Cristo singular na história

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Russel P. Shedd
TEOLOGIA
palavra "singularidade", aplicada a Cristo, significa sua imparidade: Ele é
absolutamente incomparável. Fico admirado com a seguinte referência
feita por Charles Misner: Albert Einstein achou que a existência do Universo é
uma questão religiosa; sendo judeu, era natural que ele pensasse assim. Mas,
não se interessava por freqüentar uma igreja. A razão de Einstein não ter tempo
para visitar uma igreja é que, para ele, os pastores blasfemavam, ou seja,
quando falavam sobre Deus não tinham suficiente respeito pelo Criador do
Universo. E nós? Será que temos suficiente admiração e reconhecimento à
SINGULARIDADE DE JESUS? Lembremo-nos daquele escritor de Londres, que
tem um alto preço na cabeça, porque, no seu livro Versos Satânicos, segundo a
acusação, não reconheceu a importância de Maomé. Por isso, deve ser morto.
Imagine quantos de nós seríamos mortos, se fôssemos acusados de não
reconhecer a singularidade de Jesus!
Meu plano é o de buscar oito relações de Jesus que mostram sua
incomparabilidade com Buda, Confúcio, Sócrates, Moisés ou com qualquer
outro. Ele é singular na história da humanidade. Escolhi a idéia de
relacionamento par causa de Missões - que tem a tareia de relacionar Deus com
a humanidade.
EM RELAÇÃO A DEUS - PAI
a) Cristo é o resplendor da glória divina e a
expressão exata do seu Ser. Jesus é um com Deus,
como também é Deus - tudo isto confunde mentes
finitas como as nossas. Ele compartilha a glória divina
e sempre a compartilhou; é amado do Pai e ama o
Pai. Este relacionamento entre Cristo e o Pai é um tipo
particularmente revelador. Ele é Deus unigênito, o que
estava no peito do Pai, com um relacionamento muito
próximo (Jo 1,18). É Ele que faz exegese ou
exposição de Deus. Disse Jesus a Filipe: "Se quiser
saber como é Deus, olhe para mim. Quanto tempo tenho estado com vocês e
vocês não me viram ainda?" (Jo 14,9s). Em outros termos: não o viram na
realidade, como expressão exata ser de Deus. Naturalmente, há aspectos em
que a encarnação limita esta expressão, mas, quanto à sua personalidade,
Jesus é a expressão exala de Deus.
Pedro afirma: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. (MI 16,17). Quanta tinta vem
sendo despejada no papel para descrever o que significa o termo "Filho de
Deus". Obviamente gerado, mas sem o papel de relação conjugal. Portanto, Ele
é singular na sua filiação em comparação conosco. Qualquer teologia que
identifica a filiação de Jesus e a nossa simplesmente não entende a Palavra de
Deus. O estudioso C. S. Lewis discorre sobre esta verdade, no livro Cristianismo
Autêntico (ABU Editora) - altamente recomendado.
b) Em relação ao Pai, Jesus aprendeu a obedecer ao Pai: Pelas coisas que Ele
sofreu, aprendeu a obediência. (Hb 5,8). Nós sumos obedientes apenas quando
queremos. Jesus não tinha sido testado em relação ao Pai e nunca pediu algo
que o Pai não queria fizer. Parece que no jardim do Getsêmani é que Ele
aprendeu algo sobre obediência. Ele é coerente com o Pai. Fomos retirados do
império das trevas e colocados no Reino do seu Filho Amado (Cl 1,13]. Este
mesmo Reino é o Reino de Deus em muitos textos. No fim, depois de colocar
todos os inimigos debaixo dos seus pés, Cristo entregará o Reino de volta ao
Pai, para que Deus seja tudo em todos (1Co 15,24).
c) Em relação ao Pai, Jesus é o caminho, o apresentador, de maneira que
ninguém pode chegar ao Pai sem ser por Ele. Isso tem uma profunda
implicação para Missões. Há pessoas que dizem que crêem em Deus (veja o
caso dos muçulmanos), mas o deus do islamismo não tem filho nem espírita,
como tem o nosso Deus. Em outras palavras: por negarem a Trindade não
crêem no mesmo Deus em que nós cremos. Só se pode chegar a Deus pelo
Filho.
EM RELAÇÃO AO UNIVERSO
a) A Bíblia ensina que Jesus é o desenhador e o agente da Criação. O Pai,
em termos humanos, disse ao Filho: "Faça um Universo para mim." E o Filho
respondeu: "Eu faço." A Bíblia diz que [orlas as coisas falam feitas por Ele,
visíveis e invisíveis; nada que se fez chegou a existir sem Ele (Jo 1,3; Cl 1,16).
Então, tudo o que existe, as maravilhas que os homens ainda estão
descobrindo, tudo tem o toque de Jesus Cristo.
Tanto o Antigo como o Novo Testamento apresentam
o nosso Deus como tão sublime e singular que não
existe a possibilidade da salvação além das fronteiras
da fé por Ele estabelecidas. Portanto, levemos o
conhecimento do nosso Deus e do Senhor Jesus
Cristo até os confins da Terra.
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b) É Jesus que mantém o Universo. Se Ele quisesse, o Universo voltaria para
o nada. Seria muito interessante ver o Universo todo como uma bola sólida,
composta de prótons, elétrons e neutrons em perfeito equilíbrio antes do "Big
Bang"- se os cientistas estivessem certos. Mesmo assim, foi Cristo que fez essa
"bola"! Cremos que todas as existências e inteligências sem carne foram criadas
por Ele (Cl 1,16). ISSO tem uma implicação importante para quem trabalha entre
povos dominadas por poderes satânicos.
EM RELAÇÃO AO MUNDO
a) Jesus é o abençoador do mundo. Em ti serão benditas
todas as famílias do mundo (Gn 12,3). ISSO inclui todas as
raças. Ele é o presente de Natal que Deus deu ao
mundo'(Jo 3,16); é o Cordeiro sacrificial que tira o pecado
do mundo. É fascinante ler em Apocalipse a descrição,
segundo a qual, algumas décadas depois de Cristo morrer
na cruz, Ele ainda estava ferido ao pé do trono (Ap 5,6).
Essa cena mostra, conforme foi revelado ao apóstolo João,
o relacionamento entre o Rei e o Cordeiro sacrificial. O
mundo necessita do sacrifício de Cristo para alcançar a reconciliação com Deus.
b) Ele é o Mediador entre Deus e os homens; é singular como o Salvador do
mundo (Jo 4,42). Salvador significa "libertador", "curador". A palavra salvar
significa curar. Estando este mundo fatalmente doente, Missões é a tarefa de
levar o remédio chamado Jesus. Como o Médico dos médicos, Ele se oferece
para curar este mundo doente.
c) Ele é a Luz do mundo, isto é, onde se comunica Jesus as coisas são
iluminadas. Ele muda o cenário do mundo, como o Sol, ao despontar, irradia a
luz em toda parte (Jo 8,12J . Ele não só revela o que está errado como também
dá vida. Comi) a luz é essencial à vida, Jesus é necessário ao mundo.
d) Ele é o servo do mundo. O Filho do homem não veio para ser servido, mas
para servir e para dar sua vida em resgate do mundo. (Mc 10,45). Isaías (cap.
42 - 53) descreve o Senhor como o servo sofredor, que carrega os pecados de
seus companheiros. Israel é descrito, no texto de Isaías, como se estivesse
identificado com o Servo. Ele resgata Israel com a sua morte e ressurreição.
e) Ele reverte o papel do primeiro Adão, recriando a raça. Isto Adão não podia
fazer, mesmo se arrependendo em cinzas, durante os novecentos anos que
viveu. Cristo é declarado o último Adão porque, por meio dele, existe uma nova
criação (1Co 15,45; 2Co 5,17).
EM RELAÇÃO À CARNE
a) Jesus se encarnou de forma singular - A palavra carne, no Antigo
Testamento, "bassar", significa essa massa de humanidade com todas as suas
características e fraquezas. Note a importância da encarnação: todas as
predições do Antigo Testamento, relacionadas com a vinda de Cristo, se referem
a sua carne. Não temos, creio eu, nenhum texto que claramente distinga Jesus
como apenas espírito. Por exemplo, em Isaías, Ele é descrito como Deus forte
encarnado.
Um menino nos foi dado, uma criança nasceu (Is 9,6). Esta é uma referência ao
nascimento de Cristo na carne.
João revela que os demônios têm horror de admitir a
encarnação de Jesus. Devemos testar os espíritos, isto é,
investigar se eles admitem que Jesus veio em carne. Assim,
podemos saber se eles são emissários satânicos ou não. A
encarnação de Jesus é uma doutrina bíblica fundamental. Os
gnósticos, como os dos primeiros séculos, e outros grupos que
negam a encarnação, na realidade estão aliando-se com o
próprio demônio. Paulo afirmou que Jesus nasceu de uma mulher, debaixo da
Lei (Gl 4,4) e que Ele é o fim da Lei (Rm 10,4). Ele cumpriu a lei em nosso lugar;
lutou contra satanás em nosso lugar e venceu; Ele nasceu da virgem para, em
nosso lugar, cumprir a Lei e, assim, ser nosso representante diante de Deus.
Jesus refuta as acusações satânicas contra os que não guardam a Lei e que
devem, por isso, ser levados para o lado dele.
O corpo de Cristo, formado pelo Espírito Santo no ventre de Maria, foi dado por
Deus para que o Filho fizesse a vontade do Pai. Um corpo me preparaste para
fazer a tua vontade (Hb 10,5ss). Essa é a verdade que Hebreus enfatiza e que
Paulo concorda, dizendo que foi a obediência de Cristo que nos salvou. Jesus
não apenas se encarnou, mas foi na carne que Ele obedeceu. Deus condenou o
pecado na carne de Cristo (Rm 8,3), tal como Adão repassou pecado para
nossa carne humana. Cristo, neste papel de obediência com seu corpo,
transformou e reverteu, pela sua obediência, a condenação de pecadores como
nós (Rm 5,15-19).
b) Jesus é o Filho do homem - O profeta Daniel, em uma visão, viu alguém
celestial como se fosse um filho do homem. Essa visão é Jesus, que desce do
Céu e se identifica com seu povo. A base da relação que existe entre o Filho do
homem e os filhos humanos fornece o fundamento para toda a raça nova de
Cristo. Filho do homem foi o termo favorito de Jesus, quando Ele descreveu a si
mesmo. Ele usava este termo corporativo que comunica um indivíduo em
solidariedade com muitos. Pela sua morte e ressurreição, traz vida para todos
nós, através da encarnação.
O mundo necessita do sacrifício de Cristo
para alcançar a reconciliação com Deus
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c) Ressurreição - Sem corpo de carne, Jesus não poderia ressuscitar. Se Ele
não houvesse ressuscitado, declara Paulo, não haveria esperança de
ressurreição para ninguém (1Co 15, 16ss): fatalmente, daqui a um milhão de
anos, ainda estaríamos naquele cemitério onde seremos sepultados. Mas, por
causa da encarnação e ressurreição de Cristo, podemos esperar rever todos os
nossos irmãos.
EM RELAÇÃO À IGREJA
a) Jesus é o arquiteto da Igreja - "Eu edificarei a minha Igreja", foi uma palavra
que Ele deu após a revelação que o Pai fez a Pedro. "A minha Igreja", diz
respeito à casa, à residência de Deus, o qual habitará na casa levantada por
Cristo (Ef 2,22).
b) Jesus é Cristo-Rei - Jesus, quando foi exaltado e entronizado ao lado do Pai,
foi entitulado Cristo e Senhor-ungido, Rei (At 2,36). Para sua Igreja, Cristo é Rei,
aquele que tem autoridade suprema sobre seus súditos. Paulo diz que o mundo
tem muitos senhores e muitos deuses, mas, para nós, seus servos, só existe um
Deus e um Senhor (grego: Kýrios), Jesus Cristo (1Co 8,6), em relação à sua
Igreja. Então, vemos que o senhorio de Cristo se relaciona com a nossa
obediência; especialmente reforça a sua ordem para irmos e fazermos
discípulos de todas as nações.
c) Cristo é cabeça da Igreja - Ser a cabeça, além de ser líder, significa idealizar
e planejar o que vai acontecer. Então, quando queremos traçar algum projeto, se
Cristo não for a cabeça, o projeto é capaz de falhar. Esta doutrina de Cristo
como cabeça tem destaque na carta aos Colossenses; mas, se voltarmos para
Coríntios ou para Efésios, encontramos uma ênfase pertinente ao Corpo de
Cristo e não apenas à Cabeça. A cabeça está cheia de nervos, mas o corpo
também o está. Ele é o líder, mas também é a pessoa que atua em nós através
dos nervos, pois o corpo está ligado a Cristo mediante este contato vital. A figura
de cabeça e corpo ilustra o essencial relacionamento entre Cristo e a sua Igreja.
Estar em Cristo significa reproduzir a sua
personalidade na Terra. Sua humanidade,
seu amor ao Pai e aos pecadores, sua
compaixão, tudo deve manifestar este
intercâmbio entre nós e Ele.
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Paulo escreve para os Coríntios: "Vós sois corpo de Cristo". E aos Efésios
afirma que a Igreja toda do mundo inteiro é corpo de Cristo também. Então não
importa onde você vive nem onde eu vivo, se fazemos parte do seu Corpo.
Somos membros do corpo universal e membros da igreja local (1Co 12s.21-27).
Nesta mesma referência, as expressões estar em Cristo e Cristo em vós
mostram uma reciprocidade, em relação a Ele, que é a esperança da glória (Cl
1, 27). Mais de cem textos, nas Epístolas repetem a expressão "em Cristo" ou
"nele". Em João 15, Jesus usou a figura da videira e dos ramos. Os ramos estão
na videira porque há uma ligação entre eles. Estar em Cristo significa, então,
reproduzir a sua personalidade na Terra. Sua humanidade, seu amor ao Pai e
aos pecadores, sua compaixão, tudo deve manifestar este intercâmbio entre nós
e Ele.
d) A Igreja é a herança de Cristo - Ele receberá a Igreja por herança. Todas as
igrejas do mundo, habitadas pelo Espírito Santo, estarão incluídas (Ef 1,11). Isto
quer dizer que Ele vai herdar, casar com a noiva, a Igreja. A segunda vinda de
Cristo será o dia das Bodas do Cordeiro. A respeito do relacionamento entre
Cristo e a Igreja, Efésios mostra que Ele morreu para salvá-la e apresentá-la a si
mesmo, santa, gloriosa, sem qualquer falha, sem rugas ou mácula (Ef 5,25ss).
Isso é um desafio imensurável, porque não entendemos como Deus purificará
sua Igreja para que ela possa casar com o santo marido. Que milagre santificará
a nossa vida particular e a vida da Igreja de Cristo!
e) Cristo é o Sumo Sacerdote - O livro de Hebreus enfatiza o que significa este
ofício e nos incentiva a nos aproximarmos dele, pois Ele entende as nossas
fraquezas, é compreensivo e compassivo (Hb 4,14; 5,10).
EM RELAÇÃO AO EVANGELHO
a) Cristo é o cerne do Evangelho - Não pregamos a nós
mesmos, mas pregamos o Cristo e a nós mesmos como
seus servos (2Co 4,5). Se tirarmos Cristo do Evangelho,
não haverá mais nada das boas novas. Ele está
envolvido em cada faceta das suas mensagens. Quem
invocar o nome do Senhor pode ser salvo (At 4,12), mas
quem não o conhece não pode clamar por Ele.
A história do dr. Maurice Rawlings, um cardiologista no
Tennesee (EUA), revela a centralidade do nome de
Jesus. Cuidava de um paciente quando, de repente, o
monitor mostrou que o coração não batia mais. Ele
pensou: "Este homem vai parar de falar e cairá." Isso aconteceu em alguns
instantes. O estado de emergência imediatamente caracterizou o local.
Segundos depois, os olhos do paciente voltaram a focalizar e a boca recomeçou
a falar: "Doutor, estou caindo no inferno, me ensine uma oração." O doutor,
sendo descrente, era cínico e relutante. Disse-lhe: "Eu sou médico, não sou
pastor nem padre." O homem insistiu dizendo que nada precisava senão de uma
oração, para ele não cair no inferno que acabara de avistar. Daí o médico, sem
saída, sugeriu-lhe: "Fale o seguinte: Jesus Cristo, tu és Filho de Deus. Se tu me
salvas do inferno, eu sou teu e vou te obedecer, vou ficar pendurado no teu
gancho." Aquele paciente, quando proferiu tais palavras, naquele mesmo
instante se salvou. O próprio médico ficou chocado: "Cuidado, se vote não for
crente, ao ensinar a alguém uma oração como esta, você pode ser salvo
também." Daí ele escreveu o livro "Eles Viram o Inferno", uma obra que talvez
ajude evangelizar pessoas que desacreditam no juízo divino.
Quem invocar com fé o nome do senhor será salvo (Rm 10,13). O primeiro credo
da Igreja afirma isto: "Jesus é o Senhor". Mais uma palavra relacionada com o
Evangelho: Ora, a vida eterna é esta: que te conheçam como um só Deus
verdadeiro e a Jesus Cristo, aquele que enviaste (Jo 17,3). Conhecer o cristo e o
Pai nos assegura a vida eterna.
EM RELAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO
O Espírito Santo e Cristo estão interligados de tal forma que quem separar um
do outro comete um erro teológico fatal.
a) Jesus Cristo é o batizador singular no Espírito - Falar do batismo no
Espírito (1Co 12,13) e não lembrar quem batiza seria tropeçar gravemente. Esta
verdade encontra-se enraizada nos evangelhos e em Atos dos Apóstolos.
Deus amou o mundo a ponto de enviar Seu Filho
como o único sacrifício pelos pecados desse
mundo. Basta crer no Filho para receber a bênção
da vida eterna e basta não crer para continuar na
condenação. Vale a pena reparar na causa da
condenação daqueles que não receberam o Filho.
Não é que são condenados, apesar de não terem
a culpa por não ouvirem o evangelho, pois a luz veio
ao mundo, iluminando a "todo homem" (Jo 1,9).
Pelo contrário, os homens amaram mais as trevas
do que a luz; porque as suas obras eram más".
São condenados não porque a luz não chegou até
eles, senão porque fugiram da luz, para evitar que
sua maldade ficasse exposta.
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b) Ele é a pessoa que roga ao Pai que envie seu outro paracletos. João
apresenta Jesus Cristo como nosso paracletos, nosso advogado, companheiro
espiritual o tempo todo. Então Jesus vai chegar ao lado do Pai e pedir-Lhe que
mande outro paracletos (Jo 14,16). A mulher de Samaria começou a pensar: "O
que este rabino está me falando?" Jesus disse: "Se você conhecesse o dom de
Deus e quem é que fala consigo, você pediria e receberia água viva em forma
de uma fonte a jorrar." É claro que Jesus estava falando do Espírito Santo: Se
alguém tem sede, venha até mim e beba porque, como dizem as Escrituras, do
seu interior fluirão rios de água viva. (Jo 7, 37ss). Então venha e beba de Cristo.
Quem, não chegando a Cristo, tentar beber do Espírito Santo pode descobrir
que se envolveu com espíritos demoníacos. Quem batiza no Espírito Santo é
Cristo. Ele glorifica o Senhor Jesus; portanto, o que o Espírito produz na vida do
cristão é a personalidade de Cristo. Ele não é apenas o Espírito do Pai, mas
também o Espírito de Cristo. E, notadamente, é o espírito que é portador da
personalidade. Se for separado o meu espírito do meu corpo, este fica inerte,
mas a personalidade se mantém intacta. Quando eu chegar na presença de
Deus, após a morte, serei eu mesmo. c) A Palavra de Deus nos manda orar
sempre no Espírito, o que exige também orar no nome de Cristo (Ef 6,18). Ele
garante que, se pedirmos algo em seu nome, o Pai é glorificado na resposta que
este nome abona. Isso é como pedir dinheiro do banco pelo nome de quem
endossa um cheque: a autorização essencial se garante pela assinatura.
EM RELAÇÃO AO FUTURO
a) Jesus é o Senhor da História. Ele quebra os selos do Apocalipse e os selos
representam o que vai acontecer. O primeiro selo do cavalo branco que sai para
vencer e para segurar o que vence representa Jesus Cristo. O simbolismo
aponta a futura história da evangelização e de Missões em toda a Bíblia, até o
fim da História, Jesus prometeu a seus discípulos que os acompanharia até o
fim (Mt 28,20).
Ora, a vida eterna é esta: que te conheçam
como um só Deus verdadeiro e a Jesus Cristo,
aquele que enviaste (Jo 17,3). Conhecer o
Cristo e o Pai nos assegura a vida eterna.
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b) Ele será o salvador de Israel, quando este tiver os ramos reintegrados (Rm
11,24). Deus promete apartar os pecados de Jacó. Isto só pode acontecer
quando Israel reconhecer o Messias que é o nosso Senhor Jesus.
c) Jesus Cristo é a base de nossa esperança. Aguardamos a bendita
esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e salvador Jesus
Cristo (Tt 2,14).
d) Jesus Cristo acompanha "o termômetro" da ira de Deus, que está subindo
cada dia (Rm 2,5). Quando esse termômetro chegar à marca predeterminada
por Deus, explodirá a ira do Cordeiro (Ap 6). Em relação ao futuro, Jesus julgará
o mundo.
e) Ele, justo juiz, julgará as nações com cetro de ferro (Sl 2,9], bem distinto de
um cetro de pau ou de borracha. Não haverá mais possibilidade de
arrependimento. Todos nós compareceremos, individualmente, diante do tribunal
de Cristo para recebermos o bem e o mal que tivermos feito, durante a vida em
nosso corpo: prestaremos contas dos nossos talentos ganhos e das nossas
falhas, para serem ju1gados no tribunal de Cristo (2Co 5,10; Rm 14,10). Dele
receberemos elogios ou nós nos afastaremos dele envergonhados (lJo 2,28).
Quem batiza no Espírito Santo é Cristo
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A conclusão é o reconhecimento à supremacia e à singularidade de Cristo.
Ambas têm a mesma significação. Se Cristo é supremo, nossa vida e nossa
igreja precisam se encaixar nessa suprema autoridade. Onde quer que
procuremos, no Novo Testamento, notamos a incontestável sublimidade de
Jesus Cristo. Sua singularidade se encontra do início ao fim. Como o Alfa e o
Ômega (a primeira e a última letras do alfabeto grego), tudo se relaciona com
Ele. Como Tomé, prostremo-nos e adoremo-Lo.
Dr. Russell P. Shedd, missionário há mais de 35 anos no Brasil, é teólogo,
escritor e conferencista.
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