Resumo de Filosofia Unidade 3 : A dimensão Ético-Política do agir Intenção ética e norma moral ÉTICA Responde à questão: que princípios devem orientar a vida humana? Analisa os princípios que regem a constituição das normas orientadoras da ação e os respetivos fundamentos (razões justificadoras); reflete sobre os fins que dão sentido à vida humana: Princípio: a vida humana tem um valor incalculável A ética pergunta: Por que razão não é permitido matar, ou seja, que valor ou princípio justifica a proibição? Ou ainda: O que é o bem? Por que razão devemos agir moralmente? MORAL Responde á questão : que devo fazer ou como devo agir em tal circunstância concreta? Designa o conjunto das normas obrigatórias (imperativos e interditos) estabelecido no interior de um grupo, sociedade ou cultura para orientar a ação. A norma moral responde: não se deve matar. Analisa os problemas práticos e as dificuldades que a sua realização coloca. Ética = estudo da ----- * natureza ----- * função ----- * valor dos juízos morais, que servem para avaliar: As ações ( projetadas ; realizadas) As intenções As pessoas As instituições, nomeadamente, os sistemas políticos, económicos e jurídicos Etc. EU Ser Social OUTROS INSTITUIÇÕES Dimensão ética O domínio da ação voluntária e intencional orientada por princípios, visando a dignação e o aperfeiçoamento dos seres humanos. Ser Moral Ética Reflexão sobre princípios e valores justificadores das normas morais. Identificação dos fins que devem orientar e dar sentido à existência humana. Moral Cunjunto de códigos e regras morais (imperativos e interditos) estabelecidos por um grupo, sociedade ou cultura. Norma Regra socialmente estabelecida que serve de padrão para a ação Consciência moral Capacidade interior de orientação e avaliação da ação com base em princípios e valores autoimpostos e racionalmente justificados. É a dimensão autónoma da determinação da ação (com coação externa) Intenção É o domínio da opção interior orientada pela consciência Decisão Ação moral : As ações realizadas pelo agente que, livre e voluntariamente, aceita o apelo da própria consciência, respeitando as normas, por ela impostos para se dignificar e aperfeiçoar como ser humano e promover sua humanidade e a de todos os outros, de modo a viver e conviver melhor. Ser moral Considere imparcialmente os seus interesses e os de todos os que serão afetados pelas sua ações, não se deixa guiar pelos seus impulsos, age guiado por princípios éticos racionalmente justificados independentemente de pressões exteriores, fazendo escolhas autónomas. O que é o subjetivismo moral? O subjetivismo é a teoria (ao problema da natureza dos juízos morais)segundo a qual o valor de verdade dos juízos morais depende das crenças, sentimentos e opiniões dos sujeitos que os emitem. Os juízos morais exprimem sentimentos de aprovação e de desaprovação e dependem desses sentimentos. Não há verdades morais objetivas e universais. O sujectivismo moral dirá que cada indivíduo julga a situação a partir do seu código moral (um conjunto de princípios e de normas) é que nenhum desses códigos é mais verdadeiro do que o outro. O que é o relativismo moral cultural? O relativismo moral cultural é a teoria segundo a qual o valor de verdade dos juízos morais é sempre relativo ao que cada sociedade acredita ser verdadeiro ou falso. Para o relativismo moral cultural a existência de diversas e opostas conceções sobre o que é certo e errado implica que não há respostas objetivamente verdadeiras às questões morais. A verdade moral é uma questão de contexto cultural. Que uma ação seja boa ou má depende das normas morais aprovadas na sociedade em que é praticada. Por isso a mesma ação pode ser errada numa sociedade e correta noutra. A moral é relativa. O relativismo moral cultural promove a coesão social de uma sociedade e a tolerância entre sociedades diferentes. A relação que se pode estabelecer entre o relativismo moral cultural e a tolerância e o diálogo entre culturas. life isn't crazy, we're the ones who make it our craziness Consciência Moral responsabilidade culpabilidade A consciência moral é própria do homem enquanto sujeito capaz de julgar e de avaliar a moralidade dos seus atos; Sendo a voz da nossa consciência enquanto seres racionais e livres diz-nos o que devemos fazer, que valores promover e respeitar, constituindo-se como uma espécie de “juiz interior” que acusa, repreende, louva, etc. A responsabilidade designa a autoria Duas condições fundamentais devem verificar-se para que seja possível falar de responsabilidade a) Que o agente tenha consciência das circunstancias e das consequências da sua ação. b) Que não esteja submetido nem a constrangimentos internos nem a coações externas, isto é, que não seja forçado a agir contra a sua vontade. A responsabilidade não é necessariamente sinónima de culpabilidade. Com efeito, o Homem é responsável por atos criminosos e imorais, mas também por atos meritórios. Todo o culpado é responsável, mas nem todo o responsável é culpado. Em que condições coincidem responsabilidade e culpabilidade: a) Quando o ato tem a sua origem no agente determinado por intenções más; b) Quando o ato resulta de negligência do agente. Temos todos a obrigação de responder pelos nossos atos que realizamos de forma consciente e voluntária: a responsabilidade não se delega a ninguém. Fundamentação da moral Determinação do que é certo errado Teoria Motivos ou Intenção consequências Ética deontológicas éticas consequencialistas Dimensão pessoal e social da moral Porque devo agir moralmente? devo ter em conta interesses dos outros Ou devo ser egoísta Psicológico * Egoísmo ≠ Altruísmo Ética ~ teoria normativa ~ em todas as ações devemos servir os nossos interesses Insuficiência da ética necessidade leis o legislado cidade Polis politica Estado * é descritivo. O comportamento humano é sempre orientado em função do nosso interesse pessoal. O que é o Estado? Uma instituição que organiza e regula a vida social, exercendo o ser poder sobre os cidadãos e manifestando-se sob a forma de autoridade. Ética/ Moral Destinatário: o indivíduo Fim ultimo: a virtude (a educação ético/política) Objetivo: formação moral dos indivíduos Meios: as leis morais Eficácia: a autocrítica da consciência/ a critica social Exercício do poder: o individuo exerce o poder na esfera privada e delega o restante do Estado. Ser Humano: ser social por Natureza Estado/ Política Destinatário: a comunidade Fim ultimo: a virtude ( a comunicação ético/politica) Objetivo: formação moral e cívica dos cidadãos. Meios: as leis jurídicas Eficácia: tribunais e poli. Exercício do poder: o Estado exerce na esfera politica o poder delegado pelos cidadãos. Comunidade politica: possibilita a realização da natureza humana. Resumindo : A Cidade é uma comunidade dialógica Autossuficiente Orientada para um fim (bem) Em Promover a qualidade de vida e o bem comum Proporcionar aos cidadãos a satisfação dos interesses comuns síntese: Proporcionar ao indivíduo a realização da sua natureza Coesa e estável graças Organizada politicamente para realizar o seu fim A laços afetivos de amizade (base da cooperação e do empenhamento cívico) à politica da justiça (base do funcionamento harmonioso da comunidade) Estado Natural Vantagens: Liberdade individual (cada individuo é senhor de si, sem sujeição a ninguém) ; Propriedade privada (fundada no trabalho e no direito de usufruir dos seus frutos). Limitações/insuficiências: Não existe um juiz imparcial com autoridade para julgar os transgressores da Lei Natural; Falta uma autoridade para punir e repor a ordem. Sociedade Civil/Estado Vantagens: Existência de um poder com legitimidade reconhecida por assegurar a proteção dos direitos naturais; Possibilidade de fazer leis consensuais para garantir o bem comum. A legitimação da autoridade do Estado O ser humano é, por natureza, um ser vivo político Ética Visa o indivíduo Política Visa a comunidade Usa leis morais Usa códigos jurídicos Regula a vida na esfera provada Legitima o poder da esfera pública Ambas visam a alcançar o fim último (o bem) da cidade A cidade (polis) possibilita a realização da natureza humana Essa realização exige uma cidade harmoniosa e consolidada Tal cidade só existe se houver amizade e justiça A amizade depende dos laços afetivos entre as pessoas A justiça depende da aplicação de boas leis ( a política) A institucionalização da politica (o Estado) exige poder O Estado recebe o poder político dos cidadãos O que legitima a autoridade do Estado são as potencialidades oferecidas pela vida em comunidade organizada