0 UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEAg – DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS CURSO DE AGRONOMIA GENÓTIPOS DE TRIGO (Triticum aestivum L.) SUBMETIDOS A APLICAÇÃO DE TRINEXAPAC-ETHYL EM DIFERENTES DENSIDADES DE SEMEADURA IURGUES CAPPELLARI Ijuí – RS Estado do Rio Grande do Sul – Brasil Dezembro 2011 1 IURGUES CAPPELLARI GENÓTIPOS DE TRIGO (Triticum aestivum L.) SUBMETIDOS A APLICAÇÃO DE TRINEXAPAC-ETHYL EM DIFERENTES DENSIDADES DE SEMEADURA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Agronomia, Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito para a obtenção do título de Engenheiro Agrônomo. Orientador: Prof. MSc. Luiz Volney Mattos Viau Ijuí – RS Estado do Rio Grande do Sul – Brasil Dezembro 2011 2 TERMO DE APROVAÇÃO IURGUES CAPPELLARI GENÓTIPOS DE TRIGO (Triticum aestivum L.) SUBMETIDOS A APLICAÇÃO DE TRINEXAPAC-ETHYL EM DIFERENTES DENSIDADES DE SEMEADURA Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, defendido perante a banca abaixo subscrita. _________________________________________ Prof. MSc. Luiz Volney Mattos Viau DEAg/UNIJUÍ – Orientador _________________________________________ Prof. MSc. Jaime Lorenzoni DEAg/UNIJUÍ – Professor Ijuí – RS, 10 de fevereiro de 2012 3 DEDICATÓRIA Aos meus pais Faustino Ildo Cappellari e Claudete L Cappellari, irmão Dionat Cappellari pela oportunidade e incentivo em nome da minha formação profissional, estando ao meu lado tanto nos momentos bons quando nos mais difíceis da minha vida. Dedico este trabalho a todos que de uma forma ou de outra ajudaram na minha formação profissional. 4 AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, por estar sempre guiando meus passos, me dando forças para vencer todas as dificuldades da vida. À Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), pelo comprometimento com a pesquisa e com o desenvolvimento regional. Ao Departamento de Estudos Agrários, professores e funcionários, pelo apoio e disponibilidade, que se fizeram úteis e indispensáveis ao desenvolvimento da atividades pretendentes. Ao professor Luiz Volney Mattos Viau, pela paciência, coerência, clareza e dedicação em seus ensinamentos sempre disposto a atender minhas necessidades e dúvidas. Uma pessoa a quem sempre terei um enorme respeito em consideração por tudo àquilo que fez por mim na vida acadêmica, pelo apoio total e indispensável ao desenvolvimento e conclusão desta pesquisa. Aos demais professores que participaram do processo de minha formação acadêmica. Aos colegas bolsistas e estagiários do Grupo de Pesquisa de Sistemas Técnicos de Produção Animal e Vegetal do Curso de Agronomia, Emilio, Everton, Jordana e também os demais colegas Tiago, Cristiam, Laerte, Jose, Bruno, Ângelo pelo incansável trabalho deste a implantação até a conclusão do experimento. Aos funcionários do Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), Adair e Cezar e todos aqueles que não mediram esforços na execução e condução dos trabalhos e pelos momentos de apoio, diversão e descontração. Aos meus pais, por terem me proporcionado cursar um ensino de nível superior e por terem acreditado que seu filho alcançaria seus objetivos. A minha namorada Juliani Borges de Moura Dalla Vachia pelo apoio em todos os momentos difíceis e compreensão ao longo de todo o curso de Agronomia. 5 GENÓTIPOS DE TRIGO (Triticum aestivum L.) SUBMETIDOS A APLICAÇÃO DE TRINEXAPAC-ETHYL EM DIFERENTES DENSIDADES DE SEMEADURA Iurgues Cappellari Orientador: Prof. MSc. Luiz Volney Mattos Viau RESUMO Com o objetivo de avaliar os efeitos do regulador de crescimento (Trinexapac-ethyl) em cultivares de trigo (Quartzo e Marfim) em diferentes densidades de plantas, instalou-se um experimento no IRDER-Augusto Pestana, RS no ano de 2011. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, em quatro repetições. Os tratamentos constaram da aplicação de 125 g i.a. ha-1 de Trinexapac-ethyl, e testemunha sem aplicação, em densidades de 200, 400 e 600 sementes por m2, no espaçamento de 0,20 m entre linhas. A aplicação do redutor de crescimento resultou na redução do acamamento e na estatura de plantas, na redução do primeiro entre-nó e aumento no diâmetro do colmo. Com o aumento da densidade ficou evidente o efeito do regulador de crescimento na redução do acamamento, sem efeitos na produtividade e nos componentes do rendimento de trigo. Palavras Chave: Triticum aestivum L; regulador de crescimento. Trinexapac-ethyl. Densidade de semeadura. 6 LISTA DE TABELAS Tabela 01: Resumo da análise de variância dos efeitos principais e de interação para os distintos caracteres de importância agronômica em trigo submetido a tratamento com Trinexapac-ethyl em diferentes densidades de semeadura. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ. Augusto Pestana – RS, 2011 ................................................................................................................... 24 Tabela 02: Resumo da análise de variância dos efeitos principais e de interação para os distintos caracteres de importância agronômica em trigo na ausência do tratamento com Trinexapac-ethyl em diferentes densidades de semeadura. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ. Augusto Pestana – RS, 2011 ................................................................................................................... 25 Tabela 03: Caracteres de importância agronômica em trigo submetido a aplicação de Trinexapac-ethyl nas cultivares quartzo e marfim. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ. Augusto Pestana – RS, 2011 ................................................................................................................... 25 Tabela 04: Caracteres de importância agronômica em trigo na ausência de aplicação de Trinexapac-ethyl nas cultivares quartzo e marfim. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ. Augusto Pestana – RS, 2011 ................................................................................................................... 26 Tabela 05: Caracteres de importância agronômica em trigo da cultivar quartzo com e sem regulador de crescimento (Trinexapac-ethyl). IRDeR/DEAg/UNIJUÍ. Augusto Pestana – RS, 2011 ................................................................................................................................... 26 Tabela 06: Caracteres de importância agronômica em trigo da cultivar marfim com e sem regulador de crescimento (Trinexapac-ethyl). IRDeR/DEAg/UNIJUÍ. Augusto Pestana – RS, 2011 ................................................................................................................................... 27 Tabela 07: Caracteres de importância agronômica em trigo da cultivar quartzo com regulador de crescimento (Trinexapac-ethyl) em diferentes densidades de semeadura. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ. Augusto Pestana – RS, 2011 .............................................................. 27 Tabela 08: Caracteres de importância agronômica em trigo da cultivar quartzo sem regulador de crescimento (Trinexapac-ethyl) em diferentes densidades de semeadura. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ. Augusto Pestana – RS, 2011 .............................................................. 28 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 9 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 11 1.1 A Cultura do Trigo........................................................................................................... 11 1.2 Utilização de Reguladores Vegetais na Agricultura ........................................................ 12 1.3 O Moddus (i. a. trinexapac-ethyl) .................................................................................... 13 1.4 Época de Aplicação ......................................................................................................... 14 1.5 Dose de Trinexapac-ethyl ................................................................................................ 15 1.6 Compatibilidade com Outros Produtos ............................................................................ 16 1.7 Efeito da Aplicação do Redutor de Crescimento ............................................................. 16 1.8 Ganho de Produtividade .................................................................................................. 18 1.9 Redução de Produtividade ............................................................................................... 18 2 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 19 2.1 Localização do Campo Experimental .............................................................................. 19 2.2 Caracterização do Experimento ....................................................................................... 19 2.3 Genótipos Avaliados ........................................................................................................ 20 2.4 Variáveis Mensuradas ...................................................................................................... 22 2.4.1 Rendimento de Grãos (Kg/ha) ............................................................................... 22 2.4.2 Rendimento Biológico Aparente – RBA (Kg/ha) .................................................. 22 2.4.3 Índice de Colheita – IC (%) ................................................................................... 22 2.4.4 Massa de Mil Grãos – MMG (g) ............................................................................ 22 2.4.5 Número de Grãos por Espiga – NGE (n) ............................................................... 22 2.4.6 Estatura de Planta – EST (m) ................................................................................. 22 2.4.7 Acamamento – ACA (%) ....................................................................................... 22 2.4.8 Distância do Entre-nó – DEN (cm) ........................................................................ 23 2.4.9 Diâmetro do Colmo – DIC (mm) ........................................................................... 23 2.4.10 Número de Espigas por m2 – NE (n).................................................................... 23 2.5 Análise Estatística ............................................................................................................ 23 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................................... 24 CONCLUSÃO......................................................................................................................... 29 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 30 8 APÊNDICE ............................................................................................................................. 34 ANEXO .................................................................................................................................... 36 9 INTRODUÇÃO O trigo (Triticum aestivum L.) é um dos cereais mais produzidos no mundo. Graças à sua diversidade genética e a utilização desta variabilidade no melhoramento, possui, atualmente, ampla adaptação edafoclimática, sendo cultivado desde regiões com clima desértico, em alguns países do Oriente Médio, até em regiões com alta precipitação pluvial, como na China e Índia. No Brasil, pode ser cultivado desde a Região Sul até o Cerrado (GUERRA, 1994; 1995). O estado do Paraná destaca-se como o maior produtor nacional de trigo (50,5%), com 2,5 milhões de toneladas das cinco toneladas produzidas no Brasil em 2009/2010. Esta produção nacional atende apenas parte da demanda que e de 10,7 milhões de toneladas (CONAB, 2010). As cultivares modernas de trigo estão apresentando alto potencial de produção. Atualmente existe cultivares de trigo que atingem produtividades de 6.000 a 7.000 kg ha-1 no Sul do Brasil e chegando a valores superiores a 8.000 kg ha-1 no Brasil Central, sob condições de cultivo irrigado (CUNHA & PIRES, 2005). Porem para obtenção de altas produtividades exige um manejo e adoção de determinadas praticas como, época de semeadura, espaçamento e densidades de sementes adequadas, aumento do nível de fertilidade do solo, quantidades de nitrogênio, controle de plantas daninhas, pragas e moléstias. (EMBRAPA, 2003). O nitrogênio (N) e um dos nutrientes absorvidos em maior quantidade pela cultura de trigo. Com a aplicação de nitrogênio para visar o aumento de produtividades, porem aumenta também a probabilidade de ocorrência de acamamento, especialmente em planta de porte médio alto, o que conseqüentemente diminui a produção de grãos. (DA ROS et al., 2003) O acamamento é um dos fatores que limita a produção de grãos de trigo de modo expressivo, principalmente na região sul do Brasil (RODRIGUES; VARGAS, 2002), e depende da intensidade e do estádio de desenvolvimento das plantas em que ocorre, com isto 10 busca-se alternativas para reduzir o acamamento com a aplicação de reguladores de crescimento. Vários autores relatam que o Trinexapac-ethyl é um regulador de crescimento utilizado em aplicação em cereais de inverno que promovem a redução no comprimento do colmo, com redução da estatura da planta, evitando o acamamento e consequentemente a redução da produtividade em anos com elevada precipitação pluviométrica, especialmente na colheita. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos do regulador de crescimento Trinexapac-ethyl em algumas características agronômicas e na produtividade do cultivar de trigo Quartzo e Marfim em diferentes densidades de semeadura. 11 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 1.1 A Cultura do Trigo O trigo (Triticum aestivum L.) é um dos cereais mais produzidos no mundo. Graças à sua diversidade genética e a utilização desta variabilidade no melhoramento, possui, atualmente, ampla adaptação edafoclimática, sendo cultivado desde regiões com clima desértico, em alguns países do Oriente Médio, até em regiões com alta precipitação pluvial, como na China e Índia. No Brasil, pode ser cultivado desde a Região Sul até o Cerrado (Guerra, 1994; Guerra, 1995). Por ser um cereal básico é cultivado hoje em diferentes ambientes, desde a Argentina até a Finlândia, o que exige trabalhos intensos de seleção, visando à adaptabilidade da cultura ao ambiente de cultivo (KLAR e DENADAI, 1996; FUMIS et al., 1997). Até chegar aos tipos de trigo hoje conhecidos, muitos anos de pesquisa e melhoramento foram necessários. No Brasil a cultura do trigo vem alcançando, a cada dia, maior importância frente aos países produtores e exportadores, alicerçada nos ganhos de produtividade, na rentabilidade e na melhoria de sua qualidade industrial (TIBOLA et al., 2008). A espécie Triticum aestivum está entre as espécies vegetais de maior importância para a alimentação humana. A composição única de suas proteínas de reserva, que permite a obtenção de vários produtos por meio do processo de panificação, faz do trigo um cereal mundialmente consumido (JOSHI et al., 2007). Devido às características de composição do seu grão, o trigo é utilizado na fabricação de pães, bolos, biscoitos, barras de cereais, além de macarrões, massas para pizza entre outras utilizações de seus derivados pela indústria. Sua diversidade de utilização, suas características nutricionais e sua facilidade de armazenamento têm feito do trigo o alimento básico de aproximadamente um terço da população mundial (SLEPER e POEHLMAN, 2006). O trigo é uma espécie de estação fria e sua produção mundial é superior a 600 milhões de toneladas por ano, sendo a segunda maior produção de grãos em nível mundial (USDA, 2010). O Brasil concentra sua produção na região Sul do país, a qual é responsável por mais de 90% da produção nacional, que em média é de quatro milhões de toneladas (CONAB, 2010). Este montante representa menos de 50% do consumo interno do cereal, fazendo com que o Brasil seja um dos principais países importadores de trigo no mundo. Na região sul do 12 país, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul e Paraná, o trigo é uma das principais alternativas de cultivo no inverno (SCHUCH et al., 2000). O interesse em maximizar o rendimento de trigo tem estimulado o uso de um manejo intensivo nessa cultura. Esse manejo integra a adoção de determinadas práticas, como época de semeadura, espaçamento e densidade de semeadura adequada, aumento do nível de fertilidade do solo e controle de doenças, insetos e de acamamento de plantas (RODRIGUES e TEIXEIRA, 2003). Segundo Sleper e Poehlman (2006) desde os primeiros trabalhos de melhoramento genético da cultura do trigo busca-se aumento na produção e na qualidade de grãos, além de modificações na arquitetura de plantas, resistência ao acamamento, pragas e doenças. Nos dias de hoje os objetivos visam à criação de novos genótipos com melhor potencial produtivo, melhor estabilidade de produção e que demonstrem qualidade no produto final. 1.2 Utilização de Reguladores Vegetais na Agricultura A descoberta dos efeitos dos reguladores vegetais sobre plantas cultivadas e os benefícios promovidos por estas substâncias têm contribuído para solucionar problemas do sistema de produção e melhorar qualitativa e quantitativamente a produtividade das culturas (CASTRO e VIEIRA, 2001). Seus efeitos fisiológicos têm sido estudados visando o avanço no conhecimento da ação estimulatória ou inibitória no crescimento e desenvolvimento das plantas (MARTINS e CASTRO, 1999a). Os reguladores vegetais atuam como sinalizadores químicos no crescimento e desenvolvimento de plantas. Normalmente ligam-se a receptores na planta e desencadeiam uma série de mudanças celulares, as quais podem afetar a iniciação ou modificação do desenvolvimento de órgãos ou tecidos (RODRIGUES, 2003). Reguladores vegetais do grupo das auxinas (AX) e da giberelinas (GA) são os mais bem estudados em culturas de interesse econômico nos dias atuais. Entre as principais utilizações da AX têm-se a prevenção da abscisão de frutos e folhas, enraizamento de estacas, promoção da floração, indução de partenocarpia, raleio de frutos e ação herbicida, enquanto GA exógenas têm sido amplamente empregadas para a promoção do crescimento de frutos, produção de malte em cevada, aumento do comprimento dos entrenós em cana-de-açúcar. Da mesma forma, inibidores da biossíntese têm sido úteis para a redução na altura de plantas, principalmente em cereais de estação fria como o trigo (ARTECA, 1995). 13 Reguladores vegetais classificados como retardantes de crescimento afetam a formação de células e o alongamento do internódio abaixo do meristema, assim, plantas com entrenós curtos são obtidas com o desenvolvimento de flores normais. Os retardantes de crescimento mais utilizados e os mais bem estudados até o momento atuam basicamente na inibição da biossíntese de giberelinas, contudo, algumas outras substâncias, como as morfactinas, apresentam a habilidade de afetar a morfogênese de plantas sem afetar a biossíntese hormonal, atuando por meio de antagonismo competitivo em sítios de ligação (ARTECA, 1995). Vários retardantes de crescimento têm sido usados em cereais, entre os quais destacam-se o cloreto de 2-cloro-etil-trimetilamônia, conhecido como CCC, recomendado para a cultura de trigo, o Ethephon (ácido 2-cloro-etil-fosfônico), para a cultura de cevada e mais recentemente o Etil-Trinexapac, um regulador com forte ação na inibição do alongamento dos entrenós. A aplicação desses reguladores tem sido realizada em função de seus efeitos pronunciados no desenvolvimento de trigo, através do estímulo do perfilhamento, redistribuição de biomassa com aumento do crescimento de raízes, redução de estatura e fortalecimento de colmos, o que restringe os riscos das plantas ao acamamento (RODRIGUES et al., 2003). Inibidores de giberelinas são usados comercialmente para evitar o alongamento de colmos em algumas culturas. Para a cultura do trigo, o cloreto de clormequat, (OLUMEKUN, 1996), e o Etil Trinexapac (ZAGONEL e FERNANDES; 2007; ESPINDULA et al., 2009; 2010) têm apresentado bons resultados na redução da estatura das plantas e de perdas por acamamento. Diversos trabalhos de pesquisa têm demonstrado incrementos na produtividade da cultura do trigo tratada com reguladores vegetais, mesmo em condições onde existe ocorrência de acamamento. Esses incrementos estão relacionados com a melhoria na arquitetura de folhas, que aumenta a eficiência da absorção de luz e a tolerância ao sombreamento (ZAGONEL et al., 2002). 1.3 O Moddus (i. a. trinexapac-ethyl) O emprego de reguladores vegetais na agricultura promovem efeitos benéficos para as culturas, ao passo que reduzem o acamamento e a colheita não é afetada por causa desse fenômeno. Dentre os produtos comerciais, o Moddus (i. a. etil-trinexapac) é um dos reguladores que vem sendo usado desde 2002 em cereais de inverno, como o trigo e cevada, sendo indicado também para a cana-de-açúcar como maturador. 14 De acordo com Kerber et al (1989), a absorção do trinexapac-ethyl ocorre nas folhas, sendo translocado até os nós do colmo atuando no balanço das giberelinas. Segundo Heckman et al. (2002), o trinexapac-ethyl atua nas plantas, reduzindo a elongação celular no estádio vegetativo e obstruindo a biossíntese do ácido giberélico. Davies (1987), afirma que a enzima 3 α-hidroxilase, reduz drasticamente o nível do ácido giberélico ativo (GA1) e aumenta acentuadamente seu precursor biossintético imediato GA20. Sendo assim, como o acido giberélico ativo diminui, o crescimento das plantas é inibido, pois o hormônio responsável pelo alongação do caule está em baixa quantidade na planta. A absorção de trinexapac-ethyl pela lamina foliar é de 31% uma hora após a aplicação e de 70% vinte quatro horas após a aplicação. A máxima inibição do crescimento ocorre até duas horas ou três semanas após a aplicação. E o intervalo entre a aplicação e a precipitação deve ser de uma hora, para que o efeito do produto não seja diminuído (FAGERNESS e PENNER, 1998 a, 1998b). 1.4 Época de Aplicação A época de aplicação do regulador de crescimento deve ser conduzida com a finalidade de potencializar sua ação na redução do crescimento da planta. Conforme Castro e Kluge (1999), um alongamento pronunciado do caule ocorre somente após a iniciação floral e cada entrenós inicia sua extensão apenas depois que a folha inserida no nó acima finaliza a sua expansão. Somente a porção do caule entre o ultimo nó e a base da espiga pode continuar sua extensão até após a antese. Nesse sentido, aplicações tardias reduzem sensivelmente o tamanho das plantas, retardando o espigamento e em consequências o rendimento de grãos. E as aplicações em estádios de crescimento anteriores ao recomendado provocam efeito pequeno na estatura de planta, pois o efeito redutor vai ocorrer principalmente nos primeiros entrenós, que, por natureza, já são curtos (RODRIGUES et al., 2003). Dessa forma, torna-se imprescindível a identificação correta do estádio de desenvolvimento da planta-alvo, uma vez que a duração desse estádio é controlada por vários fatores (temperatura, vernalização, fotoperíodo, características genéticas da cultivar, disponibilidade hídrica, etc.). Como o período ideal (estádio) varia no tempo e implica na probabilidade de atingir as plantas fora do estádio ideal (RODRIGUES et al., 2003). A caracterização fenológica através de estádios fenológicos permite maior detalhamento na descrição do ciclo da planta em relação à utilização das fases, já que estas 15 podem ser demasiadamente distanciadas no tempo. As aplicações de reguladores de crescimento não deverão ser calendarizadas, pois o estádio ideal de aplicação pode variar em até 22 dias, dependendo da cultivar, região e clima (PENCKOWSKI e FERNANDES, 2010). Assim, grande atenção deve ser dada ao momento da aplicação, para o qual se recomenda para a cultura do trigo, apresentar-se no estádio fenológico 6 da escala de Feeks e Large (LARGE,1954), isto é, quando conseguimos visualizar o primeiro nó do colmo, e o segundo nó não se encontra visível, mas perceptível ( PENCKOWSKI e FERNANDES, 2010). Seguindo essa época, tanto o colmo é encurtado como sua base é engrossada, conferindo, maior resistência ao acamamento (RODRIGUES et al., 2003). Quando as aplicações de trinexapac-ethyl foram realizadas entre o primeiro até o terceiro nó visível, Lozano et al. (2002), verificaram mudanças na densidade de espigas, no desenvolvimento dos perfilhos e aumento de produção. 1.5 Dose de Trinexapac-ethyl De acordo com Penckowski e Fernandes (2010), a dose de trinexapac- ethyl recomendada pela empresa fabricante é de 100 a 125 g.ha-1, que corresponde a 400 a 500 ml.ha-1 do produto comercial (Moddus) aplicado entre o primeiro e o segundo nó perceptível do trigo. Essa recomendação é ampla e não distingue o cultivar, embora possam responder de maneira diferencial em relação à dose do produto (ZAGONEL E FERNANDES, 2007). No entanto, devem-se levar em consideração as características das cultivares, o nível de tecnologia, o manejo empregado na cultivar, assim como o tipo de solo e clima, para determinar a melhor dose a ser aplicada. Isso irá refletir na redução em maior ou menor grau do crescimento da planta e o acamamento, além de poder interferir na produtividade da cultura (PENCKOWSKI e FERNANDES, 2010). Estes ainda reforçam que o conhecimento da cultivar, o seu comportamento no ambiente, a dose de nitrogênio, o nível de fertilidade e a textura do solo, o clima e o manejo da cultura, além da época de aplicação, são fatores imprescindíveis na obtenção de sucesso tanto na utilização como na definição de dose de trinexapac-ethyl. Testando doses do redutor de crescimento Moddus na cultura do trigo, Zagonel et al. (2003) encontrou diferenças significativas na estatura de plantas com aplicação do produto. A redução na altura foi maior, estatisticamente, na dose de 0,5 l/ha de Moddus, sendo similar, em termos absolutos, quando se usaram doses mais elevadas de nitrogênio em cobertura. Resultados semelhantes foram encontrados por Motter (2007), sendo que a maior redução na 16 altura das plantas foi obtida com a dose de 0,5 l.ha-1, quando a adubação de base era de 135 kg.ha-1. Para Zagonel e Fernandes (2007), trabalhando com diferentes cultivares de trigo, obtiveram respostas quadráticas da produtividade em relação às doses de trinexapac-ethyl, ocorrendo aumento da produção com o aumento da dose do redutor, até um limite máximo variável com o cultivar. No entanto, em sete dos oito cultivares estudados, esse limite foi obtido com doses inferiores às recomendadas comercialmente. Isso reforça a ideia de que as características intrínsecas das cultivares podem influenciar na dose que proporciona melhores resultados agronômicos. 1.6 Compatibilidade com Outros Produtos Segundo Penckowski e Fernandes (2010), o trinexapac-ethyl de maneira geral pode ser aplicado em misturas com outros defensivos. Contudo, devem-se evitar as aplicações juntamente com herbicidas, principalmente 2,4- D, não sendo observada incompatibilidade com fungicidas e inseticidas. Na cultura do trigo, foi observada menor severidade de ferrugem e manchas foliares na cultivar CD-104 quando utilizaram o redutor, pois pela diminuição da altura de plantas em função do uso do produto, houve uma melhor penetração dos fungicidas, nas partes inferiores das plantas (BERTI et al., 2007). 1.7 Efeito da Aplicação do Redutor de Crescimento Os reguladores de crescimento vêm sendo usados como alternativa para diminuir o problema do acamamento, tendo em vista que esse fenômeno dificulta a colheita mecanizada, diminui a qualidade dos grãos e o rendimento das culturas (ESPINDOLA et al., 2010). Assim, a altura das plantas que era controlada com a restrição do fornecimento de nitrogênio passa a ser feita pelo uso do redutor, possibilitando incrementar as doses de nitrogênio usadas em cobertura, podendo maximizar a capacidade produtiva da planta (PENCKOWSKI E FERNANDES, 2010). O ingrediente ativo trinexapac-ethyl mostrou-se seletivo para as culturas de trigo e cevada, sem prejuízos na produtividade dessas culturas. Porém, o efeito do redutor de crescimento depende de vários fatores, tais como a dose e a época de aplicação, a época de semeadura, as condições do ambiente, o estado nutricional e fitossanitário da cultura (RODRIGUES et al., 2003). 17 Além disso, de acordo com Penckowski e Fernandes (2010), tem-se notado outros efeitos benéficos do uso de reguladores de crescimento, mesmo na ausência de acamamento, como a mudança na arquitetura das plantas e na concentração de clorofila nas folhas. A Syngenta (2003) destaca que a além da redução da altura das plantas, o produto também promove aumento do diâmetro do colmo e aumento na espessura das paredes. Lozano e Leaden (2001) descrevem que plantas tratadas com o ingrediente ativo trinexapac-ethyl, com dose cheia e sequencial, apresentaram redução na estatura devido ao encurtamento dos entrenós. Além disso, foi observada a redução na da área foliar sem que houvesse redução da fotossíntese. Na avaliação da quantidade de fibras no colmo em uma cultivar de trigo com e sem aplicação do redutor, concluiu-se que a lignina e a hemicelulose não sofreram alterações significativas e que a porcentagem de celulose nas plantas tratadas com o regulador eram superiores as não tratadas (PENCKOWSKI E FERNANDES, 2010). Zagonel et al. (2002) em trabalho realizado com trigo, verificou que mesmo sem a ocorrência de acamamento a produtividade foi aumentada, pois alguns componentes de produção foram aumentados, como o número de grãos. Ainda foi observada redução substancial do comprimento dos entrenós das plantas que receberam a aplicação do trinexapac-ethyl antes da emergência do segundo nó, já que o produto estava agindo na planta. Além disso, a redução da altura é uma das vantagens do uso do redutor e sua interação com doses de nitrogênio, visto que isso pode proporcionar maior uso de nitrogênio, podendo aumentar a produtividade, porém, mantendo uma altura inferior àquela observada na ausência do produto. Testando dose e épocas de aplicação do redutor de crescimento, chegou a resultados que mostram que tanto a dose como a época de aplicação do trinexapac-ethyl podem e devem ser adequadas a cada cultivar, especialmente nos de maior resistência ao acamamento (ZAGONEL e FERNANDES, 2007). Outro efeito observado quando realizada a aplicação do redutor de crescimento é o aumento do teor de nitrogênio na folha. Em experimentos a Fundação ABC observou que plantas submetidas ao tratamento com Moddus tiveram maior teor de nitrogênio foliar, sendo observado à campo a coloração verde mais escura nessas plantas. Isso pode ser uma importante ferramenta para o manejo desse elemento na cultura, pois o trinexapac-ethyl pode auxiliar no melhor aproveitamento da quantidade de nitrogênio disponível para a planta, sendo desnecessária a aplicação de grandes quantidades de nutriente, podendo reduzir custos de produção (PENCKOWSKI E FERNANDES, 2010). 18 1.8 Ganho de Produtividade De acordo com Zagonel e Fernades (2007), o aumento de produtividade de trigo com o uso do redutor de crescimento trinexapac-ethyl deve-se às mudanças morfológicas causadas na planta, pois ao diminuir a altura das plantas, as deixa com uma arquitetura mais adequada para aproveitar os recursos do meio, especialmente a radiação solar, e produzir mais, sendo a arquitetura diferente em relação ao cultivar e à dose do trinexapac-ethyl. Assim, plantas menores redirecionam os fotoassimilados, produzindo maior massa de grãos em relação à massa total da planta, o que é expresso pelo índice de colheita aparente (IC). Em estudos realizados por Lozano et al. (2002), observaram ganhos de cerca de 27% na produtividade quando testaram o redutor em duas cultivares de trigo, mesmo não havendo acamamento. Os ganhos foram maiores quando houve mudança na arquitetura foliar, com a modificação da angulação da folha bandeira, que ficou mais ereta. Segundo Penckowski e Fernandes (2010) a Fundação ABC realizou ensaios com o redutor de crescimento em 51 cultivares de trigo durante 8 safras. Foi observado um ganho médio da produtividade de trigo de 12,8% com a aplicação do Moddus. Destes ensaios, somente 8,7% não apresentaram aumento na produtividade com a aplicação do redutor. Assim, pode-se concluir que as mudanças na anatomia e morfologia das plantas de trigo são responsáveis pelo aumento de produtividade. 1.9 Redução de Produtividade A redução de produtividade pode ser observada em situações em que a aplicação do redutor de crescimento for feita muito tarde. De acordo com Fagerness & Penner (1998), quanto mais tardia a aplicação do trinexapac-ethyl, maior é a redução do comprimento do pedúnculo, já que o redutor atua de 14 a 21 dias na planta. Porém, se o encurtamento do pedúnculo for acentuado, a espiga, ou parte desta, fica retida na bainha da folha bandeira, interferindo na antese e na formação dos grãos, com efeitos diretos na produtividade (ZAGONEL e FERNANDES, 2007). 19 2 MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Localização do Campo Experimental O experimento foi conduzido no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), DEAg/UNIJUÍ, localizado no município de Augusto Pestana (RS), em 2011. A localização geográfica da área experimental é de 28° 26' 30 26" de latitude a sul e 54° 00' 58' 31 de longitude W, em solo pertencente a unidade de mapeamento Santo Ângelo, classificado como latossolo vermelho distroférico típico, com média anual de precipitação pluviométrica equivalente a 1600 mm. 2.2 Caracterização do Experimento O experimento foi semeado no dia 14 de junho de 2011 em condições de campo experimental na ausência de irrigação, em área de restava de girassol em delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições. A densidade de semeadura foi de 200, 400 e 600 sementes aptas m-2 em um espaçamento entre linhas de 0,20 m. Cada parcela foi composta por cinco linhas de cinco metros de comprimento, sendo utilizada com o área útil as 3 fileiras centrais. A adubação no plantio foi na base de 250 kg/ha de fertilizante 5-20-20 acrescido de 50 kg de 27-00-00. A adubação de cobertura com nitrogênio foi 100 kg/ha (45-00-00) no estádio de desenvolvimento vegetativo V3. O tratamento com regulador de crescimento (TRINEXAPAC – ETHYL na concentração de 250 g/L ) na dose de 500 ml/ha mais 250 ml de óleo mineral aplicado no momento do surgimento do primeiro nó visível e do segundo nó perceptível nos genótipos reagentes. As parcelas testemunhas não receberam o redutor de crescimento. O controle de moléstias foi realizado com a aplicação de fungicida constituído de TRIFLOXISTROBINA na concentração de 100 g/L e TEBUCONAZOL – 200 g/L, usandose o produto comercial NATIVO na dosagem de 500 ml/ha na primeira aplicação no estádio de emborrachamento. Na segunda aplicação foi utilizado AZOXISTROBINA – 200 g/L associado com CIPROCONAZOL – 80 g/L na dose de 300 ml/ha ( PRIORI EXTRA) no florescimento do trigo. 20 2.3 Genótipos Avaliados Os genótipos avaliados foram da OR sementes Quartzo e Marfim, que apresentam as seguintes características: a) Cultivar Quartzo Hábito vegetativo: intermediário a semi-ereto Perfilhamento: médio Altura da planta: média (85 cm) Reação ao acamamento: moderadamente resistente Reação à debulha natural: moderadamente tolerante. Reação ao alumínio: moderadamente tolerante. Resistência à geada na fase vegetativa: moderadamente resistente. Peso de mil grãos (média): 35g. Ciclo: médio - espigamento: 70 dias para regiões quentes e até 90 dias para regiões frias; maturação: média 128 dias. QUALIDADE INDUSTRIAL Classificação: Trigo Pão (W médio de 272); Grão vermelho duro Germinação natural na espiga: resistente a moderadamente resistente SUGESTÕES DE CULTIVO Ferrugem da folha é a doença alvo - utiliza uma mistura de triazol com estrobilurina para um melhor controle. É importante tratar as sementes com inseticida sistêmico para controle de pulgões transmissores do VNAC. Para maximizar potencial de rendimento, plante em áreas com rotação de culturas e boa fertilidade, sem abusar na densidade (utilize em torno de 330 plantas/m2). REAÇÃO ÀS DOENÇAS Ferrugem da folha - moderadamente resistente a moderadamente suscetível Oídio - moderadamente resistente a moderadamente suscetível Giberela - moderadamente suscetível Manchas foliares - moderadamente resistente Mosaico - moderadamente resistente (informação preliminar) VNAC - moderadamente resistente a moderadamente suscetível Brusone - moderadamente resistente DESTAQUES Tem demonstrado elevado potencial de rendimento. Apresenta ampla adaptação, bom nível de resistência às manchas foliares e boa tolerância às chuvas na pré-colheita. 21 Sua tolerância ao calor e à brusone permitem expandir seu cultivo para áreas de menor altitude. b) Cultivar Marfim Habito vegetativo: semi-ereto Perfilhamento: médio Altura da planta: média (75 cm) Reação ao acamamento: moderadamente suscetível Reação à debulha natural: moderadamente suscetível Reação ao alumínio: moderadamente tolerante Resistência à geada na fase vegetativa: moderadamente suscetível Peso de mil grãos (média): 37 g Ciclo: Precoce - espigamento: média 68 dias; maturação: média 122 dia QUALIDADE INDUSTRIAL Classificação: Trigo Pão (W médio =295), com tendência a elevada estabilidade e farinha branqueadora Grão: vermelho semi-duro Germinação natural na espiga: moderadamente suscetível SUGESTÕES DE CULTIVO Tratar sementes com inseticida para controle de pulgões transmissores de VNAC e com fungicida para controle do oídio. Oídio e giberela são as doenças alvo. Por ser precoce, plante por último. Colheita antecipada é indicada para evitar perdas por desgrane e germinação na espiga. Densidade: 300-330 plantas/m2 REAÇÃO ÀS DOENÇAS Ferrugem da Folha: Moderadamente resistente Oídio: Suscetível Giberela: Suscetível Manchas foliares: moderadamente suscetível Mosaico: moderadamente resistente (informação preliminar) Brusone: Moderadamente suscetível a suscetível VNAC: suscetível. DESTAQUES Trigo precoce e produtivo, com excelente qualidade industrial (farinha branqueadora e elevada estabilidade) aliada a um bom tipo agronômico e boa resistência a ferrugem da folha. 22 2.4 Variáveis Mensuradas 2.4.1 Rendimento de Grãos (Kg/ha) O rendimento de grãos foi obtido pela pesagem de grãos nas três linhas centrais e transformado em kg/Ha. 2.4.2 Rendimento Biológico Aparente – RBA (Kg/ha) A determinação do rendimento biológico foi realizada pela pesagem da planta constituído de palha e grãos e transformado em kg/ha. 2.4.3 Índice de Colheita – IC (%) O índice de colheita foi obtido pela relação entre a produção de grãos e o rendimento biológico dado em percentagem. 2.4.4 Massa de Mil Grãos – MMG (g) Determinada pela pesagem de 500 sementes e transformado em MMG. 2.4.5 Número de Grãos por Espiga – NGE (n) Avaliado em 5 plantas colhidas aleatoriamente na parcela útil e transformado em NGE. 2.4.6 Estatura de Planta – EST (m) Determinada em 5 plantas pela medida em centímetros considerando a altura da base da planta até a inserção da espiga. 2.4.7 Acamamento – ACA (%) Avaliação visual das plantas da parcela dado em percentagem de plantas acamadas. 23 2.4.8 Distância do Entre-nó – DEN (cm) Determinada em 5 plantas pela medida em cm do primeiro ao segundo entre-nó. 2.4.9 Diâmetro do Colmo – DIC (mm) Em cinco plantas colhidas ao acaso determinado pela medida em mm, com uso de paquímetro. 2.4.10 Número de Espigas por m2 – NE (n) Determinado pela contagem de espigas em 2 m lineares em cada parcela e transformado em m2. 2.5 Análise Estatística Os dados foram submetidos a análise de variância para detecção do efeito dos tratamentos e utilização do Teste Scott e Knott para determinação das diferenças entre médias de tratamentos. 24 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES O quadrado médio da análise de variância quando os genótipos foram submetidos a aplicação de regulador de crescimento mostrou variação entre densidades de plantas para as variáveis acamamento e número de espigas por metro quadrado. Já para genótipos houve variação para rendimento de grãos, rendimento biológico aparente, número de grãos por espiga, estatura de plantas, acamamento, distância do entre-nó, diâmetro do colmo e número de espigas por m2 conforme Tabela 01. Tabela 01: Resumo da análise de variância dos efeitos principais e de interação para os distintos caracteres de importância agronômica em trigo submetido a tratamento com Trinexapac-ethyl em diferentes densidades de semeadura. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ. Augusto Pestana – RS, 2011 FV Bloco De Ge GxD ERRO MG CV (%) GL RG 3 36212 2 190727 1 7685148* 2 100690 15 100690 3038,54 8,60 RB 408399 545299 168608907* 1120053 3283496 13275,62 13,64 IC MMG 0,00018 0,1 0,0018 0,52 0,0001 8* 0,00007 3,7 0,00166 1 0,23 35,06 17,61 3,95 NGE EST 35 12 1,5 8* 448 950* 38 28 22 11,375 38,04 77,2 12,45 4,36 ACA 220 969* 301 257 250 13,54 116,87 DEN DC 0,76 0,18 1,32 0,08 1001* 0,33* 4 0,01 4,56 0,04 10,65 3,28 20,03 6,25 NEM2 10528 37132* 41251* 5132 5110 655,2 10,91 *Significância em 5% de probabilidade de erro; RG = Rendimento de Grãos; (Kg/ha), (RBA) rendimento biológico aparente (Kg/ha), (IC) índice de colheita (%), (MMG) massa de mil grãos (g), (NGE) número de grãos espiga (n), (EST) acamamento de plantas (%), (ACA) distância do entre-nó (cm), (DEN) diâmetro do colmo (mm) e (NE) número de espiga/m2 (n), CV % - Coeficiente de variação. Na ausência de regulador de crescimento, a densidade de plantas influiu na variável rendimento de grãos, acamamento e diâmetro do colmo. Enquanto que para genótipos evidenciamos variação para rendimento de grãos, rendimento biológico, número de grãos por espiga, estatura de plantas, acamamento e distância do entre-nó (Tabela 02). Os dados permitem inferir que não houve interação entre os genótipos e densidades tanto na presença como na ausência do regulador de crescimento, razão porque passamos a descrever de forma isolada os efeitos do regulador sobre genótipo e sobre densidade (Tabela 01 e 02). Os coeficientes de variação para os caracteres avaliados estão dentro do esperado 25 para este tipo de experimento, com exceção dos obtidos para acamamento na presença e na ausência de redutor de crescimento. Tabela 02: Resumo da análise de variância dos efeitos principais e de interação para os distintos caracteres de importância agronômica em trigo na ausência do tratamento com Trinexapac-ethyl em diferentes densidades de semeadura. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ. Augusto Pestana – RS, 2011 FV Bloco De Ge GxD ERRO MG CV (%) GL 3 2 1 2 15 RG 34686 34686 626582* 252315 111455 3132,12 10,65 RB 967870 6802022 132939801* 4553250 326557 12811,45 14,1 IC 0,0023 0,0026 0,0002 0,0064 0,00275 0,24 20,99 MMG 1,42 0,94 11,2 0,76 1,7 36,04 3,62 NGE 5 115 752* 46 41 35,61 18,15 EST 36 11 1093* 7 8 80,41 3,69 ACA 1291 6584* 3037* 903 394 37,5 52,94 DEN 4 2 147* 2 4 12,95 15,89 DC 0,007 0,03 0,68 0,261 0,0503 3,06 7,33 NEM2 11409 17101 3384 64840 20123 672,7 21,08 *Significância em 5% de probabilidade de erro; RG = Rendimento de Grãos; (Kg/ha), (RBA) rendimento biológico aparente (Kg/ha), (IC) índice de colheita (%), (MMG) massa de mil grãos (g), (NGE) número de grãos espiga (n), (EST) acamamento de plantas (%), (ACA) distância do entre-nó (cm), (DEN) diâmetro do colmo (mm) e (NE) número de espiga/m2 (n), CV % - Coeficiente de variação. Na Tabela 03, encontramos as médias de genótipos quando submetidos a aplicação de regulador de crescimento. Para rendimento de grãos o genótipo quartzo apresentou uma produtividade de 3.604 Kg/ha, enquanto que marfim registrou 2.472 kg/ha, sendo estatisticamente diferente entre si. O melhor desempenho do genótipo quartzo deve-se a superioridade no rendimento biológico aparente (RBA) o que proporcionou maior número de grãos por espiga e por m2. Tabela 03: Caracteres de importância agronômica em trigo submetido a aplicação de Trinexapac-ethyl nas cultivares quartzo e marfim. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ. Augusto Pestana – RS, 2011 Genotipo RG RBA IC (kg.h1) (kg.h1) (%) (g) (n) (cm) (%) (cm) (mm) (n) QUARTZO 3604ª 15926a 22a 345a 42a 83a 17a 12a 3.41a 696ª MARFIM 2472b 10625b 35a 33b 70b 10a 8b 3.16b 613b 23a MMG NGE EST ACA DEN DC NE *Médias seguidas da mesma letra maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem estatisticamente entre s, em nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste de Scott e Knott.; RG = Rendimento de Grãos; (Kg/ha), (RBA) rendimento biológico aparente (Kg/ha), (IC) índice de colheita (%), (MMG) massa de mil grãos (g), (NGE) número de grãos espiga (n), (EST) acamamento de plantas (%), (ACA) distância do entre-nó (cm), (DEN) diâmetro do colmo (mm) e (NE) número de espiga/m2 (n). 26 Quando as cultivares não receberam o tratamento com regulador de crescimento os dados da Tabela 04 revelam ser o genótipo quartzo o mais produtivo com média de 3646 Kg/ha, apresentando destaque para rendimento biológico aparente (15.165 Kg/ha) e número de grãos por espiga (41). Tabela 04: Caracteres de importância agronômica em trigo na ausência de aplicação de Trinexapac-ethyl nas cultivares quartzo e marfim. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ. Augusto Pestana – RS, 2011 Genotipo RG RBA IC MMG NGE EST ACA DEN DC NE (kg.h1) (kg.h1) (%) (g) (n) (cm) (%) (cm) (mm) (n) QUARTZO 3646ª 15165a .24a 35a 41a 87a 48a 15a 3a 660a MARFIM 2612b 10457b .25a 36a 30b 73b 26b 10b 3a 684a *Médias seguidas da mesma letra maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem estatisticamente entre s, em nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste de Scott e Knott.; RG = Rendimento de Grãos; (Kg/ha), (RBA) rendimento biológico aparente (Kg/ha), (IC) índice de colheita (%), (MMG) massa de mil grãos (g), (NGE) número de grãos espiga (n), (EST) acamamento de plantas (%), (ACA) distância do entre-nó (cm), (DEN) diâmetro do colmo (mm) e (NE) número de espiga/m2 (n). Analisando os dados da Tabela 05 e 06, podemos observar que o rendimento de grãos e os componentes do rendimento (RBA, IC, MMG, NGE, NE) não foram influenciados pela aplicação do regulador de crescimento nos dois genótipos. Entretanto, o Trinexapac-rthyl influiu nos caracteres acamamento de plantas, estatura de plantas, distância do entre-nó e diâmetro do colmo, sendo estes caracteres determinantes de perdas na colheita quando o trigo sofre com chuvas nesta fase da cultura. Tabela 05: Caracteres de importância agronômica em trigo da cultivar quartzo com e sem regulador de crescimento (Trinexapac-ethyl). IRDeR/DEAg/UNIJUÍ. Augusto Pestana – RS, 2011 REGULADOR RG RBA IC MMG NGE EST ACA DEN DC NE (kg.h1) (kg.h1) (%) (g) (n) (cm) (%) (cm) (mm) (n) COM 3604a 15926a 22a 34a 42a 83a 17b 12b 3.4a 696a SEM 3646a 15165a 24a 35a 41a 87b 48a 15a 3b 660a *Médias seguidas da mesma letra maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem estatisticamente entre s, em nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste de Scott e Knott.; RG = Rendimento de Grãos; (Kg/ha), (RBA) rendimento biológico aparente (Kg/ha), (IC) índice de colheita (%), (MMG) massa de mil grãos (g), (NGE) número de grãos espiga (n), (EST) acamamento de plantas (%), (ACA) distância do entre-nó (cm), (DEN) diâmetro do colmo (mm) e (NE) número de espiga/m2 (n). 27 Tabela 06: Caracteres de importância agronômica em trigo da cultivar marfim com e sem regulador de crescimento (Trinexapac-ethyl). IRDeR/DEAg/UNIJUÍ. Augusto Pestana – RS, 2011 REGULADOR RG RB IC MMG NGE EST ACA DEN DC NEM2 (kg.h1) (kg.h1) (%) (g) (n) (cm) (%) (cm) (mm) (n) COM 2472a 10625a 23a 35a 33a 70b 10b 8b 3.1a 613a SEM 2612a 10457a 25a 36a 30b 73a 26a 10a 3a 684a *Médias seguidas da mesma letra maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem estatisticamente entre s, em nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste de Scott e Knott.; RG = Rendimento de Grãos; (Kg/ha), (RBA) rendimento biológico aparente (Kg/ha), (IC) índice de colheita (%), (MMG) massa de mil grãos (g), (NGE) número de grãos espiga (n), (EST) acamamento de plantas (%), (ACA) distância do entre-nó (cm), (DEN) diâmetro do colmo (mm) e (NE) número de espiga/m2 (n). O regulador de crescimento não afetou o rendimento de grãos nas densidades de 200, 400 e 600 sementes/m2, nem mexeu na expressão dos componentes diretos (MMG, NGE e NE) conforme Tabela 07. Por outro lado, houve um aumento na percentagem de plantas acamadas na densidade de 400 e 600 sementes/m2. Trabalho conduzido por Silva et al,.(2009), na localidade de Augusto Pestana RS, encontrou melhor resposta para rendimento de grãos de trigo nas densidades de 260 sementes/m2, usando como genótipo reagente as cultivares Safira e BRS 179. Comparando o caracter acamamento de plantas nas densidades de semeadura com e na ausência de regulador de crescimento verifica-se um efeito significativo do regulador na redução do acamamento nas diferentes densidades (Tabela 07 e 08). A redução do acamamento de plantas provavelmente foi devido ao efeito do Trinexapac-ethyl no espessamento do tecido esclerenquimático, resultando em aumento do diâmetro interno do colmo, conforme observado por Leaden e Colabelii (2002), citado por Penckowsli & Fernandes (2010). Tabela 07: Caracteres de importância agronômica em trigo da cultivar quartzo com regulador de crescimento (Trinexapac-ethyl) em diferentes densidades de semeadura. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ. Augusto Pestana – RS, 2011 Densidade RG RBA IC MMG NGE EST ACA DEN DC NE (kg.h1) (kg.h1) (%) (g) (n) (cm) (%) (cm) (mm) (n) 200 3127a 13572a 23a 34a 37a 77a 1a 10a 3a 587b 400 3127a 13173a 24a 35a 38a 76a 15b 11a 3a 654b 600 2860a 13081a 21a 35a 38a 76a 23b 10a 3a 723a *Médias seguidas da mesma letra maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem estatisticamente entre s, em nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste de Scott e Knott.; RG = Rendimento de Grãos; (Kg/ha), (RBA) rendimento biológico aparente (Kg/ha), (IC) índice de colheita (%), (MMG) massa de mil grãos (g), (NGE) número de grãos espiga (n), (EST) acamamento de plantas (%), (ACA) distância do entre-nó (cm), (DEN) diâmetro do colmo (mm) e (NE) número de espiga/m2 (n). 28 Tabela 08: Caracteres de importância agronômica em trigo da cultivar quartzo sem regulador de crescimento (Trinexapac-ethyl) em diferentes densidades de semeadura. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ. Augusto Pestana – RS, 2011 Densidade RG RBA IC MMG NGE EST ACA DEN DC NEM2 (kg.h1) (kg.h1) (%) (g) (n) (cm) (%) (cm) (mm) (n) 200 3418a 13838a 25a 36a 37a 81a 5b 13a 3a 623a 400 3180a 12539a 26a 36a 38a 80a 45a 12a 3a 678a 600 2797b 12055a 23a 35a 31a 79a 61a 12a 2a 715a *Médias seguidas da mesma letra maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem estatisticamente entre s, em nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste de Scott e Knott.; RG = Rendimento de Grãos; (Kg/ha), (RBA) rendimento biológico aparente (Kg/ha), (IC) índice de colheita (%), (MMG) massa de mil grãos (g), (NGE) número de grãos espiga (n), (EST) acamamento de plantas (%), (ACA) distância do entre-nó (cm), (DEN) diâmetro do colmo (mm) e (NE) número de espiga/m2 (n). 29 CONCLUSÃO A aplicação do redutor de crescimento resultou na redução do acamamento e na estatura de plantas, na redução do primeiro entre-nó e aumento no diâmetro do colmo. Com o aumento da densidade ficou evidente o efeito do regulador de crescimento na redução do acamamento, sem interferir na produtividade de grãos e nos componentes do rendimento de trigo. 30 BIBLIOGRAFIA ARTECA, R. N. Plant growth substances: principles and applications. New York: Champman & Hall, 1995. 332 p. BERTI, M.; ZAGONEL, J.; FERNANDES, E.C. Produtividade de cultivares de trigo em função do trinexapac-ethyl e doses de nitrogênio. Scientia Agrária, Curitiba, v. 8, n. 2, p. 127-134, 2007. CASTRO, P. R. C.; VIEIRA, E. L. Aplicações de reguladores vegetais na agricultura tropical. Guaíba: Livraria e Editora Agropecuária, 2001. 588 p. CASTRO, P. R.C; KLUGE, R. A. Ecofisiologia de cultivos anuais: Trigo, milho, soja, arroz e mandioca. São Paulo: Nobel, 1999. 125p. COLLE, C.A. A cadeia produtiva de trigo no Brasil: contribuição para geração de emprego e renda. 1998. 160 f. Dissertação (Mestrado em Economia Rural). Centro de Estudos e Pesquisa Econômico- IEPE, Univercidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1998. CONAB – COMPANHIA NACIONAL ABASTECIMENTO. Indicadores da produção agrícola. Disponível em <http://www.conab.gov.br/conabweb>. Acesso em: 18 dez. 2010. CRUZ, P. J. et al. Influência do acamamento sobre o rendimento de grãos e outros caracteres em trigo. Revista Brasileira de Agrociências, Pelotas, v. 9, n. 1, p. 05-08, 2003. CUNHA, G.R.da; PIRES, J.L.F. Sistemas de cultivo para rendimentos elevado em trigo e o desafio das correlações indesejadas. Passo Fundo: Embrapa Trigo,2005. 7 p. (Documento Online 48). Disponível em: <www.cnpt.embrapa.br/biblio/p_bo48.htm>. DA ROS, C.O.; SALET, R.L.; POR, R.L.; MACHADO, J.N.C. Disponibilidade de nitrogênio e produtividade de milho e trigo com diferentes métodos de adubação nitrogenada no sistema de plantio direto. Ciência Rural, Santa Maria, v.33,n.5, p. 799-804,2003. 31 DAVIES, P.J. The plant hormones: their nature, occourrence, and functions. In: DAVIES, P.J. (Ed.). Plant hormones and their role in plant growth and development. Nethrlands: Kluwer Academic, 1987. p.1-23. ELHANI, S. et al. Contribution of main stem and tillers to durum wheat (Triticum turgidum L.var. durum) grain yield and its components grown in Mediterranean environments. Field Crops Research, Amsterdam, v. 103, n. 1, p. 25-35, 2007. ESPINDULA, M. C., ROCHA, V. S., SOUZA, L. T. DE, SOUZA, M. A. DE, GROSSI, J. A. S. Efeitos de reguladores de crescimento na elongação do colmo de trigo. Acta Scientiarum. Agronomy. Maringá, v. 32, n. 1, p. 109-116, 2010. FAGERNESS, M. J., PENNER, D. 14C- Trinexapac-Ethyl Absorption and Translocation in Kentucky Bluegrass. Crop Sciencie, Madison, v.38, p. 1023-1027, 1998a. FAGERNESS, M. J., PENNER, D. Spray application parameters that influence the growth inhibiting effects of trinexapac-ethyl. Crop science, Madison, v.38, p. 1028-1035, 1998. GALLI, A. P. Competição intraespecífica e o crescimento de trigo e aveia em duas épocas de cultivo. 1996. 78 f. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia)-Faculdade de Agronomia, Universidade Federal do Rio grande do Sul, Porto Alegre, 1996. GONDIN, T. S. A. Efeito da desfolha nas características fisiológicas e na qualidade de sementes de trigo. 2006. 60 f. Tese (Doutorado em Fitotecnia)-Universidade Federal de Viçosa, 2006. JOSHI, A. K. et al. Stay green trait: variation, inheritance and its association with spot blotch resistance in spring wheat (Triticum aestivum L.). Euphytica, Dordrecht, v. 153, n. 1, p. 5971, 2007. KERBER, E., LEYPOLD, G., SEILER, A. CGA 163’935 a new plant growth regulator for small grain cereals, rape and turf. BRIGHTON CROP PROTECTION CONFERENCEWEEDS. Proceedings…1989. P.83-88. KLAR, A. E.; DENADAI, I. A. M. Resistência à seca em cultivares de trigo: qualidade e rendimento dos grãos e medições fisiológicas. Irriga, Botucatu, v. 1, n. 1, p. 1-25, 1996. LLOVERAS, J. et al. Seeding rate influence on yield and yield components of irrigated winter wheat in a Mediterranean climate. Agronomy Journal, Madison, v. 96, n. 5, p. 1258-1265, 2004. LOOMIS, R. S.; AMTHOR, J. S. Yield potential, plant assimilatory capacity, and metabolic efficiencies. Crop Science, Madison, v. 39, n. 1, p. 1584–1596, 1999. 32 LOZANO, C.M.; LEADEN, M.I.;COLABELLI, M.N. Efecto de Trinexapac ethyl sobre la morfología del tallo en dos cultivares de trigo. Buenos Aires: INTA EEA Balcare, 2002. Disponível em: <http://www.inta.gov.ar/balcarce/info/documentos/posters/5/MorfoldelTalloLeaden.htm>. Acesso em: 12 ago. 2006. MARTINS. M. B. G.; CASTRO, P. R. C. Reguladores vegetais e a anatomia da folha de tomate (Lycopersicon esculentum Mill.) cv. Ângela Gigante. Scientia agrícola, Piracicaba, v. 56, n. 3, p. 693-703, 1999a. MOTTER, L. Influência da adubação nitrogenada e de etil-trinexapac no crescimento e produtividade de trigo. Tese de mestrado. Marechal Candido Rondon. Paraná- Brasil. Agosto de 2007. MUNDSTOCK, C. M. Planejamento e manejo integrado da lavoura de trigo. Porto Alegre: UFRGS, 1999, 228 p. MURPHY, J. S.; BRISKE, D. D. Regulation of tillering by apical dominance: chronology, interpretive value, and current perspectives. Journal of Range Management , Denver, v. 45, n. 5, p. 419-429, 1992. OLUMEKUN, V. O. An analysis of the response of winter wheat (Triticum aestivum) components to cycocel (Chlormequat) application. Journal of Agronomy and Crop Science, Berlin, v. 176, n. 3, p. 145-150, 1996. OZTURK, A.; CAGLAR, O.; BULUT, S. Growth and yield response of facultative wheat to winter sowing, freezing sowing and spring sowing at different seeding rates. Journal of Agronomy Crop Science, Erzurum, v. 192, n. 1, p. 10-16, 2006. PENCKOESKI, L. H., FERNANDES, E. C. Utilizando regulador de crescimento na cultura de trigo – Aspectos importantes para garantir bons resultados. Castro: Fundação ABC, 2010. 68p.il. RODRIGUES, O. et al. Características fisiológicas associadas ao avanço no potencial de rendimento de grãos de trigo. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2002. 26 p. RODRIGUES, O. et al. Redutores de crescimento. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2003. RODRIGUES, O.; TEIXEIRA, M. C. C. Efeito da adubação nitrogenada, arranjo de plantas e redutor de crescimento no acamamento e em características de cevada. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2003. SCHUCH, L. O. B. et al. Vigor de sementes de populações de aveia preta: II Desempenho e utilização de nitrogênio. Scientia Agricola, Piracicaba, v. 57, n. 1, p. 121-127, 2000. 33 SHUCH, L.O.B.; NEDEL, J.L.; ASSIS, F.N. de; MAIA, M. de S. Vigor de semente de população de aveia preta: II Desempenho e utilização de nitrogênio. Sci.Agr.,v.57 ,n. 1, p. 121-127 , 2000. Silva, J.A.G.da KRUGER,Cleusa Adriane Menegassi Bianch;NORONHA,Uelinton ;VALENTINI,Ana Paula Fontana ; ZAMBONATO FELIPE ;BATISTI Gabriel Kolterman ;Matter,Edegar; FONTANIVA Cristiano ANTONOW, Diovani ;VIERA Rogerio.20 a 23 de movembro de 2009. SILVA, S. A. et al. Genetic basis of stay-green trait in bread wheat. Journal of New Seeds, Binghamton, v. 2, n. 1, p. 55-68, 2000. SLEPER, D. A.; POEHLMAN, J. M. Breeding field crops. Ames: Blackwell Pub Iowa, 2006. 424 p. SYNGENTA.”Trinexapac-ethyl, Regulador de crecimiento” – No se rinde fortalice el rendimiento de su trigo. Boletim técnico. Chile, 2003. TIBOLA, C. S.; FERNANDES, J. M. C.; LORINI, I.; SCHEEREN, P. L.; MIRANDA, M. Z. de. Produção integrada de trigo – safra 2007. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2008. 10 p. (Embrapa Trigo. Circular Técnica Online, 26). Disponível em: <http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/ci/p_ci26.htm>. Acesso em: 03 agos. 2011. USDA – UNITED STATES DEPARTMENT OF AGRICULTURE. World agricultural production. Disponível em: <http://www.usda.gov/wps/portal/>. Acesso em: 18 sete. 2011. WOBETO, C. Padrão de afilhamento, sobrevivência de afilhos e suas relações com o rendimento de grãos em trigo. 1994. 102f. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia)-Faculdade de Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1994. ZAGONEL J. et al. Doses de nitrogênio e densidades de plantas com e sem regulador de crescimento afetando o trigo, Cultivar OR-1. Ciência Rural, Santa Maria, v. 32, n. 1, p. 2529, 2002. ZAGONEL, J.; FERNANDES, E. C. Doses e épocas de aplicação do regulador de crescimento afetando cultivares de trigo em duas doses de nitrogênio. Planta Daninha, v. 25, n. 2, p. 331-339, 2007. 34 APÊNDICE 35 Apêndice A – Croqui do experimento com seus devidos tratamentos BLOCO II BLOCO IV BLOCO III BLOCO I A B C D T1 T7 T3 T8 200 S 200 S 600 S 400 S C IRDeR T 10 T6 T 11 200 S 200 S 600 S 400 S T3 T8 T2 T9 600 S 400 S 400 S 600 S T6 T 11 T5 T 12 600 S 400 S 400 S 600 S T2 T9 T1 T7 400 S 600 S 200 S 200 S T8 T1 T2 T9 400 S 200 S 400 S 600 S T 11 T4 T 12 T5 400 S 200 S 600 S 400 S T7 T3 T7 T1 200 S 600 S 200 S 200 S T 10 T6 T T4 200 S 600 S 200 S 200 S T9 T2 T8 T3 600 S 400 S 400 S 600 S T 12 T5 T 11 T6 600 S 400 400 S 600 S T5 T 12 T4 T 10 400 S 600 S 200 S 200 S S ESTRADA T4 C S C C S C S C S S CANA 36 ANEXO 37 Foto 1 – Área experimental dia da semeadura trigo 2011. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ Foto 2 – Área experimental de trigo 2011. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ 38 Foto 3 – Área experimental de trigo 2011. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ Foto 4 – Área experimental de trigo 2011. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ 39 Foto 5 – Área experimental de trigo 2011. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ Foto 6 – Área experimental de trigo 2011. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ