Economia Pública 1º Semestre 2010/11 Economia Pública Programa Base: 0. Revisões de Microeconomia 0 1. Intervenção do Estado na Economia 1.1 Objectivos 1.2 Bens Públicos 1.3 Externalidades 1.4 Bens Mistos 1.5 Decisão Colectiva 1.6 Redistribuição 2. A restrição orçamental do Estado de curto e longo prazo 3. Descentralização financeira 4. Regras versus discricionariedade 1 Economia Pública Bibliografia: Barbosa, A Barbosa A.S.P. S P Economia Pública Pública, McGraw Hill Hill. Musgrave, R. e Musgrave, P. Public Finance in Theory and Practice, McGraw Hill. Hindriks, J. and G. D. Myles, Intermediate Public Economics, MIT Press Pereira, Paulo T. et al. Economia e Finanças Públicas, Escolar Editora, 2005 Avaliação: Exame Final Método de ensino: Matéria exposta em aulas teóricas, recorrendo-se à resolução de exercícios de apoio à compreensão das materias abordadas. Revisões de Micro: Mercados • Economia estuda a forma como as sociedades escolhem a afectação de recursos escassos para satisfação de necessidades. • Problemas de organização económica: o que produzir, como produzir e para quem? • Numa economia de mercado as decisões individuais de milhões de pessoas e empresas são coordenadas, de forma descentralizada, através de um sistema de preços e mercados. 2 Revisões de Micro: Mercados • Um mercado é o mecanismo (ou instituição) pelo qual agentes económicos (compradores e vendedores) interagem para trocar bens ou serviços e determinar os preços. • Em todos os mercados há uma procura (compradores), uma oferta (vendedores) e um preço. • Os O preços funcionam f i como sinais i i para os agentes económicos e constituem o sistema de comunicação no mercado. Revisões de Micro: Procura • Procura: modeliza-se o comportamento dos ç procura. p Esta consumidores através da função função relaciona a quantidade de um bem que, num dado intervalo de tempo, os agentes desejam adquirir. Quantidade = f(preço do bem, preço dos outros bens – substitutos e complementos, rendimento, preferências, demografia, expectativas de evolução dos preços, informação, etc...) • É frequente representar graficamente a relação entre quantidade e preço, mantendo todos os outros factores constantes. O resultado é a curva da procura. 3 Revisões de Micro: Procura Procura por jogos de futebol no Estádio da Luz 60 50 Preço (Euros) 40 Preço de reserva: máximo que o indivíduo está disposto a pagar por cada unidade do bem em causa 30 20 QA QB QC 10 QD QE QT 0 0 5 10 15 20 25 30 Quantidade Revisões de Micro: Procura • A curva da procura individual tende a ser negativamente ti t iinclinada li d d devido id ao benefício por unidade adicional do bem ser decrescente. Preço Quantidade 4 Revisões de Micro: Procura • A curva da procura de mercado obtém-se através t é d da agregação ã h horizontal i t l das d curvas de procura individuais. Preço + = Quantidade Revisões de Micro: Procura • A curva da procura de mercado altera-se quando d se altera lt um d dos ffactores t determinantes da procura que não o preço do bem em causa. • Aumento do rendimento • Aumento do preço de bem substituto Preço Expansão da procura • Redução do preço de bem complementar • Alteração de preferências • Expansão demográfica • Etc Quantidade 5 Revisões de Micro: Procura • Conhecendo a curva da procura é possível medir a satisfação dos consumidores no mercado em causa. Excedente do consumidor (consumer surplus): Preço Diferença entre o máximo que estariam dispostos a pagar por cada unidade e aquilo que os consumidores pagam. P0 Q0 Quantidade Revisões de Micro: Procura • Quando o preço aumenta, os consumidores “perdem” perdem por dois motivos: 1. As unidades que consomem geram menor excedente 2. Deixam de consumir algumas unidades que geravam excedente. Preço P1 P0 Q1 Q0 Quantidade 6 Revisões de Micro: Procura • As procuras podem ser classificadas de acordo com a sua sensibilidade ao preço preço. • Elasticidade da procura: ε = - (ΔQ/ΔP) x (P/Q) • A elasticidade da procura diz-nos quanto varia percentualmente a quantidade em resposta a uma variação de 1% no preço. >1: p procura elástica ε =1: procura com elasticidade unitária <1: procura rígida =0: procura perfeitamente rígida Revisões de Micro: Oferta • A tecnologia disponível é incorporada na análise áli através t é d da função f ã de d produção: d ã Inputs Trabalho Equipamentos Ferramentas Output F Função ã Produção P d ã Bens e serviços Terrenos 7 Revisões de Micro: Oferta • Para simplificar assumimos que os inputs subdividem se em capital subdividem-se capital, K e trabalho trabalho, L. L • No curto prazo existem factores fixos (K) e factores variáveis (L) • No longo prazo a empresa é livre de escolher tanto K como L. L Revisões de Micro: Oferta Quantidade Impossível Produzida (Y) Y=F(A,K,L) Possível, mas tecnicamente ineficiente Trabalho (L) Cada trabalhador adicional é mais produtivo: especialização do trabalho / divisão do trabalho Cada trabalhador adicional é menos produtivo: tem menor quantidade do input fixo 8 Revisões de Micro: Oferta Quantidade Produzida (Y) Y=F(A,K,L) “Lei” das produtividades marginais decrescentes Trabalho (L) Produtividade marginal do trabalho: δF/δL (Obs: não está à escala no gráfico) Revisões de Micro: Oferta Custos Contabilísticos ≠ Custos Económicos Do ponto de vista da contabilidade, registam-se apenas os custos explicitamente li it t iincorridos. id Existem outros custos, implícitos, que não são registados contabilisticamente: a remuneração dos factores próprios da empresas, como o capital. Exemplo (Casa das folhas): Capital €10000; remuneração do funcionário €5000; toner e papel consumidos €2000; electricidade, telefone, água €1500; desgaste da fotocopiadora €2500; venda de fotocópias €11200. (Taxa de juro relevante 4%) Custos contabilisticos: €5000+ €2000+ €1500+ €2500= €11000 Lucro contabilistico: €200 Custos económicos: €5000+ €2000+ €1500+ €2500+0,04x € 10000= €11400 Lucro económico: €-200 9 Revisões de Micro: Oferta Economista O valor associado à melhor alternativa de remuneração para os factores ou recursos próprios da empresa (como o capital, no exemplo p anterior)) denomina-se por CUSTO DE OPORTUNIDADE. Lucro Económico Contabilista Lucro Contabilístico Custos Implícitos Custos Explícitos Receitas Custos Explícitos Revisões de Micro: Oferta Funções Custos: Os custos dividem-se em custos variáveis ((aqueles q q que variam com a q quantidade p produzida)) e custos fixos (aqueles em que a empresa incorre mesmo sem produzir). Custos variáveis - CV(Q): matérias primas, energia, trabalho, etc. Custos fixos – CF: rendas, custos administrativos, licenças, etc. Custo total – CT(Q) = CF + CV(Q) Custo total médio – CTM(Q) = CT(Q)/Q Custo variável médio – CVM(Q) = CV(Q)/Q Custo marginal – Cmg: Custo associado à produção de uma unidade adicional. Se produzir +1 unidade, qual o impacto nos custos? 10