FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO PROF.: MSD.:RICARDO LUIZ PACE JÚNIOR RESPOSTAS CARDIOVASCULARES AO EXERCÍCIO VOLUME DE EJEÇÃO • É a quantidade de sangue bombeada em cada pulsação ou batimento cardíaco. • Em repouso o Volume de ejeção fica em torno de 70 a 90 ml/batimento, no exercício pode aumentar para 100 a 120/140 ml/batimento. • O instrumento para medir o volume de ejeção é o ecocardiógrafo (pode medir também o volume ventriculares sistólico e diastólico final); Foss et al. (2000) VOLUME DE EJEÇÃO • Volume de Ejeção = volume diastólico terminal – volume sistólico terminal. • volume diastólico terminal = quantidade de sangue no ventrículo esquerdo imediatamente antes da contração; • volume sistólico terminal l = quantidade de sangue que permanece no ventrículo esquerdo após a contração; Foss et al. (2000) VOLUME DE EJEÇÃO O VE aumenta diretamente com o exercício até 40 a 60% do VO2max depois permanece estabilizado. O Volume de ejeção depende: a) volume de sangue venoso que retorna; b) distensibilidade do ventrículo; c) contratilidade (inotropia); d) pressão aórtica e pulmonar WILMORE E COSTILL (2000) VOLUME DE EJEÇÃO • Na posição supina o VE aumenta somente 20 a 40% mas não tanto quanto na posição ortostática. Por isso na natação o Volume de ejeção não aumenta muito pois não há retenção de sangue no M inferiores. O Volume de ejeção máximo conseguido no exercício é somente um pouco maior que o de repouso na posição supina. • Fatores que fazem com que aumente o volume de ejeção com o exercício: retorno venoso facilitado devido a menor resistência periférica e maior contratilidade. • O VE aumenta até 40 a 60 % do VO2máx permanecendo inalterado ou com um ligeiro aumento tanto para H e M. • Durante o exercício máximo o VE fica em torno de 100 a 120 mL/batimento; em indivíduos treinados é de 150 a 170 mL/min podendo alcançar 200 mL/batimento. WILMORE E COSTILL (2000) VOLUME DE EJEÇÃO • Fração de ejeção = é o percentual do volume ejetado em cada sístole. • Em repouso a Fração de Ejeção = acima de 55% • No exercício a Fração de ejeção _ a 75 % • Fração de ejeção = Volume de Ejeção volume diastólico final WILMORE E COSTILL (2000) VOLUME DE EJEÇÃO • PRÉ-CARGA – dois cientistas Otto Frank Ernest Starling foram os primeiros a descreverem o mecanismo de pré-carga fator que influencia o Volume de ejeção. WILMORE E COSTILL (2000) VOLUME DE EJEÇÃO • Mecanismo de Frank-Starling – Observa-se uma mudança no volume de ejeção (diminuição do volume diastólico final de 140 para 120 ml/batimento), após sairmos de uma posição supina para uma posição em pé, em virtude disto, ocorre uma estagnação no sangue nos membros inferiores devido a posição ereta. WILMORE E COSTILL (2000) VOLUME DE EJEÇÃO • Mecanismo de Frank-Starling – afirma que o principal fator de regulação do Volume de ejeção é a magnitude da distensão ventricular. O mecanismo é definido pela maior contratilidade do coração a uma maior quantidade de sangue que entra no ventrículo. WILMORE E COSTILL (2000) VOLUME DE EJEÇÃO • PÓS-CARGA – força média que o ventrículo deverá gerar durante a sístole para superar a carga que se opõe a ejeção do sangue – durante a contração; • Neste caso verificamos uma diminuição na pré-carga e no volume de ejeção em uma única curva da função ventricular; • ESTADO INOTRÓPICO - força de contração do coração. Efeito inotrópico positivo seria o aumento das contratilidade cardíaca e efeito inotrópico negativo seria a diminuição da contratilidade cardíaca. • O estado inotrópico é medido pelo sistema nervoso autônomo e influencias hormonais. WILMORE E COSTILL (2000) VOLUME DE EJEÇÃO • As catecolaminas noradrenalina e a adrenalina causam um efeito inotrópico positivo no coração; • A noradrenalina aumenta com o exercício – aumentando a inotropia cardíaca ou seja maior contratilidade do coração. WILMORE E COSTILL (2000) FREQUÊNCIA CARDÍACA • Em repouso é controlada pelo sistema parassimpático (nervo vago) • Cronotrópico – aumento ou diminuição da freqüência cardíaca • A adrenalina (epinefrina) causa um efeito cronotrópico positivo (aum. FC) • Freqüência de pulso – são iguais os valores de pulso, apical (torácica) e carotídea. FOSS ET AL. (2000, P. 211) FREQUÊNCIA CARDÍACA • Em ambos os sexos atletas altamente treinados a FC = 40 batimentos/min. • Durante o exercício a FC aumenta em associação com o trabalho (VO2) e a FC max é ligeiramente mais baixa em treinados, dos 18 aos 30 anos permanece próximo dos 200 batimentos/min, decrescendo a partir desta idade. • Atingido o volume de ejeção máximo (por volta de 40 a 60 % do VO2max) qualquer aumento no Q é devida a FC. FOSS ET AL. (2000, P. 211) FREQUÊNCIA CARDÍACA • Para o mesmo VO2 as mulheres possuem uma maior FC e um Menor VE e um Q maior. • A FC após o exercício adota um padrão de duas fases: – fase I em que a FC diminui rapidamente de alguns segundos até 2 min; – fase II em que é mais lenta durando de dois a 10 min. Quem controla esta resposta é o SN Autônomo. • Uma FC baixa e um VE alto indica um sistema circulatório eficiente. Ou seja. Para um determinado Q o coração não se contrai muitas vezes. FOSS ET AL. (2000, P. 211) FREQUÊNCIA CARDÍACA • A FC sobe rapidamente e estabiliza para um ritmo estável de exercício. Cada novo estímulo a maior demora progressivamente para se estabelecer o steady steady. • Para um determinado Q um coração que bate mais lento com um maior VE significa que ele utiliza menos oxigênio para um mesmo trabalho ou seja mais eficiente. • A FC pode ser utilizada: 1) quantificar a intensidade do exercício; 2) determinar os efeitos do treinamento com exercício. FOSS ET AL. (2000, P. 211) FREQUÊNCIA CARDÍACA • Exercício de 5 a 10 min submáximo: Q mantemse constante, devido ao fato de a FC aumentar e VE diminuir. • Exercício de 30 a 60 min submáximo:ocorre o mesmo fenômeno, contudo, não surpreendente encontrarmos FC max no final da competição (maratono o individuo fica com a FC max por 2 h 30 min com um Q constante já que VE diminui na mesma magnitude); FOSS ET AL. (2000, P. 211) FREQUÊNCIA CARDÍACA • O aumento FC esta relacionada com a temperatura ambiente e volume plasmático. Se a temperatura aumenta a maior distribuição do sangue pela periferia para que haja dissipação do calor por evaporação, condução e convecção. Desta forma um menor volume de sangue circulante, com menos sangue retornando ao coração causando um menor diástole terminal e conseqüentemente um menor VE. Para tanto é importante que FC aumente para manter o Q. • Para avaliar o Q temos: ecocardiografia, fluxometria Doppler e reinalação de CO2 (a mais utilizada hoje em dia) FOSS ET AL. (2000, P. 211) FREQUÊNCIA CARDÍACA Existe uma relação entre FC e VO2 para exercícios de intensidade leve a moderada, algumas equações tentam inferir o VO2 max através da FC submáxima traçando uma linha até a FC predita. Contudo este tipo de estimativa possui erros graves que inviabilizam sua utilização: 1) Existe um ponto de dissociação entre o FC e VO2 para intensidades elevadas, o VO2 aumentaria mais do que o alcançado pela FC, subestimando o VO2 max; 2) Não existe uma FC max para todos os indivíduos (não é possível); 3) Indivíduos com alta economia de movimento VO2 max subestimado; 4) variação diária da FC; McArdle et al. (2002, p201) FREQUÊNCIA CARDÍACA • Fatores que podem afetar a Fc: temperatura, estado emocional, ingestão prévia de alimento, posição corporal, natureza continua ou descontinua do exercício e os músculos que atuam estaticamente ou dinamicamente. McArdle et al. (2002, p201) FREQUÊNCIA CARDÍACA • Em indivíduos sedentários e destreinados a Fc pode ser em torno de 100 bpm. • Em atletas bem condicionados foram descritas Fc de 28 a 40bpm • Fc diminui como a idade e fatores ambientais tais como temperatura • A Fc aumenta rapidamente imediatamente antes do exercício devido a liberação através SN simpático da noradrenalina e pelo hormônio adrenalina das glândulas adrenais. Com uma diminuição do tônus vagal (parasimpatico). WILMORE E COSTILL (2000) FREQUÊNCIA CARDÍACA • A Fc aumenta linearmente ao exercício até o ponto de exaustão, estabilizando indicando, desta forma, a Fcmax. • Fcmax é aquela que vc alcança em um esforço máximo até o ponto de exaustão (é altamente confiável, e altera muito pouco durante o dia) • A partir de 15 anos decrescemos 1 bpm por ano, WILMORE E COSTILL (2000) FREQUÊNCIA CARDÍACA • A estimativa da Fc 220 – idade possui um erro importante podendo varia significativamente 12 pbm de desvio padrão. • Esta equação expressa o valor médio para uma dada idade pode ter um erro de 20 bpm. • FCT ( freqüência cardíaca de treinamento) Prescrever o exercício de acordo com a Intensidade Seria por exemplo 75% do Vo2máx representaria 86 % da Fcmáx. • O método Karvonen ou reserva da freqüência cardíaca máxima – WILMORE E COSTILL (2000) FREQUÊNCIA CARDÍACA • A FC aumenta com a intensidade do esforço de caráter dinâmico sendo proporcional ao trabalho e ao VO2max • Defini-se FC como o maior valor obtido em teste de esforço Maximo no tapete rolante. • Erro padrão de 10 sistoles por min pode acometer a FC max. • Toda vez que uma FC max no teste for inferior a 20 sistoles por min da FC max predita deverá duvidar deste valor. (Araújo CGS, p .37) FREQUÊNCIA CARDÍACA • A FC de repouso e a de recuperação é desprovida de uma valor clinico (?) • Deve-se suspender o teste quando a FC diminui aumentamos a carga péssimo prognóstico. • O limiar anaeróbico e identificado quando a ventilação perde a sua relação linear com o VO2 (Ve/VO2) e quando se ultrapassa o nível de lactato sangüíneo de 4 mM/L. • A respiração não constituí um fator limitante da performance, exceto em pacientes que possuem patologias pulmonares. • O VCO2 maior do que o VO2 indica a participação importante do sistema anaeróbico . (Araújo CGS, p .37) FREQUÊNCIA CARDÍACA • Em resposta ao teste de esforço a PAS sobe e a PAD sobe ligeiramente ou permanece estabilizada. Contudo a PA media sobe denotando uma maior perfusão tecidual. • PA de 250 / 120 são consideradas para interrupção do teste. • Um menor PAS no teste pode indicar um risco relativo alto de mortalidade (Ex. 140 mmHg risco de 9,7% e 140 a 199 – risco de 2,53). A PAS é o melhor predito para risco futuro de mortalidade. • PAD maior do 15 mmHg é indicador de doença coronariana. (Araújo CGS, p .37) FREQUÊNCIA CARDÍACA • Em exercícios estáticos observa-se aumento tanto da PAD e PAS devido a uma maior resistência arterial periférica independente de alterações no Q esta resposta independe da ativação autonômica. Já que se verifica em coração denervado. • Um dos principais fatores limitantes da performance reside no aparato circulatório (debito cardíaco) • Define-se como teste máximo àquele em que o individuo atinge a exautão volitiva (Voluntária) • A vantagem de um protocolo de varia cargas é seu pode de descriminação. (Araújo CGS, p .37) FREQUÊNCIA CARDÍACA • Espera-se que o individuo atinja o estado estável em relação à FC em 4 a 6 min. • A maior vantagem de um protocolo descontinuo é a não acúmulo de lactato • Um melhor protocolo de esforço deveria ser: máximo, continuo, sem steady state, dinâmico e com varias cargas. • O teste de esforça é interrompido quando a PAS diminui. • Recomenda-se um tempo mínimo de recuperação de 10 min • A FC deve ser medida a cada min. • O Vo2 max é 10 % maior na esteira (Araújo CGS, p .37) FREQUÊNCIA CARDÍACA Reserva da freqüência cardíaca máxima = FC max – FC repouso Ex. Individuo com 30 anos e Fcrep de 60 FC Max = 220 – IDADE FCreserva = FC Max - FCrepouso FCreserva = 220 – 30 – 60 = 130 FCT 75% = Fcrep + 0,75 (FC max – FC repouso) (Araújo CGS, p .37) FREQUÊNCIA CARDÍACA • Desta forma 75 % da FCT teria valores semelhantes em VO2 máx ou seja 75 % da FCT seria igual a 75% do VO2max. Contudo isto só se verificaria em exercício de moderada para alta intensidade para intensidade baixa possui uma diferença fortíssima. • Faixa da Freqüência cardíaca de treinamento - seria mais indicado (Araújo CGS, p .37) FREQUÊNCIA CARDÍACA Freqüência cardíaca é extremamente útil para a prescrição do treinamento, associando fortemente com o trabalho cardíaco ou ao stress imposto ao coração. Isoladamente,ela é um bom preditor para do consumo de oxigênio pelo coração bem como o fluxo sangüíneo coronariano. Contudo o gasto metabólico pode variar significativamente. A freqüência cardíaca é afetada pelo ambiente e altitude FC mais baixa indica um efeito do treinamento já que o VE melhorando a distribuição sangüínea; reduzindo a FC do exercício e da recuperação. (Araújo CGS, p .37) FREQUÊNCIA CARDÍACA O aumento FC esta relacionada com a temperatura ambiente e volume plasmático. Se a temperatura aumenta a maior distribuição do sangue pela periferia para que haja dissipação do calor por evaporação, condução e convecção. Desta forma um menor volume de sangue circulante, com menos sangue retornando ao coração causando um menor diástole terminal e conseqüentemente um menor VE. Para tanto é importante que FC aumente para manter o Q. (Araújo CGS, p .37) PERCENTUAL FREQUÊNCIA CARDÍACA Segundo ACSM – para o treino aeróbico FC SERIA DE 60 a 90 % FC Max ou 50 a 85 % do VO2max. A FC reserva é bem associada ao VO2max. Exemplo Trabalho aeróbico entre 60 a 80 % da FCr, individuo de 30 anos com Fcrep = 60 DENADAI et al. (2000) PERCENTUAL FREQUÊNCIA CARDÍACA FCr = Fcmax – FCrep = (220 – 30) - 60 = 130 bpm FCT 60% = Fcrep + 0,60 (FC max – FC repouso) –---60 + 0,60 x 130 = 138 limite inferior FCT 80% = Fcrep + 0,80 (FC max – FC repouso) –---60 + 0,80 x 130 = 164 limite superior DENADAI et al. (2000) PERCENTUAL FREQUÊNCIA CARDÍACA Segundo Pollock (1990) um % FCr seria semelhante ao % VO2 max, ou seja, trabalhar entre 60 a 80 % da FCr iqual a trabalhar entre 60 e 80 % VO2max. Não existe uma boa associação entre FC e LL. FC e VO2 parecem estar bem associados seria uma maneira valida de prescrição. DENADAI et al. (2000) REGULAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA • o coração possui duas formas de regulagem uma intrínseca (atividade elétrica e autonômica) e outra extrínseca (inicio do exercício antecipação). • Impulso cardíaco Nódulo S-A atrios Nódulo A-V feixe de Hiss sistema de purkinje ventriculos • O ECG monitora a alteração de voltagem durante a atividade elétrica do coração. Também informa a Fc durante o exercício. • O miocárdio possui um período reflatario onde são gastos 0,30 s para ocorrer outro estimulo proporcionando tempo suficiente para o enchimento do ventrículo. McArdle et al. (2002, p277) REGULAÇÃO EXTRÍNSECA Os sinais de controle cardiovascular tem origem no Bulbo e percorrem os ramos simpáticos e parassimpáticos. Os átrios recebem estimulação simpática e parassimpático já o ventrículo recebe quase que exclusivamente fibras simpática. McArdle et al. (2002, p277) REGULAÇÃO EXTRÍNSECA • Influencia Simpática: o SN simpático libera as catecolaminas adrenalina (efeito retardado liberada pela supra renal) e noradrenalina esses hormônios neurais fazem aumentar a contratilidade e aceleram a despolarização S-A aumentando a Fc. • Influencia parassimpático: a acetilcolina hormônio liberado por influencia do SN parassimpático retarda o ritmo da descarga S-A causando uma bradicardia devido ao nervo vagal a função vagal não afeta a contratilidade . McArdle et al. (2002, p277) REGULAÇÃO EXTRÍNSECA • Catecolaminas – O treinamento de endurance provoca um domínio vagal (parassimpático sobre a simpática interferindo no ritmo cardíaco (bradicardia devido ao treinamento). • Freqüência cardíaca de antecipação – descarga simpática e redução do tônus vagal. Antes e um pique de 100m a Fc pode alcançar 140 bpm devido ao influxo neural. • O coração é ativado para o exercício: maior atividade simpática; 2) menor atividade parassimpática; 3) influxo proveniente do comando central do cérebro; ativação dos receptores nas articulações e músculos à medida que inicia o exercício. McArdle et al. (2002, p277) REGULAÇÃO EXTRÍNSECA • Em corria de 3600 m a Fc pode alcançar 180 bpm em 30 s. • O bulbo recebe informação ou Influxo dos barorecptores do seio carotídeo e da croça da aorta eles respondem a mudança na pressão arterial. O bulbo também atua como centro integrador e de coordenação. • Influxo periférico: o bulbo recebe influxo dos mecanoreceptores e dos receptores químicos nos vaso sangüíneo os barorecptores previnem níveis elevados de pressão arterial. • A noradrenalina (ação simpática) atua como vasoconstritor (fibras adrenérgicas), enquanto aceticolina (fibras colinérgicas) promovem vasodilatação McArdle et al. (2002, p277) REGULAÇÃO EXTRÍNSECA • Influencia Simpática: Tem duas ações o simpático sobre a regulação do fluxo sangüíneo uma realizada pelas fibras adrenergicas do SN simpático que libera noradrenalina (vasiconstritora) e fibras colinergicas que libera a acetilcolina (vasodilatadora). • Influência Parassimpática – liberam um neurohormonio acetilcolina que retarda o ritmo cardíaco promovendo bradicardia. • Fluxo = pressão Resistência McArdle et al. (2002, p277) REGULAÇÃO EXTRÍNSECA • Lei de Poiseuille – expressa a relação entre diferencial de pressão(gradiente) , a resistência e o fluxo em um vaso cilíndrico. • Fluxo = gradiente de pressão x raio do vaso4 Comprimento do vaso x viscosidade • Esta lei demonstra que uma vasodilatação e uma vasoconstrição altera significativamente o fluxo de sangue. McArdle et al. (2002, p277) DÉBITO CARDIACO – DC ou Q • Q = (L/min) = FC (batimentos/min) x VE (mL/batimento) • Para uma mesma carga de trabalho submáxima um treinado possui uma menor VE e uma menor FC e um Q maior. • Em repouso existe pouca diferença entre treinado e destreinado – geralmente um Q = 5 a 6 L/min. • Em treinados o Q pode chegar a 30 a 40 L/min; em destreinados 20 a 25 L/min. FOSS ET AL. (2000, P. 211) DÉBITO CARDIACO – DC ou Q • Quanto mais alto o Q maior a potência aeróbica máxima (VO2max) • As mulheres possuem um Q mais alto para uma mesma carga de trabalho (VO2); pode chegar a 1,5 1,75L/min. Devido ao fato das mulheres possuírem uma menor quantidade de hemoglobina dificultando a capacidade de carrear oxigênio; Q máximo das mulheres é menor do que dos Homens. • O VE (mL/min) deverá ser transformado para L/min. • Exercício de 5 a 10 min submáximo: Q mantem-se constante, devido ao fato de a FC aumentar e VE diminuir. FOSS ET AL. (2000, P. 211) DÉBITO CARDIACO – DC ou Q • Exercício de 30 a 60 min submáximo:ocorre o mesmo fenômeno, contudo, não surpreendente encontrarmos FC max no final da competição (maratono o individuo fica com a FC max por 2 h 30 min com um Q constante já que VE diminui na mesma magnitude); • Para avaliar o Q temos: ecocardiografia, fluxometria Doppler e reinalação de CO2 (a mais utilizada hoje em dia) • A Palpação pela carótida da FC não pode ser muito pressionada pois pode ter um reflexo dos barreptores. • A FC de recuperação deve ser medida nos primeiros quinze segundos pois a uma considerável variação Fc após o exercício. FOSS ET AL. (2000, P. 211) DÉBITO CARDIACO – DC ou Q • Quando Fc passa de uma posição reclinada, para sentado e depois em pé sua freqüência aumenta de 50 para 55 e para 60 em pé porque o seu volume de ejeção caiu (mecanismo de Frank starling). Isto é para manter o seu debito cardíaco. • O tempo inteiro a FC esta aumentando no exercício para incrementos contínuos de estímulos para que o seu Q mantem-se constante já que também aumenta o Volume de ejeção. • O Q aumenta para suprir de sangue e oxigênio e nutrientes os músculos e retirar os subprodutos da degradação metabólica. WILMORE E COSTILL (2000) DÉBITO CARDIACO – DC ou Q • Na natação o Q é um pouco menor devido ao maior volume de ejeção porque o Volume de ejeção é maior (135L/min ) e a freqüência para uma mesma carga seria menor do que esportes como corrida e ciclismo. • No inicio do exercício Q aumenta devido ao aumento da FC e Volume de ejeção mas quando alcança a 40 a 60 % do VO2máx o aumento do Q é devido a FC. WILMORE E COSTILL (2000) DÉBITO CARDIACO – DC ou Q • O Q em repouso é de 5L/min treinados e não treinados – para cada litro de sangue temos 200 ml de oxigênio. • O aumento no Q máximo aprimora diretamente a capacidade de circular oxigênio; MCARDLE et al (2002) DÉBITO CARDIACO – DC ou Q • O Q relaciona-se em uma proporção de 6: 1 com o VO2máx, para cada litro que aumenta no Q aumenta 6 litros na capitação máxima de oxigênio. • O Q é menor nas mulheres pois possuem uma menor parcela de hemoglobina 10% a menos para compensar esta diferença temos que aumentar o Q. MCARDLE et al (2002)