Projeto de Monitoria Macroeconomia II

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DESVENDANDO O MODELO MUNDELL FLEMING
Projeto de Monitoria de Macroeconomia II
realizado para a Semana Acadêmica.
Disciplina: Macroeconomia II
Aluna: Ana Paula Alves Ferreira
Orientadora: Júlia de Medeiros Braga
Niterói, 7 de outubro de 2011
PROJETO DE MACROECONOMIA II
Lista de exercícios: Determinação dos Equilíbrios Interno e Externo e impactos das políticas
econômicas sob diferentes regimes cambiais no modelo IS-LM-BP.
Utilizando gráficos para ilustrar os pontos de equilíbrio e a dinâmica macroeconômica, e
considerando as seguintes equações para as curvas:
IS: Y=C(Y-T)+I(r)+G+X(E,Y*)-M*(E,Y)
LM: M^s/P = M^d(Y,r)
BP: YBP=0 =X0/m
SEM MOBILIDADE CÂMBIO FIXO
1)
O que acontece numa economia, sem mobilidade de capital e regime de câmbio fixo,
quando o Banco Central faz uma Política Monetária Contracionista?
Partindo de uma situação de equilíbrio simultâneo entre o mercado interno e externo.
O Banco Central faz um P.M.C. aumentando a oferta de títulos. Isso equivale à uma redução na
oferta de moeda, o que provoca oferta de moeda menor que demanda por moeda e isso equivale a
oferta de títulos maior que a demanda do mesmo. Isso gera um desequilíbrio no mercado de ativos.
Com a oferta de títulos maior que a demanda do mesmo, o preço do título cai, provocando aumento
no desconto e como conseqüência , aumento na taxa de juros até o equilíbrio no mercado monetário.
No mercado de bens e serviços, o aumento na taxa de juros provoca queda nos investimentos, o que
acarreta queda na DA e isso gera DA < OA(desequilíbrio no mercado de bens). A oferta agregada
vai diminuir e para isto ocorrer haverá queda do emprego e da renda até alcançar o equilíbrio no
mercado de bens (OA = DA). Porém, a queda na renda provoca queda nas importações. Isso
provoca um desequilíbrio no setor externo, que neste caso é um superávit no Balanço de Pagamento
(X > M). O superávit externo = superávit no BP, produz um excesso de oferta de moeda estrangeira
no mercado (doméstico) de divisas(já que a importação está menor).
Esse excesso de oferta de moeda estrangeira pressiona para que a taxa de câmbio caia, porém como
há um regime de câmbio fixo(a taxa de juros é fixa), o Banco Central para manter esse câmbio fixo
vai comprar moeda estrangeira(que está em excesso). Comprando moeda estrangeira, o Banco
Central injeta moeda doméstica na economia à taxa de juros fixada por ele. Com isso ele aumenta as
suas reservas internacionais e aumento na oferta de moeda doméstica( o que fará a curva LM voltar
ao patamar inicial da taxa de juros e da renda).
Já que com a ∆>0 Ms → Ms > Md → ∆>0 Bd → Bd > Bs → ∆>0 Preço do título → queda no
desconto → queda na taxa de juros.
∆<0 r→ ∆>0 I → ∆>0 DA → DA > OA → ∆>0 OA - ∆>0 y volta ao patamar inicial.
RESUMINDO – A P.M.C. não tem efeito sobre a economia, já que a curva LM se desloca para
esquerda e depois volta ao seu patamar original. A diferença é que leva a um superávit no Balanço
de Pagamento temporariamente e ampliação no nível de reservas.
2)
O que acontece numa economia, sem mobilidade de capital e regime de câmbio fixo,
quando o governo faz uma Política Fiscal Contracionista, reduzindo os gastos públicos?
Partindo de uma situação de equilíbrio simultâneo no mercado interno e externo.
O governo faz uma P.F.C, reduzindo os gastos públicos. Isso provoca queda na demanda agregada
→ DA < OA → DESEQUILÍBRIO NO MERCADO DE BENS. OA vai diminuir e para isto
ocorrer haverá queda no nível de emprego e renda até atingir o equilíbrio no mercado de Bens e
Serviços(AO=DA).
A queda na renda provoca queda na demanda por moedas domésticas gerando com isso
desequilíbrio no mercado de divisas(Md < MS). Isso equivale a um aumento na demanda por títulos
e com isso demanda por títulos maior que a oferta do mesmo. Isso provoca aumento no preço dos
títulos, queda no desconto e consequentemente queda na taxa de juros até atingir o equilíbrio no
mercado monetário (Md = Ms e Bd = Bs).
A queda da taxa de juros provoca um aumento nos investimentos, que por sua vez provoca um
aumento na DA, gerando com isso um desequilíbrio no mercado de bens(DA > AO). Isso produz
uma ∆<0 no nível de estoque e para igualar a demanda agregada, a oferta agregada aumenta e isso é
possível através do aumento do emprego e consequentemente da renda. Isso ocorrerá até o
equilíbrio no setor interno.
No setor externo, a queda da renda(Y) provoca diminuição nas importações , causando
desequilíbrio no setor externo, que neste caso é um superávit na Balança de pagamento = superávit
em transações correntes.
O superávit no BP implica em excesso de oferta de moeda estrangeira. A taxa de câmbio sofre
pressões para a cair (valorizar a moeda). Porém, o regime é de câmbio fixo. Então, o Banco Central
vai comprar o excesso de moedas estrangeiras, aumentando desta forma suas reservas
internacionais: isso provocará aumento na oferta de moeda doméstica(desloca LM para a direita), já
que o Banco Central vai injetar moeda doméstica na economia.
O aumento na oferta de moedas provocará Ms > Md e isso equivale a uma ∆<0 da oferta de
títulos(Bs < Bd), o preço do título aumenta, o desconto cai e como conseqüência queda da taxa de
juros.
A ∆<0 na taxa de juros → ∆>0 I → ∆>0 DA → DA > OA → ∆>0 OA provocando aumento no
emprego e na renda.
Resumindo – O nível de produto (Y) se mantém constante e queda na taxa de juros, aumentando os
investimentos.
3) O que acontece numa economia, sem mobilidade de capital e regime de câmbio fixo,
quando o governo faz uma Política Fiscal Expansionista, reduzindo os impostos?
Partindo de uma situação de equilíbrio simultâneo entre o mercado interno e externo.
O governo fez uma Política Fiscal EXPANSIONISTA, reduzindo os tributos. Isso provoca aumento
na renda disponível(Yd), isso gera ∆>0 no consumo, que por sua vez gera aumento da DA.
Provocando DA > OA (desequilíbrio no mercado de bens). A AO aumentará e para isso aumenta o
nível de emprego e renda até atingir o equilíbrio OA = DA.
O aumento da renda provoca um aumento na demanda por moeda doméstica, portanto esta se torna
maior que oferta de moeda. Isso equivale a um aumento da oferta de título. Isso provoca oferta de
títulos maior que a demanda do mesmo. O preço do título cai e como conseqüência aumenta a taxa
de juros até atingir o equilíbrio (Bs = Bd e Ms = Md)
(A ∆>0 r → ∆<0 I → ∆<0 DA → DA < OA → ∆<0 OA → ∆<0 y)
No setor externo, o aumento da renda provoca o aumento das importações, o que acarreta um
desequilíbrio no setor externo [M > X (importações > exportação)]. Neste caso, o desequilíbrio é
um déficit nas transações correntes = déficit no BP.
O déficit na Balança de Pagamentos implica um aumento na demanda por moeda estrangeira. Isso
provoca pressões para que a taxa de câmbio aumente. Porém, o câmbio é fixo, então não pode subir.
Dado que o câmbio fixo, o Banco Central irá vender moeda estrangeira da sua reserva internacional,
ou seja, suas reservas internacionais diminuem. O Banco Central trocará moeda estrangeira por
doméstica à taxa de câmbio fixada por ele. As reservas diminuem, provoca queda (contração) da a
oferta de moedas.
A queda na oferta de moedas (desloca a LM) por causa da taxa de câmbio fixa, provocando um
desequilíbrio no mercado monetário. ∆<0 Ms → Ms < Md → ∆>0 Bs → Bs > Bd → ∆<0 Preço dos
títulos e como consequência aumento na taxa de juros.
O ∆>0 r provoca ∆<0 no nível de investimento → ∆<0 DA →gerando desequilíbrio (DA < AO).
Aumenta a AO e como conseqüência aumenta a renda até o patamar original.
RESUMINDO : ↑ r2 → gera um déficit temporário (provoca perdas nas reservas internacionais) e
gera também queda no investimento até a renda voltar ao início e acabar com o desequilíbrio
externo.
O produto não é alterado.
4) O que acontece numa economia, sem mobilidade de capital e regime de câmbio fixo,
quando o governo faz uma Política Fiscal Contracionista, aumentando os impostos?
Considerando um equilíbrio simultâneo entre o mercado interno e externo.
O Governo faz um P.F.Contracionista, aumentando os impostos. Isso provoca redução na renda
disponível, que por sua vez gera uma queda no consumo, ∆<0 DA → DA < OA (Desequilíbrio no
Mercado de Bens e Serviços).
∆<0 OA → queda no nível de emprego e renda.
A queda da renda provoca queda na demanda por moeda. Neste caso, a demanda por moeda menor
que oferta de moeda, isso equivale ao aumento na demanda por títulos. Isso quer dizer Bd > Bs
(desequilíbrio no mercado monetário), gerando aumento no preço dos títulos e como conseqüência
queda na taxa de juros até o equilíbrio. (∆<0 r → ∆>0 I → ∆>0 DA → DA > OA → ∆>0 OA →
∆>0Y).
No setor externo, a queda na renda provoca queda nas importações, o que gera um desequilíbrio no
setor externo (X > M), que nesse caso é um superávit em transações correntes = superávit na
Balança de Pagamentos.
O superávit no BP implica em um excesso de oferta de moeda estrangeira, o que pressiona a taxa de
câmbio para cair. Porém o regime é de câmbio fixo. Dado isso, o Banco Central vai comprar esse
excesso de moeda estrangeira, aumentando assim, as suas reservas internacionais. O Banco Central
vai comprar moeda estrangeira e injetar moeda doméstica na economia à taxa de câmbio fixada por
ele (trocará uma pela outra). Isso provoca um aumento na oferta da moeda doméstica.
O ∆>0 Ms → Ms > Md → ∆>0 Bd → Bd > Bs → ∆>0 Preço dos Títulos → ∆<0 r.
A ∆<0 r → ∆>0 I → ∆>0 DA → DA > OA → ∆>0 OA → ∆>0 Y até atingir o patamar inicial.
RESUMINDO : O produto se mantém Constant; Aumento das reservas internacionais; Queda da
taxa de juro e aumento no investimento;
Superávit temporário
SEM MOBILIDADE E CÂMBIO FLUTUANTE
5) O que acontece numa economia, sem mobilidade de capital e regime de câmbio flutuante,
quando o Banco Central faz uma Política Fiscal Monetária Contracionista?
Partindo de uma situação de equilíbrio simultâneo entre o mercado externo e interno.
O Banco Central fez um PMC, passando a ofertar mais títulos, e isso equivale a uma queda na
oferta de moedas, provocando um desequilíbrio no mercado monetário (Ms < Md e Bs > Bd ), já
que oferta de títulos torna-se maior que a demanda do mesmo, seus preços caem, aumenta a taxa de
juros até o equilíbrio.
O aumento na taxa de juros provoca uma queda nos investimentos, que por sua vez leva a uma
queda na DA (DA<AO)gerando um desequilíbrio no mercado de bens e serviços, levando a um
acúmulo de estoque. Isso induz a diminuição da AO e como conseqüência, queda na renda até o
equilíbrio no mercado de bens.
No setor externo, a ∆<0 na renda provocou diminuição nas importações, como isso M < X, gerando
um desequilíbrio em transações correntes, que neste caso é um superávit em transações
correntes=no BP. Portanto, esse superávit no BP produz um excesso de oferta de moeda estrangeira.
O que provoca pressões para que a taxa de câmbio caia. Como o câmbio é flutuante, a taxa de
câmbio vai cair até acabar com esse excesso (demanda por moeda estrangeira = oferta da mesma).
Com a taxa de câmbio mais baixa (valorização da moeda nacional), provoca aumento nas
importações e queda nas exportações, gerando uma melhora no saldo do Balança de Pagamento.
No mercado de Bens e Serviços, a queda nas exportações provoca queda na demanda agregada,
causando um desequilíbrio no mercado de bens (DA < AO). A OA tem uma nova queda e
consequentemente, há uma ∆<0 no nível de emprego e renda. Essa nova queda na renda provoca
∆<0 na demanda por moeda doméstica. O que provoca um desequilíbrio no mercado monetário, já
que Md < Ms. Com isso há um ∆>0 na demanda por títulos, Bd>Bs, o preço dos títulos sobem e
isso acarreta queda na taxa de juros.
RESUMINDO: Há queda na taxa de câmbio
Taxa de juros se mantém no mesmo patamar.(Olhar o gráfico)
Queda no produto e emprego.
6) O que acontece numa economia, sem mobilidade de capital e regime de câmbio flutuante,
quando governo faz uma Política Fiscal Contracionista, reduzindo os gastos públicos?
Partindo de uma situação de equilíbrio simultâneo no mercado interno e externo.
O Governo fez uma P. Fiscal contracionista reduzindo os gastos. Isso provocou ∆<0DA
(DA<AO)gerando desequilíbrio no mercado de Bens e Serviços. Como a DA diminuiu, gerou um
acúmulo de estoques. Portanto, a OA terá que diminuir e para isto ocorrer diminui o nível de
emprego e como conseqüência ∆<0 a renda até atingir o equilíbrio no mercado de bens.
No mercado monetário, a ∆<0 na Y provoca uma queda na demanda por moedas
doméstica(Md<Ms), isso equivale a um aumento na demanda por títulos (Bd>Bs). Isso
desequilíbrio no mercado de divisas. E tem como conseqüência, aumento no preço dos títulos que
leva a uma queda na taxa de juros.
No setor externo, a queda na renda doméstica provoca queda nas importações (X > M), o que gera
um desequilíbrio em transações correntes. Que neste caso é um superávit em transações correntes =
superávit no BP. Esse superávit no BP produz excesso de oferta de moeda estrangeira. Por conta
disso, a taxa de câmbio sofre pressões para cair. Como o regime é de câmbio flutuante, a taxa de
câmbio vai cair até eliminar o excesso de moeda estrangeira e igualar a demanda por Moeda
estrangeira.
A queda na taxa de câmbio(valorização da moeda nacional) provoca queda nas exportações e
aumento nas importações no mercado de bens e serviços. A queda nas exportações provocam ∆<0
DA e com isso DA < OA (desequilíbrio no mercado de Bens e Serviços). Isso pressionará a OA a
cair e para isto ocorrer haverá queda no nível de emprego e renda(IS cai novamente).
No mercado monetário, a ∆<0 Y2 provoca queda na demanda por moeda doméstica(Md<Ms). Isso
faz com que a demanda por títulos aumente(Bd>BS), gerando desequilíbrio no mercado monetário,
levando a um aumento nos preços dos títulos e acarretando a queda na taxa de juros.
RESUMINDO:
Queda na taxa de juros e aumento no investimento
Tem superávit temporário no BP
Queda no nível de produto
7) O que acontece numa economia, sem mobilidade de capital e regime de câmbio flutuante,
quando o governo faz uma Política Fiscal Contracionista, aumentando os impostos?
Equilíbrio simultâneo entre mercado interno e externo.
O Governo fez P.F.C. aumentando a tributação. O ∆>0 da tributação leva a uma queda na renda
disponível e como conseqüência uma queda no consumo, que por sua vez provoca uma queda na
DA(DA < AO). A OA vai cair até se igualar a DA. Para isto ocorrer, haverá ∆<0 no nível de
emprego e produto.
No mercado monetário, a ∆<0 Y leva a uma ∆<0 na demanda por moeda doméstica(Ms > Md). Há
um ∆>0 na demanda por títulos( Bd > B5), o preço do título sobe e isso provoca uma queda na taxa
de juros.
No setor externo, a queda na renda provocou queda nas importações(X > M), gerando desequilíbrio
em transações correntes. Que neste caso é um superávit em transações correntes = superávit no BP .
Esse superávit no BP produz um excesso de oferta de moeda estrangeira. Isso provoca penas para
∆<0 E. Como o regime é flutuante, a taxa de câmbio cai até igualar a oferta de moeda estrangeira =
demanda da mesma.
A ∆<0 E (valorização da moeda nacional) provoca queda nas exportações e aumento das
importações. No mercado de bens, a ∆<0 nas X provoca queda na DA(DA < AO). A AO vai cair
até se igualar a DA e para isto acontecer o nível de emprego vai cair e consequentemente a renda
também vai cair(Y2).
No mercado monetário, a ∆<0 Y2 → ∆<0 na demanda por moeda doméstica(Md < Ms). A demanda
por título aumenta e por isso seus preços sobem, como conseqüência ocorre queda na taxa de
juros(r2).
COM MOBILIDADE PERFEITA E CÂMBIO FIXO
8) O que acontece numa economia, com perfeita mobilidade e câmbio fixo, quando o Banco
Central faz uma Política Monetária Contracionista?
Partindo de um equilíbrio Simultâneo no mercado interno e externo. O Banco Central fez PMC,
aumentando a oferta de títulos e isso equivale a uma queda na oferta de moedas. Gera um
desequilíbrio no mercado monetário, já que Bs>Bd e Ms<Md). O ∆>0 na oferta de títulos provoca
queda nos seus preços e como conseqüência há um aumento na taxa de juros.Portanto, a taxa de
juros doméstica ficou maior que a taxa de juros internacional( r>r*).
No mercado de bens e serviços, o aumento da taxa de juros doméstica induziu queda nos
investimentos, o que provoca queda na DA, causando desequilíbrio no mercado de Bens e
Serviços(DA<OA). A OA vai cair até se igualar a DA e para isto ocorrer haverá queda no nível de
emprego e consequentemente na renda.
No setor externo, o aumento na taxa de juros doméstica em relação à taxa de juros internacional(r*)
provocou entrada líquida do capital levando a um saldo positivo na conta movimento de capital do
Balança de Pagamento.
A queda na renda provocou quedas nas importações, o que gerou um desequilíbrio em transações
correntes, que neste caso foi um superávit em transações correntes(X>M) = superávit na BP.
Como o saldo movimento de capital é positivo e há um superávit em transações correntes, então o
saldo da Balança de Pagamento é positivo (superávit).
O superávit no BP produz um excesso de oferta de moeda estrangeira no mercado de divisas o que
provoca pressões para a taxa de câmbio cair. Porém, o regime é de câmbio fixo.
Neste caso, o Banco Central vai comprar o excesso de oferta de moeda estrangeira, isto é, vai
comprar moeda estrangeira e injetar moeda doméstica à taxa de câmbio fixada por ele. Quando o
Banco Central compra esse excesso de oferta, suas reservas internacionais aumentam, assim como a
oferta de moeda doméstica. Enquanto houver excesso, o Banco Central vai trocar moedas e a taxa
de juros doméstica vai caindo.
Com isso, a taxa de juros doméstica volta ao seu lugar de origem.
No mercado monetário, o aumento na oferta de moeda doméstica faz com que a oferta de moeda se
torne maior que a demanda da mesma. Isso equivale a um ∆>0 na demanda por título(Bd>Bs),
preço do títulos aumentam e isso provoca queda na taxa de juros doméstica.(voltando ao patamar
inicial) e assim igualando à taxa de juros internacional até que pare de entrar moeda na economia(r
= r*).
Resumindo: A PMC é ineficaz.
9) O que acontece numa economia, com perfeita mobilidade de capital e regime de câmbio
fixo, quando o governo faz uma Política Fiscal Expansionista, reduzindo os gastos públicos?
Partindo de uma situação de equilíbrio simultâneo entre o mercado interno e externo.
O governo fez um PFC reduzindo os gastos públicos. Isso provocou queda da DA(DA<OA), isso
gera uma acumulo de estoques. Desequilíbrio no mercado de bens e serviços. A OA vai diminuir até
se igualar a DA. E para isto ocorrer diminuir o nível de emprego e consequentemente a renda(Y1).
No mercado Monetário, a queda da renda provoca queda na demanda por moeda
doméstica(Md<Ms), isso equivale a um aumento na demanda por título(Bd>Bs) gerando um
desequilíbrio no mercado monetário. O preço dos títulos amumentam e como conseqüência a taxa
de juros doméstica cai.
A queda da taxa de juros doméstica em relação à taxa de juros internacional, faz com que haja uma
saída de capital, provocando saldo negativo na conta movimento de capital (déficit).
A queda da renda provoca queda nas importações, gerando um desequilíbrio em transações
correntes no setor externo, que nesse caso é um superávit em transações correntes(X>M).
Saldo negativo na conta M K (-)
Saldo positivo em TC (+)
Portanto, o resultado global é um déficit da Balança e Pagamento.
O déficit no BP produz um aumento na
demanda por moeda estrangeira, o que gera um
desequilíbrio no mercado de divisa, já que demanda de moeda estrangeira é maior que a oferta. A
taxa de câmbio sofre pressões para subir, porém o regime é de câmbio fixo. Portanto, o Banco
Central vai vender moeda estrangeira(divisas), ou seja, vai trocar moeda estrangeira por doméstica à
taxa de juros por ele fixada. Quando o Banco Central faz essa operação de troca, suas reservas
internacionais caem e como conseqüência a oferta de moeda doméstica também cai (deslocando
LM para a esquerda). Com isso a taxa de juros doméstica vai subindo novamente.
Ao recolher moeda doméstica (através de troca) por causa do excesso de demanda, a oferta de
moeda doméstica cai(Ms<Md) e isso equivale a um aumento na oferta por título(Bs>Bd), o preço
dos títulos caem e como conseqüência aumenta a taxa de juros doméstica até se igualar a taxa de
juro internacional(r=r*) e cessar a saída de capital.
O aumento da taxa de juros doméstica provoca queda nos investimentos. Este por sua vez faz como
que a DA diminua(DA<AO). A OA vai cair até se igualar a DA e para isto ocorrer o nível de
emprego cairá e como conseqüência a renda também cairá.
RESUMINDO : Queda no nível de reservas internacionais; a taxa de juros se mantém
constante(olhar o gráfico).
10) O que acontece numa economia, com perfeita mobilidade e câmbio fixo, quando governo
faz uma Política Fiscal Expansionista, reduzindo os impostos?
Partindo de uma situação de equilíbrio simultâneo entre o mercado interno e externo. O governo fez
um PFE reduzindo os impostos. Isso provocou ∆>0 na DA(DA>OA). Gerou desequilíbrio no
mercado de Bens e Serviços. Como a DA está maior que a AO, isso levou a uma desova de estoque.
A AO vai aumentar até se igualar a DA e para isto aumentará o nível de emprego e
consequentemente de produto até o equilíbrio(DA = OA).
No mercado monetário, o ∆>0 na Y leva a um aumento na demanda por moeda doméstica(Md>Ms).
Isso equivale a um aumento na demanda por título(Bd>Bs) gerando um desequilíbrio no mercado
de divisas. O preço do título sobe e provoca queda na taxa de juros domestica.
O aumento da taxa de juros doméstica em relação à taxa de juros internacional (r>r*)provoca uma
entrada líquida de capital, o que faz com que haja um saldo positivo na conta movimento de capital.
O aumento da renda provoca aumento das importações(M>X), o que gera um desequilíbrio em
transações correntes, que neste caso é um déficit em transações correntes.
Saldo positivo em Conta Movimento de Capital (+) e Saldo negativo em Transações Correntes(-) =
Como o saldo MK é maior que o saldo em TC, o saldo do BP é positivo(superavitário).
O superávit no Balanço de Pagamento produz um excesso de oferta de moeda estrangeira, o que
pressiona a taxa de câmbio a cair. Porém, o regime é de câmbio fixo, então ela não pode cair. O
Banco Central vai comprar o excesso de moeda estrangeira e injetar moeda doméstica na economia.
Essa operação aumenta as reservas internacionais do BC como também aumenta a oferta de moeda
doméstica. Esse ∆>0 na Ms provoca desequilíbrio no mercado monetário(Ms>Md). Isso equivale a
um aumento na demando por títulos(Bd>Bs), seus preços sobem e provoca queda na taxa de juros
doméstica ate se igualar à taxa de juros internacional e parar de entrar capital.
No mercado de Bens e Serviços, a queda na taxa de juros doméstica provocou um aumento nos
investimentos, que por sua vez aumentou a DA(DA>AO), a OA vai aumentar até se igualar a DA e
para isto aumenta o nível de emprego e consequentemente o produto(Y2).
Resumindo: Taxa de juros constante.
Aumento na renda.
Momentâneo superávit no BP
Aumento das reservas internacionais.
PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAL E CÂMBIO FLUTUANTE
11) O que acontece numa economia, com perfeita mobilidade e câmbio flutuante, quando o
Banco Central faz uma Política Monetária Expansionista?
Partindo de uma situação de equilíbrio simultâneo entre o mercado interno e externo.
O Banco Central fez um PME, ou seja, aumentou a demanda por títulos. Este por sua vez torna-se
maior que a oferta de títulos. Isso equivale a um aumento na oferta de moedas(Ms>Md), gerando
desequilíbrio no mercado monetário. O preço dos títulos aumentam e como consequência há uma
queda na taxa de juros doméstica.
No mercado de bens e serviços, a queda na taxa de juros provoca um aumento nos investimentos,
que por sua vez gera uma ∆>0 na DA(DA>AO)acarretando um desequilíbrio no mercado de Bens e
serviços. A DA maior que a AO gerou uma desova de estoques. A OA vai aumentar até se igualar
a demanda da mesma e para isto ocorrer, o nível de emprego e produto aumentarão.
A queda da taxa de juros doméstica em relação à taxa de juros internacional provoca saída líquida
de capital. O que provoca um saldo negativo na Conta movimento de Capital, ou seja, um déficit em
MK. Já o ∆>0 Y levou a uma aumento nas importações, o que gerou um desequilíbrio em
transações correntes, que nesse caso é um déficit em transações correntes, provocado pelo aumento
das importações.
Portanto, haverá um déficit global ou total na Balança de pagamentos. Já que há déficit tanto em TC
quanto em Conta MK.
O déficit no BP implica em um excesso na demanda por moeda estrangeira gerando desequilíbrio
no mercado de divisas(demanda por moeda estrangeira >oferta de moeda estrangeira). O que
pressiona a taxa de câmbio a subir e como o regime é flutuante, a taxa de câmbio sobe para
equilibrar o mercado de divisas (desvalorização da moeda nacional). Isso provoca aumento das
exportações e queda nas importações até que X=M. Sendo assim, o saldo da TC é zerado,
eliminando o déficit em TC.
No mercado de Bens e serviços, o aumento das exportações provoca aumento da DA(DA>AO)
gerando desova de estoques. A AO vai aumentar até se igualar a DA e para isto acontecer, aumenta
o nível de emprego e como conseqüência ∆>0 renda(IS desloca para a direita).
No mercado monetário, o aumento da renda provocou aumento na demanda por moeda
doméstica(Md>Ms)e isso equivale a um aumento na oferta de títulos(Bs>Bd), os preços do títulos
caem, e isso provoca aumento da taxa de juros doméstica. Ela vai aumentar até se igualar à taxa de
juros internacional. Assim o país deixa de ter saída de capital e o saldo da conta movimenta do
capital se iguala a zero. Desse modo elimina o déficit na conta movimento de capital. Portanto, o
déficit no BP é eliminado e a economia encontra-se em um nível emprego, produto e renda ainda
maior.
12) O que acontece numa economia, com perfeita mobilidade e câmbio flutuante, quando o
governo faz uma Política Fiscal Contracionista, reduzindo os gastos públicos?
Partindo de uma situação de equilíbrio simultâneo entre o mercado interno e externo. O governo fez
PFC reduzindo os gastos públicos. Isso gera queda na DA(DA<OA)gerando desequilíbrio no
mercado de bens e Serviços. A OA vai cair até se igualar a DA. E para isto ocorrer diminui o nível
de emprego e consequentemente a renda.
No mercado monetário, a queda da renda provocou queda na demanda por moeda
doméstica(Md<Ms), isso equivale a um aumento na demanda por títulos(Bd>Bs), gerando
desequilíbrio no mercado de divisas. O preço dos títulos aumentam e como conseqüência a taxa de
juros doméstica cai.
No setor externo, a queda na renda(Y1) provoca queda nas importações, causando um desequilíbrio
no setor externo, que neste caso é um superávit em transações correntes(X>M).
Como a taxa de juros doméstica menor que a taxa de juros internacional, isso provocou saída
líquida de capital. Com isso o saldo da Conta movimento de capital é negativo(-),deficitário. Assim
como o resultado do BP também será deficitário, já que o déficit da conta MK é maior que o
superávit em TC.
O déficit no BP produz na economia um aumento na demanda por moeda estrangeira, provocando
um desequilíbrio no mercado de divisas, já que demanda é maior que a oferta de moeda estrangeira.
Isso pressiona a taxa de câmbio a subir. Como o regime é de câmbio flutuante, a taxa de câmbio
sobe(desvaloriza), o que provoca aumento nas exportações e queda no nível de importações. Isso
produz um superávit em transações correntes(favorável ao país).
No mercado de Bens e Serviços, o aumento das exportações levou a um aumento da DA, esta por
sua vez tornou-se maior que a OA. Para igualar a DA e a OA aumenta-se o nível de emprego e
produto(aumento da renda).
No mercado Monetário, o aumento da renda(Y2) provoca um aumento na demanda por moeda, que
torna-se maior que a oferta de moeda. Isso equivale a um aumento na oferta por títulos. Este por sua
vez torna-se maior que a demanda, gerando um desequilíbrio no mercado monetário. Isso faz com
que os preços dos títulos caiam, aumenta o desconto e aumenta a taxa de juros doméstica até se
igualar a taxa de juros internacional e cessar a saída de capital do país.
RESUMINDO: PFC é ineficaz; Produto constante; Aumento das exportações e quedas na
importações.
13) O que acontece em uma economia, com perfeita mobilidade de capital e regime de câmbio
flutuante, quando o governo faz uma política fiscal expansionista reduzindo os impostos.
Partindo de uma situação de equilíbrio simultâneo entre o mercado interno e externo.
O governo fez um PFE, reduzindo os impostos. Isso provoca uma aumento na renda disponível, que
gera um aumento na consumo, elevando com isso a DA. Esta tornar-se maior que a AO, gerando
desequilíbrio no mercado de bens e serviços. Para aumentar a AO, eleva-se o emprego e a renda até
OA = DA.
No mercado monetário, o aumento da renda(Y1)provocou o aumento da demanda por moeda, que
se tornou maior que a oferta da mesma, gerando desequilíbrio. Isso equivale a um aumento na oferta
de títulos, este então torna-se maior que a demanda do mesmo, provocando uma queda no preço dos
títulos e como conseqüência um aumento na taxa de juros doméstica.
No setor externo, o aumento da renda(Y1), levou a um aumento no nível de importações. Esta
tornou-se maior que o nível de exportações(M>X). Isso gerou um desequilíbrio no setor externo,
que neste caso é um déficit em transações corentes.
O aumento da taxa de juros doméstica em relação à taxa de juros internacional, provoca uma
entrada líquida de capital, o que gera um saldo positivo na conta movimento de capital (superávit
MIC)
O RESULTADO GLOBAL É um SUPERÁVIT do Balanço de pagamento.
O superávit no BP produz excesso de oferta de moeda estrangeira, o que gera um desequilíbrio no
mercado de divisas, já que oferta de moeda estrangeira é maior que a demanda da mesma. Isso
pressiona a taxa de câmbio a cair, como o regime é de câmbio flutuante, a taxa de câmbio cai.
* Uma menor taxa de câmbio (valorização) provoca uma queda nas X e aumento nas importações.
Isso produz um aumento do déficit em transações correntes (desfavorável ao país).
No mercado de bens e serviços, a queda das exportações provoca uma queda na DA. Esta torna-se
menor que a OA , causando um desequilíbrio no setor. A AO vai cair até igualar a DA e para isto
ocorrer, reduz o emprego e a renda Y2 (desloca IS de volta).
No mercado monetário, a queda da renda(Y2) provoca queda da demanda por
moeda(MD<MS)=desequilíbrio no setor. Isso equivale a um aumento na demanda por
títulos(BD>BS), o que leva a um aumento dos preços dos títulos,e como conseqüência queda na
taxa de juros doméstica até r=r* e cessar a entrada de capital.
RESUMINDO: A Política é ineficaz. Há acúmulo de déficit em TC. Não altera o nível do produto e
da taxa de juros.
MOBILIDADE IMPERFEITA E CÃMBIO FIXO
14) O que acontece em uma economia com mobilidade imperfeita de capital e regime de
câmbio fixo, quando o Banco Central faz uma política monetária contracionista? Dica:(LM
mais inclinada que BP)?
No mercado monetário, o BC fez um PMC, ou seja, aumentou a oferta de títulos, provocando
BS>BD=MD>MS, isso gera um desequilíbrio no mercado monetário. Isso levou a uma queda no
preço dos títulos e como conseqüência uma aumento na taxa de juros doméstica.
No mercado de bens e serviços, o aumento da taxa de juros(r1) provocou queda no nível de
investimento. Isso provoca a queda da DA(DA<OA). A oferta agregada terá que reduzir até
DA=OA. Isso provoca queda na renda e no emprego.
No setor externo, a queda na renda levou a um aumento nas importações e queda nas
exportações(X<M) gerando desequilíbrio no setor externo, que neste caso, é um superávit em
transações correntes e isso representa um excesso de oferta de moeda estrangeira (oferta de moeda
> demanda). Isso pressionará as taxas de câmbio cair(valorização). Porém, como o câmbio é fixo, a
taxa de juros não pode variar. O Banco Central vai comprar o excesso de oferta de moeda
estrangeira e colocar moeda doméstica na economia. Vai trocar uma pela outra. Com esta operação,
provoca aumento das reservas internacionais, isso leva a um aumento da base monetária, o que gera
um aumento na oferta de moeda(desloca LM de volta).
O aumento na oferta de moeda(MS>MD)=(BD>BS), isso provoca o aumento dos preços dos títulos,
o que acarreta queda na taxa de juros doméstica até igualar a internacional.
No mercado de bens, a taxa de juros mais baixa, induz o aumento do investimento, que por sua vez
induz o aumento da DA(DA>OA). A OA vai aumentar até se igualar a DA. Isso provoca aumento
da renda.
RESUMINDO:A PMC é inócua. Não altera renda e nem taxa de juros.
15)O que acontece em uma economia, como mobilidade imperfeita de capital e regime de
câmbio fixo quando o governo faz uma política fiscal contracionista, reduzindo os gastos
públicos? Dica:(BP mais inclinado que LM.
O governo fez PFC, reduzindo os gastos públicos. Isso gera uma queda da DA(DA<AO). A AO vai
diminuir até se igualar e para isto ocorrer redu o nível de emprego e produto.
No mercado monetário,a redução da renda provoca queda na demanda por
moeda(MD<MS)=(BD>BS), gerando desequilíbrio no mercado monetário. Isso leva a um aumento
nos preços dos títulos e como conseqüência a uma queda da taxa de juros doméstica.
No setor externo, a queda da renda provoca queda nas importações e aumento das
exportações(X>M). Isso equivale a um superávit em TC = superávit no BP). Tem excesso de oferta
de moeda estrangeira no mercado de divisas ( oferta>demanda). Isso provoca queda da taxa de
câmbio.
Porém, o Câmbio é fixo, o BC vai comprar o excesso de oferta de moeda estrangeira e injetar
moeda doméstica na economia. Há o aumento do nível de reservas internacionais e
conseqüentemente da base monetária (desloca LM para direita).
No mercado monetário, o aumento da oferta de moeda(MS>MD)=(BD>BS). Isso leva a um
aumento nos preços dos títulos e como conseqüência, queda na taxa de juros. Provocando duas
coisas:
1ª)No mercado de bens, o ∆>0 do Investimento e isso gera ∆>0 da DA. Que ao final de tudo levará
a um aumento na renda(Y0>Y2>Y1).
2ª)No setor externo, o aumento da renda leva a um aumento nas importações e queda nas
exportações, gerando déficit em TC. Porém, no ponto 2 houve um grande superávit e no ponto 3 o
déficit foi menor. Portanto, o superávit > déficit, permanecendo o superávit em transações
correntes.
RESUMINDO: A renda e o produto aumentam.
A Taxa de juros se mantém constante.
BIBLIOGRAFIA:
1. LOPES, L. M. & VASCONCELOS, M. A. S. (org.): Equipe de professores da FEAUSP. Manual de macroeconomia: nível básico e intermediário. 3ª. Ed. São Paulo: Atlas,
2009.
2. BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia. Rio de Janeiro: Campus, tradução da 2ª edição
americana, 2001.
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