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JORNAL
O
GAFANHOTO
ANO XXII On Line
Abril , 2015. Fortaleza – CE
MANEJO DA SALINIDADE
NA AGRICULTURA
A agricultura atualmente enfrenta um
problema mundial com escassez de recursos
hídricos adequado, fazendo com que muitos
produtores utilizem água de má qualidade para
irrigar, e isso, juntamente com aplicações de
quantidades excessivas de fertilizantes constituem
as razões principais para o agravamento do
problema da salinidade do solo.
O produto da salinização sobre as plantas
podem ser causados pelo impedimento da
absorção de água, toxicidade de íons específicos e
pela interferência dos sais nos efeitos indiretos,
ou seja, nos processos fisiológicos, diminuindo o
crescimento e o desenvolvimento dos vegetais.
Os efeitos negativos da salinização no solo são:
desestruturação, aumento da densidade aparente e
da retenção de água do solo, redução da
fertilidade físico-química e da infiltração de água.
A perda da fertilidade do solo, a
susceptibilidade à erosão e a contaminação do
lençol freático e das reservas hídricas são
implicações práticas da salinidade sobre o solo, o
que implica na perda de produtividade e de
qualidade, ou até mesmo a perda total da
produção nas plantas.
Para um manejo adequado da água e do
cultivo tendo em vista à produção comercial com
água salina, é de fundamental importância
conhecer os efeitos dos sais na planta e no solo,
bem como os fenômenos envolvidos.
QUALIDADE DA ÁGUA
PARA IRRIGAÇÃO
A qualidade da água para irrigação é
corretamente interpretada quando os parâmetros
analisados são relacionados aos seus efeitos no
solo, no manejo da irrigação e na cultura, os quais
são necessários para o controle dos problemas
interligados com a qualidade da água.
Em uma elaboração de projetos, a
qualidade da água muitas vezes é deixada de lado,
o que pode haver algum obstáculo da utilização
de sistemas irrigados. Consequentemente, a
irrigação não poderá acontecer de maneira
eficiente ao conduzir uma cultura comercial ou ao
ser usado como transporte para contaminar os
habitantes, no instante em que acontece a
ingestão de alimentos contaminados.
A qualidade da água de irrigação define-se
não apenas pela quantidade de sais dissolvidos e a
sua composição iônica, mas também pela restrita
composição dos íons presentes. Alguns cátions e
ânions em excesso, podem prejudicar o solo por
causar efeito direto na sodificação, e às plantas
cultivadas, dependendo do seu grau de tolerância
aos sais.
Os principais sais são: os de sódio, cálcio
e magnésio em forma de cloretos, sulfatos e
bicarbonatos. Efeitos nocivos das águas de
qualidade reservadas no sistema solo-planta têm
sido reconhecidos na prática e podem intrometer
nos atributos edáficos e no desempenho da
produção das culturas.
EFEITO DOS SAIS SOBRE
O SOLO
O efeito dos sais sobre a estrutura do solo
ocorre, basicamente, pela interação eletroquímica
existente entre os cátions e a argila. A
característica principal deste efeito é a expansão
da argila quando úmida e a contração quando
seca, devido ao excesso de sódio trocável. Se a
expansão for exagerada, poderá ocorrer a
JORNAL O GAFANHOTO. ANO XXII ON LINE. ABRIL, 2015. FORTALEZA – CE.
fragmentação das partículas, causando a
dispersão da argila e modificando a estrutura do
solo (Figura 1). De modo generalizado, os solos
sódicos, ou seja, com excesso de sódio trocável,
apresentam problemas de permeabilidade e
qualquer excesso de água causará encharcamento
na superfície do solo, impedindo a germinação
das sementes e o crescimento das plantas, por
falta de aeração (Greyi et al., 2010).
Figura 1: Estrutura do solo sobre o efeito dos sais.
No que se fala em efeitos sobre o pH, para
reduzidas concentrações de sais, o pH das águas
pode ser elevado, pois a medida em que aumenta
a salinidade da água, o pH diminui. Para
salinidade maior que dSm-¹ as águas têm pH
neutro. Fenômeno semelhante ocorre com a
solução do solo. Por exemplo, o pH de um solo
aluvial, textura argilosa e pobre em matéria
orgânica, diminui quando se aumenta a
condutividade elétrica, cujos valores não podem
ser generalizados para outros tipos de solo, pois,
esta diminuição varia com as características do
solo (Greyi et al., 2010).
TOLERÂNCIA DAS PLANTAS À
SALINIDADE
A redução do crescimento da planta
devido ao estresse salino pode estar relacionada
com diversos efeitos como excesso de sal sob
homeostase iônica, balanço hídrico, nutrição
mineral e metabolismo de carbono fotossintético.
Ainda são discutidos os fatores pelo qual o
estresse salino deprecia a planta, devido à
complexidade do estresse salino na planta.
Em razão do rápido acumulo de sais no
solo das áreas irrigadas, as adversidades é um
fator crítico para produção vegetal. Os efeitos da
salinidade entre espécies sensíveis ao estresse
salino podem ser percebidos pela redução do
crescimento e disfunção na permeabilidade da
membrana,
atividade de troca hídrica,
condutância estomática, fotossíntese e equilíbrio
iônico.
Há diferentes mecanismos de tolerância
das plantas a salinidade. Tester e Davenport
(2003) propõem dois grupos de diferentes
mecanismos de tolerância: (1) Tolerância
individual das células, envolvendo, por exemplo,
a compartimentação intracelular e a sinalização
bioquímica e, (2) tolerância a um nível superior
em relação ao grupo anterior, por exemplo, o
controle da absorção e transporte interno de sais e
o acumulo de Na nos interiores da planta.
EDITORIAL
Para a formação de uma planta saudável é
imprescindível um solo em boas condições que
forneça
meios
favoráveis
para
seu
desenvolvimento. A presença equivocada de sais
provoca a degradação do solo, dessa forma as
plantas sensíveis a sais sofrem danos
prejudicando o processo produtivo.
SAIBA MAIS
Caso você deseje obter mais informações sobre o
tema, procure o PET - Agronomia. Estamos no
Departamento de Fitossanidade, 1º piso, Campus
do Pici. E-mail: [email protected]
Site: www.petagronomia.ufc.br
Corpo editorial:
David Ribeiro Lino (2º semestre)
Janiquelle da Silva Rabelo (10º semestre)
Rosana Martins Portela (10º semestre)
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