Bula para o paciente

Propaganda
MODELO DE TEXTO - BULA
CITARAX®
citarabina
Apresentações:
Cartucho contendo 10 frascos-ampola de solução injetável (20mg/mL) com
100 mg/5 mL de citarabina.
Cartucho contendo 10 frascos-ampola de solução injetável (50mg/mL) com
500 mg/10mL de citarabina.
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
SOMENTE PARA USO ENDOVENOSO E SUBCUTÂNEO
Cada frasco-ampola de 5 mL contém:
citarabina ......................................................................... 100 mg
excipientes .................................q.s.p. .............................. 5 mL
Componentes não ativos: hidróxido de sódio (para ajuste de pH quando necessário) e
água para injetáveis.
Cada frasco-ampola de 10 mL contém:
citarabina ......................................................................... 500 mg
excipientes .................................q.s.p. .............................. 10 mL
Componentes não ativos: hidróxido de sódio (para ajuste de pH quando necessário)
e água para injetáveis.
Cuidados de conservação:
Citarax® deve ser armazenado em temperatura controlada abaixo de 15ºC. Depois de
aberto, o medicamento deve ser administrado imediatamente e qualquer solução
remanescente deverá ser descartada.
ATENÇÃO: NÃO USE O MEDICAMENTO COM O PRAZO DE VALIDADE VENCIDO, SOB
O RISCO DE NÃO PRODUZIR OS EFEITOS DESEJADOS.
ANTES DE USAR OBSERVE O ASPECTO DO MEDICAMENTO.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Ação esperada do medicamento:
A citarabina é um agente antineoplásico, citotóxico que atua na divisão celular das
células tumorais, impedindo que o tumor se desenvolva. A meia-vida é de 10 a 15
minutos na 1ª fase de distribuição e de 1 a 3 horas na 2ª fase.
Indicações do medicamento:
A citarabina tem sua indicação principal na remissão de leucemias granulocíticas
agudas de adultos, sendo indicada secundariamente em outras formas de leucemia
aguda de adultos e crianças.
As respostas em outras formas de leucemia aguda foram pouco comparáveis
àquelas obtidas na leucemia granulocítica.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Riscos do medicamento
Contra-indicações:
A terapia com a citarabina não deve ser iniciada em pacientes com supressão da
medula óssea pré-existente, iatrogenicamente induzida, a menos que o clínico
julgue que o tratamento seja uma alternativa mais promissora para o seu paciente.
Advertências:
A citarabina é um potente supressor da medula óssea. Pacientes que receberem
esta droga deverão estar sob rigorosa supervisão médica e, durante a terapia de
indução, a contagem de leucócitos e plaquetas deverá ser feita diariamente.
Deverão estar à disposição do paciente os recursos para o tratamento de eventuais
complicações advindas da supressão da medula óssea (infecção resultante da
granulocitopenia e outras defesas orgânicas prejudicadas, bem como hemorragia
devida à trombocitopenia).
Gravidez e lactação:
A citarabina é sabidamente teratogênica para algumas espécies. Assim, seu
emprego em mulheres com gravidez provada ou provável deve ser feito somente
após a devida avaliação dos benefícios e riscos potenciais à mãe e à criança.
Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o
seu término. Informar ao médico se está amamentando.
NÃO DEVE SER UTILIZADO DURANTE A GRAVIDEZ E A LACTAÇÃO
Uso em pacientes idosos:
O produto poderá ser usado por pacientes com idade acima de 65 anos, desde que
observadas as precauções referentes ao produto.
Precauções:
Pacientes que receberam citarabina devem ser cuidadosamente monitorados.
Contagem freqüente de plaquetas e leucócitos é essencial. Deve-se suspender ou
modificar o tratamento se a depressão da medula óssea, iatrogenicamente
induzida, resultar em valores plaquetários inferiores a 50.000 ou se a contagem dos
granulócitos polimorfonucleares apresentar valores inferiores a 1.000 por mm3. Os
elementos figurados do sangue podem continuar diminuindo após a suspensão da
droga e alcançar valores mais baixos, após períodos de 05 a 07 dias da interrupção
do tratamento. Se for indicado, reiniciar a terapia quando aparecerem sinais
definitivos de recuperação medular (evidenciados por avaliações sucessivas da
medula óssea).
Quando a droga é administrada rapidamente em altas doses pela via endovenosa,
os pacientes freqüentemente sentem náuseas e vomitam por várias horas após a
injeção. Esse problema pode ser menos severo se a droga for administrada por
infusão. O fígado humano aparentemente desintoxica uma parte substancial da
dose administrada, razão porque a droga deve ser usada com cautela e em doses
reduzidas nos pacientes com função hepática diminuída.
Avaliações periódicas da função medular, hepática e renal deverão ser efetuadas
em pacientes sob tratamento com a citarabina.
Interações medicamentosas:
Pode ser necessário o ajuste da dose de antigotosos (colchicina, alopurinol,
probenecida), já que a citarabina pode elevar a concentração de ácido úrico. A
administração com metotrexato pode produzir um efeito citotóxico sinérgico, sendo
recomendado, portanto, o ajuste da dose com base no controle hematológico
rotineiro.
Ciclofosfamida com alta dose de citarabina usada em transplante de medula óssea
pode resultar em aumento de cardiopatia com morte subseqüente.
Reações adversas:
Leucopenia, trombocitopenia, supressão da medula óssea, náusea, megaloblastose,
vômitos, anemia, diarréia, inflamação ou ulceração oral, tromboflebite, disfunção
hepática e febre.
Com freqüência bem menor, foram observados: disfunção renal, dores abdominais,
anorexia, hemorragia gastrintestinal, sepsia, celulite no local da injeção,
pneumonia, neurite ou neurotoxicidade, erupções, aparecimento de sardas,
esofagite, sangramento cutâneo e das mucosas, dores torácicas, dores articulares,
dores de garganta e redução de reticulócitos.
INFORME AO MÉDICO O APARECIMENTO DE REAÇÕES INDESEJÁVEIS E SE VOCÊ
ESTÁ FAZENDO USO DE ALGUM OUTRO MEDICAMENTO, NO INÍCIO OU DURANTE O
TRATAMENTO.
Modo de uso
Administração:
TERAPIA DE BAIXA-DOSE
Baixas doses de citarabina podem induzir a diferenciação e maturação de células
leucêmicas, a terapia de baixa dose (usualmente 10 mg por m 2 de superfície
corpórea duas vezes ao dia) tem sido utilizada em pacientes com leucemia
linfoblástica aguda e não-linfoblástica e nas síndromes mielodisplásicas. Embora a
remissão completa possa ocorrer em cerca de 16% dos pacientes com síndromes
mielodisplásicas a proporção é similar ao índice de mortalidade do tratamento, e as
remissões não parecem ser de longa duração. A citopenia pode ocorrer com estas
doses, e pode ser induzida por doses muito baixas (3,0 a 5,0 mg por m 2 de
superfície corpórea duas vezes ao dia), mas esta pode estar associada a uma
supressão de medula óssea. Há também alguma controvérsia a cerca de um
suposto método de ação e alguns trabalhos consideram que os efeitos de citarabina
em baixas-doses in vivo não são devido à diferenciação, mas a ação citotóxica.
Posologia:
A citarabina é administrada por via endovenosa. Doses maiores podem ser
toleradas quando dadas por injeção rápida que por infusão vagarosa, devido ao
rápido clearance da citarabina, mas há uma pequena evidência da vantagem clínica
por esta via.
Para a indução de remissão em adultos e crianças com leucemia aguda, numa
ampla variedade de regimes posológicos, têm sido utilizados 100 mg por m2 de
superfície corpórea duas vezes ao dia por infusão endovenosa contínua. Estas doses
são geralmente administradas por 5 a 10 dias, dependendo da resposta terapêutica
e toxicidade. Foi relatado que crianças toleram melhor altas doses que adultos.
Para a dose de manutenção 75 a 100 mg por m2, ou 1,0 a 1,5 mg por kg ou mais
podem ser administrados intravenosamente, intramuscular ou subcutânea uma ou
duas vezes por semana; outros regimes têm sido utilizados.
TERAPIA DE ALTA-DOSE
No tratamento de doenças resistentes ao tratamento, um regime de altas doses
tem sido empregado, com citarabina administrada em doses superiores a 3g por m2
a cada 12 horas por mais de 06 dias. Estas doses poderão ser administradas por
infusão endovenosa por pelo menos 1 hora.
SIGA A ORIENTAÇÃO DO SEU MÉDICO, RESPEITANDO
HORÁRIOS, AS DOSES E A DURAÇÃO DO TRATAMENTO.
SEMPRE
OS
NÃO INTERROMPA O TRATAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU
MÉDICO.
Conduta em caso de superdose:
Não existe antídoto para superdoses de citarabina. Doses de 4,5 mg/m2 por infusão
endovenosa acima de 1 hora a cada 12 horas x 12 doses tem causado um aumento
não aceitável na toxicidade irreversível sobre o SNC e morte.
Convulsões e outras manifestações de neurotoxicidade podem ocorrer após a
administração intratecal ou quando altas doses (maiores que 3,0g/m2) são
administradas endovenosamente em pacientes com mais de 60 anos ou pacientes
com má função renal.
NÃO USE MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO, PODE
SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE.
INFORMAÇÃO TÉCNICA
Características farmacológicas:
A citarabina é um agente antineoplásico, citotóxico numa ampla variedade de
células proliferativas em mamíferos. Específico da fase S do ciclo de divisão celular,
atua como antimetabólito nucleotídeo análogo da pirimidina. Inicialmente ocorre a
destruição das células sintetizadoras de DNA (fase-S) e, sob condições
determinadas, bloqueio da progressão das células da fase G1 para a S. A citarabina
produz extensos danos cromossômicos, quebras de cromatóides e modificação
maligna in vitro de células de roedores. A deoxicitidina interfere na atividade
citotóxica. Efeito antiviral foi demonstrado em estudos de cultura celular. Contudo,
os estudos clínicos não demonstraram a eficácia contra varíola ou herpes zoster.
Ocorre inativação pela deaminase-pirimidina-nucleosídeo, com a conversão ao
derivado uracil não-tóxico. Um fator importante na determinação da sensibilidade
ou resistência celular à citarabina é o equilíbrio dos níveis de deaminase e quinase.
Após administração intravenosa rápida, atravessa a barreira hematoencefálica
somente em pequenas quantidades. Sua união às proteínas é baixa (15%). Sua
biotransformação consiste na desaminação rápida no sangue e nos tecidos,
especialmente no fígado, sendo excretada por via renal, menos de 10% sob a
forma inalterada. A meia-vida é de 10 a 15 minutos na 1ª fase de distribuição e de
1 a 3 horas na 2ª fase.
A citarabina é metabolizada rapidamente e ineficaz por via oral, onde menos de
20% da dose administrada são absorvidos pelo trato gastrointestinal. O
desaparecimento plasmático da citarabina é bifásico, depois de rápida injeção
intravenosa marcada com trítio. Na fase inicial de distribuição a meia-vida é de
aproximadamente 10minutos. Já na segunda fase de eliminação a meia-vida é
cerca de 01 a 03horas. Em seguida à fase de distribuição, o metabólito inativo 1 –
beta – D -arabinofuranosiluracil (ara-U) representa mais que 80% da radioatividade
no plasma.
Modo de ação:
A citarabina é convertida, intracelularmente, no nucleotídeo trifosfato de citarabina
(ara-CTP, Citosina Arabinose Trifosfato) através da deoxidinaquinase. Este
nucleotídeo é um potente inibidor da DNA polimerase, impedindo assim a síntese do
DNA. A incorporação do trifosfato de citarabina no DNA e RNA, apesar de limitada,
também pode contribuir para os efeitos citotóxicos.
Ação imunossupressora:
A citarabina possui capacidade inibitória da resposta imunológica humana durante
utilização, com possível ocorrência de quadro de intoxicação. Demonstrou-se
supressão da resposta de anticorpo ao antígeno toxóide tetânico e E-coli-VI, obtida
durante respostas primária e secundária de anticorpo. O desenvolvimento da
resposta imune celular, como a reação cutânea de hipersensibilidade tardia ao
dinitroclorobenzeno, também é suprimida com a citarabina. No entanto, não houve
efeito sobre as reações de hipersensibilidade tardia já estabelecidas.
Após ciclos de 5 dias de tratamento intensivo com citarabina, a resposta imune foi
suprimida, como indicam os seguintes parâmetros: ingresso de macrófagos em
reações cutâneas; resposta de anticorpos circulantes após estimulo antigênico
primário; blastogênese de linfócitos com fitohemaglutinina. Houve uma rápida
normalização dos parâmetros anteriores, após alguns dias do encerramento do
tratamento.
Indicações:
A citarabina tem sua indicação principal na remissão de leucemias granulocíticas
agudas de adultos, sendo indicada secundariamente em outras formas de leucemia
aguda de adultos e crianças.
As respostas em outras formas de leucemia aguda foram pouco comparáveis
àquelas obtidas na leucemia granulocítica.
Útil também no tratamento de leucemia mielocítica crônica (fase blástica) e
leucemia linfocítica aguda. A citarabina pode ser utilizada separadamente ou
combinada com outros agentes neoplásicos; freqüentemente, na terapia combinada
se obtêm os melhores resultados.
Contra-indicações:
A terapia com a citarabina é contra-indicado em pacientes hipersensíveis à
citarabina. Não deve ser iniciada em pacientes com supressão da medula óssea
pré-existente, iatrogenicamente induzida, a menos que o clínico julgue que o
tratamento seja uma alternativa mais promissora para o seu paciente.
Modo de usar:
Citarax® deve ser administrado por injeção endovenosa conforme orientação
médica.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a
duração do tratamento.
Administração:
TERAPIA DE BAIXA-DOSE
Baixas doses de citarabina podem induzir a diferenciação e maturação de células
leucêmicas. A terapia de baixa dose (usualmente 10 mg por m 2 de superfície
corpórea duas vezes ao dia) tem sido utilizada em pacientes com leucemia
linfoblástica aguda e não-linfoblástica e nas síndromes mielodisplásicas. Embora a
remissão completa possa ocorrer em cerca de 16% dos pacientes com síndromes
mielodisplásicas a proporção é similar ao índice de mortalidade do tratamento, e as
remissões não parecem ser de longa duração. A citopenia pode ocorrer com estas
doses, e pode ser induzida por doses muito baixas (3,0 a 5,0 mg por m 2 de
superfície corpórea duas vezes ao dia), mas esta pode estar associada a uma
supressão de medula óssea. Há também alguma controvérsia a cerca de um
suposto método de ação e alguns trabalhos consideram que os efeitos de citarabina
em baixas-doses in vivo não são devido à diferenciação, mas a ação citotóxica.
Preparo, Infusão e Estabilidade
A citarabina deve ser manipulada com soluções de cloreto de sódio a 0,9 ou glicose
a 5%, adquirindo concentrações mínimas de 0,1mg/mL.
Manipulação efetuada imediatamente antes da administração e infusão iniciada logo
após a diluição minimiza o potencial de contaminação microbiana.
A preparação da solução deve ser feita por pessoal treinado, em área reservada
com câmara de fluxo laminar para citotóxicos.
Após preparo, realizar infusão por 24horas, ao fim deste período deve-se descartar
o resíduo.
Antes da administração, inspecionar visualmente medicações de uso parenteral com
relação a material particulado suspenso e alteração de cor sempre que for possível
através da mistura e da embalagem.
Medidas preventivas devem ser tomadas no preparo e descarte de misturas cujo
conteúdo sejam quimioterápicos antineoplásicos. Entre elas: evitar a formação de
“aerosóis/sprays” com técnicas de manipulação e materiais apropriados, utilizar
bata protetora, máscara, luvas e proteção adequada dos olhos.
Reações cutâneas relacionadas com exposição acidental a citarabina podem
acontecer. Não se recomenda manipulação de substâncias citotóxicas, como a
citarabina, por mulheres grávidas.
Neoplasmas malignos:
A citarabina possui um papel importante no tratamento de doenças malignas
hematológicas. É a droga de escolha de tratamentos de leucemias agudas nãolinfoblásticas, em associação com uma antraciclina e tioguanina, e é utilizada para
a profilaxia de leucemia meníngea, tão bem quanto em regimes para consolidação,
em pacientes com leucemia mielóide crônica e mielodisplasias como um potencial
agente indutor na diferenciação.
Outros grupos de doenças
Profilaxia do linfoma de Burkitt (Sistema nervoso central), para doenças de
Hodgkin, e como parte de regime posológico complexo às vezes empregado em
linfomas não-Hodgkin de grau elevado a intermediário, incluindo aquelas
associadas a AIDS.
Cuidados de conservação
Citarax® deve ser armazenado em temperatura controlada abaixo de 15ºC. Depois
de aberto, o medicamento deve ser administrado imediatamente e qualquer
solução remanescente deverá ser descartada.
Posologia
A citarabina é administrada por via endovenosa. Doses maiores podem ser
toleradas quando dadas por injeção rápida do que por infusão vagarosa, devido ao
rápido clearance da citarabina, mas há uma pequena evidência da vantagem clínica
por esta via.
Para a indução de remissão em adultos e crianças com leucemia aguda numa ampla
variedade de regimes posológicos têm sido utilizados 100 mg por m2 de superfície
corpórea duas vezes ao dia por infusão endovenosa contínua. Estas doses são
geralmente administradas por 5 a 10 dias, dependendo da resposta terapêutica e
toxicidade. Foi relatado que crianças toleram melhor altas doses que adultos.
Para a dose de manutenção 75 a 100 mg por m2, ou 1,0 a 1,5 mg por kg ou mais
podem ser administrados intravenosamente, intramuscular ou subcutânea uma ou
duas vezes por semana; outros regimes têm sido utilizados.
No tratamento de doenças resistentes ao tratamento, um regime de altas doses
tem sido empregado, com citarabina administrada em doses superiores a 3,0g por
m2 a cada 12 horas por mais de 06 dias. Estas doses poderão ser administradas por
infusão endovenosa por pelo menos 1 hora.
Administração via Intratecal
Em leucemia meníngea, a citarabina tem sido administrada com freqüência em
doses de 10 a 30 mg/m2 de superfície corpórea a cada 02 a 04 dias, com finalidade
profilática.
Em Leucemia aguda, em doses com variação de 05 a 75mg/m2 de superfície
corpórea, freqüentemente a administração varia entre 01vez/dia por 04dias a
01vez/dia a cada 04dias. A dose mais utilizada com freqüência foi de 30 mg/m2 a
cada 04dias até a normalização dos parâmetros no líquido cérebro-espinal
acompanhada de tratamento adicional. Parâmetros que orientam um esquema
terapêutico: o nível de gravidade e os tipos de manifestações no sistema nervoso
central, em função da resposta a terapia prévia.
Advertências:
A citarabina é um potente supressor da medula óssea. Pacientes que receberam
esta droga deverão estar sob rigorosa supervisão médica e, durante a terapia de
indução, a contagem de leucócitos e plaquetas deverá ser feita diariamente.
Deverão estar à disposição do paciente os recursos para o tratamento de eventuais
complicações advindas da supressão da medula óssea (infecção resultante da
granulocitopenia e outras defesas orgânicas prejudicadas, bem como hemorragia
devida a trombocitopenia).
A citarabina é sabidamente teratogênica para algumas espécies. Assim, seu
emprego em mulheres com gravidez provada ou provável deve ser feito somente
após a devida avaliação dos benefícios e riscos potenciais à mãe e à criança.
Utilização da citarabina via intratecal pode provocar toxicidade sistêmica,
recomenda-se nesses casos um monitoramento do sistema hematopoiético. Pode
ser necessária a alteração por outra terapia anti-leucêmica. São raras as
ocorrências de toxicidade importante. As reações adversas relatadas mais
freqüentes de formas leves e auto-limitantes após administração intratecal são:
náuseas, vômitos e febre. Relato de paraplegia. Ocorreu em 05 crianças,
leucoencefalopatia necrosante, onde os pacientes foram submetidos a tratamento
com hidrocortisona e metotrexato intratecal, radioterapia no sistema nervoso
central. Relato de neurotoxicidade isolada. Em dois pacientes sob tratamento com
uma combinação de quimioterapia sistêmica, radiação profilática do sistema
nervoso central e citarabina por via intratecal; ocorreu cegueira.
Soluções contendo conservantes não devem ser utilizadas como diluente para
citarabina. Ao ser administrada citarabina pelas vias intratecal e intravenosa num
intervalo de poucos dias, a toxicidade espinal tem seu risco aumentado; contudo na
existência de doença associada a risco de vida, o médico ao seu critério, deve
decidir sobre o uso de citarabina por vias intratecal e intravenosa simultaneamente.
O envolvimento leucêmico focal do sistema nervoso central, no caso de não
responder a citarabina por via intratecal, pode ser tratado por radioterapia.
A citarabina deve ser utilizada apenas sob os cuidados de profissionais de saúde
experientes em quimioterapia antineoplásica.
Devem estar disponíveis ao paciente e a equipe médica, recursos laboratoriais e de
suporte apropriados para monitoramento da tolerância à droga, proteção e
manutenção dos pacientes comprometidos pela toxicidade da medicação, em caso
de terapia de indução. O efeito tóxico principal da citarabina é a supressão da
medula óssea, acompanhada de leucopenia, trombocitopenia e anemia. A
toxicidade de menor gravidade inclui: náuseas, vômitos, diarréia e dor abdominal,
ulceração oral e disfunção hepática.
O médico deve levar em consideração, os conhecidos efeitos tóxicos da citarabina e
os possíveis benefícios do tratamento para o paciente, na avaliação da adequação
da terapia antineoplásica. Antes da decisão quanto ao início, manutenção,
suspensão do tratamento; o médico deve considerar as seguintes informações:
A terapia deve ser iniciada com cautela, pois a citarabina é um potente supressor
de medula óssea, em pacientes com supressão de medula óssea iatrogenicamente
induzida pré-existente. Pacientes sob terapia com citarabina devem ser submetidos
à supervisão médica rigorosa e a contagem diária de leucócitos e plaquetas durante
a terapia de indução. Realizar exames da medula óssea com freqüência, após o
desaparecimento dos blastos da circulação periférica. Recursos para tratamento de
possíveis complicações, eventualmente fatais, originadas da supressão da medula
óssea (processo infeccioso como resultado da granulocitopenia e outras defesas do
organismo prejudicadas, hemorragia devido a trombocitopenia); devem estar
disponíveis para os pacientes.
Precauções:
Pacientes que receberam citarabina devem ser cuidadosamente monitorados.
Contagem freqüente de plaquetas e leucócitos é essencial. Deve-se suspender ou
modificar o tratamento se a depressão da medula óssea, iatrogenicamente
induzida, resultar em valores plaquetários inferiores a 50.000, ou se a contagem
dos granulócitos polimorfonucleares apresentar valores inferiores a 1000 por mm3.
Os elementos figurados do sangue podem continuar diminuindo após a suspensão
da droga e alcançar valores mais baixos, após períodos de 05 a 07 dias da
interrupção do tratamento. Se for indicado, reiniciar a terapia quando aparecerem
sinais definitivos de recuperação medular (evidenciados por avaliações sucessivas
da medula óssea).
Quando a droga é administrada rapidamente em altas doses pela via endovenosa,
os pacientes freqüentemente sentem náuseas e vômitos (este mal estar pode durar
várias horas após a injeção). Esse problema pode ser menos severo se a droga for
administrada por infusão.
O fígado humano aparentemente desintoxica uma parte substancial da dose
administrada, razão porque a droga deve ser usada com cautela e em doses
reduzidas nos pacientes com função hepática prejudicada. Avaliações periódicas da
função medular, hepática e renal deverão ser efetuadas em pacientes sob
tratamento com a citarabina.
Gravidez e lactação:
Evitar a utilização do produto durante o período de gravidez. Não amamentar
devido ao risco de causar reações adversas no feto ou no lactente; o risco/benefício
deve ser avaliado em situações clínicas como: depressão medular óssea, infecções,
gota, cálculo renal, infiltração tumoral na medula óssea, comprometimento
hepático, renal, herpes zoster.
Em certas espécies animais, a citarabina apresenta teratogenicidade podendo, em
caso de administração a mulheres grávidas causar dano fetal. Não foram realizados
com mulheres grávidas, estudos clínicos adequados e controlados. A paciente deve
ser informada em relação ao potencial perigo para o feto, no caso da paciente
engravidar durante o tratamento ou se durante a gravidez a citarabina for utilizada.
Mulheres potencialmente férteis devem ser devidamente orientadas para evitar a
gravidez.
Conforme potencial de risco de anomalias durante a terapia citotóxica com
citarabina, durante o primeiro trimestre de gravidez, caso uma paciente esteja
grávida ou engravidar durante tratamento com citarabina, deverá ser devidamente
orientada em relação ao potencial risco para o feto e continuidade da gravidez. Se o
tratamento for iniciado durante o segundo ou terceiro trimestre de gravidez, existe
um
risco
definido
e
consideravelmente
reduzido.
Recomendação
de
acompanhamento de crianças, embora tenham nascido normais de pacientes
tratadas com citarabina durante os 03trimestres de gravidez.
A exemplo das demais drogas citotóxicas, a citarabina pode induzir hiperuricemia
após lise rápida de células neoplásicas. O clínico deve observar os níveis de ácido
úrico no sangue de seu paciente e estar alerta para o uso de medidas de suporte ou
farmacológicas necessárias para contornar o problema.
Uso durante a amamentação
Desconhece-se sobre a excreção no leite humano da citarabina. Devido a diversos
fármacos serem excretados no leite humano e conforme a potencialidade do risco
de graves reações adversas em lactentes, recomenda-se a decisão pela
descontinuidade da medicação ou então da amamentação, considerando-se a
importância da medicação para a mãe.
Uso em pacientes idosos:
O produto poderá ser usado por pacientes com idade acima de 65 anos, desde que
observadas as precauções referentes ao produto.
Interações medicamentosas:
Pode ser necessário o ajuste da dose de antigotosos (colchicina, alopurinol,
probenecida), já que a citarabina pode elevar a concentração de ácido úrico. A
administração com metotrexato pode produzir um efeito citotóxico sinérgico, sendo
recomendado, portanto, o ajuste da dose com base no controle hematológico
rotineiro.
Ciclofosfamida com alta dose de citarabina usada em transplante de medula óssea
pode resultar em aumento de cardiopatia com morte subseqüente.
Em pacientes no estado de equilíbrio e na excreção renal de glicosídeos cujos
pacientes receberam beta-acetildigoxina e tratamentos quimioterápicos combinados
com ciclofosfamida, vincristina e prednisona acompanhada ou não com citarabina
ou procarbazina; observou-se reversíveis reduções nas concentrações plasmáticas
de digoxina. Recomendado, portanto, monitoramento dos níveis de digoxina
plasmática dos pacientes sob quimioterapia combinada. Nesses casos, a
substituição da digoxina pela digitoxina é uma alternativa terapêutica.
Estudo in vitro entre citarabina e gentamicina demonstrou antagonismo da
citarabina com a susceptibilidade de cepas de K. pneumoniae, onde em pacientes
com infecção por K. pneumoniae, sob terapia quimioterápica com citarabina, foi
administrado antimicrobiano gentamicina e observou-se ausência de resposta
terapêutica imediata indicando necessidade de reavaliação do tratamento
antibacteriano.
A citarabina tem compatibilidade com grande parte das soluções fisiológicas como
solução de glicose a 5% e solução de cloreto de sódio a 0,9%. Podem ocorrer
reações com fluorouracil, nafcilina sódica, heparina e insulina. Desconhecidas
outras informações sobre incompatibilidades.
Reações adversas:
Sabe-se que a citarabina
teratogênica e mutagênica.
é
potencialmente:
esterilizante,
carcinogênica,
Estudos completos de duração adequada revelaram as seguintes reações
adversas:
Em adultos leucêmicos:
Leucopenia,
trombocitopenia,
supressão
da
medula
óssea,
náusea,
megaloblastose, vômitos, anemia, diarréia, inflamação ou ulceração oral,
tromboflebite, disfunção hepática e febre. Com freqüência bem menor, foram
observados:
disfunção
renal,
dores
abdominais,
anorexia,
hemorragia
gastrintestinal, sepsia, celulite no local da injeção, pneumonia, neurite ou
neurotoxicidade, erupções, aparecimento de sardas, esofagite, sangramento
cutâneo e das mucosas, dores torácicas, dores articulares, dores de garganta e
redução de reticulócitos.
Em crianças:
Leucopenia (maior incidência), trombocitopenia, vômitos, náuseas, supressão de
medula óssea, inflamação ou ulceração oral, anemia, megaloblastose,
sangramentos (todos os locais), diarréia, disfunção hepática, erupções e anorexia.
Foram ainda registrados com menor freqüência: sepsia, esofagite ou ulceração
esofágica, ulceração da pele, ulceração da mucosa, dor no local da injeção,
tromboflebite, retenção urinária, febre, icterícia, tontura, dores de garganta,
púrpura, redução dos reticulócitos e alopecia.
Vários princípios surgiram dessas observações. A citarabina é principalmente tóxica
para a medula óssea, produzindo leucopenia periférica, trombocitopenia, anemia e
megaloblastose. Esse último quadro não está representado neste estudo; ele
ocorre, provavelmente, em 100% dos pacientes tratados com citarabina, e foi
notado em menos de 24 horas após a administração endovenosa. Como se trata de
uma complicação de pouca gravidade, a maioria dos investigadores ignoram-na ou
omitiram a menção de sua ocorrência. Além de produzir substancial supressão da
medula óssea, a citarabina também influencia profundamente os aspectos
qualitativos do quadro de supressão medular óssea. Descrições das alterações
qualitativas da medula óssea, induzidas pela citarabina têm sido publicadas. Há
ocorrência de náuseas e vômitos, especialmente após injeção endovenosa rápida.
Esses problemas foram mais comuns nas crianças deste estudo porque a maioria
recebeu a droga desse modo.
Disfunção hepática (conforme indicado nos valores de função hepática anormal)
ocorreu em 7,1% no estudo com pacientes adultos e em 5,5% das crianças. Como
alguns desses pacientes eram portadores de hepatite sérica e, em algumas
ocasiões, a disfunção hepática foi o evento terminal, há suspeitas de que a
citarabina seja hepatotóxica, sem que haja comprovações para o fato.
Superdose:
Não existe antídoto para superdoses de citarabina. Doses de 4,5 mg/m2 por infusão
endovenosa acima de 1 hora a cada 12 horas x 12 doses tem causado um aumento
não aceitável na toxicidade irreversível sobre o SNC e morte.
Convulsões e outras manifestações de neurotoxicidade podem ocorrer após a
administração intratecal ou quando altas doses (maiores que 3,0 g/m 2) são
administradas endovenosamente em pacientes com mais de 60 anos ou com má
função renal.
Registrado por:
Blau Farmacêutica S.A.
CNPJ 58.430.828/0001-60
Rodovia Raposo Tavares Km 30,5 n° 2833 - Prédio 100
CEP 06705-030 Cotia – SP
Indústria Brasileira
www.blau.com.br
Fabricado por:
Blau Farmacêutica S.A.
CNPJ 58.430.828/0002-40
Av. Ivo Mário Isaac Pires, 7602
CEP 06720-480 - Cotia- SP
Indústria Brasileira
Reg. MS. n 1.1637.0052
Farm. Resp.: Satoro Tabuchi
CRF-SP-4.931
“USO RESTRITO A HOSPITAIS”
“VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA”
Lote, Data de Fabricação e de Validade: vide cartucho.
Para maiores informações entre em contato com o SAC.
7001438-07
Download