controle populacional de morcegos hematófagos

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SECRETARIA
AGRICULTURA
MEIO AMBIENTE E TURISMO
PROGRAMA MUNICIPAL DE CONTROLE DA RAIVA DOS HERBÍVOROS
– CAPTURA DE MORCEGOS HEMATÓFAGOS
A raiva é uma infecção viral do sistema nervoso central, que resulta em
uma inflamação do cérebro e, às vezes, da medula espinhal, apresentando os
seguintes sintomas: faz os animais babar como se estivesse engasgado, andar
cambaleante, pois perde a força nos quartos traseiros, olhar furioso como se
quisesse atacar, ao deitar-se começa com um movimento de pedalar como as
patas dianteiras, sintomas esses que leva a morte em até 7 dias, sendo que o
vírus pode ficar incubado por até 90 dias
O Programa de Controle da Raiva consiste em fazer o controle
populacional do morcego Hematófago, morcego Vampiro (espécie Desmodus
rotundus), principal transmissor da doença, e facilmente encontrado em
cavernas, ocos de árvores, minas, túneis e casas abandonadas. Alimenta-se
basicamente do sangue de mamíferos, mas também ataca aves, como
galinhas e o ser humano. Os animais vivem em bandos e podem formar
colônias com até 300 indivíduos, todos os morcegos podem carregar o vírus da
raiva, mas para que ocorra a transmissão é necessário o contato da saliva com
o sangue, por isso os vampiros, que mordem os animais, são os melhores
transmissores. As outras duas espécies hematófagas Diphylla ecaudata
Diaemus young, são mais raras e atacam apenas aves e foram encontradas
em nosso município.
Uma vez identificado o abrigo, é feito a captura durante o dia, porém
encontram-se restrições, além do risco de encontrar animais peçonhentos
como cobras, escorpiões, aranhas e outros, ainda têm o contato com as fezes
do morcego que em ambiente fechado transmite a histoplasmose e a
salmonelose, quando não são encontrados abrigos, o ideal é que a coleta seja
feita durante a noite e com redes apropriadas que são armadas próximas à
saída do esconderijo, currais, galinheiro etc.
Já capturado, faz um tratamento com uma pasta VAMPIRICIDA um
veneno à base de anticoagulante aplicado na parte superior do pescoço do
morcego (nuca) e que é levado para dentro dos abrigos pelos animais
capturados, e como foi pesquisada, essa espécie tem o comportamento de
lamberem-se mutuamente entre fêmeas de um mesmo grupo e destas com
seus filhotes transmitindo para todos e levando a óbito em até 5 dias, porém os
machos adultos não participam desta 'higiene social' e se mantêm a certa
distância das fêmeas, não são atingidos, por isso são mais importantes sua
captura.
NÃO ADIANTA FAZERMOS UM BOM CONTROLE POPULACIONAL
SE O PRODUTOR NÃO FIZER A SUA PARTE, pois raiva tem vacina, e
recomenda-se a aplicação no gado uma vez ao ano, seguindo rigidamente o
modo de transporte que deve ser em caixa térmica ou isopor, com a
temperatura de 2 a 6 graus, utilizando seringas e agulhas limpas e
esterilizadas, para isso temos que trabalhar com Educação ao Produtor
alertando o que fazer em caso de abrigos na propriedade, como agir com
animais mortos e com sintomas de Raiva ex: não enfiar a mão dentro da boca
para desengasgar. O fato de uma pessoa ser mordida não significa que irá
pegar raiva, para que isso aconteça o morcego precisa estar contaminado com
o vírus. Apesar dos prejuízos que causam, os hematófagos cumprem
importante papel para o equilíbrio ecológico.
“De acordo com o Programa Nacional de Controle da Raiva dos
Herbívoros, do Ministério da Agricultura, no ano passado foram registrados no
país 2.815 casos de raiva provocados por morcegos hematófagos, que se
alimentam de sangue. Do total de animais infectados, mais de 90% eram
bovinos. A taxa de mortalidade dos animais raivosos é próxima de 100%. O
perigo não ronda apenas os rebanhos. A raiva é uma zoonose, isto é, uma
doença animal transmissível ao homem“ fonte: (TEXTO GUSTAVO LAREDO –
REVISTA GLOBO RURAL).
Como Proceder para Auxiliar ao Produtor
Prestar Orientação Técnica para produtores sobre vacinação contra raiva,
modo de transporte, aplicação, instrução na parte educativa, divulgação e
outros, com palestras e cursos, além de parceria com IMA – Instituto Mineiro de
Agropecuária para orientação e atendimentos.
Fazer a Vistoria, e Captura visando controle populacional dos morcegos
hematófagos, diminuindo animais sugados, perca de aves e um possível surto
de raiva.
Hoje o município possui 127 abrigos cadastrados, sendo mais de100
Georeferenciamento com latitudes, longitudes, facilitando acesso e
informatizando para futuros trabalhos. Para prestação de serviços técnicos
serem bem realizados, é necessário termos 01 veículo em boa condição, 03
funcionários para o serviço, sendo 01 coordenador/capturador e 02
capturadores treinados e aptos ao trabalho e para a segurança da equipe, EPI
com equipamentos completos.
Observação: Todo o serviço e monitorado pelo IMA – Instituto Mineiro
de Agropecuária, com um técnico da área, que atualmente e o Dr. Luciano
Pulga – Médico Veterinário, responsável pelo controle da Raiva dos
Herbívoros, e que em alguns casos, nos acompanha na captura tanto no
município ou em vizinhos.
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