cap-20-perspectivas-para-o-seculo-xxi

Propaganda
Perspectivas para o Século XXI
A nova ordem mundial
Desde o início dos anos 1990 vivemos uma chamada "nova ordem mundial". O que isso significa?
Essa nova ordem mundial é complexa. Do ponto de vista do poderio militar, ela pode ser considerada monopolar.
Desde que a União Soviética deixou de existir, os Estados Unidos tornaram-se a única superpotência mundial. Porém, do
ponto de vista econômico, a nova ordem é multipolar, com vários pólos ou centros mundiais de poder. Hoje o poderio
militar não é mais tão importante quanto no passado. A grande disputa pela hegemonia mundial no século XXI é
econômica.
Na disputa entre os grandes centros de poder no século XXI, sairão ganhando aqueles que modernizarem suas
Instituições e sua economia de forma mais eficaz, o que significa: dispor de tecnologias avançadas e de força de trabalho
qualificada, oferecer o melhor padrão ou qualidade de vida e um ótimo sistema educacional para a população, contar com
um amplo mercado consumidor, com alto nível médio de rendimento e poder aquisitivo.
Outras características marcantes da nova ordem mundial são a Terceira Revolução Industrial e a globalização.
A Terceira Revolução Industrial que se encontra em andamento iniciou-se no fim dos anos 1970. Ela é marcada pela
substituição do petróleo por outras fontes de energia (hidrogênio, solar, de origem biotecnológica, etc.) e por novos setores
de vanguarda: a informática, a robótica, a biotecnologia, além de mudanças no que se refere à força de trabalho. Já a
globalização consiste na crescente interdependência entre as economias e povos do planeta.
Quem terá hegemonia no século XXI?
A Europa, ou União Européia, apresenta grande possibilidade de voltar a ser o centro mundial de poder. Seus pontos
fortes são a população de aproximadamente 728 milhões de pessoas com bom poder aquisitivo e elevada escolaridade,
além da economia moderna e desenvolvida. Seu grande desafio é integrar na EU todo o continente europeu, ou seja, a
Europa oriental e as nações européias da CEI (Rússia, Belarus, Ucrânia e Moldávia).
Os Estados Unidos levariam vantagem se a disputa fosse apenas entre Estados nacionais. Afinal, é a maior economia
e o maior mercado consumidor do planeta, com uma população de cerca de 298 milhões de habitantes e um alto poder
aquisitivo médio, embora o nível de alfabetização seja bem inferior ao de países como Alemanha, Japão ou Suécia.
Porém, a disputa no século XXI não é mais entre Estados e sim entre megablocos, dos quais o mais importante é a União
Européia.
O Japão saiu na frente na Terceira Revolução Industrial: foi o país que mais investiu em tecnologia – especialmente em
robótica - e a economia que mais cresceu e se modernizou em todo o planeta na segunda metade do século XX. Em 1990,
a maioria dos especialistas considerava o Japão como o principal candidato a maior potência mundial no século XXI.Mas
desde então muita coisa mudou. O Japão enfrenta hoje o desafio de reformar sua economia, tornando-a mais voltada para
o mercado interno.
A China seria uma "candidata natural" à liderança devido à sua enorme população e ao seu acelerado crescimento
econômico desde os anos 1990.
Esse país, que exportava menos de 2 bilhões de dólares ao ano na década de 1970, passou a exportar 35 bilhões em
1985 e cerca de 200 bilhões em 2000. Hoje a China tem, ao menos teoricamente, maiores probabilidades que o Japão de
liderar um hipotético megabloco asiático. Outro país com pretensões de se tornar a grande potência asiática é a vizinha
índia. O país tem a segunda maior população do mundo (e talvez a primeira daqui a quinze ou vinte anos, pois seu
crescimento demográfico é maior que o chinês) e, desde os anos 1980, vem se modernizando muito.
Mas tanto a índia quanto a China enfrentam sérios problemas étnicos, sociais e político-territoriais, com grandes
contingentes humanos vivendo em condições precárias. Na índia, porém, as desigualdades sociais parecem estar
diminuindo, ao passo que na China vem ocorrendo o oposto. No entanto, a maioria dos estudiosos argumenta que a
ordem mundial no século XXI será multipolar, sem um centro dominante.
ATIVIDADES
1. Relacione os fatores que poderão determinar os ganhadores na disputa pela hegemonia mundial no século XXI.
2. Cite os principais aspectos da nova ordem mundial.
3. Explique o que são a Terceira Revolução Industrial e a globalização.
4. Em sua opinião, de quem será a hegemonia mundial no século XXI?Da União Européia, dos Estados Unidos, do
Japão, da China, da índia ou de nenhum dele sem especial?Justifique sua resposta.
Download