Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Rurais Curso de Agronomia SALINIZAÇÃO NA CULTURA DO ARROZ ROLNEI CORADINI Santa Maria 2008 ROLNEI CORADINI SALINIZAÇÃO NA CULTURA DO ARROZ Tcc apresentada ao Curso de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria, com requisito parcial à obtenção de titulo. Orientado por: Prof. Dr. Luiz Augusto Salles das Neves Santa Maria 2008 2 ROLNEI CORADINI SALINIZAÇÃO NA CULTURA DO ARROZ Tcc apresentada ao Curso de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria, com requisito parcial à obtenção de titulo. Orientado por: Prof. Dr. Luiz Augusto Salles das Neves. BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Luiz Augusto Salles das Neves Orientador Prof. Msc. Antônio Gilberto Freitas de Moraes Professor Aprovada em _____/____/2008. 3 “Este estudo é dedicado aos meus mestres, familiares e amigos...”. 4 AGRADECIMENTOS A Deus, por tudo em minha vida; Aos mestres pela excelência no ensino; Aos familiares, pelo apoio de sempre; Aos colegas, pela amizade; A minha adorável Noiva. 5 RESUMO Este estudo apresenta o processo de salinização na cultura do arroz, citando-se que a salinização é a concentração progressiva de sais no solo, provocada pela evapotranspiração intensa, principalmente em locais de climas tropicais áridos ou semi-áridos. Nessas regiões, existem terrenos que não deixam parte da água da chuva ou da irrigação penetrar fundo, em direção ao lençol freático, carregando consigo os sais aplicados na rega. No Brasil, em quase todo o Sudeste e nas regiões Norte, Sul e Centro-Oeste, os solos são muito pouco sujeitos à salinização, porque nessas regiões chove muito e a água da chuva lava os sais que por ventura tenham se acumulado com a irrigação feita no período seco. O mesmo não acontece no Nordeste e parte do Norte de Minas Gerais, porque o clima favorece a salinização dos solos quando irrigados. O processo de recuperação de solos salinos tem como premissa a adição ao solo de água em quantidade suficiente para carrear o excesso de sais solúveis do perfil. Esse processo compreende a dissolução dos sais presentes no solo e o transporte dos íons resultantes, através da zona radicular, em profundidade para fora da área de influência das raízes das plantas. Assim sendo, é possível reduzir a alta concentração de sais da solução do solo, característica dos solos salinos, para níveis suficientemente baixos que permitam eliminar ou minimizar as reduções de produção nas culturas pelo fator salinidade. Palavras-Chave: arroz, salinização, cultura. 6 ABSTRACT This study comes to light, make the process of salinization in rice cultivation, citing that the salinization is the progressive concentration of salts, caused by intense evapotranspiration, especially in places of arid tropical climates or semi-arid, where normally there inefficient drainage, salinization often occurs in certain land located in areas where little rain and the heat is strong (which makes the plant much sweat and soil lose water through evaporation. Since these regions, there are sites that leave no part of rainwater or irrigation penetrate the bottom, toward the water table, carrying with it the salts used in irrigation. In Brazil, in almost all the Southeast and in the North, South and Center-West, the land is subject to very little salt. Because these regions it rains a lot and rain water washes the salts that perhaps have been accumulated with the irrigation done in the dry season. The same is not true in the Northeast and parts of northern Minas Gerais, because the climate favors the salinization of the soil when irrigated. The process the recovery of saline soil is the premise for the addition of ground water in sufficient quantity to wash the excess of soluble salts of the profile. Since that includes the dissolution of salts in the soil and transporting the resulting ions through the root zone, in depth, outside the area of influence of the roots of plants. Therefore, it is possible to reduce the high concentration of salts from the soil solution, characteristic of saline soils to levels low enough to allow eliminate or minimize the reductions in crop production in the salinity factor. Key words: rice, salt, culture. 7 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Cultura do Arroz 13 Figura 2: Lenço freático alto 24 Figura 3: Solo com processo de irrigação 25 Figura 4: Solo Ideal 26 8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 10 2 REVISÃO DE LITERATURA 12 2.1 A CULTURA DO ARROZ 12 2.2 CLIMA E SOLO 14 2.4 FUNÇÕES DA ÁGUA NA CULTURA DO ARROZ 15 2.4 SISTEMA DE PLANTIO DO ARROZ 16 2.4.1 Sistema Convencional 16 2.4.2 Cultivo Mínimo 16 2.4.3 Plantio Direto 17 2.5 A SALINIZAÇÃO NA CULTURA DO ARROZ 18 3 DESENVOLVIMENTO 19 3.1 EFEITO DA SALINIZAÇÃO NA PLANTA 20 3.2 CONTROLE E PREVENÇÃO DA SALINIZAÇÃO NA CULTURA DO ARROZ 22 3.3 PROCESSO DE SALINIZAÇÃO DO SOLO 24 3.3.1 RECUPERAÇÃO DOS SOLOS SALINOS 27 4 GENE DE TOLERÂNCIA A SALINIZAÇÃO 28 CONCLUSÃO 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 31 9 1 INTRODUÇÃO O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil correspondendo a 44,5% da produção nacional e 25,6% do total da área produzida. A cultura do arroz no Rio Grande do Sul é fundamental para a economia regional, sendo a principal atividade econômica em inúmeros municípios, notadamente na metade sul do estado. O estado possui 123 municípios produtores, totalizando uma área de 951.000 ha, sendo que na safra o estimado para plantio é de 1.000.000 ha. Mas além do RS, Santa Catarina, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Tocantins e Goiás, contribuem para a produção brasileira. A lavoura arrozeira na planície costeira da região sul do Brasil, comumente sofre perdas elevadas devido ao processo de salinização da água de irrigação. Esse problema de salinização da água de irrigação vem a causar grandes prejuízos diretos, sendo um deles a redução de produção da lavoura, porém citase que solos já em processo de salinização avançado não permitem o aproveitamento de grande parte destes para o cultivo de arroz. O perigo da salinização está na sua forma de surgimento, onde a maioria dos produtores nota o problema quando a produção decai muito, onde a recuperação dos solos se torna muito difícil. A grande maioria destes solos não são mais recuperados, são simplesmente abandonados. Assim sendo, pretende-se estudar algumas alternativas de como a salinização tem seu processo, como ocorre o fenômeno nas áreas onde ainda não haja salinização. Pretende-se estudar meios de para tentar diminuir os problemas causados pela salinização e apresentar alternativas se dessalinização dos solos onde a salinização já esteja instalada. O presente estudo tem como objetivo geral analisar a salinização na cultura do arroz, embasando-se no fato de que a as plantas sensíveis à salinidade tendem, de forma geral, a perder os sais na absorção da solução do solo, mas não são capazes de realizar o ajuste osmótico e sofrem com decréscimo de turgor, levando as plantas ao estresse hídrico por osmose. 10 Desta forma, embora o crescimento da parte aérea das plantas se reduza com o acentuado potencial osmótico do substrato onde vivem, a redução da absorção de água não é necessariamente a causa principal do reduzido crescimento das plantas em ambientes salinos. 11 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 A CULTURA DO ARROZ O arroz é alimento básico de mais da metade da população mundial, principalmente da Ásia. É na Ásia que se encontram os principais países produtores, responsáveis por 91% da produção mundial. O Brasil é o 9° produtor mundial e o primeiro do Ocidente. No Brasil cultiva-se o arroz irrigado ou de várzea, predominante no Sul do país (RS), e o de sequeiro, que depende das chuvas, predominante no centrooeste e Maranhão. O sucesso em determinada cultura agrícola está relacionado a uma série de requisitos, controláveis ou não, que, no seu englobamento de efeitos, expressará em última análise a produção final. Entre os fatores passíveis de controle encontram-se aqueles de caráter biótico, especificamente relacionados à interferência interespecífica implantada por outras espécies que surgem associadas aos cultivos da espécie. Os diversos ecossistemas apresentam grande número de espécies daninhas, principalmente em áreas férteis e com abundância de água, como nas áreas de várzea, tornando essencial o seu manejo correto (SUASSUNA, 2008). 12 Figura 1: Cultura do Arroz. Fonte: Viera (2008) O cultivo do arroz é realizado em um banhado artificial. Juntamente com os açudes que requer, constituindo um importante enriquecimento da paisagem do Pampa. Assim sendo, os problemas começam a surgir com os métodos da agricultura moderna, de forma especial os agrotóxicos, porém vêem-se exemplos de como evitá-los ou diminuí-los através dos métodos de agricultura regenerativa, entre eles o plantio pré-geminado, desta forma o uso de herbicidas é diminuído. Problemas maiores também têm sido e continuam sendo os ecológicos resultantes da dragagem destrutiva de banhados naturais. (VIERA, 2008). Outros são os problemas que têm sua origem em fatores sociais e políticos. Em sua maioria, as lavouras de arroz são feitas por pessoas arrendatárias. Estes, sem esperança econômica e sem garantia de poder voltar a plantar no mesmo lugar, não vêem interesse em trabalhar para manter a fertilidade e qualidade em geral do solo. 13 Sendo que o plantio de arroz costuma ser feito no mesmo solo cada três ou quatro anos. O solo não é, então, cultivado entre os plantios e volta a ser pasto para o gado. Com o uso de herbicidas, o pasto degrada, a produtividade primária decai, prejuízo para o fazendeiro proprietário da terra. 2.2 CLIMA E SOLO A cultura do Arroz necessita de: • Calor e umidade – o propício é temperatura constante de 32°C, em solo permanentemente saturado de umidade. Em solo brasileiro existem condições favoráveis de calor, no entanto, quanto à umidade, varia, existindo lugares que permitem à cultura de sequeiro, outros, a cultura irrigada, caso do Rio Grande do Sul. • Luz – Durante o ciclo vegetativo da planta os estágios iniciais de crescimento, da sementeira à floração, são desenvolvidos com bastante luminosidade, ou seja, sob dias mais longos, haverá naturalmente um prolongamento do ciclo vegetativo da planta, o contrário que vem acontecendo se os dias forem menores. • Água – O arroz é planta hidrófila, assim sendo as culturas irrigadas são as mais desejáveis. Não se aconselha várzeas arenosas, sendo o melhor para a cultura várzeas que oferecem um subsolo impermeável, a uns 20 a 25 cm da superfície, porque elas possibilitam grande economia da água necessária à irrigação. • Quanto ao solo: o melhor é uma topografia plana, com declividade pequena, suficiente para evitar estagnação de água, um solo sedimentar argilo-humifero ou apenas argiloso, sobre camadas impermeáveis de subsolo, próximas da superfície. • Os solos arenosos ou os solos profundos, muitas vezes, não podem ser aproveitados, por serem antieconômicos. Esses solos são laváveis, tornando pobre a camada de terra onde estão as raízes da planta, dificultando a sua nutrição. 14 Por ser planta versátil, o arroz poderá ser cultivado também em terrenos altos, como é o caso do arroz de sequeiro, desde que os regimes de chuva favoreçam e que forneçam clima e terra propicio. A planta precisa de água, sem o que não produz. Nas fases críticas de seu crescimento, quando falta umidade, o resultado da cultura é negativo. Na germinação, as sementes necessitam de umidade. No perfilhamento, a água é importante também. Mas a planta começa a precisar mesmo, quando principia o emborrachamento, cerca de 30 dias antes da emergência das flores. Se contar com umidade durante o emborrachamento, o cacho fica encruado, não se formando. Se houver condições dele se formar, dá "cacho brancos", isto é, sem arroz. • O terreno de boa preparação ajuda a combater a incidência de enxurradas, evaporação descontrolada e as ervas invasoras. (SILVA, 1997) 2.3 FUNÇÕES DA ÁGUA NA CULTURA DO ARROZ A água tem várias funções na cultura do arroz, pois além da função comum a todas as outras plantas, que é a satisfação das necessidades fisiológicas para o crescimento e desenvolvimento da cultura, outras funções se destacam; (Segundo Oliveira, 1993). • Serve como regulador térmico, pois a proteção térmica exercida pela água é mais evidente e importante na fase inicial do ciclo cultural, geralmente nos meses de abril, maio e, por vezes, meados de junho. Traduz-se por um aumento da temperatura diária média do sistema material que suporta a cultura, o solo, a lâmina de água e a camada de ar junto ao solo. • Combate as infestantes - A importância desta função deve-se ao fato de inúmeras espécies de infestantes não germinarem em condições de alagamento. • Vem a facilitar a disponibilidade de nutrientes, com destaque para o fósforo, devido ao aumento de pH que provoca nos solos, geralmente ácidos. 15 • Facilita a lixiviação de sais - Os solos destinados à cultura do arroz encontram-se freqüentemente salinizados, pelo que a água assume um papel importante na lixiviação destes sais que, acima de determinadas concentrações, se tornam tóxicos para a cultura. 2.4 SISTEMA DE PLANTIO DO ARROZ 2.4.1 Sistema Convencional Caracteriza-se pelo preparo de solo primário (normalmente, em solos já cultivados anteriormente, usa-se somente grade aradora), iniciando-se pela aração. Após esta operação, o implemento a ser utilizado é a grade niveladora para o destorroamento do solo quantas vezes forem necessárias. Deve-se dar um tempo entre as operações para que ocorra a brotação de plantas indesejáveis e assim, possam estas serem eliminadas no início do seu crescimento. Posterior as primeiras operações de grade, passa-se a plaina visando corrigir pequenas saliências e ondulações no terreno. A passagem da plaina com a superfície do solo seco, ocasionará um destorroamento que poderá substituir uma passagem de grade niveladora. (PÍFFERO, 2008) Ainda segundo Píffero (2008), a umidade do solo é fundamental neste sistema de preparo já que, em excesso, as operações realizadas poderão causar danos à estrutura do solo; e em condições de solo muito seco o número de operações aumentará, assim como, o custo deste item de desembolso. Neste sistema o entaipamento é feito no momento do plantio. O plantio pode ser feito à lanço com semeadeiras/adubadoras conjugadas e também com plantadeira em linha, que colocarão o adubo e a semente localizados. 2.4.2 Cultivo Mínimo Este sistema visa corrigir as pequenas saliências e depressões do terreno. Em solos considerados leves, com textura fraca. Realiza-se de 2 a 3 gradagens 16 de niveladora com posterior passagem da plaina. O entaipamento é feito durante esta etapa deixando o talhão preparado para o nascimento de plantas indesejáveis e a aplicação do herbicida total. Este preparo é feito normalmente 60 dias antes do plantio podendo, no caso de disponibilidade de área com descanso, ser efetuado no verão, colocando-se uma cultura de inverno como cobertura de solo. Na nossa região, é plantado azevém e aveia na maioria dos casos, ficando determinado como cultivo mínimo com preparo de verão. O plantio é feito somente com plantadeiras de plantio direto em linha (PÍFFERO, 2008). 2.4.3 Plantio Direto Surgiu como alternativa para o controle do arroz vermelho, principal problema da lavoura arrozeira. Faz-se uma correção do micro relevo como no cultivo mínimo, entaipamento prévio e posterior dessecação. Apesar de nos solos de várzea não se utilizar o plantio direto na sua plenitude, este sistema de cultivo ajuda no controle de plantas daninhas e, com o surgimento de cultivares de milho, soja e sorgo adaptados a áreas baixas, propiciarão uma diversificação com rotação de culturas, trazendo benefícios à estrutura do solo e à atividade pecuária (PÍFFERO, 2008). Uma maneira de se realizar o plantio direto é com o aproveitamento das áreas que já foram plantadas e que possuem, apesar de prejudicadas, as taipas e condutos, necessitando somente um remonte, eliminando assim, as operações de nivelamento e de preparo de solo, reduzindo bastante o custo de produção, havendo inclusive reavaliação do parque de máquinas. O que os extensionistas indicam, é que o produtor faça no primeiro ano, uma área pequena para um melhor domínio da tecnologia do plantio direto e, no caso de ocorrerem erros, estes não comprometerão a previsão do ano agrícola (PÍFFERO, 2008). 17 2.5 A SALINIZAÇÃO NA CULTURA DO ARROZ A cultura do arroz apresenta problemas de salinização, sobretudo devido à água de irrigação. As lavouras localizadas próximas ao litoral, no Rio Grande do Sul estão propícias a sofrerem ação de salinização da água de rios que deságuam no oceano. Quando ocorre período de longas estiagens o nível dos rios baixa e a água do mar entra nesses rios salinizando suas águas. Devido a este fato é necessária a pesquisa relativa a cultivares, classificando-as como suscetíveis, tolerantes e resistentes. Pesquisas dessa natureza englobam análise desde a qualidade fisiológica das sementes até os efeitos provocados pelos sais na planta estabelecida. No que se refere a semente, as suscetíveis, sua germinação decresce com o incremento da salinidade, afetando o desenvolvimento de plantas normais e reduzindo a viabilidade, diminuindo o vigor, e tendo a relação entre matéria seca da parte aérea e das raízes diminuída com o aumento da concentração salina, afetando da mesma forma a altura da planta e o crescimento de raízes. 18 3 DESENVOLVIMENTO A salinização é a concentração progressiva de sais, provocada pela evapotranspiração intensa, principalmente em locais de climas tropicais áridos ou semi-áridos, onde normalmente existe drenagem ineficiente. O processo de salinização de um solo depende da qualidade da água usada na irrigação, da existência e do nível de drenagem natural e, ou, artificial do solo, da profundidade do lençol freático e da concentração original de sais no perfil do solo (VIERA 2008). Ensina-se que os solos tendem a apresentar sais em níveis diferenciados. Entretanto este nível pode elevar-se chegando a uma concentração muito alta prejudicando o desenvolvimento de algumas plantas mais sensíveis, ou mesmo impedindo o desenvolvimento de praticamente todas as espécies (VIEIRA, 2008). A principal conseqüência do aumento da concentração total de sais solúveis de um solo é a elevação do seu potencial osmótico, vindo a prejudicar as plantas em razão do decréscimo da disponibilidade de água naquele solo. A concentração total de sais da água pode ser expressa em partes por milhão (ppm) ou em relação à sua condutividade elétrica (CE). Em razão da facilidade e rapidez de determinação, a condutividade elétrica (CE) tornou-se o procedimento-padrão, a fim de expressar a concentração total de sais para classificação e diagnose das águas destinadas à irrigação (VIERA, 2008). A salinização costuma ocorrer em solos localizados em regiões onde chove pouco e o calor é forte fazendo com que a planta transpire muito e o solo perde água por evaporação. Nessas regiões, existem terrenos que não deixam parte da água da chuva ou da irrigação penetrar fundo, em direção ao lençol freático, carregando consigo os sais aplicados na rega. No Brasil, em quase todo o Sudeste e nas regiões Norte, Sul e Centro-Oeste, os solos são muito pouco sujeitos à salinização. Nessas regiões chove muito e a água da chuva carreia os sais que por ventura tenham se acumulado com a irrigação feita no período seco. (Baptista,1990). O decréscimo da capacidade de infiltração de um solo torna difícil a aplicação da lâmina de irrigação necessária, num tempo apropriado, de modo a atender a demanda evapotranspirométrica da cultura. 19 A capacidade de infiltração de um solo cresce com o aumento de sua salinidade e decresce com o aumento da razão de adsorção de sódio (RAS) e, ou, decréscimo de sua salinidade. Sendo assim, os dois parâmetros, RAS e salinidade, devem ser analisados conjuntamente para se poder avaliar corretamente o efeito da água de irrigação na redução da capacidade de infiltração de um solo. 3.1 EFEITOS DA SALINIZAÇÃO NAS PLANTAS As plantas tolerantes à salinidade são designadas como plantas halófitas e sua tolerância pode atingir até cerca de 15 g.L-1 de NaCl, o que equivale à metade da concentração da água do mar. Essas plantas absorvem, por exemplo, o cloreto de sódio em altas taxas e o acumulam em suas folhas para estabelecer um equilíbrio osmótico com o baixo potencial da água presente no solo. (Baptista, 1990). Os efeitos adversos da salinidade no crescimento e desenvolvimento vegetal são complexos e podem resultar de uma combinação de fatores de natureza nutricional, tóxica e osmótica. A noção de sensibilidade e tolerância das plantas à salinidade, principalmente ao cloreto de sódio, é de importância agronômica, uma vez que o íon sódio é um elemento essencial ao crescimento de algumas plantas e o aumento de sua concentração pode inibir o crescimento das plântulas (Perez e Moraes, 1994). Normalmente, o acúmulo de sal ocorre no apoplasto das folhas sendo um importante componente da toxicidade salina, conduzindo a desidratação, perda de turgescência e morte de células e tecidos foliares. Em arroz um sintoma precoce de exposição do sistema radical a 50 mM NaCl é a murcha, no entanto, o acúmulo de íons nas folhas é mais do que suficiente para ajustamentos osmóticos. (PÍFFERO, 2008) O ajuste osmótico se dá com o acúmulo dos íons absorvidos nos vacúolos das células das folhas, mantendo a concentração salina no citoplasma em baixos níveis de modo que não aconteça interferência com os mecanismos enzimáticos e metabólicos e com a hidratação de proteínas das células. Este compartimento de 20 sal é que permite às plantas halófitas viverem em ambiente salino. (LAUCHI & EPSTEIN, 1984). No ajuste osmótico, a membrana que separa o citoplasma e o vacúolo não permite fluxo de um compartimento para outro, mesmo que haja elevado gradiente de concentração. O ajuste osmótico é obtido por substâncias compatíveis com as enzimas e os metabólitos ali presentes. Esses solutos são, na maioria, orgânicos como compostos nitrogênicos e, em algumas plantas, açúcares como o sorbitol. As plantas sensíveis à salinidade tendem, a excluir os sais na absorção da solução do solo, mas não são capazes de realizar o ajuste osmótico descrito e sofrem com decréscimo de turgor, levando as plantas ao estresse hídrico por osmose. Embora o crescimento da parte aérea das plantas se reduza com o acentuado potencial osmótico do substrato onde vivem, a redução da absorção de água não é necessariamente a causa principal do reduzido crescimento das plantas em ambientes salinos. De fato, KRAMER (1983) aponta que plantas que crescem em substratos salinos mantêm seu turgor e chama atenção pelo fato de que suculência é uma característica comum entre as halófitas. Este fato sugere que essas plantas não percam água por salinidade como se estivessem em solos secos e também não se recuperam como fazem as plantas estressadas por falta de água, ao receberem água novamente. Assim, parece que o efeito no crescimento, de níveis similares de potencial osmótico e mátrico, são diferentes. Esta inferência permite questionar o emprego da soma algébrica com a mesma ponderação para potencial gravitacional, matricial e osmótico ao calcular o potencial total da água no solo (LIMA, 1997). As plantas extraem a água do solo quando as forças de embebição dos tecidos das raízes são superiores às forças de retenção da água exercida pelo solo. À medida que a água é extraída do solo, as forças que retêm a água restante tornam-se maiores. Quando a água do solo é retida com força superior às forças de extração, inicia-se o estado de escassez de água na planta. Sendo que a presença de sais na solução do solo faz com que aumentem as forças de retenção por seu efeito de osmose e, portanto, a magnitude do problema de escassez de água na planta. 21 Exemplificando que tendo-se dois solos idênticos e com o mesmo teor de água, onde um está isento dos sais e outro não, é exatamente do primeiro que a planta extrairá e consumirá mais água. Explicar esse fenômeno é complicado. De qualquer forma pode-se dizer que, devido à afinidade dos sais com a água, as plantas têm que exercer maior força de embebição para extrair do solo uma unidade de água com sais, que para extrair outra que seja isenta deles. (Viera, 2008) 3.2 CONTROLE E PREVENÇÃO DA SALINIZAÇÃO NA CULTURA DO ARROZ Entre as principais funções da agricultura irrigada encontram-se o desenvolvimento e a manutenção do solo onde a umidade do ar e a proporção de sal favoreçam o crescimento das plantas. Para viver, as plantas precisam de umidade, mas dentro das condições agrícolas normais, a produção, de modo geral, fica seriamente afetada quando o nível de água sobe até a zona radicular. A presença de ar livre nos espaços interporos do solo na zona radicular torna-se tão necessária quando a água para o crescimento das plantas. O justo equilíbrio entre o solo, a umidade e o ar, pode ser mantido por meio da drenagem adequada (VIERA 2008). Na sua forma mais simples, a drenagem é o ato de remover do solo o excesso de água e de sal. Esta definição aplica-se igualmente à drenagem de superfície, em regiões úmidas e áridas. Nas regiões áridas, uma das funções básicas da drenagem é a de manter o equilíbrio de sal dentro do solo, mas no que diz respeito às áreas úmidas, essa função raramente tem importância. A expressão drenagem adequada pode ser definida como a quantidade de drenagem de que se necessita para que a prática da agricultura seja mantida com êxito e para sempre. Isso não significa uma drenagem completa e perfeita, o que, de modo gera, não é viável. As proporções de eventual prejuízo causado às safras talvez não justifiquem a despesa efetuada com a prevenção de tal prejuízo. Levando em conta esse conceito, o planejamento e a construção do sistema de drenagem deveriam ter como principal objetivo a perfeita integração de solos, safras, irrigação e drenagem. 22 A drenagem pode ser natural ou artificial. Na sua maioria, as terras tem alguma drenagem natural. Quando a drenagem natural não é suficiente para escoar a água que chega às terras por meios naturais ou artificiais, torna-se necessária a drenagem artificial. Assim, a drenagem artificial preenche a lacuna que existe entre a drenagem proporcionada pela natureza e a necessidade existente. Geralmente, ela vem suplementar os sistemas naturais existentes, isto é, podem ser aprofundados os drenos de água naturais ou, caso estes não existam em forma conveniente, novos drenos poder ser construídos. A drenagem vem sendo feita há séculos. Entre os antigos sistemas, uns eram simples, outros elaborados, mas raramente alcançaram êxito absoluto. Um dos mais freqüentes males associados ao sistema de drenagem é a negligência no que diz respeito à respectiva manutenção. Tem sido freqüentemente subestimada a importância da drenagem com relação à economia de um projeto. Em muitos países, as áreas irrigadas confirmam tal fato, graças às condições desfavoráveis que surgiram. Só os projetos de irrigação que ofereçam uma rara combinação de eficiente drenagem natural superficial e permitirão que o excesso de água de superfície, bem como a água acumulada nos horizontes do solo, se escoe com rapidez suficiente para evitar que os lençóis freáticos se elevem a um nível perigoso. Quando a drenagem natural não é adequada e, por motivos econômicos, a drenagem artificial não pode ser proporcionada, a terra não pode ser permanentemente irrigada de modo satisfatório. Inúmeros projetos que mostram inicialmente lençóis freáticos a uma profundidade entre 6 e 30 metros abaixo da superfície, e condições aparentemente favoráveis de drenagem natural, tiveram seu desenvolvimento prejudicado e ocasionam inundações ou salinizações, ou, em alguns casos, ambas. (VIERA, 2008) O controle eficiente de salinidade e alcalinidade só pode ser efetuado em solo bem drenado. É preciso que a água de lixiviação passe através do perfil do solo, a fim de dissolver o excesso de sais, expulsando-os da zona radicular, o que não seria possível sem a drenagem. Além disso, um lençol freático elevado cria uma condição devido à qual a capilaridade pode trazer os sais à superfície, onde ficam depositados, à proporção que se evapora a água capilar. 23 3.3 PROCESSO DE SALINIZAÇÃO DO SOLO Quando o solo é compactado na superfície, a infiltração é deficiente, como conseqüência há uma maior deficiência de oxigênio no solo causando uma maior transpiração das plantas, apesar da água disponível estar em menor quantidade. A evaporação em solos compactados é maior devido ao mesmo se aquecer com maior facilidade pelo sol. Todos os fatores acima tendem a salinização dos solos, além de um lençol freático próximo a superfície e também pode ser favorecido por uma irrigação deficiente. Conforme a estrutura do solo, sendo grumosos ou compactados, podem ter comportamentos diferentes frente a salinidade. Em solos grumosos, com nível freático baixo, a diminuição da água de irrigação pode atrasar a salinização, evitando que o nível freático se eleve. Em solos compactados com superfície impermeável, a diminuição da água de irrigação não iria diminuir o fornecimento de sais, mas o correto seria o aumento da água de irrigação para que os sais sejam lixiviados, obviamente que este aumento de irrigação deve ser feito com água que tenha baixa concentração de sais. A Figura 2 apresenta um solo em que o lençol freático encontra-se muito alto. Assim sendo, como não possui infiltração suficiente em conseqüência de uma crosta superficial e uma bioestrutura decaída, há uma drenagem ruim, onde os sais ascendem junto com a água do solo e são acumulados na camada cultivável do solo. 24 Figura 2: Lenço freático alto. Fonte: (EPAGRI, 1997) Nesta Figura 3 aborda-se um solo com um processo de irrigação ruim, onde são umedecidos somente uns 15 a 20 cm do superficiais desse solo. A falta de drenagem resulta no acúmulo de sais na superfície. Nesse caso o mais indicado para se remover os sais, é uma irrigação mais forte com uma futura drenagem da água salina acumulada no perfil do solo. Figura 3: Solo com processo de irrigação Fonte: (EPAGRI, 1997) 25 Na Figura 4 mostra-se o modelo ideal de irrigação de solo, onde há um excelente sistema de drenagem a irrigação é realizada em quantidades exatas, intercalando no solo onde o ideal seria que tivesse canos ou sistemas de drenagem usando britas ou qualquer outra substância que ajude a melhorar drenagem do solo, isto geralmente se localiza a uma profundidade de 40 cm. Figura 4: Solo Ideal Fonte: (EPAGRI, 1997) 3.3.1 RECUPERAÇÃO DE SOLOS SALINOS O processo de recuperação de solos salinos tem como premissa a adição ao solo de água em quantidade suficiente para lavar o excesso de sais solúveis do perfil. (Vieira, 2008) Esse processo compreende a dissolução dos sais presentes no solo e o transporte dos íons resultantes, através da zona radicular, em profundidade, fora da área de influência das raízes das plantas. Assim sendo, é possível reduzir a alta concentração de sais da solução do solo, característica dos solos salinos, para níveis suficientemente baixos que permitam eliminar ou minimizar as reduções de produção nas culturas pelo fator salinidade. Dessa forma, tenta-se aumentar ao máximo a permeabilidade do solo a fim de permitir uma melhor percolação da água no perfil do solo, com isso efetuando a lixiviação mais fácil dos sais que se encontram no perfil do solo. (PRIMAVESI, 2003) 26 Segundo Dados de Primavesi (2003), Molina e Sauberan (1967) tiveram a idéia de efetuar plantio de sorgo como adubação orgânica, onde efetuaram a incorporação superficial no solo. O sorgo é uma planta altamente tolerante a salinidade. Junto com a palha efetuaram a aplicação de sulfato de amônia, para que a decomposição se processa mais rápida. Assim sendo, em processo de decomposição da matéria orgânica seca, apresenta-se a liberação de CO2 (gás carbônico) em maior quantidade, que em solo de estrutura adensada (geralmente alcalino), não escapa para o ar, se juntando aos sais, transformando-os em compostos menos nocivos. Toda e qualquer água de irrigação, independente de ser constituída de um complexo salino também chamado de uma mistura de sais, como nos mananciais de superfície e subterrâneos, ou de uma fonte específica preparada em laboratório, transporta sais ao solo. (Hillel, 2000) Assim, o monitoramento e a adoção de tecnologias que venham a minimizar os problemas dos sais aos solos e às plantas, principalmente em regiões áridas e semi-áridas, são de expressiva importância para a vida útil do solo e viabilidade econômica das culturas. Umas das alternativas mais viáveis para reduzir os efeitos do acúmulo de sais provocado pelo binômio irrigação-evaporação é o fornecimento maior de água ao solo para carreamento dos sais com a lixiviação. Entretanto, em áreas onde o lençol freático não seja profundo, ou a infiltração lateral não seja suficientemente rápida, aplicações de lâminas extras de água podem causar uma progressiva elevação do nível do lençol freático e uma acumulação dos sais na superfície, constituindo-se na perda do potencial produtivo (HILLEL, 2000). Uma alternativa de reduzir a agressividade dos sais é proteger o solo com cobertura morta usando restos de cultura. Desta forma, essa prática mantém o solo mais úmido por mais tempo em relação ao solo desnudo, diminui os efeitos da radiação solar sobre as perdas hídricas por evaporação em quase 30%, e a temperatura na superfície do solo é reduzida, no mínimo em 4ºC, comparativamente à área desprotegida. (Araujo et all, 2000) 27 4 GENE DE TOLERÂNCIA A SALINIZAÇÃO Pesquisadores Chineses e Americanos descobriram no arroz um gene ligado à tolerância ao sal, o que pode permitir à Ásia elevar a produção, em solos salinos, da cultura agrícola mais importante do seu continente. Aqui no Brasil, como anteriormente citado, o problema da salinidade dos solos também é um grande impasse à produtividade das lavouras, especialmente no Rio Grande do Sul, onde a água utilizada para irrigação vem de rios abastecidos por lagoas costeiras. (SUASSUNA, 2008). Segundo Lin Hongxuan, (2008), essa descoberta pode ser de extrema relevância para a segurança alimentar Chinesa porque aproximadamente 8% de suas áreas de cultivo de arroz possuem altos níveis de sal. Assim sendo, em todo o mundo, cerca de 10% da área agrícola é aterrorizada pela salinidade. Mais recentemente foi desenvolvido o arroz transgênico, resistente à salinidade, que atualmente está em sendo testado em campo, mas que é misturado a genes de outras espécies. O gene recentemente descoberto – SKC1 – ocorre naturalmente em uma variedade de arroz japonesa, chamada Nona Bokra. Isso significa que há possibilidade de se desenvolver variedades insensíveis à salinidade utilizando-se de técnicas tradicionais de cruzamento ou engenharia genética. (Mariana Perozzi, 2008). O gene SKC1 controla a quantidade de sódio que aparece no arroz à medida que a planta se desenvolve, apesar de que quando o nível de sódio é muito alto o crescimento das plantas fica prejudicado. A equipe de pesquisadores de Lin, por meio de métodos de engenharia genética, introduziu o gene em uma variedade de arroz pouco resistente ao sal. Tendo como resultado, observado que a concentração de sódio na planta modificada diminuiu de 25 a 30%. Assim sendo, também elevou a concentração de potássio em 20%, o que é positivo para o crescimento vegetal. (SUASSUNA, 2008). 28 Lin cita assim que outros testes deverão ser feitos, utilizando-se a interação do SKC1 com outros genes, antes de se desenvolverem novas variedades. Este estudo é uma parceria do Instituto de Ciências Biológicas de Xangai, Academia Chinesa de Ciências e a Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA). Os resultados foram publicados na edição online de 11 de setembro da revista Nature Genetics em 2005. (SUASSUNA, 2008) 29 CONCLUSÃO Conclui-se com este estudo que a salinidade é um problema de importante atenção, pelo fato de dificultar a germinação de sementes, reduzindo seu potencial de crescimento, tanto da parte aérea, quanto da zona radicular. Desta forma dá-se importância para estudos voltados à obtenção de genótipos resistentes a este problema, juntamente com um manejo adequado das áreas atingidas por esse problema. Permitindo que solos não cheguem ao ponto de serem abandonados e nem que atinjam níveis de sal acima do aceitável, mantendo assim as produtividades esperadas. 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, D. C. de; SÁ, J. R. de.; LIMA, E. M. de.; CAVALCANTE, L. F.; BRUNO, J. B.; BRUNO, R. de L. A.; QUEIROZ, M. S. de. Efeito do volume de água e da cobertura morta sobre o crescimento inicial do maracujazeiro amarelo. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 4, n.1, p. 121 – 124. 2000. AYERS, R. S. & WESTCOT, D. W., A qualidade da água na agricultura. Trad. Gheyi, H. R.; Medeiros de, J. F. & Damasceno, F. V. A., Campina Grande: UFPB, 1991. BATISTA, M. de J., Manual de Irrigação-Guia Rural-Água. São Paulo, 1990. CAMPOS, I.S.; ASSUNÇÃO, M.V. Efeito do cloreto de sódio na germinação e vigor de plântulas de arroz. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, 1990. EPAGRI / EMBRAPA - CPACT / IRGA, Arroz Irrigado: Recomendações Técnicas para o Sul do Brasil, 4ª ed. rev. e atual. Itajaí / SC, 1997. LIMA, L. A., Efeitos de sais no solo e na planta. Anais do XXVI Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola – Manejo e Controle da Salinidade na Agricultura Irrigada, Campina Grande: UFPB, 1997. OLIVEIRA, I., Técnicas de regadio. Instituto de Estruturas Agrárias e Desenvolvimento Rural, Tomos I e II, 1993. PÍFFERO, Giancarlo Pires. A Cultura do Arroz-Sistemas de Plantio. http://www.webrural.com.br/webrural/artigos/lavouras/arroz/arroz2.htm. Acesso em 05 de novembro de 2008. PRIMAVESI, A., Manejo ecológico do solo: A Agricultura em regiões tropicais, 9ª ed., São Paulo, Livraria Nobel, 2003. VIEIRA, Gustavo Haddad Souza. Engenheiro Agrônomo, M.Sc. Engenharia Agrícola, Irrigação e Drenagem. Professor do CEFET Januária M.G. Disponível em http://www.angelfire.com/nb/irrigation/textos/saliniza.htm. Acesso em 05 de novembro de 2008. SILVA, Ê. F. de F. Avaliação da eficiência de diversos produtos na recuperação de um solo salino-sódico e seus efeitos na cultura de arroz (Oryza sativa L.). Campina Grande, PB, 1997. SUASSUNA, J., O processo de salinização das águas superficiais e subterrâneas no Nordeste Brasileiro. Fundação Joaquim Nabuco. 31 http://www.fundaj.gov.br/docs/tropico/desat/orig2.html. novembro de 2008. Acesso em 05 de PEROZZI, Mariana Arroz em foco http://www.arroz.agr.br/site/arrozemfoco. Acesso em 02 de dezembro de 2008. 32