OBESIDADE E TCAP: CARACTERÍSTICAS, RELAÇÕES E

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Apresentação em pôster.
OBESIDADE E TCAP: CARACTERÍSTICAS, RELAÇÕES E FORMAS
DE INTERVENÇÃO
Taiane Mendes de Paiva¹.
1- Discente do curso de Psicologia do CES-JF.
Palavras-chave: transtornos alimentares, obesidade, transtorno de compulsão alimentar periódica e
terapias comportamental e cognitiva.
Dados atuais revelam aumento drástico do número de indivíduos com transtornos alimentares
nos últimos anos, incluindo a obesidade. A demanda por tratamento exige mais conhecimento
acerca do tema, por isso, é importante esclarecer questões que envolvam a obesidade,
transtornos alimentares e suas formas de abordagem.
Os transtornos alimentares podem ser definidos como patologias advindas de
distúrbios do comportamento alimentar. Constituem os transtornos alimentares propriamente
ditos: a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e o transtorno de compulsão alimentar periódica.
(OLSON ET AL, 2003).
A anorexia é uma patologia na qual o indivíduo sente tanto medo de ganhar peso que
se submete a rígidas dietas buscando desenfreadamente a magreza. Muitos desenvolvem
aversão à alimentos, ficando dias sem se alimentar. (CLASSIFICAÇÃO..., 1993).
Já a bulimia nervosa, é uma doença onde o medo do sobrepeso também está presente,
porém o indivíduo não fica sem comer e nem segue rigorosas dietas como na anorexia
nervosa. Ao contrário, o indivíduo come grande quantidade de alimentos em um curto
intervalo de tempo, mas como o medo de ganhar peso é maior, o sujeito utiliza-se de métodos
compensatórios para neutralizar a grande ingestão de alimentos, como por exemplo, a indução
do próprio vômito. A utilização de tais métodos compensatórios é que distingue a bulimia
nervosa do transtorno de compulsão alimentar periódica. (MANUAL..., 1995).
O transtorno de compulsão alimentar periódica consiste na falta de controle do
indivíduo ao se alimentar, ingerindo exagerada quantidade de alimento em um curto espaço
de tempo. O indivíduo não utiliza de métodos compensatórios para se sentir menos culpado,
pois seu medo de engordar é menor do que sua voraz vontade de comer. Por essa razão é que
a obesidade é associada a esse transtorno, pois muitos indivíduos tornam-se obesos devido à
comportamentos alimentares compulsivos, lembrando que pessoas de peso dentro da
normalidade também podem ser acometidas pela doença. (MANUAL..., 1995).
Não se pode afirmar que a causa da obesidade é exclusiva do transtorno de compulsão
alimentar. A obesidade não é considerada um transtorno alimentar, mas muitos autores a
incluem como uma subcategoria de transtornos alimentares pelo fato da obesidade poder ser
consequência de um deles e também por envolver alterações no comportamento alimentar.
As causas da obesidade são múltiplas e seu tratamento requer equipe multidisciplinar,
visto que a obesidade não consiste apenas em acúmulo de gordura, mas que fatores
psicológicos e sociais também atuam no seu desenvolvimento e manutenção. (ARRUDA,
2003).
Pesquisas
atuais
revelam
que
o
aumento
da
obesidade
vem
crescendo
assustadoramente. Alguns autores a consideram uma epidemia, que tende a crescer ainda
mais. (COUTINHO, 1999 apud VARELA, 2006). Por esse motivo, o presente trabalho
enfatizou o estudo da obesidade e seu tratamento quando acompanhada de transtorno de
compulsão alimentar periódica, pois é um tema atual e ainda pouco discutido no meio
acadêmico.
O objetivo desse trabalho consistiu em discutir questões acerca da obesidade e do
transtorno de compulsão alimentar periódica, como se relacionam assim como alguns
métodos de intervenção dentro das abordagens comportamental e cognitiva, através de revisão
de literatura.
REFERÊNCIAS
ARRUDA, Rosângela T. C. Obesidade mórbida e intervenção. In: BRANDÃO, M.Z.S. et al
(org.). Sobre Comportamento e Cognição. Santo André, SP: Esete Editores Associados,
2003, v.12, p.333 – 342.
CLASSIFICAÇÃO DE TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO DA CID
10. Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósticas – Coord. Organiz. Mund. da Saúde. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1993. 351p.
MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS DSM-IV.
Trad. Dayse Batista. -4.ed.- Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 845p.
OLSON, James A. et al. Tratado de Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. Barueri,
SP: Manolo, 2003. 2106 p.
VARELA, Ana Paula G. Você tem fome de quê? Psicologia Ciência e Profissão, Brasília,
DF, v.26, n.1, p.82 – 93. 2006.
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