1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS EDNELSON PEREIRA TRABALHO DE CONCLUSÃO A ARTE DE BEM ATENDER – UM ESTUDO NA GRÃ-PISOS Marketing BALNEÁRIO PIÇARRAS (SC), 2009. 1 EDNELSON PEREIRA TRABALHO DE CONCLUSÃO A ARTE DE BEM ATENDER – UM ESTUDO NA GRÃ-PISOS TCE desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas Gestão Universidade do Vale do Itajaí – BALNEÁRIO PIÇARRAS (SC), 2009. 2 “Que nossos esforços desafiem as impossibilidades. Lembrai-vos de que as grandes proezas foram conquistas do que parecia impossível.” Charlie Chaplin 3 Primeiramente agradeço a Deus, por me conceder a oportunidade e a possibilidade de freqüentar este curso de graduação. Aos meus pais Nelson João Pereira e Isolete Pereira, e a minha namorada Betina pelo apoio concedido nas horas mais difíceis, estimulo constante, paciente e compreensão do tempo dedicado a este trabalho. Agradeço ainda todos aqueles que duvidaram de minha capacidade de concluir este curso. O que me serviu de estímulo para que pudesse chegar a este momento. Agradeço também a minha orientadora professora Fabiela Andrighi pela competência e disponibilização de tempo durante a orientação, que mesmo em pouco tempo de convivência, apresentou atitudes exemplares, me ensinou a trilhar, no projeto e pela dedicação na elaboração do TCC. E por fim agradeço meus amigos que tanto me auxiliaram no decorrer do curso. Que nossa amizade seja infinita, assim como a jornada em busca do conhecimento. 4 EQUIPE TÉCNICA a) Nome do estagiário Ednelson Pereira b) Área de estágio Marketing c) Supervisor de campo Dionísio Kock d) Orientador de estágio Prof. Msc. Fabiela Andrighi e) Responsável pelo Estágio em Administração Prof. Eduardo Krieger da Silva 5 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA a) Razão Social Kockferr Comércio e Representações Comerciais LTDA b) Endereço Avenida Itajuba, n° 1982, bairro Itajuba, Barra Velha - SC. c) Setor de desenvolvimento do estágio Gerência de Vendas d) Duração do estágio 300 horas e) Nome e cargo do orientador de campo Dionísio Kock – Diretor f) Carimbo e visto da empresa 6 AUTORIZAÇÃO PARA PUBLICAÇÃO DA EMPRESA A Grã-Pisos declara, para os devidos fins, que concorda com o projeto de estágio apresentado por o estagiário Ednelson Pereira, aluno do curso de Administração do Centro de Educação Superior de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí, e se propõe a oferecer as condições necessárias para o bom andamento do mesmo. Barra Velha SC, 03 de novembro de 2009. ___________________________________ Dionísio Kock Supervisor de campo 7 RESUMO Este trabalho de conclusão de curso foi desenvolvido na empresa Grã-Pisos, com o objetivo de identificar quais são os fatores para um bom atendimento nas vendas, na percepção dos clientes da Grã-Pisos. No embasamento teórico foi abordado assuntos referentes ao marketing, conceitos centrais de marketing, composto de marketing, administração de marketing, necessidade e satisfação dos clientes, assim como vendas e atendimento. A partir dos resultados obtidos, pode-se identificar os fatores causadores de insatisfação e satisfação dos clientes, que foi de fundamental importância para a empresa que visa sempre melhorar em todos os aspectos e ainda os resultados do projeto mostraram que é preciso realizar algumas mudanças. Palavras-chaves: necessidade, satisfação, venda, atendimento e marketing. 8 ABSTRACT This work of completion was developed in-house Great Floors, in order to identify those factors to a good customer sales, customer perception of Great Floors. The theoretical basis was discussed matters relating to marketing, the core concepts of marketing, marketing mix, marketing management, need and satisfaction, as well as sales and service. From the results obtained, we can identify the factors causing dissatisfaction and satisfaction, which was of fundamental importance for the company that always seeks to improve in all aspects and also the results of the project showed that it is necessary to make some changes. key-words: need, satisfaction, sales, service and marketing. 9 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Conceitos centrais de marketing ................................................................................ 28 Figura 2: Conceitos centrais de marketing ............................................................................... 31 Figura 3: Os quatro P’s ............................................................................................................. 35 Figura 4: Relação entre o mix de marketing e os 4 As .............................................................. 37 Figura 5: Diferença entre marketing e venda: evolução do conceito. ........................................ 40 Figura 6: Tipos de trabalho de vendas. ..................................................................................... 41 Figura 7: O consumidor como uma caixa preta. ........................................................................ 43 Figura 8: Evolução das estratégias de marketing...................................................................... 45 Figura 9: Fachada da loja Grã-Pisos......................................................................................... 49 Figura 10: Localização da loja Grã-Pisos Barra Velha/SC ........................................................ 49 10 LISTA DE GRAFICOS Gráfico 1: Faixa etária............................................................................................................... 51 Gráfico 2: Gêneros dos respondentes ...................................................................................... 51 Gráfico 3: Escolaridade............................................................................................................. 52 Gráfico 6: Há quanto tempo é cliente da Grã-Pisos .................................................................. 52 Gráfico 7: Com que frequência compra na Grã-Pisos ............................................................... 53 Gráfico 8: Quais produtos tem o hábito de comprar na Grã-Pisos ............................................ 53 Gráfico 9: Como conheceu a loja .............................................................................................. 54 Gráfico 10: Fatores importantes para um bom atendimento...................................................... 55 Gráfico 11: Atendimento de forma geral.................................................................................... 57 Gráfico 12: A qualidade do atendimento ................................................................................... 57 Gráfico 13: Valorização dada pelos vendedores ....................................................................... 58 Gráfico 14: Atenção dos vendedores ........................................................................................ 58 Gráfico 15: Pós-venda da Grã-Pisos......................................................................................... 59 Gráfico 16: Conhecimento dos produtos ................................................................................... 59 Gráfico 17: Quantidade de vendedores .................................................................................... 60 Gráfico 18: Receptividade ao chegar na loja............................................................................. 60 Gráfico 19: Atenção à necessidade do cliente .......................................................................... 61 Gráfico 20: Disponibilidade dos vendedores ............................................................................. 61 Gráfico 21: Negociação de valores e prazos ............................................................................. 62 Gráfico 22: Atendimento interno (Gerência) .............................................................................. 62 Gráfico 23: Atendimento externo (entrega) ............................................................................... 63 Gráfico 24: Conhecimento técnico ............................................................................................ 63 Gráfico 25: Retorno dos vendedores ........................................................................................ 64 Gráfico 26: Espaço da loja ........................................................................................................ 65 Gráfico 27: Organização ........................................................................................................... 65 Gráfico 28: Higiene ................................................................................................................... 66 Gráfico 29: Harmonia ................................................................................................................ 66 Gráfico 30: Layout .................................................................................................................... 67 Gráfico 31: Aparência dos vendedores ..................................................................................... 67 Gráfico 32: Em relação á localidade da loja .............................................................................. 68 Gráfico 33: Quanto aos horários de funcionamento .................................................................. 68 Gráfico 34: Como você avalia as condições de pagamentos .................................................... 69 Gráfico 35: Se você pudesse escolher a forma de pagamento ................................................. 69 Gráfico 36: Quanto ao sistema de entrega da Grã-Pisos .......................................................... 70 Gráfico 37: Quando você relata alguma reclamação sobre os serviços prestados.................... 71 Gráfico 38: Os vendedores da Grã-Pisos trabalham satisfeitos/motivados ............................... 71 11 LISTA DE QUADRO Quadro 1: Definições antigas de marketing .............................................................................. 26 Quadro 2: Áreas de decisão estratégica organizadas para os quatro P’s. ................................ 33 Quadro 3: Composto de marketing para Kotler: os 4 P’s .......................................................... 34 Quadro 4: Comparativo dos compostos de marketing............................................................... 38 Quadro 5: Considerações finais ................................................................................................ 72 12 LISTA DE TABELA Tabela 1: Total de clientes da Grã-pisos ................................................................................... 21 Tabela 2: Questionário.............................................................................................................. 22 Tabela 4: Qual sua percepção em relação ao atendimento da Grã-Pisos ................................. 56 Tabela 5: Em relação ao ambiente interno da Grã-pisos .......................................................... 64 13 Sumário 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 14 1.1 Problema de pesquisa ................................................................................................ 17 1.2 Objetivos do trabalho....................................................................................................... 18 1.3 Aspectos Metodológicos.................................................................................................. 18 1.3.1 Caracterização da pesquisa ............................................................................................. 18 1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa .............................................................................. 19 1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados ........................................................ 21 1.3.4 Tratamento e análise dos dados ...................................................................................... 23 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................................. 25 2.1 Marketing ........................................................................................................................ 25 2.1.2 Mix de Marketing ................................................................................................................ 32 2.1.3 Vendas ................................................................................................................................ 39 2.1.4 Atendimento ....................................................................................................................... 42 3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA.................................................................................... 47 4 RESULTADOS DA PESQUISA ............................................................................................ 50 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 72 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 74 7 APÊNDICES ............................................................................................................................. 77 14 1 INTRODUÇÃO O mundo passa por constantes transformações políticas, econômicas, sociais, culturais e tecnológicas, as quais obrigam as empresas a se adequar as necessidades de seus clientes. Consequentemente o mercado também muda e sofre as oscilações destas transformações, o marketing deve se ater a tais mudanças, assim como também as empresas necessitam constantemente adaptar-se a novas tendências de mercado, fazer uma leitura adequada do ambiente, corrigir ações e tomar decisões corretas. O que se sabe é que uma empresa pode oferecer produtos e serviços e que em ambas as situações, quem compra espera satisfação em troca, entretanto o produto é tangível, já o serviço é intangível que se torna uma maior preocupação para a empresa, que deve prestá-lo bem, o que possibilita entender o que os autores Kotler; Armstrong (1991, p. 3) afirmam, “marketing é a entrega de satisfação para o cliente em forma de benefícios”. Kotler; keller (2006) fazem referência que o profissional de marketing deve tentar entender as necessidades, desejos e satisfação do mercado-alvo. A satisfação dos clientes tornou-se uma estratégia básica para a competitividade entre as organizações, é um fator de sucesso nos negócios na atualidade, sendo muito significativa no ramo empresarial. A organização que tem um bom relacionamento aproxima o cliente criando assim um diferencial em relação aos concorrentes. A competitividade é um conceito dinâmico, para acompanhar um processo concorrencial as empresas devem olhar para o passado para evitar a repetição de erros e para fortalecer os acertos, também devem se manter firmes e atentas no presente diante da instabilidade do mercado e finalmente devem olhar para o futuro a fim de promover os ajustes necessários. Segundo Porter (1999), há algumas décadas atrás a concorrência era praticamente inexistente em quase todo o mundo, existia uma grande proteção por parte dos governos às empresas e as formações de grandes cartéis colaboravam para a quase inexistência de competitividade. Após o final da segunda guerra mundial o 15 acirramento da competitividade se desenvolveu em virtude do progresso econômico da Alemanha e Japão. Atualmente ser competitivo é fundamental para as organizações sobreviverem no mundo globalizado. Para Ferraz 1997, a vantagem competitiva pode ser obtida de diversas fontes, em geral estão relacionadas às especificações dos produtos, ao processo de produção, às vendas, à gestão, às escalas produtivas, aos tamanhos dos mercados, às relações com fornecedores e usuários, aos condicionantes da política econômica, ao financiamento da empresa ou de sua clientela, às disponibilidades de infra-estrutura, a aspectos de natureza legal, entre outras. Segundo Kotler (1995), o marketing é o processo de planejamento e execução da concepção, preço, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais. Em uma mesma linha de raciocínio, Churchill; Peter (2003) descrevem que o marketing tem a essência de desenvolver trocas em que organizações e clientes participam voluntariamente de transações destinadas a trazer benefícios para ambos, enfatizando a importância de desenvolver e comercializar produtos e serviços com base no que os clientes precisam e desejam. É importante ressaltar que o excelente atendimento e o bom relacionamento com os clientes em uma empresa, estão entre os maiores diferenciais competitivos do mercado e constituem o fator principal para o crescimento das vendas e a evolução da empresas. Para melhor atender aos clientes é necessário vendedores com alta capacidade de comunicação, para acompanhar as mudanças de comportamento dos consumidores e das evoluções tecnológicas, o profissional em vendas precisa estar atento e atualizado neste processo de transições sociais e de mercado. Treinamento e motivação são muito importantes, um bom atendimento ao cliente é fator para que a empresa tenha êxito em suas negociações. O bem-estar dos clientes é alvo de preocupação para as empresas, sendo assim quanto mais informações forem obtidas a respeito dos consumidores melhor será traçada a estratégia de venda. A qualidade no atendimento, nos produtos e serviços, buscam satisfazer os clientes, buscando sempre o sucesso, concentrando-se na 16 satisfação do cliente, que se funciona muitas vezes, como uma espécie de palavra chave para representar a procura de melhoria. A Grã - Pisos é uma empresa que está a seis anos no mercado, trabalha com pisos e revestimentos cerâmicos, possui duas lojas, sua matriz em Barra Velha, e filial em Balneário Piçarras, atendendo pessoas da região e de diversas localidades de Santa Catarina. O acadêmico realizou seu estágio na Grã – Pisos loja matriz com a intenção de conhecer mais a respeito do atendimento e dos serviços prestados a seus clientes e consumidores. Buscar a excelência no atendimento primeiro requer conhecer as verdadeiras necessidades dos consumidores, para então satisfazê-los. Nas micro-empresas, como é o caso da empresa estudada, ocorre mais frequentemente, o contato direto do dono com os clientes, o que contribui para o conhecimento dos hábitos dos consumidores, na captação de informações mais precisas sobre eles, na composição do mix de produtos para a empresa e garante também um atendimento personalizado aos clientes. 17 1.1 Problema de pesquisa Com o intuito de melhorar e aprimorar o atendimento aos clientes e também aos consumidores, assim como, tornar-se mais competitiva em relação ao mercado delineou-se o seguinte problema de pesquisa. Quais os fatores para um bom atendimento em vendas? A resolução dessa questão inicialmente apresenta uma série de benefícios para a empresa, uma delas é conhecer o cliente. Foi estudado técnicas de atendimento encontradas em bibliografias de alguns importantes pensadores do marketing, assim como o fato de simplesmente conhecer o processo de venda e tudo que nela esteja envolvido. Conforme Richardson (1999, p. 58), “determinar e delimitar um problema de pesquisa implica conhecimento do fenômeno selecionado para estudo, o que se deseja pesquisar”. Visto que o acadêmico atua como vendedor da empresa onde irá realizar o trabalho, a pesquisa tornou-se uma ferramenta para o exercício de suas atividades e para o seu próprio crescimento profissional. A empresa esteve disposta a conceder toda e qualquer informação necessária para a realização do trabalho, uma vez que estas não venham interferir no desempenho de suas atividades nem servir como fonte de dados para seus concorrentes. 18 1.2 Objetivos do trabalho Para Dorneles (2001, p. 158) “objetivos são os anseios de ordem macro, aqueles que a empresa define de forma a cumprir sua missão de negócio, em busca de sua visão”. Para resolver o problema de pesquisa, pretende-se como objetivo geral identificar quais são os fatores para um bom atendimento nas vendas, na percepção dos clientes da Grã-Pisos. E, concomitantemente como objetivos específicos delinearam-se: - Verificar quais fatores são apontados como indicadores para um bom atendimento em vendas pelos clientes da Grã-Pisos. - Verificar o nível de satisfação dos clientes da Grã-Pisos. - Identificar os pontos fortes e fracos no atendimento na percepção do cliente. 1.3 Aspectos Metodológicos Este item trata em descrever a metodologia empregada no desenvolvimento da pesquisa, agrupados em caracterização da pesquisa, contexto e participantes da pesquisa, procedimentos e instrumentos de coleta de dados, tratamento e análise de dados. 1.3.1 Caracterização da pesquisa Para o desenvolvimento da pesquisa o método escolhido foi o quantitativo, que representa a intenção de garantir a precisão dos resultados, evitar distorções de análise e interpretação, possibilitando consequentemente, uma margem de segurança. Segundo Fachin (1993, p.73) “a quantificação científica é uma forma de atribuir 19 números a propriedades, objetos, acontecimentos, materiais, de modo que proporcione informações úteis”. Este método visa obter dados que possam ser mensuráveis e exatos. Nas palavras de Marconi (2002, p.18) “os dados devem ser, quanto possível, expressos com medidas numéricas”. O método da pesquisa se diferencia não só por sua sistemática, mas também pela forma de abordagem do problema, o método quantitativo é o mais apropriado para a presente pesquisa por trazer respostas mais concisas e comprobatórias tendo assim uma maior fundamentação. Para Richardson (1999), O método quantitativo, como o próprio nome indica, caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples, como percentual, média, desvio-padrão, as mais complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão, etc. (RICHARDSON, 1999 p.70). Quanto a tipologia do trabalho o método escolhido foi a de pesquisa descritiva, Lakatos (2002) comenta em sua obra que pesquisa descritiva é aquela em que se delineia o que é que envolve a descrição, registro, análise e interpretação dos fenômenos. Na visão de Roesch (2005, p. 137), “pesquisa descritiva não respondem bem o porquê, embora possam associar certos resultados a grupos de respondentes e o objetivo é colher informações sobre uma população”. Portanto a pesquisa descritiva permite descrever os fenômenos referentes à população que se pesquisa, porém sem compromisso em explicá-los, mas sem dúvida contribuindo para que o pesquisador chegue a uma conclusão sobre o assunto estudado. 1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa Neste item definem-se os participantes da pesquisa caracterizados pela população e amostra. A população a ser considerada engloba o grupo total de 1.023 clientes e relativamente 100% da carteira de clientes. Por motivos de tempo e acesso, foi feito um filtro na população, passando a considerar apenas os clientes domiciliados 20 no município de Barra Velha, representando absolutamente 253 clientes e relativamente 24,73% do total de clientes. Entretanto 770 são veranistas e relativamente 75,27% e só estão na região em alguns meses do ano, outro fator crítico é a quantidade de clientes que compram mensalmente, totalizando apenas 10 pessoas. Para calcular a amostra, será utilizada a fórmula de amostragem sistemática descrita abaixo por Barbetta (1994, p.45). no = 1 / Eo² n = N . n / N + no Sendo: N – tamanho (número de elementos) da população; n – tamanho (número de elementos) da amostra; no – uma primeira aproximação do tamanho da população; Eo² – erro amostral tolerável. A demonstração do cálculo da amostra descreve-se abaixo, considerando uma população de 1.023 clientes cadastro pela empresa. no = 1 / 0,05² (onde 0,05 é o percentual de tolerância do erro da amostra). no = 770 A população utilizada no trabalho de estágio é de 1.023 clientes finais. n = 1.023 . 253 / 1.023 + 770 n = 145 clientes Para o presente trabalho de estágio considera-se uma amostra baseada no resultado expresso acima de 145 clientes finais, que representam 19,75% da população total de 79,84% da amostra que representam 253 clientes, esta decisão partiu do calculo de Barbetta (1994). Serão utilizados alguns critérios como: Para a aplicação dos questionários foi considerado como amostragem a do tipo não probabilística acidental, que segundo Richardson (1999, p.160) é utilizado quando os sujeitos são escolhidos conforme alguns critérios. Os 10 clientes que compram mensalmente na empresa; Aqueles que foram na loja nos meses de julho e agosto de 2009, com a condição de que sejam clientes residentes na região. 21 Os critérios utilizados na aplicação do questionário se apresentam conforme a tabela a seguir: Cronograma de Aplicação dos Questionários Total de clientes (população) Total de clientes ativos residenciados no município de barra Velha e Piçarras (amostra) Total de clientes veranistas Total de clientes que compram mensalmente Números de semanas utilizadas Número de clientes entrevistados Quantidade a ser entrevistada por semana (Segundas à sábado) Quantidade a ser entrevistada por dia Tabela 1: Total de clientes da Grã-pisos Fonte: Elaborado pelo Acadêmico 1.023 253 770 10 05 145 29 4,833 1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados A mensuração dos dados e sua exatidão são importantes para a aplicação do conceito dentro do ambiente organizacional, considerando os dados extraídos em entrevistas, documentos da empresa e observações, sendo essas as técnicas utilizadas para as coletas de dados. A fonte de dados foi predominantemente primária, pois conforme afirma Roesch (1996) os dados primários são dados que nunca foram agrupados, e que são colhidos diretamente pelo pesquisador através de entrevistas, questionários, escalas, testes, observação, índices e relatórios escritos, que auxiliaram no cumprimento dos objetivos específicos da pesquisa, pois na elaboração dos questionários foram levados em consideração os objetivos definidos no início do trabalho. Para coletar os dados o estagiário utilizou um questionário. Segundo Cervo & Bervian (1996) o questionário é a forma mais utilizada para coletar dados, pois possibilita medir o que se deseja com melhor exatidão. Segundo Roesch (2006) O questionário é o instrumento mais utilizado em pesquisa quantitativa, principalmente em pesquisa de grande escala, como as que se possibilita levantar a opinião política da população ou a preferência do consumidor. 22 Quanto ao questionário, Oliveira (2002, p. 165) define como “instrumento que serve de apoio ao pesquisador para a coleta de dados e na sua elaboração da pesquisa, e uma estrutura que leve o pesquisador a obtenção das respostas necessárias”. Quanto a aplicação dos questionários Malhotra (2001 p.274) explica da seguinte forma o que é um questionário: “técnica estruturada para a coleta de dados, que consiste de uma série de perguntas – escritas ou verbais – que um entrevistado deve responder”. O questionário complementa boa parte da pesquisa, as perguntas devem ser bem elaboradas a fim de se extrair dos entrevistados o que se pretende saber. Depois de redigido, o questionário foi brevemente testado antes da sua utilização final, sendo aplicado a uma pequena parte da amostragem (10 clientes) com o intuito de identificar possíveis falhas, o pesquisador poderá em tempo hábil corrigi-las e aperfeiçoá-las a fim de melhorar o questionário final. A tabela 2 apresenta como o questionário foi estruturado e quais variáveis envolvem.: QUESTIONÁRIO Questões Variáveis Da 1.1 a 1.10 Caracterização dos respondentes 2.1 a 2.8 Fatores importantes para um bom atendimento 3.1 a 3.15 Como o cliente se sente em relação aos fatores oferecidos 4.1 a 4.8 Ambiente interno 5 Condições de pagamento 6 Forma de pagamento 7 Serviço de entrega 8 Quanto as reclamações e como é a atitude da empresa 9 Atendimento dos vendedores 10 Sugestões para melhorar o atendimento Tabela 2: Questionário Fonte: Elaborado pelo Acadêmico Os questionários foram aplicados conforme a Tabela 1, na qual foram expressas afirmações que possibilitaram ao entrevistado atribuir um peso de 1 a 7 conforme escala de 7 pontos, também chamada de escala de Likert ou escala contínua. 23 Sobre a escala de Likert, Malhotra (2006, p.266) diz que: “[...] é uma escala amplamente usada utilizada que exige que os entrevistados indiquem um grau de concordância ou discordância com uma série de afirmações sobre objetos de estímulo”, entre as categorias de resposta “discordo totalmente” e “concordo totalmente”. A escala de 7 pontos mostra-se mais apropriada pois deixa indefinido ao respondente qual é o meio termo, o fazendo responder de acordo com sua percepção. 1.3.4 Tratamento e análise dos dados Para o presente trabalho de estágio foi aplicada uma análise de dados no formato descritivo, onde constam dois processos de análise. O primeiro é a análise individual dos resultados obtidos em cada pergunta para avaliar a tendência, situação ou magnitude do aspecto detectado através do item ou da pergunta; o segundo processo consiste em combinar as diferentes respostas que tratam do mesmo fator. De acordo com Lakatos; Marconi (1991, p.168), “é a atividade intelectual que procura dar um significado mais amplo às respostas, vinculando-as a outros conhecimentos”. Em geral, a interpretação significa a exposição do verdadeiro significado do material apresentado, em relação aos objetivos propostos ao tema. A análise do conteúdo dos questionários será de extrema importância para o pesquisador delinear de forma bem clara o problema pesquisado, as perguntas serão fechadas, ou seja, o entrevistado não responderá nada além do que a ele for perguntado. Os dados que foram coletados pela aplicação dos questionários foram processados em um software (Bioestat 5), que garantiu uma maior precisão na interpretação e tabulação dos dados, além de facilitar a tabulação dos mesmos. Foram calculadas informações como: moda, média, mediana e desvio-padrão. Triola (2005, p.45) explica, “a média (aritmética) de um conjunto de valores é a medida de centro encontrada pela edição dos valores e divisão do total pelo número de valores”. A média pode ser determinada por precisão matemática. Segundo Oliveira (1999, p.14) “Mediana é o valor que centra a distribuição, ou seja, que a divide em duas partes de freqüências iguais”. 24 É ainda necessário entender o conceito de desvio-padrão no qual Oliveira (1999, p.16) diz ser “o protótipo das medidas de dispersão em virtude de suas propriedades matemáticas e de seu uso na teoria da amostragem”. Quando o desvio-padrão for grande, os valores da variável estarão muito longe de sua média e se for zero, então todos os valores são iguais. Tais informações foram calculadas por que tornaram os resultados da pesquisa mais exatos e precisos, não deixando lacunas para eventuais dúvidas e incertezas. 25 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Este capítulo consiste em fundamentar a pesquisa através de teorias existentes, assim como, a visão de alguns autores sobre o marketing, seus conceitos, sua importância, até as definições de marketing, satisfação, atendimento e venda, sendo estes, os principais assuntos considerados para o entendimento da pesquisa. 2.1 Marketing O marketing esta presente na vida das pessoas, desde o momento que acordamos até a hora de dormir, sem muitas vezes o perceber. Em uma organização, o marketing constrói a imagem dos produtos bem como da própria empresa, o trabalho do marketing começa bem antes do produto ser fabricado, existe um grande preparo antes de ser lançado ao mercado e também depois, quando se objetiva o feedback do cliente. Entender e estudar os diversos autores a respeito dos conceitos de marketing é necessário para uma visão ampla e abrangente do assunto. A revisão a seguir é importante para a compreensão do assunto abordado, percebe-se que cada autor tem um ponto de vista único e conceitos próprios, sendo assim visualizá-los foi o ponto inicial para entender o que é marketing e sua importância. Segundo Druker (2001), o primeiro homem a enxergar o marketing como uma função exclusiva e fundamental das empresas e a considerar a criação de um consumidor a tarefa específica da administração foi Cyrus H. McCormick1... Foi ele quem inventou os instrumentos básicos do marketing moderno: pesquisa e análise de mercado, o conceito de posição no mercado, modernas políticas de preços, o vendedor moderno de serviços, peças e assistência técnica ao consumidor e venda pelo crediário. Para Kotler (1998, p.27), “marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros”. 1 Cyrus H. McCormick, inventor e industrial nascido em Rockbridge County, Virginia, inventor da máquina de ceifar mecânica. 26 Schewe; Smith (1982) abordam que as empresas existem para servir apenas seus clientes e não seus próprios interesses, anos mais tarde Las Casas (1997), afirma: Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientados para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos da empresa ou indivíduos e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem estar da sociedade (LAS CASAS, 1997, p.20). Conforme Schewe; Smith (1982, p. 14), segue abaixo algumas definições de marketing: Marketing - É a entrega de um padrão de vida a sociedade (MAZUR, 1947). - É o desempenho de atividades empresariais que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor para o consumidor ou usuário (AMA, 1960). - É um sistema total de atividades empresariais inter-atuantes destinadas a planejar, apreçar, promover e distribuir bens e serviços que satisfazem a desejos dos clientes presentes e potenciais (STANTON, 1971). - É um conjunto de atividades necessárias e incidentais para ocasionar relacionamentos de troca em nosso sistema econômico (HOLLOWAY; HANCOCK, 1973). - Abrange atividades de troca conduzidas por indivíduos e organizações com o propósito de satisfazer aos desejos humanos (ENIS, 1977). Quadro 1: Definições antigas de marketing Fonte: Schewe; Smith (1982, p.14). Marketing para Silva (1987, p.116), “é o desempenho de atividades empresariais que dirigem o fluxo de mercadorias e serviços dos produtores para os consumidores finais”. Para Kotler; Armstrong (2003), “marketing é a entrega de satisfação para o cliente em forma de benefício”. Assim atrair novos clientes garantindo-lhes produtos, qualidade e serviço de maior valor e de manter os clientes atuais proporcionando-lhes satisfação, o marketing avalia as necessidades dos clientes para identificar se uma oportunidade de mercado é ou não lucrativa. Nas palavras de Kotler; Amstrong (2003), 27 O marketing tem por principal responsabilidade o alcance do crescimento em receitas lucrativas para a empresa. Ele deve identificar, avaliar e selecionar as oportunidades de mercado e estabelecer as estratégias para alcançar proeminência, senão domínio, nos mercados-alvo (KOTLER; AMSTRONG 2003, p.136). Churchill; Peter (2003, p. 4) abordam: “Marketing é o processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de idéias, produtos e serviços, a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais”. O marketing pode ser entendido segundo Dias (2003, p.2), como: “O processo social voltado para satisfazer as necessidades e os desejos de pessoas e organizações, por meio da criação da troca livre e competitiva de produtos e serviços que geram valor para as partes envolvidas no processo”. Considerando os conceitos apresentados e a expressão “troca” em comum Philip Kotler (1998, p.29), cita que: “Troca é o ato de obter um produto desejado de alguém, oferecendo algo em contrapartida”. Aquele autor traz cinco condições que devem ser satisfeitas em marketing: 1. Há pelo menos duas partes envolvidas. 2. Cada parte tem algo que pode ser de valor para a outra. 3. Cada parte tem capacidade de comunicação e entrega. 4. Cada parte é livre para aceitar ou rejeitar a oferta. 5. Cada parte acredita estar em condições de lidar com outra. Observando os conceitos já citados de marketing, Kotler (1998) diz que a definição de marketing está baseada nos seguintes construtos: necessidades, desejos, demandas, produto, valor, custo, satisfação do consumidor, incluindo também troca, transações, relacionamento, rede, mercados, empresas e consumidores potenciais. Conforme mostra a Figura 1: 28 Necessidades desejos e demanda Produto (bens, serviços e idéias Valor, custo e satisfação Troca e transações Relacionamento e redes mercados Empresas e consumidores potenciais Figura 1: Conceitos centrais de marketing Fonte: Kotler (1998, p.28) Para Kotler (1998), a expectativa do cliente ao adquirir um produto ou serviço é de ser bem atendido, ter em suas mãos um bem que lhe proporcione um grande beneficio, enfim, que possua qualidade. Nas organizações em geral a grande preocupação atual está relacionado a isso, pois somente assim ele conseguirá conquistar seu cliente, e consequentemente satisfação para empresa e para o cliente em uma relação comercial. Para qual sua relação com a satisfação, segue abaixo estudo sobre o tema satisfação. A satisfação foi estudada de forma a conhecer a visão dos clientes em relação aos produtos e serviços oferecidos. Segundo Cobra (1992), satisfazer as necessidades dos consumidores é: È preciso que os produtos ou serviços a ser ofertados tenham boa qualidade, que as características atendam aos gostos dos consumidores, com boas opções de modelos e estilos, com nome atraente de marca, acondicionados em embalagens sedutoras, em variados tamanhos de produtos, com serviços e quantias ao usuário que proporcionem adequados retornos financeiros à organização (COBRA 1992, p.43). Kotler (1998, p.65) define: “Qualidade é a totalidade de aspectos e características de um produto ou serviço que proporcionam a satisfação de necessidades declaradas e implícitas”. Sendo assim, a qualidade é resultante quando o vendedor atinge ou supera as expectativas de seu cliente. Contudo, Las Casas (2006) ressalta que o modo com o qual as empresas encontram em se diferenciar quanto aos seus concorrentes, está ligada ao atendimento ao cliente. Considerado um fator importante e decisivo na conquista de clientes e na busca pela satisfação do mesmo. O atendimento é uma das inúmeras funções que o marketing oferece, conforme os conhecimentos de Aker. Day; Kumar, (2004, p. 25), “o conceito de marketing exige que a satisfação do cliente, mais que a maximização dos lucros, seja a meta de uma organização”. 29 Segundo Kotler (1998) além de satisfação o marketing parte do pressuposto de identificar as necessidades do consumidor, caracterizando-a como uma carência de alguma satisfação básica. Já a demanda (procura) é composta pelos desejos associados à habilidade e disposição para comprar determinados produtos, que podem ser bens, serviços ou idéias. No caso do ramo cerâmico observamos os seguintes exemplos, uma pessoa quando compra o revestimento cerâmico (pisos) para sua residência, busca não só atender a uma necessidade, pois na maioria das vezes escolhe um tipo de piso dez vezes mais caro e com a mesma eficiência de um da mesma marca isto para atender a sua própria necessidade. Para Maslow (2000), as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem atingidos e superados. Isto significa que, no momento em que o cliente supre uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que o mesmo busque meio para satisfazê-la. Sendo assim, o homem expande suas necessidades no decorres da vida. Ainda aquele autor apresenta que o ser humano satisfaz suas necessidades básicas outras mais elevadas surgem. Tais necessidades são baseadas em dois grupos: de deficiência e crescimento. As necessidades de deficiência são as fisiológicas, de segurança, de afeto e de estima, enquanto que as necessidades de crescimento são aquelas relacionadas ao auto desenvolvimento, conquistas e sucesso (MASLOW, 2000). É por isso que uma organização deve ter dentro de seu plano de negócio a função do marketing. Uma observação, segundo Sheth, Mittal; Newman (2001, p. 35), “Peter F. Drucker, considerado um dos mais importantes gurus da administração em todo o mundo, acredita que o propósito dos negócios é criar e manter clientes satisfeitos”. Mas de outro modo acredita-se que não adianta apenas criar e manter clientes, mas sim conseguir a sua criação, manutenção e principalmente a satisfação. Para Kotler e Keller (2006), o profissional de marketing deve tentar entender as necessidades, desejos e satisfação do mercado-alvo. É possível observar que os conceitos apresentados têm em comum as palavras necessidades, desejos e satisfação. 30 De acordo com Dias (2003), a satisfação da necessidade é o estudo de realização atingido quando o desempenho do produto se iguala à expectativa do cliente ou a supera e ainda para o autor necessidade é, Necessidade é o estado de carência e privação sentido por uma pessoa, que provoca a motivação para o consumo. A necessidade inata é inerente à natureza humana e não pode ser esgotada. A necessidade adquirida é derivada do ambiente cultural e social e pode ser esgotada (DIAS 2003, p. 4). Necessidades: são os requisitos humanos básicos. Para sobreviver, as pessoas precisam de comida, ar, água, roupas e abrigo. Também tem fortes necessidades de recreação, instrução e diversão. Desejos: quando direcionadas a objetos específicos que possam satisfazê-las. Os desejos são moldados pela sociedade de cada um. A satisfação: reflete os julgamentos comparativos de uma pessoa do desempenho percebido de um produto em relação a suas expectativas. Se o desempenho fica aquém das expectativas, o cliente fica insatisfeito e desapontado. Se alcançar, o cliente fica satisfeito. Se o desempenho supera as expectativas, o cliente fica altamente satisfeito ou encantado. Com base nessa definição o principal desafio das empresas é tratar cada cliente como preferencial, onde a percepção de cada um com relação à empresa é de que está contratando um serviço de qualidade, pois recebe a devida atenção e preocupação do vendedor para com o cliente (LAS CASAS, 2006). No conceito de marketing apresentado por Tavares (2007), as necessidades, os desejos, a demanda, o produto, a troca, as transações e o mercado estão diretamente ligados uns ao outros. A seguir, algumas definições dos elementos que compõem a sua estrutura conceitual. 31 Figura 2: Conceitos centrais de marketing Fonte: Tavares (2007) - As necessidades estão relacionadas ao entendimento das necessidades humanas, trata-se de um estado de privação do indivíduo, que inclui as necessidades físicas básicas, sociais e individuais de conhecimento e auto-realização. - Os desejos referem-se a características individuais, se modificam conforme as transformações ocorridas na sociedade, são na verdade lacunas que jamais são preenchidas. - A demanda significa o volume total comprado através da capacidade de compra de cada indivíduo, os desejos se tornam demandas. - Os produtos existem para atender as necessidades e desejos humanos. Um produto é qualquer coisa que possa ser oferecida a um mercado para satisfazer parcialmente uma necessidade ou desejo. - A troca é o ato de se obter um objeto desejado oferecendo algo como retorno, é a comunhão entre duas partes (produto e comprador) com interesses que, em um dado momento, estão em convergência. - Uma transação é composta de uma troca de valores entre duas partes. - Um mercado é o grupo de compradores reais e potenciais de um produto, podendo ser sua estrutura virtual ou física (PORTAL DO MARKETING, 2009). 32 Diferentes objetivos foram propostos para um sistema de marketing, tais como maximizar o consumo, a satisfação do consumidor, a escolha do consumidor ou qualidade de vida. O interesse pelo marketing tem crescido à medida que mais organizações no ramo de negócios, organizações sem fins lucrativos e de âmbito internacional descobrem as formas através da qual o marketing pode melhorar seu desempenho (DAVID SILVA, 2009). As práticas de marketing têm impacto na sociedade, podemos observar que de uma forma geral o marketing é um processo de estabelecer preço, planejar e executar a concepção, a promoção e a distribuição de produtos e serviços, com o objetivo de criar trocas, ou seja, um processo de compra e venda que satisfaça as necessidades, metas individuais de quem os consomem. O marketing é visto atualmente como algo de grande importância em toda a organização, e seu estudo é fundamental para a criação, oferta e venda de produtos e serviços, assim como também é importante para a sobrevivência do mesmo no mercado. É necessário que as organizações não se acomodem e que haja estudos visando sempre a melhoria e evolução dos mesmos. Desta forma, confirmamos que o homem precisa de diferentes elementos para sobreviver, alguns vitais e outros supérfluos, porém, todos associados à satisfação da necessidade humana. 2.1.2 Mix de Marketing O mix de marketing refere-se às áreas primárias do processo decisório. Essas quatro áreas são decisões de produto, preço, comunicação e decisões de lugar (ou distribuição). O marketing mix é chamado 4Ps (produto, preço, praça e promoção) Kotler (1996) mostra que essa descrição foi usada pela primeira vez por E. Jerome McCarthy no início dos anos 60. As estratégias de marketing de uma empresa são determinadas de acordo com os produtos ou serviços oferecidos e pelo mercado alvo. Sendo necessário desenvolver, para cada produto ou serviço, um composto de marketing. 33 McCarthy; Perreault (1997), detalham o mix de marketing da seguinte forma, o P produto é formado de qualidade, marca, design e embalagem. Já o P preço é constituído por descontos e prazos de pagamento. Enquanto o P praça se refere a local onde o produto será oferecido, armazenado e canais de distribuição física. E por último o P promoção, este está relacionado a todas as formas de comunicação com o cliente, desde a venda pessoal, propaganda e relações públicas. De acordo com McCarthy; Perreault (1997), o composto de marketing é a forma organizada de tomada de decisões, referentes a lançamento e distribuição de produto, de forma simplificada, com todas as variáveis possíveis. Quando se trata dos quatro P’s, para aqueles autores não há um que seja mais importante que o outro, na composição do mix de marketing todas as decisões devem ser tomadas juntas. Ainda para aqueles autores cada “P” possuem características próprias e áreas de decisões. Conforme mostra o Quadro 2: Quadro 2: Áreas de decisão estratégica organizadas para os quatro P’s. Fonte: McCarthy; Perreault (1997, p.45). Para Kotler (1998, p.97), o planejamento de marketing gira em torno do composto de marketing da organização, que pode ser definido como um conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir os objetivos de marketing. 34 Produto Objeto principal da comercializado. Preço O valor do bem, a quantia que o consumidor quer pagar para obtê-lo. Promoção Como vender esse bem? Praça Onde vender esse bem? Variedade do produto, qualidade, Design, Características, Nome da marca, Embalagem, Tamanhos, Serviços; Lista de preços, Descontos, Condições, Prazo de pagamento, Condições de crédito; Promoção de vendas, Propaganda, Força de vendas, Relações públicas, Marketing direto; Canais, Cobertura, Sortimento, Localizações, Estoque, Transporte; Quadro 3: Composto de marketing para Kotler: os 4 P’s Fonte: Kotler (1998, p.97). Para Rocha; Christensen (1999, p.26), o composto de marketing “é o conjunto de instrumentos controláveis pelo gerente de marketing, por meio dos quais ele pode obter melhor ajustamento entre a oferta que sua empresa faz ao mercado e a demanda existente”. Nos estudos de Pinho (2001, p.34), o mix de marketing “é o conjunto de instrumentos que a organização pode usar para viabilizar operacionalmente suas estratégias”. Segundo aquele autor é através do mix de marketing que a empresa faz o lançamento do produto, comunica aos compradores sua existência induzindo-os a dar preferência ao seu produto frente aos concorrentes. Ainda segundo Pinho (2001, p.35), o P produto “determina as escolhas relativas à apresentação física e linha do produto, embalagem, marca e serviços”. O P distribuição determina os canais de distribuição, distribuição física, armazenagem e reposição de produtos. A determinação do preço repassado ao consumidor, forma de pagamento, descontos e financiamentos são abordados pelo P preço. Enquanto a promoção se trata de todas as formas de comunicação utilizadas pela empresa para informar a existência do produto. Seguindo a mesma linha de raciocínio Churchill; Peter (2003, p.20), consideram que o composto de marketing “é uma combinação de ferramentas estratégicas usadas para criar valor para os clientes e alcançar os objetivos da organização.” Os autores caracterizam os quatro P’s sendo o produto “algo oferecido por profissionais de marketing para clientes com propósito de troca.” O preço sendo “a quantidade de dinheiro ou outro recurso que deve ser dada em troca de produtos e serviços.” O P promoção, se refere apenas aos canais de distribuição dos produtos e serviços ao 35 mercado. E o P promoção é caracterizado pelos autores como “meios pessoais e impessoais usados para informar, convencer e lembrar os clientes sobre produtos e serviços”. Conforme mostra a Figura 3, os quatro P’s são ferramentas de marketing voltadas para atender as necessidades do público alvo, permitindo ao administrador de marketing maior direcionamento de suas estratégias para atender este mercado. A empresa diferencia-se de seus concorrentes através da utilização destes instrumentos. Figura 3: Os quatro P’s Fonte: Churchill; Peter (2003, p.20). Richers (1986) desenvolveu estudos voltados à realidade brasileira. Chegou a comentar certa vez que a palavra Marketing circulava no Brasil com quase a mesma frequência e intensidade que expressões como Democracia ou goiabada. Foi ele que usou, pela primeira vez, o termo "Mercadologia" para definir "Marketing" em português. Richers (1986) definiu um modelo que compreende as funções básicas de uma Administração de Marketing. Para o autor, essas funções se dividiriam em 4 fases: Análise, Adaptação, Ativação e Avaliação. Este modelo batizado de Sistema Integrado de Marketing ficou mais conhecido como os 4 As do Marketing, em contraposição aos 4 36 Ps de Mc Carthy (Produto, Preço, Praça e Promoção). As fases e atividades correspondentes aos 4As são O Primeiro “A” refere-se à Análise: essa é a primeira etapa de levantamento de informações que contribuirão para as estratégias da empresa. Os aspectos a serem analisados são os de macro e microambiente. Ou seja, análises de cenários econômicos, políticos, psicográficos, tecnológicos, sociais, e demais. Além de identificar as oportunidades e ameaças externas à empresa resultantes desses cenários. Não esquecendo de avaliar e reconhecer as potencialidades e limitações internas que compõem o cenário da empresa, tais como: funcionários, fornecedores, parceiros, recursos financeiros, capacidade produtiva, enfim. Todos esses aspectos devem ser observados, levantados e analisados a fim de evitar o menor risco possível no momento de tomar decisões estratégicas. O segundo “A” é o de Adaptação: Em um mercado de profundas mudanças mercadológicas em pouco espaço de tempo, se faz necessário que a capacidade de adaptabilidade às mudanças estratégicas seja um ponto marcante e constante na empresa. Segundo Richers (1986) após a organização ter em mãos as informações analisadas do macro e micro ambiente deverá montar suas estratégias quanto ao seu composto de produto, seu preço, suas estruturas promocionais e seus canais de distribuição. O Terceiro “A” é o de Ativação: Esse é o ponto de averiguar se as estratégias contribuíram para a aceitação ou não do produto no mercado. Momento em que o produto é colocado em contato físico com o cliente/consumidor. Lembrando que quando se fala em venda englobamos os canais e consumidores finais, os elos da cadeia de distribuição. O objetivo desta etapa é que as duas primeiras se transformem em vendas. É exatamente nesta fase que devemos prestar atenção nas taxas de recompensas, dentre outros. Segundo Richers (1986) “é na ativação que os pontos fortes e fracos da empresa são mostrados ao mercado (entenda-se clientes, consumidores finais, concorrência e público em geral)”. O Quarto “A” de Richers (1986) é o de Avaliação: Esse é o ponto crucial, toda avaliação deve ser feita para medir a relação entre os esforços despendidos e retornos alcançados. É na avaliação que verificamos: volume de vendas; aceitação da marca; 37 aceitação do produto; perfil do cliente/consumidor; embalagens, preço, pontos de vendas, atendimento, gestão de canais e gestão interna da empresa. Richers (2000) diz que para proporcionar a satisfação ao cliente, é necessário considerar os princípios vitais do marketing que se referem a atender e entender realmente suas necessidades, sob a visão de dois prismas, que são: Operacional e sistêmica. A maneira operacional se resume em delegar funções de cima, cada agente dos planos de marketing executa uma única função. E para a maneira sistêmica, e mais contemporânea, correspondem a equipes de trabalho em que cada um pode exercer várias funções, atendendo a desejos específicos dos clientes (RICHERS, 2000, p.151). Richers (2000) traz uma figura explicando como funciona a relação entre os 4 As e os 4 Pês. Chamando de “roda-viva”, iniciando na Análise e vai até chegar a fase de Avaliação e recomeçar tudo novamente. Dentre todos os compostos abaixo, o principal objetivo é fazer com que o composto de marketing (marketing mix) dos produtos/serviços atinja diretamente os produtos sem precisar ser empurrado. Figura 4: Relação entre o mix de Marketing e os 4 As Fonte: Richers (2000, p.155). 38 Dessa forma o tal composto, pode ser utilizado de forma a priorizar os clientes, sem levar em consideração os produtos oferecidos e sua importância, bem como, o modo como estes são oferecidos, foram empregados os 4Cs do marketing. Robert Lauterborn desenvolveu em 1990 uma nova visão para o Marketing Mix. Lauterborn ofereceu 4 novos ingredientes, os 4Cs. Para o autor, os 4 Ps poderiam perfeitamente ser substituídos por 4Cs: Consumers Wants and needs, Cost To Satisfy, Convenience to buy, Communication. Kotler (1999) traz um quadro comparativo dos compostos de marketing. Quadro 4: Comparativo dos compostos de marketing Fonte: Adaptado pelo acadêmico, Kotler (1999, p.126) No Brasil os 4Cs foram traduzidos como: necessidades e desejos do consumidor, custo para satisfazer o consumidor, conveniência para compra e comunicação (TORRES, 2008). Churchill; Peter (2005) consideram que o mix de marketing conhecido também como composto mercadológico, é uma estratégia que colabora com o desenvolvimento da organização e as influências de marketing, podem afetar o processo de compra do consumidor, não viabilizando a sua satisfação. Esta pesquisa estuda o componente P de promoção, o A de ativação e o C de comunicação, pois estes componentes estão relacionados com o processo de vendas e o atendimento da empresa. 39 2.1.3 Vendas Antigamente a venda era conhecida como uma atividade de troca, atualmente seu conceito é bem amplo. O profissional que trabalha neste ramo necessariamente precisa de certos requisitos como habilidade de comunicação, conhecimento das necessidades e desejos dos clientes, conhecimento do produto ou serviço que vende, entre outras mais. Portanto, como já vimos anteriormente, o marketing envolve necessidades, desejos, trocas, demanda, produtos, mercados, propagandas, enfim, elementos que possam, de alguma forma, trazer a satisfação dos clientes e da empresa, é por isso que as atividades de marketing se encaixam as atividades de vendas. Existe uma idéia de que o consumidor não comprará uma quantidade de produtos suficiente, a menos que se faça um esforço adicional de vendas e promoção, este conceito é mais utilizado quando se tratam de produtos não-demandados, aqueles que os compradores não pensam em comprar (enciclopédias, jazigos). Há ocasiões, em que uma orientação para vendas é adequada. Por exemplo, as lojas às vezes têm um excesso de oferta de mercadorias antigas, para vendê-las, elas baixam o preço a fim de criar demanda (STRAUCH - sc. 2009). Para Las Casas (2004) a promoção é um dos instrumentos de marketing disponíveis ao administrador. Ela tem sentido de comunicação com o mercado e dentro deste contexto, a atividade promoção de vendas exerce papel de extrema importância para o faturamento das empresas. O conceito de venda visualiza lucro através das vendas e utilizava como meio uma integração entre venda e promoção, sendo o foco o produto. Hoje, o foco é a necessidade do cliente, o meio é o marketing, por fim, a obtenção do lucro como a satisfação do cliente. Dessa maneira, o meio não é a venda em si, mas o marketing dentro da venda com a finalidade de satisfazer o cliente (KOTLER, 1998). A Figura 5 ilustra essa evolução do conceito de vendas. 40 Antes Hoje Foco Meio Produto Venda e Promoção Lucro com a venda Necessidade do Cliente Marketing Integrado Lucro c/ a satisfação do cliente Fim Figura 5: Diferença entre marketing e venda: evolução do conceito. Fonte: Kotler (1998) A atividade chamada venda, toca todos nós através da vida, quando éramos pequenos “vendíamos” a nossos pais a idéia de nos darem mais doces, novas bicicletas, melhores brinquedos e bonecas mais bonitas, mais tarde, por nossas palavras e ações, “vendamo-nos” aos nossos grupos, por fim, como adultos, constatamos que para conseguir um trabalho e garantir o futuro é que temos de sair e nos “vender” (SCHEWE ; SMITH, 1982). Para melhor entender a situação em que se encontra um vendedor, o autor Charles; Reuben (1982) explica que atualmente um vendedor pode ser visto como o gerente de marketing para um território inteiro, mas em vez de ser um mero empurrador de produtos, um vendedor toca muitos instrumentos, o trabalho-núcleo de um vendedor é localizar clientes prospectivos e convertê-los em compradores, dar seguimento a transação para garantir que a satisfação proporcionada seja completa. Em uma venda é executado diversos tipos de trabalho, enquanto alguns vendedores não são muito criativos e de fato, solicitem pouco talento, outros acarretam uma grande dose de criatividade. Para sublinharmos as diferenças, consideram-se sete tipos de trabalhos de vendas, para vendedores com pouca criatividade e com muita criatividade. (SCHEWE; SMITH, 1982). 41 Figura 6: Tipos de trabalho de vendas. Fonte: Schewe; Smith (1982, p. 448). A venda direta é aquela que os distribuidores recebem uma porcentagem das vendas dos vendedores que eles recrutam, ou seja, um ganha em cima do outro, ocorre quando a venda de produtos e serviços não é feita dentro do estabelecimento comercial, neste caso podem ser realizadas de pessoa a pessoa, individualmente ou não. Para Kotler; Keller (2006), A venda está voltada para as necessidades do vendedor, o marketing, para as necessidades do comprador. A venda preocupa-se com a necessidade do vendedor de converter seu produto em dinheiro, o marketing, com a idéia de satisfazer as necessidades do cliente por meio do produto e de todo um conjunto de coisas associado a sua criação, entrega e consumo final (KOTLER; KELLER 2006, p.14). O`Connor; Prior (1999) acreditam que vender é uma nova ciência apoiada em novos conhecimentos, os quais podem ser resumidos na habilidade em criar e manter bons relacionamentos e na postura de congruência pessoal do vendedor. O ato de 42 vender não simplesmente significa comercializar produtos ou serviços, mas principalmente a relação que se tem com o cliente, entendê-lo e buscar satisfazê-lo é muito importante, todo vendedor deveria prestar atenção nos clientes de modo a buscar informações sobre ele, o máximo que conseguir. Será abordado no tópico seguinte a importância do atendimento e a relação cliente versus vendedor. 2.1.4 Atendimento Um bom atendimento ao cliente é fator fundamental para que a empresa tenha êxito em suas negociações, pois ele saberá que será atendido de forma profissional e confiável sempre que precisar. O consumidor é um grande “objeto” de pesquisa para o profissional de marketing, seus desejos, necessidades, hábitos e tudo o que o estimula a comprar faz parte deste estudo. Pode se dizer que toda pessoa sofre influências externas e internas (desejos), sendo assim investiga-se que ações poderiam ser tomadas no momento do atendimento por parte do vendedor. Para Charles D. Schewe; Reuben M. Smith (1982) é necessário entender bem os consumidores para obter um bom atendimento. O estudo da personalidade de cada consumidor também é importante, pois atribui significado e valor as coisas. A forma de melhor atender não segue a uma regra específica, ou receita infalível, porque cada cliente possui uma educação e cultura diferente e dessa maneira entende a receptividade do atendente de forma singular. Os autores Charles; Reuben (1982) consideram que, O consumidor é uma caixa preta [...] os mercadizadores vêem os consumidores como bombardeados por estímulos (informação) que levam as certas respostas neste caso, comportamento de troca. Um estímulo pode ser qualquer coisa que cause uma resposta. É uma peça de informação que um indivíduo processa e sobre a qual depois atua. Em termos de marketing, os estímulos incluem o composto de marketing (produto, preço, posição ou lugar e promoção); compostos de marketing concorrentes; e influenciam sociais (cultura, classe, grupos de referência e família) (CHARLES; REUBEN 1982, p.163). 43 O consumidor O composto de marketing Compostos de marketing concorrentes Influências sociais (cultura, classe), social, grupos de referencia e família) Estímulos Respostas Troca não-troca Busca de mais informações Figura 7: O consumidor como uma caixa preta. Fonte: Charles; Reuben (1982, p.163) Conforme a Figura 6, Charles D. Schewe; Reuben M. Smith (1982) se pode perceber que nem todos os estímulos do marketing correspondem a uma troca, o cliente ainda pode buscar por mais informações a respeito do produto ou ainda desistir da compra. Na posição de vendedor nem sempre é possível acertar, porém é necessário conhecer o cliente e a partir disso a venda torna-se mais fácil. Para Dias (2003, p.274) atendimento ao cliente é: “Comunicação interativa, iniciada, em geral, pelo cliente, com o propósito de responder dúvidas e perguntas, esclarecer sobre a maneira de consumir e resolver problemas decorrentes do uso do produto”. Uma vez que atuamos no mercado varejista e como consumidores que somos, podemos perceber aí o grande problema do varejista atual: o atendimento. E atendimento confunde-se com relacionamentos “duradouros”, pois não há, apenas a troca do dinheiro pela mercadoria ou serviço como era antigamente. Sugere-se manter uma ligação mais próxima possível com o cliente. Para Bueno (2003, p.45) “ser ‘duradouro’ é ser líder, e, para tanto, é fundamental as empresas tradicionais se 44 adaptem aos novos tempos, incorporando novos valores e novas formas de relacionamento com a sociedade e novos processos de gestão”. Atender o cliente com qualidade ou satisfazê-lo, é uma filosofia empresarial baseada na parceria. é importante compreender que, atender o cliente com qualidade não se resume a tratá-lo bem, é mais do que isso, atualmente significa acrescentar benefícios a produtos e serviços objetivando superar as expectativas dele. O benefício de se estudar mais a respeito de atendimento nas empresas não se resume só ao lucro, estudar e analisar o atendimento que uma empresa presta aos seus clientes é uma oportunidade de conhecer a qualidade desse atendimento e a satisfação ou insatisfação em relação à empresa. De acordo com Bee; Francês (2000, p.14) “clientes satisfeitos com o atendimento que recebem provocam menos estresse, tomam menos tempo, falam suas satisfações para outras pessoas, trazem satisfações ao trabalho e podem ajudar a motivar você e sua equipe”. Também conforme Bee e Frances (2000, p.14) clientes são “seres humano, é natural quererem receber um atendimento atencioso, prestativo e eficiente”. Quem presta o serviço fica conhecido pela maneira como atende e para um bom atendimento nada melhor do que a empatia, ou seja, colocar-se no lugar do outro, para Pilares (1999, p.33) “se o emissor e o receptor abandonarem uma postura hostil, se tentearem privilegiar a comunicação e respeitarem as diferenças pessoais, conseguirão um resultado muito mais eficiente na transmissão e na apreensão da mensagem”. Para Scott (2002), Quando você se concentra nos princípios da satisfação do cliente, obtém uma melhor orientação sobre o que os clientes querem ou não querem, e sobre o que necessita ser feito, ou pode ser melhorado. Você vai aprender a eliminar os aspectos desnecessários do seu trabalho e conseguir maior produção com menos gente, por meio de técnicas de produção e estímulo á cooperação. Quando você se concentra na satisfação dos clientes, determina um propósito unificado que leva a um melhor trabalho em equipe e maior produtividade. (SCOTT 2002, p.2). 45 Figura 8: Evolução das estratégias de marketing Fonte: Elaborado pela professora Fabiela Andrighi (2007). A criação de uma estratégia de marketing bem sucedida, a identificação de oportunidades para vender produtos e serviços e a ligação mais eficaz com os atuais e os potenciais clientes é uma tarefa exigente. Atualmente a abordagem do marketing é voltada para o cliente, não mais se usa técnicas manipulativas e enganosas para vender um produto ou serviço. O vendedor de hoje apresenta informações para o cliente e oferece estímulos como perguntas, ações, auxílios audiovisuais e demonstrações e em contra partida o cliente responde a esses estímulos com reações favoráveis ou não para uma eventual compra. O atendimento ao cliente envolve todas as pessoas que fazem parte da organização, todos os funcionários devem estar envolvidos para satisfazer as necessidades dos clientes da empresa. Para Gerson (2001, p.19) “a maioria das empresas vê o atendimento a clientes como algo feito após a venda. Elas vêem o processo mais como um sistema de atendimento de reclamações do que uma técnica de marketing. A solução de reclamações é apenas ema pequena parte do todo, ou algo momentâneo”. Existem quatro elementos básicos envolvendo o bom atendimento aos clientes. Para Bee; Francês (2000) as definições são: 46 Adequação: seu serviço/produto é o que o cliente realmente quer – ele atende as necessidades dele? Consistência/confiabilidade: seu serviço/produto correspondem sempre a um mesmo padrão? Oportunidade: o atendimento é oferecido quando o cliente precisa e durante um período de tempo razoável? Satisfação: o atendimento é oferecido de modo a representar uma experiência agradável para o cliente, ou seja, você é simpático e prestativo, mostra e/ou preocupação? (BEE; FRANCÊS, 2000, p. 25) Conforme Las Casas (1997, p.153) “implantar uma filosofia empresarial de atendimento é fundamental, mas se não houver uma internalização da filosofia por meio dos funcionários, com certeza não haverá condições de satisfazer os clientes”. Segundo Kotler (1998, p.53) “Satisfação é o sentimento de prazer ou de desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo produto (ou resultado) em relação às expectativas da pessoa”. Já para cobra (1997), a satisfação da compra está ligada a certas sensações de satisfação que o consumidor imagina estar levando à satisfação de necessidades. É necessário que todos na organização entendam a importância que o atendimento tem, tanto para o cliente como para a empresa, buscar conhecer o cliente seus desejos e necessidades também faz parte do atendimento que é algo bem mais complexo do que simplesmente a maior parte das pessoas acreditam. 47 3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA A loja Grã-Pisos iniciou sua história em outubro de 1994 com o casal Dionísio Kock e Lucileda Estevam Ferreira. Dionísio é Representante comercial de piso cerâmico a mais de 20 anos e morava em Joinville com sua esposa Lucileda, que na época ficava no escritório em sua própria casa agendando visitas para Dionísio e assim tiveram a idéia de montar seu próprio comércio. Em 1994 vieram para Barra Velha, onde compraram uma casa, reunindo seus recursos e montando em uma sala comercial alugada, a então Grã-Pisos, que ficava na Avenida Itajuba nº. 2200 Itajuba, Barra Velha SC. Com muita perseverança resistiram ao grande impacto inicial, superando várias dificuldades de implantação e de resistência nos primeiros anos da loja. Conseguiram iniciar as atividades da empresa já com grandes concorrentes na área de Material de construção, entretanto eram os únicos especializados apenas na venda de cerâmica da cidade. O ideal de cada um deles era lutar pela permanecimento e crescimento da empresa buscando oferecer qualidade de seus produtos e serviços focados na satisfação do cliente, uma vez que se via a insuficiência nas empresas atuantes no mercado regional. Depois dessa superação, começou a estabilidade, evitando retiradas de capital e investindo o lucro obtido na própria loja, eles conseguiram durante algum tempo fazer com que houvesse a necessidade de ampliação do espaço físico da loja, devido ao bom andamento de seus negócios. Assim no dia 05 de setembro de 2002 foi construído um depósito (armazém) próprio situado na Rua Areia Branca nº 406. Em 23 de abril de 2003, a Grã-Pisos criou sua primeira filial, na Avenida Nereu Ramos nº 397, centro Balneário Piçarras, cidade vizinha a da loja da matriz. Não contentes ainda, os donos decidiram continuar a investir no próprio negócio e então passaram sua matriz para o centro do bairro, na avenida principal no qual o movimento de pessoas é maior do que a rua da matriz anterior. A idéia era possuir um espaço interno mais amplo, com mais comodidade para os clientes e com inúmeros itens de cerâmicas, mudaram sua matriz em 24 de julho de 2006 para uma sede própria na Avenida Itajuba nº 1982 centro, Barra Velha SC.Atualmente a empresa se encontra com 48 uma equipe de quatro funcionários, três vendedores, dois em sua matriz, um na filial e um conferente no deposito (armazém). A loja continuou a crescer e ampliou seu mix de produtos, que além da própria cerâmica agora também é comercializa balcões, lousas sanitárias e kit acessório para banheiro, além de oferecer à sua clientela marcas já conhecidas e bem renomadas que facilitam as operações das vendas. A Grã-pisos, apesar de estar a 15 anos no mercado tem suas ambições de investimentos, trabalha de maneira correta e segura e sempre observa as tendências e inovações sempre atenta as mudanças e a frente dos concorrentes, com produtos inovadores e um mix de produto grande para melhor atender a cada cliente. Devido a um trabalho na área de marketing que vem sendo desenvolvido e concentrado na própria loja, a mesma vem ganhado espaço e conquistando parte do mercado em relação aos seus concorrentes. Seu setor administrativo é composto pelo sócio (proprietários), que cuidam da compra, armazenamento e dos preços dos produtos. Neste mesmo setor é feita a contratação, no qual é analisado o currículo dos candidatos a vendedor. Após análise deste currículo é feita uma entrevista com o mesmo, o candidato é avaliado nos critérios que um vendedor precisa ter, se tiver experiência na área é melhor, depois da entrevista então a decisão caberá aos donos. Também cabe à eles o lançamentos de mercadorias, gerenciamento de estoque, atualização, controle sobre vendas e coordenação em geral. Como desenvolvimento, a empresa aos poucos vai ampliando os investimentos, como por exemplo, a aquisição de equipamento informático para mais agilidade dos vendedores, na hora de consultar cheques, cadastrar clientes, lançamento de nota fiscal, entre outros. No ambiente externo atualmente o mercado é promissor, porque há a necessidade de construir casas e comércios. Com o aumento da população vem o aumento da construção, também temos os veranistas, por ser tratar de uma região litoral, muitas pessoas constroem nas cidades da região (Barra Velha, Balneário Piçarras e Penha). Assim visando empreendimentos futuros à mesma procura investir 49 na ampliação da empresa no sentido de abrir novas filiais, assim como a contratação de novos funcionários, buscando sempre atender de modo satisfatório toda sua clientela. Figura 9: Fachada da loja Grã-Pisos Fonte: Foto realizada pelo acadêmico (2009) Figura 10: Localização da loja Grã-Pisos Fonte: Google Maps 50 4 RESULTADOS DA PESQUISA Nesta etapa do trabalho, são apresentados os resultados da pesquisa com os clientes da Grã-Pisos, bem como a tabulação, análise e interpretação dos dados coletados. A pesquisa foi realizado através de questionário com 10 questões, de perguntas abertas e uma fechada, questões, da 1.1 à 1.10 perguntas pessoais, 2.1 à 2.8 fatores importantes para um bom atendimento, 3.1 à 3.15 como o cliente se sente em relação aos fatores oferecidos pela Grã-Pisos, 4.1 à 4.8 como é o ambiente interno, 5 condições de pagamento, 6 forma de pagamento, 7 serviço de entrega, 8 quanto as reclamações e como é a atitude da empresa, 9 questionando o atendimento dos vendedores e a 10 que pede sugestões para melhorar o atendimento. A pesquisa foi realizada nos meses de julho e agosto. Foram aplicados 145 questionários com os clientes que frequentaram a loja nesse período. Para aqueles que se dispuseram a colaborar com a pesquisa, foi dada a opção de responder o questionário em suas casas, ou no próprio estabelecimento da Grã-Pisos, onde havia um espaço reservado para o cliente. Entretanto, houve, também, pessoas que não aceitaram participar, por falta de tempo, pressa, ou mesmo por opção. Houve também, aqueles que aceitaram levar o questionário para casa, mas que não o devolveram. Devido a isso, foi necessário distribuir cerca de 200 questionários aos clientes, para que fosse possível obter o número desejado de respostas, ou seja, 145. O perfil dos entrevistados apresentou-se sendo, em um primeiro momento, buscou-se conhecer o gênero dos pesquisados. Pode-se observar então a partir da faixa etária que o maior número de clientes concentrou-se nas idades entre 20 a 30 anos com 45% dos pesquisados. A faixa de 31 a 41 anos com 36%, de 41 a 50 anos 12% e apenas 7% da população tem idade acima de 51 anos. 51 FAIXA ETÁRIA Gráfico 1: Faixa etária Fonte: Elaborado pelo acadêmico Quanto ao Gênero dos entrevistados verificou-se que a maior parte da população são as mulheres que representam 71%, enquanto os homens totalizam 29%. Este índice apresentou surpresa, visto que quando se fala em construção se atribui aos homens à tarefa de escolhê-los e comprá-los, entretanto o maior público deve-se as mulheres. GÊNERO DOS RESPONDENTES Gráfico 2: Gêneros dos respondentes Fonte: Elaborado pelo acadêmico As escolaridades dos entrevistados em sua maior parte são das pessoas que cursaram o ensino médio com 52% o menor número 7% de entrevistados possuem pósgraduação, e os graduados o índice de 23%, quanto as pessoas que tem o ensino fundamental, essas representam 18% dos entrevistados. 52 ESCOLARIDADE Gráfico 3: Escolaridade Fonte: Elaborado pelo acadêmico Em relação ao tempo que o entrevistado é cliente da loja Grã-Pisos pode-se observar que a maior quantidade de clientes compra a pouco tempo de 13 a no máximo 24 meses com 32% dos entrevistados e clientes. Os respondentes que compram a mais de 49 meses representam 12%. Chamou atenção os entrevistados que compram na loja a no máximo 12 meses, estes representam 30% da amostra. HÁ QUANTO TEMPO É CLIENTE DA GRÃ-PISOS Gráfico 6: Há quanto tempo é cliente da Grã-Pisos Fonte: Elaborado pelo acadêmico Este resultado pode indicar que a loja não é conhecida ou não fideliza seus clientes. Entretanto, ao considerar o produto comercializado é possível analisar que a frequência de compra é um fator que influencia nas vendas. Por se tratar de uma loja de cerâmica, a freqüência dos clientes não é tão assídua como é, por exemplo, a de um supermercado. Não se compra todos os dias o 53 produto que a Grã-Pisos comercializa, sendo assim, constatou-se que 0% da população faz compra na loja todas as semanas. Dos entrevistados 70% responderam que frequentam e compram na loja algumas vezes ao ano. COM QUE FREQUÊNCIA COMPRA NA GRÃ-PISOS Gráfico 7: Com que frequência compra na Grã-Pisos Fonte: Elaborado pelo acadêmico O piso é o produto central da loja e por isso apresenta maior diversidade ou variabilidade e quantidade do mesmo. Os pisos são considerados o “carro-chefe” da empresa, conta com 79% das vendas. Quanto às lousas sanitárias, estas ocupam o segundo lugar dos itens mais vendidos com 31% e em terceiro lugar os balcões com 9%. QUAIS PRODUTOS TÊM O HÁBITO DE COMPRAR NA GRÃ-PISOS Gráfico 8: Quais produtos tem o hábito de comprar na Grã-Pisos Fonte: Elaborado pelo acadêmico A pesquisa trouxe como resultado que o marketing boca a boca é a principal ferramenta da Grã-Pisos, ou seja, uma pessoa indica a loja para outra, parece ser uma 54 forma eficiente de divulgação, 41% dos entrevistados respondeu que ouviu falar a respeito da loja por outras pessoas. A rádio que se localiza no próprio município é também a responsável por parte da divulgação do estabelecimento, 30% responderam que ouviram falar da loja na rádio e apenas1% por outro meio. COMO CONHECEU A LOJA Gráfico 9: Como conheceu a loja Fonte: Elaborado pelo acadêmico Quando questionados sobre os fatores importantes para um bom atendimento, os respondentes indicaram a atenção, nas quais 104 indicam como sendo um fator importante, o que representa 72%. O treinamento obteve um índice de 66% de importância perante aos 96 clientes que responderam, um funcionário bem treinado pode auxiliar o consumidor a levar o produto que melhor irá suprir suas necessidades, assim como ter conhecimento também foi considerado algo importante para um vendedor, 27 entrevistados (51%) acreditam ser este um ponto positivo no atendimento. A agilidade e a cordialidade tiveram um índice com 21% do total e o menor índice foi a confiança importante para 27 entrevistados(19%). Em geral, a maior parte dos clientes da Grã-Pisos consideram como um bom atendimento, os itens 2.1 atençao, 2.8 treinamento e 2.4 conhecimento. 55 FATORES IMPORTANTES PARA UM BOM ATENDIMENTO Gráfico 10: Fatores importantes para um bom atendimento Fonte: Elaborado pelo acadêmico Com a intenção de verificar o nível de satisfação aplicou-se um questionário no qual as questões 3.1 a 3.15 possibilitavam ao respondente atribuir peso de 1 a 7 conhecida como escala de Likert ou escala contínua. Para Malhotra (2006), É uma escala amplamente usada utilizada que exige que os entrevistados indiquem um grau de concordância ou discordância com uma série de afirmações sobre objetos de estímulo, entre as categorias de resposta “discordo totalmente” e “concordo totalmente” (MALHOTRA 2006, p. 266). Os resultados podem ser visualizados na Tabela 4: Qual sua percepção em relação ao atendimento da Grã-Pisos QUESTINÁRIOS Insatisfeito 1á3 Neutro 4 Satisfeito 5á7 Média Desvio padrão Mediana 0% 1% 99% 6.2897 0.7257 6.0 0% 0% 100% 6.3655 0.6103 6.0 0% 1% 99% 6.3448 0.6910 6.0 0% 2% 98% 6.3517 0.7123 6.0 3% 12% 85% 5.9034 1.0822 6.0 0% 0% 100% 6.3655 0.6103 6.0 3% 1% 96% 6.0897 0.9122 6.0 0% 1% 99% 6.3172 0.7426 6.0 Atendimento de forma geral. A qualidade do atendimento prestado pelos vendedores. A valorização dada pelos vendedores aos clientes, como você se sente? Quanto à atenção dos vendedores. Quanto à pós-venda da Grã-Pisos. Quanto ao conhecimento dos produtos pelos vendedores? Quanto à quantidade de vendedores da Grã-Pisos. Em relação à receptividade ao chegar na loja. 56 (Continuação) Atenção ao cliente e sua necessidade 0% 2% 98% Com relação à disponibilidade do vendedor. 1% 4% 95% Quanto à negociação de valores e prazos. 3% 8% 89% Quanto ao atendimento interno (financeiro e gerência). 4% 11% 85% Quanto ao atendimento externo (entrega). 27% 14% 59% Quanto ao conhecimento técnico por parte dos vendedores 0% 1% 99% Retorno dos vendedores quanto aos orçamentos e solicitações. 0% 3% 97% Tabela 4: Qual sua percepção em relação ao atendimento da Grã-Pisos Fonte: Elaborado pelo acadêmico 6.2897 0.7446 6.0 6.2207 0.8856 6.0 5.8621 1.0712 6.0 5.7034 1.1250 6.0 4.7448 1.8058 5.0 6.2897 0.7257 6.0 6.1724 0.8279 6.0 Com o intuito de identificar como o cliente percebe o atendimento oferecido pela Grã-Pisos, utilizou-se um critério em uma escala de 7 pontos, considerando: de 1 a 3 tende a insatisfação, 4 neutro e de 5 a 7 tende a satisfação. As medidas de posição (média e mediana) apresentam um nível de proximidade alta, o que indica baixa variação de resultado e proximidade das respostas (em sua maioria 7). Ao analisar o desvio-padrão pode-se perceber que houve maiores variações entre um desvio e outro, sendo assim a pesquisa mostra-se não próxima da exatidão, uma pergunta sobre o atendimento externo (entrega) no qual o desvio-padrão atingiu 1.8058 e a mediana 5.0 é um exemplo. No item 3.1 (atendimento de forma geral), 99% dos respondentes indicam estarem satisfeitos com o atendimento da Grã-Pisos. 57 COMO É O ATENDIMENTO OFERECIDO PELA GRÃ-PISOS Gráfico 11: Atendimento de forma geral Fonte: Elaborado pelo acadêmico A afirmação quanto à qualidade do atendimento prestado pelos vendedores, foi ao encontro da pergunta anterior que resultou em 100% de aprovação. De forma geral o atendimento prestado, a atenção, o pós-venda, a receptividade e a disponibilidade dos funcionários os respondentes tenderam a satisfação. COMO É O ATENDIMENTO OFERECIDO PELA GRÃ-PISOS Gráfico 12: A qualidade do atendimento Fonte: Elaborado pelo acadêmico Na afirmação, como o cliente se sente com a valorização dada pelos vendedores, 99 % tenderam a satisfação indicando que os vendedores valorizam os clientes. 58 COMO É O ATENDIMENTO OFERECIDO PELA GRÃ-PISOS Gráfico 13: Valorização dada pelos vendedores Fonte: Elaborado pelo acadêmico A atenção oferecida aos clientes também foi uma afirmação que apresentou resultado com tendência a satisfação 98% indicaram que os funcionários da loja atendem com atenção as necessidades dos clientes. COMO É O ATENDIMENTO OFERECIDO PELA GRÃ-PISOS Gráfico 14: Atenção dos vendedores Fonte: Elaborado pelo acadêmico Quanto ao pós venda 85% responderam estarem satisfeitos. Dos 145 entrevistados, 3% indicaram estarem insatisfeitos, na escala de 7 pontos 12% foram neutro. 59 COMO É O ATENDIMENTO OFERECIDO PELA GRÃ-PISOS Gráfico 15: Pós-venda da Grã-Pisos Fonte: Elaborado pelo acadêmico Todos os respondentes indicamque há conhecimento por parte dos vendedores da loja Grã-Pisos. Por ser uma loja de cerâmica e muitas pessoas não conhecerem muito bem deste universo é necessário que os vendedores consigam entender a necessidade do cliente e tentar atendê-la da melhor forma possível, é por isso que o conhecimento é importante. COMO É O ATENDIMENTO OFERECIDO PELA GRÃ-PISOS Gráfico 16: Conhecimento dos produtos Fonte: Elaborado pelo acadêmico A quantidade de vendedores da loja, segundo a opinião dos clientes, está suficiente para atender a demanda, apenas 3% responderam estarem insatisfeitos, entretanto 96% concordaram com a quantia. 60 COMO É O ATENDIMENTO OFERECIDO PELA GRÃ-PISOS Gráfico 17: Quantidade de vendedores Fonte: Elaborado pelo acadêmico A receptividade também foi um fator que os respondentes, tenderam a satisfação, com 99% dos respondentes não houve quem respondesse estar insatisfeito, o que permite inferir que a receptividade é um fator do bom atendimento. COMO É O ATENDIMENTO OFERECIDO PELA GRÃ-PISOS Gráfico 18: Receptividade ao chegar na loja Fonte: Elaborado pelo acadêmico Como já havia sido comentado em um item anteriormente, a atenção e o conhecimento prestados por os funcionários agradaram a maior parte dos clientes. Dos entrevistados, 98% acreditam que haja sim a devida atenção. 61 COMO É O ATENDIMENTO OFERECIDO PELA GRÃ-PISOS Gráfico 19: Atenção à necessidade do cliente Fonte: Elaborado pelo acadêmico Neste item 95% responderam que existe sim disponibilidade por parte dos funcionários. Quando necessário o funcionário vai até a residência do cliente, ou até mesmo em horários em que a loja não está aberta como nos finais de semana, o que permite inferir que existe disponibilidade dos funcionários. COMO É O ATENDIMENTO OFERECIDO PELA GRÃ-PISOS Gráfico 20: Disponibilidade dos vendedores Fonte: Elaborado pelo acadêmico O prazo para pagamento foi percebido como insatisfatório para 3% dos respondentes 8%, indicaram neutralidade e 89% dizem estarem satisfeitos com o prazo oferecido. 62 COMO É O ATENDIMENTO OFERECIDO PELA GRÃ-PISOS Gráfico 21: Negociação de valores e prazos Fonte: Elaborado pelo acadêmico Outro fator que chamou atenção foi a percepção que os clientes têm da gerência da loja, nem todos estão satisfeitos, somando os insatisfeitos e neutros obteve-se um percentual de 15% . COMO É O ATENDIMENTO OFERECIDO PELA GRÃ-PISOS Gráfico 22: Atendimento interno (Gerência) Fonte: Elaborado pelo acadêmico Considerando que é uma atividade terceirizada a empresa precisa reavaliar este fator. Na percepção dos respondentes quanto ao atendimento oferecido pela GrãPisos, apresentou o maior índice de insatisfação com 27%. 63 COMO É O ATENDIMENTO OFERECIDO PELA GRÃ-PISOS Gráfico 23: Atendimento externo (entrega) Fonte: Elaborado pelo acadêmico Os respondentes perceberam que os profissionais da Grã-Pisos têm conhecimento técnico, 99% tenderam a satisfação. COMO É O ATENDIMENTO OFERECIDO PELA GRÃ-PISOS Gráfico 24: Conhecimento técnico Fonte: Elaborado pelo acadêmico Dos entrevistados 97% responderam que o retorno por parte dos funcionários é ágil e corresponde com as expectativas, isso inclui ligações, e-mails, explicações e visita a residência quando necessário. 64 COMO É O ATENDIMENTO OFERECIDO PELA GRÃ-PISOS Gráfico 25: Retorno dos vendedores Fonte: Elaborado pelo acadêmico Em relação ao ambiente (estrutura da loja), foram apresentadas 8 afirmações para verificar a satisfação do cliente. De modo geral os respondentes tenderam a satisfação. Em relação ao ambiente interno da Grã-pisos, dê sua opinião: QUESTINÁRIOS Insatisfeito 1á3 Neutro 4 Satisfeito 5á7 Média Desvio padrão Mediana Espaço da loja 0% 0% 100% 6.4414 0.6549 7.0 Organização 0% 0% 100% 6.4828 0.6248 7.0 Higiene 0% 0% 100% 6.4759 0.6133 7.0 Harmonia 0% 0% 100% 6.4483 0.6228 7.0 Layout 0% 0% 100% 6.4897 0.6023 7.0 Aparência dos vendedores 0% 1% 99% 6.4552 0.6665 7.0 0% 100% 6.4069 0.6614 7.0 1% 98% 6.3379 0.7748 6.0 Em relação à localização da loja 0% Quanto aos horários de funcionamento. 1% Tabela 5: Em relação ao ambiente interno da Grã-pisos Fonte: Elaborado pelo acadêmico As medidas de posição (média e mediana) mostram-se muito próximas, (em sua maioria 7). Ao analisar o desvio-padrão pode-se afirmar que por ser menor que 1, o 65 percentual de erros também foi pequeno. Dos respondentes 100% percebem o ambiente interno como satisfatório. AMBIENTE INTERNO DA GRÃ-PISOS Gráfico 26: Espaço da loja Fonte: Elaborado pelo acadêmico Dos clientes 100% tendem a satisfação quanto à organização da loja, a qual está sempre organizada e bem limpa, grande parte das lojas de pisos costumam estarem empoeiradas em decorrência do próprio produto, já a Grã-Pisos se preocupa muito com a limpeza não só do ambiente como também dos produtos que ficam expostos. AMBIENTE INTERNO DA GRÃ-PISOS Gráfico 27: Organização Fonte: Elaborado pelo acadêmico 66 Dos respondentes 100% tendem a satisfação quanto à higiene da loja, diariamente é feita a limpeza dos produtos e do ambiente, a limpeza mais profunda é feita três vezes na semana e nos outros dias os próprios funiconários colaboram com a limpeza do local. AMBIENTE INTERNO DA GRÃ-PISOS Gráfico 28: Higiene Fonte: Elaborado pelo acadêmico A forma como é disposta os expositores dentro da loja tenderam a satisfação de 100% dos clientes, existe espaço para transitar sem esbarrar em um ou em outro expositor, as peças seguem a uma ordem lógica, ou seja, são separadas por marcas e tamanhos. AMBIENTE INTERNO DA GRÃ-PISOS Gráfico 29: Harmonia Fonte: Elaborado pelo acadêmico 67 A loja é grande e espaçosa, seu layout foi planejado para uma boa movimentação dos clientes e funcionários, assim como pra a exposição dos produtos, 100% dos clientes tendem a satisfação quanto ao layout. AMBIENTE INTERNO DA GRÃ-PISOS Gráfico 30: Layout Fonte: Elaborado pelo acadêmico Dos respondentes 99% consideraram como satisfatório a aparência dos vendedores. Os funcionários usam uniforme que é exigido pela empresa, sempre devem estar de calça jeans e de preferência de sapatos fechados, o funcionário homem de barba feita e a mulher de cabelos penteados, AMBIENTE INTERNO DA GRÃ-PISOS Gráfico 31: Aparência dos vendedores Fonte: Elaborado pelo acadêmico 68 Dos entrevistados 100% tenderam a satisfação quanto à localização em que se encontra a loja, a Grã-Pisos está localizada na avenida principal do bairro facilitando o acesso dos clientes. AMBIENTE INTERNO DA GRÃ-PISOS Gráfico 32: Em relação á localidade da loja Fonte: Elaborado pelo acadêmico Dos entrevistados apenas 1% acredita que o horário de atendimento poderia ser diferente, 98% tendem estarem satisfeitos com o horário atual. AMBIENTE INTERNO DA GRÃ-PISOS Gráfico 33: Quanto aos horários de funcionamento Fonte: Elaborado pelo acadêmico 69 Neste item quanto a forma de pagamento que a loja oferece aos seus clientes 12% das respondentes dizem ser razoável, e a maior parte dos entrevistados 34% classificou como sendo muito bom a forma de pagamento que a Grã-Pisos oferece aos clientes. COMO VOCÊ AVALIA AS CONDIÇÕES DE PAGAMENTOS Gráfico 34: Como você avalia as condições de pagamentos Fonte: Elaborado pelo acadêmico Quando perguntado a forma de pagamento, 43% gostariam de pagar através de cheques pré-datados, 37% preferem utilizar o cartão de crédito e 8% acreditam que haja uma outra forma de pagamento que gostariam de ter, 6% optaram por boleto bancário que neste caso é o único que a loja não oferece ao cliente como forma de pagamento. SE VOCÊ PUDESSE ESCOLHER A FORMA DE PAGAMENTO Gráfico 35: Se você pudesse escolher a forma de pagamento Fonte: Elaborado pelo acadêmico 70 A entrega das mercadorias da loja Grã-Pisos é terceirizada, este é um fator preocupante, pois de acordo com as respostas dos clientes percebeu-se que alguns deles estão insatisfeitos. Neste item as respostas não são unânimes, 44% dizem que a entrega é razoável,18% acreditam ser satisfatório e 10% dizem estar péssimo o serviço de entrega, o que realmente preocupa os dirigentes, muitas dessa pessoas que responderam estar péssima a entrega já foram afetadas por algum problema decorrente deste serviço terceirizado. QUANTO AO SISTEMA DE ENTREGA DA GRÃ-PISOS Gráfico 36: Quanto ao sistema de entrega da Grã-Pisos Fonte: Elaborado pelo acadêmico Quando existe alguma reclamação por parte do cliente o retorno do funcionário é considerado por 7% como sendo excelente e por 63% como sendo muito bom, conclui-se então que na maioria das vezes o vendedor atende a reclamação do cliente com a devida atenção que merece. Apenas 1% considerou como péssima a titude em relação as reclamações. 71 QUANDO VOCÊ RELATA ALGUMA RECLAMAÇÃO Gráfico 37: Quando você relata alguma reclamação sobre os serviços prestados Fonte: Elaborado pelo acadêmico A motivação dos vendedores é algo evidente, 100% dos respondentes concordam que os funcionarios trabalham motivados com o serviço que realizam, e isso é muito importante para o cliente que se sente bem ao ser atendido por alguém motivado. OS VENDEDORES DA GRÃ-PISOS TRABALHAM SATISFEITOS/MOTIVADOS Gráfico 38: Os vendedores da Grã-Pisos trabalham satisfeitos/motivados Fonte: Elaborado pelo acadêmico Nos questionários cinco até o nove, foi alcançado o terceiro objetivo específico que era identificar os pontos fortes e fracos no atendimento na percepção do cliente, de modo geral as respostas não se distanciaram muito do que já era esperado por o acadêmico, talvez por estar a bastante tempo trabalhando na loja não foi surpreendente o resultado, entretanto foi positivo no sentido que comprovou o que já era sabido. 72 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Conforme proposto pelo objetivo geral, este trabalho buscou identificar quais são os fatores para um bom atendimento nas vendas, na percepção dos clientes da Grã-Pisos. O Quadro 5 apresenta um resumo dos resultados com relação ao resultado. Objetivos Específicos Conclusões Verificar quais fatores são apontados como indicadores para um bom atendimento em vendas pelos clientes da Grã-Pisos. Neste item foi possível perceber que a atenção, treinamento e conhecimento foram os itens apontados por os clientes como indicadores de um bom atendimento em uma loja de cerâmica. A confiança foi o fator menos importante na opinião dos entrevistados. Verificar o nível de satisfação dos clientes da Grã-Pisos. Identificar os pontos fortes e fracos no atendimento na percepção do cliente. Os respondentes tenderam a satisfação neste item. A atenção e o conhecimento foram considerados fatores importantes no momento da venda. O item que tendeu mais a insatisfação foi o atendimento externo. Como ponto forte identificou-se o atendimento interno prestado pela Grã-Pisos. Dentre os fatores apresentados o que teve maior rejeição dos clientes foi o sistema de entrega, muitas vezes demora e é pouco flexível em horários. O atendimento externo que é terceirizado merece maior atenção da empresa. Quadro 5: Considerações finais Fonte: Elaborado pelo acadêmico Uma das funções do marketing é estudar sobre o comportamento do consumidor e suas variações devido a grande quantidade de informações assimiladas por eles. Dentro do tema comportamento do consumidor, são abordados os fatores que venha a influenciá-lo e principalmente a forma de atendê-los, conforme mostra a revisão literária. 73 Para identificar quais são os fatores para um bom atendimento nas vendas, foi desenvolvida revisão de literatura, foram aplicadas entrevistas em profundidade e analisado os resultados. Os resultados indicam de forma geral que os clientes da Grã-Pisos estão satisfeitos com o atendimento e com o ambiente. Identificou como perfil dos clientes que a maior é composto por mulheres e não por homens como se acreditava anteriormente, o maior número de clientes concentrouse nas idades entre 20 a 30 anos, a menor quantidade de cliente tem mais de 51 anos. A escolaridade desses clientes é em sua maioria do ensino médio, poucos são pósgraduados. Por comercializar um bem durável a freqüência com que costumam comprar na loja não é tão grande. Os produtos mais vendidos são os pisos e também são os que têm maior variedade de escolha para o cliente, os outros produtos tem um volume de venda menor quanto ao volume de venda dos pisos. O marketing boca a boca é o maior responsável por a divulgação da loja, muitos entrevistados disseram ouvir falar da Grã-Pisos por outras pessoas, esse entre todos os outros questionamentos foram de grande valia para a empresa e para o acadêmico que acumulou conhecimentos grandiosos para sua vida pessoal e profissional. Para a universidade também contribuiu trazendo informações e significados novos, além de servir como objeto de pesquisa para outros acadêmicos. Por fim vale ressaltar que para um bom atendimento o funcionário deve ser muito bem treinado, conhecer o produto, conhecer o cliente, ter empatia, ou seja se colocar no lugar dele para tentar entender quais suas reais necessidades e desejos, um bom vendedor abre espaço para o diálogo e dessa forma dá a chance do cliente se expressar e dizer o que realmente quer. O aprimoramento nos estudos a cerca do universo de vendas, foi importantíssimo, é muito vasto e rico este assunto e precisa ser estudado com muita dedicação. 74 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARTIGO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE MARKETING - PROFº MÁYRA R. J. DAVID SILVA – Acessado em 2009. BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. 1ª ed. São Paulo: Atlas. 1993. BARBETTA, Pedro Alberto. Estatísticas aplicadas às Ciências Sociais. 1 ed. Florianópolis: UFSC, 1994 BEE, R, e FRANCES. Fidelizar o cliente. 1. ed. São Paulo: Nobel. 2000. CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 4 ed. São Paulo, 1996. Charles d. Schewe; Reuben M. smith. Marketing, Conceitos, casos e aplicações. 2 Ed Macgraw-Hill do Brasil, Ltda 1982. CHURCHILL, Gilbert A.; PETER, J. Paul. Marketing: Criando valor para os clientes. Tradução: Cecília C. Bartalotti; Cid Knipel Moreira. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. CHURCHILL, Gilbert A; PETER, Paul,J. Marketing: Criando valor para os clientes. Tradução: Cecília Camargo Bartalotti e Cidd Knipel Moreira. São Paulo: Saraiva 2005. COBRA, Marcos. Administração de marketing. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1992. COBRA, Marcos. Estratégia de Marketing de Serviços. 2. Ed. São Paulo: Marcos Cobra, 1997. DRUCKER, Peter Ferdinand. O melhor de Peter Drucker: a Administração. São Paulo: Nobel. 2001. FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 1 ed. São Paulo: Atlas, 1993. FERRAZ, J.C; KUPFER, B; HAUGUENAUER, L. Made in Brazil: desafios competitivos para a indústria. Rio de Janeiro: Campus, 1997. GERSON, Richard F. A excelência no atendimento a clientes. 3ª ed. São Paulo: 1999. GERSON, R.F.D. A excelência no atendimento a clientes: mantendo seus clientes por toda a vida. Tradução Eduardo Fortuna. 4. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. Gestão de Marketing / Coordenação Sergio Roberto Dias. – São Paulo: Saraiva, 2003. 75 GUMMESSON, E. Marketing de relacionamento total: Gerenciamento de marketing, estratégias de relacionamento e abordagens de CRM para a economia de rede. 2.ed. Porto A legre: Bookman, 2005. IDALBERTO, Chiavenato. Introdução a teoria geral da Administração. 7ª ed. São Paulo: Atlas. 2003. IDALBERTO, Chiavenato. Teoria geral da Administração. 5ª ed. 1° vol. São Paulo: Makron Books. 1997. KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 4ª ed. São Paulo: Atlas. 1995. KOTLER, Philip. Administração de Marketing. Tradução: H. de Barros. ed. Compacta. São Paulo: Atlas, 1996. KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 5º ed. São Paulo: Atlas. 1998. KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI. Como criar, conquistar, dominar mercados. 4. ed. São Paulo: Futura, 1999 KOTLER, Philip, Kevin Lane Keller/Administração de Marketing/ Tradução: Mônica Rosenberg, Brasil Ramos Fernandes, Cláudia Freire; revisão técnica Dílson Gabriel dos Santos. – 12. ed.- São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing: conceitos, exercícios, casos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Administração de vendas. 7ª ed. São Paulo: Atlas. 2004. MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de Marketing: Uma Orientação Aplicada. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de pesquisa. 5. Ed. – São Paulo: Atlas, 2002. MARKETING: CINCO DÉCADAS DE MARKETING por Sérgio Ricardo Góes Oliveira FGV-EAESP VOL.3 • Nº3 • AGO./OUT. 2004. Disponível em www.rae.com.br/artigos MATARAZZO, Cláudia. Etiqueta sem frescura, etiqueta sem frescura. São Paulo: Melhoramentos, 15. 2002. MCCARTHY, E. Jerome; PERREAULT, William D. Jr. Marketing essencial: uma abordagem gerencial e global. Tradução: Ailton Bomfim Brandão. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1997. 76 NOVAES, Antônio Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. 3ª ed. São Paulo: Elsevier. 2004. Oliveira, Francisco Estevam Martins de. Estatística e probabilidade: exercício resolvidos e propostos. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 1999 Parra Filho, Domingos. Metodologia científica. – São Paulo: Futura, 1998. PILARES, N. C. Atendimento ao cliente: recurso esquecido. 5. ed. São Paulo: Nobel, 1999. PINHO, J.B. Comunicação em marketing: Princípios mercadológica. 5. ed. rev. e atual. Campinas: Papirus, 2001. da comunicação REIN, Irving, Marketing de Alta Visibilidade . Editora: Makron Books. Nº de páginas: 354. Disponível em: http://www.guiarh.com.br/prh4.html. RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social métodos e técnicas. 3ª ed. São Paulo: 1999. ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio do curso de administração: guia para pesquisas, projetos e trabalho de conclusão de curso. 1 ed. São Paulo: Atlas, 1996. ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projeto de estágio e de pesquisa em Administração. 3ª ed. São Paulo: Atlas. 2006. ROSS, A. Stephen, WESTERFIELD, W. Randolph, JORDAN, D. Bradford. Princípios da administração financeira. 2ª ed. São Paulo: Atlas. 2000. ROCHA, Ângela da; CHRISTENSEN, Carl. Marketing: Teoria e Prática no Brasil. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999. SCHEWE, Charles D.; SMITH, Reuben M.. Marketing: conceitos, casos e aplicações. Sao Paulo: McGrawn-Hill do Brasil, 1982. SHETH, Jagdish N; MITALL, Banwari; NEWMAN, Bruce I. Comportamento do cliente: indo além do comportamento do consumidor. Tradução: Lenita M. R. Esteves; revisão técnica Rubens da Costa Santos. São Paulo, Atlas, 2001. SILVA, Adelphino Teixeira. Administração e controle. 5ed. São Paulo, Atlas, 1987. Triola, Mario F. Introdução à estatística. Tradução Vera Regina Lima de Farias e Flores; revisão técnica Ana Maria Lima de Farias. – Rio de Janeiro: LTC, 2005 77 7 APÊNDICES UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ Curso de Administração de Empresas LEVANTAMENTO DE DADOS Caro respondente este questionário é parte do Trabalho de Conclusão de Curso do acadêmico em Administração de Empresas Ednelson Pereira orientando da Professora Msc. Fabiela Fatima Andrighi. O trabalho tem como objetivo identificar quais são os fatores para um bom atendimento nas vendas. A unidade de estudo é a empresa Grã-Pisos. O pesquisador está à disposição para auxiliá-lo (a) no caso de dúvidas. Contamos com sua colaboração e desde já agradecemos. 1. Caracterizar os atores pertencentes a amostra em estudo 1.1 Idade:______________ 1.2 Sexo: Masculino ( ) 1.3 Profissão:_____________________________ Feminino ( ) 1.4 Escolaridade ( ) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio ( ) Graduação ( ) Pós-Graduado 1.5 Cidade onde reside: _____________ 1.6 Há quanto tempo reside nessa cidade: _____________ 1.7 Há quanto tempo é cliente da Grã-pisos _____________ 1.8 Com que freqüência compra material de construção na Grã-Pisos? ( ) toda a semana ( ) uma vês por mês ( ) algumas vezes no ano ( ) raramente 1.9 Quais produtos tem o hábito de comprar na Grã-pisos: ( ) piso ( ) lousas sanitária ( ) balcões para banheiro 1.10 Como conheceu a loja? ( ) Indicações ( ) Por acaso (passando em frente a loja) ( ) Rádio ( ) Outros. Qual?................................................................. 78 2 FATORES IMPORTANTE PARA UM BOM ATENDIMENTO 2. Quais fatores construção? ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) você considera importante para um bom atendimento em uma loja de material de 2.1 atenção 2.2 agilidade 2.3 Cordialidade 2.4 conhecimento/informação 2.5 confiança 2.6 experiência 2.7 respeito 2.8 treinamento Instrução: Nas questões 3 e4, marcar na escala de 1 a 7 sua concordância com as sentenças: sendo 1 para totalmente insatisfeito e 7 para totalmente satisfeito. 3. Como você se sente em relação aos seguintes fatores oferecidos pela Grã-Pisos: 3.1 Atendimento de forma geral. 3.2 A qualidade do atendimento prestado pelos vendedores. 3.3 A valorização dada pelos vendedores aos clientes, como você se sente? 3.4 Quanto à atenção dos vendedores. 3.5 Quanto ao pós-venda da Grã-Pisos. 3.6 Quanto ao conhecimento dos produtos pelos vendedores? 3.7 Quanto a quantidade de vendedores da Gra-Pisos. 3.8 Em relação a receptividade ao chegar na loja. 3.9 Atençao ao cliente e sua necessidade. 3.10 Com relação a disponibilidade do vendedor. 3.11 Quanto a negociação de valores e prazos. 3.12 Quanto ao atendimento interno (financeiro, gerência...). 3.13 Quanto ao atendimento externo (entrega). 3.14 Quanto ao conhecimento técnico por parte dos vendedores 3.15 Retorno dos vendedores quanto aos orçamentos e solicitações. 1 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 4 5 5 5 6 6 6 7 7 7 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 3 Em relação ao ambiente interno da Grã-pisos, dê sua opinião: 4.1 Espaço da loja 4.2 Organização 4.3 Higiene 4.4 Harmonia 4.5 Layout 4.6 Aparência dos vendedores (uniforme, postura...) 4.7 Em relação à localização da loja 4.8 Quanto aos horários de funcionamento. 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 4 5 Como você avalia as condições de pagamentos oferecidas pela Grã-pisos? Péssimo ( ) Razoável ( ) Bom ( ) Satisfatório ( ) Muito bom ( ) Excelente ( ) 5 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 7 7 79 6.Se você pudesse escolher a forma de pagamento da sua compra qual você escolheria: ( ) 1 Boleto bancário ( ) 2 Cheques pré ( ) 3 Depósito bancário ( ) 4 cartão ( ) 5 Promissória ( ) 6 Outros __________________________ 7 Quanto ao sistema de entrega da Grã-pisos, o que você acha? Péssimo ( ) Razoável ( ) Bom ( ) Satisfatório ( ) Muito bom ( ) Excelente ( ) 8 Quando você relata alguma reclamação sobre os serviços prestados como é a atitude da empresa Grã-pisos? Péssimo Ignora a reclamação Razoável Escuta, mas não toma iniciativa Bom Escuta, mas a mudança demora a ser feita Satisfatório Minha reclamação é ouvida atentamente Muito Bom Minha reclamação é ouvida e atendida após algum tempo Excelente Atende a reclamação e o erro é reparado no mesmo momento 9 Na sua opinião, os vendedores da Grã-Pisos trabalham satisfeitos/motivados? ( ) Sim ( ) Não 10 De forma geral, quais sugestões você indica para melhorar o atendimento na empresa Grã-pisos? 80 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ___________________________ Ednelson Pereira Estagiário __________________________ Dionísio Kock Supervisor de Campo ___________________________ Orientador de Estágio ____________________________ Professor Responsável pelo Estágio em Administração