ATlETIsmo 1 E 2

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Qual seria a
prova de Atletismo
que determinaria
o homem mais
rápido do Mundo?
atletismo 1 E 2
ATIVIDADE
PROFESSORES
Otto H. M. da Silva Física
Cleide Moreira Educação Física
Sinopse do Programa
Os episódios da série “Atividade” apresentam os
fundamentos e os treinos básicos de uma das
mais importantes modalidades esportivas: o Atletismo. Os movimentos e as técnicas dos saltos,
dos lançamentos e das corridas são desvendados
com o auxílio de computação gráfica e de depoimentos de atletas e treinadores reconhecidos.
No programa “Sala de Professor”, professores
de Educação Física e de Física propõem um projeto interdisciplinar que estuda os resultados de
atletas e de alunos para descobrir em qual prova
pode-se atingir o melhor desempenho.
Apresentação
O atletismo abordado nos documentários é uma
ótima oportunidade para o professor de Física
desenvolver seus conteúdos em parceria com
o professor de Educação Física. No campo da
Física poderão ser trabalhadas as leis presentes nos movimentos corporais, seja por meio
de determinantes de força, alavancas, ações e
reações, etc. A Educação Física poderá abordar
os conteúdos das provas de velocidade (100m
e 200m rasos), saídas baixas, tempo de reação,
condicionamento físico e fases da corrida.
Um olhar para o documentário
a partir da FÍSICA
O documentário Atletismo 1 e 2 pertence à série
Atividade, e é uma forma interessante de mostrar
como a Física está presente nos movimentos corporais, desde um simples caminhar até a prática
de esportes diversos. Nesses documentários são
abordadas técnicas aplicadas às modalidades
de corrida de curta, média e longa distância, que
envolvem conceitos físicos como aceleração, velocidade, distância, força e impulso.
Ao considerar os aspectos citados anteriormente,
a proposta desenvolverá uma atividade que será
realizada em dois momentos: o primeiro diz respeito ao estudo físico da corrida de curta distância (até
400 m), quando serão abordados os conceitos físi-
cos e o modelo matemático proposto. O segundo
momento corresponde a uma ação interdisciplinar
entre a Física e a Educação Física para a verificação do modelo em questão. Para isso, serão
realizadas coletas, análises e interpretações dos
dados de acordo com o estudo físico realizado.
O professor poderá desenvolver a atividade com
os alunos do 1º ano do ensino médio dividindo a
turma em grupos, preferencialmente, com computadores e acesso à internet.
Iniciaremos o estudo da Física analisando as marcas
de velocidade dos recordes mundiais e olímpicos
alcançados por atletas que disputaram corridas oficiais de curta distância (100 m, 200 m e 400 m rasos).
Tabela 1: Recordes Mundiais – Masculino
Prova
Marca
Atleta
País
Local
Data
100m
9.58 (0.9)
Usain Bolt
JAM
Berlin, GER
16.08.2009
200m
19.19 (-0.3)
Usain Bolt
JAM
Berlin, GER
20.08.2009
400m
43.18
Michael Johnson
USA
Sevilha,
26.08.1999
Fonte: Confederação Brasileira de Atletismo. Disponível em: <www.cbat.org.br/estatisticas/recordes/recordes_quadro.asp?id=1>. Acesso em 20 de setembro de 2012.
Tabela 2: Recordes Olímpicos – Masculino
Prova
Marca
Atleta
País
Local
Data
100m
9.69 (0.0)
Usain Bolt
JAM
Beijing, CHN
16.08.2008
200m
19.30 (-0.9)
Usain Bolt
JAM
Beijing, CHN
20.08.2008
400m
43.49
Michael Johnson
USA
Atlanta,
29.07.1996
Fonte: Confederação Brasileira de Atletismo. Disponível em: <www.cbat.org.br/estatisticas/recordes/recordes_quadro.asp?id=1>. Acesso em 20 de setembro de 2012.
sala de professor
atletismo 1 e 2
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Ao observar estas marcas, podemos realizar vários
questionamentos.
O tempo para realizar a prova, T(s), é aquele decorrido
no processo de largada (TL) mais o gasto para completar a prova com a velocidade de cruzeiro, ou seja:
Qual seria a velocidade máxima alcançada
pelo ser humano nessas provas?
Essas provas realmente permitem ao atleta
desenvolver sua velocidade máxima?
Como pode ser determinada a prova mais
veloz do atletismo?
Para responder a esses questionamentos, será
apresentado o modelo matemático proposto por
SANTOS (2012) que, se devidamente aplicado,
nos auxiliará em uma análise investigativa. De
acordo com este modelo, o atleta inicia a corrida
com uma aceleração constante até atingir uma
determinada velocidade que praticamente não é
alterada – velocidade de cruzeiro V(D):
V(D) = V0 , D < λ
1+ D/λ
T = D +TL
V(D)
(2)
O gráfico da velocidade em função do tempo mostrado a seguir ilustra o modelo matemático. Já os
parâmetros V0, λ e TL são determinados a partir de
medidas experimentais das distâncias e dos tempos nas corridas de curta distância e serão obtidos
nos ensaios realizados com os alunos no segundo
momento da proposta. Para entendermos melhor
como funciona o modelo, utilizaremos os dados
obtidos nas corridas oficiais com os recordes mundiais e olímpicos, apresentados nas tabelas 1 e 2.
Utilizaremos as medidas de distância e tempo das
provas de curta distância no polinômio a seguir, que
é obtido pela substituição da equação (1) na (2):
T(D) = a1D2 + a2D + a3
(1)
em que V0 (m/s) é a velocidade que o atleta alcançaria
se não houvesse desgaste físico; D (m) corresponde
à distância da prova e λ, o percurso no qual o desgaste físico do atleta torna-se significativo.
onde os coeficientes do polinômio são dados em
função dos parâmetros V0, λ e TL, ou seja:
a1 = 1 , a2 = 1 e a3 = TL
V0λ
V0
Velocidade do atleta ao longo da corrida de tempo T e distância D
V[m/s]
Velocidade de cruzeiro
V(D)
V(TL)
Largada
t [s]
TL
TA
T
Neste tipo de gráfico, a área abaixo da curva é numericamente igual à distância percorrida.
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atletismo 1 e 2
sala de professor
Esta manipulação algébrica poderá ser uma das tarefas solicitadas aos grupos, porém, para a obtenção
dos coeficientes do polinômio T(D), é necessário
resolver um sistema linear de equações do 1º grau a
três incógnitas. Para isso é possível utilizar o software LinEq versão 1.3 disponível em: <www.baixaki.
com.br/download/lineq.htm>.
Em posse dos valores dos parâmetros, os grupos construirão duas tabelas com as distâncias
(D), os tempos (T), as velocidades médias (Vm) e
de cruzeiro (V(D)) e as acelerações (a) dos atletas
nas provas de curta distância. Separe a obtenção
dos parâmetros entre os grupos. A aceleração, por
exemplo, pode ser obtida pela expressão:
a = V (D)
TA
Para concluir este primeiro momento da proposta,
resgate os questionamentos iniciais sobre a velocidade máxima alcançada por um atleta (parâmetro
V 0) e a prova mais veloz do atletismo. Instigue
os alunos a pensarem a maneira de encontrar a
velocidade máxima, conduza a discussão até sua
resolução, que pode ser realizada pelo cálculo da
Vm. O desenvolvimento da resolução da questão
acerca da prova de maior velocidade no atletismo
precisará da colaboração da Educação Física, iniciando o segundo momento da proposta.
MATERIAL
Computador com acesso à Internet;
Já para o valor de TA, calcule o valor de D através do
gráfico (D = A – área sob a curva) e substitua este valor
na equação 2. Após obter esses dados, o professor
poderá extrapolar e realizar algumas comparações,
como a possibilidade de manutenção da aceleração
do atleta, como acontece com os carros, calculando
também a potência por meio da expressão: P = F.v.
Se desejar obter as massas dos atletas precisamente, acesse o site do Comitê Olímpico Internacional.
A partir das informações das tabelas, indique os respectivos valores no gráfico, estabelecendo as relações
com as etapas das corridas segundo o modelo em
estudo. Também construa os gráficos do modelo para
as outras corridas com o software Graph 4.4 (disponível em: www.baixaki.com.br/download/graph.htm)
e com o auxílio das dicas contidas na aba “Ajuda”
desse software. Após esta construção, solicite a cada
grupo a elaboração do gráfico correspondente com
as etapas da corrida descritas pelo modelo.
Software LinEq versão 1.3 ou similar;
Software Graph 4.4.
ETAPAS
Exibição do documentário
Contextualização e problematização da Física
nas corridas de curta distância;
Aplicação do modelo;
Análise e reflexão sobre os resultados.
veja mais
Portal do Professor do MEC. Saltar mais longe: a Física no atletismo.
Disponível em: <portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=26871>.
Trabalho de Matemática: Professora Marcelia, Atletismo.
Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=pejKUxV6T0I>.
sala de professor
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UM OLHAR PARA O DOCUMENTÁRIO
A PARTIR DA EDUCAÇÃO FÍSICA
O documentário permite ao Educador Físico desenvolver temas como: velocidade, força, impulsão e
reação. A colaboração de outras disciplinas permite
aos professores e alunos ampliarem o tema abordado.
Com a ajuda da Física, verificaremos se a prova de
100m rasos realmente determina o homem mais veloz.
Sugere-se que a atividade seja realizada com alunos
da primeira e/ou terceira série do ensino médio. Para
desenvolver a atividade, Atletismo e cinética, propõese que o professor siga os seguintes passos:
Utilizar o documentário para discorrer sobre
as provas que compõem as competições
de atletismo para os alunos.
Permitir que o grupo conheça os movimentos das diferentes provas e possa praticar
aquelas que forem compatíveis com as
possibilidades da escola.
Abordar as provas de pista: velocidade, revezamento.
Informar aos alunos que será preciso utilizar a Física para determinar qual é a prova
mais veloz do atletismo.
Todos os alunos precisarão participar da atividade e
o professor poderá dividi-los em grupos. Haverá o
grupo dos atletas, que executará a atividade física,
o grupo dos marcadores das tomadas de tempo, o
grupo que realizará o embasamento teórico e, se
possível, outro grupo que documentará o experimento por meio de fotografias ou filmagem. Todas
as equipes e fases do experimento devem ser compartilhadas com os alunos. Após a obtenção dos
dados, os alunos desenvolverão com o professor
de Física todos os conceitos e cálculos que possibilitarão comprovar o experimento.
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Os professores poderão avaliar as fases do experimento segundo a organização e clareza das
informações coletadas, a desenvoltura e responsabilidade das equipes no cumprimento da tarefa,
o comprometimento do grupo com o trabalho, etc.
Durante e/ou após a conclusão do experimento,
o professor poderá sugerir aos alunos a possibilidade de interação de outras disciplinas para a
conclusão da atividade. Exemplos: Biologia: contração muscular, movimento corporal (aparelho
locomotor), aparelho circulatório, aparelho respiratório; Língua Portuguesa: produção dos textos
que compõem a pesquisa; Matemática: cálculos
básicos necessários ao desenvolvimento da pesquisa; Informática (se a escola possuir laboratório
de Informática e se o aluno tiver acesso a essa
ferramenta): organização dos dados em planilhas,
edição das filmagens (caso tenham sido feitas),
aplicação de softwares diversos. Assim a atividade
ganha novos olhares e permite ao professor de
Educação Física aprofundar o tema, abordando
outras provas que compõem o universo do atletismo, enriquecendo suas aulas e promovendo
formas diversas, divertidas e diferentes de interagir
com o aluno, aumentando o leque de possibilidades de avaliações.
É uma atividade ampla, que possibilita àqueles que
não têm afinidade com esportes, ou que por algum
motivo não possuam afinidade com a própria atividade de Educação Física, a interação com a turma.
O aluno poderá compreender sobre um determinado
esporte e o mais importante, “fazer parte” de um
projeto onde ele é protagonista, e não aquele que
assiste tudo do lado de fora, deixando para os
“esportistas” os créditos das aulas de Educação
Física. É ainda um momento rico para o professor
apresentar uma atividade física que não dependa
de custos ou habilidades diferenciadas para ser
praticada, afinal, correr é inerente ao ser humano.
atletismo 1 e 2
sala de professor
ETAPAS
MATERIAL
Blocos de partida (opcional);
Apresentar o projeto aos alunos – motivá-los;
Cronômetros;
Assistir ao documentário – promover aulas para
a prática das atividades elencadas;
Filmadoras (opcional);
Organizar os grupos para a pesquisa;
Papeletas de tomadas de tempo;
Coletar dados;
Blocos de papel;
Organizar os dados dentro do modelo proposto
pela Física;
Caneta ou lápis;
Concluir o experimento verificando se o objeto
do questionamento foi determinado.
Computador.
uma conversa
ENTRE AS DISCIPLINAS
O estudo dos esportes é uma importante ferramenta
para contextualizar a Física presente no movimento
dos corpos. O professor poderá fazer uso do documentário e de outras ferramentas, como imagens em
câmera lenta e ilustrações. Veja a ilustração de salto
a distância. Percebe-se que uma prova bem sucedi-
da depende da correta execução de todas as etapas
que constituem o salto (aproximação, voo e aterrissagem). Os professores de Educação Física e Física,
por meio de seus conhecimentos técnicos, poderão
identificar os pontos que precisam ser desenvolvidos
para um melhor aproveitamento da prova.
Sequência realizada por atleta na modalidade salto a distância. Fonte disponível em: <www.educadores.diaadia.
pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/EDUCACAO_FISICA/Simuladores/atletismo.swf>.
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atletismo 1 e 2
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Para as corridas de curta distância, como a prova
de 100m rasos, dois fatores são fundamentais: a
força e a potência. Um atleta de provas rápidas necessita de muita energia e a maior parte da energia
do nosso corpo vem de um tipo de açúcar chamado glicose, que é transportado pelo sangue. Os
músculos precisam de energia para a realização de
movimentos, que é produzida a partir de diversas
reações químicas, nas quais os principais elementos (mas não únicos) são o oxigênio e a glicose.
Esse é o metabolismo aeróbio (que precisa de
oxigênio). No entanto, os atletas que correm distâncias curtas maiores do que 100m precisam do
metabolismo anaeróbio para produzir energia com
rapidez sem ter de esperar pelo oxigênio. Dessa
forma, não é somente a Física que está presente
nos esporte, mas um grupo de disciplinas que em
conjunto promovem força, movimento e combustível, elementos imprescindíveis para o ser humano.
Na prova dos 100m rasos, conhecida como a mais
rápida do atletismo (afirmação que será confirmada ou não nessa atividade), estes conceitos podem
ser verificados desde o momento em que ela é
iniciada de forma explosiva até o instante em que é
concluída, conforme ilustra o gráfico a seguir.
Jogos olímpicos de 1996 em Atlanta, EUA. Donavan Bailey (Canadá).
V (m/s) ou a (m/s 2)
45.8 km/h
Vmax (12.73 m/s)
Velocidade do atleta (0 a 9.84 segundos)
amax (6.2 m/s2)
Aceleração do atleta (0 a 9.84 segundos): a=f(t)
Aceleração
t (s)
t(5.6s)
Desaceleração
Fonte disponível em: <axpfep1.if.usp.br/~otaviano/>.
Neste gráfico observa-se o comportamento da velocidade de um atleta olímpico na prova de 100m
rasos que inicialmente apresenta intensa aceleração,
decrescendo a zero em 5.6 segundos – instante que
atinge a velocidade máxima (período de aceleração).
Para alcançar esta velocidade, o atleta imprime
grande força de ação no solo, que reage no mesmo
instante, impulsionando o atleta para frente – toda
ação corresponde uma reação. Isso é possível por
causa do atrito, sem ele não haveria reação e o atleta
nem sairia do lugar. Finalmente, após atingir a velocidade máxima, o atleta passa a desacelerar de forma
8
suave devido à incapacidade física de manter a velocidade máxima, atingida por volta dos seis segundos
– etapa de desaceleração da prova.
Para observar estas questões (e outras também
interessantes) passe para os alunos os primeiros 15
minutos do documentário Body Miracle - Asafa Powell
– Calidad mejorada. O filme traz um estudo científico
sobre a capacidade física do Jamaicano Asafa Power
em corridas de curta distância. No referido documentário é registrada a saída de Power (1,90m e 88kg),
uma das mais poderosas do mundo, alcançando
atletismo 1 e 2
sala de professor
30m em 3,79s e uma velocidade de 43,8km/h após
percorrer 60m – nesta etapa seus pés apenas tocam
ao solo. Ainda sobre essa questão, comente com os
alunos o desempenho insuperável do também jamaicano Usain Bolt. O atleta tem um tempo imbatível (até
quando?) de 9,58s (recorde mundial) na prova dos
100m, e velocidade máxima de praticamente 44km/h.
Mesmo com todas essas inacreditáveis marcas, será
que esses atletas são os mais velozes?
Retomando a questão de nossa atividade,
considerando as limitações humanas, qual das
provas de atletismo seria a de maior velocidade média?
É importante comentar que na história do atletismo,
com o intuito responder a essa pergunta, a imprensa da
América do Norte resolveu promover um duelo entre o
americano Michael Johnson e o canadense Donovan
Bailey numa prova de 150m, em Toronto (Canadá)
em 01/06/1997 (ver o vídeo indicado). Porém, esta
prova não conseguiu resolver a disputa, pois Johnson contundiu-se durante a realização da mesma.
Com a intenção de tentar reponder à pergunta,
foram coletados dados de tomadas de tempos de
provas de 100m, 140m e 200m rasos realizadas com
alunos de escola pública. Os tempos, apresentados
nas tabelas abaixo, serão aplicados ao modelo em
questão para obtenção dos parâmetros (V0, ʎ e TL) e
posterior análise e conclusões dos resultados.
Coeficientes do Polinômio T(D)
a1 (s/m²)
a2 (s/m)
a3 (s)
9,5.10-5
0,097
2,21
No CIEF a pista é oficial (400m). Desse modo, na corrida de
200m são duas curvas, na de 140m uma curva e não existem
curvas na prova de 100m rasos.
Da mesma forma que no primeiro momento da
proposta, os parâmetros podem ser explorados de
forma a mostrar as relações e os respectivos significados físicos. No entanto, o principal objetivo é
solucionar a questão com uma análise do comportamento da velocidade média (vm) das provas (100m,
140m e 200m) em função da distância (D) – sugestão dos alunos no primeiro momento da proposta
ao serem instigados para a resolução da questão.
Assim, os grupos (já formados) irão produzir um
gráfico da vm versus D por meio da expressão da
velocidade média: Vm = D/T, onde T é um polinômio
de 2° grau, ou seja:
Vm =
D
a1D + a2D + a3
2
sendo a1, a2 e a3 coeficiêntes do polinômio. Para
elaborar esse gráfico, mostrado a seguir, utilize o
software Graph 4.4.
Centro Interescolar
de Educação Física - CIEF
distâncias
08/10/2012 (com tênis)
200m rasos
25,35 segundos (Yan)
140m rasos
17,61 segundos (Yan)
100m rasos
12,83 segundos (Yan)
No CIEF a pista é oficial (400m). Desse modo, na corrida de
200m são duas curvas, na de 140m uma curva e não existem
curvas na prova de 100m rasos.
Ao considerar os dados empíricos obtidos nas tomadas de tempo, calculam-se os coeficientes (a1,
a2, a3) do polinômio: T(D) = a1D2 + a2D + a3, conforme mostrados na tabela a seguir:
sala de professor
Centro Interescolar
de Educação Física - CIEF
Observe que o gráfico apresenta um valor máximo
para a posição, cuja coordenada é (152, 7, 96) e
corresponde, respectivamente, à distância (152) cuja
corrida apresenta a maior velocidade média (7,96m/s).
Este resultado, embora obtido através de um modelo relativamente simples, é coerente e razoável na
comparação com outras discussões desenvolvidas
com modelos mais completos e complexos. De
acordo com os tempos obtidos em provas olímpicas
ou oficiais, que utilizam instrumentos de altíssima
precisão, os resultados apresentados possuem um
erro de, aproximadamente, 8,6% - um valor aceitável
para o presente trabalho. Com os tempos das provas
oficiais, é possível verificar que a prova mais rápida
é de 140m rasos.
atletismo 1 e 2
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velocidade média para corrida de 100m, 140m e 200m
V m (m/s)
8.1
Coordenadas do vértice da f(x): (V m, D)
(152, 7.96)
8
7.96 m/s
7.9
7.8
7.7
OBS: O eixo x foi deslocado da
origem para melhor visualização
D (m)
50
100
150
152 m
Os correspondentes valores da distância (D) e da
velocidade média (vm) também podem ser obtidos
numericamente por meio das expressões a seguir
– obtidas pela análise do estudo do valor máximo
da função.
Vm = f (D)
D = √λTLV0
Nesse experimento espera-se que os dados coletados, mesmo com alunos não atletas, apresentem
resultados semelhantes e mesmas conclusões que
os obtidos de corridas oficiais. Outro fator importante para os alunos e professores é a aplicabilidade
dos conceitos da Física, que às vezes é ensinada
de forma distante da realidade do aluno. Assim, em
uma atividade corriqueira das aulas de Educação
Física tem-se a oportunidade de o aluno aplicar, na
prática, os conceitos e os dados físico-matemáticos
que lhe são apresentados em sala de aula.
Na avaliação é importante que o professor observe
a participação dos alunos durante a produção e
análise dos dados. Verifique se os alunos conseguiram realizar as manipulações algébricas com os
dados, compreenderam os significados das fórmulas e suas respectivas relações com a prova.
Vídeo com performance de aluno apresentado pela professora Cleide Moreira.
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atletismo 1 e 2
sala de professor
SUGESTÕES DE LEITURA E OUTROS RECURSOS
Livros e Revistas
GOMES, M.A.F. & Parteli, E.J.R. A Física nos Esportes. Revista Brasileira de Ensino de Física 23 (1) 2001. Disponível
em: <http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/v23_10.pdf >.
GOMES, Marcelo Andrade de Filgueiras. A Física nos Esportes. Ciência e Cultura, v 57, n. 3. Disponível em: < http://
cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v57n3/a18v57n3.pdf >.
SANTOS, José Luiz dos; Aguiar, Carlos Eduardo e Miron, Anderson. Modelos Cinemáticos no Atletismo e Natação.
XIX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF, 2011.
SANTOS, J. L. dos. Cinemática das Corridas de Atletismo. Dissertação (Mestrado) – UFRJ /Instituto de Física, Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física, 2012.
sites e outros recursos
Confederação Brasileira de atletismo. Disponível em: <www.cbat.org.br/default.asp>. Acesso em 21 de set. de 2012.
Ilustrações e demonstrações de provas de atletismo. Disponível em: <e.i.uol.com.br/pan/2007/modalidades/infograficos/atletismo.swf>.
Aula disponível em: <www.youtube.com/watch?v=pLSs-95Sj6k&feature=related>.
Cem metros rasos. Disponível em: <axpfep1.if.usp.br/~otaviano/Cem_metros_rasos.html>.
Ciência Olímpica. Disponível em: <cienciasolimpicas.blogspot.com.br>.
filmes e documentários
As Cinco Fases da Prova de 100m Rasos. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=0olo6dtimfs>.
Body Miracle - Asafa Powell – Calidad Mejorada. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=s9zbuWtZNCs>.
Usain Bolt (Documentário). Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=UB_ZQfxXbTc>.
O Segredo do Sucesso de Usain Bolt. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=8q_RtFf_FGw>.
Usain Bolt 100 m 9.88 (Slow Motion) Diamond League Monaco 2011. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=EAFL5S5liwY&playnext=1&list=PL56BD60F631ED2671&feature=results_main>.
Michael Johnson Races Donovan Bailey 150m. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=id8v-yTK5Do&noredirect=1>.
passeios e visita
Visita a um centro de treinamento de atletismo.
sala de professor
atletismo 1 e 2
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FOTO
Um documentário da TV Escola. Um ponto
de partida para grandes trabalhos com os
alunos. Assim é o Sala de Pofessor. O programa incentiva os professores de Ensino Médio
a desenvolverem projetos que mudem a rotina em sala de aula. Em cada programa, dois
professores convidados criam um projeto a
partir de documentários exibidos na TV Escola. São sempre propostas e experimentos
inovadores, que podem ser reaplicados em
qualquer escola do país.
Os trabalhos apresentados são detalhados
em dicas pedagógicas como essa e ficam
disponíveis no site da TV Escola. Os professores também podem usar as artes criadas
para o programa: são animações, tabelas,
mapas e infográficos que tornam os conteúdos mais visuais e interativos. As dicas
pedagógicas e as computações gráficas foram transformadas em fascículos interativos
para tablets. E o professor também pode
navegar pelo material extra do programa no
blog do Sala. Para ter acesso a esses produtos, acesse o site tvescola.mec.gov.br ou
curta a fan page da TV Escola no Facebook.
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