61 O BEHA VIORISMO COMO UM HUMANISMO: BEHAVIORISMO CONSIDERAÇÕES TEÓRICO-FILOSÓFICAS E SUAS IMPLICAÇÕES P ARA A SOCIED ADE PARA SOCIEDADE D ANIELLE M ARQUES DOS R AMOS Resumo: Este artigo pretende traçar um paralelo entre o sistema teórico do Behaviorismo e o Humanismo. Inicialmente há uma breve apreciação de três dos conceitos de Humanismo mais difundidos na literatura, baseado em Pedro Dalle Nogare. Em seguida, há uma explanação das características do Behaviorismo Metodológico e do Behaviorismo Radical, que justificam as críticas impostas ao Behaviorismo. Por fim, há uma exposição das características do Behaviorismo e de duas das vertentes do Humanismo mencionadas no texto, em especial a vertente ético-sociológica, fazendo uma comparação entre ambos os sistemas teóricos a fim de que se possa sustentar a presença do caráter humanístico no Behaviorismo. Palavras-chave: Humanismo; Behaviorismo; Reforçamento. Abstract: This article intents to create a parallel between Behaviorism theoretical system and Humanism. First of all there is a brief description of three of humanism concepts more spread in the literature based on Pedro Dalle Nogare. Then, there is an explanation of Methodological behaviorism and Radical behaviorisms characteristics which justify the critiques imposed to the behaviorism. In the end, there is an exposition of behaviorism characteristic and of two of the humanism concepts mentioned on the text, in especial the ethical-sociological concept, promoting a comparison between both of the theoretical systems with the purpose of sustain the humanistic feature in behaviorism. Key words: Humanism; Behaviorism; Reinforcement. ISSN 1678-0463 http://www.ftc.br/dialogos 62 O BEHAVIORISMO 1 Introdução O conceito Humanismo tornou-se vago, pois ao longo dos anos foi acumulando em si várias propostas de origens diferentes. Exemplificam-se - ão aqui três sentidos para essa palavra, tidos por fundamentais pelo autor Pedro Dalle Nogare em sua obra Humanismos e Anti-Humanismos (NOGARE, 1983). O primeiro sentido trata de um Humanismo histórico-literário, caracterizado pelo estudo dos autores gregos e romanos. É o estudo da cultura clássica, cujos ideais se pretendia imitar, a cópia do estilo literário e a apropriação dos valores humanos. O segundo sentido para Humanismo tem um caráter especulativo-filosófico. A principal característica desse Humanismo é referente à natureza, à origem, ao destino do homem. A busca pela origem da humanidade traz em si um caráter mágico; pretende-se conhecer aquilo que faz do homem um ser humano, sua essência, aquilo que o distingue dos demais animais, que o torna único. É o que dignifica, que enobrece o ser humano. O terceiro sentido tem um caráter ético-sociológico. Não basta apenas pensar no que de ético há na humanidade; deve-se agir ativamente a fim de que se possa modificar a sociedade. O Humanismo ético-sociológico não é estático, é prático; ele não se perde em especulações sem sentido sobre o homem. Não é a essência do homem que está em jogo e sim os atos que tornam esse homem diferente de um animal. O Humanismo sob essa ótica é ativo, é criador; quer modificar a realidade, o costume e a convivência social. Este artigo tenta realizar esta discussão, considerando os dois últimos conceitos de Humanismo definidos aqui. 2 Discussão O início do Behaviorismo com Watson (1913) apresentou ao mundo uma escola vista como manipulativa do ser humano, igualando-o aos animais em seus comportamentos, em suas motivações mais intrínsecas. Através de Darwin (1859), a Teoria da Evolução das Espécies permitiu que homem e animal pudessem ser estudados em seus comportamentos sob a mesma luz teórica. Tanto homens quanto animais se comportam, sendo, portanto, ambos passíveis das mesmas explicações para seus repertórios comportamentais. Essa semelhança homem-animal recebeu severas críticas tanto das comunidades religiosas quanto da parcela da sociedade que cria que explicar qualquer comportamento do homem sob as mesmas regras a que estariam sujeitos os comportamentos dos animais era desumanizar o ser humano. Watson, aproveitando-se da Teoria da Evolução das Espécies, criou um DIÁLOGOS & CIÊNCIA - REVISTA DA REDE DE ENSINO FTC. Ano II, n. 6, set. 2008 63 novo sistema teórico denominado Behaviorismo. Como ele mesmo justificou em seu artigo Psychology as the behaviorist views it (1913): O Behaviorismo, em seu empenho para alcançar um esquema unitário da resposta animal, não reconhece linha divisória entre o homem e os animais irracionais. Dessa forma, Watson lançava os pressupostos para um dos maiores sistemas teóricos da Psicologia. Além da crença de semelhança entre o comportamento humano e o animal, ele também acreditava que os seres humanos eram como máquinas cujos comportamentos poderiam ser previstos e controlados, desde que se conhecessem as associações entre estímulo e resposta. O homem,bem como a máquina, está sujeito às forças externas, respondendo previsível e regularmente a um mesmo estímulo. Dessa forma, os seres humanos perdiam a capacidade de deliberar sobre os próprios comportamentos agindo mecanicamente em reposta a um estímulo oferecido pelo meio. Watson escreveu um livro de puericultura (Psychological care of the infant and child) que se tornou um marco da educação infantil americana naquela geração. Nele, encontrava-se a seguinte passagem: [os pais nunca deveriam] abraçá-las e beijá-las, ou permitir que se sentem no colo. Se não houver jeito, dê-lhes um único beijo na testa quando elas disserem boa-noite. Dê-lhes a mão pela manhã. Passe a mão em sua cabeça quando elas se saírem extraordinariamente bem em uma tarefa difícil. Experimente. Em uma semana você vai descobrir como é fácil ser perfeitamente objetivo com seu filho, sem perder a ternura. Você vai ficar bastante envergonhado com o modo sentimental e piegas com que o tem tratado até agora. (WATSON apud SCHULTZ e SCHULTZ, 1992, p. 81-82). Através desta passagem percebe-se o quão máquina Watson considerava os seres humanos. EsSe livro obteve grande repercussão na sociedade da época e foi tido como o manual de educação do momento. Entretanto, o legado mecanicista de Watson não pára por aqui. Ele foi o criador da Psicologia do consumidor. A proposta básica de Watson era tornar os consumidores insatisfeitos com os produtos que tinham e desejosos dos produtos que eram oferecidos pela mídia. A partir dos pressupostos behavioristas watsonianos, para que um produto se tornasse objeto de consumo deveria ser associado com um estímulo incondicionado tal como raiva, medo, impulso sexual, etc., ou seja, com as respostas mais incondicionadas/fisiológicas do sujeito. Sendo assim, Watson induzia os consumidores a compra dos produtos como uma forma de evitarem ou saciarem os impulsos incondicionados acima descritos. Impulsos incondicionados como o medo, a raiva, etc. representavam um estado de privação ou punição do indivíduo. Assim, comprar passava a ser um comportamento em busca da saciedade ou um ISSN 1678-0463 http://www.ftc.br/dialogos 64 O BEHAVIORISMO comportamento de fuga ou de evitação. O Behaviorismo, neste caso, não surgia como algo que servisse para o engrandecimento da sociedade, mas, sim, como uma forma de controle do homem. Com Skinner (1974), o Behaviorismo atinge seu máximo de influência na sociedade. Skinner não era um teórico; era um empiricista. Ele não pretendia explicar um comportamento; tudo o que ele queria era descrevê-lo. Sua tentativa era compreender como o ser humano se comporta e não o motivo porque este se comporta. Skinner (1974) não se interessava pelo que ocorria no interior do organismo. Ele dizia que o que existia entre o estímulo e a resposta não representava dados objetivos. Críticos do Behaviorismo chamavam essa abordagem de abordagem do organismo vazio, o qual age em função de estímulos externos sem nunca importar os estímulos que provinham do interior. Até aqui as abordagens de Watson e Skinner apresentam-se mecanicista e anti-humanista. A sua extrema desconsideração pelo indivíduo enquanto ser singular, sua implacável dureza nas relações pessoais e sociais e sua crença de que controlados os estímulos obter-se-iam as mesmas respostas tornaram Watson um modelo de representação de negação do humano. Através dessas idéias behavioristas amplamente divulgadas na sociedade da época, o ser humano é desconsiderado em sua capacidade criativa, volitiva, emotiva; ele é destituído de tudo aquilo que o torna singular ele se torna, apenas, mais um organismo que se comporta. A essência humana ou aquilo que torna o homem verdadeiro são deixados de lado em favor de um estudo mais focado e restritivo de apenas um aspecto humano: seu comportamento. A origem do homem e seu destino, por exemplo, eram questões não era postas pelo Behaviorismo. Nesse sentido, esta escola mostrava-se anti-humanista em comparação à segunda proposta de Humanismo, descrita por Pedro Dalle Nogare. Skinner foi o principal divulgador do Behaviorismo. A partir dele o Behaviorismo atinge toda a sociedade. Portanto, ele também auxilia na disseminação da idéia homem-máquina proposta por Watson. Entretanto, a proposta do Behaviorismo Radical, de que o comportamento é governado por contingências ambientais, fornece ao homem capacidade de agir a despeito do meio. Nesse sentido, o comportamento do ser humano não fica reduzido às respostas aos estímulos externos, uma vez que o homem é capaz de escolher dentre as possíveis conseqüências de seus atos as respostas que deve apresentar para assegurar o reforço. Nesse sentido, o Behaviorismo Radical se afasta da concepção dominadora e manipulativa do ser humano, quando confere a este capacidade de decisão sobre os próprios comportamentos. Contudo, ao contrário de Watson, que utilizava o Behaviorismo para DIÁLOGOS & CIÊNCIA - REVISTA DA REDE DE ENSINO FTC. Ano II, n. 6, set. 2008 65 objetivos egoístas educação mais cômoda dos filhos, aumento do consumo dos produtos ofertados pela mídia ,Skinner também se preocupou com o bem-estar da população. Ele defendia que a melhor maneira de se modificar um comportamento era a utilização do reforçamento positivo em lugar da punição (SKINNER, 1978). Ele acreditava que se o reforçamento positivo fosse introduzido nos sistemas penitenciários, escolares, em hospitais psiquiátricos, entre outros, a modificação do comportamento seria melhor sustentada, pois um comportamento modificado através da aplicação de reforço positivo era duradouro, ao longo do tempo, enquanto um comportamento modificado pela punição era mantido apenas enquanto o estímulo punitivo estivesse presente. A punição, segundo ele, frustra e oprime o indivíduo, não sendo capaz de modificar um comportamento; ela gera no indivíduo respostas como ressentimento, ódio e agressividade (BAUM, 1999). Sendo assim, com a aplicação da punição em vez do reforçamento positivo em presidiários ou menores infratores, por exemplo, aumenta-se o índice de retaliação, de agressão e desajustes sociais, comportamentos estes que se objetivava, justamente, extinguir. O indivíduo punido passa a evitar a manifestação do comportamento desviante apenas enquanto estiver sob a presença do estímulo punitivo. Na ausência deste estímulo, retorna-se a manifestação do comportamento desviante. Esse reforço do comportamento do homem a partir de recompensas ou punições é encontrado em toda a sociedade. Contudo, se é levados a crer que as punições são o melhor caminho para a aplicação da justiça e o estabelecimento da igualdade social, considerando-se a quantidade de instituições carcerárias ou de correção para menores infratores. Dessa forma, Skinner também é humanista, quando acredita que a melhor maneira de se modificar comportamentos é dada pelo reforçamento positivo (SKINNER, 1987). Tal como o Humanismo éticosociológico proposto por Pedro Dalle Nogare, o Behaviorismo empregado dessa maneira seria capaz de agregar valores positivos a vida social, buscando uma melhor forma de relacionamento entre os homens, respeitando sua condição de humanidade. Skinner hipotetiza (embora avesso a hipóteses) que a sociedade está carente de reforçadores positivos, mas que se a prática comportamental fosse aplicada ter-se-ia uma sociedade mais bem ajustada. Skinner pensava essa questão do Humanismo dentro do Behaviorismo (SKINNER, 1978). Ele declarava que a preocupação com os aspectos interiores dos seres humanos não caracterizava um comportamento humanista, mas que a busca de melhores condições de vida e bem-estar social para os indivíduos consistia um legítimo Humanismo. Para ele, um Humanismo deveria se preocupar com a geração de benefícios para um maior número de pessoas possível e para a sociedade de uma forma geral. ISSN 1678-0463 http://www.ftc.br/dialogos 66 O BEHAVIORISMO Essa característica humanista do Behaviorismo não é explorada pela sociedade. É certo que a mecanização do ser humano foi muito divulgada e defendida por muito tempo. Não obstante, ainda hoje pode-se encontrar diversos sistemas sociais que se utilizam do Behaviorismo para a obtenção de objetivos não tão humanistas. Como exemplo de uso não-humanista do Behaviorismo tem-se o ambiente organizacional das empresas. Dentro destas, o Behaviorismo está fortemente presente. Punições para atrasos, falhas pessoais, quedas de produção, entre outros, são exemplos de que a ótica utilitarista englobou o Behaviorismo em sua forma de ação. Até mesmo os reforços oferecidos pelas empresas como forma de incentivo para seus funcionários podem ser vistos como algo anti-humanista,na medida em que essas recompensas, tais como premiações, aumentos de salários, entre outros, são oferecidas com intuitos egoístas recompensa-se o funcionário porque se sabe que se ele trabalhar mais satisfeito a produção aumenta e com esta o lucro. Outra faceta ludibriadora da recompensa dentro das empresas refere-se ao desgaste físico e emocional dos funcionários, na tentativa de alcançar as metas para a obtenção dos prêmios. O sistema educacional do País também se mostra muito mais punitivo que recompensador. A baixa qualidade de ensino, carência de professores, escolas destruídas são estímulos aversivos para o estudante e para os profissionais da educação. Outro ponto de estimulação aversiva que se pode verificar são os baixos salários de profissionais de ensino superior. Qual seria a motivação de um indivíduo em seguir a carreira acadêmica se o contexto educacional oferece remunerações tão baixas? Outro aspecto do sistema educacional que se pode ressaltar refere-se aos aspectos discriminatórios dados através da interação professor-aluno. Skinner afirmou que ensinar é adicionar reforçamentos temporários (SKINNER, 1990). Entretanto, alunos tidos como inteligentes são mais bem assistidos pelos professores que aqueles indivíduos percebidos como menos favorecidos intelectualmente. Isso gera reforçamento positivo para o comportamento acadêmico de alguns e punição para o comportamento de outros; em outras palavras, uns são estimulados a continuar os estudos ,ao passo que outros são desestimulados em sua formação. É a profecia auto-realizadora atuando de forma anti-humana na educação. Mas, embora Skinner não negue a efetividade das punições e recompensas a curto prazo, ele tinha motivos mais nobres para a aplicação de sua teoria: o bemestar social, melhor qualidade na aprendizagem, relações pessoais e sociais mais gratificantes (ou recompensadoras) (SKINNER, 1978). Esses objetivos sociais de Skinner bem podem ser entendidos em sua semelhança ao Humanismo éticosociológico. A praticidade da teoria behaviorista, sua aplicabilidade em prol de um DIÁLOGOS & CIÊNCIA - REVISTA DA REDE DE ENSINO FTC. Ano II, n. 6, set. 2008 67 bem social assim como sua capacidade de modificar uma realidade são características humanísticas não valorizadas pelas correntes críticas do Behaviorismo. A própria terapia comportamental, muito rechaçada como uma forma de controle negativo sobre o indivíduo, é desconsiderada enquanto seu conteúdo terapêutico e seus resultados promissores. A proposição skinneriana de que a psicoterapia era uma forma de controle não deve ser entendida como algo pejorativo (SKINNER, 1978). O controle proposto pela psicoterapia não visa meios egoísticos do terapeuta e sim objetivos altruísticos onde a cura de um problema que se coloca como causador de sofrimento para o indivíduo em terapia é o principal foco do processo psicoterápico. Ou seja, é a busca do bem-estar do outro que é o fim da psicoterapia e não o controle do indivíduo pelo terapeuta ao bel-prazer deste. Portanto, como em qualquer outra terapia, a terapia de base behaviorista intenta a modificação do indivíduo para a satisfação deste consigo e com o mundo que o cerca. Nesses termos, mais uma vez o Behaviorismo pode ser encarado como um Humanismo. Mesmo que a terapia comportamental não postule a descoberta da essência do indivíduo como outras terapias o fazem, ainda assim, sob a vertente ética-sociológica do Humanismo, a terapia de base behaviorista cumpre com as características propostas por ela. A preocupação com a prática e a aplicabilidade dos conhecimentos em prol de um bem-estar maior do indivíduo em terapia demonstra esse caráter ético-sociológico, na medida em que obedece à dinâmica humanista descrita. Se hoje há um mau uso da teoria behaviorista não foi, certamente, por Skinner que ele se desenvolveu. A má compreensão da teoria e sua aplicação utilitarista têm origem não no binômio homem-máquina, mas sim na idéia de que o homem pode ser controlado, de que ele é destituído de vontade, ou, em outras palavras, que ele não tem controle algum sobre as contingências ambientais. A regulação do comportamento do homem pelas contingências ambientais oferece a ele a liberdade de ação necessária para a justificação do caráter humano nesse sistema teórico. 3 Conclusão Pode-se considerar que foi Watson o criador do Behaviorismo, que distorceu a natureza da interação homem x meio ambiente. Ele acreditava na manipulação, na determinação do comportamento do homem e agia de forma a se aproveitar desse conhecimento. Em Watson a compreensão do funcionamento do comportamento ISSN 1678-0463 http://www.ftc.br/dialogos 68 O BEHAVIORISMO humano dentro do meio foi mal utilizada e má aplicada em favor de motivos egoísticos e anti-humanos. Entretanto, o Behaviorismo é apenas mais uma teoria explicativa do comportamento do ser humano, assim como há a Psicanálise, o HumanismoExistencial, o Gestaltismo, por exemplo. Como esta teoria será entendida e como será aplicada pelas pessoas que delas fizerem uso é dependente apenas de quem as emprega. Algumas críticas ao Behaviorismo são injustas, pois demonstram a superficialidade dos críticos no conhecimento da teoria; dizer que o Behaviorismo é antiético é considerar parcialmente sua possibilidade de aplicação, pois tudo pode ser visto para o bem e para o mal do homem. Depende apenas da forma que se percebe um fenômeno. Referências BAUM, W. B. Compreendendo o Behaviorismo Behaviorismo: ciência, comportamento e cultura. Porto Alegre: Artmed, 1999. DARWIN,C. On the origin of species by means of natural selection selection. Londres: Murray, 1859. NOGALE, P.D. Humanismos e anti-Humanismos anti-Humanismos. Petrópolis: Vozes, 1983. SCHULTZ, D.P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia moderna moderna. São Paulo: Cultrix, 1992. chologist SKINNER, B. F. Can psycology be a science of mind? American Psy Psychologist chologist, v.45, n.11, p.1206-1210, 1990. SKINNER, B. F. What is Wrong with Daily Life in the Western World? In: SKINNER, B. ur ther R eflection F. 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