Portal Sul América de Investimentos Desmistificando o Risco 31/01/12 O Risco em Renda Variável – Mercado de Ações Os investimentos em renda variável podem ser tratados de duas maneiras, montando uma posição para defesa de um passivo em algum índice de ações ou montando uma posição acreditando em sua valorização superior ao custo de oportunidade. No primeiro caso o gestor irá montar uma carteira com uma composição muito próxima ao índice de referência, comumente chamado de Benchmark. Caso deseje descolar um percentual da carteira da composição do Benchmark, acreditando mais em um setor ou ação especifica, tal percentual será colocado em risco, pois é ele quem vai contribuir ou não para a performance do fundo. No segundo caso diversas estratégias podem ser montadas: - Alocação em ações com bons históricos de pagamento de dividendos: geralmente possuem um risco menor, são ações que não necessitam de grandes investimentos e tem boa geração de fluxo de caixa. - Alocação em setores ou concentração da posição: acreditando no sucesso de um investimento, o gestor concentra sua posição em determinadas ações. O controle de risco dessas estratégias é diferente, já que em uma estratégia “passiva”, igual ao primeiro caso, à metodologia de cálculo do risco é o B-VaR ,ou seja, é calculada a diferença entre a posição em carteira e a posição do Benchmark, chegando ao descolamento em relação o Benchmark. No segundo caso, o VaR, que é a pior perda esperada para um horizonte de tempo, pode ser utilizado como métrica de risco (ver artigo sobre o VaR). Para o mercado de ações é comum o cálculo do Beta da ação. Beta é uma medida de sensibilidade de como o retorno de uma ação (ou de uma carteira de ações) tende a se comportar quando o retorno do Benchmark se altera. Beta > 1 significa que a ação tem mais sensibilidade que o Benchmark; Beta < 1 significa que a ação tem menos sensibilidade que o Benchmark; Beta = 1 significa que a ação tem a mesma sensibilidade que o Benchmark; Se o gestor de um fundo de ações acredita que o Ibovespa vai subir, ele irá se posicionar comprando ações com Beta > 1, pois quando o Benchmark sobe, essas ações tendem a subir mais que o Benchmark. Quando o gestor muda de opinião e passa a acreditar que o Benchmark vai cair, ele troca ações da carteira para aquelas com Beta < 1, pois essas tendem a cair menos que o Ibovespa. O Beta como medida de risco significa que ações com Beta > 1 podem ganhar mais que o Benchmark, mas também podem perder mais, , o que significa que o ativo tem mais risco que seu índice de referência. No caso do Beta < 1 a ação tende a ganhar menos que o Benchmark, porém tende a perder menos que o Benchmark, ou seja, é uma ação com risco menor. É importante conhecer as diferentes formas de mensuração de risco, entendendo melhor a estratégia e o perfil de cada produto para definir qual o mais alinhado aos seus objetivos. Redator: Fábio Traldi Sul América Investimentos Rua Pedro Avancine, 73 2ºandar São Paulo – SP CEP: 05679-160