TÍTULO DO TRABALHO UMA ANÁLISE COMPARATIVA DOS MODELOS DE COCRIAÇÃO DE VALOR APRESENTADOS NA LITERATURA ACADÊMICA Nome dos autores: Ricardo Saraiva Frio Área do Conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas/Mercadologia Palavras Chave: cocriação, modelo, lógica de serviço. Resumo O marketing passa por uma série de debates, desde que Vargo e Lusch (2004) propuseram que o marketing deveria evoluir de uma lógica centrada em bens a uma em serviço, e apesar de algumas críticas como Brown (2007) que afirma que os autores não criaram nada de novo, Ballantyne et. al. (2011) afirma que eles na verdade compilaram o que a academia já estava debatendo. Nessa lógica, a interação do consumidor é fundamental (BALLANTYNE E VAREY 2006), e a partir da interação nasce a cocriação (DAY et. al. 2004) (FYRBERG E JÜRIADO, 2009), a qual diz que o valor é oferecido pela empresa e cocriado pelo consumidor no uso do bem, para Grönnros (2011) a cocriação é o ponto mais importante para se entender se a lógica de serviço tem algo a oferecer ao marketing. Esta evolução se faz possível, pois: Lusch (2007) diz que o marketing se encontra na era marketing with, ou seja, o marketing junto ao consumidor, os quais estão mais conectados e informados e buscam interagir com as empresas (PRAHALAD E RAMASWAMY, 2004). Dessa forma o presente trabalho objetivou analisar os modelos de cocriação propostos na academia, como primeiro passo de futuros estudos que busquem mensurar o nível de cocriação nas empresas, a partir de comparações com o que a teoria expõe sobre o tema e se analisando estudos empíricos que utilizaram os modelos. Dos dois modelos identificados, o DART (PRAHALAD E RAMASWAMY, 2004) apresenta vantagem por já possuir estudos (Ramaswamy, 2008 e Spena et. al. 2012) que permitam a replicação em larga escala, enquanto o proposto por Payne, Storbacka e Frow (PSF) (2008), apresenta uma visão de processo na cocriação, sendo assim mais próximo ao que a academia propõe como cocriação. Nas figuras a seguir apresenta-se respectivamente o modelo DART, variáveis do modelo DART e o modelo PSF. De 22 a 26 de outubro de 2012. FURG - Campus Carreiros Figura 1 – Modelo DART Diálogo Transparência Cocriação de valor Acesso Risco-benefício Fonte: Retirado de Prahalad e Ramaswamy (2004 p. 9) Figura 2- Variáveis do modelo DART Diálogo Disponibiliza site Blogs geridos pela empresa Treina comunicação dos funconários Acesso Transparência Risco-benefício Incentiva comunicação Informa os males dos Ensina melhor forma de entre atores produtos utilizar produtos Clientes conhcem Informa os pontos processo de proução negativos da compra Disponibliza amostras de produtos Disponibiliza ferramentas de bate papo Fonte: elaborada pelo autor Figura 3 – Modelo de cocriação de Payne, Stobaka e Frow (2008) Fonte: Adaptada de Payne, Stobaka e Frow (2008) De 22 a 26 de outubro de 2012. FURG - Campus Carreiros Referências Ballantyne, D; Varey, R. J. (2006). Creating value-in-use through marketing interaction: the exchange logic of relating, communicating and knowing, Marketing Theory, 6(3), 335-348. Ballantyne, D; Williams, J; Aitken, R. (2011), Introduction to service-dominant logic: From propositions to practice, Industrial Marketing Management, 40, 179-180. Brown, S. (2007). Are We Nearly There Yet? On the Retro-dominant Logic of Marketing. Marketing Theory, 7(3) 291-300. Day, G, et. al. (2004). Invited Commentaries on “Evolving to a New Dominant Logic for Marketing. Journal of Marketing, 68(1), 18-27. Fyrberg, A; Jüriado, R. (2009), What about Interaction? Networks and Brands as Integrators within a Service-dominant Logic ,Journal of Service Management, 20(4), 420–432. Grönroos, C. (2011) ‘‘Value Co-Creation in Service Logic: A Critical Analysis,’’ Marketing Theory, 11(3), 279-301. Lusch, R. (2007). Marketing’s envolving identify: defining our future. American Marketing Association, 26(2) 261-2687. Payne, A., Storbacka, K, & Frow, P. (2008). Managing the co-creation of value. Journal of the Academy of Marketing Science, 36, 1-10. Prahalad, C. K; Ramaswamy, V. (2004). Co-creation experiences: the next practice in value creation. Journal of Interactive Marketing, 18(3), 5-14, 2004. Ramaswamy, V. (2008). Co-creating value through customers' experiences: the Nike case. Strategy Leadership, 36(5), 9-14. Spena, T. R; Caridà, A; Colurcio, M; Melia, M. (2012) Store experience and cocreation: the case of temporary shop. International Journal of Retailing and Distribuition Managament, 40(1), 21-40. Vargo, S; Lusch, R. (2004) Evolving to a New Dominant Logic for Marketing. Journal of Marketing, 68(1), 1-17. De 22 a 26 de outubro de 2012. FURG - Campus Carreiros