colégio marista - patos de minas

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COLÉGIO MARISTA - PATOS DE MINAS
1º ANO DO ENSINO MÉDIO - 2013
Professor (a): Flávio Matias de Araújo
1ª RECUPERAÇÃO AUTÔNOMA
ROTEIRO DE ESTUDO - GABARITO
Estudante: __________________________________ Turma: ____ Data: ___/___/____
_______________________________________________________________________
QUESTÃO 01:
O método socrático apresenta-se:
A) em três fases dialéticas nas quais se sucedem a afirmação e a negação do que o sujeito sabe e, finalmente,
segue-se um novo conhecimento chamado de síntese.
B) como produção simultânea do conhecimento objetivo e subjetivo, através da união de opostos.
C) como sucessão de duas fases: a fase pré-socrática e a fase socrática, que são aplicadas para mostrar a
passagem do relato mítico ao conhecimento filosófico.
D) em duas fases nas quais se aplicam sucessivamente a fase da ironia, pela qual o sujeito descobre
que nada sabe, e a fase maiêutica, pela qual o sujeito descobre que ele próprio é capaz de produzir
o conhecimento.
QUESTÃO 02:
Sobre a relação da filosofia com a questão da "utilidade" dos saberes para a vida, assinale a opção INCORRETA.
A) A pergunta pela utilidade da filosofia para a vida pode ser assim respondida: a Filosofia é a reflexão sobre a
realidade ou a significação de alguma coisa, pensamentos ou ações.
B) A pergunta pela utilidade da filosofia para a vida pode ser assim respondida: A Filosofia é possibilidade de
compreensão e superação da manipulação social.
C) A pergunta: "Para que Filosofia" pode ser assim respondida: para não darmos nossa aceitação imediata e
irrestrita às coisas a nossa volta, sem maiores questionamento.
D) A pergunta pela utilidade da filosofia para a vida pode ser assim respondida: para dar sentido ao
que cada um de nós entende sobre nossos pensamentos e ações, organizando-os em um todo
coerente, o qual podemos certamente chamar de nossa "filosofia de vida".
QUESTÃO 03:
Com a seguinte frase: não se aprende filosofia, aprende-se a filosofar, Kant afirma que:
A) Para o aprendizado da filosofia, não é necessária uma análise da história da filosofia, mas se deve levar em
consideração apenas a atitude crítica frente ao mundo.
B) A forma de filosofia mais válida e que convém cultivar é a que se refere às questões humanas, em
particular, às questões relativas à moral.
C) A filosofia é um ato de amor e não requer um estudo teórico, desde que se tenha uma disposição afetiva às
questões mais originais do ser.
D) A filosofia tem, entre outras coisas, uma dimensão prática, pois ela pode contribuir para a
educação do cidadão e preparar o terreno para a constituição do reino dos fins.
QUESTÃO 04:
Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins na obra "Filosofando: introdução à Filosofia"
desenvolvem um paralelo entre Sócrates e a própria filosofia, de onde advém as seguintes conclusões
possíveis, exceto:
A) A filosofia de Sócrates não ocorre em um "gabinete" e sim na praça pública, de onde se pode deduzir que a
vocação da filosofia é política, pois pública.
B) Sócrates é "subversivo" porque "desnorteia", perturba a "ordem" do conhecer e do fazer e, portanto, deve
morrer. A filosofia pode ser assim "morta" quando tornada discurso do poder.
C) Sócrates guia-se pelo princípio de que nada sabe e, desta perplexidade primeira, inicia a interrogação e o
questionamento do que é familiar retirando o caráter dogmático que destrói a filosofia.
D) O conhecimento de Sócrates não é livresco, mas sim vivo e em processo de se fazer; o conteúdo
é a experiência cotidiana. À filosofia cabe o papel dogmático.
QUESTÃO 05:
A filosofia pode ser definida como uma atividade de análise, de reflexão e de crítica. O que caracteriza essas
atividades é
A) a observação dos elementos, a proposição de respostas corretas e a avaliação do pensamento sobre si
mesmo.
B) o desenvolvimento de ideias inatas, a crítica literária e filosófica e a contestação de fatos.
C) a indagação sobre as causas e o sentido, o movimento do pensamento sobre si mesmo e o exame
racional de todas as coisas.
D) o aprimoramento das ciências, o desenvolvimento de propostas filosóficas e a avaliação crítica da ciência.
QUESTÃO 06:
De acordo com o senso comum, radical significa brusco, violento ou inflexível, extremado. Explique por que
não é esse o sentido que se atribui à filosofia quando a consideramos uma reflexão radical?
Quando falamos que a filosofia é uma reflexão radical, quer se dizer, que ela é uma reflexão que
busca o sentido das coisas em sua origem na sua raiz.
QUESTÃO 07:
O que significa a máxima socrática “só sei que nada sei”? Ela se refere a Sócrates ou à própria filosofia? Como?
Significa o reconhecimento dos limites do próprio conhecimento. Ela se refere tanto a Sócrates
como á filosofia, pois, ambos buscam sempre conhecer mais, ou seja, superar os limites do próprio
conhecimento.
QUESTÃO 08:
Em que consiste o método socrático? Explique.
O método socrático é dividido em Ironia, conjunto de perguntas que levam o interlocutor a
reconhecer a superficialidade do seu próprio conhecimento, levando-o à desconstrução desse
conhecimento; e na Maiêutica, conjunto de perguntas que levam o interlocutor a reconstruir seu
conhecimento de maneira racional e livre das opiniões.
LEIA O TEXTO A SEGUIR E RESPONDA AS QUESTOES 09 E 10:
Um saber radical
A filosofia é um saber radical porque se propõe problemas últimos e primeiros, e porque se esforça em
pensá-los de modo radical. Esse radicalismo do pensamento filosófico o distingue dos outros modos de
conhecimento; sobretudo, o das ciências, porque estas, longe de se proporem problemas radicais, não admitem
mais em princípio que os suscetíveis de solução, portanto, problemas mansos, como animais domesticos [...]
Mas os problemas da filosofia são os problemas absolutos e são absolutamente problemas, sem limitação
nenhuma de seu brio pavoroso; são os problemas ferozes que amedrontam e angustiam a existência humana,
dos que o homem é portador e sofredor permanente.
ORTEGA Y GASSET, José. Sobre La razón histórica. Mdrid: Alianza Editorial, 1988.
QUESTÃO 09:
O que distingue a filosofia das ciências, segundo Ortega y Gasset?
Esse radicalismo do pensamento filosófico o distingue dos outros modos de conhecimento;
sobretudo, o das ciências, porque estas, longe de se proporem problemas radicais, não admitem
mais em princípio que os suscetíveis de solução, portanto, problemas mansos, como animais
domésticos.
QUESTÃO 10:
Porque a filosofia é “um saber radical”, segundo Ortega y Gasset?
A filosofia é um saber radical porque se propõe problemas últimos e primeiros, e porque se
esforça em pensá-los de modo radical.
QUESTÃO 11:
A demarcação da fronteira que limita a diferença entre mito e filosofia repousa, sobretudo, em qual dos
aspectos mencionados abaixo?
A) A Filosofia trabalha sempre com conceitos claros e definidos com rigor, diferenciando-se do mito, cuja
estrutura narrativa não guarda o mesmo compromisso com a verdade.
B) A Filosofia é uma explicação que se compromete com a razão, ainda que recorra ao mito, em
alguns casos, para tornar claros seus conceitos; ao passo que o mito, ainda que racional, não se
ocupa em demonstrar as suas teses.
C) Embora mito e Filosofia sejam formas diferentes de tecer um discurso sobre problemas relativos à existência
humana, essas formas de saber são, no essencial, próximas e indissociáveis.
D) A Filosofia evolui em suas concepções e caminha para um contínuo progresso em busca do conhecimento de
si mesma, ao passo que o mito não apresenta sinais de evolução. Os mitos gregos permanecem os mesmos.
QUESTÃO 12:
“Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo está ordenado. Os deuses disputaram entre si, alguns
triunfaram. Tudo o que havia de ruim no céu etéreo foi expulso, ou para a prisão do Tártaro ou para a Terra,
entre os mortais. E os homens, o que acontece com eles? Quem são eles?” (VERNANT, Jean-Pierre. O universo,
os deuses, os homens. Trad. de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 56.)
O texto acima é parte de uma narrativa mítica. Considerando que o mito pode ser uma forma de
conhecimento, assinale a alternativa correta.
A) A verdade do mito obedece a critérios empíricos e científicos de comprovação.
B) O conhecimento mítico segue um rigoroso procedimento lógico-analítico para estabelecer suas verdades.
C) As explicações míticas constroem-se de maneira argumentativa e autocrítica.
D) O mito busca explicações definitivas acerca do homem e do mundo, e sua verdade independe de
provas.
QUESTÃO 13:
O mito é a forma mais remota de crença, narrativas sobre a origem do mundo, dos homens e das coisas da
natureza. Sobre o mito, assinale a alternativa INCORRETA.
A) Procura explicar de forma abstrata, uma realidade "misteriosa" para o homem.
B) O mito está impregnado do desejo humano de afugentar a insegurança, os temores e a angustia diante do
desconhecido.
C) O mito formava para os gregos um sistema fácil, onde os fenômenos naturais ocorrem de forma objetiva.
D) Explica a realidade, como também acomoda e tranquiliza o ser humano em seu mundo assustador.
QUESTÃO 14:
Segundo Jean Pierre Vernant, "fornecer a razão de um fenômeno não pode mais consistir em nomear o seu pai
e sua mãe, em estabelecer a sua filiação. Se as realidades naturais apresentam uma ordem regular, não pode
ser porque, um belo dia, o deus soberano, ao fim de seus combates, impôs-se às outras divindades como um
monarca que reparte em seu reino os encargos, as funções, como uma lei imanente à natureza e presidindo,
desde a origem à sua ordenação". Essa afirmação se refere à passagem do(a)
A) Mito para a Filosofia.
B) Caos ao Cosmos.
C) Teogonia para a Epistéme.
D) Filosofia ao Mito.
QUESTÃO 15:
De acordo com o senso comum, radical significa brusco, violento ou inflexível, extremado. Explique por que não
é esse o sentido que se atribui à filosofia quando a consideramos uma reflexão radical?
Quando falamos que a filosofia é uma reflexão radical, quer se dizer, que ela é uma reflexão que
busca o sentido das coisas em sua origem na sua raiz.
LEIA O TEXTO A SEGUIR E RESPONDA AS QUESTÕES 07 E 08
Todas as culturas tentaram explicar a origem do mundo, inventando para isso os mitos. Assim os
mesopotâmios explicaram a origem do:
Quando, no alto, o céu não tinha ainda nome e embaixo a terra firme também não tinha nome, não havia
nada mais que o deus das águas, seu progenitor, e a mãe das águas, que pariu a todos os seres, com suas
águas misturadas em um só corpo.
Agora conheça um mito polinésio sobre a origem do mundo:
Ta´aroa foi o antepassado de todos os deuses: Ele fez todas as coisas. Ele se fez, sem pai nem mãe. Ta’aroa
estava sentando numa concha, nas trevas, desde toda eternidade. A concha era como um ovo que dava voltas
no espaço infinito, sem céu, nem terra, nem lua, nem sol, nem estrelas.
QUESTÃO 16:
O que é um mito e que tipo de informação ele nos proporciona sobre a realidade?
O mito é uma narrativa fantasiosa sobre algum aspecto da realidade que não é compreendido ou
conhecido pelo ser humano. Ele nos informa sobre a origem do mundo e das coisas presentes nesse
mundo.
QUESTÃO 17:
O que ambos os textos tem em comum? Em que se diferenciam da reflexão filosófica?
Ambos são narrativas fantasiosas sobre a origem do mundo. Eles se diferenciam da reflexão
filosófica, pois, não são rigorosos, não são radicais e não são uma reflexão de conjunto.
Leia o seguinte texto de Henry David Thoreau (1817-1862), um escritor norte-americano do século
XIX, no qual explica sua forma de entender no que consiste uma vida filosófica e responda as
questões 18 e 19.
Ser um filósofo não consiste meramente em ter pensamentos sutis, nem sequer em fundar uma escola, mas
em amar a sabedoria até o ponto de viver conforme seus preceitos, uma vida simples, independente,
magnânima e confiada. Consiste em resolver alguns problemas da vida, não só desde um ponto de vista
teórico, mas também prático. O filosofo vai à frente de sua época, inclusive na forma de viver.
THOREAU, Henry David. Walden - ou a vida nos bosques.
São Paulo:Aquariana, 2007.
QUESTÃO 18:
Resuma as ideias fundamentais expostas por Thoreau.
Ser filosofo consiste em amar a sabedoria, busca soluções para os problemas da vida e estar a
frente de seu tempo.
QUESTÃO 19:
Em que consiste uma vida filosófica? Explique com suas palavras
É uma vida de amor a sabedoria, de busca pelo conhecimento e de compreensão de sua
realidade.
Questão 20:
"A reflexão filosófica é o movimento pelo qual o pensamento, examinando o que é pensado por ele, volta-se
para si mesmo como fonte desse pensamento" (CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática,
2005, p. 20).
A esse respeito assinale a alternativa INCORRETA.
A) A reflexão filosófica é radical, isso significa que ela vai à raiz do problema.
B) A base da reflexão filosófica encontra-se exclusivamente no mundo objetivo, na realidade
exterior dos homens.
C) Podemos dizer que a reflexão filosófica é o pensamento interrogando a si mesmo.
D) A reflexão filosófica é questionamento, "por quê?", "o quê?" e "para quê?".
Questão 21:
A atitude filosófica indaga: o que é? como é? por que é? para que é?, dirigindo-se ao mundo que nos rodeia e
aos seres humanos que nele vivem e que com ele se relacionam. [...] A reflexão filosófica, ou o "conhece-te a ti
mesmo", dirige-se ao pensamento, à linguagem e à ação, ou seja, volta-se para os seres humanos. Suas
questões se referem à capacidade e à finalidade de conhecer, falar e agir, próprias dos humanos. (CHAUI, M.
Boas-vindas à Filosofia. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010, p. 23.)
A partir do texto acima e dos conhecimentos sobre as características do conhecimento filosófico, analise as
afirmativas.
I - A atitude filosófica é negativa ao distanciar-se das crenças e das certezas, e é positiva na medida em que
passa a investigá-las.
II - A reflexão filosófica se volta para a realidade interior, dirige-se ao pensamento, à linguagem, levantando
perguntas sobre o motivo, o sentido e a intenção de algo.
III - A atitude filosófica se volta para a realidade exterior, levantando perguntas sobre a estrutura, a origem e a
finalidade de algo.
São afirmativas pertinentes:
A) I e III, apenas.
B) I, II e III.
C) II e III, apenas.
D) I e II, apenas.
Questão 22:
Sobre as estruturas de um mito é incorreto afirmar:
A) Mito é uma verdade para a civilização que o desenvolveu.
B) Na condição de uma explicação, o mito sempre se refere a uma coisa verdadeira, real e existente, apesar
de, em si, ser fantasioso e fabulativo.
C) Mito é uma forma de explicação pré-racional e pré-científico.
d) O Mito é manifestado de forma totalmente racional ajudando a explicar o surgimento da filosofia.
Questão 23:
Sobre os conceitos de Filosofia é incorreto afirmar:
A) Filosofia é um questionamento. O ser, os valores, as nossas ações, a capacidade de conhecimento e as
possibilidades de atingir ou não uma verdade fazem parte destas indagações.
B) A palavra filosofia vem do grego e significa amor à sabedoria. Por isso temos que gostar de indagar, refletir
e satisfazer nossa curiosidade.
C) A filosofia tem a mesma função que as ciências. Ela tem utilidade prática. Por meio dela, se
aprende a pensar sobre as questões que as ciências abordam.
D) A Filosofia não quer atingir um conhecimento certo, indubitável, válido para todas as épocas e todos os
lugares.
Questão 24:
O mito grego é uma narrativa sobre a origem das coisas, fundamentando a ordem do mundo segundo as leis,
relações e feitos dos deuses. Sobre o mito, assinale a alternativa INCORRETA.
A) A genealogia é o modo pelo qual o mito narra a geração dos deuses, das coisas, das qualidades,
por outros seres que são seus pais ou antepassados.
B) O mito narra acontecimentos na terra como consequência de alianças e rivalidades entre deuses, a exemplo
da Guerra de Troia.
C) O mito narra a origem das coisas no mundo encontrando recompensas e castigos que os deuses dão aos que
os obedecem, ou desobedecem, a exemplo do mito de Prometeu.
D) Os mitos são cosmologias e teologias, na medida que explicam o surgimento das coisas e dos deuses.
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