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JESSICA ELIANE EHLERT
TATIELLI LUQUINI DOS SANTOS
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: UM ESTUDO DE TOMADA DE
DECISÃO EM UMA EMPRESA FARMACÊUTICA (2010 A 2012)
TOLEDO, Pr.
2013
JESSICA ELIANE EHLERT
TATIELLI LUQUINI DOS SANTOS
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: UM ESTUDO DE TOMADA DE
DECISÃO EM UMA EMPRESA FARMACÊUTICA (2010 A 2012)
Trabalho de Conclusão de Curso, do
Curso de Ciências Contábeis, da
Faculdade Sul Brasil, exigido como
requisito parcial para obtenção do Título
de Bacharel.
Orientador:
Profª
Schumacher.
TOLEDO, Pr.
2013
Clarice
Almerina
JESSICA ELIANE EHLERT
TATIELLI LUQUINI DOS SANTOS
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: UM ESTUDO DE TOMADA DE
DECISÃO EM UMA EMPRESA FARMACÊUTICA (2010 A 2012)
Trabalho de Conclusão de Curso, de Ciências Contábeis, da Faculdade Sul Brasil,
FASUL, exigido como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel, sob
orientação
da
Professora
Clarice
Almerina
Schumacher,
considerado
_________________________ pela Banca Examinadora, com a nota ___________.
FOLHA DE APROVAÇÃO
____________________________________________________
Profº Clarice Almerina Schumacher
Orientador - FASUL
_____________________________________________________
Profº
Avaliador
_____________________________________________________
Profº
Avaliador
Toledo,______________de__________________________de 2013.
DEDICAMOS ESTE TRABALHO
Com muito amor aos nossos familiares,
companheiros e amigos pelo apoio e
companhia neste momento tão importante
de nossas vidas. Aos professores e
colegas de turma que durante estes anos
de graduação, colaboraram com suas
experiências, amizades, parcerias e
companheirismo.
AGRADECEMOS
A Deus, por todas as vitórias até aqui
conquistadas. Aos nossos pais, familiares,
companheiros
e
amigos
que
permaneceram sempre ao nosso lado, nos
incentivando
nos
momentos
complexidade,
obstáculos,
de
incertezas,
adversidades e muitas vezes sacrificando
os momentos em que poderíamos estar
juntos, para que pudéssemos nos dedicar
ao presente trabalho e concluirmos mais
esta fase de conquista em nossas vidas.
Aos
nossos
Clarice
e
professores
Leandro,
orientadores,
pela
paciência,
incentivo e significativa colaboração nesta
árdua e trabalhosa trajetória.
5
"Não há transição que não implique um
ponto de partida, um processo e um ponto
de chegada. Todo amanhã se cria num
ontem, através de um hoje. De modo que
o nosso futuro baseia-se no passado e se
corporifica no presente. Temos de saber o
que fomos e o que somos, para sabermos
o que seremos."
Paulo Freire
RESUMO
Analisar as demonstrações contábeis significa examinar, explorar e investigar como
está à situação econômica, patrimonial e ou financeira de uma organização. Sendo
assim o estudo de caso foi realizado em uma empresa privada, no ramo varejista
farmacêutico, localizada no distrito de Novo Sarandi, para isto coletamos seus
demonstrativos contábeis dos períodos de 2010 a 2012. A metodologia aplicada
neste trabalho foi inicialmente bibliográfica, passando em um segundo momento do
trabalho para documental, experimental e estudo de caso, quando estudamos os
relatórios da empresa e emitimos nosso parecer. Analisamos os dados coletados,
utilizando para isto diversos indicadores e cálculos de quocientes que nos ajudarão
a interpretar as informações. As operações matemáticas utilizadas para
encontrarmos os indicadores foram, por exemplo, cálculo do índice de liquidez geral,
liquidez corrente, liquidez seca, liquidez imediata, solvência geral, composição do
endividamento, entre outros. Desta forma apontamos os problemas encontrados,
mostrando possíveis soluções que poderão ser utilizadas para a tomada de decisão
ou alteração de seus processos internos, que possam estar melhorando o resultado
desta organização, além disso, o resultado da análise irá fazer com que seus
gestores tenham uma visão diferenciada de seus negócios.
Palavras – chave: Análise, farmácia, demonstrações, indicadores, decisão.
ABSTRACT
Analyze financial statements means examine, explore, and investigate how the
economic situation is, and asset or a financial organization. Therefore we will conduct
a case study of a private company, the retail sector pharmacist, located in the district
of New Sarandi to collect that its financial statements for the periods from 2010 to
2012. The methodology applied in this project will be at this moment will only
literature, passing in a second phase of work for documentary, experimental and
case study when we study company reports and issue our opinion. Analyze the data
collected, using different indicators and calculations that quotients that will help us
interpret the information. The mathematical operations used to find the indicators are,
for example, calculate the overall liquidity ratio, current ratio, liquidity dries up,
immediate liquidity, solvency general composition of debt, among others. Thus we
point out the problems encountered showing possible solutions that can be used for
decision making or changing its internal processes which could be the result of this
organization improving Furthermore, the analysis result will cause the managers
have a vision differentiated their business.
Keywords: Analysis, pharmacy, financial indicators, decision.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Fórmula de cálculo do índice de liquidez corrente.
22
Figura 2 - Fórmula de cálculo do índice de liquidez geral.
23
Figura 3 - Fórmula de cálculo do índice de liquidez imediata.
24
Figura 4 - Fórmula de cálculo do índice de liquidez seca.
25
Figura 5 - Fórmula de cálculo do grau de endividamento.
28
Figura 6 - Fórmula de cálculo do índice de garantia de capital próprio ao
capital de terceiros.
28
Figura 7 - Fórmula de cálculo do índice de endividamento geral.
29
Figura 8 - Fórmula de cálculo do prazo médio de cobrança.
30
Figura 9 - Fórmula de cálculo do prazo médio de pagamento.
31
Figura 10 - Fórmula de cálculo da rotação dos estoques.
32
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 – Análise vertical – BP 2010.
39
GRÁFICO 2 – Análise vertical – BP 2011.
41
GRÁFICO 3 – Análise vertical – BP 2012.
42
GRÁFICO 4 – Análise vertical DR comparativo dos três períodos.
43
GRÁFICO 5 – Análise horizontal BP 2010/2011.
45
GRÁFICO 6 – Análise horizontal BP 2011/2012 .
47
GRÁFICO 7 – Análise horizontal DR comparativo 2010/2011.
49
GRÁFICO 8 – Análise horizontal DR comparativo 2011/2012.
50
GRÁFICO 9 – Índices de liquidez.
51
GRÁFICO 10 – Índices de endividamento.
54
GRÁFICO 11 – Índices de atividade.
56
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................................
12
1 A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: CONCEITO.......................15
1.1 A ANÁLISE COMO FERRAMENTA PARA TOMADA DE DECISÃO.................. 16
1.2 ANÁLISE DE BALANÇOS ...................................................................................17
1.3 INDICADORES ECONÔMICOS E FINANCEIROS: ANÁLISE ATRAVÉS DOS
ÍNDICES.......................................................................................................................18
1.3.1 Análise vertical e horizontal...........................................................................19
1.3.2 Índices de liquidez............................................................................................21
1.3.3 Liquidez corrente............................................................................................22
1.3.4 Liquidez geral..................................................................................................23
1.3.5 Liquidez imediata...........................................................................................24
1.3.6 Liquidez seca...................................................................................................25
1.4 ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO.............................................................................26
1.4.1Participaçã o de capital de terceiros................................................................27
1.4.2 Garantia de capital próprio ao capital de terceiros......................................28
1.4.3 Índice de E
e ndividamento geral.....................................................................29
1.5 ÍNDICES DE ATIVIDADE......................................................................................29
1.5.1 Prazo médio de cobrança...............................................................................30
1.5.2 Prazo médio de pagamento............................................................................31
1.5.3 Rotação d os estoques....................................................................................31
1.6 DEMONSTRANDO OS RESULTADOS OBTIDOS ATRAVÉS DOS ÍNDICES...32
2 METODOLOGIA......................................................................................................33
2.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA........................................................................33
2.1.1 Natureza d a pesquisa......................................................................................34
2.1.2 Forma de abordagem......................................................................................34
2.2 OBJETIVOS.......................................................................................................... 35
2.3 PROCEDIMENTOS TÉCNICOS...........................................................................36
2.4 AMOSTRAGEM DOS DADOS.............................................................................36
2.5 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS........................................................37
3 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM UMA EMPRESA
FARMACÊUTICA: ESTUDO DE CASO....................................................................38
3.1 HISTÓRICO DA EMPRESA.................................................................................38
11
3.2 ANÁLISE DOS ÍNDICES...................................................................................... 39
3.2.1 Análise vertical.................................................................................................39
3.2.2 Análise ho rizontal............................................................................................44
3.2.3 Índices de liquidez............................................................................................51
3.2.3.1 Liquidez Corrente.........................................................................................51
3.2.3.2 Liquidez geral...............................................................................................52
3.2.3.3 Liquidez Imediata.........................................................................................52
3.2.3.4 Liquidez seca...............................................................................................53
3.2.4 Índices de endividamento...............................................................................54
3.2.4.1 Participação de capitais de terceiros sobre recursos totais.....................55
3.2.4.2 Garantia de capital próprio ao capital de terceiros....................................55
3.2.4.3 Índice de
Ç eendividamento geral................................................................... 56
3.2.5 Índices de atividade.........................................................................................56
3.2.5.1 Prazo médio de cobrança.............................................................................57
3.2.5.2 Prazo médio de pagamento..........................................................................57
3.2.5.3 Rotação dos estoques.................................................................................57
CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................58
REFERÊNCIAS............................................................................................................61
APÊNDICES................................................................................................................ 64
ANEXOS...............
...........................................................................................................68
12
INTRODUÇÃO
O mundo está cada vez mais competitivo, onde todos os dias as empresas
veem a necessidade de estarem inovando para conseguirem permanecer no
mercado, e uma técnica que pode auxiliar e fazer com que as organizações sejam
diferentes umas das outras, é a implantação da contabilidade gerencial. A
contabilidade gerencial irá interpretar preparar e fornecer as informações, ou os
dados quantitativos necessários para que o administrador possa exercer sua função
de maneira gerencial, ou seja, a contabilidade não irá tomar as decisões ou optar
por aquilo que acha mais plausível, mas irá mostrar ao administrador qual o melhor
caminho a seguir, qual a melhor decisão a ser tomada.
Um dos instrumentos do contador para realizar uma boa contabilidade
gerencial é a análise das demonstrações contábeis, através dela o profissional
contábil retirará todos os dados necessários para analisar em qual situação
encontra-se a empresa e poderá repassar ao administrador da organização de
maneira mais clara, qual decisão é mais cabível dentre várias situações que podem
existir. Alguns exemplos de demonstrações contábeis são o balanço patrimonial que
mostrará a situação financeira da empresa em um determinado período de tempo, o
demonstrativo de resultado do exercício que mostra as variações que ocorreram no
patrimônio líquido, ou a diferença ocorrida entre receitas e despesas. Sendo que
estes dois demonstrativos são os mais utilizados para verificação da situação
econômica, financeira e patrimonial da empresa.
A análise das demonstrações contábeis fornece informações para os
diversos usuários que na empresa possam existir. Aos usuários internos como os
administradores mostra, por exemplo, qual foi o resultado obtido de uma decisão
tomada anteriormente, para saberem o que fazer em uma nova situação, ou qual
atitude podem tomar para que os resultados sejam melhores, já aos usuários
externos como acionistas, investidores, instituições financeiras, demonstram os
riscos financeiros que eles podem estar correndo, a liquidez para pagamento de
dividendos, capacidade de honrar compromissos assumidos, lucro líquido entre
outros. Ou seja, os dois usuários utilizam as demonstrações como instrumento de
tomada de decisão, mas de maneiras diferentes, para fins diferentes.
Analisar uma empresa consiste em estudar os seus dados contábeis e ou
financeiros de maneira detalhada e criteriosa, sempre levando em consideração que
13
para que os resultados estejam dentro do esperado, ou seja, eficazes, é preciso que
a contabilidade da organização seja feita de forma cuidadosa e sem manipulação de
resultados para que os dados a serem utilizados na pesquisa sejam confiáveis, além
disso, é preciso levar em consideração alguns fatores que podem tornar a análise
das informações contábeis limitada. Isto ocorre por que este tipo de estudo se
baseia em dados quantitativos que posteriormente serão transformados em
informações, mas uma empresa não possui somente isto, ela também apresenta
aspectos não mensuráveis que devem ser levados em consideração e que podem
alterar seus resultados, como o comprometimento que a empresa tem com seus
colaboradores e clientes, as ameaças e riscos do mercado, a concorrência, a
sazonalidade do produto oferecido, além disso, a economia atual encontra-se muito
estável e são utilizadas para analisar dados de anos anteriores, desta maneira as
informações podem se tornar incoerentes ou defasadas. Porém, estas limitações
não são fortes o bastante para eliminarem a importância e utilidade das informações
contábeis, ao contrário deve impulsionar o analista na busca de informações
complementares da empresa a ser estudada que possam torná-las o mais próximo
possível da realidade e consequentemente de melhor qualidade.
Apesar de estudar dados contábeis a análise das demonstrações está
interligada a diversas áreas de uma empresa, sendo elas, por exemplo, compras,
produção, vendas, marketing, recursos humanos, entre outras, ou seja, todos os
departamentos que possam ter efeitos financeiros, e a função da área financeira é
fornecer
informações
adequadas
para
que
estas
áreas
tomem
decisões
financeiramente corretas.
Desta forma, podê-se verificar que de maneira geral a análise das
demonstrações financeiras, envolve o estudo de diversos fatores da empresa, e
apresenta real importância dentro da organização, seja para gerenciar os negócios,
planejar o futuro, orientar a tomada de decisão, demonstrar os resultados ou riscos
aos usuários.
Assim origina-se a questão que norteará a presente pesquisa exploratória:
“Como a análise das demonstrações contábeis pode ser utilizada como ferramenta
de gestão e tomada de decisões em uma farmácia?”.
Inicialmente, no momento em que começamos a analisar este comércio
varejista farmacêutico buscaremos identificar quais são os seus pontos fortes e
fracos e desta maneira, auxiliaremos seus gestores, apresentando possíveis
14
situações ou decisões a serem tomadas em determinadas situações que melhorarão
ou criarão melhores condições para crescimento. Além disso, avaliamos como está a
situação patrimonial atual da empresa, mostrando quais foram as consequências de
atitudes que foram realizadas no passado e influenciam o presente e a condição
futura da organização, se estas foram corretas ou se podem ser melhoradas.
O objetivo geral deste trabalho foi a partir da realização da análise do
balanço patrimonial e da demonstração do resultado do exercício, dos períodos de
2010 a 2012 desta farmácia, traduzir os indicadores em informações e conseguir
vincular os resultados encontrados a realidade da empresa, sanando assim suas
dúvidas e dificuldades e auxiliando na tomada de decisão.
Os objetivos específicos serão os seguintes:
• Apresentar os conceitos de análise das demonstrações contábeis.
• Demonstrar quais são os principais índices utilizados na pesquisa e aplica-los
nas demonstrações contábeis da farmácia a ser analisada.
• Identificar os pontos fortes e fracos da empresa, auxiliando os gestores da
organização na tomada de decisão.
A análise das demonstrações contábeis é um importante aliado a todas as
empresas que buscam um diferencial no mercado, a todos os administradores que
querem saber como está realmente a situação de sua organização, a todos os
gestores que necessitam de auxílio para a tomada de decisão e é isto que buscou o
nosso trabalho, mostrar aos proprietários desta farmácia qual é a situação real de
seu
estabelecimento,
o
que
podem
melhorar
e
como
agir.
15
1 A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: CONCEITO
Atualmente as demonstrações contábeis fazem parte das empresas, são
ferramentas importantes e de muito aproveitamento para que as decisões sejam
feitas na empresa, sendo uma fonte de geração de dados, rápida e eficiente. Para
ser uma análise de qualidade exige muita atenção e conhecimento por parte do
contador analista. Torna-se necessário a utilização de índices e quocientes de pelo
menos três períodos, tanto para comparação entre períodos como para comparação
com empresas do mesmo ramo de atividade, com estas informações torna-se mais
fácil analisar e identificar as principais mudanças, apontando os pontos fortes e os
fracos, auxiliando com um direcionamento direto para um melhor desempenho e
rendimento da empresa. (IUDÍCIBUS, 1998).
Os quocientes são os diversos cálculos que nos levam a analisar e relacionar
as várias contas do balanço, com uma explicação para as alterações e valores
encontrados, ajudando assim a verificar o estado atual de cada conta.
Poderia ser realizada sobre diversas demonstrações como: Balanço Patrimonial
(BP), Demonstrativo de Resultado (DR), Demonstrações dos Lucros ou Prejuízos
Acumulados (DLPA), Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos
(DOAR), Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) e Demonstração do Valor
Adicionado (DVA), porém, neste trabalho abordamos a análise especificadamente
do balanço patrimonial e demonstrativo de resultados do exercício de três períodos,
pois é exatamente nestas demonstrações que observaremos de forma clara e
objetiva a situação financeira e econômica da empresa analisada, primeiramente é
necessário ter as demonstrações em mãos, então será necessária a readequação
ou reclassificação de itens e contas nas demonstrações contábeis, contando que
estas já são padronizadas conforme a Lei das Sociedades por ações, isso facilitará a
análise e aplicação das fórmulas e quocientes necessários para uma análise
completa e eficiente.
Algumas das mais atuais técnicas ou formas de análise foram utilizadas neste
estudo como: Análise horizontal, análise vertical, análise dos índices de liquidez,
análise dos índices de endividamento e análise dos índices de atividade.
Inicialmente será realizado simplesmente o cálculo do índice com base na fórmula e
posteriormente a interpretação deste índice e sua importância no contexto geral da
16
empresa, apontando seu nível de qualidade ou conceituação, especificando se este
é bom, ótimo, razoável, ruim ou péssimo. (MARION, 2009).
Existem vários aspectos a serem analisados no balanço e demonstrações, porém
é necessário determinar uma finalidade para tal análise, ou seja, que a análise
possa fornecer informações úteis para o responsável geral ou administrador, com o
objetivo de estar contribuindo e atendendo as expectativas, resultando num
direcionamento de qual seria a forma ideal para obter sucesso e lucratividade na sua
atividade e Instituição.
1.1 A ANÁLISE COMO FERRAMENTA PARA TOMADA DE DECISÃO
Atualmente as empresas têm uma tarefa muito importante e complexa que
exige uma série de cuidados, que é a tomada de decisão, que necessita acima de
tudo de informações confiáveis e que sejam específicas para atingir os resultados
desejados.
Desta forma, o processo de análise consiste em escolher os indicadores a
serem estudados que melhor se encaixem com as características da empresa, e o
que
o
analista
esta
procurando
resolver
ou
encontrar
na
organização.
Posteriormente, ele irá comparar os resultados encontrados, obter seu diagnóstico,
repassá-lo para o administrador da empresa que decidirá qual a melhor medida a
ser tomada.
E é a contabilidade que poderá proporcionar tais informações e resultados
para a empresa, auxiliando com suas técnicas de análise das demonstrações
financeiras, ajudando-a se tornar eficiente, atualizada e competitiva no mercado.
As ferramentas para auxílio nas atividades da empresa se faz necessário em
qualquer instituição, principalmente considerando que esta seja utilizada para
auxiliar nas tomadas de decisões. Portanto, ao longo da pesquisa, abordamos
aspectos e formas de elaboração dessa ferramenta tão importante para os
administradores e gerentes de empresas que é a análise de demonstrações
contábeis.
Estas são realizadas por contas e normalmente comparando períodos
anteriores, podendo ser utilizada como ferramenta de auxílio, que demonstra
diferenças de um período para outro, variações de cada conta específica, quanto
17
cada uma das contas representa do total, bem como, qual a real situação da
empresa no momento ou período analisado.
Existem muitos procedimentos ou técnicas para a elaboração destas análises,
porém, o essencial é que o analista tenha uma boa visão e conhecimento para a
elaboração da análise que representa o fundamental desta ferramenta que
realmente será útil para o gerenciador ou responsável pela empresa.
Para
Matarazzo
(2003)
a
análise
de
demonstrações
contábeis
ou
demonstrações financeiras tem o objetivo de extrair informações das demonstrações
financeiras ou contábeis para a tomada de decisão.
Portanto, pode-se definir a análise como uma ferramenta importantíssima
para auxiliar os gestores ou responsáveis gerais na tomada de decisão nas
empresas ou entidades.
1.2 ANÁLISE DE BALANÇO
A análise de balanço é considerada uma arte, por se tratar de saber identificar
e interpretar relatórios e informações que sejam úteis para auxiliar na tomada de
decisões, pois a conclusão de quem estará analisando sempre será própria,
podendo ser parecida com a de outro, mas nunca igual, por se tratar de uma
interpretação e habilidade para analisar. Poderá ser realizada sobre os diversos e
principais demonstrativos contábeis. (IUDÍCIBUS, 1998).
Sendo assim, cada analista poderá interpretar as demonstrações de uma
forma diferente, cada pessoa poderá ter uma opinião sobre qual seria o melhor
caminho a ser escolhida pelo administrador, qual melhor decisão a ser tomada pelo
gerenciador. Claro que mesmo existindo vários pareceres sobre uma mesma
situação, a mesma deve estar dentro de um contexto, possuir uma lógica e não
partir uma ideia qualquer, aleatória, sem um fundamento.
O analista de balanço irá transformar as demonstrações financeiras em
informações, ou seja, vai transformar os dados das demonstrações em uma forma
de comunicação que possa produzir em quem está lendo, reação ou decisão. Desta
forma deve ser escrito em linguagem clara, bem como, utilizar-se de gráficos para
simplificar conclusões que possam ser mais complexas. O analista deve elaborar
seus relatórios como se fossem dirigidos a pessoas leigas, sem qualquer
18
conhecimento sobre o assunto, mesmo que na realidade não o sejam.
(MATARAZZO, 2003).
A análise de balanço irá demonstrar, por exemplo, o quadro evolutivo da
organização, situação econômica e financeira, causa de possíveis modificações na
situação financeira, alternativas futuras de decisões que possam vir a ser tomadas,
entre outros. Desta forma, primeiro analisa-se o resultado encontrado em cada
índice e posteriormente eles são analisados de forma conjunta, para depois ser
emitido um parecer sobre a empresa, e/ou sua administração.
1.3 INDICADORES ECONÔMICOS E FINANCEIROS: ANÁLISE ATRAVÉS DE
ÍNDICES
A análise de balanço surgiu, vindo da necessidade dos bancários em
demonstrar de alguma forma a capacidade das empresas em saldar as dividas ou
empréstimos que pudessem vir a adquirir. Nesta época os dados eram analisados
de forma superficial, sem uma técnica especifica. Com passar do tempo os analistas
viram a necessidade de criarem uma técnica que comparasse os diversos itens que
compunham os vários itens do balanço patrimonial, sendo que desta maneira foram
criados alguns índices que demonstrassem informações especificas, como o
percentual de contas a receber em relação aos demais itens do ativo, percentual de
estoques em relação a vendas anuais, entre outros. (MATARAZZO, 2003).
Para realização da análise financeira dentro de uma organização serão
utilizados índices que levem em consideração o passado e o presente da entidade.
Isto depende da informação que se deseja obter. Esta técnica possui grande
importância e possibilita aos interessados pelas informações como os empresários,
acionistas e organizações financeiras que venham conceder crédito a empresa,
verificar os riscos que podem estar correndo, demonstrando assim sua capacidade
de pagamento, porcentagem de endividamento entre outros fatores determinantes
para diversas situações, processos de tomada de decisão e planejamento financeiro.
Desta maneira foram criados vários índices que demonstram, além da simples
relação entre ativo contra passivo circulante, que ao longo do tempo foram
aprimorados e encaixados à necessidade de cada sociedade, que possibilitem assim
a obtenção de maiores informações sobre a empresa. Os índices tem a função de
19
demonstrar determinado aspecto, da situação patrimonial da entidade, e são a
maneira comumente utilizada para se obter uma melhor interpretação das
demonstrações contábeis. Trataremos neste trabalho sobre os principais índices
existentes, sendo que estes mesmos serão utilizados no estudo de caso a realizarse na análise das demonstrações contábeis da farmácia, lembrando que existem
diversos outros utilizados atualmente. Porém, utilizaremos os que achamos mais
cabíveis dentro do ramo de atividade da empresa escolhida, e que se tornem
suficientes para obtermos as informações que precisamos para ter uma visão de
como se encontra esta organização.
Segundo Marion (1998, p. 455):
Os índices são relações que se estabelecem entre duas grandezas;
facilitam sensivelmente o trabalho do analista, uma vez que a apreciação de
certas relações percentuais é mais significativa (relevante) que a
observação de montantes, por si só.
Através dos índices verifica-se, por exemplo, que uma empresa está com alto
percentual de endividamento e a análise vertical e horizontal das quais trataremos a
seguir, apontarão qual o principal credor e como se alterou a participação de cada
um deles nos últimos anos, ou no determinado período que se está estudando. Ou,
então, os índices indicam que a empresa teve redução de sua margem de lucro e a
análise vertical e horizontal explicam e apontam que isto aconteceu devido ao
crescimento desproporcional das despesas administrativas, ou seja, ambos os
métodos de análise tem o mesmo objetivo, mas finalidades diferentes.
1.3.1 Análise vertical e horizontal
Este tipo de análise demonstra de maneira geral a evolução ou não das
diversas contas que compõe o balanço, a Demonstração de Resultado (DR), ou
qualquer outro tipo de demonstração contábil que o analista esteja utilizando.
Atualmente, no contexto em que estamos inseridos, com um mercado cada vez
mais instável, isso torna este tipo de análise bastante vulnerável, fazendo com que
o analista tome certos tipos de cuidados, e observe não somente as informações
20
quantitativas, mas também leve em consideração informações não mensuráveis
que possam influenciar no resultado eficaz de sua análise.
Na análise vertical podemos observar cada item com sua evolução no período
analisado, tornando-se totalmente reveladora em algumas contas. Busca analisar a
estrutura da demonstração de resultado, buscando evidenciar quanto cada conta do
balanço patrimonial, ou qualquer outra demonstração contábil representa dentro do
resultado total, e assim, como qualquer outra forma de análise deve ser interpretada
com muito cuidado, sendo que os resultados encontrados através da análise
vertical devem ser analisados em conjunto com os dados da análise horizontal.
(PADOVEZE, 1997).
A análise vertical mostra o percentual de cada conta e sua real importância no
conjunto. Baseia-se em valores percentuais das demonstrações financeiras. Para
isso se calcula o percentual de cada conta em relação a um valor base. Por
exemplo, na análise vertical do balanço, calcula-se o percentual de cada conta em
relação ao total do ativo. Já na análise das demonstrações de resultado calcula-se
o percentual de cada conta em relação às vendas líquidas. Esta forma de análise
mostra como estão distribuídas em termos percentuais os valores patrimoniais e os
resultados da empresa em um determinado período.
Já na análise horizontal podemos identificar os itens que estão com um
crescimento acima ou a baixo do desejado pela empresa, mesmo que normalmente
seja um valor mínimo aos nossos olhos, para a empresa pode ser significativo se
esta tem o objetivo de não ter excedentes neste item.
Segundo Padoveze (2010, p. 25):
A análise horizontal é o instrumental que calcula a variação percentual
ocorrida de um período para outro, buscando evidenciar se houve
crescimento ou decrescimento do item analisado. Através da análise dos
dados que mostram se houve aumento ou diminuição do elemento
analisado, poderemos confrontar os dados extraídos e efetuar as
correlações necessárias. Assim, por exemplo, se houve aumento da
produção e das vendas, deverá ter havido um crescimento relativamente
proporcional do consumo de materiais.
A análise horizontal demonstra a evolução de cada conta, mostrando os
caminhos trilhados pela empresa ou as possíveis tendências. Baseia-se na evolução
de cada conta de uma série de demonstrações financeiras em relação à
21
demonstração anterior e/ou em relação a uma demonstração financeira básica,
geralmente a mais antiga da série.
Analisando se houve aumento ou diminuição de cada conta que compõe a
demonstração poderemos fazer a relação necessária do resultado encontrado
realizando a confrontação com os dados extraídos.
1.3.2 Índices de liquidez
O Índice de liquidez tem como objetivo avaliar a capacidade da empresa para
satisfazer seus compromissos de pagamentos com terceiros. Os índices de liquidez
comumente empregados para uma melhor análise geralmente são: liquidez corrente
e liquidez seca que demonstram a capacidade de pagamento, à curto prazo,
liquidez geral representando a capacidade de pagamento a longo prazo e liquidez
imediata, a qual corresponde a capacidade de pagamento em prazo imediato,
sendo estas as que discriminaremos e apresentaremos, cada qual em sua
particularidade a seguir, e, aplicaremos nas demonstrações contábeis da farmácia
em um segundo momento.
Os índices de liquidez de maneira geral são os bens e direitos da Empresa,
dividido pelas obrigações, ou seja, a comparação entre os direitos realizáveis e as
exigibilidades, obtendo deste resultado a quantidade em reais que a organização
possui para saldar cada real de dívidas ou compromissos com terceiros.
Segundo a afirmação de Marion (2009, p. 456):
Os índices de liquidez são utilizados para avaliar a capacidade de
pagamento da empresa, isto é, constitui uma apreciação sobre se a
empresa tem capacidade para saldar seus compromissos. Esta capacidade
de pagamento pode ser avaliada num longo prazo ou em prazo imediato.
Este índice demonstra qual é a capacidade de pagamento da empresa à
longo, curto ou prazo imediato, ou seja, mostra se a organização realmente tem
capacidade de honrar com seus compromissos adquiridos com terceiros. (MARION,
2009).
Podemos observar que quanto maior o índice de liquidez obtido, melhor é o
resultado ou situação financeira da empresa.
22
1.3.3 Liquidez corrente
Este índice indica se empresa dispõe de recursos de curto prazo para honrar
suas dívidas circulantes. Porém, ao analisá-lo, é necessário levar alguns aspectos
em consideração. Primeiramente, o resultado obtido na liquidez corrente não revela
a qualidade dos itens do ativo circulante, como os estoques, ou se os clientes
pagarão todos os valores constantes no contas a receber. Depois, é necessário
observar que o índice também não aponta se os recebimentos de clientes ocorrerão
em tempo hábil para pagamento dos compromissos com terceiros. Desta forma, os
direitos a receber poderão ocorrer em 90 dias e o pagamento a fornecedores em 30
dias, por exemplo, estando assim, a empresa em crise de liquidez.
Este índice é considerado o quociente mais conhecido e um dos mais
utilizados pelos analistas para demonstrar a capacidade de pagamento da empresa
a curto prazo. Mostra quanto à empresa possui de valores circulantes para liquidar
cada real de divida á curto prazo. Quanto maior o índice obtido melhor. É
representado pela fórmula ativo circulante dividido pelo passivo circulante.
(IUDÍCIBUS, 1998).
Segue representação da fórmula de liquidez corrente na Figura 1.
Figura 1 – Fórmula de cálculo do índice de liquidez corrente
Fonte: COSTA (2004, p. 38)
Portanto, este índice mostra a capacidade real que a empresa tem para pagar
suas obrigações á curto prazo. Tendo em vista que para aplicar este e qualquer
outro índice nas demonstrações de uma empresa é necessário levar em
consideração o ramo de atividade e as peculiaridades que o negócio pode
apresentar.
De modo geral este índice é considerado tendencial, por que apesar de
demonstrar informações importantes, nada impede que um acontecimento
extraordinário, como a perda de aplicações financeiras, possa fazer com que os
23
resultados encontrados pelos indicadores sofram mudanças drásticas. (PADOVEZE,
2010).
1.3.4 Liquidez geral
Neste indicador observa-se a real situação financeira de longo prazo da
empresa, pois revela quanto ela possui em caixa, e, a realizar, para quitar suas
dívidas com terceiros. Indica quanto à empresa possui de bens e direitos realizáveis
a curto e longo prazo para arcar com cada real de dívidas perante terceiros. Quanto
maior o resultado obtido da fórmula melhor. É representada através da fórmula ativo
circulante mais realizável, ou seja, longo prazo dividido por passivo circulante mais
exigível à longo prazo.
Segue representação da fórmula de liquidez geral na Figura 2.
Figura 2 – Fórmula de cálculo do índice de liquidez geral
ATIVO CIRCULANTE + REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
PASSIVO CIRCULANTE + PASSIVO NÃO CIRCULANTE
Fonte: COSTA (2004, p. 38)
Para Marion (2009, P. 456), o índice de liquidez geral corresponde:
O índice de liquidez geral mostra a capacidade de pagamento da empresa á
Longo Prazo, considerando tudo o que a empresa converterá em dinheiro (a
curto e longo prazo), e relacionando com tudo o que a empresa já assumiu
como dívida (a curto e longo prazo).
Este índice busca evidenciar a capacidade de pagamento da empresa,
porém, analisando os saldos a receber e a realizar contra o saldo de contas a pagar,
considerando para isto, tanto o período de curto ou longo prazo. (PADOVEZE,
2010).
Muitos analistas afirmam que para este índice ser considerado bom necessita
estar acima do indicador 1,00 (um), porém, esta forma de interpretação pode ser
utilizada, mas não somente esta, pois outro aspecto importante é a situação que se
24
encontra cada conta do ativo e passivo, ou dos itens que são utilizados para o
cálculo de liquidez geral.
1.3.5 Liquidez imediata
Este quociente calcula a relação do disponível com o passivo corrente,
representa quanto dinheiro seria necessário para liquidar as dividas de curto prazo,
analisando se o percentual de disponível aumenta em relação ao passivo corrente
num determinado período. Ou seja, expressa a fração de reais que a empresa
dispõe de imediato para saldar cada real de suas dividas à curto prazo. Quanto
maior o resultado obtido melhor. Obtemos o resultado utilizando a formula
disponível, dividido pelo passivo circulante.
Segue representação da fórmula de liquidez imediata na Figura 3.
Figura 3 – Fórmula de cálculo do índice de liquidez imediata
Fonte: COSTA (2004, p. 38)
Porém, obtendo-se valores redutores de um período para outro, neste índice,
não representará exatamente que a empresa encontra-se em uma situação
preocupante e relevante, poderá representar apenas uma forma mais específica do
disponível na entidade ou uma pequena diminuição do limite de segurança.
(MARION, 1998).
Este índice não é considerado muito importante para efeito de análise, pois
está sujeito a diversas situações que podem alterar de forma significativa seus
resultados. Pois para obter, é necessário considerar os valores apresentados no
balanço em determinado momento o que nem sempre representa a média mantida
pela empresa durante todo o exercício, por exemplo, um fato ocorrido de maneira
esporádica pode alterar completamente o saldo de uma conta.
25
Segundo Padoveze (2010, p.218), a liquidez imediata é:
É o indicador mais claro de liquidez, uma vez que considera apenas os
ativos financeiros efetivamente disponíveis para serem utilizados na
execução de qualquer pagamento de curto prazo. Partindo da premissa de
que tanto os estoques, quanto as duplicatas a receber de clientes não
podem ser realizados financeiramente em condições normais, pois são
necessários as operações da empresa, o índice de liquidez reflete mais
adequadamente a capacidade de pagamento de curto prazo.
A liquidez imediata de uma empresa varia em consequência de diversos
aspectos, como: As variações do mercado financeiro, a situação econômica em que
se encontra o país em que a empresa está localizada ou possui relações
financeiras, que podem estimular ou não os investimentos. Desta forma, para se
realizar uma interpretação correta e coerente, é necessário conhecer seu tipo de
organização, e, no nosso caso, como o estudo trata de uma organização do varejo
que pode durante o dia realizar diversas vendas a vista as disponibilidades podem
sensivelmente se modificar de um dia para outro.
1.3.6 Liquidez Seca
Mostra a capacidade de liquidação das obrigações sem lançar mão dos
estoques, demonstrado no curto prazo. Indica quanto à empresa possui de bens e
direitos circulantes, diminuído do valor dos estoques para pagar cada real de dívida
à curto prazo. Assim, como os índices anteriores quanto maior o resultado obtido
melhor. Para este cálculo usamos a fórmula ativo circulante menos estoque dividido
pelo passivo circulante.
Segue representação da fórmula de liquidez seca na Figura 4.
Figura 4 – Fórmula de cálculo do índice de liquidez seca
Fonte: COSTA (2004, p. 38)
26
Neste índice assim como nos demais a análise só será completa, se
verificada em conjunto com outros índices, e poderá ser menor ou maior conforme
cada situação encontrada na empresa, dependendo de vários fatores, como, por
exemplo, o ramo da atividade (MARION, 2009).
Este índice é considerado o quociente mais conhecido e um dos mais
utilizados pelos analistas para demonstrar a capacidade de pagamento da empresa
no curto prazo. Mostra quanto à empresa possui de valores circulantes para liquidar
cada real de divida à curto prazo. Quanto maior o índice obtido melhor. É
representado pela fórmula ativo circulante dividido pelo passivo circulante.
Segundo Matarazzo (2003, p. 173) liquidez seca é:
Este índice é um teste de força aplicado a empresa; visa medir o grau de
excelência da situação financeira. De um lado, abaixo de certos limites,
obtidos segundo os padrões do ramo, pode indicar alguma dificuldade de
liquidez, mas raramente tal conclusão será mantida quando o índice de
liquidez corrente for satisfatório.
Se o quociente encontrado neste índice for igual a 1,00 (um) indica que os
estoques da empresa estarão totalmente livres da dívida com terceiros, ou seja, se a
empresa negociasse o ativo circulante sem os estoques pagaria as dívidas de curto
prazo e restaria todo o estoque livre de dívidas para que ela pudesse com ele
trabalhar.
1.4 ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO
O endividamento indica o montante dos recursos de terceiros que estão
sendo usados na tentativa de gerar lucros. Por isso, existem grandes preocupações
com o grau de endividamento, e, com a capacidade de pagamento da empresa, pois
quanto mais endividada estiver maior será a possibilidade de que não consiga
satisfazer as obrigações com terceiros. O grau de endividamento deve-se, portanto a
proporção dos ativos totais financiados por terceiros. Quanto menor o índice melhor
a situação da empresa.
Este índice mostra de maneira geral qual o percentual de financiamentos, o
capital de terceiros, que compõe o capital da organização. Também demonstra a
27
garantia de capital próprio que a empresa possui para saldar suas dividas com
credores. (PADOVEZE, 1997).
Também, podemos conceituar este índice como a garantia que a empresa
possui para com seus credores. Demonstra quanto à empresa possui de capital
próprio que garantam o pagamento, ou demonstram sua real capacidade de liquidar
as dívidas contraídas, como financiamentos, ou capital adquirido para o giro da
empresa.
Este indicador nos mostrará qual o percentual de endividamento da empresa.
Além disso, demonstra se utiliza mais recursos dos próprios proprietários ou de
terceiros, na forma de empréstimos e financiamentos, e se este se encontra na
maior parte no curto ou longo prazo. (MARION, 2009).
Desta maneira podemos definir um padrão, que o resultado deste índice deve
sempre ser inferior a 1,00 (um), pois caso contrário demonstrará que a saúde
financeira da organização não está bem, pois suas dividas são bastante
significativas.
1.4.1 Participação de capital de terceiros
Este índice de endividamento geral mede a proporção dos passivos totais da
empresa financiada por credores de forma geral. Quanto maior for esse índice
maior será o endividamento com terceiros. Indica a participação de recursos de
terceiros no financiamento do investimento total. Quanto menor o índice encontrado
melhor. Para extração do resultado, utiliza-se a fórmula passivo circulante mais
exigível à longo prazo, dividido por passivo circulante mais exigível à longo prazo
mais passivo circulante.
Segundo Matarazzo (2003, p. 154), a participação de capitais de terceiros é:
O índice de participação de capitais de terceiros relaciona, portanto, as duas
grandes fontes de recursos da empresa, ou seja, capitais próprios e capitais
de terceiros. É um indicador de risco ou de dependência a terceiros, por
parte da empresa. Também pode ser chamado índice de grau de
endividamento.
O resultado deste índice não pode ser considerável se observarmos o longo
prazo, pois isto demonstraria que a rentabilidade da empresa está mal, pois desta
28
forma, mostrará que o valor investido na empresa é maior representado por capital
de terceiros.
Segue representação da fórmula de participação de capital de terceiros
também chamado de grau de endividamento na Figura 5.
Figura 5 – Fórmula de cálculo do grau de endividamento
Fonte: COSTA (2004, p. 38)
Desta maneira podemos dizer que este índice tem cunho estritamente
financeiro, e quanto maior for o resultado encontrado, menor será o poder que a
empresa terá para decidir sobre suas questões financeira, e maior será o seu
vínculo ou dependência com terceiros.
1.4.2 Garantia de capital próprio ao capital de terceiros
Este índice indica o valor necessário para cada R$ 1,00 (um real) de capital
de terceiros. Mostra quanto à empresa possui de recursos próprios para garantir
cada real de exigibilidade total. É representado pela fórmula patrimônio líquido
dividido pelo passivo circulante mais exigível longo prazo.
Segue representação da fórmula de garantia de capital próprio ao capital de
terceiros na Figura 6.
Figura 6 – Fórmula de cálculo do índice de garantia de capital próprio ao
capital de terceiros
Fonte: COSTA (2004, p. 38)
29
Quanto maior o resultado encontrado melhor é a situação e saúde financeira
da empresa, pois índica em termos percentuais, o volume de recursos próprios que
a empresa possui em relação a sua dívida total.
1.4.3 Índice de endividamento geral
Demonstra a situação de dividas da empresa no curto prazo, representada
por percentuais. Indica quanto à empresa deve a terceiros no curto prazo para cada
real de exigibilidade total, quanto menor melhor. Sua fórmula é representada pelo
passivo circulante dividido pelo exigível total.
Segue representação da fórmula do índice de endividamento geral na Figura
7.
Figura 7 – Fórmula de cálculo do índice de endividamento geral
ENDIVIDAMENTO GERAL
PASSIVO CIRCULANTE
EXIGÍVEL TOTAL
Fonte: COSTA (2004, p. 38)
Este índice é importante, pois indicará qual o percentual de obrigações no
curto prazo, ou seja, a organização não terá muito tempo para adquirir recursos
caso seu endividamento seja representativo. Desta forma, é necessário tomar
providencias breves que tragam resultado instantâneo. Quanto maior o grau de
endividamento maior é o risco que a empresa corre financeiramente. Claro que
todos estes aspectos, assim como os demais índices, devem ser analisados de
forma conjunta para uma maior eficácia na análise da situação da organização.
1.5 ÍNDICES DE ATIVIDADE
Neste índice podemos verificar quanto tempo a empresa leva para receber de
seus clientes, quanto tempo leva para pagar seus credores e quanto tempo leva
para renovar seus estoques. Desta forma, permite analisar aspectos do capital de
giro da empresa por meio do ciclo financeiro.
30
Segundo Padoveze (2010, p.221) os índices de atividade são:
Estes indicadores buscam evidenciar a dinâmica operacional da empresa,
em seus principais aspectos refletidos no balanço patrimonial e na
demonstração de resultados. Os indicadores são calculados interrelacionando o produto das transações da companhia e o saldo constante
ainda no balanço patrimonial, e envolvem os principais elementos
formadores do capital de giro próprio da empresa.
Os principais indicadores de atividade existentes e os que utilizaremos para
verificar a situação da empresa a ser analisada em nosso estudo de caso será o
prazo médio de cobrança, ou, o tempo que a empresa leva para receber de seus
clientes, prazo médio de pagamento, que é o tempo em dias que leva para pagar
seus credores, e o tempo médio de rotação de estoques, que mostra o tempo que a
empresa leva para renovar seus estoques. Será através destes prazos que
verificaremos a evolução da atividade operacional da organização.
1.5.1 Prazo médio de cobrança
Demonstra qual é a média da empresa para receber suas cobranças, ou
quanto tempo à empresa leva para receber seus direitos, suas duplicatas a receber.
Quanto menor o resultado obtido melhor. Na fórmula, 360 dias dividido pela rotação
de duplicatas a receber.
Segue representação da fórmula de prazo médio de recebimento na Figura 8.
Figura 8 – Fórmula de cálculo do prazo médio de cobrança
Fonte: COSTA (2004, p. 38)
O prazo médio de cobrança corresponde ao período em que foi realizada a
venda e o momento em que estas foram recebidas, sendo assim, é necessário
estar atento para alguns aspectos, pois quanto maior for a quantidade de vendas e
o prazo concedido de pagamento, pior será para a empresa, e, consequentemente,
seu capital de giro estará bastante comprometido.
Porém, a análise deste indicador depende, por exemplo, do tipo de produto
comercializado pela empresa, pelas características de seu ramo de atividade e
31
principalmente do tipo de negociação que a organização está habituada a conceder
a seus clientes, além disso, é importante que se faça uma comparação com a
concorrência e se verifique se os resultados estão dentro de um padrão setorial.
(PADOVEZE, 2010).
Para obtenção de um melhor resultado este índice deve ser acompanhado
mensalmente, pois acompanhamentos anuais, por exemplo, não trarão dados
significativos.
1.5.2 Prazo médio de pagamento
Indicam quantos dias a empresa leva em média para pagar suas dívidas ou
compras, para quitar as obrigações com seus fornecedores. Quanto maior a
quantidade de dias obtidos da fórmula 360 (trezentos e sessenta) dividido pela
rotação das duplicatas a pagar melhor serão os indicadores da organização.
(MARION, 1998).
Segue representação da fórmula de prazo médio de pagamento na Figura 9.
Figura 9 – Fórmula de cálculo do prazo médio de pagamento
Fonte: COSTA (2004, p. 38)
Portanto, desta forma analisamos qual o prazo médio da empresa analisada
para pagamento das compras realizadas junto a fornecedores durante o ano.
Quanto maior for este índice melhor será para a empresa, pois mostra que esta
necessitará de menos capital de giro para a manutenção dos estoques.
1.5.3 Rotação dos estoques
Demonstra quantas vezes houve a rotação dos estoques, ou em quanto
tempo houve a renovação, giro dos estoques durante o período em que está sendo
analisado. Quanto maior for à rotação melhor. A fórmula é representada pelo custo
das mercadorias vendidas dividido pelo saldo médio dos estoques.
32
Portanto, define em quantos dias a empresa consegue vender todos os
produtos que ela tem em seu estoque. (MARION, 1998).
Segue representação da fórmula de rotação dos estoques na Figura 10.
Figura 10 – Fórmula de cálculo da rotação dos estoques
Fonte: COSTA (2004, p. 38)
Na empresa analisada, poderemos verificar quanto tempo em média seus
produtos ficam no estoque desde sua aquisição até sua venda, considerando desde
a entrada da matéria prima, até a saída do produto acabado, também conhecido
como Prazo médio de Renovação dos Estoques. Este indicador também
demonstrará qual é ou será a necessidade de capital de giro para a manutenção
dos estoques.
1.6
DEMONSTRANDO OS RESULTADOS OBTIDOS ATRAVÉS DOS ÍNDICES
Verificamos através das explicações citadas anteriormente, que existem
diversas maneiras e fórmulas que nos demonstraram como se encontra a situação
da empresa. Porém, cabe ao analista verificar qual a melhor forma de repassar as
informações obtidas, sendo que existem diversos recursos que podem mostrar os
resultados encontrados com o estudo, como por exemplo, relatórios, tabelas,
gráficos, quadros comparativos entre outros.
Estes resultados obtidos através das técnicas até aqui explicadas serão
apresentadas para os gerenciadores e responsáveis pela empresa analisada, para
que esta possa tomar suas providências, e utilizar-se deste estudo para melhorar
seu desempenho e sua lucratividade.
33
2
METODOLOGIA
Todo trabalho exige estudos e materiais para seu desenvolvimento, e para
alcançar os objetivos estabelecidos como motivo do estudo faz-se necessário, uma
metodologia de pesquisa, ou seja, explicar os passos ou roteiro utilizado para o
desenvolvimento da pesquisa. Desta forma a seguir explicaremos os métodos
utilizados para a realização da pesquisa, especificando onde, quando e como,
definindo o tipo de pesquisa, o motivo deste estudo e instrumentos utilizados para
coleta de dados. Portanto, a metodologia é o roteiro de atividades realizadas para o
cumprimento da pesquisa, porém, dividido em fases para melhor definir os tipos de
estudo utilizados.
2.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA
A presente pesquisa foi desenvolvida dentro da área contábil e financeira de
um comercio varejista do setor farmacêutico, especificamente sobre as análises das
demonstrações contábeis desta organização. Sobre a qual verificaremos como esta
ferramenta pode auxiliar seus gestores a tomarem as melhores decisões, analisar
como se encontra a saúde econômica e financeira desta empresa, e demonstrar
quais seriam as atitudes a serem mudadas, dentro do modelo de gestão, com o
objetivo de melhorar seus processos e consequentemente maximizar seus lucros.
Para isto buscamos utilizar uma metodologia de pesquisa adequada que
possa nos possibilitar extrair tudo o que precisamos, para termos uma melhor
interpretação dos dados, para desta forma conseguirmos atingir os objetivos
propostos em nosso trabalho, e acima de tudo facilitar a identificação das respostas,
das perguntas que nortearam nossa pesquisa, e desta forma, a metodologia
facilitará a transmissão das informações tornando-as mais claras e coerentes. Entre
os métodos existentes, usamos várias formas de pesquisa como descritiva,
explicativa, bibliográfica, documental, quantitativa, pesquisa aplicada, entre outros
que especificaremos a seguir.
34
2.1.1 Natureza da pesquisa
A natureza da pesquisa que utilizamos para realização de nosso trabalho foi a
pesquisa aplicada. A característica fundamental deste tipo de pesquisa é geralmente
a busca pela resolução de problemas, que no caso em questão seria: Como as
analises podem ajudar na tomada de decisão? Para este tipo de pesquisa necessitase da coleta de dados que servirão de base, sendo que estes podem dar-se através
de pesquisa de campo, análise de documentos, entrevistas que são as ferramentas
que mais utilizaremos neste caso.
A pesquisa aplicada tem como finalidade desenvolver e gerar conhecimentos
para posteriormente aplicá-lo de maneira prática e direcionada a problemas
específicos, que no caso deste trabalho são as perguntas que levantamos nos
problemas a serem desenvolvidos e resolvidos.
Além destas formas de estudos, a pesquisa aplicada exige também, o estudo
de teóricos para fundamentar o estudo de campo e embasar a análise dos dados,
melhorando assim, a qualidade das informações que transmitiremos posteriormente
aos que dela se interessarem.
A característica mais marcante e que traz maior qualidade ao presente
trabalho é o estudo de caso, é realizar na prática e buscar através do estudo de
caso, trabalhar com a documentação da empresa na busca da resolução dos
problemas sugeridos como fundamento norteador da pesquisa.
2.1.2 Forma de abordagem
Esta pesquisa caracterizou-se como quantitativa por se tratar de informações
que serão utilizados em números para melhorar a qualidade e forma de visualização
dos resultados alcançados para após serem realizadas as análises. Além de serem
introduzidos quocientes e fórmulas para então transformar estes em informações
úteis para tomada de decisão.
Segundo Santos e Candeloro (2006, p. 24 a 30), a pesquisa que possui forma
de abordagem quantitativa tem a característica de mensurar as variáveis
transformando os dados encontrados em ilustrações como
tabelas,
quadros
ou
35
figuras, geralmente apresentados em porcentagem ou valores financeiros. Além
disso, esta forma de pesquisa torna a interpretação dos dados mais fácil.
Outra forma de pesquisa utilizada é a qualitativa que se caracteriza na parte
descritiva do estudo, bem como, no resultado após as técnicas utilizadas para
chegar às informações que serão transformadas em análise, logo serão
interpretados para atribuir significados a cada resultado alcançado, juntamente com
as possíveis soluções de problemas ou apresentação de resultados.
A pesquisa qualitativa é diferente da quantitativa no sentido que não utiliza
nenhuma forma de estatística para analisar as informações, desta forma apenas
busca descrever determinada situação ou problema, não envolvendo o estudo de
variáveis. O estudo de caso pode ser considerado uma forma de pesquisa
qualitativa. (GRESSLER, 2004).
2.2 OBJETIVOS
Os objetivos utilizados no estudo foram de cunho exploratório que envolve
desde o levantamento bibliográfico até o estudo de caso, visando assim maior
interação com o problema e possibilitando a resolução deste.
Esta pesquisa é classificada como descritiva, pois assim identificamos,
analisando e registrando, ou apresentando nossas interpretações deduzidas através
de dados coletados numa empresa do ramo farmacêutico. Portanto, é um estudo de
caso onde com a permissão da entidade utilizamos os dados necessários para uma
análise. Esta poderá auxiliar na interpretação e tomada de decisão do gerenciador,
pois terá uma visão da real situação da empresa.
Para isso buscamoso pesquisas bibliográficas para auxiliar no entendimento
e interpretação da análise das demonstrações, que conforme Marconi e Lakatos
(1999, p. 73), tem a seguinte finalidade:
Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi
escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferências
seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma,quer
publicadas quer gravadas.
36
Outra forma utilizada foi a pesquisa documental, que é todo tipo de
documento utilizado para consultar, estudar, ou comprovar as análises da pesquisa.
Normalmente, são as fontes que não são em forma de texto. (PÁDUA, 2000).
Desta forma utilizamos documentos específicos da empresa estudada, uma
farmácia situada no município de Toledo, que nos fornecerá a documentação
necessária para a pesquisa: Balanço anual e Demonstrativo de Resultados dos
últimos três anos.
2.3 PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
Nesta pesquisa obtivemos os dados e informações necessárias através da
pessoa responsável ou dona do estabelecimento escolhido. Estudamos em
específico, através da análise de suas demonstrações, e com estas realizaremos
uma análise geral. Estamos apresentando também, para a empresa, para que tenha
conhecimento de sua situação financeira, podendo assim tomar decisões corretas
em função dos pontos que estaremos identificando, que podem melhorar. Também,
apresentaremos algumas formas de chegar aos resultados esperados. E ainda,
utilizamos a pesquisa de estudo de caso que Barros explica da seguinte maneira:
O estudo de caso denominado histórias de vida é uma técnica de pesquisa
realizada através da avaliação de dados coletados em documentos e
depoimentos orais registrados pelo pesquisador ou pelo próprio
entrevistado. (BARROS, 2003, p.95).
2.4 AMOSTRAGEM DOS DADOS
Nossa população de pesquisa se refere à contabilidade ou relatórios contábeis,
podendo atingir acadêmicos que procuram entender melhor como formular uma
análise de relatórios contábeis, bem como, empresários ou futuros empresários na
área farmacêutica que procuram obter um conhecimento com pesquisas realizadas
nesta área, podendo entender quais devem ser as maiores preocupações e pontos
de maior atenção para a obtenção de sucesso no mercado.
37
Para Cooper e Schindler (2001, p. 80), a amostra se explica da seguinte forma:
Uma amostra é uma parte da população-alvo, cuidadosamente selecionada
para representar aquela população. Quando os pesquisadores conduzem
estudos por amostragem, estão interessados em estimar um ou mais
valores da população e/ou em testar uma ou mais hipóteses estatísticas.
Portanto, a amostragem nesta pesquisa se especifica nas análises contábeis,
pois estaremos abordando quais são os pontos fortes e os pontos que devem
melhorar, e isso será realizado através de métodos de autores, como fórmulas e
quocientes que nos auxiliarão na estrutura de uma análise dos demonstrativos de
três anos de uma empresa no ramo farmacêutico, para assim, auxiliar na tomada de
decisão para garantir um negócio de estabilidade e rentabilidade, capaz de enfrentar
as dificuldades do mercado sem influenciar seus resultados.
2.5 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Como instrumento para esta pesquisa foram utilizadas demonstrações contábeis
de três anos de uma empresa do ramo farmacêutico, para com estes dados
desenvolver análises que serão utilizados para auxiliar na tomada de decisão dos
gestores da empresa, e assim estaremos alcançando o objetivo do estudo.
Segundo Costa (2010, p. 151):
Para se tomar uma boa decisão, é preciso analisar o maior número possível
de informações uteis dentro do espaço de tempo abrangido pela decisão. A
gama de informações geradas pelas demonstrações contábeis é muito
grande, e isso pode comprometer o usuário da contabilidade na hora em
que esteja tomando a decisão. Uma ferramenta utilizada para sintetizar as
informações contábeis é conhecida como análise das demonstrações
contábeis, ou análise financeira. Ela tem como objetivo sintetizar as
informações contidas nas demonstrações contábeis, apresentando as em
forma de porcentagem e indicadores. (COSTA, 2010, p.151)
A utilização de demonstrações contábeis para extração de dados para a
pesquisa e obtenção de resultados se torna indispensável, pois como vimos acima é
uma ferramenta que gera muitas informações, que transformadas em análise,
facilitará a compreensão dos dados e, auxiliará no entendimento do que é preciso
ser mudado na empresa, para com isso atingirmos o objetivo da pesquisa.
38
3 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM UMA EMPRESA
FARMACÊUTICA: ESTUDO DE CASO
A perspectiva desse capítulo foi representar a análise das demonstrações
contábeis de uma empresa localizada no distrito de Novo Sarandi, pertencente ao
município de Toledo, para demonstrar que a análise pode ser uma ferramenta útil
para qualquer ramo de atividade. Demonstrando os resultados obtidos na análise
realizada através de dados de uma empresa do ramo farmacêutico, com dados reais
para auxiliar na tomada de decisão.
3.1 HISTÓRICO DA EMPRESA
O comércio varejista farmacêutico, citado acima iniciou suas atividades no
dia 01 de dezembro de 2000, no distrito de Novo Sarandi, cidade de Toledo – PR.
Inicialmente com dois sócios, sendo um deles formado na área de farmácia e o outro
na área de Agronomia. Constituída com um capital social de R$ 15.000.00, dividido
em 15.000 quotas, sendo que cada um dos sócios possuía 7.500 quotas. O ramo de
atividade da empresa consiste no comércio de produtos farmacêuticos sem
manipulação de fórmulas, artigos de perfumaria, cosméticos e de higiene pessoal. A
administração da sociedade caberá ao sócio farmacêutico, que possui poderes e
atribuições de administrador, além de poder usar o nome empresarial. Porém, é
vedada a alienação de bens imóveis da sociedade sem a autorização do outro sócio.
Caberá ao administrador da empresa prestar contas de sua administração,
procedendo à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e econômico, sendo
que os lucros ou prejuízos apurados até o término do exercício social, estabelecido
como até 31 de dezembro, caberão aos sócios na proporção de suas quotas.
A sociedade teve a primeira e única alteração em seu contrato social, sendo
que o sócio agrônomo vendeu 300 quotas para uma nova sócia, balconista, as 7200
quotas restante transferiu para o sócio farmacêutico, ficando este como
administrador da sociedade, por possuir a maior quantidade de quotas do capital
social.
39
3.2 ANÁLISE DOS ÍNDICES
Depois de apresentada a teoria também aplicou-se os resultados á prática,
estamos demonstrando cada análise realizada para chegarmos aos resultados do
estudo. Pois, foi necessária a aplicação de algumas fórmulas já apresentadas,
podendo dar uma direção para que o administrador saiba qual o melhor caminho a
seguir, obtendo maior desempenho na atividade da empresa no mercado. Para
aplicação das fórmulas e obtenção do resultado dos índices, utilizamos as
informações das demonstrações contábeis dos períodos de 2010, 2011 e 2012 que
estão nos anexos: 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
3.2.1 Análise vertical
Na análise vertical do ativo no ano 2010, observamos que 97% (noventa e
sete por cento) está representado pelo ativo circulante. Deste, a maior parte esta
concentrada no estoque de mercadoria com 96,16%, (noventa e seis vírgula
dezesseis por cento) e os 0,84% (zero vírgula oitenta e quatro por cento) restantes,
estão representados pelo caixa nas disponibilidades. Já, o ativo não circulante
corresponde a apenas 3% ( três por cento), representado pelos bens e direitos, ou
seja, uma impressora fiscal.
No caso do passivo no mesmo período, percebemos que o passivo
circulante representa apenas 16,45% (dezesseis vírgula quarenta e cinco por cento)
do total circulante, composto com 9,71% (nove vírgula setenta e um por cento) de
fornecedores, 0,65% (zero vírgula sessenta e cinco por cento) de obrigações sociais
e trabalhistas a pagar, 0,46% (zero vírgula quarenta e seis por cento) de INSS a
recolher, 0,18% (zero vírgula dezoito por cento) de contribuição sindical a recolher,
1,10% (um vírgula dez por cento) de obrigações tributárias e 4,99% (quatro vírgula
noventa e nove por cento) de outras obrigações. E, o maior percentual está
concentrado no Patrimônio líquido, com 83,55% (oitenta e três vírgula cinquenta e
cinco por cento), distribuídos da seguinte forma: 30,38% (trinta vírgula trinta e oito
por cento) de capital social e 53,18% (cinquenta e três vírgula dezoito por cento) de
lucros ou prejuízos acumulados.
Segue abaixo no gráfico 1 a representação das porcentagens da análise
vertical, encontradas para as contas do balanço patrimonial no exercício de 2010.
40
GRÁFICO 1 – Composição do Ativo e passivo - 2010.
Fonte: elaborado pelos autores do trabalho (2013)
Na análise vertical do ativo no ano 2011, pudemos verificar que o ativo
circulante representa 97,68% (noventa e sete vírgula sessenta e oito por cento) do
ativo total, sendo esta porcentagem composta por 2% (dois por cento) de ativo
imobilizado, 6,37% (seis vírgula trinta e sete por cento) de disponibilidades e em sua
grande maioria por 91,31% (noventa e um vírgula trinta e um por cento) de estoques
de mercadoria.
Na análise vertical do passivo no ano 2011, observamos que o passivo
circulante representa 46,84% (quarenta e seis vírgula oitenta e quatro por cento) do
passivo total, destes, 31,30% (trinta e um vírgula trinta por cento) são de
empréstimos e financiamentos, o qual não havia no ano de 2010. Vemos uma
grande variação em comparação com o ano anterior, 11,99% (onze vírgula noventa
e nove por cento) são de fornecedores, com um leve aumento também se
comparado com o ano 2010, 0,90% (zero vírgula noventa por cento) de obrigações
sociais e trabalhistas a pagar, com um pequeno aumento em relação ao ano 2010,
as obrigações tributárias com 0,83% (zero vírgula oitenta e três por cento) e Outras
obrigações com 1,82% (um vírgula oitenta e dois por cento), já o Patrimônio Líquido
41
representa 53,16% (cinquenta e três vírgula dezesseis por cento) do passivo total,
uma considerável redução em comparação ao ano anterior, sendo 23,47% (vinte e
três vírgula quarenta e sete por cento) de capital social e 29,68% (vinte e nove
vírgula sessenta e oito por cento) de lucros ou prejuízos acumulados.
Segue no Gráfico 2 a representação das porcentagens encontradas na
análise vertical do balanço patrimonial no período de 2011.
GRÁFICO 2 – Análise vertical do balaço patrimonial 2011.
Fonte: elaborado pelos autores do trabalho (2013)
Na análise vertical do ativo de 2012, com 94,85% (noventa e quatro vírgula
oitenta e cinco por cento), percebemos que o circulante teve uma pequena queda
em comparação aos dois anos anteriores, sendo composto pelas seguintes contas:
disponibilidades 1,96% (um vírgula noventa e seis por cento) com uma considerável
diminuição se comparado com o ano 2011, e o estoque com 92,89% (noventa e dois
vírgula oitenta e nove por cento). Já o ativo não circulante com 5,15% (cinco vírgula
quinze por cento) teve um bom aumento se comparado com os dois anos anteriores,
pois foi adquirido mais uma impressora fiscal.
42
Na análise vertical do passivo de 2012, temos o passivo circulante com um
elevado aumento de ano em ano e neste não foi diferente, pois no ano anterior
representava 46% (quarenta e seis por cento) do passivo total, passando para 64%
(sessenta e quatro por cento), sendo que os empréstimos compunham 49,46%
(quarenta e nove vírgula quarenta e seis por cento), obrigações sociais e trabalhistas
0,96% (zero vírgula noventa e seis por cento), obrigações tributárias 0,93% (zero
vírgula noventa e três por cento), e outras obrigações com 1,98% (um vírgula
noventa e oito por cento). O patrimônio líquido reduzido para 35,99% (trinta e cinco
vírgula noventa e nove por cento), sendo 23,19% (vinte e três vírgula dezenove por
cento) de capital social e 12,81% (doze vírgula oitenta e um por cento) de lucros ou
prejuízos acumulados.
No demonstrativo de resultado do ano 2010, conforme podemos observar na
planilha de análise vertical da DR (Apêndice 2), temos a receita bruta de vendas
compondo 96,39% (noventa e seis vírgula trinta e nove por cento) da DR, resultado
bruto com 16,37% (dezesseis vírgula trinta e sete por cento), resultado operacional
com 0,67% (zero vírgula sessenta e sete por cento), resultado líquido com 0,74%
(zero vírgula setenta e quatro por cento), outras receitas operacionais com 0,04%
(zero vírgula zero quatro por cento) e lucro ou prejuízo do exercício com 0,78% (zero
vírgula setenta e oito por cento).
Igualmente, no ano 2011 a receita bruta com vendas representa 96,39%
(noventa e seis vírgula trinta e nove por cento) da receita líquida, o resultado bruto
com 7,88% (sete vírgula oitenta e oito por cento), o resultado operacional com 4,52% (quatro vírgula cinquenta e dois por cento negativo), o resultado líquido com 4,49% (quatro vírgula quarenta e nove por cento negativo), outras receitas
operacionais com 0,33% (zero vírgula trinta e três por cento) e o lucro ou prejuízo
acumulado com -4,17% (quatro vírgula dezessete por cento negativo).
Da mesma forma no ano 2012 temos a receita bruta com vendas com 96,39%
(noventa e seis vírgula trinta e nove por cento) da receita líquida, o resultado bruto
com 7,52% (sete vírgula cinquenta e dois por cento), o resultado operacional com 6,43% (seis vírgula quarenta e três por cento negativo), o resultado líquido com 6,41% (seis vírgula quarenta e um por cento negativo), outras receitas operacionais
com -5,98% (cinco vírgula noventa e oito por cento negativo) e o lucro ou prejuízo
acumulado com -5,98% (cinco vírgula noventa e oito por cento negativo).
43
Segue Gráfico 3 que demonstra as porcentagens encontradas na análise
vertical do exercício de 2012.
GRÁFICO 3 – Análise vertical do balanço patrimonial de 2012.
Fonte: elaborado pelos autores do trabalho (2013)
Conforme representado no gráfico 4 podemos verificar qual foi o percentual
de custo da mercadoria vendida em relação a receita líquida, bem como as
despesas operacionais, encargos financeiros e enfim o lucro ou prejuízo acumulado
do exercício em cada um dos três períodos
Houve um retrocesso do ano 2010 para 2011 e da mesma forma do ano 2011
para 2012, observando inclusive que em 2011 a empresa obteve prejuízo, repetindo
a situação no ano 2012.
Segue Gráfico 4 com a representação do comparativo dos três períodos da
análise vertical da demonstração de resultado:
44
GRÁFICO 4 – Análise vertical da DR dos três períodos em estudo.
Fonte: elaborado pelos autores do trabalho (2013)
3.2.2 Análise horizontal
A análise horizontal demonstra se a conta contábil do balanço ou
demonstração de resultado apresentou crescimento ou diminuiu na comparação ao
período anterior que se está analisando. Analisaremos o resultado, ou porcentagem
de cada conta observando o percentual resultante, sendo que, se acima de 100%
(cem por cento), representa que houve aumento de um exercício para outro, caso o
resultado encontrado seja abaixo de 100% (cem por cento), significa que houve
diminuição.
Segue no Gráfico 5 os percentuais encontrados na análise horizontal do
balanço patrimonial representação esta que compara o período de 2011 com 2010.
45
GRÁFICO 5 – Análise horizontal balanço patrimonial, comparativo 2010/2011.
Fonte: elaborado pelos autores do trabalho (2013)
Realizando a análise horizontal do ativo circulante e não circulante do período
de 2011 comparado com 2010, podemos observar que todas as contas não
apresentaram diminuição, ou seja, todas elas permaneceram iguais ou cresceram na
comparação. Se verificarmos o ativo circulante e ativo não circulante, veremos que o
primeiro apresentou maior crescimento que o segundo, sendo que um cresceu 30%
(trinta por cento) e o outro permaneceu estável, sem qualquer alteração. Façamos
uma análise de cada conta separadamente. Dentro do ativo circulante, a conta que
apresentou crescimento mais significante foi a do caixa, pois em 2010 a única
disponibilidade desta empresa representava o valor de R$ 416,00 (quatrocentos
reais), passando a ser em 2011 R$ 4.071,00 (quatro mil e setenta e um reais), ou
seja, apresentou um crescimento de aproximadamente 878% (oitocentos e setenta e
oito por cento), o maior aumento dentre todas as contas dentro dos três períodos em
que estamos realizando nossos estudos, considerado bastante significativo. A conta
de estoques também aumentou, porém, não em proporção tão grande como a conta
anterior, sendo que o percentual foi de 22% (vinte e dois por cento) a maior em 2011
46
em relação a 2010. Passando para o ativo não circulante podemos observar que o
ativo
imobilizado
permaneceu
estável,
porque
não
foi adquirido
nenhum
equipamento neste intervalo de tempo. Partindo para as obrigações desta
organização houve diminuição, estabilidade e aumento entre as contas que compõe
o passivo circulante e patrimônio líquido do período de 2011, sendo a distribuição a
seguinte: aumento do passivo circulante geral, porém, nem todas as contas que a
compõe obtiveram o mesmo resultado, por exemplo, os fornecedores, obrigações
sociais e trabalhistas a pagar e alugueis a pagar aumentaram, porém, a contribuição
sindical permaneceu a mesma, ao contrário das obrigações tributárias e outras
obrigações que diminuíram. Dentro do patrimônio Líquido o resultado é preocupante
e deve ser verificado, pois o capital social permaneceu o mesmo, porém, os lucros
acumulados que em 2010 era de R$26.259,00 (vinte e seis mil duzentos e cinquenta
e nove reais) diminuíram para R$18.966,00 (dezoito mil e novecentos e sessenta e
seis reais) em 2011.
Pois bem, realizando a análise do ativo do exercício de 2012, ao
contrário de 2011, observamos que algumas contas apresentaram queda, ou, não
apresentaram aumento de um período ao outro, devido à diminuição de cerca de 2%
(dois por cento) do ativo circulante, isto se deve a conta de caixa que em 2011
cresceu consideravelmente, agora, diminuiu de R$ 4.071,00 (quatro mil e setenta e
um reais) para R$ 1.268,00 (Um mil e duzentos e sessenta e oito reais). O estoque
obteve um aumento discreto de quase 3% (três por cento), considerado pequeno em
comparação ao resultado apresentado no exercício anterior. O ativo não circulante,
especificamente o ativo imobilizado, representou o maior aumento do período, pois
neste ano foi adquirida mais uma impressora fiscal no valor de R$ 1.850,00 (um mil
e oitocentos e cinquenta reais). O passivo ao contrário do ativo não teve diminuições
consideráveis em suas contas, sendo que apenas a conta de fornecedores que era
de R$ 7.663,00 (sete mil e seiscentos e sessenta e três reais) em 2011 passou a ser
de R$ 6.911,00 (seis mil, novecentos e onze reais) em 2012, queda de
aproximadamente 10% (dez por cento), além do valor de INSS a recolher dentro das
obrigações fiscais e trabalhistas também diminuiu 7% (sete por cento). Como nos
períodos anteriores a contribuição sindical permaneceu a mesma. Ainda dentro do
passivo circulante a conta que apresentou maior crescimento neste período foi a de
empréstimos e financiamentos, que em 2011 apresentava o montante de
R$20.000,00 (vinte mil reais) passou para R$32.000,00 (trinta e dois mil reais),
47
adquiridos de terceiros em 2012. Posteriormente houve crescimento de 44%
(quarenta e quatro por cento) no FGTS a recolher, consequência do aumento dos
salários e ordenados a pagar, seguido de 14% (quatorze por cento) a mais de prólabore a pagar, isto é, 13% (treze por cento) de obrigações tributárias a maior que
2011 a recolher. O patrimônio líquido permaneceu estável, sem acréscimo ou
decréscimo do capital social, porém, ainda mais alarmante e preocupante em
relação aos lucros acumulados, pois este apresentou novamente queda, desta vez
de 56% (cinquenta e seis por cento), sendo que o lucro acumulado em 2011 era de
R$18.966,00 (dezoito mil, novecentos e sessenta e seis reais) passando a ser
R$8.284,00 (oito mil, duzentos e oitenta e quatro reais) em 2011, ou seja, o lucro se
reduziu a menos da metade apresentada anteriormente.
Passaremos então da análise do balanço patrimonial desta farmácia para a
verificação de seu demonstrativo de resultados. De modo geral, vamos observar as
principais contas do período de 2011.
Segue no Gráfico 6 a análise horizontal da comparação do exercício de 2012
com 2011.
GRÁFICO 6 – Análise horizontal balanço patrimonial, comparação 2011/2012.
Fonte: elaborado pelos autores do trabalho (2013)
48
Podemos analisar que dentre as contas analíticas em sua maioria apresenta
resultado abaixo de 100% (cem por cento), ou seja, as contas resultado bruto,
despesas operacionais, resultado operacional, encargos financeiros e resultado
líquido diminuiu de 2010 para 2011. O resultado bruto diminuiu 40% (quarenta por
cento), porém, as receitas aumentaram, desta forma, acreditamos que a explicação
para esta situação está no aumento do custo da mercadoria vendida, crescimento de
36% (trinta e seis por cento), não equivalente ao crescimento de sua receita de
vendas que foi de apenas 24% (vinte e quatro por cento). Além disso, as despesas
operacionais caíram, devido à diminuição das despesas com pessoal e
administrativas ocorrerem em maior proporção que o aumento das demais
despesas. Os encargos financeiros foram menores que em 2010, pois as receitas
financeiras recebidas aumentaram, podendo ocorrer pelo aumento de juros
recebidos, por exemplo. Os piores percentuais foram encontrados no resultado
operacional, resultado líquido, resultado antes do IRPJ e CSLL e prejuízo do
exercício, pois todos estes ficaram no vermelho, ou seja, o valor monetário
apresentado no demonstrativo de resultado ficou negativo, diminuíram e muito em
relação aos valores apresentados em 2011.
Segue no Gráfico 7 a demonstração das porcentagens da análise horizontal
da demonstração de resultados, comparando o exercício de 2010 com 2011.
49
GRÁFICO 7 – Análise horizontal do demonstrativo de resultados, comparativo
2010/2011.
Fonte: elaborado pelos autores do trabalho (2013)
Não tão diferente do resultado de 2011 das demonstrações do exercício de
2012, também encontramos, prejuízos neste período, evidente consequência do
pouco aumento, apenas 2% (dois por cento), da receita bruta de vendas,
crescimento dos custos da mercadoria vendida e despesas operacionais, sendo este
último determinado pelo considerável aumento das despesas com pessoal de 228%
(duzentos e vinte e oito por cento), tornando assim o resultado operacional,
resultado líquido, resultado antes do IRPJ e CSLL ainda mais pessimista e negativo
do que 2011. Além disso, aumentou ainda mais o prejuízo do exercício em 2012.
Segue no Gráfico 8 a análise horizontal da DR, comparando 2011 com 2012:
50
GRÁFICO 8 – Análise horizontal da demonstração de resultado, comparativo
2011/2012.
Fonte: elaborado pelos autores do trabalho (2013)
3.2.3 Índices de liquidez
É uma forma de apreciarmos se a empresa tem capacidade para saldar seus
compromissos. Podendo ser essa avaliada num longo prazo, num curto prazo ou em
prazo imediato.
Segue no Gráfico 9 a demonstração dos resultados encontrados nos quatro
índices de liquidez estudados neste trabalho:
51
GRÁFICO 9 – Resultados índices de liquidez.
Fonte: elaborado pelos autores do trabalho (2013)
3.2.3.1 Liquidez corrente
O índice de liquidez como apresentado anteriormente na fundamentação
teórica, demonstrará qual valor a empresa possui para saldar cada real de divida no
curto prazo. Podemos verificar que no ano de 2010 a liquidez corrente desta
empresa era excelente, pois ela possuía R$ 5,90 (cinco reais e noventa centavos)
para liquidar cada real do que ela tinha de dívidas, índice este que caiu para R$ 2,09
(dois reais e nove centavos) em 2011, ou seja, diminuiu para menos da metade em
um pequeno intervalo de tempo, tornando-se ainda pior em 2012, quando ela
possuía apenas R$ 1,48 (um real e quarenta e oito centavos) de liquidez para sanar
seus compromissos com terceiros. Sendo que este índice é resultado da diminuição
considerável que ocorreu em caixa, ou seja, queda das disponibilidades e o aumento
não proporcional dos empréstimos e financiamentos adquiridos neste período de
tempo, especificamente no período de 2012. Ainda que, possuindo capital para
liquidar as divida de curto prazo, a organização precisa estar alerta, pois a queda de
52
liquidez foi muito drástica em um curto período de tempo e caso não tome as
providências cabíveis o valor pode piorar a cada exercício.
3.2.3.2 Liquidez geral
Este indicador demonstra a capacidade de pagamento da empresa no longo
prazo, pegando como base os bens e direitos que a empresa apresenta de imediato,
no curto prazo e no longo prazo, bem como, suas obrigações dentro dos mesmos
prazos. Nas demonstrações contábeis que estamos analisando, o resultado
encontrado foi o mesmo que o índice anterior, R$ 5,90 (cinco reais e noventa
centavos) em 2010, R$ 2,09 (dois reais e nove centavos) em 2011 e R$ 1,48 (um
real e quarenta e oito centavos) em 2012. Isto ocorreu porque o balanço patrimonial
da empresa não apresenta as contas de exigível e longo prazo, nem passivo não
circulante, desta forma a fórmula acabou sendo igual a da liquidez corrente. Assim
podemos interpretar através dos resultados obtidos que nos três períodos a entidade
possuía mais de R$ 1,00 (um real) para saldar suas dividas, sendo que o período
em que esse indicador foi mais baixo, foi em 2012, onde a empresa disponha de R$
1,48 (um real e quarenta e oito centavos) para saldar cada real de compromisso com
terceiros.
3.2.3.3 Liquidez imediata
A liquidez imediata expressa quanto à empresa possui imediatamente, para
saldar seus dividendos. No caso da empresa que estamos estudando nos três
períodos analisados o resultado foi ruim, sendo que em 2010 o valor encontrado foi
de R$ 0,05 (cinco centavos), em 2011 R$ 0,14 (quatorze centavos) e em 2012 R$
0,03 (três centavos). Porém, segundo alguns autores isso não revela que a situação
possa estar alarmante, pois alguns fatores como a inflação podem fazer com que o
disponível da empresa perca o poder aquisitivo e, além disso, estamos fazendo um
comparativo do que temos em caixa neste momento, ou no período analisado com
valores a pagar nas mais variadas datas, mesmo que também estejam dentro do
curto prazo. Desta forma, esta análise de liquidez deve ser realizada juntamente
com outros tipos de análises, como por exemplo: Se estão ocorrendo atrasos nos
pagamentos de fornecedores, se as informações comerciais desta empresa são
53
positivas ou não, para daí, talvez, realizar um parecer mais próximo possível com a
realidade, ou seja, se a empresa possui ou não capacidade imediata de cumprir com
suas obrigações.
3.2.3.4 Liquidez seca
Este índice demonstra qual a capacidade da empresa em pagar seus
dividendos sem haver a necessidade de abrir mão de seus estoques. Por exemplo,
se acontecesse uma catástrofe e todo o medicamento que estava em estoque na
farmácia tivesse que ser descartado, qual seria a capacidade deste comércio em
pagar suas dividas com a total paralisação de suas vendas? Os resultados
encontrados nos três exercícios foram baixos, sendo o valor dos índices de 0,05,
0,14 e 0,03 respectivamente, porém, isso não é negativo se levarmos em
consideração que o comércio farmacêutico tem estoque elevado e suas vendas
somente acontece à vista, ou, a empresa não possui duplicatas a receber, desta
maneira os indicadores realmente serão baixos, não representando assim a saúde
financeira da sociedade. Neste caso, para analisar se o índice de liquidez seca é
bom ou ruim teríamos que realizar a comparação dos resultados do índice de
liquidez seca de outras farmácias de porte igual ou parecido com a que estamos
analisando. Dentro das instituições financeiras, a análise deste indicador é bastante
importante, para possibilitar a concessão de um empréstimo, por exemplo, pois este
índice elimina os estoques, fator este que pode ser de fácil manipulação dentro do
balanço patrimonial, pois dependendo do ramo de atividade, em alguns mais em
outros menos, o estoque pode se tornar antiquado ou não ser mais próprio para uso,
podendo ser até perecível no caso dos medicamentos.
Através do gráfico 9, percebemos com maior clareza que o índice de liquidez
imediata e o índice de liquidez seca apresentam o mesmo resultado, o que
teoricamente não deveria ocorrer, porém, neste caso está correto, pois como a
empresa possui apenas a conta de Disponibilidades e estoque dentro de seu ativo
circulante a fórmula dos dois indicadores acaba sendo igual.
54
3.2.4 Índices de endividamento
São indicadores que nos apresentam o nível de endividamento da empresa.
Segue o Gráfico 10 com a representação dos resultados encontrados nos três
índices de endividamento estudados:
GRÁFICO 10 – Resultado índices de endividamento.
Fonte: elaborado pelos autores do trabalho (2013)
3.2.4.1 Participação de capitais de terceiros sobre recursos totais
Este indicador demonstrará dentro dos investimentos próprios da empresa
qual o percentual existente de recursos financiados ou adquiridos com terceiros. Nos
três períodos analisados, podemos perceber que houve uma grande variação, pois
em 2010 a participação de terceiros era de 19,68% (dezenove vírgula sessenta e
oito por cento), passando para 88,13% (oitenta e oito vírgula treze por cento) em
2011 e chegando a seu maior patamar no ano de 2012 com mais de 177% (cento e
setenta e sete por cento). Estas porcentagens demonstram que no primeiro ano
55
analisado 80% (oitenta por cento) do capital utilizado pela empresa eram próprios,
ou dos proprietários, indicador considerado bom, pois mostra que a saúde financeira
anda bem, porém, esses valores cresceram significavelmente, pois aumentaram
mais que o dobro em menos de um ano, crescimento este que também foi
apresentado em 2012 quando apenas 11% (onze por cento) do capital eram
próprios. Podemos analisar os valores por aspectos diferentes, tornando-os positivos
e negativos. Por exemplo, se a empresa adquiriu capital de terceiros em uma
quantidade ou valor elevado para realizar aplicações na própria organização que,
posteriormente gerarão recursos que venham a saldar os compromissos assumidos,
podemos dizer que este investimento é saudável. Mas, se a empresa apenas está
adquirindo recursos de terceiros com o intuito de pagar outras obrigações é bom
tomar cuidado, pois esta operação pode e provavelmente se tornará um circulo
vicioso, tornando a empresa uma forte candidata a falência.
3.2.4.2 Garantia de capital próprio ao capital de terceiros
Neste índice verificamos que para cada real de capital de terceiros a empresa
possuía R$ 5,08 (cinco reais e oito centavos) em 2010, caindo repentinamente para
R$ 1,13 (um real e treze centavos) em 2011 e atingindo a menor garantia em 2012
com R$ 0,56 (cinquenta e seis centavos) de recursos próprios para garantir cada
real de exigibilidade total, desta maneira no último período, a organização não
possuía capital próprio suficiente para saldar ou garantir seus dividendos.
3.2.4.3 Índice de endividamento geral
Este índice demonstra quanto do ativo total da empresa está sendo financiado
por capital de terceiros. Nesta empresa podemos observar que de um período a
outro o percentual do ativo financiado por credores aumentou, sendo que em 2010 o
resultado foi de 16,45% (dezesseis vírgula quarenta e cinco por cento), crescendo
para 46,84% (quarenta e seis vírgula oitenta e quatro por cento) e atingindo maior
patamar em 2012 com pouco mais de 64% (sessenta e quatro por cento). Ou seja,
no último período mais da metade do ativo da empresa utilizava recursos de
terceiros.
56
3.2.5 Índices de atividade
Servem para avaliar a velocidade de recebimento de vendas, pagamentos de
compras e renovação de estoques. Segue o Gráfico 11 que demonstra os valores
encontrados neste índice:
GRÁFICO 11 – Resultados índices de atividade.
Fonte: elaborado pelos autores do trabalho (2013)
3.2.5.1 Prazo médio de cobrança
Neste índice é verificado o tempo que a empresa leva para receber seus
direitos ou duplicatas a receber, porém, no caso da empresa analisada este índice
não se aplica, porque não tem vendas a prazo, logo não tem duplicatas a receber.
3.2.5.2 Prazo médio de pagamento
Os resultados encontrados neste indicador de atividade foram de 10,41 em
2010, 16,03 em 2011 e 14,9 em 2012. Podemos converter este resultado em dias
dividindo 360 pelo índice encontrado, neste caso teríamos um prazo de 34 dias, 22
57
dias e 24 dias, respectivamente. De modo geral o resultado encontrado é bom nos
três exercícios, pois, é bem maior que o prazo que a empresa leva para receber de
seus clientes, e isto seria o ideal para todas as empresas.
3.2.5.3 Rotação dos estoques
Este índice demonstra em quanto tempo a empresa renova seu estoque. O
índice encontrado em 2010 foi de 2,49, aumentando para 2,76 em 2011 e 2,75 em
2012. Assim como o prazo médio de pagamento para transformar os resultados em
dias basta dividi-los por 360, desta maneira teremos 144 dias em 2010 e 130 dias
nos dois períodos posteriores. Este indicador é importante porque além de
demonstrar se a empresa tem estoque parado, mostra se ela tem muita necessidade
de usar o capital de giro para manutenção de seu estoque.
58
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atualmente a análise das demonstrações contábeis é um importante aliado
a todas as empresas que buscam um diferencial no mercado, a todos os
administradores que querem saber como está realmente a situação de sua
organização, a todos os gestores que necessitam de auxilio para a tomada de
decisão, e, é isto que buscamos realizar neste trabalho, mostrar aos proprietários
desta farmácia qual é a sua real situação no mercado, auxiliando na tomada de
decisão sobre como agir para alcançar o sucesso tão esperado em meio a um
mercado tão competitivo e exigente.
A análise é uma importante ferramenta de auxilio para tomada de decisão
em toda e qualquer empresa. Portanto, não importa o ramo da atividade nem o
tamanho do negócio, e sim qual a forma que pode ser utilizada para demonstrar o
que a empresa esta fazendo de modo inadequado, o que pode ser alterado para
melhorar seus resultados e lucratividade, e também, saber a real situação da
entidade. Assim, respondemos a questão que foi analisada, explicada e estudada
neste trabalho, comprovando que a análise de demonstrações contábeis pode ser
utilizada como ferramenta de gestão e tomada de decisões em uma empresa
farmacêutica.
Além disso,o objetivo do estudo foi alcançado, apresentando o conceito de
análise de demonstrações contábeis, mostrando os principais índices de análise e
aplicação nas demonstrações coletadas para estudo, e agora apresentar as formas
de utilidade desse material para o gestor ou responsável pelas tomadas de decisões
da empresa em estudo.
Com a realização das análises do balanço patrimonial e da demonstração
de resultados do exercício dos períodos de 2010 a 2012, podemos analisar e
apontar alguns pontos fortes, fracos e algumas sugestões:
Pontos fortes:
• A empresa pratica a venda á vista, em todos os seus segmentos, portanto ela
possui uma grande facilidade para gerenciar o ciclo financeiro-operacional,
com bastante destreza;
• Quanto ao pagamento de suas compras, o índice é favorável, pois, dentro do
que foi apresentado, a empresa possui um cronograma para pagar seus
59
fornecedores dentro de um prazo maior que o prazo de recebimento de seus
clientes.
Pontos fracos:
• O índice de liquidez imediata, ou o valor disponível para saldar suas dividas
no curto prazo, não é suficiente para atender a demanda em todos os
períodos analisados;
• A liquidez seca, ou seja, o valor disponível sem os estoques, assim como a
análise anterior, é baixo, ou, insuficiente para honrar todos os compromissos;
• O capital adquirido de terceiros tem representação bastante significativa se
comparada ao capital próprio, dimensionando para buscar a inversão desse
resultado;
E a título de melhorias de modo geral, sugerimos que em um primeiro
momento a empresa tente renegociar a dívida de empréstimos e financiamentos,
que estão impactando significativamente todos os índices. Desta forma, uma
alternativa seria a renegociação da dívida para um prazo maior com taxas menores.
Além disso, é de suma importância que os sócios acompanhem com maior
frequência como a contabilidade está sendo realizada pelo escritório, e, se possível
for, forneça as informações para a mesma de forma mais cautelosa, com dados que
mais se aproximem da realidade da entidade, pois quanto mais corretas forem as
demonstrações contábeis bem como a classificação das contas, maior será a
qualidade dos indicadores e consequentemente facilitará a tomada de decisão dos
gestores.
Através do estudo das demonstrações desta empresa podemos observar
que a maioria do ativo circulante é constituído de estoque, o que torna a conversão
em dinheiro mais lenta e, consequentemente, torna os indicadores de capacidade de
pagamento corrente menor. O ideal seria a diminuição dos estoques para aumentar
o dinheiro em caixa.
Consequentemente, o crescimento dos estoques faz com que o índice de
liquidez seca seja baixo, porém, se observarmos o ramo de atividade da empresa,
podemos perceber que os resultados encontrados neste índice não significam que a
saúde financeira da entidade esteja fragilizada.
Em relação aos índices de atividade verificamos que a rotação dos estoques
levou em média nos três períodos 140 dias para girar, e isso também deve ser
estudado e melhorado. Para que problemas com estocagem sejam evitados a
60
melhor maneira é o aumento das vendas. Nestas condições é importante que
algumas atitudes sejam tomadas, como por exemplo, estabelecer uma quantidade
máxima a ser estocado para cada produto, estabelecer a posição em que os
produtos ficarão na gôndola ou balcão por prioridade- quanto maior a prioridade do
produto maior deve ser o destaque deste frente aos outros. Outra sugestão é que ao
fazer pedidos de mercadorias o dono da empresa, ou responsável pelas compras
deve observar se não está fazendo novos pedidos de produtos da mesma categoria,
ou seja, esquecer-se de entregas que estão por vir e, além disso, o proprietário
deste comércio farmacêutico deverá estabelecer uma variedade de produtos que
estejam de acordo com o público atendido por ele diariamente. Condutas como
estas além de diminuírem o estoque, melhoram o giro de caixa e otimizam os custos.
Desta forma verificamos que a análise das demonstrações contábeis
somente funciona como uma ferramenta de gestão e tomada de decisões se a
contabilidade da empresa for realizada de forma coerente com a real situação da
entidade, ou seja, valores ilusórios ou fictícios utilizados somente para manipular os
resultados das demonstrações, não trarão benefícios, e nem mostrarão o
desempenho econômico real da empresa. Se as demonstrações não forem
verdadeiras, não conseguimos mensurar se houveram ganhos ou perdas,
crescimento ou redução. Assim, com certeza não será possível o funcionamento de
qualquer ferramenta de gestão ou recurso eficaz para que se tomem as decisões
necessárias para resolução de possíveis problemas ou aperfeiçoamento dos
métodos utilizados.
61
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64
APÊNDICES
65
APÊNDICE 1 – Cálculo da análise vertical e horizontal do balanço patrimonial
(2010 à 2012)
66
APÊNDICE 2 – Cálculo da análise vertical e horizontal da demonstração de
resultados (2010 à 2012)
67
APÊNDICE 3 – Cálculo dos indicadores e índices financeiros
68
ANEXOS
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ANEXO 1 – Balanço patrimonial 2010
70
ANEXO 2 – Balanço Patrimonial 2011
71
ANEXO 3 – Balanço Patrimonial 2012
72
ANEXO 4 – Demonstrativo de Resultados 2010
73
ANEXO 5 – Demonstrativo de Resultados 2011
74
ANEXO 6 – Demonstrativo de Resultados 2012
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