos produtos. Por exemplo, as massas molares, as densidades e os graus de pureza dos reagentes e produtos são grandezas necessárias para o cálculo dos rendimentos; no entanto, os valores correspondentes para os solventes só terão utilidade no caso destes serem utilizados em extracções líquido-líquido. Os pontos de fusão tabelados dos reagentes e produtos sólidos, ou os índices de refracção, no caso de compostos líquidos, são dados importantes na avaliação do grau de pureza dos produtos obtidos, mas, mais uma vez, normalmente os valores respectivos para os solventes não são necessários. Pelo contrário, no caso de, durante a execução experimental, ser necessário levar um solvente à ebulição, porque a reacção se dá durante um determinado período de refluxo, ou porque a purificação do produto envolve uma recristalização, por exemplo, então o ponto de ebulição do solvente torna-se um dado importante; no entanto os pontos de ebulição dos reagentes e produtos sólidos não têm, em geral, utilidade. (iv) Características de segurança relativas a eventuais reagentes e produtos tóxicos ou perigosos que possam requerer cuidados especiais de manuseamento ou de eliminação (ver a secção Segurança em Laboratórios de Química, pág. 10). (v) Uma breve planificação do trabalho, feita de forma esquemática, que inclua a sequência das operações experimentais que vão ser realizadas, e a divisão de tarefas entre os elementos do grupo. Por exemplo, num trabalho que envolva, num determinado ponto, o aquecimento da mistura reaccional, a placa de aquecimento (com o respectivo banho de água ou de óleo) deve ser ligada previamente, para evitar tempos de espera. Caso seja necessário fazer uma solução, um dos elementos do grupo deve medir a massa do soluto, enquanto o outro mede o volume do solvente. Caso seja necessário juntar duas soluções, cada elemento do grupo deve fazer a sua. Se o trabalho envolver uma montagem 2 complicada, esta deve ser estudada e deve incluir-se o respectivo esquema no prérelatório. Este ponto, quando bem executado, revela-se da maior importância no que diz respeito à racionalização do tempo de execução experimental, permitindo a eliminação de indecisões e tempos de espera desnecessários. 3 Relatórios – O que é e como se faz um relatório Em Ciência, a difusão dos conhecimentos faz-se, essencialmente, através da imprensa especializada. Cada autor, ou conjunto de autores, submete ao editor de uma revista científica os resultados e as conclusões de experiências realizadas ou a formulação e a análise de uma teoria desenvolvida. Via de regra, o editor pede a opinião sobre esse trabalho a 1-3 referees (avaliadores que julgam o mérito das experiências e conclusões ou da teoria apresentada), após o que comunica ao(s) autor(es) se o artigo é ou não aceite para publicação na revista em causa, ou se necessita de um certo número de correcções ou alterações. A aceitação de um trabalho escrito não depende, contudo, apenas do seu nível científico. A concisão, a clareza da linguagem, a facilidade de leitura de tabelas e de figuras, são pontos frequentemente considerados na selecção de um artigo (casos há em que o editor pede ao autor que reformule completamente o texto...). Por exemplo, todas as revistas científicas exigem um “Abstract” (Resumo), que, num mínimo de palavras, contenha o essencial do trabalho, incluindo, se os há, os resultados experimentais mais significativos. A diferença que existe entre um artigo científico, contendo resultados originais, e o relatório de uma experiência realizada por alunos no laboratório é que este descreve um trabalho que não é, em geral, inédito. Ambos podem estar mal esquematizados, mal redigidos, conter erros e ser aborrecidos! Num relatório, um aluno expõe e discute os seus resultados segundo um esquema análogo ao de um artigo, embora introduzindo algumas modificações, próprias de quem se encontra numa fase de treino ou de aprendizagem. Sugere-se, por isso, o exame de alguns artigos, de várias revistas, antes de, pela primeira vez, se elaborar um relatório. Desse exame poderão facilmente extrair-se as normas que a seguir se indicam, as quais se destinam a evitar os defeitos mais comummente encontrados em trabalhos escritos pelos alunos. ESQUEMA DE UM RELATÓRIO 1. TÍTULO E AUTORES 4 O título não deve conter um número excessivo de palavras e tem que chamar a atenção para o assunto tratado. Exemplo: - Síntese do trifenilmetóximetano (Bem). - Reacção de trifenilmetanol cm ácido súlfurico e metanol para obter trifenilmetóximetano (Mal). 2. RESUMO Já se referiu como deve ser redigido. Num máximo de concisão, tem que incluir o que se fez, como se fez, e os principais resultados (conclusões e valores obtidos). Exemplo: - Sintetizou-se fenacetina (N-acetil-4-etoxianilina) fazendo reagir acetamidofeno (N-acetil-4-hidroxianilina) com iodeto de metilo, em meio básico (NaOH em etanol). O produto obtido foi recristalizado de água, obtendo-se um rendimento de 27%. A pureza da fenacetina foi avaliada por medição do respectivo ponto de fusão (112–128 °C) e comparação com o valor tabelado (137.5 °C). O produto foi, ainda, identificado por espectroscopia de IV e de RMN. Concluiu-se que o produto obtido se encontrava contaminado com o reagente de partida (acetamidofeno). (Bem). - Sintetizou-se fenacetina por uma reacção SN2 e identificou-se o produto e a respectiva pureza por medição do ponto de fusão e espectroscopia de IV e RMN. (Mal). 3. INTRODUÇÃO A introdução do relatório não é uma colagem de generalidades retiradas de livros de texto. É apenas uma iniciação ao problema estudado, uma justificação dos autores para o facto de terem realizado a experiência. Deve, por isso, ser breve, fazendo uso, se necessário, de referências bibliográficas. No caso de um trabalho de síntese, as reacções efectuadas e os respectivos mecanismos (caso sejam conhecidos) podem ser incluídos na Introdução do relatório. 5 Exemplos: - Num relatório sobre a síntese de um corante azo é irrelevante a descrição pormenorizada da teoria das reacções de diazotação ou de substituição electrófila aromática, embora possam e devam citar-se fontes bibliográficas onde estes assuntos se encontram tratados. O que importa é referir a importância daquele tipo de reacções para a síntese de corantes azo em geral, ou para a do composto sintetizado em particular, bem como a importância prática deste composto. Pode ainda referir-se a razão da escolha dos reagentes químicos utilizados, em função do composto sintetizado e das impurezas que se pretenderam eliminar. - Num trabalho em que produto obtido é purificado por recristalização, não se deve descrever em pormenor as bases teóricas subjacentes a esta operação unitária (solubilidade, grau de sobressaturação, velocidade de nucleação, etc.). O que importa é situar a importância da recristalização como método de purificação de sólidos, em particular no caso do composto em causa. 4. PARTE EXPERIMENTAL Contém a indicação e a descrição: (i) dos aparelhos ou da montagem usada (ii) dos reagentes usados (iii) do método experimental seguido. Se se tiver utilizado um aparelho comercial sem qualquer modificação importante, basta indicar a sua marca, o modelo e algumas especificações consideradas significativas para o trabalho executado; no caso de uma montagem especialmente feita para as experiências em causa deve-se descrevê-la e, de preferência, acompanhar o texto com uma figura esquemática. Nunca se inclui material trivial de laboratório, como balões, erlenmeyers, pipetas, etc., desligados dos aspectos essenciais do trabalho. 6 O texto sobre o método experimental seguido não é uma cópia da “técnica” fornecida; esta é apenas um guia para a execução experimental do trabalho. Pode ser mais sucinto ou eliminar alguns pormenores e ser mais detalhado noutros. Nomeadamente, deve incluir as quantidades de reagentes e solventes realmente utilizadas, bem como a quantidade e o aspecto do produto obtido e as observações experimentais mais relevantes. Por outro lado, devem ser omitidos pormenores que se justificam apenas num guia para ser seguido por alunos. Por exemplo, não deve referirse o material usado em operações triviais de laboratório: “dissolveram-se, num erlenmeyer de 250 ml, 5.5 g de ácido sulfanílico e 1.5 g de carbonato de sódio em 50 ml de água” (Mal).; “dissolveram-se 5.5 g de ácido sulfanílico e 1.5 g de carbonato de sódio em 50 ml de água e observou-se libertação gasosa” (Bem). A informação sobre os reagentes usados deve conter a sua origem ou marca e o respectivo grau de pureza. Caso se trate de uma substância preparada no laboratório, devem indicar-se as referências bibliográficas sobre o método de síntese e de purificação. As alíneas (i), (ii) e (iii) podem ser tratadas separadamente, como, por exemplo, 4.1 - Aparelhagem 4.2 - Reagentes 4.3 - Método experimental ou podem ser fundidas numa rubrica única. Tudo depende do tipo de trabalho e da preferência dos autores. Em qualquer caso, nunca deve citar-se aparelhagem ou reagentes de forma esquemática, mas sim de forma descritiva. Exemplos: - Aparelhagem • Medidor de pontos de fusão Stuart SPM1. - Reagentes • Ácido sulfúrico, 97 – 99%, da Aldrich. • Trifenilmetanol, 99%, da Merck. • Metanol, p.a., da Carlo Erba. (Mal) 7 - Aparelhagem As medidas do ponto de fusão do produto foram efectuadas com uma precisão de 0.1 °C, usando um medidor de pontos de fusão Stuart SPM1. - Reagentes Usaram-se, como reagentes Ácido sulfúrico, 97 – 99%, da Aldrich; Trifenilmetanol, 99%, da Merck; e Metanol, p.a., da Carlo Erba. Este último foi também usado como solvente para a recristalização. (Bem) 5. RESULTADOS Descrevem-se os resultados das experiências, de preferência sob a forma tabular ou gráfica. Note-se que os Resultados não são só as medidas directas, são também os principais valores calculados com base nessas medidas. Exemplos: - Num relatório de uma síntese devem indicar-se as massas de reagentes utilizadas, a massa obtida de produto, o rendimento da preparação e os resultados dos processos analíticos utilizados na caracterização do produto final. Nomeadamente, devem mencionarse o ponto de fusão ou o índice de refracção obtidos para o produto e os respectivos valores tabelados. Devem também incluir-se os espectros traçados para o produto (IV, RMN, etc.). - No caso de uma síntese nova, a reacção em si é um resultado e, por isso, deve ser incluída na secção Resultados e não na Introdução do relatório. 6. DISCUSSÃO Juntamente com os Resultados, é a parte mais importante do relatório. Deve fazer-se a análise dos resultados mais relevantes, comparando-os, sempre que possível, 8 com os obtidos por outros autores ou com os previstos por métodos diferentes. Dessa análise decorre a crítica ao método experimental usado ou ao modelo físico adoptado para calcular os valores encontrados. Não deve fazer-se uma crítica baseada apenas em generalidades, mas uma crítica específica e dirigida (ver exemplos). Note-se que, por vezes, é hábito fundir "Resultados" e "Discussão" num só capítulo: "Resultados e Discussão". Uma vez mais, tudo depende do teor do trabalho e da preferência dos autores. Em qualquer dos casos, é necessário que ambas as rubricas constituam uma linha coerente de raciocínio, sem repetições ou divagações desprovidas de interesse. Exemplos: - O baixo valor do rendimento obtido e o reduzido grau de pureza do produto podem dever-se a reacções secundárias. (Mal). - O produto obtido está (ou poderá estar) contaminado com o reagente inicial, como se verifica (ou poderia verificar) pela presença da banda C═O no espectro de IV. O produto com um grau de pureza maior poderia ser obtido através de uma nova recristalização. (Bem). - A presença de álcool como contaminante pode dever-se à existência de água num reagente ou no solvente. De facto, no caso destes não se encontrarem bem secos, a água que aí possa existir irá competir com o nucleófilo, podendo reagir com o carbocatião e formar o álcool: + H2O OH + -H Figura 8 – Reacção de formação do álcool, por ataque nucleófilo da água ao carbocatião. A presença de água no solvente poderia ser verificada por espectroscopia de RMN. (Bem). - O baixo rendimento obtido (8%), quando comparado com o conseguido por Silva et al. (82%),1 deve-se a dois factores. Por um lado, aqueles autores usaram um tempo de refluxo (12h) superior ao executado neste trabalho (1h30’), permitindo que a reacção se desse numa extensão maior, obtendo uma conversão superior. Por outro, na 9 referência 1, o método usado para obter o éster, uma reacção SN2 com o carboxilato, é mais eficiente do que o realizado neste trabalho, uma esterificação de Fischer. Esta é uma reacção equilibrada, e a presença de água como produto da reacção desloca o equílibrio no sentido dos reagentes e impede a obtenção de uma conversão elevada: COOEt COOH EtOH, H+ + H2O Figura 5 – Equilíbrio correspondente à reacção de esterificação de Fischer. O rendimento poderia ser melhorado, caso a água fosse retirada da mistura reaccional, à medida que é formada. Isto poderia fazer-se por destilação da água, ao longo do tempo de reacção se esta fosse efectuada a uma temperatura superior a 100 °C. A diferença entre os pontos de ebulição da água (100 °C) e o do ácido (249 °C)2 ou o do éster (212 °C),3 permite que a separação possa ser feita por meio de uma destilação simples. (Bem). 7. APÊNDICE OU APÊNDICES No caso de existirem, contêm somente matérias importantes para a completa compreensão do relatório, mas cuja inclusão no decorrer do texto não é essencial para o seu acompanhamento. Não deve incluir aspectos triviais de cálculos. Num relatório correspondente a um trabalho de síntese, os espectros (IV, RMN, etc.) dos reagentes e produtos correspondem a resultados, pois permitem a identificação dos compostos e a avaliação do respectivo grau de pureza. Devem ser incluídos na secção Resultados, e discutidos como tal. Não devem ser remetidos para os apêndices. 8. BIBLIOGRAFIA Contém a listagem de artigos e livros citados ao longo de todo o trabalho e também, se for caso disso, bibliografia de carácter geral, não referida no texto. Existem 10 várias maneiras de ordenar aquela lista mas a mais vulgar é escrever as referências por ordem de citação no texto do relatório. Existem também diferentes modos de, no texto, numerar as referências. Nos exemplos apresentados neste texto, faz-se uso do índice superior. No caso de se citar informação obtida numa página da Internet, deve incluir-se, para além do respectivo URL, uma breve descrição do conteúdo, a respectiva autoria, e a data de consulta. Insiste-se no maior cuidado em referenciar correctamente tudo o que é retirado de trabalhos de outros autores. Exemplos: No texto: "Adedeji et al.1 obtiveram as energias de ligação..." Na Bibliografia: 1. F. A. Adedeji, K. J. Cavell, J. A. Connor, G. Pilcher, H. A. Skinner, M. T. Z. Moattar, J. Chem. Soc. Faraday I 1979, 75, 603. No texto: "Entre os métodos normalmente usados para a determinação de entalpias de vaporização2,3 conta-se..." Na Bibliografia: 2. J. D. Cox, G. Pilcher, Thermochemistry of Organic and Organometallic Compounds, Academic Press, London and New York, 1970. 3. G. W. Thomson, Techniques of Organic Chemistry, A. Weissberger (editor), Vol. I, Physical Methods of Organic Chemistry (3rd ed.), Part 1, Chapter IX, Interscience, New York, 1965. No texto: "O espectro IV do reagente é conhecido,4 e ...” 11 Na Bibliografia: 4. http://www.aist.go.jp/RIODB/SDBS/menu-e.html; base de dados espectroscópicos, mantida por National Institute of Advanced Industrial Science and Technology, Tsukuba, Ibaraki, Japão, consultada a 4/5/2005. Atente-se no modo como as referências foram escritas e na informação que contêm. As regras são, no entanto, variáveis consoante as revistas. No caso presente optou-se, no artigo mencionado, pela ordem ano-volume-página, adoptada pelas revistas da American Chemical Society. As palavras et al. são normalmente usadas quando o número de autores é demasiado extenso para serem todos citados no texto (em geral, três ou mais autores); et al. significa "e outros", e é a abreviatura do latim et alii. Outras abreviaturas ou expressões latinas que se utilizam frequentemente são as seguintes: a fortiori por maioria de razão a posteriori por indução a priori por dedução ab initio desde o princípio ca. (circa) aproximadamente, cerca de cf. (confer) comparar com e.g. (exempli gratia) por exemplo etc (et cetera) e todos os outros grosso modo de forma aproximada i.e. (id est) isto é ibidem, idem o mesmo (para não repetir o já citado) loc. cit. (loco citato) a parte citada op. cit. (opere citato) a obra citada q.v. (quod vide) veja-se sc. (cilicet) nomeadamente assim mesmo (indicação de que o sic original, embora reproduzido fielmente) 12 errado, foi v.g. (verbi gratia) por exemplo vid. (vide) veja-se viz. (videlicet) nomeadamente Apresenta-se, por fim, um conjunto de sugestões de carácter geral, todas elas frequentemente esquecidas pelos alunos: - Sempre que possível, deve fazer-se uma análise de erros, com vista a obter os intervalos de incerteza que afectam os valores mais relevantes. - Embora todos os cálculos possam (e devam) ser feitos com um grande número de algarismos decimais para se evitarem erros de arredondamento, os valores (intermédios ou finais) apresentados devem ter o número correcto de algarismos significativos. - É necessário ter cuidado com a nomenclatura utilizada. É hábito verem-se palavras indevidamente “traduzidas à letra”. - Usar, sempre que possível, o Sistema Internacional de unidades (S.I.). - Numerar e legendar figuras e tabelas. Caso alguma tenha sido copiada da literatura, indicar a referência e pôr a legenda em português! - Numerar as páginas do relatório! - Assiná-lo e datá-lo! 13