Reflexões em Cristo 4 – INRI - Amor

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INRI
Todos já viram, certamente, os crucifixos que retratam a
imagem de Cristo pregado na cruz do Calvário. Jesus só esteve pregado na
cruz naquelas poucas horas que a Bíblia nos relata. Algumas religiões, ditas
cristãs, no entanto, insistem em mostrar Jesus pregado no “madeiro”, mas nós
sabemos que a cruz está definitivamente vazia: “O Deus de nossos pais
ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-o no madeiro” (Rm. 5:
30). Ademais, como diz a Palavra, a cruz é sinal de maldição: “... porque está
escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;” (Gl. 3: 13 – 2.ª parte).
Assim, como sabemos que Jesus venceu e ressuscitou, não podemos
concordar que nosso Deus e Senhor seja exposto como uma figura frágil e
semi-morta, traduzindo maldição e um sentimento de impotência. No entanto, a
cruz, hoje, está mesmo vazia. De qualquer forma, a cruz é um inegável símbolo
da Cristandade e Jesus (nela pregado ou não) não precisa de ninguém que o
defenda.
Em todas essas cruzes, entretanto, não é difícil encontrar
uma pequena placa com a inscrição “INRI”. O autor desta inscrição foi Pôncio
Pilatos, Governador Romano da Judéia (entre 26 a 36 A.D.), durante o reinado
de Tibério César. Logo depois de apresentado a Pilatos pelos Judeus, foi
selado o destino de Jesus: morte na cruz. “E, levando Ele às costas a sua cruz,
saiu para o lugar chamado Caveira, que em hebraico se chama Gólgota, onde
o crucificaram, e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio. E
Pilatos escreveu também um título, e pô-lo em cima da cruz; e nele estava
escrito: JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS” (Jo. 19: 17 a 19). Ainda que
isso tivesse causado muitas reclamações por parte dos judeus, Pilatos
manteve o que havia escrito. E o tempo provou que ele estava errado: Jesus
era e é muito mais do que apenas o Rei dos Judeus.
Em todo caso, a resposta para a indagação e título deste
texto já foi dada acima. “INRI” significa “Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus”.
Diz a palavra: “... e estava escrito em hebraico, grego e latim” (Jo. 19: 20 – última
parte). A inscrição, que tem o significado já mencionado, é a abreviatura das
quatro palavras principais da frase, escritas em latim. Isso porque em latim o “I”
e o “J” podem ser usados como substitutos um do outro. Deste modo, se
escritas por extenso teríamos as seguintes frases: “Iesus Nazarenum Rex
Iudeorum” ou “Jesus Nazarenum Rex Judeorum”. Também, utilizando-se o
mesmo raciocínio, poderíamos abreviar a frase como “JNRJ”, que estaria de
igual sorte correta. Eis, portanto, o significado dos dizeres da placa pregada na
cruz, que comumente vemos em diversos lugares de nosso país, desde em
residências até em Órgãos Públicos, além de em outros países cristãos,
também, Mundo afora.
Jesus é para nós, portanto, não só um Rei, mas
infinitamente muito mais do que isso, e também do que podia antever Pilatos
na sua natural limitação humana. Nós, chamados de gentios pelos Hebreus
(que assim consideravam todos os povos estranhos a Israel), fomos
presenteados pelo Senhor, tomando parte efetiva na Graça. “A saber, que os
gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa
em Cristo pelo evangelho;” (Ef. 3:6). E ainda: “... Na verdade até aos gentios deu
Deus o arrependimento para a vida” (At. 11: 18 – 2.ª parte). Por tudo isso é que
podemos nos considerar bem-aventurados, pois fomos resgatados pelo
Senhor, por intermédio de Jesus Cristo, e separados do restante do mundo
pela renovação de nosso entendimento.
Assim é que, num determinado dia, cada um de nós, em
oração, entregou a própria vida a Deus, cujo mediador foi e é Cristo Jesus, em
Quem confiamos e esperamos. Em voz audível, declaramos no mundo visível
e também no espiritual, diante de todas as criaturas, que Jesus é o nosso
Salvador. Como assim? “... A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu
coração; esta é a palavra da fé que pregamos, a saber: Se com a tua boca
confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou
dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e
com a boca se faz confissão para a salvação” (Rm. 10: 8-10). Essa oração, como
foi com cada um de nós crentes em Jesus, nos coloca na condição de cidadão
do Reino de Deus, com todas as prerrogativas e bênçãos a isso inerentes.
Diante disso, tome uma atitude decisiva em sua vida, se é
que você já não fez isso. Ore entregando sua existência e tudo o que você tem
ao Senhor Jesus e Ele passará a guiar seus passos. Nada mais acontecerá no
seu caminho por acaso ou por “pura sorte”. Muito pelo contrário, a sua vida
será uma aventura, não vã, mas um aprendizado constante e rico que fará de
você uma pessoa especial, tanto aos olhos dos anjos, quanto aos de Deus.
São apenas uns poucos segundos que separam você do maior dos tesouros
que um ser humano pode ter neste Mundo. E você será conhecido no Céu.
“Senhor Jesus, eu declaro meu amor por Ti agora e te entrego a minha vida.
Eu reconheço as minhas fraquezas e peço perdão pelos meus pecados. Sei
que Senhor Jesus morreu por mim na cruz do Calvário, mas venceu a morte,
sendo ressuscitado por Deus no terceiro dia. Escreve, pois, Senhor, meu nome
no Livro da Vida e envia o Espírito Santo para me guiar, consolar e habitar em
mim. Obrigado pela Seu cuidado e Sua companhia diária para comigo.
Obrigado, ainda, pela minha salvação e pela vida eterna. Em nome de Jesus,
Senhor Deus, eu oro a Ti e Te agradeço de todo meu coração e alma. Assim
seja, amém.”
© Amor-Perfeito © Cr./2005
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