Tratamento cirurgico do aneurisma toracoabdominal rota em dois tempos, empregando pr6tese intraluminal sem sutura. Introdw;ao: 0 lratamento cirurgico do aneurisma toraco - abdominal e um dos maiores desafio ao cirurgiao vascular. Quando roto, esta cirurgia torna-se muito mais grave, diffcil e com mortaJidade as vezes proibitiva. Materiais e Metodos: No perfodo de outubro de 1990 a fevereiro de J996, 8 pacientes com diagn6stico de aneurisma toraco - abdominal roto foram operados em ]lOSSO servi<;o. Cinco pacientes eram do sexo masculino com idade media de 68 anos. Nao houve 6bitos. Cinco pacientes apresentavam rotura ao nfvel da aorta tonicica e 3 pacientes rotura da aorta abdominal. A tecnica que empregamos foi 0 lratamento somente do segmento roto da aorta aneurismatica, usando pr6tese intraluminal sem sutura, desenvolvida em nosso servi<;o'·2 A aorta aneurismatica era contornada por fios de Ethibond 5 e ap6s abertura do segmento roto, a pr6tese intraluminal era posicionada na luz da aorta doente e submetida a ligadura circunferencial extravascular sobre 0 sulco do ane!. Conclusao: A vantagem do tratamento cirurgico realizado somente sobre 0 segmento roto da aorta e a realizayao de uma cirurgia rapida, facil, menos agressiva, com a abertura de somente uma cavidade (torax ou abdome). A anastomose com pr6tese intraluminal reduz em muito 0 tempo de pin<;amento da aorta e conseqlientemente a isquemia visceral, diminuindo tambem 0 sangramento, dando ao paciente gravemente enfenTIo, a chance de recupera<;ao para posterior tratamento do restante da aorta aneurismatica. Unitermos: Aorta toracica, aneurisma, cirurgia O aneurisma toraco - abdominal e urn dos grandes desafios ao cirurgiao vascular, por se tratar de patologia que usualmente atinge a uma camada da populac;:ao de idade avanc;:ada, com graves alterac;:6es nos principais orgaos e sistemas. A tecnica cirurgica exige abertura de t6rax e abdome, tempo prolongado de pinc;:arrtento de aorta, anastomose de ramos intercostais e viscerais. Esta grave agressao cirurgica, leva a graves complicac;:6es pulmonares, renais, cardiovasculares e neurol6gicas que somadas a grande perda sangUfnea muitas vezes nos leva ao insucesso. A alta taxa de morbimortalidade em cirurgias eletivas 3.5 , faz corp que 0 cirurgiao prefira muitas vezes 0 seguimento clfnico de pacientes assintomaticos com risco cirurgico elevado. Este comportamento expectante, oferece a oportunidade de nos confrontarmos com pacientes mori- CIR VASe ANGIOL 13: 131-136, 1997 Rodrigo de Castro Bernardes Chefe do SeNi<;;:o de Cirurgia Cardio Vascular e Angiologla do Hospital Madre Teresa. Fernando Antonio R. Reis Filho Medico Assistente do SeNiyo de Cirurgia Cardio Vascular e Angiologia do Hospital Madre Teresa. Bruno de lima Naves Medico Assistente do SeN/yo de Cirurgia Cardio Vascular e Angiologia do Hospital Madre Teresa. Luis Claudio Moreira lima Medico Assistente do SeNiyo de Cirurgia Cardio Vascular e Angiologia do Hospital Madre Teresa. Marilia Maria de Oliveira Ceolin Medico Assistente do SeNiyo de Cirurgia Cardio Vascular e Angiologia do Hospital Madre Teresa. Luciana 1. Fernandes Cassete Medico Assistente do SeNiyo de Cirurgia Cardio Vascular e Angiologia do Hospital Madre Teresa. Mauricio de Castro Gomes Medico Assistente do SeN/yo de Cirurgia Cardio Vascular e Angiologia do Hospital Madre Teresa, Leonardo Augusto D' Avila Medico Assistente do SeN/yo de Cirurgia Cardio Vascular e Angiologia do Hospital Madre Teresa, Ernesto Lentz da Silveira Monteiro Medico Assistente do SeNiyo de Cirurgia Cardio Vascular e Angiologia do Hospital Madre Teresa. Jose Marcelo Coutinho de Melo Medico Residente do SeNiyo de Cirurgia Cardio Vascular e Angiologia do Hospital Madre Teresa. Trabalho realizado no Instituto do Corac;oo do Hospital Madre Teresa em Belo Horizonte - MG. Tratamento eirurgieo do aneurisma toraeo-abdominal roto -,. A Rodrigo de Castro Bernardes e eols. pinryamento de aorta e consequentemente a isquemia visceral. 0 sangramento e tambem muito reduzido, oferecendo ao paciente maiores chances de sobrevida, para tratamento definitivo posteriormente em melhores condiry6es clinicas. / /:~~/t~-; '- .. ....... "'-;.~ ... , -~ ,- .,r- - -- . -= "/ -&;~ ""'-~ .---~ Pr6tese intraluminal sem sutura Figura 1 a: Aneurlsma toraeo - abdominal com ruptura ao nivel de aorta tor6elea. Toraeotomia esquerda no quarto espa<;:o. Pr6tese Intraluminal posielonada e IIgada, .Iazendo anatomose em teeldo a6rtieo normal. Figura 1 b: A anastomose distal e realizada segundo a teenlea do 'open distal" sendo a pr6tese Intraluminal posielonada e IIgada em teeldo aneurlsm6tleo p6s ruptura. bundos, com rotura de aneurisma de aorta toraco-abdominal, onde 0 tratamento cinirgico convencional descrito e padroniza~o por Crawford 7.8 tern mortalidade proibitiva. o objetivo de nosso trabalho e discutir tecnica cirurgica em dois tempos, empregando pr6tese intra- o....-. luminal desenvolvida em nosso serVi ryo l.2. Com esta tecnica, abordamos somente 0 segmento roto da aorta, torax ou abdome, diminuindo em muito a agressividade cirurgica. A pr6tese intraluminal, nos proporciona uma anastomose muito n"ipida e facil, diminuindo em muito 0 tempo de ~ e_IR~ Diante das dificuldades en contradas durante 0 tratamento cirurgico dos aneurismas, empregando tecnica de sutura convencional, enfrentando maus resultados por rotura da sutura e alta taxa de mortalidade, desenvolvemos em nosso serviryo, em 1988, urn anel intraluminal 1.2 que transforma qualquer tipo de pr6tese tubular de diferentes diametros, forma ou comprimento em uma pr6tese intraluminal. Esta po de ser empregada sem qualquer tipo de sutura, necessitando apenas de uma ligadura circunferencial extravascular sobre 0 sulco do ane!, 0 que nos proporciona uma anastomose muito mais facil, rapida, hemostatica e segura. Ap6s estudo experimental, IlllClamos em 1989 0 emprego do anel intraluminal para tratamento cirurgico de pacientes com dissecry6es e aneurismas de aorta 1.2. 0 preparo da pr6tese e feito de maneira simples e rapida durante 0 ato cirurgico. Ap6s abertura da aorta, a luz verdadeira e medida para a escolha do anel que entra confortavelmente em seu lumen. A pr6tese vascular tubular e entao passada por dentro da luz do anel e evertida sobre 0 sulco do mesmo. A anastomose e entao realizada, posicionando esta pr6tese na luz verdadeira da aorta e procedendo a firme ligadura circunferencial extravascular sobre 0 sulco do ane!. VASe ANGIOL 13: 131-136,1997 Tratamento eirurgieo do aneurisma toraeo-abdominal roto No perfodo de 15110/90 a 5/02/96, oito pacientes com diagnostico de aneurisma toraco - abdominal roto foram operados em nosso servi<;:o. Cinco pacientes eram do sexo masculino e tres pacientes eram do sexo feminino, com idade que variava de 57 a 93 anos (media de 68 anos). Cinco pacientes apresentavam rotura ao nfvel da aorta toracica e tres pacientes apresentavam rotura ao nivel da aorta abdominal infra-renal. Tres paeientes apresentavam aneurisma dissecante e cinco pacientes eram portadores de aneurisma aterosclerotico. Destes pacientes, dois vinham sendo seguidos em regime ambulatorial em nosso servi<;:o e ti veram a cirurgia contra indicada por serem idosos (acima de 80 anos), assintomaticos e apresentarem graves altera<;:6es da fun<;:ao pulmonar. Todos os pacientes foram admitidos em nosso servi<;:o'em regime de urgencia com quadro de dor tor3.cica ou abdominal, sendo que quatro pacientes apresentavam-se em estado de choque, com altera<;:6es da fun<;:ao renal. Em todos os pacientes 0 diagnostico foi confirmado por tomografia computadorizada de torax e abdome. Somente urn paciente com diagnostico de dissec<;:ao de aorta foi submetido a aortografia. Em todos os pacientes foi abordado so mente 0 segmento roto da aorta, localizado pelo sintoma (dor), exame ffsico e tomografia computadoi·izada. Todos os pacientes foram operados sob anestesia geral, monitoriza<;:ao hemodinamjca, do ritmo cardfaco, da satura<;:ao de oxigenio e do volume urinario. Todos os pacientes foram operados sem 0 auxilio de circula<;:ao extracorporea. Rodrigo de Castro Bernardes e eols. Figura 2 a: Aneurlsma toraeo - abdominal com ruptura ao nivel de aorta abdominal. Laparotomia xifo - pubiana. 0 anel da pr6tese Intraluminal e posleionado e anastomosado em teeido a6rtleo aneurism6tieo pre ruptura. Figura 2 b: A anastomose distal eonvenelonal e reallzada em aorta, lIiaea ou femural. Os pacientes portadores de rotura de aorta toracica descendente foram submetidos a toracotomia no quarto espa<;:o intercostal esquerdo e apos colabamento do pulmao esquerdo por entuba<;:ao seletiva com tubo de Carlens, a aorta foi examinada e localizada a rotura. A aorta foi contor- CIR VASC ANGIOL 13: 131-136, 1997 nada por dois fios de Ethibond 5 junto da arteria subclavia e na por<;:ao pos rotura em aorta ainda aneurismatica porem estavel. Apos hepariniza<;:ao(lOOOO u.i.), a aorta foi pin<;:ada proximal mente, antes da origem da arteria subclavia, deixando a por<;:ao distal aneurismatica des- a origem Tratamento cirurgico do aneurisma toraco-abdominal roto Figura 3: Aartografia de p6s operat6rio de paeiente submetido a eorre<;:ao de ruptura toraelea em aneurisma toraeo - abdominal. ObseNar a anastomose com pr6tese intraluminal em teeido a6rtieo aneurismatieo. Figura 4: Anastomose com pr6tese intraiuminal empregando aneurismatieo. 0 anel em teeido a6rtleo Rodrigo de Castro Bernardes e cols. pinyada, segundo a tecnica do "Open Distal" descrita por COOley 5. Apos abertura do saco aneurismatico sobre a area rota da aorta, retirados os trombos e medida a luz aortica, escolhem-se urn anel l •2 que poderia ser confortavelmente introduzido. Uma protese tubular de pericardia bovino Labcor foi preparada com os aneis em suas extremidades. A extremidade proximal da protese foi anastomosada na luz aortica junto a origem da arteria subclavia (figura la). A extremidade distal da protese foi entao posicionada na luz aortica em tecido aneurismiitico estavel, quando procedem-se firme ligadura circunferencial sobre 0 sulco do anel (figura lb). Procede-se entao a ligadura dos ramos intercostai, e fechamento do saco aneurismiitico sobre a protese. Os pacientes com rotura da aorta abdominal infra-renal foram submetidos a laparotomia mediana xifopubica. Apos a localizayao da rotura, a aorta foi contornada por fios de Ethibond 5 abaixo da origem das arterias renais. Apos a abertura do saco aneurismiitico, a aorta foi medida e da mesma forma escolhe-se urn anel que pudesse ser confortavelmente introduzido na luz aneurismiitica da aorta (figura 2a). Apos 0 preparo da protese tubular, o anel foi posicionado na luz aortica quando entao procede-se a firme ligadura circunferencial extravascular sobre 0 suIco do anel (figura 2b). A anastomose distal foi realizada em aorta terminal, arterias ilfacas ou femurais de acordo com a indicayao de cada caso. Nao hoyve obitos. Dois pacientes evolufram no pos operatorio com progressao da insuficiencia renal dia- "131-136, 199 Tratamento clrurglco do aneurisma toraco-abdomlnal roto gnosticada no pre operat6rio e foram tratados conservadoramente, nao necessitando metodos dialiticos. Dois pacientes evolufram com insuficiencia respirat6ria no perfodo p6s-operat6rio necessitando ventila<;:ao medinica prolongada e antibioticoterapia com recupera<;:ao total. Nenhum paciente apresentou paraplegia ou paraparesia. 0 sangramento p6s operat6rio foi em media de 670 ml/paciente e nenhum paciente retornou ao bloco cirurgico para revisao da hemostasia. o tempo medio de pin<;:amento de aorta nos pacientes com rotura tonicica foi de 9 minutos, com 0 maximo de 14 minutos e 0 mfnimo de 4 minutos. Os pacientes vern sen do seguidos num perfodo que varia de 1,5 a 5,4 anos com media de 3,8 anos, em acompanhamento ambulatorial de 6 em 6 meses. Foi realizada ressonancia nuclear magnetica e tomografia computadorizada de t6rax e abdome mostrando aorta estavel, estando todos os pacientes sobreviventes assintomaticos. Urn paciente faleceu no quinto ana de seguimento por provavel rotura de aneurisma toracico. Urn dos pacientes foi submetido a aortografia em p6s-operat6rio que demonstra a corre<;:ao do aneurisma toracico com a pr6tese intraluminal e a persistencia da dilata<;:ao ao nfvel do segmento abdominal (fig. 3). Urn paciente em melhores condi<;:6e clfnicas recusou 0 tratamento cirurgico para corre<;:ao total do restante do aneurisma o tratamento cirurgico com substitui<;:ao de toda a aorta deve ser considerado como ideal nos casos de doen<;:a aneurismatica envolvendo todos os segmentos a6rticos 10 Em pacientes com aneurisma do arco a6rtico associ ado a doen<;:a em aorta distal, Crawford 7.8 recomenda a troca total da aorta usando tecnica cirurgica em varios tempos. Borst3 .introduziu a tecnica da "tromba de elefante" para facilitar a cirurgia que envolve 0 arco a6rtico e aorta descendente, propondo a cirurgia em varios estagios. Em nosso meio, os pacientes portadores de aneurisma t6raco - abdominal sao em media de idade avan<;:ada, apresentando doen<;:as associadas e estado geral precario devido ao estado de consump<;:ao causado pela doen<;:a e dor cronicas. A tendencia do medico internista quando depara com urn paciente com este perfil em seu consult6rio e de protelar 0 tratamento cirurgico, propondo 0 tratamento clfnico, princip~lmente se 0 paciente e assintomatico. Se a mortalidade do tratamento cirurgico eletivo ja e grande, quando este paciente nos procura em estado crftico com rotura do aneurisma e estado de choque, 0 tratamento cirurgico convencional com a troca de toda a aorta t6raco - abdominal por t6raco frenolaparotomia, apresenta um resultado catastr6fico. Em nossa experjencia, a abordagem de uma s6 cavidade, t6rax ou abdme CIR VASC ANGIOL 13: 131-136, 1997 Rodrigo de Castro Bernardes e cols. proporciona ao paciente uma cirurgia muito menos agressiva, com possibilidade de diminuir 0 tempo cirUrgico e 0 sangran1ento. 0 conceito de pr6tese intraluminal com ligadura circunferencial foi sugerido por Canel 4 em 19 I2. Lemole9 e Mehmet ll descreveram 0 emprego de pr6tese intraluminal em aorta descendente e toraco - abdominal. A anastomose empregando pr6tese intraluminal pode ser realizada de maneira rapida, facil e hemostatica, diminuindo substancialmente 0 tempo de pin<;:amento a6rtico, a isquemia visceral e 0 sangramento. Em nossos casos 0 tempo medio de pin<;:amento a6rtico foi de 9 minutos. 0 seguimento ambulatorial destes pacientes que varia de 1,5 a 6,8 anos, houve urn 6bito de um paciente idoso, portador de doen<;:a pulmonar obstrutiva cronica (DPOC) grave, que teve morte subita por provavel rotura de aneurisma toracico. A anastomose reaEzada em tecido aneurismatico (fig. 4), se mostrou segura e em nenhum dos casos observou-se rotura ao nfvel da ligadura em tecido doente. Por se tratar de doen<;:a aneurismatica, 0 calibre da aorta e sempre satisfat6rio, facilitando a anastomose intraluminal. A abordagem de somente 0 segmento a6rtico roto, oferece ao paciente uma maior chance de sobrevida, oferecendo-lhe a chance de tratamento total da aorta, quando indicado, em melhores condi<;:6es clfnicas. Tratamento cirurgico do aneurisma toraco-abdominal roto SURGICAL TREATMENT OF RUPTURED THORACOABDOMINAL ANEURYSMS IN TWO STAGES, USING A SUTURELESS INTRALUMINAL GRAFT The surgical treatment of thoracoabdominal aneurysms is one of the greatest challenges to the vascular surgeon. When the operation is performed for rupture, it becomes more diff cult, with a prohibitive mortality rate and a grave prognosis. From november 1990 to January 1996, eight patients with ruptured thoracoabdominal aneurysms were operated upon. Five patients were male, with a mean age of 68. There were no operative deaths. Five aneurysms ruptured within the thorax, and three within the abdomen. The operation consisted of placement of 1. Bernardes RC, Reis FAR, Castro AC, Rabelo W, Marino MA, Marino RL, Rabelo RC. Corre<;ao cirurgica dos aneurismas da aorta: novct dispositivo que transforma qualquer tipo de pr6tese em pr6tese intraluminal. Rev Bras Cir Cardiovasc. 9: I :54, 1994 2. Bernardes RC, Reis FAR, Marino RL, Marino MA, Castro AC, Rabelo W, Rabelo RC. Surgical correcti0!1 of aortic disease using intraluminal, crimped bovine pericardial graft. Ann Thorac Surg 605:316, 1995 3. Borst HG, Walterbusch G, Schaps D. Extensive aortic replacement using elephant trunk prosthesis. Thorac Cardiovasc Surg 31:37,1983 4. Carrel, A. Results of the permanent • Rodrigo de Castro Bernardes e cols. a sutureless intralun iinal graft with grooved rings at each end, developed in our Service. The aorta was encircled with sutures of 5-0 Ethibond" proximally and distally to the ruptured segment. After opening the aorta at the ruptured segment, the intraluminal graft was positioned within its lumen. The encircling sutures were snugly tied at the grooved rings, around the diseased aorta. The advantage of treating only the ruptured aortic segment is an easy, quick operation, envolving only one body cavity (the thorax or the abdomen). The use of an intraluminal graft reduces aortic cross clamp time, visceral ischemia time and blood loss. This technique gives these extremely sick patients the chance of recovery, before the second-stage treament of the remaining diseased aorta. Key words': aneurysm, surgery Toracic aorta, intubation of the thoracic aOlta. Surg GynecolObstet. 15:245, 1912 5. Cooley DA, Baldwin RT . Technique of open distal anastomosis for repair of descending thoracic aortic aneurysms. Ann Thorac Surg 54:932, 1992 6. Crawford ES, Coselli JS, Safi HJ. Partial cardiopulmonary bypass, hypothermic circulatory arrest and posterolateral exposure for thoracicaortic aneurysm operation. J Thorac Cardiovasc Surg 94:824, 1987 7. Crawford ES, Coselli JS, Svenson LG, Safi HJ, Hess KR. Diffuse aneurysmal disease (chronic aortic dissection, Marfan and mega aorta syndromes) and multiple aneurysms. Treatment by subtotal and total aortic replacement emphasizing the elephant trunk operation. Ann Surg 211:521, 1990 8. 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