SALINIDADE DO SOLO E ATIVIDADE FOTOSSINTÉTICA EM

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64º Congresso Nacional de Botânica
Belo Horizonte, 10-15 de Novembro de 2013
SALINIDADE DO SOLO E ATIVIDADE FOTOSSINTÉTICA EM PLANTAS
JOVENS DE CARAIBEIRA [Handroanthus aureus (BIGNONIACEAE)].
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Josenara Daiane de Souza Costa , Jose Aliçandro Bezerra da Silva , Herbert Cayque Oliveira Targino ,
ÍItalo Emannuel dos Anjos Santos¹, Eduardo Souza C. Barros¹, Tales Xavier Seabra¹, Filipe Maia Torres
Nery¹.
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Universidade Federal do Vale do São Francisco; *[email protected].
Introdução
No semiárido nordestino, a ocorrência de solos salinos
está vinculada ao fato da sua localização ser em uma
região que apresenta baixos índices pluviométricos,
elevados índices de radiação e de evapotranspiração.
O cultivo de espécies arbóreas como caraibeira (Tabebuia
aurea), pode ser uma alternativa para reintegração de
espécies em solos salinizados provenientes da
exploração agrícola, visto que os seus sistemas
radiculares atingem camadas profundas aumentando a
permeabilidade do solo e a lixiviação dos sais [1].
A não alteração da atividade fotossintética ao longo do
período experimental após o mês de fevereiro pode ser
explicada devido à lixiviação do solo por chuvas ocorridas
na área experimental que implicou em uma redução
significativa do valor de condutividade dos solos. Este fato
deve ter reduzido o efeito osmótico e tóxico dos sais
sobre a fotossíntese entre outros parâmetros envolvidos
nas atividades bioquímicas e fisiológicas.
O objetivo do projeto foi estudar o efeito da salinidade
sobre crescimento e desenvolvimento inicial das plantas
de caraibeira (Tabebuia aurea) em solos salinos
encontrados no submédio do vale do São Francisco.
Metodologia
O experimento foi realizado em viveiro localizado na área
experimental do Campus da Universidade Federal do Vale
do São Francisco (UNIVASF), no município de Juazeiro –
BA.
Para a determinação das trocas gasosas utilizou-se o
analisador portátil de fotossíntese por radiação
infravermelha (Infra Red Gas Analyser, Li 6400, Licor),
determinando-se
os
parâmetros:
a
radiação
fotossinteticamente ativa (RFA), taxa de assimilação
líquida de CO2 (A), taxa de transpiração (E), concentração
interna de CO2 (Ci), condutância estomática (gs) e
temperatura da superfície foliar (Tf).
O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente
casualizado, utilizando dois tipos de solo (salino e não
salino), com dez repetições para cada tipo de solo.
Resultados e Discussão
Figura 1: Análise das variáveis: fotossíntese (A) e condutância
estomática (gs) em plantas da espécie T. aurea (caraibeira) nos
solos não salino e salino.
Conclusões
Precipitações e irrigações alteram a salinidade do solo
afetando o crescimento e desenvolvimento das plantas,
pois, níveis elevados de salinidade não se mantêm
uniforme devido à lixiviação de sais promovida pela
infiltração de água no solo, podendo ocorrer redução
drasticamente dos níveis de sais no solo.
Durante o período de avaliação não houve alterações
significativas na taxa fotossintética líquida e condutância
estomática das plantas de caraibeira (Figura 1), bem
como na transpiração, temperatura foliar e concentração
interna de CO2 (dados não apresentados).
Estresse salino no início do crescimento das plantas de
caraibeira não afetou a atividade fotossintética após
redução da salinidade.
No início do experimento, ou seja, em janeiro verifica-se
redução da taxa de fotossíntese e da condutância
estomática nos dois horários de medição, este fato deve
ter ocorrido devido ao efeito da salinidade sobre o
crescimento inicial das plantas e sobre os parâmetros
correlacionados com a atividade fotossintética.
Os autores agradecem ao CNPq pela bolsa de iniciação
científica de Josenara Daiane de Souza Costa e à
Agrovale pelo apoio na realização do experimento.
Agradecimentos
Referências Bibliográficas
[1] Santos, R. V. & Tertuliano, S. S. X. 1998. Crescimento de
espécies arbóreas em solo salino-sódico tratado com ácido
sulfúrico. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e
Ambiental. 2(2): 239-242.
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