262 RESUMO 19ªEXPANDIDO RAIB 179/366 EFEITOS DO DIAZEPAM E DO ESTRESSE POR ISOLAMENTO SOCIAL SOBRE A HIPERNOCICEPÇÃO EM RATOS WISTAR C.M.T. Rosas, N.A. Ferreira, A.C.M. Silva, I.D. Gonçalves, C.A. Paulino Universidade Bandeirante de São Paulo, Rua Maria Cândida, 1813, CEP 02071-013, São Paulo, SP, Brasil. Email: [email protected] RESUMO O diazepam é um fármaco tranqüilizante do grupo dos benzodiazepínicos indicado para o tratamento de distúrbios relacionados ao estresse, tanto no homem como em animais. Nesse trabalho foram estudados os efeitos do estresse por isolamento social associado ou não ao tratamento com diazepam sobre a hipernocicepção, o peso corporal e o peso relativo das glândulas adrenais de ratos. Para isso foram utilizados ratos Wistar machos de 4 meses de idade, prétratados ou não com dose diária de diazepam (2 mg/kg, via i.p.) e submetidos ao estresse por isolamento social durante 8 dias. Em seguida, foi induzida hipernocipeção experimental pela injeção de carragenina na pata posterior esquerda de cada animal para avaliação do limiar hipernociceptivo, utilizando-se o modelo do Teste Plantar. Ao final das avaliações os ratos foram submetidos a anestesia profunda para eutanásia e retirada e pesagem das glândulas adrenais. O peso corporal dos animais foi controlado durante todo o período experimental. A análise estatística dos resultados mostrou aumento significante (P < 0,05) no limiar de hipernocicepção apenas no momento H6 nos grupos Diazepam e Estresse+Diazepam, em relação ao grupo Branco. Não houve alteração significante (P>0,05) nos demais momentos avaliados, e também no peso corporal e peso relativo das glândulas adrenais. Concluiu-se que o diazepam administrado em dose ansiolítica (2 mg/kg) reduziu momentaneamente a hipernocicepção em ratos submetidos ou não ao isolamento social, evidenciando sua pouca relação com este tipo de estímulo estressor e a nocicepção. PALAVRAS-CHAVE: Estresse, isolamentos social, diazepam, hipernocicepção, glândulas adrenais, ratos Wistar. ABSTRACT EFFECTS OF DIAZEPAM AND SOCIAL ISOLATION STRESS ON HYPERNOCICEPTION OF WISTAR RATS. Diazepam is a sedative drug of the benzodiazepines group indicated for treatment of disturbances in relation to stress in both humans and animals. Therefore, this work studied the effect of stress by social isolation associated or not to previous treatment with diazepam on hypernociception, body weight and relative weight of adrenal glands of rats. Four-month-old male Wistar rats were used, previously treated or not with a daily dose of diazepam (2 mg/kg, i.p.), and submitted to stress by social isolation for 8 days. Then, experimental hypernociception was induced by injection of lambda carrageenan 0.5% into the plantar tissue of the left hind paw of each rat; the hypernociception was measured by the plantar test, before and after 2, 4 and 6 hours. At the end of the evaluations the rats were submitted to deep anesthesia until their euthanasia to collect and weigh their adrenal glands. The body weight of rats was controlled during all the time of the study. The statistical analysis of the results showed a significant (P < 0.05) increase in the threshold of hypernociception at the point H6 in the diazepam and diazepam+stress groups, in relation to the control group. There was no significant alteration (P > 0.05) in the other evaluated moments nor in corporal weight or relative weight of adrenal glands. It was concluded that an anxiolitic dose of diazepam (2 mg/kg) decreased the hypernociception only at a temporary moment in rats submitted or not to social isolation stress, showing little relation to this type of stressor or to hypernociception. KEY WORDS: Stress, social isolation, diazepam, hypernociception, adrenal glands, Wistar rats. Biológico, São Paulo, v.68, Suplemento, p.262-266, 2006 263 19ª RAIB INTRODUÇÃO O estresse representa um conjunto de alterações desencadeadas pelo Sistema Nervoso Central (SNC) e que torna os organismos aptos a enfrentar uma nova situação, que lhes exija uma nova adaptação. Por isso o estresse foi descrito como uma tentativa de adaptabilidade de um sistema biológico, podendo ser definido como uma “resposta não específica do organismo a qualquer demanda” (SELYE, 1973). As diferentes respostas ao estresse são justificadas pelas variadas condições ambientais e por uma variedade de fatores ligados ao hospedeiro. De fato, muitos autores relataram que as diferenças observadas nos efeitos do estresse sobre o organismo podem estar relacionadas com fatores do agente estressor (isolamento, frio, calor, medo, ambientes novos, barulho etc.) e ao próprio organismo (A DER & COHEN , 1993; KVETNANSKY et al., 1993). O principal componente desta resposta adaptativa é a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), com a conseqüente elevação nos níveis de cortisol (homem) ou corticosterona (ratos) e de hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) circulantes (TIZABI & AGUILERA, 1992). De acordo com HAGER et al. (1990), o estresse biológico elicia uma reposta bifásica do eixo HHA, ou seja, o estresse agudo aumenta transitoriamente a secreção de ACTH seguida de uma redução do nível deste hormônio próximo ao nível basal durante a fase de adaptação da resposta ao estresse crônico intermitente ou contínuo, quando ocorre uma dessensibilização das respostas do eixo HHA. Ainda, segundo STEIN & MILLER (1993), o estresse altera tanto a resposta imune celular como a humoral através da liberação de glicocorticóides por ativação do eixo HHA; estes hormônios vão desencadear alterações na resposta inflamatória e imune do organismo. Um tratamento muito utilizado para os sintomas do estresse são os tranqüilizantes menores, como o diazepam, um fármaco benzodiazepírico (BDZ) com ação agonista gabaérgica, que inibe a neurotransmissão excitatória. O diazepam é muito comum na terapêutica pelas suas propriedades tranqüilizante ou sedativa, ansiolítica e antidepressiva, além de ser indicado no alívio de distúrbios passageiros causados por situações estressantes (SILVA, 2002; PAGE et al., 2004; DAILEY, 2005). Foi demonstrado por vários autores que o diazepam atenua os níveis de noradrenalina, adrenalina, dopamina e serotonina, aumentados pela indução experimental de estresse em ratos (VOGEL et al., 1984; DE BOER et al., 1991; KANEYUKI et al., 1991; YAMADA et al., 1995). De fato, a atividade ansiolítica dos BDZ é mediada através do ácido gamaaminobutírico (GABA), o qual influencia vários sistemas de neurotransmissão, tais como, o noradrenérgico, serotoninérgico e dopaminérgico, mostrando que a ação destes fármacos depende da ativação de neurotransmissores mediada via sistema gabaérgico; também foi observada sua ação, provavelmente periférica, que induz aumento dos níveis de corticosterona em ratos (PAULINO, 1997). Por outro lado, a dor é sobretudo um mecanismo de proteção do organismo e ocorre sempre que qualquer tecido for lesado, fazendo que o organismo reaja para remover o estímulo doloroso; é considerada uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano tecidual, e a percepção e resposta do organismo à dor é denominada nocicepção. A hipernocicepção é uma indução da resposta nociceptiva aumentada, que pode ser induzida pela aplicação de irritantes químicos, como, por exemplo, a carragenina (TRIBIOLI, 2003). A dor pode ser provocada por vários tipos de estímulos classificados como mecânicos, térmicos e químicos, os quais excitam os receptores da dor (nociceptores) (GUYTON & HALL, 2002). Conforme relato de FIGUEIRO (2003), a dor representa muito mais o resultado de descargas de uma rede neuronal cerebral envolvendo componentes somato-sensoriais, límbicos e tálamo-corticais do que, necessariamente, o produto direto de estímulos sensoriais nociceptivos desencadeados por lesão, inflamação ou outra situação agressiva. O papel do estresse no processo doloroso é fundamental, uma vez que o estresse é entendido como uma ruptura na homeostase que ativa programas neurais, hormonais e comportamentais necessários para restabelecer o equilíbrio do organismo; se isso não acontece, podem ocorrer vários distúrbios, incluindo aqueles ligados a síndromes dolorosas. Apesar da dor ser reconhecida como importante forma de estresse e os mecanismos liberadores de endorfinas em situações de dor e de estresse se sobreporem, a relação entre dor e estresse ainda é bastante controversa. Assim, o objetivo deste trabalho foi o de estudar os efeitos da interação entre o estresse por isolamento social e o diazepam sobre a hipernocicepção experimental em ratos Wistar. MATERIAIS E MÉTODOS Foram utilizados 40 ratos da linhagem Wistar, machos, com idade de 4 meses e peso inicial de 312431 gramas, divididos em 5 grupos (N = 8 em cada um): Estresse (STS); Diazepam (DIAZ); Estresse + Diazepam (STS+DIAZ); Veículo do diazepam (VEIC) e Controle (CTR) ou Branco (BR). O estresse constituiu de isolamento social durante 8 dias em gaiolas metálicas (1 para cada rato). Os animais receberam ração para ratos e água à vontade. Os ratos não isolados permaneceram nas suas res- Biológico, São Paulo, v.68, Suplemento, p.262-266, 2006 264 19ª RAIB pectivas caixas de polipropileno (41 x 34 x 16 cm), contendo cama de maravalha, com 4 ratos por caixa. O tratamento com diazepam constituiu-se de injeção diária, durante 7 dias, de diazepam ??na dose de 2 mg/kg, por via intraperitonial (i.p). No grupo veículo os ratos receberam injeção diária de propilenoglicol ??diluído em solução salina (NaCl 0,9%) a 40%, na dose de 2 mg/kg, por via i.p, igualmente durante 7 dias. Para todas as injeções foram utilizadas sempre seringas descartáveis com agulhas finas 29 G ½ - 12,7 x 0,33. Todos os animais foram pesados de 2 em 2 dias em balança digital para ratos, a fim de se ajustar o volume a ser injetado em cada um deles e até o final do experimento para avaliação do peso corporal e do peso relativo das glândulas adrenais. Para indução da hipernocicepção os ratos receberam previamente 0,5 mL de suspensão de carragenina Lambda-0,5%? ?diluída em solução salina e injetada no tecido subcutâneo do coxim plantar da pata posterior esquerda de cada rato. A carragenina é um irritante químico que induz resposta inflamatória aguda e, conseqüentemente, dor aguda no local da injeção. Após a indução do processo inflamatório, os ratos foram avaliados no Teste Plantar?, para a medição do limiar de hipernocicepção (HARGREAVES et al., 1988; COSTELLO & HARGREAVES, 1989). As mensurações das respostas hipernociceptivas foram medidas após 2, 4 e 6h da injeção do irritante, e os resultados foram obtidos avaliando-se a latência para a retirada da pata em segundos. Ao final do experimento os animais foram submetidos à eutanásia induzida por anestesia profunda, para se realizar a adrenalectomia e pesagem das glândulas adrenais em balança analítica. Esses pesos foram utilizados para se calcular o peso relativo das adrenais. O cálculo final dos pesos relativos das adrenais para cada rato foi realizado dividindo-se o peso de cada órgão (em gramas) pelo peso corporal de cada animal no dia da coleta, e multiplicando-se o resultado por 100. O resultado foi então expresso em gramas/100 g de peso vivo (g/100g p.v). Os resultados foram submetidos ao teste de Bartlett para definição do tipo de teste (paramétrico ou não paramétrico). Para análise das possíveis diferenças entre os grupos foi utilizada análise de variância (ANOVA) seguida do teste de Tukey-Kramer para dados paramétricos, ou ANOVA não paramétrica KruskallWallis seguida do teste de Dunn. Os resultados foram expressos como média ± desvio-padrão e o nível de significância estatística adotado foi o de 5% (P < 0,05). RESULTADOS Os resultados obtidos sobre o limiar de hipernocicepção estão apresentados na Tabela 1. Os resultados do peso corporal dos ratos e do peso relativo das glândulas adrenais estão apresentados na Tabela 2. DISCUSSÃO E CONCLUSÕES De acordo com FERRARESE et al. (1993), uma possível ferramenta para elucidar os mecanismos envolvidos nas reações de estresse é o estudo dos efeitos de drogas usadas no tratamento dos seus sintomas. Como os fármacos benzodiazepínicos (BDZ) podem neutralizar especificamente as alterações comportamentais, bioquímicas e hormonais observadas nesta condição, muitos pesquisadores têm se preocupado com o possível papel dos receptores BDZ nas diferentes respostas ao estresse. Este estudo investigou os efeitos do uso diazepam em dose ansíolítica (2 mg/kg, i.p.) durante 7 dias, o mesmo período em que os ratos foram submetidos ao isolamento social. Em seguida, foi avaliado o limiar de hipernocicepção dos animais e verificou-se que houve um aumento deste limiar, somente após 6 horas, nos ratos dos grupos Diazepam e Estresse+ Diazepam em relação àqueles ratos do grupo Branco, mostrando não haver relação entre os eventos biológicos de estresse e dor, e haver muito pouca relação do diazepam com tais eventos. Tabela 1 - Limiar de hipernocicepção (em segundos) dos grupos de ratos avaliados no Teste Plantar em diferentes momentos (H0, H2, H4 e H6). São Paulo 2006. Grupos de ratos avaliados (N = 8) Estresse Diazepam Estresse+ diazepam Veículo Branco Momentos da avaliação H0 H2 H4 H6 15,18 ± 4,70 18,60 ± 3,92 14,48 ± 2,44 14,76 ± 2,18 15,11 ± 5,32 2,35 ± 0,91 4,46 ± 4,10 5,05 ± 3,71 2,99 ± 2,42 1,86 ± 0,41 2,24 ± 0,74 3.20 ± 2,08 5,41 ± 3,08 3,48 ± 2,48 2,69 ± 1,82 3,59 ± 1,63 7,98 ± 4,58* 5,56 ± 1,45* 6,48 ± 4,17 2,30 ± 0,6 *P < 0,05 em relação ao grupo Branco (ANOVA não paramétrica Kruskal-Wallis seguida do teste de Dunn). Biológico, São Paulo, v.68, Suplemento, p.262-266, 2006 265 19ª RAIB Tabela 2 - Peso corporal e peso relativo das glândulas adrenais dos ratos submetidos ou não ao estresse por isolamento social e tratados ou não com diazepam durante 7 dias. São Paulo 2006. Grupos de ratos avaliados (N = 8) Estresse Diazepam Estresse+ Diazepam Veículo Branco Peso corporal (g) Peso relativo das adrenais (g) 369,01 ± 4,29 375,90 ± 6,63 367,61 ± 8,06 368,90 ± 11,20 389,36 ± 30,12 0,0170 ± 0,0018 0,0163 ± 0,0015 0,0186 ± 0,0037 0,0164 ± 0,0023 0,0156 ± 0,0023 Obs: Não houve diferença significante entre os grupos (P > 0,05). Nesta direção, KORTE et al. (1990) já haviam informado da possibilidade de uso dos ansiolíticos BDZ como drogas “anti-estresse”, por atenuarem não só as respostas comportamentais como a resposta adrenal ao estresse, como constatado experimentalmente, em ratos, após o uso de diazepam (via i.p.) na dose de 7,5 mg/kg. De fato, segundo DRUGAN & HOLMES (1991), estas drogas são muito úteis para a atenuação ou o bloqueio das alterações fisiológicas induzidas pelo estresse, graças às suas propriedades ansiolítica, sedativa, hipnótica, anti-conflito, relaxante muscular, bem como, pela sua capacidade de inibir seletivamente o aumento dos níveis de corticosterona plasmática resultante de condições estressantes. É possível que a dose ansiolítica utilizada neste estudo, ou o tempo de tratamento com o diazepam não tenham sido suficientes para provocar alterações na hipernocicepção e nas respostas ao estímulo estressor, dentre outros parâmetros investigados. Ou então, é provável que este tipo de estressor (isolamento social durante 7 dias) não tenha sido suficiente para induzir alterações nos parâmetros aqui analisados, contrariamente aos achados de KEHOE & BLASS (1986) mostrando analgesia em ratos filhotes após isolamento social (isolados da mãe) durante 5 minutos, dentre outros relatos citados por CANCELLIERO et al. (2005). De fato, esta última possibilidade pode ser reforçada pelos resultados dos pesos relativos das glândulas adrenais que não se mostraram alterados após 7 dias de estresse. Da mesma forma, também é possível que o uso diário de diazepam durante este período não tenha sido suficiente para alterar certas funções adrenais, ao contrário dos resultados obtidos por P AULINO (1997), como a elevação dos níveis de corticosterona em ratos tratados com diazepam e submetidos a estresse pelo frio. Neste sentido, sabe-se que regulação do SNC sobre o sistema imunológico se estabelece, principalmente, pela resposta hormonal de liberação de glicocorticóides pelo cortéx das glândulas adrenais e da noradrenalina pelo sistema nervoso autônomo. Os glicocorticóides endógenos (cortisol ou seu equivalente no rato, a corticosterona) são os principais reguladores fisiológicos da resposta inflamatória. Em situação normal, isto é, fora da situação de estresse, o eixo HHA produz glicocorticóides de maneira basal com o ritmo secretório de oscilação diária. Entretanto, na situação de estresse, perde-se este ritmo e predomina uma liberação sustentada de níveis altos de glicocorticóides, podendo causar uma hipertrofia das glândulas adrenais (PAULINO, 1997; LIPP, 2003; FIGUEIRÓ, 2003; JOCA et al. 2003). Em conclusão, o diazepam administrado diariamente em dose ansiolítica (2 mg/kg, durante 7 dias) aumentou momentaneamente o limiar hipernociceptivo (menos dor após 6 horas da indução experimental) em ratos Wistar adultos submetidos ou não ao estresse por isolamento social durante 7 dias, evidenciando neste estudo ausência de relação entre o isolamento social e a dor e pouca relação desta droga com este tipo de estímulo estressor e a nocicepção. REFERÊNCIAS A DER , R.; C OHEN, N. Psychoneuroimmunology: conditioning and stress. Annual Review of Psychology, v.44, p.53-85, 1993. CANCELLIERO, K.M.; COSTA, D.; SILVA, C.A. Isolamento social modifica o perfil bioquímico de ratos. Revista Brasileira de Zoociências, v.7, p.247-257, 2005. COSTELLO, A.H. & HARGREAVES, K.M. Supression of carrageenan-induced hyperalgesia, hyperthemia and edema by bradykinin antagonist. European Journal of Pharmacology, v.171, p.259-263, 1989. D AILEY , J.W. Fármacos sedativo-hipnóticos e ansiolíticos. In: CRAIG, C.R. & STITZEL, R.E. (Eds.). Farmacologia moderna com aplicações clínicas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p.333-340. DE BOER, S.F.; SLANGEN, J.L.; VAN DER GUGTEN, J. Effects of buspirone and chlordiazepoxide on plasma catecholamine and corticosterone levels in stressed and nonstressed rats. Pharmacology Biochemistry and Behavior, v.38, p.299-308, 1991. DRUGAN, R.C. & HOLMES, P.V. Central and peripheral benzodiazepine receptors: involvement in an organism’s response to physical and psychological stress. Neuroscience and Biobehavioral Reviews, v.15, p.277-298, 1991. FERRARESE, C.; APPOLONNIO, I.; BIANCHI, G.; FRIGO, M.; MARZORATI, C.; PECORA, N.; PEREGO, M.; PIERPAOLI, C.; FRATTOLA, L. Benzodiazepine receptors and diazepam binding inibitor: a possible link between stress, anxiety and immune system. Psychoneuroendocrinology, v.18, p.3-22, 1993. Biológico, São Paulo, v.68, Suplemento, p.262-266, 2006 266 19ª RAIB FIGUEIRÓ, J.A.B. Dor e stress. In: NOVAIS LIPP, M.E. (Ed.). Mecanismos neurofisiológicos do stress: teorias de aplicações clínicas. São Paulo: Casa do psicólogo, 2003. p.149-154. GAMARO, G.D.; XAVIER, M.H.; DENARDIN, J.D.; PILGER, J.; ELY, D.R.; FERREIRA, M.B.C.; DALMAZ, C. The effects of acute and repeated restraint stress on the nociceptive response rats. Physiology and Behavior, v.63, p.693-697, 1998. GUYTON, A.C. & HALL, J.E. Tratado de fisiologia médica. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2002. p.820-821. HAUGER, R.L.; LORANG, M.; IRWIN, M.; AGUILERA, G. CRF receptor regulation and sensitization of ACTH responses to acute ether stress during chronic intermittent immobilization stress. Brain Research, v.532, p.34-40, 1990. HARGREAVES, K.M.; DUBNER, R.; BROW, F.; FLORES, C.; JORIS, J.A. New and sensitive method for measuring termed nociception in cutaneous hiperalgesia. Pain, v.32, p.77-88, 1988. HARVEY, S.C. Hipnóticos e sedativos. In: HADMAN, J.G.; LIMBIRD, L.E.; MILINOFF, P.B.; RUDDON, R.W.; GILMAN, A.G. (Eds.). Goodman & Gilman: as bases farmacológicas da terapêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997. p.310-311. JOCA, S.R.L.; PADOVAN, C.M.; GUIMARÃES, F.S. Estresse, depressão e hipocampo. Revista Brasileira de Psiquiatria, v.25, p.46-51, 2003. KANEYUKI, H.; YOKOO, H.; TSUDA, A.; YOSHIDA, M.; MIZUKI, Y.; YAMADA, M.; TANAKA, M. Psychological stress increases dopamine turnover selectively in mesoprefrontal dopamine neurons of rats: reversal by diazepam. Brain Research, v.557, p.154-161, 1991. KEHOE, P. & BLASS, E.M. Behaviorally functional opioid systems in infant rats: II. Evidence for pharmacological, physiological, and psychological mediation of pain and stress. Behavioral Neuroscience, v.100, p.624-630, 1986. KORTE, S.M.; KOOLHAAS, J.M.; SCHUURMAN, T.; TRABER, J.; B OHUS , B. Anxiolytics and stress-induced behavioural and cardiac responses: a study of diazepam and ipsapirone (TVX Q 7821). European Journal of Pharmacology, v.179, p.393-401, 1990. KVETNANSKÝ, R.; FUKUHARA, K.; PACAK, K.; CIZZA, G.; GOLDSTEIN , D.S.; K OPIN , I.J. Endogenous glucocorticoids restrain catecholamine synthesis and release at rest and during immobilization stress in rats. Endocrinology, v.133, p.1411-1419, 1993. LIPP, M.E.N. O modelo quadrifásico do stress. In: LIPP, M.E.N (Ed.). Mecanismos neurofisiológicos do stress: teorias de aplicações clínicas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. p.17-21. MILLER, L. & HUNT, J.S. Sex steroid hormones and macrophage function. Life Sciences, v.59, p.1-14, 1993. PAGE, C.; CURTIS, M.; SUTTER, M.; WALKER, M.; HOFFMAN, B. Farmacologia integrada. São Paulo: Manole, 2002. p.242-260. PAULINO, C.A. Influência do diazepam sobre parâmetros das respostas inflamatórias aguda e crônica de ratos submetidos ou não ao estresse pelo frio. 1997. 152p. Tese (Doutorado) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo – USP, São Paulo, 1997. SELYE, H. The evolution of the stress concept. American Scientist, v.61, p.692-699, 1973. SILVA, P. Farmacologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2002. p.320-324. STEIN, C.; HASSAN, A.H.S.; LEHRBERGER, K.; GIEFING, J.; Y ASSOURIDIS , A. Local analgesic effect of endogenous opioid peptides. Lancet, v.342, p.321324, 1993. TEIXEIRA, N.A. Os glicocorticóides e neuromodulação. In: LIPP, M.E.N. (Ed.). Mecanismos neurológicos do stress: teorias de aplicações clínicas. São Paulo: Casa do psicólogo,2003. p.43-50. TIZABI , Y. & AGUILERA, G. Desensitization of the hypothalamic-pituitary-adrenal axis following prolonged administration of corticotropinreleasing hormone or vasopressin. Neuroendocrinology, v.56, p.611-618, 1992. 1992. TRIBIOLI, R.A. Análise crítica atual sobre a TENS envolvendo parâmetros de estimulação para o controle da dor. 2003. 61p. Dissertação (Mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Instituto de Química, Universidade de São Paulo – USP, Ribeirão Preto, 2003. VOGEL, W.H.; MILLER, J.; DE TURCK, K.; ROUTZAHN JUNIOR, K. Effects of psychoactive drugs on plasma catecholamines during stress in rats. Neuropharmacology, v.23, p.1105-1108, 1984. YAMADA, S.; WATANABE, A.; NANKAI, M.; TORU, M. Acute immobilization stress reduces (±) DOI-induced 5HT2A receptor-mediated head shakes in rats. Psychopharmacology, v.119, p.9-14, 1995. Biológico, São Paulo, v.68, Suplemento, p.262-266, 2006