Resumos XXIX Congresso SPC Tema: Prognóstico RESUMO Nº

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Resumos XXIX Congresso SPC
Tema: Prognóstico
RESUMO Nº: [C5]
Título: FACTORES PREDITORES DE MORTE NOS SÍNDROMAS CORONÁRIOS AGUDOS COM MÁ FUNÇÃO VENTRICULAR
ESQUERDA.
Palavras: Follow-up, estudos;Prognóstico;Enfarte agudo do miocárdio
Autor: Sidarth Pernencar1
Co-Autores: Investigadores do Registo Nacional dos Sindromas Coronarios Agudos2
Instituições: 1Hospital Distrital de Santarém; 2
[Descrição]
Objectivo: Identificar os principais factores preditores de morte e as complicações durante o follow-up de 6
meses (M) do Enfarte Agudo do Miocárdio com má função ventricular esquerda (VE).
Métodos: Estudo multicêntrico e retrospectivo de 553 dts com internamento por EAM com má função VE,
durante o período de 2002 a 2007. Os doentes foram divididos em 2 grupos:
Grupo A - 447 dts com EAM e má função VE, com sobrevivência aos 6M.
Grupo B - 106 dts com EAM e má função VE, e que faleceram durante o follow-up
Foram analisadas as características demográficas dos dts, os factores de risco cardiovasculares (FR)
associados, caracterização angiográfica da doença coronária e as outras complicações ocorridas durante o
internamento e no follow-up de 6 Meses (6M).
Resultados: Da análise efectuada verificaram-se algumas diferenças comparando os 2 grupos (grupo A e B),
no que diz respeito aos FR, tendo sido mais prevalente no Grupo B a presença de Acidente Vascular
Cerebral (AVC) prévio, em 13% vs 6%, p=0.015. Analisando a terapêutica efectuada durante o internamento,
houve diferença estatística no que concerne ao uso de B-bloqueante (maior no grupo A, 64% vs 53%,
p=0.037), antagonistas dos canais de cálcio (maior no grupo B, 15% vs 8%, p=0.018) e catecolaminas (maior
no grupo B, 21% vs 12%, p=0.021). O grupo B foi menos sujeito a angiografia cardíaca, em 38% vs 59%,
p<0.001. a Quanto ás complicações ocorridas durante o internamento, é de salientar a maior prevalência de
re-Enfarte no grupo B (6% vs 2%, p=0.034).
Durante o follow-up de 6M após EAM houve maior ocorrência no Grupo B de AVC (10% vs 2%, p=0.005),
EAM (25% vs 5%, p<0.001), e Insuficiência Cardíaca avançada. A análise multivariada permitiu identificar os
preditores independentes de mortalidade durante o follow-up de 6M após EAM - idade> 70A e Frequência
Cardíaca> 81 bpm.
Conclusão: O presente estudo multicêntrico permitiu caracterizar o grupo de doentes com risco acrescido de
mortalidade e morbilidade após EAM e má função VE - AVC prévio, terapêutica com antagonistas dos canais
de cálcio e catecolaminas durante o internamento, e a ocorrência de re-EAM. A terapêutica com B-bloqueante
constituiu um factor protector cardiovascular nos doentes com EAM e má função VE. O grupo de dts com
EAM e má função VE, com idade superior a 70 anos terá provavelmente maior benefício na implementação
da terapêutica com Cardioversor-desfibrilhador Implantável (CDI).
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