sócrates - colegio pontual

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PERÍODO SOCRÁTICO OU
ANTROPOLÓGICO
INTRODUÇÃO
• Com o desenvolvimento das cidades, das
artes militares, do comércio e do artesanato,
Atenas viveu seu período de esplendor – O
SÉCULO DE PÉRICLES.
• É a época de crescimento e consolidação da
democracia.
• As características da democracia grega foram
importantes para o futuro da Filosofia.
A DEMOCRACIA E O FUTURO DA
FILOSOFIA
• A democracia defendia a igualdade de todos
os homens adultos perante as leis e direito
de participação direta de todos nas decisões
sobre as cidades (pólis).
• Sendo a democracia direta e não por eleição
de representantes, garantia a todos (pessoas
não dependentes) a participação no governo.
• Surgia a figura política do CIDADÃO.
A DEMOCRACIA E O FUTURO DA
FILOSOFIA
• Para conseguir que sua opinião fosse aceita,
o cidadão precisava saber falar e ser capaz de
convencer os demais. Com isso, uma
mudança profunda vai acontecer na
educação grega.
• Surgem os SOFISTAS.
ANTES DA DEMOCRACIA...
• Antes da instituição da democracia, as
cidades eram dominadas pelas famílias
aristocráticas (senhores de terra e de poder
militar).
• Essas famílias criaram um padrão de
educação próprio dos aristocratas.
• Esse padrão afirmava que o homem ideal era
o guerreiro belo e bom.
ANTES DA DEMOCRACIA...
• BELO: seu corpo era formado pela ginástica, pela
dança e pelos jogos de guerra, imitando os
heróis da Guerra de Tróia:
– Aquiles, Heitor, Ajax, Ulisses
• BOM: seu espírito era formado ouvindo
Homero, Píndaro e Hesíodo, aprendendo com
eles as virtudes admiradas pelos deuses e
praticadas pelos heróis:
– A principal virtude era a coragem diante da morte,
na guerra.
O BOM CIDADÃO
• Quando a economia agrária foi sendo
suplantada pelo comércio e pelo artesanato,
surgiu nas cidades um nova classe social que
desejava assumir o poder político.
• Para atender os anseios dessa nova classe a
democracia será instituída.
• Com a democracia, o poder vai sendo
retirado dos aristocratas e passado para os
cidadãos.
O BOM CIDADÃO
• O ideal de educação do SÉCULO DE PÉRICLES
deixa de ser a formação do jovem guerreiro
belo e bom,e passa a ser a formação do BOM
CIDADÃO.
• Para dar essa educação aos jovens, surgiram,
na Grécia, OS SOFISTAS.
A ESCOLA DE ATENAS
OS SOFISTAS
• Os mais importante são: Protágoras, Górgias e
Isócrates.
• São considerados os primeiros filósofos do
período socrático.
• Apresentavam-se como mestres da oratória e da
retórica.
• Afirmavam que era possível ensinar aos jovens a
a oratória para que fossem bons cidadãos.
• A nova educação estabelecia como padrão ideal
a formação do bom orador.
OS SOFISTAS
• Afirmavam que o pensamento dos filósofos
pré-socráticos estava repleto de erros e não
tinha utilidade para a vida da pólis.
• Ensinavam técnicas de persuasão aos jovens,
que aprendiam a defender sua opinião ou
posição.
• Numa assembleia, os jovens precisavam ter
fortes argumentos a favor ou contra uma
opinião para ganharem a discussão.
SÓCRATES CONTRA OS SOFISTAS
• Sócrates rebelou-se contra os sofistas,
afirmando que eles não eram filósofos, pois
não tinham amor pela sabedoria nem
respeito pela verdade.
• Ensinavam os jovens a defender qualquer
ideia, se isso fosse vantajoso.
• Para Sócrates, os sofistas corrompiam os
jovens pois faziam o erro e a mentira valerem
tanto quanto a verdade.
SÓCRATES A FAVOR DOS SOFISTAS
• Sócrates concordava com os sofistas em DOIS
pontos:
– A educação aristocrática para formar guerreiros
bons e belos já não mais atendia às exigências da
sociedade grega.
– Os filósofos cosmologistas (pré-socráticos)
defendiam ideias tão contrárias entre si que não
podiam ser uma fonte segura para o
conhecimento verdadeiro.
O QUE PROPUNHA SÓCRATES?
• Antes de querer conhecer a natureza (présocráticos) e antes de querer persuadir os
outros (sofistas) cada um deve conhecer a si
mesmo.
• “Conhece-te a ti mesmo” representa a
filosofia de Sócrates.
• O período socrático esteve voltado para as
questões humanas e por isso também foi
chamado de antropológico.
QUE RETRATO PLATÃO DEIXA DE
SÓCRATES?
O retrato de um
home que andava
pelas ruas de
Atenas indagando
cada um: Você sabe
o que é isso que
você está dizendo?
Você sabe o que é
isso em que você
acredita?
“Você diz que a coragem é
importante, mas o que é a
coragem?
“Você diz que a justiça é
importante, mas o que é a
justiça?
“Você diz que ama as coisas e
as pessoas belas , mas o que é a
beleza?
“Você crê que seus amigos são
a melhor coisa que você tem,
mas o que é a amizade?
SÓCRATES
• Fazia pergunta sobre as ideias e sobre os
valores que os gregos julgavam conhecer.
• As perguntas de Sócrates deixavam as
pessoas curiosas, irritadas e embaraçadas.
• Quando as pessoas tentavam responder “O
QUE É...” descobriam que não sabiam
responder e que nunca tinham pensado em
suas crenças, ideias e valores.
“SÓ SEI QUE NADA SEI”
• As pessoas esperavam que Sócrates
respondesse por elas e para elas.
• Para desconcerto geral, Sócrates dizia: “Eu
também não sei, por isso estou
perguntando.”
• “SÓ SEI QUE NADA SEI” era a postura de
Sócrates dialogando com as pessoas.
O QUE PROCURA SÓCRATES?
• Procurava a definição daquilo que uma coisa,
uma ideia, um valor é verdadeiramente.
• Aquilo que uma coisa, uma ideia, um valor é
realmente chama-se de ESSÊNCIA.
• A essência não é dada pela percepção sensorial,
e sim pelo trabalho do pensamento.
• Procurar a essência é procurar o que o
pensamento conhece da realidade.
• Isso que o pensamento conhece da essência
chama-se CONCEITO.
O QUE PROCURA SÓCRATES?
• Sócrates procurava o conceito, e não a simples
opinião que temos de nós mesmos, das coisas,
das ideias e dos valores.
• QUAL A DIFERENÇA ENTRE A OPINIÃO E O
CONCEITO?
– A opinião varia de pessoa para pessoa, de lugar para
lugar, de época para época.
– É mutável, instável, depende de cada um.
– O conceito é uma verdade intemporal, universal e
necessário, que o pensamento descobre.
O QUE PROCURA SÓCRATES?
• Sócrates não perguntava se uma coisa era bela –
pois nossa opinião pode variar – , e sim O QUE É
BELEZA?
• Ele questionava: “Que razões rigorosas você tem
para dizer o que diz e para pensar o que pensa?”
“Qual o fundamento racional daquilo que você
fala e pensa?”
• Ao fazer suas perguntas, aquilo que parecia
evidente acabava sendo percebido como
duvidoso e incerto.
AS IDEIAS DE SÓCRATES
• Sabemos que o poder é mais forte se
ninguém pensar, se todos aceitarem as coisas
como elas são.
• Para os poderosos de Atenas, Sócrates
passou a ser um “perigo” porque fazia a
juventude pensar.
• Por isso foi acusado de corromper os jovens,
violar as leis e desrespeitar os deuses.
“Não tenho medo da morte, tenho medo da desonra.”
AS IDEIAS DE SÓCRATES
• Levado à assembleia, Sócrates não se
defendeu e foi condenado a tomar veneno –
A CICUTA.
• POR QUE SÓCRATES NÃO SE DEFENDEU?
– Ele dizia: “se eu me defender, estarei aceitando
as acusações, e eu não as aceito.”
– Eu prefiro a morte a ter de renunciar à Filosofia,
afirmou.
AS IDEIAS DE SÓCRATES
• A Filosofia se volta para as questões humanas
(os comportamentos, as ideias, as crenças, os
valores) e com as questões morais e políticas.
• O ponto de partida da Filosofia é a confiança no
pensamento ou no homem como um ser
racional capaz de conhecer a si mesmo.
• Como se trata de conhecer a capacidade de
conhecimento do homem, a preocupação se
volta para estabelecer os procedimentos que
nos garantam que encontramos a verdade.
AS IDEIAS DE SÓCRATES
• A Filosofia está voltada para a definição das
virtudes morais (do indivíduo) e das virtudes
políticas (do cidadão).
• Cabe à Filosofia, encontrar o conceito ou a
essência dessas virtudes, para além da
variedade de opiniões.
• É feita, pela primeira vez, uma separação
racional entre a OPINIÃO e as IMAGENS das
coisas trazidas pelos nossos órgãos dos sentidos,
nossos hábitos, pelas tradições e os CONCEITOS
ou IDEIAS.
AS IDEIAS DE SÓCRATES
• A reflexão e o trabalho do pensamento são
tomados como uma purificação intelectual, que
permite ao espírito humano conhecer a
verdade.
• A opinião, as percepções e imagens sensoriais
são consideradas falsas, mentirosas, mutáveis,
inconsistentes, contraditórias e devem ser
abandonadas para que o pensamento siga seu
caminho em busca do conhecimento verdadeiro.
AS IDEIAS DE SÓCRATES
• Sócrates e Platão consideraram as opiniões e
as percepções sensoriais, ou as imagens das
coisas, como fonte de erro, mentira e
falsidade, formas imperfeitas do
conhecimento que nunca alcançam a verdade
plena da realidade.
PLATÃO E O MITO DAS CAVERNAS
PLATÃO E O MITO DAS CAVERNAS
• Com a Metáfora das Cavernas, Platão estabelece
a diferença entre o SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL.
• O sensível nos dá as imagens das coisas tais
como elas nos aparecem e nos parecem, sem
alcançar a realidade e a essência verdadeira
delas.
• O inteligível é o conhecimento verdadeiro que
alcançamos exclusivamente pela mente.
• Para Platão, a Filosofia é a passagem do sensível
para o inteligível.
PERÍODO SISTEMÁTCO
PERÍODO SISTEMÁTICO
• Passados 4 séculos de Filosofia, Aristóteles
apresenta uma verdadeira enciclopédia de todo
o saber que foi produzido e acumulado.
• O Período Sistemático organizou (sistematizou)
tudo que foi pensado nos dois períodos
anteriores.
• Aristóteles estabelece uma diferença entres os
conhecimentos, distribuindo-os numa escala
que vai dos mais simples (inferiores) aos mais
complexos (superiores).
PERÍODO SISTEMÁTICO
• Aristóteles afirma que antes de um
conhecimento constituir seu objeto e seu campo
próprios, deve primeiro conhecer as leis que
governam o pensamento, independente do
conteúdo que possa vir a ser pensado.
• O estudo dos princípios de das formas do
pensamento sem preocupação com o seu
conteúdo, foi chamado por Aristóteles de
ANALÍTICA. A partir da Idade Média foi
chamado de LÓGICA.
• Aristóteles foi, portanto, o criador da lógica.
OS CAMPOS DO CONHECIMENTO
FILOSÓFICO
• CLASSIFICAÇÃO DE ARISTÓTELES
– CIÊNCIAS PRODUTIVAS – estudam as práticas
produtivas ou as técnicas (a ação humana).
• Arquitetura, economia, medicina, pintura, escultura,
poesia, teatro, oratória, navegação, arte da guerra etc
– CIÊNCIAS PRÁTICAS – estudam as práticas humanas
como ações.
• A ética, em que a ação é realizada pela própria vontade
guiada pela razão. É a prática voluntária das virtudes
morais (coragem, generosidade, fidelidade, lealdade,
justiça, amizade etc)
ARISTÓTELES E AS CIÊNCIAS
TEORÉTICAS OU CONTEMPLATIVAS
• São aquelas que estudam coisas que existem
independentemente dos homens e de suas
ações.
1- ciências das coisas naturais submetidas à
mudança: física, biologia, meteorologia,
psicologia.
2- ciências das coisas naturais que não estão
submetidas à mudanças: matemática e
astronomia
ARISTÓTELES E AS CIÊNCIAS
TEORÉTICAS OU CONTEMPLATIVAS
• São aquelas que estudam coisas que existem
independentemente dos homens e de suas
ações.
3- ciência da realidade pura: metafísica (tratavam
da realidade para além da física.
4- ciência das coisas divinas - teologia
A HERANÇA ARISTOTÉLICA
• CAMPOS DE INVESTIGAÇÃO DA FILOSOFIA:
1- CONHECIMENTO DO SER – essência de toda a
realidade.
2- CONHECIMENTO DAS AÇÕES HUMANAS OU
DOS VALORES E DAS FINALIDADES DA AÇÃO
HUMANA – ética e a política
3- CONHECIMENTO DA CAPACIDADE HUMANA
DE CONHECER – a lógica, a teoria do
conhecimento, epistemologia (teoria das
ciências)
O PERÍODO HELENÍSTICO
• Trata-se do último período da Filosofia Antiga.
• Os filósofos passam a afirmar que são cidadãos do
mundo.
• Em grego, mundo significa COSMOS, e esse período é
chamado de Filosofia Cosmopolita.
• Esse período se preocupa com as relações entre o
homem e a natureza e de ambos com a divindade.
• Predominam preocupações com a física, a ética.
• A Grécia estava sob o poderio do Império Romano e
os filósofos já não podem se ocupar diretamente com
a política.
O PERÍODO HELENÍSTICO
• A amplidão do Império Romano, a presença
de religiões orientais no Império, os contatos
comerciais entre Ocidente e Oriente fizeram
aumentar os contatos dos filósofos helenistas
com a sabedoria oriental.
• Trata-se da orientalização da Filosofia com a
marca de aspectos místicos e religiosos no
pensamento e na ação.
O PERÍODO HELENÍSTICO
• Data desse período quatro grandes sistemas que
exerceram grandes influências no pensamento
cristão, que começa a se formar nessa época:
– ESTOICISMO - propõe viver de acordo com a lei
racional da natureza e aconselha a indiferença
(apathea) em relação a tudo que é externo ao ser. O
homem sábio obedece à lei natural reconhecendo-se
como uma peça na grande ordem e propósito do
universo, devendo assim manter a serenidade
perante as tragédias e coisas boas.
O PERÍODO HELENÍSTICO
• Data desse período quatro grandes sistemas que
exerceram grandes influências no pensamento
cristão, que começa a se formar nessa época:
– EPICURISMO - estado de tranquilidade (ataraxia) e
de libertação do medo, assim como a ausência de
sofrimento corporal (aponia) através do
conhecimento do funcionamento do mundo e da
limitação dos desejos. A combinação desses dois
estados constituiria a felicidade na sua forma mais
elevada.
O PERÍODO HELENÍSTICO
• Data desse período quatro grandes sistemas
que exerceram grandes influências no
pensamento cristão, que começa a se formar
nessa época:
– CETICISMO - a doutrina que afirma que não se
pode obter nenhuma certeza absoluta a respeito
da verdade, o que implica numa condição
intelectual de questionamento permanente e na
inadmissão da existência de fenômenos
metafísicos, religiosos e dogmas.
O PERÍODO HELENÍSTICO
• Data desse período quatro grandes sistemas que
exerceram grandes influências no pensamento
cristão, que começa a se formar nessa época:
– NEOPLATONISMO - acreditava que a perfeição
humana e a felicidade poderiam ser obtidas neste
mundo e que alguém não precisaria esperar uma
pós-vida (como na doutrina cristã). Perfeição e
felicidade (uma só e mesma coisa) poderiam ser
adquiridas pela devoção à contemplação filosófica.
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