Medicina | Turma 4ª B

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CURSO DE MEDICINA
Trabalho de Conclusão de Curso
Resumos
Turma 4ª B – 2016.2
COORDENADORA DO CURSO:
Prof.ª Ana Verônica Mascarenhas Batista
SALVADOR
TEMA: ANÁLISE DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E SUA RELAÇÃO
COM ÍNDICES DE ADIPOSIDADE DE ADULTOS EM SALVADOR-BA: UM ESTUDO
TRANSVERSAL.
ALUNO: ADMILSON OLIVEIRA MACHADO
ORIENTADORA: PROFA. ELOINA NUNES DE OLIVEIRA
RESUMO
Introdução: A doença cardiovascular (DCV) é a causa de morte mais comum em países
desenvolvidos, e, no Brasil, o número de óbitos por DCV aumentou de 2000 a 2013. A
obesidade e níveis elevados de adiposidade abdominal são fatores de risco para
desenvolver DCV, diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e hipertensão arterial sistêmica (HAS).
Também alterações da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) se apresentaram como
preditores de risco para DCV. Já foram encontradas associações inversas entre VFC e
medidas de adiposidade em estudos prévios. Dessa forma, é valido analisar a VFC e
verificar tais correlações, possibilitando o melhor uso dessas variáveis na prática clínica.
Objetivos: analisar a VFC em adultos, comparando indivíduos hipertensos, diabéticos e
aqueles com sobrepeso e obesidade com um grupo controle. Além de correlacionar a
VFC com índice de massa corporal (IMC) e razão entre cintura abdominal e cintura quadril
(RCQ). Metodologia: trata-se de um estudo transversal de pacientes adultos atendidos
em um ambulatório de Salvador-BA e submetidos ao exame de Holter de 24h. Todos
esses pacientes foram questionados quanto aos antecedentes médicos. Os principais
critérios de exclusão foram ritmo de fibrilação atrial, marcapasso, bloqueio de ramos ou
taquiarritmias. Foram obtidos índices da VFC, a partir desse exame, no domínio do tempo
(SDNN, SDANN, rMSSD e pNN50) e da frequência (LF, HF e relação LF/HF). Todas as
medidas antropométricas foram devidamente obtidas, sendo calculado o IMC, RCQ e
relação cintura-altura (RCA). Resultados: a amostra final constou de 310 participantes,
222 (71,6%) indivíduos eram do sexo feminino, 180 (58%) apresentavam HAS, 56
(18,1%) DM2 e 80 (25,8%) eram obesos. As médias da circunferência abdominal (CA)
(93,8 ± 12,9) e da RCQ (0,9 ± 0,1) apresentaram diferenças significantes entre os sexos
(p<0,001). Não há diferenças significativas das medidas da VFC entre indivíduos
agrupados por categorias de peso. Indivíduos hipertensos diferem significativamente do
grupo controle para as variáveis: SDNN (p=0,007), SDANN (p=0,003) e LF (p<0,0001).
Isso também é consistente para indivíduos diabéticos em relação ao grupo controle,
SDNN (p=0,05), SDANN (p=0,01) e LF (p=0,02). IMC não estabeleceu correlações
significantes com qualquer medida da VFC. RCQ e CA não estabeleceram correlações
com as variáveis no domínio do tempo. LF e HF estabeleceram correlações fracas,
inversas e significantes com RCQ e RCA, sendo que LF correlacionou-se inversa e
significativamente também com CA. Conclusão: a análise da VFC demonstrou um
decréscimo significativo da atividade autonômica global em hipertensos e diabéticos em
comparação com aqueles aparentemente saudáveis. As correlações estabelecidas entre
VFC e medidas de adiposidade demonstram uma possível influência da gordura
abdominal sobre a regulação autonômica global.
Palavras-chave: Sistema Nervoso Autônomo. Controle da frequência cardíaca.
Adiposidade. Gordura Abdominal. Hipertensão. Diabetes Mellitus.
TEMA: AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE DOENÇAS AUTO-IMUNES DA TIREOIDE E
VITILIGO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
ALUNO: ALEXANDRE OLIVEIRA DE JESUS
ORIENTADOR: PROF. ENIO RIBEIRO MAYNARD BARRETO
RESUMO
Jesus AO. Avaliação da Relação entre Vitiligo e Doenças Autoimunes da Tireoide: Uma
Revisão Sistemática. 2016, 29 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina) Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, Bahia, 2016.
INTRODUÇÃO: O vitiligo é uma das mais importantes e conhecidas dermatoses que
causam a despigmentação da pele, a qual acomete cerca de 1% da população mundial. A
descoberta de um mecanismo fisiopatológico que explique a origem do problema ainda
não foi completamente elucidada. As hipóteses mais aceitas incluem a presença de auto
anticorpos, doença relacionada à imunidade celular, fatores genéticos e hipótese neural.
A hipótese auto-imune é a mais plausível, sobretudo, devido à notável associação entre o
vitiligo e as doenças da tireoide, bem como a presença de anticorpos anti-TPO (antiperoxidase) e anti-TG (anti-tireoglobulina) em níveis mais elevados em tais indivíduos do
que em indivíduos não afetados pela dermatose. OBJETIVO: Avaliar as características
clínicas e epidemiológicas do vitiligo, tentando estabelecer uma relação com as doenças
auto-imunes da tireoide, sobretudo, pela pesquisa de anticorpos antitireoidianos.
MÉTODOS: Foram realizadas buscas nas bases bibliográficas — PubMed, The
Cochrane Library e LILACS, sendo selecionados artigos relacionados as doenças autoimunes da tireoide e vitiligo, publicados entre 2010 e 2016, escritos exclusivamente em
inglês sendo a data da última busca em 26 de abril de 2016. RESULTADOS: Dentre os
principais resultados encontrados, observou-se a presença do anticorpo anti-TPO em
numa frequência de 28,28% nos indivíduos portadores de vitiligo. Além disso, no que diz
respeito às características do vitiligo, o fenômeno de Koebner teve grande relevância com
uma frequência nas amostras estudas de 37,3%. Em relação às demais patologias
autoimunes concomitantes, foi visto que a alopecia areata e a diabetes tipo 1 são as mais
frequentes, apresentando uma prevalência de 1,45% e 3,71% respectivamente.
CONCLUSÃO: Os estudos observacionais presentes na revisão corroboram com os
dados encontrados na literatura de que existe uma relação entre o vitiligo e as doenças
autoimunes da tireoide, sobretudo pela presença dos anticorpos antitireoidianos,
sobretudo, o anti-TPO. Contudo, são necessários ensaios clínicos randomizados com
amostras padronizadas a fim de tornar os resultados mais fidedignos.
Palavras-chave: Vitiligo. Doenças auto-imunes. Tireoide.
TEMA: CONHECIMENTO DOS OBSTETRAS QUE ATENDEM EM UMA UNIDADE
REFERÊNCIA SOBRE A NORMA TÉCNICA DE ATENDIMENTO AS MULHERES E
ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL.
ALUNA: ALINE AZEVEDO LIRA
ORIENTADOR: PROF. DAVID DA COSTA NUNES JUNIOR
RESUMO
OBJETIVO: avaliar o conhecimento dos plantonistas obstetras que atendem em uma
maternidade referência sobre a Norma Técnica de atendimento as mulheres e
adolescentes vítimas de violência sexual. MÉTODOS: foi realizado um estudo de corte
transversal entre junho e setembro de 2016, envolvendo 30/47(64%) dos obstetras da
unidade foco do estudo. Utilizou-se como instrumento um questionário anônimo,
estruturado e auto-explicativo, composto de uma parte geral e outra parte específica. Na
parte geral, foram obtidas informações sobre as características sociodemográficas,
formação acadêmica, vínculo empregatício. Na parte específica do questionário, será
avaliado o conhecimento das recomendações do Ministério da Saúde existentes na
Norma Técnica sobre o Atendimento as Mulheres e Adolescentes Vítimas de Violência
Sexual, com questões sobre as atitudes relacionadas ao aconselhamento,
reconhecimento de fatores de risco e cuidados durante atendimento. RESULTADOS: dos
médicos entrevistados, 93% possuem especialização, 3% mestrado e 3% doutorado e
97% fizeram residência. Em relação a trabalhar com um serviço acadêmico com
preceptoria/docência 67% afirma que sim e 33% tem vínculo empregatício com a SESAB
provisório. Em relação à participação de algum estágio, curso de capacitação, seminário
sobre a temática da violência sexual 53% já teve essa experiência. CONCLUSÃO:
algumas atitudes dos plantonistas obstetras relacionadas à assistência às mulheres
vítimas de violência sexual foram discordantes das recomendações do Ministério da
Saúde.
Palavras-chaves: Violência Sexual. Saúde da Mulher. Obstetrícia.
TEMA: VALOR DIAGNÓSTICO DO SISTEMA TI-RADS E DA ELASTOGRAFIA NA
AVALIAÇÃO DE NÓDULOS TIREOIDIANOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
ALUNA: AMANDA SAMPAIO ALMEIDA
ORIENTADORA: PROFA. CAROLINA FREITAS LINS
RESUMO
Almeida AS. Valor diagnóstico do sistema TI-RADS e da elastografia na avaliação de
nódulos tireoidianos: uma revisão sistemática [trabalho de conclusão de curso]. Salvador:
Curso de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016.
INTRODUÇÃO: A doença nodular da tireoide é um problema clínico comum na população
em geral. Entretanto, os métodos de investigação atuais ainda apresentam limitações
para diferenciar as lesões benignas das malignas. Nesse contexto, o sistema TI-RADS e
a elastografia são novos recursos que propõem aumentar o desempenho diagnóstico na
caracterização de nódulos tireoidianos. OBJETIVO: Essa revisão sistemática tem como
objetivo descrever as evidências científicas relacionadas ao valor diagnóstico do sistema
TI-RADS (Thyroid Imaging Reporting and Data System) e da elastografia para avaliação
de nódulos tireoidianos. METODOLOGIA: A pesquisa foi realizada em quatro bases de
dados - PubMed, Cochrane, LILACS e SciELO – utilizando-se os descritores combinados
``TI-RADS``, ``elastography``, ``thyroid nodules`` e/ou suas derivações, no período de
2009 até setembro de 2016. A qualidade dos artigos foi avaliada pelos critérios do
STROBE. RESULTADOS: Seis artigos foram selecionados por obedecerem aos
critérios de inclusão, totalizando 5.341 nódulos estudados. O sistema TI-RADS
apresentou uma variação entre os estudos de 76,4-100% na sensibilidade, 11-86,20% na
especificidade, 88,9-100% no valor preditivo negativo (VPN), 14-97,26% no valor preditivo
positivo (VPP) e 62-95,97% na acurácia. A elastografia, por sua vez, apresentou
sensibilidade, especificidade, VPN, VPP e acurácia que variaram respectivamente de 5693%, 46,8-91,8%, 78,4-98,5%, 26-83,1% e 51,9-90,9%.
Quando associados, a
performance diagnóstica dos nódulos foi: sensibilidade entre 79,37 e 100%,
especificidade entre 44,7% e 97,24%, VPN entre 87,3% e 100%, VPP entre 50% e 87%, e
acurácia entre 48,3% e 95,40%. CONCLUSÃO: Conclui-se, portanto, que o sistema TIRADS e a elastografia são métodos de altos valores diagnósticos. Os valores de
sensibilidade e de especificidade demonstram que a associação desses recursos
possibilita rastreio das lesões, facilitando seguimento dos pacientes e reduzindo eventuais
custos de procedimentos invasivos desnecessários. No entanto, estudos adicionais com
metodologia padronizada e concordância interobservadores devem ser realizados,
visando a confirmação da relevância da aplicação simultânea do TI-RADS e da
elastografia na prática clínica.
Palavras-chave: Nódulo tireoidiano. Elastografia. TI-RADS. Revisão Sistemática.
TEMA: AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO DE LINFÓCITOS T REGULATÓRIOS
COINFECÇÃO PELO HTLV-1 E PELO MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS.
NA
ALUNA: ANA CAROLINE ALMEIDA SANTOS
ORIENTADORA: PROFA. DRA. MARIA FERNANDA RIOS GRASSI
RESUMO
Santos, ACA. Avaliação da frequência de células T regulatórias em indivíduos
coinfectados pelo HTLV-1 e pelo Mycobacterium tuberculosis. [Trabalho de conclusão de
curso]. Salvador: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública,
Bahia, 2016.
Introdução: A infecção pelo HTLV-1 e a tuberculose (TB) têm elevada prevalência em
Salvador, Bahia. Essa coinfecção pode elevar a morbimortalidade nestes indivíduos.
Entretanto, não se conhece por completo a correlação entre a resposta imune na
coinfecção e o desfecho da infecção por TB. Existem evidências de uma menor resposta
Th1 específica para antígenos do Mycobacterium tuberculosis (Mtb) em pacientes
infectados pelo HTLV-1, sugerindo grau de imunossupressão. Por outro lado, tem sido
descrito uma redução da função supressora das células T regulatórias (Treg) e da
expressão de FOXP3 em pacientes infectados pelo vírus com mielopatia. Objetivo Geral:
Avaliar a função das células Treg em indivíduos infectados pelo HTLV-1 com diagnóstico
de TB. Metodologia: Foram avaliados três indivíduos com TB infectados pelo HTLV-1
(TB/HTLV-1), seis com TB não infectados pelo HTLV-1 e cinco indivíduos saudáveis (NI).
As células mononucleares do sangue periférico (PBMC) foram marcadas com anticorpos
monoclonais (anti- CD3+, anti-CD4+, anti- FOXP3, anti-IL-10 e anti-TGF- β). A frequência
de Tregs produtoras de IL-10 e TGF- β foi determinada por citometria de fluxo e as
análises foram realizadas utilizando o software FlowJo. Resultados: Os indivíduos
infectados pelo HTLV-1 com tuberculose têm maior frequência de linfócitos T CD4+ e
TCD8+ regulatórios em comparação ao grupo de não infectados (NI). No entanto, a maior
parte dessas células não são produtoras de citocinas ou quando produzem são
monoprodutoras de IL-10 comparado ao grupo de não infectados NI. Em resposta ao
PPD, a frequência de linfócitos Treg CD4+ produtores de IL-10 do grupo TB/HTLV-1 foi
quase dez vezes superior a frequência encontrada nos indivíduos com tuberculose
unicamente. Conclusão: Os pacientes com tuberculose infectados pelo HTLV-1
apresentam, maior proporção de linfócitos Treg CD4+ e maior frequência de células
produtoras de IL-10 em resposta ao estímulo antigênico. É possível que essas células não
sejam funcionais, pela menor produção TGF- β e favoreça a reativação da TB.
Palavras-chave:
tuberculosis.
HTLV-1. Linfócitos T regulatórios. Tuberculose. Mycobacterium
TEMA: ANÁLISE DE CICLOS DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO POR MEIO DE INJEÇÃO
INTRACITOPLASMÁTICA
DE
ESPERMATOZOIDE
EM
PACIENTES
COM
ENDOMETRIOSE.
ALUNA: ANA CATHARINA PINHO COSTA
ORIENTADORA: PROFA. ISA ALVES ROCHA
RESUMO
Costa, ACP. Análise de ciclos de fertilização in vitro por meio de Injeção
Intracitoplasmática de Espermatozoide em pacientes com endometriose [monografia].
Bahia: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública; 2016.
INTRODUÇÃO- A endometriose é uma condição inflamatória crônica fortemente
associada à infertilidade. A Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide (ICSI) é uma
das técnicas de reprodução assistida utilizadas como tratamento para essas pacientes
inférteis. OBJETIVOS- Almeja-se no presente trabalho analisar ciclos de fertilização in
vitro por meio de injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI) em mulheres com
endometriose, avaliando características relacionadas à produção ovocitária e taxa de
gestação em embriões transferidos. MÉTODOS- Trata-se de uma pesquisa de análise
descritiva e retrospectiva, em que foram selecionados prontuários de mulheres inférteis
com diagnóstico de Endometriose que iniciaram o processo de estimulação ovariana no
ano de 2015 na Clínica de Reprodução Assistida IVI, em Salvador – Bahia.
RESULTADOS- Foram avaliadas 43 mulheres, com idade média de 34,76 anos, variando
entre 27 e 42 anos. A amostra do estudo foi composta por 57 ciclos de ICSI. A média de
óvulos coletados por mulher foi de 7,81. Em cerca de 49% dos ciclos, mais de 75% dos
óvulos coletados estavam maduros e apenas um ciclo obteve a menor porcentagem de
maturação, correspondente a 12,5%. Em 80,7% dos ciclos ocorreu fecundação. Todos os
46 ciclos que obtiveram óvulos fecundados formaram embriões que seguiram para D3.
Destes, trinta seguiram para D5/D6 e em 56,6% dos ciclos foi optado por transferir
embriões a fresco. A taxa de gravidez foi de 58,8% e a de aborto foi 30%. Em 59,6% do
número total de ciclos, foi optado por realizar congelamento dos embriões. Em 32,5% das
mulheres foi realizada transferência de embrião após congelamento, ocorrendo gravidez
em 64,2%, com duas evoluções para aborto. CONCLUSÃO- Em conjunto, os dados
sugerem que, mesmo com endometriose, mulheres inférteis apresentam resultados
satisfatórios após ICSI, tanto a partir da transferência de embriões a fresco quanto após
congelamento, sendo este tratamento de reprodução assistida de alta complexidade uma
boa alternativa para este tipo de paciente.
Palavras-chave: Injeções intracitoplasmáticas de esperma. Endometriose. Infertilidade
feminina. Técnicas reprodutivas assistidas.
TEMA: CONTROLE DA ASMA EM PACIENTES COM ASMA GRAVE
CONTROLADA EM USO DE OMALIZUMABE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
NÃO
ALUNA: ANNA CLÁUDIA CARDOSO NEVES
ORIENTADORA: PROFA. IZA CRISTINA SALLES DE CASTRO
RESUMO
Introdução: A asma é uma doença crônica considerada um grave problema de saúde
pública. Aproximadamente 5% dos diagnósticos de asma referem- se a pacientes com
asma não controlada clinicamente apesar de doses adequadas de corticoide inalado e
broncodilatador de longa ação. O uso do Omalizumabe está indicado como terapia
adicional nesse tipo de asma, apresentando desfechos positivos. Objetivo: Avaliar os
desfechos do Omalizumabe no controle da Asma grave não controlada. Metodologia:
Estudo tipo revisão sistemática. Foram pesquisadas diversas bases de dados
(MEDLINE/PubMed, MEDCARIB e Biblioteca Virtual em Saúde). Após a leitura do título e
resumo dos trabalhos pré-selecionados, prosseguiu- se com a leitura na íntegra somente
aqueles que preenchiam os critérios de inclusão. Os dados foram coletados por meio de
formulários pré-definidos. A qualidade de cada artigo foi avaliada através da ferramenta
CONSORT, 2010 para avaliar risco de viés. Resultados: Dos doze artigos encontrados,
oito estudos foram incluídos. A terapia com Omalizumabe mostrou resultados benéficos
no controle da asma, apresentando boa eficácia, tolerabilidade e melhora na qualidade de
vida. Conclusão: O Omalizumabe é eficaz e deve ser considerado como terapia
adjuvante em pacientes com asma grave não controlada.
Palavras-chave: Asma. Omalizumabe. ACQ.
TEMA: O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES E DA MORTALIDADE POR
QUEIMADURAS EM MENORES DE 15 ANOS NA BAHIA.
ALUNA: ANNA LUIZA REND DE LIMA
ORIENTADORA: DRA. SORAYA FERNANDA CERQUEIRA MOTTA
RESUMO
Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos internamentos e da mortalidade de
pacientes pediátricos vítimas de queimadura na Bahia e identificar as causas mais
freqüentes de internação e óbito por queimaduras. Metodologia: Estudo descritivo
observacional, no estado da Bahia, cujos dados secundários, retirados do SIH/SUS e
SIM/SUS, correspondem ao período entre 2008 e 2013. Foram analisados os dados de
pacientes entre 0 a 15 anos internados por queimaduras ou que vieram a óbito por esta
causa na Bahia. Os resultados foram apresentados em tabelas utilizando Microssoft
Office Excel 2007. Resultados: foram identificadas 10014 internações e 151 óbitos por
queimadura, no período estudado, com predominância dos casos de internação e óbito no
sexo masculino. A faixa etária de 1 a 4 anos obteve 32.37% das internações e 43.02% do
total de óbitos. O contato com fonte de calor ou substâncias quentes foi a principal causa
de internações na faixa entre 1 e 4 anos, no entanto, a exposição a corrente elétrica foi a
principal causa de internação nas outras faixas etárias. A exposição a fumaça, fogo e
chamas foi a principal causa de óbitos no presente estudo. O tempo médio de
permanência hospitalar foi de 4,5 dias, evidenciando redução em relação ao ano de 2008.
A macrorregião Leste, no estado da Bahia, apresentou a maior proporção de internações
e óbitos por queimadura durante o período observado. Conclusão: A faixa etária de 1 a 4
anos sofreu mais internações causadas por contato com fonte de calor e substâncias
quentes. A exposição a fumaça, fogo e chamas foi a principal causa de óbitos em todas
as faixas etárias. O sexo masculino foi o mais acometido em todas as faixas etárias.
Embora o tratamento hospitalar consiga salvar muitas vitimas, é preciso investir em
medidas de prevenção para reduzir sua ocorrência.
Palavras-chave: Epidemiologia. Queimaduras. Crianças.
TEMA: A EFICIÊNCIA DO USO DA SIMULAÇÃO COMO METODOLOGIA DE ENSINO
NA DISCIPLINA DE PRIMEIROS SOCORROS DO CURSO DE MEDICINA.
ALUNA: AYLA LORANNE REBELO CANÁRIO
ORIENTADOR: DRA. IEDA MARIA BARBOSA ALELUIA
CO-ORIENTADOR: PROF. ANDRÉ DANTAS ZIMMERMANN
RESUMO
Objetivos: Avaliar a eficiência do uso da simulação como metodologia de ensino em
Primeiros Socorros (PS) no curso de Medicina, identificar seu impacto no processo de
aprendizagem e avaliar a satisfação dos alunos com a Educação Baseada em Simulação
(EBS). Métodos: Estudo intervencionista com alunos da disciplina de PS do curso de
medicina da Escola Bahiana de Medicina no ano de 2015. Os alunos passaram por quatro
simulações e foram avaliados através de um checklist. Responderam questionários, que
avaliaram sua opinião sobre a EBS e a disciplina de PS. Os dados foram analisados com
SPSS Statistics 20; a significância estatística foi considerada com p <0,05. O componente
qualitativo foi estudado pela Análise do Conteúdo. Resultados: A análise das notas
obtidas pelos alunos mostrou que a maioria alcançou uma progressão tendo em vista que
uma das amostras apresentou avanço nas médias de 3,14; 7,31; 8,37 e 9,04 da primeira
a quarta simulação. Apesar das notas terem sido melhores, não houve significância
estatística intra-grupo (p>0,05). Observou-se que a maioria dos alunos concorda
plenamente que as simulações puderam ajudá-los a obter melhores resultados na
matéria, além de estimular os estudos, proporcionar a fixação dos conteúdos mais do que
outras técnicas, corroboram-na como forma de avaliação na matéria e consideram de
extrema importância o uso de simulações em sua formação médica. A análise qualitativa
sobre a definição de simulação e a experiência com esta modalidade convergiram às
categorias principais: Representação da realidade; Aplicação dos conhecimentos;
Treinamento; Método de aprendizagem; de avaliação; de ensino. Conclusão: Os
questionários revelaram que os alunos atribuem o progresso às simulações, com estímulo
aos estudos, melhora no processo de aprendizado e de avaliação. A evolução do
desempenho dos alunos registrada nos checklist evidenciou aumento do nível de
conhecimento em PS.
Palavras-chave: Primeiros Socorros, Simulação, Educação em Saúde, Avaliação.
TEMA: ATIVIDADE FUNCIONAL DE LINFÓCITOS T CD8 E CÉLULAS NK DE
PACIENTES COINFECTADOS POR HIV E MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS.
ALUNA: BEATRIZ KAWASAKI MENESES
ORIENTADORA: PROFA. DRA. LUANA LEANDRO GOIS.
RESUMO
Referência: Meneses BK. Atividade funcional de linfócitos T CD8 e células NK de
pacientes coinfectados por HIV e Mycobacterium tuberculosis [trabalho de conclusão de
curso]. Salvador: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública,
Bahia; 2016.
INTRODUÇÃO A tuberculose (TB) é uma das principais doenças oportunistas de
indivíduos infectados pelo HIV. Os linfócitos T CD8+ e células NK INF- +são importantes
para o controle da infecção por Mycobacterium tuberculosis (Mtb), porém ainda não está
bem esclarecido qual a repercussão da infecção pelo HIV na resposta de linfócitos T
CD8+e células NK específicas ao Mtb. OBJETIVOS O objetivo desse estudo foi avaliar a
função citotóxica de linfócitos T CD8+ e células NK em resposta a antígenos do Mtb em
indivíduos infectados com HIV e com tuberculose (TB) ativa. MÉTODOS Foram incluídos
no estudo 14 indivíduos infectados com HIV e com tuberculose ativa (HIV/TB), 11 com TB
ativa e 12 controles saudáveis. A frequência de linfócitos T CD8 + e células NK no sangue
periférico foi determinada por citometria de fluxo. As células mononucleares do sangue
periférico foram cultivadas com PPD ou em meio na presença de CD107a, durante 18h. A
atividade citotóxica dos linfócitos T CD8+ e células NK foi avaliada por ensaio de
degranulação CD107a e detecção intracelular de perforina e IFNde fluxo. RESULTADOS O grupo HIV/TB apresentou uma menor frequência de linfócitos
T CD8+ INF- + ou de linfócitos T CD8+peforina+ quando comparado aos pacientes do
grupo TB. Em relação às células NK, o grupo HIV/TB também apresentou menor
frequência de células NK INF- +quando comparado aos pacientes do grupo TB.
CONCLUSÃO Os resultados sugerem que a infecção por HIV promove uma diminuição
+ e
da função citotóxica, particularmente na produção de IFNcélulas NK. Esse pode ser um mecanismo adicional para promover a sobrevivência de
Mtb e, portanto, o desenvolvimento de TB ativa com, principalmente, formas atípicas.
Palavras-chave: HIV/AIDS. Tuberculose. Citotoxicidade.
TEMA: PANORAMA
SISTEMÁTICA.
ATUAL
DOS
CUIDADOS
PALIATIVOS:
UMA
REVISÃO
ALUNA: BEATRIZ TEIXEIRA COSTA
ORIENTADOR: PROF. DR. LUIZ ALBERTO CRAVO PINTO QUEIROZ
RESUMO
Referência: COSTA, BT. Panorama atual dos cuidados paliativos: uma revisão
sistemática. [Trabalho de conclusão de curso]. Salvador. Escola de Medicina, Escola
Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016.
Introdução: A morte, a terminalidade da vida, bem como os cuidados paliativos vêm se
interrelacionando cada vez mais ao passo em que os conceitos previamente
estabelecidos se tornam insuficientes para que seja respeitada a multidimensionalidade
do ser humano. Além das dificuldades operacionais, hoje, os cuidados paliativos
constituem um desafio para as instituições e profissionais da saúde. Estes cuidados
devem ser prestados por uma equipe multiprofissional, com objetivos bem definidos e
com competência para atender as reais necessidades, quer sejam físicas, afetivas,
emocionais, psicológicas ou espirituais da unidade paciente/família. Objetivos: Com isso,
este estudo objetiva avaliar o quadro atual da assistência paliativa a níveis mundial e
brasileiro. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, na qual foram
analisados artigos das bases de dados eletrônicas (Medline/PubMed, Lilacs e Scielo), nos
idiomas inglês e português, em periódicos nacionais e internacionais no período de 2006
a 2016. Resultados: Foram selecionados 13 artigos, os quais forneceram dados sobre o
panorama atual dos cuidados paliativos na Europa, na América Latina, em países da
América do Norte e da Ásia, bem como indicadores que permitem a interpretação e a
avaliação do nível de desenvolvimento dos cuidados paliativos nos respectivos países.
Conclusão: O quadro atual da assistência paliativa na maioria dos países é marcado por
limitações financeiras, estruturais, bem como de informações, sendo possível, a partir dos
dados analisados, notar uma grande heterogeneidade no que diz respeito ao
fornecimento e à estruturação dos cuidados paliativos. Conclusão: Portanto, um maior
número de estudos de boa qualidade e metodologicamente corretos se fazem
necessários para que haja o desenvolvimento de práticas, condutas e medidas
correspondentes à relevância e importância do tema em questão.
Palavras-chave: Cuidados paliativos. Cuidados a doentes terminais. Morte com
dignidade.
TEMA: CONTRIBUIÇÃO FARMACOLÓGICA NO TRATAMENTO DA AMBLIOPIA:
REVISÃO SISTEMÁTICA.
ALUNA: BRISA SANTOS SILVA
ORIENTADORA: DRA. LÍVIA MARIA NOSSA MOITINHO
RESUMO
Referência: Silva BS. Contribuição farmacológica no tratamento da ambliopia: revisão
sistemática [trabalho de conclusão de curso]. Salvador. Escola Bahiana de Medicina e
Saúde Pública, Bahia, 2016.
Introdução: ambliopia é uma situação clínica caracterizada por baixa acuidade visual, uni
ou bilateral, na ausência de lesão orgânica que a justifique. O diagnóstico é feito através
da medida da acuidade visual pela tabela de Snellen. A ambliopia é conhecida há
séculos, mas a sua terapia mante-se inalterada por muitos anos, sendo esta a terapia
oclusiva. Sua efetividade varia de 30 a 92%. Em busca da otimização da terapia oclusiva,
a levodopa surge como possível fármaco adjuvante, inspirados por estudos que
comprovaram a participação da dopamina na fisiologia da visão. O objetivo deste estudo
é avaliar a contribuição de fármacos no tratamento da ambliopia. Metodologia: estudo
tipo revisão sistemática. Foram pesquisadas diversas bases de dados
(MEDLINE/PubMed, Scielo, The Cochrane Libary). Após leitura do título e resumo dos
trabalhos pré-selecionados, prosseguiu com a leitura do texto na íntegra somente aqueles
que preenchiam os critérios de inclusão. Os dados foram coletados por meio de
formulários pré-definidos. A qualidade de cada estudo foi avaliada através da ferramenta
CONSORT, 2010 para Avaliar Risco de Viés. Resultados: dos noventa e quatro estudos
encontrados, cinco ensaios clínicos foram incluídos. Houve melhora da acuidade visual
significativa quando associada a terapia oclusiva à levodopa. A terapia oclusiva
isoladamente manteve-se com bons resultados na melhora da acuidade visual, no
entanto, a terapia farmacológica agregada, resulta em melhores resultados. Conclusão: a
utilização da levodopa otimiza o tratamento oclusivo tradicional da ambliopia. Porém, a
terapia farmacológica isoladamente, não apresenta melhora superior da acuidade visual
quando comparada à terapia oclusiva.
Palavras-chave: Ambliopia. Terapia. Tratamento.
TEMA: DESEMPENHO DOS PACIENTES PORTADORES DA DOENÇA DE ALZHEIMER
NO MINI EXAME DO ESTADO MENTAL.
ALUNA: BRUNA CARVALHO CASTRO
ORIENTADORA: PROFA. MARCELA C. MACHADO COSTA
RESUMO
Introdução: A demência de Alzheimer é o tipo mais comum de demência em todo o
mundo, acometendo aproximadamente 21 milhões de pessoas no globo. Postula-se que a
escolaridade do indivíduo exerça grande influência no seu funcionamento cerebral, sendo
um fator de proteção para diversas doenças neurodegenerativas, como as demências. O
mini exame do estado mental (MEEM) é um dos melhores testes de triagens para
demências em geral. Existem estudos demonstrando o impacto da escolaridade sobre as
notas obtidas no MEEM, no entanto, são escassos estudos que demonstrem o impacto da
escolaridade sobre o MEEM em pacientes portadores da doença de Alzheimer.
Objetivos: Descrever a pontuação no Mini Exame do Estado de Mental de pacientes
portadores da doença de Alzheimer levando em conta anos de escolaridade. Descrever
os dados epidemiológicos da população do estudo. Métodos: Estudo transversal com
dados de portadores de doença de Alzheimer atendidos em hospital de referência de
Salvador, Bahia, entre 2014 e 2015. As variáveis foram demográficas e clínicas. Para
análise de dados utilizou-se estatística descritiva. O protocolo de pesquisa foi aprovado
por Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos e a pesquisa foi conduzida
segundo Res. 466/12-CONEPE/CNS Resultados: Dos 126 pacientes portadores da
doença de Alzheimer do estudo, 83,3% eram do sexo feminino, a média de idade dos
pacientes foi 82,5 anos +-7,4 DP (61/98) e a média de idade do diagnóstico foi 79 anos +7,3 DP. Com relação ao início dos sintomas da doença, a média de idade encontrada foi
76,3 anos +-8,2 DP. O tempo necessário para que o diagnóstico da doença de Alzheimer
fosse feito foi em média 2,8 anos +- 2,9 DP (0/20). A média das notas obtidas no MEEM
foi 14,31+- 5,3 DP. Os resultados mostraram que as médias das notas obtidas no MEEM
foram aumentando gradativamente de acordo com os anos de escolaridade dos
pacientes: A menor média foi encontrada no grupo sem escolaridade/analfabetos (13,06
pontos +-5,7 DP). O grupo com 1 a 3 anos de estudo mostrou média pouco superior
(14,29 +- 4,8) enquanto os grupos com escolaridade entre 4 a 7 anos e mais de 8 anos
apresentaram as maiores médias respectivamente: 14,75 pontos (+-5,6 DP) e 15,28
pontos (+-5,3DP) Conclusão: Observou-se predominância de pacientes com idade
avançada, do sexo feminino e com baixa escolaridade. A idade do início dos sintomas foi
tardia na maioria dos indivíduos e o tempo médio para obtenção do diagnóstico de DA foi
elevado. As médias das notas obtidas no MEEM aumentaram gradativamente de acordo
com a escolaridade dos pacientes, sendo os escores dos pacientes com mais de 8 anos
de estudo os mais altos. Tais resultados estão de acordo com a literatura no que diz
respeito a influência da escolaridade no desempenho de pacientes com doença de
Alzheimer no MEEM.
Palavras-chave: Alzheimer. MEEM. Demência.
TEMA: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO SONO EM ESTUDANTES DE MEDICINA
ALUNA: BRUNA MUCCINI DE ALMEIDA
ORIENTADORA: PROFA. IZA CRISTINA SALLES DE CASTRO
RESUMO
Referência: Almeida BM. Avaliação da qualidade do sono em estudantes de medicina
[Trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola Bahiana de Medicina e Sáude
Pública, Bahia, 2016.
OBJETIVO: O objetivo desse estudo é avaliar a qualidade do sono nos acadêmicos do
curso de medicina. MÉTODOS: Estudo do tipo corte transversal, na qual a amostra foi
constituída por 301 estudantes de medicina, o instrumento utilizado foi o questionário de
características sociodemográficas e o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh.
RESULTADOS: Dos 301 estudantes avaliados, 67,4% (203) referiram qualidade do sono
ruim e com relação a qualidade subjetiva do sono 37,2% e 6,3% avaliaram como ruim e
muito ruim, respectivamente. 71,5% relataram que acordar de manhã muito cedo é um
dos fatores que interferem na qualidade do sono. O presente estudo verificou que 60,8%
dormem 5 a 6 horas por noite, e 10,3% dormem menos de 5 horas. Do grupo que possui
qualidade do sono ruim, 60,8% referiram que possuem dificuldades para ficar acordado
enquanto dirige, faz refeições ou outras atividades sociais. CONCLUSÃO: A partir dos
resultados do presente estudo, pode-se observar que mais da metade dos estudantes de
medicina avaliados apresentam qualidade de sono ruim, e alguns desses estudantes já
possuem distúrbios do sono. Foi verificado que a média de sono por noite dessa
população é de 5 a 6 horas, isso mostra que há uma certa privação de sono dos
estudantes, tendo em vista que a média de sono tida como normal para uma população
adulta é de 7 a 9 horas por noite. Um dos fatores que interferem na qualidade do sono
relatada pelos alunos é acordar de manhã muito cedo para a realização de suas
atividades.
Palavras-chave: Qualidade do sono. Transtorno do sono.
medicina. Privação do sono.
Sono. Estudantes de
TEMA: PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES COM ACROMEGALIA EM SERVIÇO DE
REFERÊNCIA NA BAHIA.
ALUNA: BRUNA TAMILLE DE FRANÇA SANTOS
ORIENTADORA: PROFA. DRA. MARTA SILVA MENEZES
CO-ORIENTADORA: PROFA. IZA CRISTINA SALLES DE CASTRO
RESUMO
Referência: Bruna TFS. Perfil clínico de pacientes com acromegalia em serviço de
referência na Bahia. [trabalho de conclusão de curso]. Escola de Medicina, Escola
Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016.
A acromegalia é um distúrbio endócrino causado pelos elevados níveis de GH e IGF-1,
geralmente em consequência de um adenoma hipofisário. É uma doença rara que
acomete homens e mulheres em igual proporção, mais prevalente na faixa etária entre 40
e 50 anos. Os efeitos somáticos mais conhecidos são artropatia, desfiguração facial e
aumento de extremidades e partes moles; há também a ocorrência de alterações
sistêmicas nas quais se destacam as mudanças no metabolismo da glicose e nos
sistemas cardiovascular e respiratório. Objetivo: Descrever o perfil clínico dos pacientes
com acromegalia acompanhados no CEDEBA – Centro de Diabetes e Endocrinologia da
Bahia. Metodologia: Estudo descritivo, transversal, onde foram analisados 36 prontuários
de pacientes com acromegalia acompanhados no CEDEBA. As variáveis analisadas
foram: alteração facial, alteração visual, dor articular, gigantismo, crescimento de
extremidades, sudorese excessiva, cardiopatia, hipertensão, diabetes mellitus, doença de
tireoide, tratamento cirúrgico, medicamentoso ou radioterápico. Foi utilizado o programa
estatístico SPSS para análise das variáveis através de frequências simples. Resultados:
A média da idade dos pacientes foi de 48,9 anos, sendo 52,8% da amostra composta por
pardos e 80,6% do sexo feminino. Sobre as manifestações clínicas, 88,9% dos pacientes
apresentavam dor articular, enquanto 86,1% apresentavam alteração facial e crescimento
de extremidades. Hipertensão arterial estava presente em 63,9% da amostra e 07
pacientes se encontravam no intervalo considerado normal na escala de IMC. 94,4% dos
pacientes realizavam terapia medicamentosa. Conclusão: Na amostra estudada a
acromegalia é predominante em mulheres pardas, próximas dos 50 anos de idade, que
apresentam dor articular como principal manifestação clínica e hipertensão arterial como
mais frequente comorbidade.
Palavras-chaves: Acromegalia. Manifestações clínicas. Hipersomatotropismo.
TEMA: PREVALÊNCIA E PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍNDROME PARKINSONIANA
INDUZIDA POR ANTIPSICÓTICOS EM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO.
ALUNO: CAIO FERNANDES DE ALMEIDA
ORIENTADOR: DR. SAULO MERELLES
RESUMO
INTRODUÇÃO: As psicoses em geral são desordens psiquiátricas severas que afetam
substancialmente a vida do portador. Relevantes na sociedade, estas patologias
raramente têm início antes da puberdade e após os 50 anos, ou seja, atinge jovens e
adultos em vida reprodutiva e/ou econômica ativa. Seus principais sintomas vão desde a
desorganização de pensamento e delírios até as alucinações.O tratamento é feito a partir
de antipsicóticos, dentre eles, existem principalmente duas classes com mecanismos de
ação diferentes, os chamados de antipsicóticos típicos e atípicos. Os neurolépticos típicos
apresentam como principal efeito colateral a síndrome extrapiramidal, dentre elas a
síndrome parkinsoniana. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico da síndrome
parkinsoniana em pacientes em uso de antipsicóticos, internados no Hospital Juliano
Moreira no ano de 2016. MÉTODO: Estudo transversal feita a partir de coleta de dados
primários de pacientes em internação psiquiátrica em hospital de referência de Salvador,
Bahia no ano de 2016. Excluídos aqueles em regime ambulatorial. As variáveis foram
demográficas e clínicas. Para análise de dados se utilizou de estatística descritiva. O
protocolo de pesquisa foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos.
RESULTADOS: Foram estudados 77 pacientes, destes 38 possuíam algum sintoma de
parkinsonismo, uma prevalência de 49,4%. Dentre os pacientes, a média de idade
encontrada fora de 38,6 anos ± 10,8 (18/63). Destes 45,2% eram mulheres e 54,8% eram
homens. Em 49,4% havia histórico de uso de substâncias psicoativas, sendo a nicotina,
maconha e álcool os mais consumidos. O diagnóstico mais presente foi a esquizofrenia
(F20), seguido pelo transtorno bipolar (F31), o transtorno mental psicótico não
especificado (F29), transtorno esquizoafetivo (F25) e retardo mental (F70-79). Durante a
internação, os antipsicóticos mais utilizados foram o haloperidol na dosagem de 20mg/dia,
clorpromazina 200mg/dia, decanoato de haloperidol com 100mg/semana, trifluoperazina
15mg/dia, risperidona 6mg/dia, olanzapina 10 mg/dia, clozapina 25mg/dia. Em 67
pacientes havia o uso de medicamentos com efeitos anticolinérgicos e 47 pacientes
tinham benzodiazepínicos na sua prescrição. Como descritivos para a síndrome
parkinsoniana induzida por antipsicóticos o termo: “sinais de parkinsonismo” estava
presente em 11 prontuários; “lentificação psicomotora” e “marcha trôpega” em 17
pacientes cada; “sialorréia” em 6 e “tremor” em 2 prontuários. CONCLUSÃO: Prevaleceu
o sexo masculino, jovens, desempregados e solteiros. A família fora a grande responsável
pela internação do doente no hospital. Quase metade da população usava substâncias
psicoativas. Esquizofrenia e transtorno bipolar do humor foram responsáveis pela maioria
dos diagnósticos. Um pouco mais da metade dos pacientes usava algum antipsicótico de
forma crônica, e durante a internação prevaleceu o uso de haloperidol, clorpromazina,
decanoato de haloperidol e trifluoperazina. Quase a metade das pessoas apresentaram
os sintomas extrapiramidais. Os anticolinérgicos prevaleceram quase na totalidade das
internações, os anticonvulsivantes e estabilizadores do humor obtiveram uso por quase
metade das pessoas. O uso de benzodiazepínicos fora expressivo e a maiorias dos
sintomas respondiam por “marcha trôpega” no prontuário. O maior uso de maconha,
cocaína e crack aconteceu no sexo masculino, a associação entre haloperidol ou
olanzapina com os anticolinérgicos foram muito presentes entre os pacientes.
Palavras-chave: Sintomas extrapiramidais, Antipsicóticos, Neurolépticos, Parkinsonismo.
TEMA: A IMPORTÂNCIA DO USO DA ASPIRINA PRÉVIO AOS DESFECHOS
CARDIOVASCULARES.
ALUNA: CAROLINA MACHADO LEMOS
ORIENTADOR: PROF. MÁRIO DE SEIXAS ROCHA
RESUMO
Lemos C.M. A IMPORTÂNCIA DO USO DA ASPIRINA PRÉVIO AOS DESFECHOS
CARDIOVASCULARES [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola de Medicina,
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016.
INTRODUÇÃO: A Síndrome Coronariana Aguda (SCA) é a nosologia que envolve
condições clínicas decorrentes da diminuição do fluxo sanguíneo para o coração. Tem
uma taxa elevada de ocorrência no Brasil, com um alto impacto de custos hospitalares e
custos indiretos. O tratamento primário consiste, entre outros medicamentos, no uso do
ácido acetilsalicílico (AAS). Entretanto, algumas literaturas trazem um “efeito paradoxal”
do AAS: seu uso prévio ao quadro de SCA estaria relacionado a uma maior recorrência
do quadro coronariano e a um aumento nos desfechos cardiovasculares. OBJETIVO:
Estudar os impactos do uso prévio da aspirina em pacientes com Síndrome Coronariana
Aguda. METODOLOGIA: Estudo observacional descritivo comparativo em banco de
dados de pacientes admitidos por Síndrome Coronariana Aguda na Unidade de
Emergência e depois internados na Unidade Coronariana (UC) do Hospital PortuguêsSalvador/BA no período de 2009 a 2013. RESULTADOS: A análise dos dados revelou
que o grupo que fazia uso da aspirina previamente à admissão era mais velho, com
idade maior que 60 anos (78,2% e 68,6%, p = 0,07), tinha mais hipertensão (86,5% e
73,3%, p = 0,01), dislipidemia (70,3% e 53,6%, p = 0,01) e mais doenças
cardiovasculares (95,5% e 55,2%, p = 0,03). A angina instável foi a apresentação clínica
mais frequente em quem fazia o uso prévio do AAS (63,1% e 40,2%, p = 0,01). Enquanto
que o IAM com supra de ST foi mais comum naqueles que não faziam o uso do
medicamento antes da admissão (37,1% e 9%, p = 0,01). Não houve diferença
estatística significante de mortalidade entre esses dois grupos (3,6% e 3,1%, p=0,83%).
A análise dos desfechos combinados foi mais comum no grupo sem uso prévio do AAS
(29,2% e 18%, p=0,03). A aspirina não demonstrou ser um preditor independente de
desfechos combinados (p = 0,02). CONCLUSÃO: O uso prévio da aspirina está mais
relacionada a uma população com mais comorbidades e mais relacionada a
apresentação da SCA sem supra de ST. Na presença de outros potenciais fatores
prognósticos, a aspirina prévia não é preditora independente de desfechos combinados.
Palavras-chave: Aspirina. Uso prévio. Síndrome Coronariana Aguda. Desfechos
cardiovasculares.
TEMA: HIPERTROFIA ADENOTONSILAR EM CRIANÇAS COM APNEIA OBSTRUTIVA
DO SONO E ANEMIA FALCIFORME.
ALUNA: CINTHIA DE JESUS VIANNA
ORIENTADORA: PROFA. IZA CRISTINA SALLES DE CASTRO
RESUMO
Vianna CJ. Hipertrofia Adenotonsilar em Crianças com Apneia Obstrutiva do Sono e
Anemia Falciforme [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Curso de Medicina, Escola
Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016.
Objetivo: Avaliar a associação existente entre a hipertrofia adenotonsilar e a apneia
obstrutiva do sono em crianças com anemia falciforme. Métodos: Estudo do tipo corte
transversal, com 85 crianças e adolescentes com anemia falciforme. Os participantes da
pesquisa tiveram que responder a um questionário, passar por uma avaliação
otorrinolaringológica realizada por uma profissional da área especializada e realizar a
polissonografia. Os critérios de Brodsky foram adotados para o diagnóstico da hipertrofia
adenotonsilar obstrutiva e foi considerado portador da SAOS todos que possuíram IAH
maior que 1. Resultados: A prevalência da hipertrofia adenotonsilar obstrutiva foi de
55,3% para crianças com anemia falciforme. Houve diferença estatisticamente
significantes entre a idade e hipertrofia adenotonsilar obstrutiva e não obstrutiva,
respectivamente: 8,32 + 3,63 vs 10,58 + 3,99; p=0,009; também houve diferença
estatisticamente significante entre escore Z IMC entre crianças com hipertrofia
adenotonsilar obstrutiva e não obstrutiva, respectivamente: -0,77 + 1,62 vs -1,52 + 1,19;
p=0,016. Crianças com hipertrofia adenotonsilar obstrutiva, apresentaram maior índice de
apneia e hipopneia do que as crianças sem hipertrofia adenotonsilar obstrutiva: 0,10
(0,00-0,50) vs 0,00 (0,00-0,10); p=0,022. Conclusão: Foi observado associação entre a
hipertrofia adenotonsilar e a apneia obstrutiva do sono em crianças com anemia
falciforme.
Palavras-Chave: Anemia Falciforme. Hipertrofia adenotonsilar. Apneia obstrutiva do
sono.
TEMA: ACUPUNTURA NO SUS: CONSULTAS NAS DIFERENTES REGIÕES DO
BRASIL.
ALUNO: CRISTIANO LIMA DO NASCIMENTO
ORIENTADORA: PROFA. MÔNICA DA CUNHA OLIVEIRA
RESUMO
Introdução: A acupuntura é uma parte integrante da Medicina Tradicional Chinesa que
ganhou espaço no ocidente e que foi incorporada ao Sistema Único de Saúde como uma
das Práticas Integrativas e Complementares. Sua prática vem se expandindo no Brasil
nos últimos anos a partir de medidas como a reforma sanitária de 1989 e da publicação
da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares de 2006. Objetivo: O
presente estudo visou analisar a oferta de consultas de acupuntura realizadas nas
unidades no Sistema Único de Saúde nas diferentes regiões brasileiras. Métodos: Foi
realizado um estudo descritivo de série temporal, analisando dados provenientes do
banco de dados do SIA/SUS disponível na plataforma DATASUS referentes às consultas
de acupuntura por inserção de agulhas nas cinco regiões do Brasil no período de 2011 a
2015. Foi usado o Coeficiente de Incidência como indicador capaz de aferir a
probabilidade de oferta dos procedimentos de consultas de acupuntura por inserção de
agulhas por região. Resultados: Os resultados mostraram um aumento no número de
consultas de acupuntura em quase todo o país, com exceção da região Centro-Oeste, e
uma participação de 61,32% da Esfera Administrativa Municipal na oferta de consultas de
acupuntura por inserção de agulhas realizadas. Conclusões: Concluiu-se que o aumento
no número de consultas de acupuntura por inserção de agulhas foi mais importante no
Sudeste e no Nordeste, que o Norte é a região de menor oferta de consultas de
acupuntura e que a Esfera Municipal foi o ente federado que mais custeou essas
consultas no Brasil como um todo.
Palavras-chave: Acupuntura. Sistema Único de Saúde. Agulhas. Consultas. Custo.
Brasil.
TEMA: FATORES RELACIONADOS AO DESEMPENHO COGNITIVO EM PACIENTES
COM EPILEPSIA DO LOBO TEMPORAL.
ALUNA: DANDARA CARVALHO MOREIRA
ORIENTADOR: PROF. HUMBERTO DE CASTRO LIMA FILHO
RESUMO
Moreira DC. Fatores relacionados ao desempenho cognitivo em pacientes com epilepsia
do lobo temporal. [Tese]. Salvador: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2016.
Introdução: A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais frequentes. A esclerose
mesial temporal (EMT) é a principal causa de epilepsia do lobo temporal, nos adultos. A
EMT associa-se a um declínio cognitivo que impacta negativamente a qualidade de vida
do paciente. A disfunção de memória tem sido muito estudada e a identificação de
características ou fatores preditores do desfecho cognitivo nos pacientes pode auxiliar na
avaliação e tratamento. Objetivo: O objetivo deste estudo é verificar associação entre
fatores clínicos e disfunção de memória em pacientes com EMT. Materiais e
métodos:Foi realizado um estudo descritivo-analítico, de corte transversal, com
amostragem por conveniência incluindo indivíduos previamente diagnosticados com
epilepsia do lobo temporal fármaco-resistente associada à EMT unilateral. Pacientes e um
grupo controle foram submetidos a avaliação neuropsicológica que permitiu avaliação da
memória verbal e não verbal através do teste de aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey
(RAVLT), teste da Figura Complexa de Rey (RCFT) e o teste de Aprendizagem Visual de
Rey (RVDLT). O desempenho nestes testes foi comparado em subgrupos dicotomizados
de acordo com os fatores clínicos (lateralidade da lesão, idade de início da epilepsia,
tempo de doença, frequência de crises e cargas de medicamentos). Resultados:Foram
incluídos 109 indivíduos neste estudo, 40 controles e 69 com Esclerose Mesial Temporal,
os últimos divididos em pacientes com EMT à direita (33) e à esquerda (36). A
lateralidade da lesão associou-se a pior desempenho a depender do tipo de memória
avaliada. Conclusão:Pacientes com EMT esquerda apresentaram pior performance em
relação a memória verbal e pacientes com EMT direita quanto a memória não verbal. O
tempo de doença >20 anos associou a médias inferiores nos testes cognitivos e atingiu
significância estatística em relação aos controles (p<0,05). Os outros fatores não
revelaram influência clara no desempenho dos pacientes.
Palavras-chave: Cognição; Crises epilépticas; Epilepsia; Lateralidade; Idade de início;
Anticonvulsivantes.
TEMA: USO DO UNITED KINGDOM PROSPECTIVE DIABETES STUDY (UKPDS) NA
DETECÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR NOS PACIENTES DIABÉTICOS EM
AMBULATÓRIO DE OBESIDADE EM SALVADOR – BA.
ALUNA: DANIELE CAMPOS ANDRADE
ORIENTADORA: PROFA. MINNA FERRARI SCHLEU CARVALHO
RESUMO
Introdução: a obesidade configura um fator de risco independente para uma redução de
sobrevida, ao interferir negativamente no curso de diversas patologias. Nesse contexto, o
diabetes e as doenças cardiovasculares se relacionam intensamente em uma logística de
causas e efeitos que exige uma atuação multidisciplinar tanto para a realização do
diagnóstico, quanto para o tratamento. Na tentativa de estratificar os pacientes diabéticos
em relação ao risco cardiovascular, utilizando parâmetros pré estabelecidos e equações
estatísticas, a calculadora UKPDS foi criada tentando associar algumas das principais
variáveis influentes na sobrevida dos indivíduos. Dessa forma, o presente trabalho busca
abranger essa tríade em uma perspectiva descritiva, utilizando a calculadora UKPDS para
ampliar o conhecimento em relação à interferência dessas patologias no prognóstico final
do paciente. Objetivo:Estratificar o risco cardiovascular dos pacientes com excesso de
peso e diabetes mellitus de um ambulatório de referência em obesidade em Salvador, de
acordo com U. K. Prospective Diabetes Study (UKPDS). E como objetivo secundário,
correlacionar a Circunferência Abdominal e LDL com o UKPDS. Método:trata-se de um
estudo descritivo e analítico realizado com dados de prontuário de 63 pacientes com
sobrepeso (IMC ≥ 25Kg/m2) e portadores de diabetes atendidos no ADAB (Ambulatório
Docente-Assistencial da Bahiana), na cidade de Salvador/BA, entre o período de 2009 a
2015. Entre as variáveis analisadas encontra-se: hemoglobina glicada, colesterol total,
HDL-c, LDL-c. As variáveis clínicas foram: idade, sexo, IMC, Pressão Arterial (PA),
tabagismo, prática de atividade física regular e etnia. Resultados:dentro da amostra de
63 pacientes, a mediana do valor percentual dos riscos cardiovasculares gerados pela
calculadora UKPDS foi de 6,17(IIQ: 3,64 – 10,86). Esta apresentou correlação positiva
com LDL (R2= 0,34), obtendo significância estatística (p= 0,01). Contudo, a calculadora
UKPDS se correlacionou de forma negativa com a circunferência abdominal (R2= - 0,82),
sem significância estatística (p= 0,546). Quanto a análise comparativa entre as médias de
LDL e circunferência abdominal dos pacientes com escore de UKPDS menor e maior, a
média de LDL dos pacientes com escore de UKPDS menor e maior foi de 108,6 mg/dl e
133,3 mg/dl, respectivamente - Sendo estatisticamente significativa (p= 0,021). Enquanto
que a média da circunferência abdominal no grupo de pacientes com UKPDS menor foi
de 112,5cm e no grupo de pacientes com UKPDS maior, 107,1cm - não obtendo
significância estatística (p= 0,113). Conclusão: a maior parcela da amostra desse estudo
foi considerada com baixo risco cardiovascular, de acordo com a calculadora UKPDS. Os
níveis de LDLc da presente amostra se correlacionaram diretamente com o risco
cardiovascular gerado pela calculadora UKPDS, porém os valores da circunferência
abdominal dos pacientes não apresentaram correlação estatística. A maioria dos
pacientes obesos e diabéticos apresentou descontrole dos níveis tensionais. Deve ser
reavaliada a relevância clínica da calculadora UKPDS, fazendo-se necessários ajustes na
metodologia dos cálculos.
Palavras-chave: Obesidade. Diabetes. Cardiovascular. UKPDS.
TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA, ESTADO DA BAHIA, 2004-2014.
E
ÓBITOS
POR
ALUNA: DIANA NEVES VIEIRA
ORIENTADORA: PROFA. MÁRCIA MARIA NOYA RABELO
RESUMO
Vieira, DN. Perfil Epidemiológico das Internações e Óbitos por Insuficiência Cardíaca,
Estado da Bahia, 2004-2014. [Trabalho de Conclusão de Curso]. Escola Bahiana de
Medicina e Saúde Pública. Salvador-BA, 2016.
INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca (IC) é a via final da maioria das afecções
cardiovasculares, sendo definida pela incapacidade de atender às demandas metabólicas
do organismo por deficiência na bomba cardíaca. Tal patologia está associada à presença
de comorbidades, como Hipertensão Arterial Sistêmica, Infarto Agudo do Miocárdio e
Doença de Chagas. No Brasil, há 2 milhões de portadores da IC, sendo diagnosticados
240 mil novos casos anualmente, o que configura um problema de saúde pública. O
envelhecimento da população é um fator determinante para esse crescimento, visto que a
frequência da doença em indivíduos maiores ou iguais a 60 anos é muito maior que nas
faixas etárias inferiores. OBJETIVOS: Descrever o perfil epidemiológico das internações e
óbitos por insuficiência cardíaca. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional
descritivo de série temporal entre os anos de 2004 e 2014, no estado da Bahia, tendo
dados obtidos a partir do Sistema de Internações Hospitalares do SUS. O local de estudo
foi dividido em macrorregiões, e as variáveis utilizadas foram sexo, faixa etária, ano de
internação e ocorrência do óbito e macrorregiões de residência. RESULTADOS: O
número total de internações no estado da Bahia, entre 2004 e 2014, decresceu
progressivamente. O sexo masculino e a população septuagenária obteve maior
frequência do número de internações. O número de óbitos não mostrou grandes
alterações no decorrer dos anos de estudo e se mostrou pouco maior em pacientes do
sexo masculino. A faixa etária com maior frequência de óbitos foi a de 80 anos e mais.
CONCLUSÃO: O número de internações e óbitos por insuficiência cardíaca vem
decrescendo no decorrer do tempo, entretanto a IC continua se mostrando uma
importante causa de internações e óbitos no Brasil.
Palavras-chave: Insuficiência Cardíaca. Internações. Epidemiologia.
TEMA:
INDEPENDÊNCIA
MUCOPOLISSACARIDOSE.
FUNCIONAL
EM
PACIENTES
COM
ALUNO: DIÓGENES PIRES SERRA FILHO
ORIENTADOR: PROF. MARCOS ANTÔNIO ALMEIDA MATOS
RESUMO
Objetivo: Avaliar a independência funcional dos indivíduos portadores de MPS.
Metodologia: Estudo transversal descritivo e analítico, com dois grupos: indivíduos
portadores de MPS e indivíduos sem patologias diagnosticadas. Os dados coletados
sobre os portadores da doença MPS foram colhidos no Hospital Santa Izabel da Santa
Casa de Misericórdia da Bahia. Os dados do grupo comparação foram coletados em
instituições de ensino da capital do estado, Salvador. Todos foram submetidos à
anamnese, exame físico e aplicação de questionário específico para independência
funcional. A independência funcional foi avaliada pelo instrumento Medida de
Independência Funcional (MIF). Os dados da pesquisa foram coletados entre junho de
2015 até julho de 2016. Resultados: O estudo coletou informações sobre 29 portadores
de MPS com idade média 12 anos, peso médio de 23,24 kg e altura média de 1,05m.
Foram coletadas informações de 59 indivíduos sem patologias com média de idade de 11
anos, peso médio de 43,20 kg e altura média de 1,41m. O tipo VI da doença foi o mais
prevalente com 18 indivíduos. As médias dos escores do grupo de portadores de MPS
foram menores em todos os domínios do questionário MIF em relação ao grupo sem
patologias, sendo as maiores diferenças nos domínios autocuidado e locomoção.
Conclusão: As MPS diminuem a independência funcional dos indivíduos portadores,
principalmente em relação ao autocuidado e locomoção.
Palavras-chave: Mucopolissacaridoses. MPS. Medida da Independência Funciona. MIF.
TEMA: TAXA DE MORTALIDADE E CUSTO TOTAL DE INTERNAMENTO POR
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM IDOSOS DE DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS
NO BRASIL NO PERÍODO DE 2008 A 2015.
ALUNA: EDLA LOPES LIMA
ORIENTADORA: PROFA. MARTA SILVA MENEZES
RESUMO
Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte nos idosos. No
Brasil, apenas em 2015, cerca de 100.000 pessoas foram internadas por Infarto Agudo do
Miocárdio (IAM). Isto traz impacto socioeconômico devido a mortalidade e ao alto custo
das internações e assistência aos pacientes acometidos. Objetivos: Estudar os aspectos
econômicos do IAM, descrever o número de internações, a Taxa de Mortalidade, o custo
total e relativo da assistência hospitalar aos idosos no Brasil no SUS. Metodologia:
Estudo descritivo, transversal, utilizando dados secundários obtidos do Sistema de
Informações Hospitalares (SIH)/DATASUS relativos ao IAM por região geográfica
brasileira no período de 2008 a 2015. O custo relativo por 100 mil habitantes de cada
região geográfica brasileira foi calculado utlizando a estimativa da população segundo
dados do Censo 2008 a 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estística (IBGE).
Resultados: Houve 375.829 internamentos de pacientes maiores que 60 anos, por IAM,
no SUS no período estudado, sendo 50,4% destes na região Sudeste. As faixas etárias
com a maior e a menor taxa de internação por 100 mil habitantes foram os grupos acima
de 80 anos e de 60 a 69 respectivamete. O custo total dos internamentos por IAM foi de
aproximadamente 1,2 bilhões de reais, sendo que 51,7% deste valor foi gasto pela região
Sudeste e 4.7% pela região Norte. O custo relativo por 100.000 habitantes foi mais
expressivo na região Sul (R$881.111,00/100.000 hab). A TM na população idosa acima
de 80 anos foi 2,45 vezes maior do que na população da faixa etária de 60 a 69 anos
Conclusão: O presente estudo constatou um custo relativo mais alto na faixa etária de 70
a 79 anos enaquanto que o custo absoluto foi maior na faixa etária de 60 a 69 anos.
Constatou-se também uma taxa de mortalidade maior na faixa etária dos idosos acima de
80 anos em todas as regiões geográficas brasileiras.
Palavras-chave: Infarto do miocárdio; mortalidade; idoso.
TEMA:
PERFIL
EPIDEMIOLÓGICO
DOS
PACIENTES
ACOMPANHADOS PELA ATENÇÃO BÁSICA NO ESTADO DA BAHIA.
HIPERTENSOS
ALUNO: EDUARDO PASSOS LOPES
ORIENTADORA: PROFA. ALCINA MARTA DE SOUZA ANDRADE
RESUMO
Introdução: A hipertensão arterial sistêmica é uma doença prevalente na população,
chegando a afetar mais de 20% dos brasileiros. Muitas vezes apresenta-se de forma
silenciosa, podendo acarretar inúmeras complicações, tais como: acidente vascular
cerebral, infarto agudo do miocárdio, outras coronariopatias e doença renal. Com o intuito
de conhecer a magnitude, descrever o perfil epidemiológico da doença, captar os
pacientes hipertensos e otimizar a assistência aos doentes, em 2002, foi criado o
HiperDia. Entretando, ainda há brasileiros hipertensos não diagnosticados e muitos que
não aderem ao tratamento, levando ao aumento da probabilidade de os mesmos
apresentarem complicações crônicas associadas à doença. Objetivo: Descrever o perfil
epidemiológico dos hipertensos acompanhados pela Atenção Básica no estado da Bahia.
Metodologia: Trata-se de um estudo observacional descritivo de série temporal com
dados secundários obtidos a partir da base de dados do HiperDia sobre HAS, no estado
da Bahia, no período de 2003 a 2012, disponível através do endereço eletrônico:
www.datasus.gov.br. As variáveis do estudo foram: sexo, faixa etária, infarto agudo do
miocárdico, outras doenças coronarianas, doença renal, acidente vascular cerebral,
sedentarismo, tabagismo e sobrepeso. Os dados foram analisados de forma descritiva,
utilizando-se números absolutos e relativos. Foi calculada a prevalência de hipertensão
por ano, por macrorregião, por sexo e por faixa etária. Os dados foram apresentados em
tabelas e gráficos. Resultados: Durante o período do estudo foram cadastrados no
HiperDia 680.607 pacientes hipertensos, dos quais a maior parte residia nas
macrorregiões sudoeste (18,86%) e leste (16,76%), eram do sexo feminino (69,70%), na
faixa etária entre 60 a 64 anos (13,00%). Dentre os hipertensos 4,50% tiveram acidente
vascular cerebral, 2,40% apresentaram infarto agudo do miocárdio, 4,10% foram
acometidos por outras coronariopatias e 2,10% tiveram doença renal. Por fim, 33,50%
tinham sobrepeso, 43,90% eram sedentários e 14,80% eram tabagistas. Conclusão: A
captação e o acompanhamento dos pacientes hipertensos pela atenção básica são
importantes, uma vez que a mesma atua no tratamento da doença e nas prevenções das
complicações, assim como, no controle dos fatores de risco. Porém, nesse estudo
observou-se que os registros no HiperDia estavam abaixo do esperado para o estado da
Bahia, evidenciando baixa cobertura do programa do HiperDia e inconsistência na base
de dados. Logo, faz-se necessário a implantação do programa nas regiões do estado que
ainda não o utilizam e treinamento das equipes de saúde para a captação e
cadastramento dos pacientes e para alimentação adequada da base de dados.
Palavras-chave: Hipertensão Arterial Sistêmica, HiperDia, Bahia.
TEMA: DIFERENÇA DAS PRESSÕES DOS BALONETES
ENDOTRAQUEAIS (CUFFS) EM HOSPITAIS DE SALVADOR.
DOS
TUBOS
ALUNO: EDUARDO XAVIER ARAÚJO DE OLIVEIRA
ORIENTADOR: PROF. DR. GUSTAVO ALMEIDA FORTUNATO
CO-ORIENTADOR: DR. SERGIO TADEU LIMA FORTUNATO PEREIRA
RESUMO
Objetivo: Comparar entre dois grupos de hospitais as pressões dos balonetes (cuffs) dos
tubos endotraqueais em pacientes internados em unidades de terapia intensiva.
Métodos: Estudo observacional transversal, com dados secundários obtidos de
prontuários de pacientes internados em hospitais de Salvador-Ba, durante o período de
julho a outubro de 2016. A população integrante do estudo inclui pacientes internados em
unidades de terapia intensiva (UTI) sob ventilação mecânica em diferentes hospitais de
Salvador-Ba. Os hospitais foram divididos em 2 grupos. Grupo A: dois hospitais públicos.
Grupo B: 2 hospitais privados e um filantrópico. Resultados: O grupo A foi composto por
90 paciente, sendo 61 homens (66,8%) e 29 mulheres (33,2%), com idades entre 18 e 94
anos e média de 49,76 ± 19,8 anos. Houve um predomínio das raças preta e parda
abrangendo cerca de 83% da população do grupo. O grupo B foi composto por 61
pacientes, 32 homens (52,5%), 29 mulheres (47,5%) e com média de idade de 67 anos ±
15,96 e idades variando de 21 a 96 anos. Foram identificados 45 pacientes
traqueostomizados sendo 30 (30%) do grupo A e 15 (24,6%) do grupo B, não
demonstrando diferença estatística (p=0,304). O tempo médio de IOT até a realização da
traqueostomia no grupo A foi de 13,64±11,86 dias e de 10,57±5,62 dias no grupo B, sem
significância estatística (p=0,468). As medidas das pressões dos balonetes (cuffs) dos
tubos endotraqueais demonstraram ser estatisticamente diferentes entre os grupos. A a
variável pressão de intracuff foi categorizada foi encontrado uma diferença
estatisticamente significante. A proporção dos pacientes dos hospitais públicos que
apresentaram valores inadequados de pressão de cuff foi maior que aos dos pacientes
internados em hospitais privados. Observou-se que a mediana do Grupo A (40,5 cmH2O)
foi maior que a pressão de perfusão capilar da traqueia (35 cmH2O) com valores que
variaram de 8 a 120 cmH2O. No grupo B registrou-se valores de pressão intracuff de 10 a
72cmH2O, com mediana de 30cmH2O. O tempo médio de intubação dos pacientes
internados nas unidades de terapias intensiva dos hospitais do grupo A foi de 10,82 ±
9,69 dias, enquanto que os pacientes do grupo B permaneceram intubados por 6,86 ±
4,85 dias, diferença estatisticamente significante. Conclusão: O estudo mostrou
diferença de 15,2 cmH2O nas médias
das pressões dos balonetes dos tubos
endotraqueais e de 4 dias no tempo de intubação entre os hospitais dos grupos A e B.
Além disso, foi possível identificar discrepâncias em relação aos locais de intubação
estando relacionado à estenose laringotraqueal.
Palavras-chave: Estenose traqueal. Intubação endotraqueal. Intubação prolongada
TEMA: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS DA ENURESE NOTURNA EM
CRIANÇAS DE SALVADOR, BRASIL.
ALUNA: ELEN VERUSKA FERNANDES COSTA
ORIENTADOR: PROF. UBIRAJARA BARROSO DE OLIVEIRA JÚNIOR
CO-ORIENTADORA: DRA. ARIANE SAMPAIO SOUSA
RESUMO
Introdução: A enurese noturna (EN) é um transtorno heterogêneo definido como perdas
repetidas de urina na cama durante o sono em crianças maiores de 5 anos de idade.
Podendo ser classificada em monossintomática ou não monossintomática, quanto a sua
associação com outros sintomas. Uma grande variedade de estudos relata associação da
EN ao sexo masculino, menor idade, genitores com baixo nível escolar, sintomas
intestinais e miccionais diurnos. Objetivo: Determinar a prevalência de dados
sociodemográficos, sintomas urinários e intestinais associados à enurese noturna em
escolares da cidade de Salvador. Métodos: Trata-se de um estudo corte transversal, de
caráter descritivo, realizado a partir de revisão de 408 questionários aplicados através da
abordagem de mães acompanhadas por seus filhos nas ruas da cidade de Salvador-Ba,
entre março e junho de 2015. As avaliações sociodemográficas, dos sintomas miccionais
diurno, da constipação e da enurese noturna foram realizadas a partir da aplicação de um
questionário composto com dados sociodemográfico, frequência de episódios semanais
de EN, escore de DVSS/Farhat et al. modificado e critérios Roma III. As variáveis
catégoricas associadas a EN foram avaliadas através do teste qui-quadrado. Resultados:
A prevalência geral de EN foi de 12,8%, com 54,5% de meninas e 45,5% de meninos. A
idade das crianças com EN variou entre 5 e os 14 anos (média de 9,7 ± 2,9 anos). A
amostra entrevistada de enuréticos noturno era composta principalmente de meninas
(70,5%) com ≤9anos, negro/pardo (95,4%), alunos de colégios públicos (70,5%), com
responsável pela família apresentando grau moderado de escolaridade (52,3%), com
disfunção miccional (25%), EN polissintomática (70,5%), constipados (9,1%) e sem
tratamento prévio (97,7%), dados insignificantes. A associação entre a presença ou não
de EN e à coexistência de sintomas diurnos foi significante: manobras de contenção
urinária (36,4%), urgência (34,8%), incontinência diurna (43,2%), (p=0,023), (p=0,0) e
(p=0,0), respectivamente, em enuréticos noturnos. Conclusão: O atual trabalho não
observou relação da EN com o sexo, a diminuição do nível de escolaridade do chefe da
família, a raça, o tipo de escola, tipo de enurese, constipação e DTUI. Somente alguns
sintomas miccionais se relacionaram à EN. Desta forma, esta pequena amostra da cidade
de Salvador não teve poder suficiente para caracterizar a EN em baianos.
Palavras-chave: Enurese
Sociodemográficos.
Noturna.
Sintomas
Miccionais.
Constipação.
Dados
TEMA: PREVALÊNCIA DE SINAIS E SINTOMAS NEUROLÓGICOS EM PACIENTES
INFECTADOS PELO HTLV-1 ASSINTOMÁTICOS PARA HAM/TSP EM CENTRO DE
REFERÊNCIA DO ESTADO DA BAHIA.
ALUNA: ELISSA SANTOS PASSOS
ORIENTADOR: PROF. NEY CRISTIAN AMARAL BOA SORTE
CO-ORIENTADOR: DR. BERNARDO GALVÃO CASTRO FILHO
RESUMO
Passos, ES. Prevalência de sinais e sintomas neurológicos em pacientes infectados pelo
HTLV-1 assintomáticos para HAM/TSP em centro de referência do estado da Bahia
[monografia]. Bahia: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública,
Bahia; 2016.
INTRODUÇÃO: a incidência da infecção pelo HTLV-1 no Brasil é muito significativa,
sendo que os estados da Bahia, Pará e Pernambuco são considerados áreas endêmicas.
A maioria dos infectados são assintomáticos, mas 5% evoluem com complicações
graves, tais como Mielopatia Associada ao HTLV/Paraparesia Espástica Tropical
(HAM/TSP) e Leucemia de Células T do Adulto (ATL). Embora a prevalência de
HAM/TSP seja baixa, indivíduos com HTLV-1 sem critérios diagnósticos para a mielopatia
frequentemente apresentam sinais e sintomas neurológicos. OBJETIVO: descrever a
prevalência de sinais e sintomas neurológicos nos pacientes infectados pelo HTLV-1 sem
diagnóstico de HAM/TSP. METODOLOGIA: trata-se de um estudo transversal, no qual
foram incluídos 33 pacientes infectados pelo HTLV-1, matriculados no CHTLV e
classificados como assintomáticos para HAM/TSP, os quais foram submetidos a exame
neurológico padronizado. Os eventos de interesse foram descritos utilizando-se
frequências absolutas e relativas. RESULTADOS: dentre os pacientes estudados, 54,5%
apresentou queixas neurológicas como queixa principal, 69,7% apresentou outros sinais
e sintomas, como câimbra, parestesia, alterações de reflexos e disfunções urinárias.
CONCLUSÃO: há um elevado número de pacientes com sintomas e/ou sinais
neurológicos que não os caracteriza como tendo HAM/TSP, mas que já podem
representar um quadro incipiente de mielopatia e/ou outra síndrome neurológica.
Palavras-chave: HTLV-1. Mielopatia. HAM/TSP.
TEMA: SITUAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE DA REDE ESTADUAL DA BAHIA
QUANTO À UTILIZAÇÃO DE ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO.
ALUNA: ELMA MARTINS DE SOUZA
ORIENTADORA: PROFA. MARIANE TEIXEIRA DANTAS FARIAS
RESUMO
Referência: Souza EM. Situação dos serviços de saúde da rede estadual da Bahia quanto à
utilização de acolhimento com classificação de risco. [trabalho de conclusão de curso].
Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016.
O objetivo deste artigo foi apresentar a situação das portas de entrada de emergência do
Estado da Bahia quanto à utilização do Acolhimento Com Classificação de Risco (ACCR).
Trata-se de um estudo quantitativo, de abordagem descritiva. Foi realizado mapeamento
de 37 unidades de saúde, através de questionário estruturado construído pela área
técnica da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. O banco de dados analisado foi
construído no período de agosto a novembro de 2014, categorizados e tabulados em uma
planilha do programa Microsoft Excel®. Posteriormente foram importados para o pacote
estatístico IBM® SPSS Statistics, versão 23.0. Constatou-se que a maioria dos serviços
realizam o ACCR, sendo os profissionais envolvidos, enfermeiros e técnicos de
enfermagem. Os principais entraves para a execução do ACCR foram a insuficiência de
recursos humanos e a desarticulação dos níveis de atenção em saúde. Evidenciou-se
que, em alguns locais a organização do fluxo ainda é feita por ordem de chegada.
Concluiu-se que, mesmo os serviços que referem a realização do ACCR, não o faz de
forma satisfatória. O ACCR é tido como mecanismo de organização do fluxo de usuários
nas portas de entrada dos serviços de saúde. Entretanto, o processo só é efetivo se
realizado de forma plena.
Palavras-chave: Implantação do ACCR. Estrutura do ACCR. Dificuldades da
classificação de risco.
TEMA: CORREÇÃO CIRÚRGICA DO ESTRABISMO ATRAVÉS DO SISTEMA ÚNICO
DE SAÚDE NO BRASIL NO PERÍODO DE 2008 A 2015.
ALUNA: ELOAH NUNES TORRES
ORIENTADORA: DRA REGINA HELENA RATHSAM PINHEIRO
RESUMO
Referência: Torres, EN. Frequência de correção cirúrgica do estrabismo através do
Sistema Único de Saúde no Brasil no período de 2008 a 2015. [Trabalho de conclusão de
curso]. Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016.
Introdução: O Estrabismo é uma patologia oftalmológica que consiste no desalinhamento
dos olhos, no qual as fóveas estão assimétricas em relação ao objeto que é focalizado
pelo olhar. Essa patologia pode acarretar além do prejuízo funcional problemas
psicológicos, sociais e econômicos, interferindo significativamente na qualidade de vida
dos indivíduos. Neste contexto o tratamento para essa patologia torna-se fundamental
tanto para melhorar as alterações visuais quanto para proporcionar um resultado estético
favorável no paciente. Objetivos: Descrever a frequência de cirurgias de correção do
estrabismo realizadas através do Sistema Único de Saúde no Brasil no período de 2008 a
2015. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com dados secundários. As
informações sobre as correções cirúrgicas foram obtidas através do Sistema de
Informações Hospitalares (SIH), disponíveis na base de dados do DATASUS do Ministério
da Saúde. Foram analisadas informações de pacientes submetidos à correção cirúrgica
do estrabismo no Brasil através do SUS no período de 2008 a 2015, sendo as variáveis:
Número de cirurgias realizadas por regiões brasileiras, número de procedimentos que
foram realizados em clínicas conveniadas ao SUS e em Instituições Públicas, custo com
esse procedimento. Foram apresentados dados de frequência absoluta e relativa através
do cálculo da proporção; e, quando adequado, foram calculadas medidas de tendência
central e dispersão. Os dados foram consolidados e apresentados em tabelas e gráficos.
Resultados: Foram realizadas no período estudado 35.512 cirurgias, a Região Sudeste
foi a que realizou maior proporção de cirurgias cerca de 58,86% e a Região Norte foi a
que realizou menor frequência de correções cirúrgicas cerca de 2,23%. No período
estudado 93,4% das cirurgias foram eletivas e apenas 6,59% realizadas em caráter de
urgência. Nas clínicas privadas conveniadas ao SUS foram realizadas 53,02% cirurgias.
O ano de 2008 foi o ano em que se realizou mais cirurgias, 5255 (14,79%) cirurgias
efetuadas e consequentemente foi ano que apresentou maior custo com esse tipo de
procedimento, R$ 2.247.219,00. Conclusão: A frequência de cirurgias realizadas não
atende a necessidade da população acometida. Houve uma redução na quantidade de
cirurgias realizadas durante o período estudado. A região que mais realizou o
procedimento cirúrgico foi a Sudeste. O procedimento, na maioria dos casos, foi realizado
em caráter eletivo. Esse procedimento na maioria das vezes foi ofertado para população
através de clinicas privadas conveniadas ao SUS.
Palavras-chaves: Estrabismo. Cirurgia de estrabismo.
TEMA: AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES PORTADORES DE
MEGAESÔFAGO.
ALUNO: FELIPE CARVALHO LOPO
ORIENTADORA: PROFA. MARIA CONCEIÇÃO GALVÃO SAMPAIO
CO-ORIENTADORA: PROFA. LÍVIA DÓREA DANTAS FERNANDES
RESUMO
Esta pesquisa teve como objetivo, avaliar o estado nutricional de pacientes portadores de
megaesôfago, relacionando com o grau desta doença. Foi realizado um estudo de coorte
com 36 pacientes portadores de megaesôfago, nos quais foram realizadas avaliações
nutricionais, usando dados antropométricos e dois questionários (ANSG – Avaliação
nutricional subjetiva global e outro criado especificamente para esta pesquisa). Como
resultado foram encontrados prevalência do sexo feminino (58,33%) e de megaesôfago
grau II (38,89%). Quanto a causa, o megaesôfago chagásico foi o mais prevalente
(77,78%). Todos os pacientes apresentavam algum grau de disfagia sendo o segundo
sintoma mais presente a regurgitação (50%). Não houve associação estatisticamente
significante entre o grau do megaesôfago e o estado nutricional (50% dos pacientes
eutróficos). A consistência da alimentação se tornou cada vez menos sólida a medida que
o grau do megaesôfago aumentou, estando 100% dos pacientes com megaesôfago grau
1 com alimentação sólida e somente 20% dos pacientes com megaesôfago grau 4 com
alimentação sólida. A ANSG classificou a maioria dos pacientes como eutrófico (97,22%)
e a avaliação nutricional feita a partir dos dados antropométricos (CB, PCT e CMB)
mostrou que grande parte dos pacientes tinham algum tipo de depleção (91,67%).
Concluímos em nosso trabalho, que o acompanhamento em um hospital de referência em
gastrenterologia e a realização de procedimentos (cirurgia ou dilatação) pela maioria dos
pacientes (77,22%) contribuiu para o estado de eutrofia encontrado na maioria dos
pacientes, entretanto, a grande maioria (91,67%) obteve valores alterados em pelo menos
um dos parâmetros utilizados nesta pesquisa, indicando algum tipo déficit entre a oferta
calórico-proteica e a demanda existente. Ainda que, não estatisticamente significante, o
aumento do grau do megaesôfago levou a uma diminuição das medias de todos os
parâmetros antropométricos e da consistência alimentar sendo um sinal que o risco
nutricional se torna maior com o aumento do grau do megaesôfago.
Palavras-chave: Megaesôfago. Avaliação nutricional.
TEMA: ORIENTAÇÃO SEXUAL EM INDIVÍDUOS 46, XX PORTADORES
HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
DE
NOME ALUNA: FERNANDA DE ARAÚJO SOARES
ORIENTADOR (A): PROF. UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JUNIOR
RESUMO
SOARES, FA; BARROSO JÚNIOR, UO. Orientação Sexual em Indivíduos 46, XX
Portadores de Hiperplasia Adrenal Congênita – uma Revisão Sistemática. 2016. 37
folhas. Monografia de graduação (Medicina) – Escola Bahiana de Medicina e Saúde
Pública, 2016.
Introdução: A hiperplasia adrenal congênita (HAC) é um conjunto de doenças que
cursam com deficiência no cortisol e consequentemente no desvio da cascata hormonal
para a síntese de andrógenos. Essa exposição hormonal aos andrógenos na vida
intrauterina se faz importante no estabelecimento da orientação sexual nesses indivíduos
por conta de uma possível virilização cerebral. Objetivo: Avaliar a orientação sexual em
pacientes com genótipo 46, XX e portadoras de HAC. Metodologia: Revisão sistemática
de literatura através da fonte de dados eletrônica PubMed com os seguintes descritores:
“congenital adrenal hyperplasia”, “homosexuality” e “bisexuality”. Resultados: Oito artigos
foram selecionados, totalizando uma amostra de 243 pacientes, e evidenciaram uma
maior prevalência de homossexualismo e bissexualismo nas pacientes com HAC bem
como uma porcentagem maior naquelas portadoras da forma perdedora de sal. Além
disso, uma menor frequência de envolvimento em relacionamentos e coitarca
independente do sexo do parceiro foi evidenciada. Discussão: A exposição hormonal
androgênica por consequência da doença acarreta em um aumento da frequência de não
heterossexualismo em pacientes com HAC em relação à população geral e por conta
disso acarreta em uma maior vulnerabilidade dessas pacientes no contexto psicossocial.
Somado a isso, têm-se que a dificuldade que essas pacientes possuem em nutrir
relacionamentos se dá a baixa autoestima secundária aos inúmeros tratamentos na qual
essas pacientes são submetidas. Conclusão: Existe, de fato, uma associação maior de
homossexualismo e bissexualismo no grupo de pacientes com HAC. A partir desses
achados faz-se necessário um importante acompanhamento psicológico para que essas
pacientes consigam obter uma satisfatória qualidade de vida.
Palavras-chave: Hiperplasia Adrenal Congênita. Orientação Sexual. Homossexualismo.
Bissexualismo. Relacionamento.
TEMA: IMPACTO DO TRATAMENTO DA MUCOPOLISSACARIDOSE
REPOSIÇÃO ENZIMÁTICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
COM
ALUNA: FERNANDA SILVA CAMPOS
ORIENTADORA: PROFA. DRA. MARTA SILVA MENEZES
CO-ORIENTADOR: PROFA. IZA CRISTINA SALLES DE CASTRO
RESUMO
CAMPOS, F.S. Impacto do tratamento da mucopolissacaridose com reposição enzimática:
uma revisão de literatura. [monografia].Salvador, Bahia: Faculdade de Medicina, Escola
Bahiana de Medicina e Saúde Pública; 2016.
Introdução: As Mucopolissacaridoses (MPS) são doenças metabólicas hereditárias
causadas pela deficiência ou ausência de qualquer uma das enzimas envolvidas na
degradação dos glicosaminoglicanos (GAGs). Os indivíduos afetados sofrem com o
acumulo progressivo de GAGs, em diversos órgãos causando principalmente retardo,
deformidades articulares e osseas, diminuição da mobilidade articular, características
faciais dismorficas, envolvimento do sistema nervoso central, visceromegalias, diminuição
da acuidade visual, diminuição ou perda da audição, dificuldade respiratória, doença
gastrointestinal, hérnias umbilical e inguinal e doenças cardiovasculares. O principal foco
para tratamento da MPS é a reposição enzimática. Esse tratamento age retirando os
terminais de carboidrato da enzima impedindo seu acúmulo no organismo. A terapia de
reposição enzimática (TRE) garante a prevenção de complicações, a regressão ou
estacionamento de sintomas, melhorando assim a qualidade de vida e expectativa de vida
dos portadores dessa doença. Objetivo: Avaliar o impacto do tratamento da
mucopolissacaridose com a TRE. Metodologia: Foram pesquisadas nas bases de dados
(MEDLINE/PubMed, SciELO) e realizada busca manual por meio da combinação de
descritores, incluindo termos do Medical Subject Headings (MeSH), dos Descritores em
Ciências da Saúde (DECs) e contrações de descritores. A revisão sistemática não se
restringiu a publicações em inglês, pois também foram incluídos estudos escritos em
português. Foi utilizado o protocolo PRISMA17 como guia para a revisão sistemática. Os
termos
usados
para
a
busca
foram
Enzyme
Replacement
Therapy;
Mucopolisaccharidosis; Clinical Trial; Humans. Resultados: Foi observado impacto
positivo nos pacientes que realizaram intervenções com os medicamentos Galsulfase,
Indosulfase e Elosulfase, para as MPS dos tipos II, IVA e VI respectivamente. Conclusão:
a TRE pode trazer ganhos para pacientes com MPS visto que ela evita a progressão da
doença e diminui seus efeitos deletérios, principalmente se feita de forma precoce. No
entanto ainda é difícil analisar ganhos neurológicas devido ao pequeno tempo de
acompanhamento.
Palavras-chave: Mucopolissacaridose. Terapia de reposição enzimática. Ensaio clínico.
Humanos.
TEMA: COMPARAÇÃO ENTRE MAPA T1 NATIVO E REALCE TARDIO NA AVALIAÇÃO
DE FIBROSE MIOCÁRDICA EM PORTADORES DA FORMA CARDÍACA LEVE DA
DOENÇA DE CHAGAS.
ALUNO: FERNANDO AZEVEDO MEDRADO JÚNIOR
ORIENTADOR: DR. ANDRÉ MAURÍCIO SOUZA FERNANDES
CO-ORIENTADORA: POLYANA EVANGELISTA LIMA
RESUMO
A Ressonância Magnética Cardíaca (RMC) é um exame útil para a avaliação de fibrose
miocárdica na Doença de Chagas através do realce tardio pós-gadolínio (RT).
Recentemente, evidências sugerem que o Mapa T1 Nativo é também eficaz para
avaliação de fibrose, inclusive nas doenças que acometem o miocárdio difusamente. O
objetivo desse trabalho foi analisar a correlação entre o Mapa T1 Nativo e o RT na
avaliação de fibrose miocárdica em pacientes portadores da forma cardíaca leve da
Doença de Chagas submetidos à RMC. Métodos: Estudo de corte transversal realizado
em hospital de referência em cardiologia em Salvador, Bahia, entre 2014 e 2015. Foram
incluídos sujeitos portadores da forma cardíaca leve da DC (alterações
eletrocardiográficas sem disfunção ventricular, FEVE > 50%), com idade entre 18 e 65
anos. Resultados: Dezesseis pacientes compuseram a população do estudo, 10 (62,5%)
do sexo feminino, com média de idade de 54 anos. Hipertensão arterial sistêmica foi a
comorbidade mais frequente (87,5%), enquanto que a combinação do bloqueio do ramo
direito com o bloqueio divisional anterossuperior foi a alteração eletrocardiográfica mais
comum. A fração de ejeção média foi de 49,95%. O RT foi positivo em oito pacientes
(50%). O valor médio do Mapa T1 Nativo foi 1035,95±36,65ms, sendo 1050,51±29,39ms
nos pacientes com RT positivo e 1021,3±39,21ms naqueles cujo RT foi negativo
(p=0,116). Conclusão: Apesar de não haver diferença estatisticamente significante, os
valores do Mapa T1 Nativo foram ligeiramente maiores em pacientes portadores da forma
cardíaca leve da Doença de Chagas com presença de RT na RMC em relação àqueles
nos quais o RT foi negativo.
Palavras-chave: Doença de Chagas, Ressonância Magnética Cardíaca, Mapa T1 Nativo,
Fibrose Miocárdica.
TEMA: ACURÁCIA DA ULTRASSONOGRAFIA TRANSRETAL NO DIAGNÓSTICO DO
CÂNCER DE PRÓSTATA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
ALUNO: FRANCISCO SÉRGIO FALCÃO REGO
ORIENTADOR: PROF. RONALDO ANTUNES BARROS
RESUMO
Referência: Rego, FSF. Acurácia da ultrassonografia transretal no diagnóstico de câncer
de próstata: uma revisão sistemática [trabalho de conclusão de curso]. Escola de
Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016.
INTRODUÇÃO: O câncer de próstata é a segunda forma de tumor maligno do sexo
masculino, perdendo apenas para o câncer de pele. Hoje, apresenta grande incidência
devido ao envelhecimento populacional, já que, é considerada uma patologia da terceira
idade ou pelo aumento do rastreamento junto a novos métodos diagnósticos. Esse tipo de
câncer possui etiologia ainda desconhecida, mas existem fatores como a idade e a
hereditariedade que podem influenciar no seu desenvolvimento. O diagnóstico se dá
através do exame digital retal, dos níveis sanguíneos do antígeno prostático específico e
da ultrassonografia transretal. A ultrassonografia transretal é utilizada como uma
ferramenta para o diagnóstico do câncer prostático, para estimar volume da glândula
prostática e guiar a biópsia das lesões. OBJETIVO: Avaliar a acurácia da ultrassonografia
transretal no diagnóstico de câncer de próstata. MÉTODOS: Foi realizada uma revisão de
literatura com artigos publicados nos últimos dez anos (2006-2016), onde as fontes
acessadas foram das bases de dados PuBmed, MEDLINE e LILACS sobre o assunto
ultrassonografia transretal e câncer de próstata. Das 476 referências encontradas apenas
12 artigos foram selecionados para leitura na íntegra e apenas 6 foram elegíveis pelo
protocolo STARD. RESULTADO: Nos seis artigos analisados, foi possível observar que o
valor da acurácia da ultrassonografia transretal sofre impactos de fatores, seja pela
apresentação do tumor na glândula ou a forma como o examinador realiza o exame,
interferindo neste valor. Os estudos demonstram que a apresentação do tumor na
imagem ultrassonográfica é hipoecoica, entretanto ressaltam a ideia de que o câncer
pode se apresentar sem hipoecogenicidade. Quatro estudos trouxeram que a
ultrassonografia transretal isolada apresenta valores de sensibilidade e especificidade
baixas, havendo um aumento destes, quando associada a outras técnicas como o 3D ou
Doppler. Quando comparada com a ressonância magnética, a ultrassonografia é mais
acessível e tem um custo mais baixo, podendo ser realizada sem objeção. Em todos os
artigos a adição destas novas técnicas foram utilizadas para predizer o câncer de próstata
visando uma melhora na previsão diagnóstica. CONCLUSÃO: Acurácia deste exame para
predizer o câncer prostático é baixa. É necessário atrelar a outras variáveis clinicas como
idade, toque retal, antígenos prostáticos, além de associar outras técnicas, como o
Doppler e o 3D, na tentativa de aumentar a acurácia deste exame para detectar o câncer.
Palavras-chave: Acurácia. Ultrassonografia transretal. Câncer de próstata.
TEMA: TERAPIA DE REPERFUSÃO INTRAVENOSA EM ACIDENTE VASCULAR
CEREBRAL ISQUÊMICO – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
ALUNO: FRANCO ANDRES DEL POZO
ORIENTADORA: JAMARY OLIVEIRA FILHO
RESUMO
Introdução: O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi) é uma síndrome clínica
atribuível à oclusão de um vaso sanguíneo cerebral que pode levar a sequelas e lesões
irreversíveis. Um dos tratamentos possíveis é a trombólise por via intravenosa. Objetivo:
o estudo teve como objetivo reunir informações obtidas em artigos, disponíveis em banco
de dados, para avaliar qual a droga que traz melhora clínica mais significativa e menos
efeitos adversos nos casos de AVCi tratados com trombólise intravenosa. Métodos: nesta
revisão foram considerados e avaliados estudos divulgados entre 01/01/1995 e
31/08/2015 disponíveis nos bancos de dados PUBMED e LILACS com os seguintes
descritores: stroke, cerebrovascular disorders, brain infactions, cerebrovascular accident,
cerebral ischemia, brain ischemia, random, thrombolytic therapy, therapeutic thrombolysis,
fibrinolytic therapies, thrombolytic therapies e clinical trial. Um dos critérios foi aceitar
apenas ensaios clínicos primários randomizados sobre o tema de reperfusão com agentes
intravenosos em AVCi. Foram analisados os dados de desfecho primário propostos pelos
estudos, além de morte e hemorragia intracraniana sintomática (HICs) como efeitos
adversos. Para avaliar a qualidade dos estudos e o risco de viés foi utilizado o
CONSORT. Resultados: dos 579 artigos encontrados, ao final, apenas 16 foram
selecionados pelos critérios de inclusão e exclusão. Dos trabalhos selecionados, cinco
utilizaram apenas o mRS como desfecho primário; três utilizaram apenas a escala
NIHSS, sendo considerada melhora em pontos e dois utilizavam os dois critérios
supracitados; um avaliava a porcentagem de penumbra salva em 24-48 horas após o
tratamento; um avaliava o crescimento do infarto; um estudo utilizava a combinação de
pacientes vivos/Oxford Handicap Scale 0-2; um trabalho utiliza um sistema binário
avaliando morte e mRS maior que 3; o NINDS utiliza um escore global obitido a partir de
quatro escalas – NIHSS, mRS, Glasgow e Barthel index. A maioria dos estudos era duplocego, com amostra superior a 100 pacientes, que comparavam drogas entre si, ou drogas
com placebo. A droga que estava presente em mais estudos era a alteplase (rt-PA).
Apenas dois artigos apresentavam dados estatisticamente significantes para uso de
droga, a alteplase. Discussão: como fatores predisponentes para a positividades dos
achados positivos foram listados a metogologia, o tamanho do grupo amostral, a droga
utilizada e a janela terapêutica aceita. Conclusão: em um caso de AVCi encontra-se
melhoras clinicas significativas com a utilização de alteplase intravenoso com até 6 horas.
Palavras-chave: Terapia Trombolítica. Acidente Vascular Cerebral. Revisão.
TEMA: IMPACTO DA OBESIDADE NO PROGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA NA
PRÉ-MENOPAUSA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
ALUNA: GABRIELA DE CERQUEIRA SILVA
ORIENTADORA: PROFA. CONCEIÇÃO MARIA GUEDES CROZARA
RESUMO
Silva GC. Impacto da obesidade no prognóstico do câncer de mama na prémenopausa: uma revisão sistemática. 2016. 36p. Trabalho de Conclusão de Curso
(Medicina) – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador, 2016.
Introdução: A obesidade está relacionada com pior prognóstico nas mulheres
diagnosticadas com câncer de mama na pós-menopausa, porém, na pré-menopausa,
existem controvérsias acerca desta associação. Apesar do diagnóstico ser menos comum
em mulheres mais jovens, o impacto na qualidade de vida costuma ser mais grave, sendo
necessário compreender se fatores modificáveis, como a obesidade, estão relacionados à
piora do prognóstico. Objetivo: avaliar se a obesidade é um fator prognóstico em
mulheres com diagnóstico de câncer de mama durante a pré-menopausa. Metodologia:
Foi realizada revisão sistemática da literatura, seguindo o protocolo PRISMA, utilizando os
descritores “breast cancer”, “obesity” “premenopausal” e “prognosis”, com buscas nas
bases de dados MEDLINE/ PubMed, The Cochrane Library, Web of Science, Scopus e
Biblioteca Virtual em Saúde. Os critérios de inclusão foram: pacientes do sexo feminino,
obesas, com diagnóstico anatomopatológico de câncer de mama invasivo e com idade
menor que 50 anos e/ou na pré-menopausa. Foram selecionados estudos coortes
prospectivos, excluindo-se os demais desenhos de estudo. Foram excluídos estudos cujo
IMC foi calculado com base no peso e altura referidos pelas participantes dos estudos. A
qualidade dos artigos foi avaliada pela escala Newcastle – Ottawa. Resultados: Dos 88
artigos encontrados nas bases de dados e através da busca manual, quatro artigos foram
incluídos nesta revisão, resultando na amostra total de 5.422 participantes. A maior parte
dos artigos evidenciou maior prevalência de tumores com receptores hormonais negativos
e superexpressão de HER-2, maior comprometimento dos linfonodos, grau nuclear mais
alto e tumores de diâmetro maior nas mulheres obesas, na pré-menopausa, no momento
do diagnóstico de câncer de mama. Conclusão: Diante desta revisão sistemática,
demonstra-se que a obesidade está associada a pior prognóstico nas mulheres
diagnosticadas com câncer de mama na pré-menopausa, estando relacionada a tumores
maiores e mais agressivos.
Palavras-chave: Câncer de mama. Obesidade. Prognóstico. Pré-menopausa.
TEMA: HÁBITOS DE SONO EM ESTUDANTES DE MEDICINA.
ALUNA: GABRIELLE ARAÚJO DA SILVA LOPES
ORIENTADORA: PROFA. ISA CRISTINA SALLES DE CASTRO
RESUMO
Lopes GAS. Hábitos de sono em estudantes de medicina [trabalho de conclusão de
curso]. Salvador: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública,
Bahia, 2016.
INTRODUÇÃO: O sono é um elemento fundamental na consolidação da memória,
capacidade de aprendizagem, modulação do sistema endócrino, termorregulação,
conservação e restauração da energia, renovação celular e restauração do metabolismo
energético cerebral, influenciando de forma significativa o estado vígil. Entretanto, a
importância do sono não tem sido levada em consideração, e a privação e redução da
qualidade do sono tornou-se um hábito comum na sociedade moderna, especialmente na
vida dos estudantes de Medicina por conta principalmente das demandas acadêmicas. A
redução do tempo e da qualidade do sono afeta os domínios cognitivos ao prejudicar a
memória, a atenção e a concentração, dificultando o aprendizado, o que pode diminuir o
rendimento acadêmico. OBJETIVO: Avaliar os hábitos de sono dos estudantes do curso
de Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. METODOLOGIA: O estudo
é prospectivo do tipo corte transversal. A população de estudo foi os estudantes do
segundo ao sexto ano de graduação do curso de Medicina da Escola Bahiana de
Medicina e Saúde Pública. A coleta de dados foi realizada através da aplicação de um
questionário autoaplicável e anônimo. Para tabulação e análise dos dados, foi utilizado o
programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences. RESULTADOS: A
análise dos dados revelou que a média de horas dormidas por noite durante o mês
anterior ao estudo de foi de 5,9 horas. Foi observado diferença quanto à duração do sono
entre os dias de semana e os finais de semana. Verificou-se que 67,4% dos estudantes
apresentam qualidade do sono ruim e 60,8% dos acadêmicos apresentam o hábito de
cochilar durante o dia. Quanto ao hábito de cochilar durante o dia, foi observado que
68,1% dos acadêmicos tinham esse hábito antes de iniciar a faculdade. Destes, 47,2%
mantém esse hábito durante a faculdade enquanto 20,9% deixaram de cochilar durante o
dia (p=0,000). Do total da amostra de estudantes, 60,8% têm o hábito de cochilar durante
o dia. CONCLUSÃO: Os estudantes de Medicina apresentam uma média de horas de
sono por noite abaixo da esperada e qualidade do sono ruim, o que provavelmente é
decorrente das diversas exigências acadêmicas atribuídas aos mesmos.
Palavras-chave: Educação médica. Estudantes de medicina. Sono. Transtornos do sono.
TEMA: GRAU DE CONCORDÂNCIA ENTRE PROFISSIONAIS E O PROTOCOLO
ESTADUAL DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO – BA.
ALUNO: GUIDO SANTANA DO VALLE
ORIENTADORA: PROFA. MARIANE TEIXEIRA DANTAS FARIAS.
CO-ORIENTADORA: PROFA. MARTA SILVA MENEZES
RESUMO
O acolhimento com classificação de risco é uma estratégia para ordenar o atendimento
dos pacientes nos serviços de urgência e emergência, por ordem de prioridade e não por
ordem de chegada. Seguindo experiências semelhantes, foi criado o Protocolo Estadual
de Classificação de Risco – BA, elaborado de acordo com as diretrizes da Rede de
Atenção às Urgências e da Politica Nacional de Humanização. Considerando que esta
ferramenta deve organizar o cuidado médico, o objetivo deste trabalho é a avaliação da
segurança deste protocolo, através da verificação do grau de concordância entre as
categorias de risco atribuídas pelos enfermeiros entre si e em relação ao protocolo. Tratase de estudo descritivo, realizado através da aplicação de um questionário, baseado no
instrumento em questão e contendo onze casos clínicos fictícios, a uma população de
trinta enfermeiros que atuam na UPA de Roma, em Salvador-BA. Os resultados
demonstraram concordância moderada, entre classificadores e o protocolo, de acordo
com a análise da concordância pelo coeficiente de Kappa. A concordância entre
classificadores também foi moderada, de acordo com a densidade colorimétrica. O
acolhimento com classificação de risco deve ser explorado no Brasil e impreterivelmente a
segurança dos protocolos deve ser avaliada. Para assegura-la são necessárias
capacitações adequadas dos profissionais e é pertinente que o tema deve ser
apresentado durante a graduação, nas escolas de saúde.
Palavras-chave: Classificação de risco; Protocolo; Concordância; Emergência.
TEMA: PERCEPÇÃO DE ALUNOS SOBRE O USO DE MODELAGEM 3D NO ENSINO
DA ANATOMIA.
ALUNO: GUILHERME DE OLIVEIRA DAHIA
ORIENTADORA: PROFA. MARTA SILVA MENEZES
RESUMO
O ensino médico está sempre evoluindo, novas ferramentas surgem a todo instante. Na
área do ensino da Anatomia, ainda existem diversas críticas às metodologias de ensino
tradicionais e sua efetividade, provocando a necessidade de novas tecnologias. O uso de
peças 3D surge como uma possível ferramenta útil no ensino da Anatomia, contudo é
relevante avaliar a percepção dos alunos frente à introdução desse recurso. OBJETIVO:
Descrever a opinião dos alunos sobre a utilização de estratégias de ensino baseadas em
modelagem 3D no ensino da Anatomia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal, com abordagem
quantitativa e qualitativa que teve como objeto de estudo a percepção de estudantes de
Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública do segundo semestre que
foram submetidos à uma intervenção educacional com a utilização de estratégias de
ensino em Anatomia com modelagem 3D. Foi aplicado um questionário sobre a
percepção desses alunos acerca do uso de modelos 3D no ensino médico.
RESULTADOS: Foi observado que 76,9% dos alunos concordaram muito que o uso da
modelagem 3D é uma estratégia que contribui para a aprendizagem da Anatomia, embora
92,3% discordaram muito que esse tipo de metodologia pode substituir o uso de peças
cadavéricas. Foram identificadas duas categorias de respostas abertas: a) possibilidades
no uso da modelagem 3D para melhoria do processo de ensino-aprendizado; b) limites no
uso da modelagem 3D no processo de ensino-aprendizado. CONCLUSÃO: Os alunos da
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública apresentam uma visão positiva acerca da
introdução de peças de modelagem 3D no ensino da Anatomia e inclusive em outras
disciplinas. Pode-se considerar, portanto, que este é um bom instrumento educacional,
embora, deva ser associado a métodos tradicionais, como a utilização de peças
cadavéricas.
Palavras-chave: Ensino Médico. Anatomia. Impressão Tridimensional.
TEMA: USO DE MATRIZ DE REGENERAÇÃO DÉRMICA EM FERIDAS COMPLEXAS
DE EXTREMIDADES.
ALUNA: HAYANA DE JESUS SARMENTO
ORIENTADOR: PROF. JIUSEPPE BENITIVOGLIO GRECO JÚNIOR
CO-ORIENTADOR: DR. RAFAEL ANDRADE ALVES
RESUMO
Sarmento HJ. Uso de matriz de regeneração dérmica em feridas complexas de
extremidades [monografia]. Bahia: Escola de medicina, Escola Bahiana de Medicina e
Saúde Pública, Bahia; 2016.
Introdução: Os substitutos dérmicos surgiram como alternativa no tratamento de feridas
complexas, mostrando vantagens como ampla disponibilidade, menor morbidade para o
paciente e cobertura de toda a extensão da lesão de forma imediata. Por outro lado,
dificuldades como o custo elevado, risco de complicações relacionadas à matriz de
regeneração dérmica (MRD) e necessidade de curva de aprendizado para sua utilização,
limitam o seu uso mais abrangente. Objetivo e métodos: Analisar o uso da MRD no
tratamento de feridas complexas de extremidades em pacientes atendidos pelo Serviço
de Cirurgia Plástica do Hospital São Rafael-BA Unidade São Marcos, no período de
Janeiro de 2014 a Dezembro de 2015, através de um estudo analítico, transversal e
retrospectivo utilizando prontuários médicos de todos os pacientes submetidos ao
tratamento de feridas complexas de qualquer etiologia com a matriz de regeneração
dérmica Integra®. Os prontuários foram acessados a partir dos registros
computadorizados, através do software MV2000 do HSR, sendo selecionados 12
pacientes. O estudo foi conduzido de acordo com a resolução do CNS 466/12. Não houve
conflito de interesses. Resultados: A média da idade foi de 41,08 anos e predominaram
pacientes do sexo masculino (58,33%). As úlceras foram a indicação à MRD mais
frequente (58,34%) e a média de tempo entre a lesão inicial e a colocação da MRD foi
2,08 anos. Os membros inferiores foram os principais locais de implante (91,67%). A
complicação inicial mais comum foi a infecção e o tempo médio entre colocação da MRD
e enxertia foi de 29,9 dias. Obteve-se como desfecho final o autoenxerto epidérmico em
91,67% dos casos, com 72,72% de integração total, 18,18% integração parcial e 9,09%
perda do enxerto. 100% dos pacientes fez uso de terapia por pressão negativa associada
em algum momento do tratamento. Conclusões: A MRD destaca-se como importante
artifício no tratamento de feridas complexas de extremidades, apresentando baixo
percentual de complicações, alta taxa de integração de enxertos finos e bons resultados
finais. O alto custo e a indisponibilidade no Sistema Único de Saúde são os principais
entraves ao uso em maior escala. A associação com a TPN mostrou-se eficaz tanto antes
da instalação da MRD, quanto após a matriz, por permitir melhor fixação e maturação,
além do controle de umidade e infecção locais, garantindo bons resultados funcionais e
estéticos após colocação do enxerto.
Palavras-chave: Pele artificial. Cirurgia plástica. Cicatrização.
TEMA: PREDITORES DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM GRUPOS CLÍNICOS DE
HOSPITAL TERCIÁRIO.
ALUNO: HEITOR MAIA ARAUJO
ORIENTADOR: PROF. LUIS CLÁUDIO LEMOS CORREIA
RESUMO
Araujo, HMA, Maia. Preditores de produção científica em grupos clínicos de hospital
terciário. [Trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola Bahiana de Medicina e
Saúde Pública, Bahia, 2016.
Nos últimos anos, tem crescido o interesse acerca das características pessoais e
profissionais que possam melhorar ou predizer o desempenho dos indivíduos. Por outro
lado, ainda há muito espaço e muito o que ser estudado nesse campo da ciência. Para
que cada vez mais se tenha embasamento nestes quesitos, é imprescindível que estudos
sejam feitos tentando demonstrar as mais diversas variáveis que influenciam
positivamente. Frente e esta realidade, o presente estudo tem como objetivo levantar
caraterísticas que possam predizer sucesso científico e, com isso, fomentar maiores
investimentos em determinadas vertentes. Assim sendo, não ter hobby, ter capacidade de
escrever projeto, ter menor idade e realizar atividade docente são fatores sugestivos de
sucesso, sendo as duas últimas variáveis as consideradas mais importantes neste estudo.
Palavras-chave: Sucesso científico. Preditores de sucesso científico. Preditor de
publicação. Produtividade acadêmica. Medicina.
TEMA: POLIFARMÁCIA E RISCO DE QUEDA EM PACIENTES APÓS AVC
ISQUÊMICO.
ALUNO: HENRIQUE SOUZA SANTOS
ORIENTADORA: PROFA. ADRIANA CAMPOS SASAKI
RESUMO
O uso de 5 ou mais medicações, assim denominada polifarmácia, atua como importante
fator de risco para quedas em variados grupos populacionais. Já descrito na literatura, a
investigação desse dado na anamnese de pacientes idosos é bem estabelecida.
OBJETIVO: O presente estudo de corte transversal visa, no entanto, verificar se essa
associação de polifarmácia e risco de queda também se estabelece em pacientes após
Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico. MÉTODOS: Para tanto, a amostra de 128
pacientes após AVC isquêmico de um ambulatório de referência em Salvador/BA foi
submetida ao Timed Up & Go Test (TUG), a fim de determinar o risco de queda – definido
em tempo de realização ≥ 14s. O programa Statistical Package for Social Science (SPSS)
versão 20.0 foi utilizado para tratamento dos dados obtidos. Uma análise descritiva de
critérios sociodemográficos e clínicos, bem como uma análise univariada com os testes
Qui quadrado/exato de Fisher para comparar os grupos com e sem risco de queda
também foi feita. RESULTADOS: Houve uma prevalência de 60,2% de mulheres e média
de idade de 56 anos na amostra total, sendo considerada, portanto, não idosa. O estudo
revela que 63% do grupo de risco usavam polifarmácia (P = 0,027), apresentando não só
associação com risco de queda como também relação com o aumento no tempo para a
execução do TUG. Além disso, o relato de queda nos últimos 12 meses demonstrou ter
relação com o risco de novos eventos, bem como o uso de medicações vasodilatadoras e
anticonvulsivantes, isoladamente. CONCLUSÃO: Dessa forma, sugere-se que a
polifarmácia deva ser pesquisada na anamnese não só de pacientes idosos, mas também
de pacientes após AVC < 60 anos, a fim de rastrear fatores de risco para queda.
Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral. Acidentes por Quedas. Fatores de Risco.
TEMA: O USO DO LIRAGLUTIDE NO PROCESSO DE EMAGRECIMENTO.
ALUNA: IGOR DE OLIVEIRA SOUZA
ORIENTADOR: PROF. SÉRGIO LACERDA BARROS DA CRUZ
RESUMO
Referência: Souza, IO. O uso do Liraglutide no processo de emagrecimento. [Trabalho de
conclusão de curso]. Salvador: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia,
2016.
Introdução: O sobrepeso e a obesidade são sérios problemas enfrentados por diversas
pessoas em todo o mundo. Essas problemáticas estão associadas ao desenvolvimento
paralelo de diversas comorbidades como certos tipos de cânceres, doenças
cardiovasculares e diabetes do tipo 2. A estratégia que visa a mudança dos hábitos de
vida, com uma alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos regulares, é a
escolha ideal para aqueles que buscam por uma redução de peso e melhorias na saúde.
No entanto, em muitas situações a farmacoterapia está sendo utilizada para acelerar e
tentar amplificar os resultados no processo de perda ponderal. O Liraglutide 3.0mg é uma
droga que está sendo utilizado com essa finalidade. Inicialmente era utilizada no
tratamento de diabetes do tipo 2. Hoje existem estudos clínicos que evidenciam o papel
desse medicamento na perda de peso. Metodologia: Revisão sistemática de literatura
através da fonte digital de dados PubMed. Os descritores utilizados foram: “Liraglutide”, “
Liraglutide and Wheight loss” e “Saxenda and Wheigth loss”. Resultados: Os estudos
realizados compararam um grupo que fez uso da droga com outro placebo, sendo que o
primeiro teve um efeito muito mais positivo no quesito perda ponderal. Conclusão: Ainda
assim, é questionável a utilização desse tipo de substância para acelerar o processo de
emagrecimento. Não há comprovação para a manutenção do peso perdido após o fim do
tratamento, além dos efeitos colaterais que o uso da droga traz. Por conta disso, estudos
mais detalhados ainda tem que ser feitos para avaliar melhor a eficácia da droga de um
modo geral.
Palavras-chave: Obesidade, perda ponderal, Liraglutide.
TEMA: ADEQUAÇÃO AO GÊNERO, SATISFAÇÃO SEXUAL E QUALIDADE DE VIDA
EM PACIENTES COM DEFICIÊNCIA DE 5-ALFA-REDUTASE.
ALUNA: INGRID MICHELE DE ANDRADE MESQUITA
ORIENTADOR: PROF. UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JÚNIOR
RESUMO
Introdução: Os distúrbios do desenvolvimento sexual (DDS), que ocorrem quando há
divergência entre a genitália externa e os sexos gonadal e cromossômico, podem
acarretar a formação de genitália ambígua, bem como possuir diversas causas, dentre as
quais a deficiência da enzima 5-alfa-redutase; condição na qual os indivíduos possuem
cariótipo 46,XY e podem apresentar ampla variabilidade fenotípica. A escolha pela criação
no gênero feminino é comum nos pacientes com DDS, uma vez que a realização da
cirurgia de adaptação possui prognóstico mais favorável, devido à usual gravidade da
ambiguidade genital. Tal decisão, contudo, pode futuramente constituir-se numa
problemática severa, no caso de o paciente optar posteriormente pela troca de gênero.
Este fator, assim como as divergências físicas entre os portadores deste distúrbio e
pessoas não-portadoras, pode ocasionar significativo comprometimento da adequação ao
gênero, bem como constituir um obstáculo para a satisfação sexual e a qualidade de vida.
Objetivo: Analisar a adequação ao gênero, a satisfação sexual e a qualidade de vida em
pacientes portadores de deficiência de 5-alfa-redutase acompanhados no Ambulatório de
Genética Médica do Hospital Universitário Professor Edgard Santos. Metodologia: Tratase de estudo descritivo, de corte transversal, realizado através do preenchimento de
questionários pelos pacientes portadores de deficiência de 5-alfa-redutase com
acompanhamento regular no ambulatório. Resultados: Os 10 pacientes que
preencheram os critérios para a pesquisa se mantiveram no gênero definido ao
nascimento. 6 dos 10 pacientes não preencheram os critérios para responder ao
questionário de Satisfação Sexual, sendo "não ter iniciado vida sexual" o mais prevalente;
havendo ainda notável grau de comprometimento deste setor em 2 das 4 pacientes que
puderem preencher os questionários em questão. Em relação à qualidade de vida, 4 dos
10 pacientes obtiveram resultados que demonstram, comparativamente, significativo
comprometimento – 2 das pacientes com maior comprometimento da satisfação sexual
entre eles. 2 das 7 pacientes femininas revelaram grau mais elevado de insatisfação com
seu gênero, enquanto as outras 5 exibiram variações de menores graus de insatisfação.
Dentre os 3 pacientes do gênero masculino, apenas 1 não demonstrou sinais de
insatisfação em suas respostas ao questionário de Identidade de Gênero. Conclusão: Os
dados do presente estudo indicam que pacientes com deficiência de 5-alfa-redutase têm
alterações importantes relacionadas à identidade de gênero, satisfação sexual e
qualidade de vida, sendo que tais aspectos são mais afetados em conjunto.
Palavras-chave: Deficiência de 5-alfa-redutase. Identidade de Gênero. Qualidade de
Vida. Satisfação Sexual.
TEMA: RESPOSTA AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DOS PACIENTES COM
NEFROPATIA HEREDITÁRIA DO COLÁGENO TIPO IV: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
DA LITERATURA.
ALUNA: ISADORA SANTOS FERREIRA
ORIENTADORA: PROFA. MARÍLIA BAHIENSE OLIVEIRA
RESUMO
Referência: FERREIRA, IS. Resposta ao tratamento farmacológico dos pacientes com
nefropatia hereditária do colágeno tipo IV: uma revisão sistemática da literatura. [Trabalho
de Conclusão de Curso]. Salvador. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia,
2016.
INTRODUÇÃO: A síndrome de Alport e a Doença de Membrana Fina são distúrbios
hereditários causados por mutações em genes codificadores do colágeno IV, presente na
membrana basal glomerular dos rins. Esse defeito estrutural nos glomérulos desencadeia
um processo inflamatório crônico, mediado principalmente pelo sistema ReninaAngiotensina Aldosterona (RAA), que evolui para o desenvolvimento local de fibrose. É
frequente, então, a progressão do quadro para o estágio final de doença renal e o
tratamento farmacológico dos pacientes visa à atenuação desse comprometimento ao
longo dos anos. OBJETIVO: Avaliar a resposta dos pacientes com nefropatia do colágeno
tipo IV ao tratamento com inibidores do sistema RAA. MÉTODOS: Trata-se de uma
revisão sistemática da literatura que buscou estudos observacionais ou ensaios clínicos
randomizados, internacionais e nacionais, nas bases de dados eletrônicas PubMed,
Scielo, Lilacs, CAPES e Cochrane, disponíveis nos idiomas inglês, português e espanhol,
publicados nos últimos 10 anos. A qualidade metodológica de cada estudo foi avaliada
com o CONSORT ou STROBE. RESULTADOS: Cinco estudos foram incluídos, dentre os
quais 2 foram ensaios clínicos e 3 foram estudos observacionais, todos realizados com
pacientes pediátricos. As variáveis de desfecho utilizadas foram proteinúria, taxa de
filtração glomerular, creatinina sérica, TGF-beta1 urinário e a relação entre proteinúria e
creatinina urinária. Os pacientes em cada estudo, de um modo geral, responderam ao
tratamento farmacológico com diminuição da proteinúria e diminuição ou estabilização da
taxa de filtração glomerular. CONCLUSÃO: Os pacientes com síndrome de Alport podem
se beneficiar do tratamento com inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona,
pois apresentam melhora da proteinúria e, muitas vezes, estabilização da taxa de filtração
glomerular.
Palavras-chave: Síndrome de Alport. Doença de Membrana Fina. Nefropatia do colágeno
tipo IV.
TEMA: ESTUDO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM DOENÇA DE
PARKINSON EM SALVADOR-BAHIA.
ALUNA: ITANA FERNANDES
ORIENTADOR: PROF. ANTÔNIO DE SOUZA ANDRADE FILHO
RESUMO
Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é a causa mais comum de parkinsonismo. É
caracterizada pela presença de sinais motores como tremor de repouso, rigidez e
bradicinesia, mas sintomas não motores também acompanham o curso da doença. A
idade é importante fator de risco, já que acomete indivíduos principalmente da faixa etária
de 55-65 anos, e a prevalência aumenta com a idade. Apesar disso, estudos grandes que
permitem identificar fatores de risco e incidência da doença são relativamente recentes e
pouco numerosos. Objetivo: Descrever o perfil clínico-epidemiológico de pacientes com
Doença de Parkinson em Salvador. Metodologia: Trata-se descritivo observacional com
coleta retrospectiva de dados de 79 pacientes com diagnóstico de Doença de Parkinson.
Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 66,7 anos, a maioria é do sexo
masculino (69,62 %), parda (52,94%), casada (75%), procedente de Salvador (74,58%). A
principal comorbidade encontrada foi a Hipertensão Arterial (46%), e antecedentes
familiares de DP foram encontrados em 15,38%. A maior parte teve tremor (74,55%)
como primeiro sintoma e doença unilateral (69,09%). Os principais sintomas motores
foram tremor (93,1%), rigidez (81,03%), bradicinesia (53,45%) e marcha parkinsoniana
(50%). Os não motores foram depressão (21,57%), transtornos do sono (17,65%),
obstipação (13,73%) e comprometimento da memória (11,76%). A medicação mais usada
foi a combinação de Levodopa e Benserazida (79,66%), e o acesso à Fisioterapia e
Fonoaudiologia correspondeu a 72,72% e 27,28%, respectivamente, dos que tinham
indicação. Conclusão: Os pacientes com DP são, principalmente, indivíduos do sexo
masculino, pardos, com idade entre 60 e 79 anos. A investigação de sintomas não
motores deve ser mais abrangente, e o acesso aos serviços de reabilitação, mesmo que
já razoáveis, podem ser estendidos.
Palavras-chave: Doença de Parkinson; Epidemiologia; Perfil demográfico; Disfunção
motora; Perfil de Saúde; Perfil epidemiológico.
TEMA: METABOLISMO DO CÁLCIO E VITAMINA D EM PACIENTES COM EXCESSO
DE PESO DE UM AMBULATÓRIO DOCENTE DE SALVADOR-BA.
ALUNA: JAMILLE NASCIMENTO RODRIGUES
ORIENTADORA: PROFA. MARIA DE LOURDES LIMA
CO-ORIENTADORA: PROFA. MINNA FERRARI SCHLEU CARVALHO
RESUMO
Referência: RODRIGUES, Jamille. Metabolismo do cálcio e vitamina D em pacientes
com excesso de peso de um ambulatório docente de Salvador-Ba. 2015. 34 páginas.
Trabalho de conclusão de curso – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública,
Salvador-Bahia, 2016.
Introdução: A hipovitaminose D é uma alteração bioquímica de elevada prevalência na
população geral, especialmente em pacientes com obesidade. A sua função mais
conhecida da vitamina está relacionada ao metabolismo ósseo, entretanto mais
recentemente, diversas funções extra ósseas vêm sendo descritas. Objetivos: Descrever
a prevalência da deficiência de vitamina D e avaliar metabolismo do cálcio, fósforo PTH
em mulheres com excesso de peso acompanhadas em um ambulatório especializado de
Salvador-BA. Metodologia: estudo de corte transversal descritivo, onde foram incluídas
mulheres com índice de massa corpórea (IMC) igual ou superior a 25 Kg/m 2, maiores de
18 anos de idade. As medidas antropométricas obtidas foram: peso, altura, IMC, medida
da circunferência abdominal, circunferência do quadril. A presença de Hipertensão Arterial
Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) foi obtida através da análise dos
prontuários dos pacientes participantes do estudo. O diagnóstico de hipovitaminose D foi
estabelecido de acordo com critérios da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia - quando o nível está menor ou igual 20ng/dL têm-se deficiência, valores
entre 21ng/dL e 29ng/dL são considerados insuficientes, e valores de 30ng/dL a 100ng/dL
são normais. Resultados: A casuística foi composta por 121 pacientes a média de idade
foi 43,1±11,6 anos, do IMC 37,1±6,5Kg/m², circunferência abdominal 109,3±13,1cm e
relação cintura/quadril 0,86±0,01. A prevalência de obesidade no grupo foi de 89,3%;
sendo 59% da população hipertensa e 20% diabética. A média dos níveis da vitamina D
na população foi 23,5±5,9ng/dL. Hipovitaminose D foi vista em 84,6% da população,
sendo que 25,6% dos indivíduos apresentam deficiência de vitamina D e 59% apresentam
insuficiência. Ao comparar a média das variáveis bioquímicas dos grupos sobrepeso e
obesidade, o resultado foi respectivamente: 26,8±7,4ng/dL e 23,1±5,7 (p=0,1) para a
vitamina D, 41,7[26,4-37,4]pg/mL e 63,3 (p=0,03) para o PTH, 10,1±0,8 e 9,4±0,7mg/dL
(p=0,052) cálcio e 3,8±0,4mg/dL(p=0,84) em ambos os grupos para o fósforo. Foi
observada uma correlação inversa entre o IMC e os níveis de vitamina D (R= - 0,186,
p=0,041). Conclusão: A prevalência de hipovitaminose em pacientes com excesso de
peso é maior em relação a população geral. Existe uma correlação negativa entre os
níveis de vitamina D e IMC.
Palavras-chave: Obesidade. Deficiência de vitaminas. Doenças Ósseas Metabólicas.
TEMA: FATORES PREDITORES DE MAIOR PRODUTIVIDADE CIENTÍFICA ENTRE
PROFISSIONAIS DE SAÚDE: UMA REVISÃO DE LITERATURA.
ALUNO: JOÃO MARX PEREIRA JÚNIOR
ORIENTADOR: PROF. LUÍS CLÁUDIO LEMOS CORREIA
RESUMO
Objetivo: Identificar características dos pesquisadores ou profissionais da área de saúde
que estejam associados com uma maior produção científica Métodos: Foi realizada uma
revisão sistemática de literatura utilizando de um modelo padronizado para tal, seguindo
as recomendações do protocolo Prisma. Resultados: Foram incluídos 10 estudos.
Associação positiva com maior produtividade foi observada em para gênero em 4 estudos
entre os 6 em que foi testada (66%). Participação em programas de fellowship, em
programa de pós-graduação ou outros treinamento em 6 estudos em que e nível de
proficiência em inglês em 2 estudos. Não foi identificada associação entre produtividade
científica e o estado civil, número de filhos, ocupação do conjuge e gênero do orientador.
Conclusão: por mais que algumas variáveis tenham se repetido em estudos distintos, os
artigos selecionados abrangem uma enorme variedade de amostras diferentes, o que
compromete a generalização dos dados observados a um nível populacional. Gênero,
pós-graduação e treinamento em pesquisa e carreira acadêmica se apresentam como
variáveis cuja associação com maior produtividade científica se apresentou mais
consistente após a análise completa dos estudos. A relação entre a proficiência em inglês
e a publicação de artigos ainda se mostra incerta, e mais estudos são necessários para
que essa relação possa ser entendida.
Palavras-chave: Publicação, bibliometria, científica, performance, preditores.
TEMA: O DIÁRIO MICCIONAL COMO PREDITOR DO TRATAMENTO COM
ELETROESTIMULAÇÂO TRANSCUTÂNEA PARASACRAL EM PACIENTES COM
BEXIGA HIPERATIVA ISOLADA.
ALUNA: JÚLIA CRUZ SANTANA
ORIENTADOR: PROF. UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JÚNIOR
RESUMO
Referência: Santana, JC. O diário miccional como preditor para tratamento com
eletroestimulação transcutânea parasacral em pacientes com bexiga hiperativa isolada.
[trabalho de conclusão de curso]. Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e
Saúde Pública, Bahia; 2016.
Introdução: A disfunção do trato urinário inferior é uma anormalidade funcional do trato
urinário quando relacionada com o controle da micção. Este comprometimento pode gerar
um aumento da atividade da bexiga, denominado bexiga hiperativa isolada, caracterizado
por urgência miccional frequentemente associado com incontinência diurna e polaciúria. O
diagnóstico desta patologia é realizado com o auxílio do diário miccional, importante
instrumento de avaliação da intensidade e característica dos distúrbios miccionais. Uma
vez diagnosticada, temos como um dos mais atuais e utilizados tratamentos o uso da
eletroestimulação trânscutânea parassacral (PTENS), conhecida pela sua alta eficácia
associada a poucos efeitos colaterais. Objetivo: Analisar a influência dos dados do diário
miccional como preditores do tratamento de eletroestimulação transcutânea parassacral
nos pacientes com bexiga hiperativa isolada. Materiais e métodos: Este é um estudo de
caráter descritivo de natureza quantitativa e caráter analítico, realizado no CEDIMI,
Salvador, Bahia. Foram incluídos 114 pacientes de 04 a 16 anos, atendidos no período de
2006 a 2015 e diagnosticados com BHI que realizaram o tratamento com PTENS,
possuíam o diário miccional e o escore EVA preenchidos adequadamente. As variáveis
analisadas foram; diário miccional (nº máximo e mínimo de micções, capacidadade
máxima e média vesical), sexo, idade, escore na EVA. Resultado: A média da idade das
crianças estudadas foi de 7,68(±2,90). Dos participantes, 64,9% foram meninas,
entretanto não houve diferença estatisticamente significante (70, 64,9% sexo fem. vs. 44,
35,1% sexo masc.; p= 0,23). O teste realizado foi U de Mann-Whitney, sendo avaliados
dois grupos distintos; o grupo 1 incluiu os pacientes com EVA igual a 10 cujo desfecho
final foi a cura dos sintomas e o grupo 2 incluiu os pacientes com EVA ˂ 10 que ainda
relatavam alguns sintomas. Após análise dos dados através do SPSS 23.0, não houveram
relações estatisticamente significantes dos dados presentes no diário miccional como
fator preditor de melhor resposta ao tratamento com PTENS. Entretanto, a análise da EVA
proporcionou identificarmos que 77,2% dos pacientes obtiveram uma resposta igual ou
maior a 80% de resolução dos sintomas após o tratamento. Conclusão: O diário
miccional funciona como um importante e eficaz método diagnóstico dentro dos distúrbios
miccionais e contribui para a análise da intensidade dos sintomas da BHI. Porém, não é
um método eficaz para prevermos o desfecho do tratamento com PTENS para BHI, ou
seja, não pode ser utilizado com um fator preditor para o resultado deste tratamento.
Palavras-chave: BHI, diário miccional, PTENS.
TEMA: CARACTERÍSTICAS DIFERENCIAIS EM MULHERES COM ALTO RISCO E NÃO
ALTO RISCO NO ESCORE GRACE.
ALUNA: JÚLIA OLIVEIRA MORAES COÊLHO
ORIENTADOR: PROF. MÁRIO DE SEIXAS ROCHA
RESUMO
Coêlho JOM. Características diferenciais em mulheres com alto risco e não alto risco no
escore grace [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola de Medicina, Escola
Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016.
INTRODUÇÃO: Os desfechos da DAC podem ser agudos e crônicos. Nesse estudo, foi
avaliada a Síndrome Coronariana Aguda (SCA). Devido ao prognóstico importante, é
essencial a estratificação dos pacientes (P) através dos escores de risco (GRACE TIMI),
avaliando as chances de óbito ou de novo evento, identificando aqueles que se
beneficiam de conduta mais agressiva. OBJETIVO: identificar as principais diferenças
entre as portadoras de SCA de Alto Risco (AR) e as de Não Alto Risco (NAR) segundo a
classificação do Escore GRACE (EG). METODOLOGIA: Trata - se de um estudo
descritivo observacional de uma amostra de mulheres admitidas na UCO de um hospital
de referência com o diagnóstico de SCA no período de 2009 - 2013. RESULTADOS:
Todas eram do sexo feminino, 69 anos (DP 12,5 anos); 65kg (DP 12 kg); 1,58 m (DP 7
cm); Pressão Sistólica (PAS) de 144mmHg (DP 18,6 mmHg), a Pressão Diastólica (PAD)
de 85mmHg (DP 33,2 mmHg) e Frequencia Cardíaca (FC) de 79 bpm (DP 18,2 bpm).
46,5% (59 P) foram consideradas de AR no Escore GRACE (EG). A taxa de Hipertensão
Arterial Sistêmica (HAS) foi de 79% e a Dislipidemia, de 65,2%. Na admissão, as
pacientes foram diagnosticadas em: AI (45,3%), IAMSSST (29,9%) e IAMCSST (24,8%).
A única comorbidade com valor de significância é o HF de DAC, com P = 0,001 (mais
frequente no AR) e a DAC (mais frequente no NAR) com P = 0,059. Dentre os ECV
prévios o IAM (mais frequente no NAR) teve o maior valor de significância, com P = 0,01.
Dentre os medicamentos usados previamente a admissão, o BB obteve um P = 0,05,
sendo mais frequente no AR. Na admissão, o Clopidogrel obteve P <0,001 e foi mais
usado no AR; o BCC possuia um P = 0,009 e frequencia maior no NAR. Dentre os
desfechos, o Reinfarto alcançou um valor de P = 0,004, sendo mais frequente no grupo
de Alto Risco. CONCLUSÃO: O grupo de Alto Risco no Escore GRACE possui mais
comorbidades, sofreu mais ECV prévios, utilizou mais os medicamentos que reduzem a
morbi - mortalidade e cursaram com mais procedimentos cirúrgicos e reinfartos após a
alta hospitalar
Palavras-chave: Síndrome Coronariana Aguda. GRACE. Internamento. Perfil. Doença
Arterial Coronariana.
TEMA: AUTOPERCEPÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE HANSENÍASE POR
ESTUDANTES DE MEDICINA DO INTERNATO DA ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA.
ALUNA: JULIANA PIMENTEL WILD
ORIENTADORA: PROFA. MARTA SILVA MENEZES
CO-ORIENTADORA: PROFA. LILIANE ELZE FALCÃO LINS KUSTERER
RESUMO
INTRODUÇÃO: a hanseníase representa um problema de saúde pública e é amplamente
conhecida por suas complicações neurais e curso desafiador, apesar da rotina terapêutica
bem estabelecida. O diagnóstico é essencialmente clínico, o que aponta para a
importância do preparo de profissionais de saúde aptos e capacitados para lidar com as
variáveis dessa doença. A análise da autopercepção do conhecimento, bem como a
análise conhecimento em si, se tornam importantes ferramentas para identificar possíveis
lacunas na formação acadêmica da competência de diagnosticar a hanseníase.
OBJETIVOS: verificar a autopercepção do estudante de medicina sobre sua competência
no diagnóstico de hanseníase; identificar possíveis lacunas na formação acadêmica
quanto ao preparo para a realização do diagnóstico de hanseníase. METODOLOGIA: o
estudo consiste em duas etapas, sendo a primeira a pesquisa documental das previsões
de ensino da hansenologia, a partir do Projeto Político Pedagógico do curso de Medicina
da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. A segunda etapa se trata de um estudo
de corte transversal, de cunho descritivo, realizado a partir da aplicação de questionário
em estudantes do curso de medicina do 10º semestre da Escola Bahiana de Medicina e
Saúde Pública, na cidade de Salvador, Bahia. Para análise dados se utilizou de estatística
descritiva, através do Software SPSS. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP). RESULTADOS: a seleção amostral que respondeu ao questionário é
composta por 82 alunos, sendo 44 dos indivíduos do sexo feminino, cursando o décimo
semestre (2015.1) de medicina, na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Mais da
metade do grupo (54%) afirmou já ter tido contato com algum paciente com hanseníase. A
maioria (78%) dos indivíduos afirmou não se sentir preparada para atender tais pacientes.
Um número significante dos alunos (65,9%) negou ter conhecimento sobre os critérios
preconizados pelo Ministério da Saúde para diagnóstico de Hanseníase, 13,4% disse não
lembrar se sabia ou não dos critérios, enquanto 20,7% afirmou estar ciente das
padronizações do MS. A maior parte do grupo (71,1%) afirmou estar apta a reconhecer as
variadas formas clínicas da hanseníase. Menos da metade dos participantes (43,4%)
afirmou saber quais exames laboratoriais auxiliam o diagnóstico da doença. Sobre as
diferenças entre as reações hansênicas do tipo 1 e do tipo 2, 54,3% dos alunos disseram
não saber distinguir entre uma e outra, enquanto 34,6% afirmou reconhecê-las. Quase
todos (98%) os estudantes disseram julgar importante o aprimoramento do ensino acerca
do tema durante a graduação médica. CONCLUSÃO: (1) a análise das ementas da
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e da literatura apontam deficiências
curriculares e práticas no ensino da hansenologia; (2) a maioria dos estudantes não sente
preparada para atender pacientes com hanseníase.
Palavras-chave: hanseníase, ensino, currículo, metodologias.
TEMA: RELAÇÃO ENTRE ANSIEDADE, DEPRESSÃO E DISTÚRBIO COGNITIVO EM
ADULTOS MAIS VELHOS NA COMUNIDADE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
ALUNA: KARLA OLIVEIRA COUTO
ORIENTADOR: PROF. ANTÔNIO CARLOS CRUZ FREIRE
RESUMO
Referência: Couto, K. relação entre ansiedade, depressão e distúrbio cognitivo em adultos
mais velhos na comunidade: uma revisão sistemática [trabalho de conclusão de curso].
Salvador: Escola de Medicina, Escola Bahiana de medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016.
A saúde mental de uma população é o resultado de complexas interações entre diferentes
parâmetros nos níveis individual e populacional. Poucas investigações têm delineado a
relação potencial de sintomas de ansiedade, sintomas depressivos leves e desempenho
cognitivo em adultos mais velhos na comunidade. OBJETIVO: O objetivo do presente
estudo foi avaliar a correlação entre ansiedade, depressão e prejuízo cognitivo, em
adultos mais velhos, na comunidade, através de revisão sistemática da literatura.
METÓDOS: Seis artigos foram incluídos no presente estudo. A maioria dos artigos
estudados apresentavam correlação estatisticamente significativa entre depressão,
ansiedade e prejuízo cognitivo, contudo os estudos de corte transversal, trazem os
principais resultados conflitantes. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Esta revisão
sistemática da literatura indica que sintomas de ansiedade e depressão em adultos mais
velhos na comunidade não demonstraram ser, de forma consistente, um fator de risco
para quadros demenciais, contudo depressão e ansiedade interferem em aspectos
específicos dos domínios cognitivos, mas podem não causar prejuízo cognitivo de forma
global. CONCLUSÃO: Fica claro, que mais estudos com desenho adequado para elucidar
essa lacuna do conhecimento precisam ser elaborados, enfocando variáveis sócioambientais e aspectos relacionados à resiliência no sentido de melhor elucidar o papel da
depressão e ansiedade no desempenho cognitivo.
Palavras-chave: Depressão. Ansiedade. Cognição. Comorbidade.
TEMA: PANORAMA DA SÍFILIS CONGÊNITA NA BAHIA NO PERIODO DE 2008 A
2013.
ALUNA: LARISSA ALEM DA COSTA LEAL
ORIENTADORA: PROFA. MARTA SILVA MENEZES
RESUMO
Referência: LEAL, Larissa Alem da Costa. Panorama da Sífilis congênita na Bahia de
2008 a 2013. 25. Trabalho de conclusão de curso em Medicina – Escola Bahiana de
Medicina e Saúde Pública, Salvador, Bahia, 2016.
Introdução: A sífilis é uma doença infecciosa que tem como agente etiológico o
Treponema pallidum. A sífilis congênita (SC) ocorre quando há uma disseminação
hematogênica dessa bactéria, por via transplacentária, para o feto de uma gestante
infectada. Apesar de ser completamente evitável, a SC ainda é uma causa importante de
deficiências neurológicas, musculo esqueléticas, problemas no desenvolvimento e
mortalidade infantil de lugares mais pobres. Objetivo: Descrever o panorama da sífilis
congênita na Bahia no período de 2008 a 2013. Além de descrever a taxa de incidência
da doença no período e as características maternas e do feto. Métodos: Trata-se de um
estudo descritivo observacional do panorama da Sífilis Congênita na Bahia nos anos de
2008 a 2013. A população do estudo foi composta de todos os casos de sífilis congênita
notificados - incluindo abortos e natimortos. A coleta de dados foi feita através do Sistema
de Informação de Agravos de Notificação, e do Sistema de Informações sobre Nascidos
Vivos, disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Os
resultados foram descritos como medidas de frequência absoluta e relativa. Os dados
foram apresentados na forma de números absolutos, porcentagem e taxas de incidência
através da utilização de planilhas, tabelas e gráficos. Resultados: A maior taxa de
incidência encontrada foi de 2,59 casos/1000 Nascidos vivos em 2012 e a menor foi de
0,88 casos/1000 Nascidos Vivos em 2008. A prevalência foi de conceptos da cor parda,
sem proporção significativa de óbitos pelo agravo. Entre as características maternas, há
predomínio de mães com baixa escolaridade, onde a maioria realizou o pré-natal, no
entanto o diagnóstico da sífilis materna só foi realizado durante o parto/curetagem ou
após o parto. Conclusão: a taxa de incidência de sífilis congênita no estudo ficou acima
do preconizado pelo Ministério da Saúde. A proporção de óbitos pela SC é baixa e
acomete crianças de raça/cor parda. As mães apresentaram baixa escolaridade,
realizaram pré-natal porém o diagnóstico foi tardio o que evidenciou falhas no serviço de
pré-natal ofertado.
Palavras-chave: Sífilis Congênita. Sífilis. Incidência.
TEMA: PERFIL DOS PACIENTES COM CÂNCER DE TIREOIDE EM UM SERVIÇO DE
REFERÊNCIA DE SALVADOR.
ALUNA: LEONORA MARIA CAMANDAROBA
ORIENTADORA: PROFA. CAROLINE BULCÃO SOUZA
RESUMO
Camandaroba LM. Perfil dos pacientes com câncer de tireoide em um serviço de
referência de Salvador [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola de Medicina,
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016.
INTRODUÇÃO: O câncer de tireoide apresenta incidência crescente, especialmente o
carcinoma papilífero, que é o tipo histológico mais comum 1. Essa neoplasia é mais
frequente no sexo feminino, é geralmente diagnosticada incidentalmente e na maioria das
vezes apresenta uma evolução favorável2. A descrição e o conhecimento das
características clínicas desta doença permitiram conhecer melhor o perfil dos pacientes
com câncer de tireoide, atendidos em um serviço de referência estado da Bahia.
OBJETIVO: Caracterizar os portadores de câncer diferenciado de tireoide (CDT)
atendidos no Ambulatório de Tireoide da Residência Médica do CEDEBA.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional descritivo, realizado de março a
outubro de 2016, a partir de dados coletados em prontuários de 120 portadores de CDT.
Os pacientes foram divididos de acordo com o risco e foram analisadas características
biológicas, demográficas e do tratamento. RESULTADOS: A amostra desse estudo foi de
104 pacientes, 89,4% do sexo feminino, 60,4% eram de Salvador, 66,2% apresentavam
excesso de peso, 12,6% diabéticos, 58,2% operados no Hospital Aristides Maltez (HAM),
79,2% possuíam nódulo incidental, 7,1% com história familiar de câncer de tireoide. Em
relação ao risco, 45,0% dos portadores de carcinoma papilífero, 46,2 % das mulheres e
35,0% dos pacientes submetidos ao esvaziamento cervical eram da categoria baixo risco
e 45,5% dos pacientes do sexo masculino estavam nas categorias de maior risco. A
mediana da dose de I131 foi de 30 mCi e 100 mCi para os riscos muito baixo e baixo,
respectivamente, e, 150 mCi para os riscos intermediário e alto. CONCLUSÃO: A maioria
dos pacientes era baixo risco e do sexo feminino, sendo que o carcinoma papilífero foi o
tipo histológico mais frequente. Além disso, houve associação estatisticamente
significante entre o esvaziamento cervical e o risco e os pacientes das categorias de
menor risco foram tratados com dose de I131 elevada.
Palavras-chave: Perfil. Risco. Câncer de tireoide.
TEMA: EVENTOS TROMBOEMBÓLICOS: INTERNAMENTOS EM MULHERES NO
BRASIL. 2008 A 2015.
ALUNA: LÍDIA ARAUJO DOS SANTOS
ORIENTADORA: PROFA. MILENA BASTOS BRITO
RESUMO
Referência: SANTOS, LA. Eventos tromboembólicos: internamentos em mulheres no
Brasil. 2008 a 2015. 2016, 46 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina) Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2016.
Introdução: A trombose acomete pacientes com desordens como estase ou
hipercoagulabilidade sanguíneas ou lesão endotelial – Tríade de Virchow - e pode ter
origem venosa ou arterial. Idade elevada, uso de contraceptivos hormonais combinados,
sedentarismo, obesidade, dislipidemia, por exemplo, são fatores que aumentam risco ao
tromboembolismo. O crescimento do uso dos contraceptivos orais associado à mudança
dos hábitos de vida no País aumenta a importância deste trabalho, pois tais patologias
possuem impacto na saúde pública. Objetivos: Analisar internamentos por eventos
tromboembólicos arteriais e venosos em mulheres no Brasil, de janeiro de 2008 a
dezembro de 2015. Metodologia: Estudo descritivo retrospectivo de série histórica de
2008 a 2015, no Brasil, a partir de dados secundários do DataSus, acerca de
hospitalizações notificadas em mulheres por tromboembolismo, e idade ≥15 anos.
Avaliaram-se as variáveis: média de internação em dias; faixas etárias 15-39 e ≥40 anos;
região - Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste, Sul e Norte; custo de internamentos em reais;
evolução das internações – cura e óbito. Resultados: Ocorreram 242.508 hospitalizações
em mulheres ≥15 anos, no período estudado. A maioria (79,7%) foi observada naquelas
≥40 anos de idade com eventos tromboembólicos venosos (75,13%), com tendência
linear crescente. A Região Sudeste apresentou maior índice de internamentos entre as
regiões do País. A média de dias de internamento por paciente (6,2 dias/mulher 15-39
anos e 7,1dias/mulher ≥40 anos), nas duas faixas etárias, foi maior quando se tratou de
tromboembolismos arteriais e mulheres ≥40 anos permanecem mais tempo
hospitalizadas. A taxa de mortalidade foi maior nas patologias arteriais (11,2%) - do que
nas venosas (2,9%) entre mulheres ≥40 anos. O custo médio foi de R$
979,30/internamento, analisando as duas etiologias. Conclusão: Observou-se aumento
dos eventos tromboembólicos nos últimos oito anos no Brasil entre mulheres, com alto
impacto na saúde, nos custos governamentais e na mortalidade das pacientes. Faz-se
necessário amplificar a prevenção de trombose, através de um sistema de saúde
acessível às mulheres, principalmente acima de 40 anos. Além de estudos prospectivos
objetivando ampliar o conhecimento da situação das mulheres diante de doenças
tromboembólicas, no Brasil.
Palavras-chave: Tromboembolismo. Internamentos. Mulheres.
TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DE MULHERES COM EXCESSO DE
PESO ASSOCIADO OU NÃO A ANSIEDADE, DEPRESSÃO E COMPULSÃO
ALIMENTAR.
ALUNA: LUÃ MIGUEL MARQUES VIDAL
ORIENTADORA: PROFA. MARIA DE LOURDES LIMA
CO-ORIENTADORA: PROFA. SYLVIA MARIA BARRETO DA SILVA
RESUMO
INTRODUÇÃO: As organizações de saúde se preocupam constantemente com a
epidemia de obesidade, que ocorre no planeta, e com as morbidades associadas a tal
quadro. Estima-se que nos países em desenvolvimento existem mais de 115 milhões de
pessoas sofram com morbidades associadas à obesidade, sendo que desordens
psíquicas (como ansiedade, depressão e distúrbios alimentares) tem afetado cada vez
mais pessoas obesas, no Brasil e no Mundo. OBJETIVOS: Estimar a prevalência de
depressão, ansiedade e compulsão alimentar periódica em mulheres com excesso de
peso acompanhadas em ambulatório especializado do SUS; comparar o perfil clinico e
demográfico das mulheres com excesso de peso sem distúrbios psiquiátricos, com
aquelas com ansiedade, depressão e/ou compulsão alimentar periódica.
METODOLOGIA: É um estudo de corte transversal descritivo e analítico. A amostra
consiste em 100 mulheres com obesidade acompanhadas em um serviço de ambulatório
de excesso de peso multidisciplinar. Avaliaram-se os dados coletados, de um grupo de
100 pacientes do sexo feminino de um total de 270 pacientes. Os critérios de inclusão
foram ter idade a partir de 18 anos e IMC ≥ 25 Kg/m2. Não houveram critérios de
exclusão. Os dados coletados se referiram às variáveis: idade, graus de obesidade,
escolaridade, renda, IMC, e variáveis clínicas, que foram descritas de acordo com a
presença ou não de ansiedade, depressão e compulsão alimentar periódica, os quais
foram identificados, nos pacientes, através das escalas HADS (Escala Hospitalar de
Ansiedade e Depressão) e ECAP (Escala de Compulsão Alimentar Periódica). A análise
estatística foi realizada com uso do programa SPSS for Windows versão 22.0. Foram
realizadas análises exploratórias, para avaliar o banco de dados; quanto às análises
descritivas, para as variáveis qualitativas, foram realizados o cálculo de proporção; para
as variáveis quantitativas se utilizou as medidas de tendência central, moda, média,
mediana e desvio padrão. RESULTADOS: Foi demonstrado que, no grupo estudado
houve uma prevalência de psicopatologias de 52%, sendo desse total, 49% por
depressão, 32% por ansiedade e 19% por compulsão alimentar periódica. Na comparação
de grupos com e sem comorbidades psiquiátricas não foram observadas diferenças
quanto a adesão a dieta ou atividades físicas, quanto a presença de Hipertensão Arterial
Sistêmica, Diabetes Mellitus, Dislipidemias, média de idade ou IMC. CONCLUSÃO: Temse, portanto, que, a prevalência de distúrbios psiquiátricos é elevada em mulheres com
excesso de peso e não apresentou, nesse estudo, relação com as variáveis clínicas e
sociodemográficas como idade, IMC ou presença de comorbidades clínicas (HAS, DM e
dislipidemia). No estudo, o distúrbio de ansiedade foi o mais prevalente, seguido de
depressão, e compulsão alimentar periódica.
Palavras-chave: Obesidade; Depressão; Morbidades; Ansiedade.
TEMA: TEMPO DE EXPOSIÇÃO À LUZ BRANCA E DISTÚRBIOS DO SONO EM
ESTUDANTES DE MEDICINA.
ALUNO: LUAN FIGUEREDO BONFIM
ORIENTADOR: PROFA. ISA CRISTINA SALLES DE CASTRO
RESUMO
Bonfim LF. Tempo de exposição à luz branca e distúrbios do sono em estudantes de
medicina [monografia]. Bahia: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde
Pública, Bahia; 2016.
Objetivo: avaliar a associação entre o tempo de exposição à luz branca e os distúrbios do
sono em estudantes de medicina de diferentes semestres da Escola Bahiana de Medicina
e Saúde Pública. Métodos: trata-se de um estudo prospectivo do tipo corte transversal,
realizado com 301 estudantes do terceiro ao décimo segundo semestre de graduação da
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Os dados foram obtidos através da
aplicação de um questionário autoaplicável. Resultados: durante a faculdade, os
indivíduos que tiveram exposição à luz fluorescente maior que 10 horas apresentaram
uma média de redução maior que 7% no tempo de sono de sexta para sábado quando
comparados aos indivíduos que tiveram até 10 horas de exposição a esse tipo de luz.
Houve aumento importante na duração do sono de domingo a sábado e menor redução
do tempo de sono ao ingressar na faculdade dos indivíduos que tiveram tempo em
escuridão diário maior que 5 horas, quando comparados aos indivíduos que tiveram até 5
horas em escuridão. Conclusão: a exposição prolongada a diferentes tipos de luz branca
pode repercutir em maior privação do sono nos estudantes de medicina.
Palavras-chave: Luz. Sono. Distúrbios do sono. Estudantes de medicina. Educação
médica.
TEMA: O IMPACTO DA EURITMIA NA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA:
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
ALUNA: LUANA COSTA CARVALHO VALENTE
ORIENTADORA: DRA. ANGELA CRISTINA MARQUES VALENTE
RESUMO
Referência: Valente LCC. O impacto da euritmia na variabilidade da frequência cardíaca:
uma revisão sistemática [monografia]. Salvador. Escola Bahiana de Medicina e Saúde
Pública, Bahia, 2016.
INTRODUÇÃO: A Medicina Antroposófica (MA) teve sua origem baseada na filosofia do
Rudolf Steiner e foi incorporada à ciência médica através de doutora Ita Wegman. A
euritmia (EUR) é uma terapia oriunda da MA e consiste em movimentos corporais
combinados à música e à poesia com o intuito de exercer funções terapêuticas ao
indivíduo. O impacto da euritmia no sistema nervoso autônomo pode ser acessado
através da variabilidade da frequência cardíaca (VFC), que é um método não invasivo e
objetivo para avaliar esta repercussão. OBJETIVO: Avaliar a influência da euritmia sob a
variabilidade da frequência cardíaca. MATERIAIS E MÉTODOS: Neste trabalho foram
utilizados para a pesquisa dos artigos plataformas eletrônicas de dados como o PubMed,
The Cochrane Library, Bireme/LILACS e MEDLINE para ensaios clínicos randomizados,
não randomizados, ensaios clínicos e ensaios clínicos controlados que demonstraram o
impacto da euritmia na variabilidade da frequência cardíaca. RESULTADOS: Dos 27
artigos encontrados pela estratégia de busca, 4 foram selecionados para leitura integral e
destes, todos foram elegíveis. Dois estudos avaliaram a VFC durante a prática da EUR
em comparação ao exercício ergométrico convencional e ambos notaram flutuações
significativas da VFC frente à prática eurítimica quando comparado à ergometria
convencional (EC). Um deles constatou que a frequência muito baixa (FMB) e a
frequência alta (FA) elevaram-se significativamente (p < 0,001) à prática da EUR em
relação à EC. Um outro estudo notou um aumento significativo do padrão de ondas FMB
e frequência ultra baixa (FUB) pós EUR (p < 0,001). A EUR também levou a estados de
relaxamento profundos e a uma melhor qualidade de sono em outro estudo, resultado da
redução da FUB. CONCLUSÃO: Os trabalhos inclusos nesta revisão não foram
randomizados e alguns não tiveram grupo-controle em seu desenho de estudo. No
entanto, apesar disso, a euritmia mostrou-se como um bom recurso terapêutico e curativo.
Concomitante a isso, a terapia eurítimica pode ser realizada de maneira não extenuante,
o que amplia seu espectro de atuação. A realização de estudos controlados e
randomizados é recomendada.
Palavras-chave: Eurythmy. Eurythmy therapy. Heart rate variability.
TEMA: ANÁLISE DOS ÓBITOS POR INSUFICIÊNCIA RENAL NA BAHIA, 2009 -2015.
ALUNO: LUCAS AZEVEDO ALVES DE SOUSA
ORIENTADOR: PROF. JUAREZ PEREIRA DIAS
RESUMO
Introdução: Esse trabalho visa alertar aos profissionais de saúde para as crescentes e
significativas taxas de mortalidade por Insufiência Renal no estado da Bahia entre os anos
de 2009 e 2015, como forma de buscar ações que trabalhem para amenizar essa
situação. Objetivos: Analisar os óbitos por Insuficiência Renal no estado da Bahia e por
macrorregiões de residência, entre 2009 e 2015. Metodologia: Estudo Descritivo com
dados agregados e secundários, coletados no Sistema de Informação sobre
Mortalidade(SIM) disponibilizado pela Secretária de Saúde do Estado da Bahia(SESAB),
realizado no estado da Bahia no período do Janeiro de 2009 à Dezembro de 2015, cuja
população do estudo foi composta por indivíduos que foram óbito tendo como causa
básica Insuficiência Renal não especificada. Resultados: No período do estudo,
ocorreram 4.074 óbitos por Insuficiência Renal, média de 582+81,96, variando de 496 em
2009 a 703 óbitos em 2015, incremento de 41,7%. Entre as macrorregiões, os maiores
registros ocorreram na Leste, 1.381 (33,90%). A taxa de mortalidade para o Estado variou
de 28,59/100.000 habitantes em 2009 a 41,77/100.000 habitantes em 2015, um
incremento de 46,10% e média de 32,61+4,57/100.000 habitantes. A tendência temporal
da Taxa de mortalidade para o Estado mostrou-se ascendente, fortemente associada ao
tempo e estatisticamente significante (R2=0,948, β=2,213 e p=0,000). Na distribuição dos
óbitos por sexo, verifica-se que 2.413 (59,23%) eram do masculino e 1.661 (40,77%) do
feminino, sendo, essa mesma característica quanto ao sexo masculino, predominante em
todas as macrorregiões. A análise do número e percentual de óbitos segundo faixa etária
mostra que, estes se concentraram em indivíduos de 60 a 79 anos, 1.607 (39,45%),
maiores de 80 anos, 1.123 (27,57%) e 40 a 59 anos, 932 (22,88%). Conclusão: A
gravidade da situação enquadra a Insuficiência Renal como uma questão importante de
saúde pública e ações devem ser desenvolvidas para minimizar as suas consequências.
Palavras-chave: Insuficiência renal. Mortalidade. Epidemiologia. Internação. Bahia.
TEMA: ANÁLISE DA TENDÊNCIA DA AIDS EM CRIANÇAS NA BAHIA NO PERÍODO
DE 2007 A 2015.
ALUNO: LUCAS PEREIRA FERREIRA
ORIENTADORA: PROFA. ALCINA MARTA DE SOUZA ANDRADE
RESUMO
Introdução: A Aids/SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença
infecciosa de alta prevalência global. A transmissão vertical, também chamada de
materno-infantil é a principal responsável pela incidência de Aids em crianças. Apesar das
medidas adotadas pelo Programa Nacional de DST/Aids (PNDST), que possibilitaram a
prestação de serviços mais amplos, com tratamento fornecido pelo governo e adoção de
medidas preventivas, a transmissão do vírus HIV em crianças ainda acontece. Logo,
conhecer o perfil epidemiológico das crianças acometidas pela doença se faz necessário
para a definição e o melhor direcionamento das políticas públicas a fim de evitar que a
transmissão vertical ocorra. Objetivo geral: Descrever o perfil epidemiológico da Aids em
crianças na Bahia no período de 2007 a 2015. Secundariamente objetivou-se: Descrever
as características das crianças com Aids na Bahia por macrorregião de residência,
estimar o coeficiente de incidência de Aids em crianças por macrorregião de residência e
sexo e o coeficiente de letalidade por Aids em crianças no período de estudo.
Metodologia: Trata-se de um estudo observacional descritivo de série temporal, com
dados secundários agregados, obtidos a partir da base de dados do Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram analisados os casos de Aids em
crianças no período de 2007 a 2015 por macrorregião de residência do estado da Bahia,
faixa etária, raça, sexo, tratamento para hemofilia, transfusão, hepatomegalia, critério de
confirmação e evolução do caso. Além disso foram calculados os coeficientes de
incidência e de letalidade. Resultados: No período do estudo, houve 351 casos
notificados e maior proporção na macrorregião Leste (51%), seguida pelas macrorregiões
Sul e Extremo-Sul. O coeficiente de incidência apresentou grande variação e a
macrorregião com maior risco de contrair a doença foi a Leste que apresentou o valor
máximo em 2009 (3,33 casos/100.000 <14 anos). Quanto a taxa de letalidade por Aids foi
observada tendência a redução, passando de 8,51% em 2007 para 4,35% em 2015 (pvalor= 0,90). Conclusão: Destaca-se que a detecção precoce de gestantes portadoras do
vírus HIV com a adoção de medidas preventivas é a melhor maneira de evitar que a
transmissão materno-infantil ocorra. Nesse sentido, mais estudos epidemiológicos se
fazem necessários para identificar o perfil da criança que adoce por Aids e,
principalmente, das mães a fim de atuar oportunamente para evitar a contaminação pelo
vírus HIV.
Palavras-chave: Aids em crianças. Epidemiologia. Bahia.
TEMA: ASSOCIAÇÃO ENTRE EPISTAXE E CRISES ÁLGICAS EM CRIANÇAS COM
ANEMIA FALCIFORME.
ALUNO: LUCAS PORTELA TAVARES
ORIENTADORA: PROFA. IZA CRISTINA SALLES DE CASTRO
RESUMO
Referência: Tavares LP. Associação entre epistaxe e crises álgicas em crianças com
anemia falciforme [monografia]. Bahia: Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e
Saúde Pública, Bahia; 2016.
INTRODUÇÃO: a doença falciforme é a doença hematológica hereditária mais comum do
mundo. O quadro clinico com crises álgicas e epistaxe podem ser encontradas nos
pacientes com anemia falciforme, ocorrendo pelo comprometimento da microcirculação
devido a alteração conformacional das hemácias e o tratamento para redução das crises
vaso oclusivas. OBJETIVO: avaliar a associação entre epistaxe e crises álgicas em
crianças com anemia falciforme. METODOLOGIA: a coleta de dados constou de 85
pacientes inscritos em um centro de referência de hematologia e hemoterapia, por
amostragem não-probabilística do tipo sequencial, entre maio de 2007 e maio de 2008.
Os critérios de inclusão adotados foram: ter diagnóstico confirmado de anemia falciforme
através da análise quantitativa de hemoglobina por eletroforese de hemoglobina ou
HPLC; ter idade entre 2 e 19 anos; estar clinicamente estável; responder ao questionário.
Os critérios de exclusão: apresentar outras síndromes genéticas, doenças debilitantes,
hepatite aguda, usar hipnóticos; ter realizado terapia com corticoides; ser gestante; e
apresentar infecção durante a avaliação. Os participantes foram submetidos ao
questionário criado pelos participantes pesquisa constando das seguintes perguntas: O
(a) menor apresenta há mais de 06 meses: Obstrução nasal unilateral, obstrução nasal
bilateral, hiposmia, anosmia, cacosmia, prurido nasal, crises esternutatórias, cefaleia
frontal em peso, rinorreia mucoide, rinorreia catarral, rinorreia purulenta ou epistaxe.
RESULTADOS: ao comparar a frequência dos sinais e sintomas entre os pacientes com
anemia falciforme que apresentaram crises álgicas e os que não apresentaram crises
álgicas observou-se: obstrução nasal (50,6% vs 32,9%; p=0,039); obstrução nasal
bilateral (49,4% vs 31,8%; p=0,032); cacosmia (12,9% vs 2,4%; p=0,032); epistaxe
(24,7% vs 35,7%; p=0,001), respectivamente. Os demais sinais e sintomas não foram
observados diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. Não foram
encontradas significância estatística entre epistaxe e as características clínicas de
transfusão sanguínea e aumento do fígado. CONCLUSÃO: através do presente estudo foi
observado que o grupo de pacientes com crises álgicas nos últimos 12 meses
apresentaram maior frequência de epistaxe, obstrução nasal unilateral, obstrução nasal
bilateral e cacosmia quando comparado com o grupo de pacientes sem crises álgicas.
Palavras-chave: Anemia. Anemia falciforme. Epistaxe.
TEMA: EMPATIA NA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE E A GRADAÇÃO DA EMPATIA
SEGUNDO A JEFFERSON SCALE OF PHYSICIAN EMPATHY NOS ESTUDANTES DE
MEDICINA DURANTE A FORMAÇÃO MÉDICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
ALUNO: LUIS EDUARDO PINHEIRO DOS SANTOS
ORIENTADORA: PROFA. MONICA DA CUNHA OLIVEIRA
RESUMO
Santos LEP. Empatia na relação médico-paciente e a gradação da empatia segundo a
jefferson scale of physician empathy nos estudantes de medicina durante a formação
médica: uma revisão sistemática [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola de
Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016.
INTRODUÇÃO: A empatia é um importante componente para a prática clínica
promovendo uma aproximação mais humanitária entre médico e paciente. Como
resultado, obtem-se uma melhor qualidade da entrevista médica, uma melhor adesão ao
tratamento pelo paciente e uma redução do risco burnout em profissionais de saúde. A
variação da empatia nos estudantes de medicina ao longo da graduação é um tema
bastante discutido em diversos estudos ao redor do mundo, apresentando resultados
distintos quanto ao aumento ou diminuição da empatia médica. OBJETIVO: Analisar os
benefícios da empatia na relação médico-paciente, a importância de sua abordagem no
curso de medicina e a variação da empatia no decorrer da graduação em medicina.
METODOLOGIA: Este estudo trata-se de uma revisão sistemática utilizando os
descritores Physician and Empathy and Medical Students para a busca de artigos no
banco de dados do PubMed. Foram utilizados os seguintes filtros: publicados nos últimos
5 anos; artigos disponíveis na íntegra e artigos disponíveis gratuitamente. Os artigos
selecionados foram aqueles que utilizaram a Jefferson Scale of Physician Empathy em
estudantes de medicina e, como método de avaliação da qualidade metodológica, foi
utilizada a iniciativa STROBE. RESULTADOS: Foram encontrados 71 artigos, dos quais
seis foram selecionados para esta revisão sistemática. Todos os seis artigos são
estudos-transversais, apresentam uma população de estudo significativo e obtiveram
mais de 80% na aplicação dos critérios da iniciativa STROBE. CONCLUSÃO: Não é
possível afirmar que a graduação em medicina, por si só, seja capaz de reduzir os níveis
de empatia no estudante. Fatores de âmbito educacional, cultural e socioeconômico estão
relacionados com o aumento ou redução da empatia nos estudantes de medicina. Apesar
de o estudo não ser conclusivo quanto ao aumento ou à diminuição da empatia
decorrente da formação médica, há uma clareza de que as universidades que aplicam
estratégias para a sensibilização dos alunos quanto a empatia, obtêm resultados
satisfatórios.
Palavras-chave: Empatia. Estudantes. Medicina.
TEMA: DIFERENÇAS DO RISCO DE ESQUIZOFRENIA ENTRE OS MEIOS URBANO E
RURAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
ALUNO: MAICON VELAME SENA
ORIENTADOR: PROF. ESDRAS CABUS MOREIRO
RESUMO
Introdução: Objetivou-se identificar as diferenças na incidência da esquizofrenia entre as
áreas urbanas e rurais. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática de literatura nas
bases MEDLINE/Pubmed e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) sendo selecionados artigos
publicados entre 2005 e 2015 e aplicada a escala STROBE para avaliar a qualidade dos
trabalhos e auxiliar na seleção dos mesmos. Resultados: Dos 5 artigos escolhidos, três
deles foram realizados na Dinamarca, um na região sudeste da Inglaterra e outro na
França. Os estudos demonstraram que a esquizofrenia tem maior incidência nos
habitantes das cidades, sendo proporcional ao desenvolvimento da área habitada, bem
como outros fatores de risco como idade parental, presença da esquizofrenia em parentes
de primeiro grau e possivelmente poluentes também estão implicados para a maior
incidência dos transtornos esquizofrênicos no meio urbano. No entanto, mais estudos são
necessários para elucidar de que forma estes fatores estão implicados na gênese da
doença.
Palavras-chave: schizophreny, ethnicity, incidence.
TEMA: PERFIL DE AJUSTE DE DOSAGEM DA PREGABALINA NO TRATAMENTO DA
DOR CRÔNICA NEUROPÁTICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA.
ALUNA: MANUELA PRAZERES SANTOS
ORIENTADOR: PROF. MARCUS VINICIUS DE BRITO SANTANA
RESUMO
Introdução: A Pregabalina (Lyrica®) é uma das drogas na linha de tratamento para a dor
crônica, especificamente, do tipo neuropática. Afim de otimizar o tratamento da dor
crônica neuropática no que tange os gastos, o controle da dor e o impacto na qualidade
de vida do seu portador, uma maior atenção deve ser direcionada aos ajustes de
dosagem da Pregabalina. Afinal, subdosagens ou ampliações excessivas podem ser as
responsáveis pela falência do tratamento, seja por não analgesia e possibilidade de
perpetuação da dor ou pela presença intensa dos efeitos adversos da droga. Objetivos:
O objetivo primário do presente trabalho é identificar o perfil de ajuste de dosagem da
Pregabalina durante o tratamento da dor crônica neuropática. Secundariamente, se
propõe a considerar: os principais efeitos adversos levantados nos diferentes estudos, a
taxa de pessoas acometidas por estes e a taxa de abandono pelos efeitos adversos.
Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, ou seja, um trabalho de caráter
descritivo. Fora feita uma pesquisa de Novembro/2015 à Março/2016, em português e
inglês, na Biblioteca Virtual PubMed com os descritores (pregabalin) AND pain. 224
ensaios clínicos, randomizados ou não, foram encontrados. Os artigos excluídos foram
contrários à proposta nos seguintes aspectos: focaram em outras aplicações para a
pregabalina que não dor crônica neuropática, tiveram teor de comparação entre a droga
em questão e outra medida terapêutica, trabalharam com doses fixas e não flexíveis,
fizeram outras intervenções nos grupos no que tange tempo e dose. Para seleção dos
artigos, usou-se o CONSORT 2010 e estabeleceu-se um percentual de corte maior ou
igual a 70%. E para rastreio dos vieses, foi utilizada a Ferramenta da Colaboração
Cochrane. Resultados: Dos 224 artigos, 39 foram lidos na íntegra, tendo sido oito
selecionados - conforme critérios de exclusão e inclusão; e sete utilizados, após aplicação
do CONSORT 2010. O tempo de ajuste da dose de pregabalina constatado foi de quatro
semanas, tempo no qual predominam doses acima de 300mg/dia, com prevalência da
dose 600mg/dia por entre os estudos. Em todos os casos, o controle da dor foi efetivo
conforme ajuste de dose. Já a taxa de pessoas acometidas pelos AEs varia de 43,8 a
96%, enquanto a de abandono por eles entre 3,3 e 21% das amostras. Os efeitos
adversos mais reportados foram: tontura e sonolência. É limitado por alguns dos artigos
selecionados não trabalharem com todas as possibilidades de dosagens. Conclusão: O
perfil de ajuste das doses de pregabalina foi identificado, no geral, por um intervalo de
quatro semanas, período no qual, nas amostras, as doses se apresentam
predominantemente acima de 300mg/dia e a posologia 600mg/dia costuma prevalecer. O
achado de tontura e sonolência como principais efeitos adversos corresponde com a
literatura. Já a taxa de acometidos pelos AEs se mostrou mais elevada do que o padrão.
Enquanto que, na maioria dos artigos, a taxa de abandono pelos AEs se mostrou muito
menor do que o esperado.
Palavras-chave: Dor crônica. Neuropatia. Pregabalina. Dosagem.
TEMA: MORTALIDADE POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL E VARIAÇÃO DA
TEMPERATURA AMBIENTAL.
ALUNA: MARIA AUGUSTA AMARAL DE CARVALHO SILVA
ORIENTADOR: PROF. RODRIGO ANTÔNIO ROCHA DA CRUZ ADRY
RESUMO
INTRODUÇÃO: Estudos mostram que dias mais frios e úmidos e grandes oscilações de
temperatura podem aumentar o risco de AVC isquêmico. Existem evidências na literatura
confirmando que os vasos sanguíneos se contraem em baixas temperaturas, numa
tentativa de desviar o fluxo sanguíneo para os órgãos centrais. Além disso, a pressão
sanguínea se eleva em baixas temperaturas, sendo fator de risco importante para todos
os subtipos de AVC. A associação entre variações climáticas e incidência de AVC,
entretanto, ainda não está bem definida. OBJETIVOS: Estimar as taxas de mortalidade
por AVC isquêmico comparando com a variação de temperatura, verificar se há um
padrão sazonal das taxas de mortalidade e caracterizar os óbitos quanto ao sexo e faixa
etária. METODOLOGIA: Estudo descritivo de série temporal utilizando dados do Sistema
de Informação sobre Mortalidade (SIM) através da plataforma DATASUS e dados
meteorológicos do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). A partir da análise de
dados do INMET, foram selecionadas as cidades, sendo uma da região Sul (Porto Alegre
- RS) e uma da Sudeste (São Paulo - SP) que possuem grandes variações de
temperatura e estações bem definidas. Outras duas cidades, uma da região Norte (Belém
- PA) e um do Nordeste (Salvador - BA) que são caracterizados por apresentarem
pequenas variações de temperatura. Foram calculados os coeficientes de mortalidade por
AVC para cada ano da série temporal considerada entre os anos de 2009 e 2013. Os
resultados foram sumarizados por meio de gráficos no Microsoft Excel 2013 e tabelas no
Microsoft Word 2013. RESULTADOS: Em São Paulo houve coincidência entre as baixas
temperaturas e aumento do coeficiente de mortalidade de AVC nos anos 2009, 2010,
2011 e 2013. Os picos da mortalidade por AVC foram observados nos meses de junho,
julho e agosto (coeficientes de mortalidade entre 1,14 óbitos/100.000hab. e 2,06
óbitos/100.000hab.) período em que se observam temperaturas médias entre 16°C e
18°C, contrapondo-se aos meses que possuem menores taxas e são observadas maiores
temperaturas. Em Porto Alegre, foi possível observar a correspondência entre maiores
coeficientes de mortalidade por AVC (1,83 óbitos/100.000hab. a 2,36 óbitos/100.000hab.)
e baixas temperaturas médias (13,3°C a 18,6°C) nos anos 2009, 2011, 2012 e 2013 nos
meses de maio, junho e julho. Em Salvador e Belém, onde não há amplas variações de
temperatura, não foi encontrada correlação significativa entre temperatura e mortalidade
no AVC. Com relação ao sexo e faixa etária do óbito por AVC isquêmico, observa-se que
o sexo feminino teve maior mortalidade nas quatro cidades avaliadas e nos anos citados.
Já em relação à idade do óbito, a faixa etária de 50 anos ou mais teve grande
predominância, com percentuais de 90,7% a 97,6%, em comparação a faixa etária menor
que 50 anos. CONCLUSÃO: Os resultados demonstraram haver coincidência com um
padrão sazonal entre baixas temperaturas médias e aumento na mortalidade por AVC em
São Paulo e Porto Alegre, no período estudado. Além disso, houve predominância de
mortalidade no sexo feminino e na faixa etária de 50 anos ou mais.
Palavras-chave: Mortalidade. AVC. Temperatura ambiental.
TEMA: IMPORTÂNCIA DO COMPROMETIMENTO DA FUNÇÃO RENAL
MORTALIDADE DE PACIENTES COM SÍNDROME CORONARIANA AGUDA.
NA
ALUNA: MARIA EDUARDA SEABRA DE OLIVEIRA PALMEIRA
ORIENTADOR: PROF. MARIO DE SEIXAS ROCHA
RESUMO
Referência: PALMEIRA, Maria Eduarda. Importância do comprometimento da função
renal na mortalidade de pacientes com síndrome coronariana aguda. 2016. 27 folhas.
Trabalho de Conclusão de Curso em Medicina – Escola Bahiana de Medicina e Saúde
Pública, Salvador, 2016.
Introdução: A cardiopatia isquêmica é importante causa de óbito no Brasil. A Síndrome
Coronariana Aguda é um subconjunto de sinais e sintomas que representa uma
complicação aguda da cardiopatia isquêmica. Muitos desses pacientes têm fatores de
risco comuns, dentre eles o comprometimento da função renal. A análise da importância
desse comprometimento na ocorrência de desfechos ainda é pouco explorado em nosso
meio. Objetivo: Estudar a associação do comprometimento da função renal e a
ocorrência de óbitos com pacientes com Síndrome Coronariana Aguda.Métodos: Tratase de um estudo analítico, com pacientes admitidos na Unidade Coronariana de Hospital
Terciário (Salvador/BA) com diagnóstico de Síndrome Coronariana Aguda, no período de
2011 a 2014. Os pacientes foram divididos em três grupos conforme a função renal e em
dois grupos conforme diagnóstico clinico. Resultados: foram identificados seiscentos e
setenta e quatro (n=674) indivíduos. Idade média foi 69,6±12,4 anos e 50,7% (n=342)
eram do sexo masculino. Com relação ao diagnóstico clínico, 49% dos pacientes (n=331 )
foram diagnosticados com Angina Instável e 50,9% (n = 342) com Infarto Agudo do
Miocardio. O valor médio das taxas de clearence de creatinina foi 63,2±29,3 mL/min
(p=0,001).Conclusão: A disfunção renal grave é um dos maiores marcadores de risco
para o desenvolvimento de doenças arteriais coronarianas e esteve associada ao pior
prognóstico dos pacientes com SCA. As variáveis DM, HAS e dislipidemia foram
frequentemente associados a estes pacientes.
Palavras-chaves: síndrome coronariana aguda; insuficiência renal; taxa de filtração
glomerular.
TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS SUICÍDIOS POR INTOXICAÇÃO EXÓGENA
NA BAHIA.
ALUNA: MARIA LUÍZA NUNES DE FREITAS
ORIENTADOR: PROF. LUIZ IVAN CARDOSO BRAZ
RESUMO
Introdução: Suicídio é o ato consciente de autodestruição, com a finalidade de, através
da morte, sanar um intenso sofrimento vivido por um indivíduo carente. Dentre os fatores
de risco, merecem destaque os transtornos mentais, como depressão, alcoolismo e
esquizofrenia. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 800 mil
pessoas cometem suicídio a cada ano, o que o configura como uma das dez principais
causas de morte em todo o mundo e um grave problema de saúde pública. Quanto ao
método de realização do ato, a OMS destaca que 30% dos suicídios no mundo sejam
causados por autointoxicação por pesticidas. No Brasil, os meios mais utilizados são
enforcamento, uso de armas de fogo e intoxicação, sendo este o mais comum entre as
mulheres. Dentre as autointoxicações, predominam os pesticidas, medicamentos, outros
produtos químicos e substâncias nocivas não especificadas e narcóticos e alucinógenos.
Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos óbitos por suicídio decorrentes de
intoxicação exógena na Bahia. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional
descritivo, de dados secundários do Ministério da Saúde (MS), durante o período de 2003
a 2013, obtidos a partir do site do departamento de informática do SUS (DATASUS). As
variáveis analisadas foram sexo, faixa etária, estado civil, escolaridade, local de
ocorrência, macrorregião de saúde de residência e categoria CID-10. Os dados foram
armazenados no Microsoft Office Excel 2013, onde foi analisada a distribuição percentual
das variáveis. Foi realizada uma regressão linear para verificar a tendência temporal do
coeficiente de mortalidade por sexo e por idade, através do programa SPSS 2.0.
Resultados: No período de 2003 a 2013, foram registrados 850 suicídios por
autointoxicação exógena no estado da Bahia, com predominância do sexo masculino
(66,35%) em detrimento do feminino (33,64%). 49,52% dos suicídios no período tiveram
por causa base autointoxicação intencional por pesticidas e os medicamentos
corresponderam a 14,09% do total. As macrorregiões Leste, Sudoeste e Sul destacaramse por registrar, respectivamente, 26,35%, 22,59% e 16,35%. Idosos representaram
12,82% dos casos. O grupo dos solteiros foi o mais abrangente em todas as
macrorregiões, equivalendo a 57,06% dos óbitos em todo o estado. Em todas as
macrorregiões, a maioria dos óbitos aconteceram em ambiente hospitalar (com variação
de 46,04% na macrorregião Sul e 62,96% na macrorregião Oeste). Conclusões: O
suicídio foi mais frequente entre homens, com idade inferior a 60 anos, estado civil
solteiro e baixa escolaridade. Dentre as causas base de intoxicação, destacaram-se os
pesticidas, outros produtos químicos e substâncias nocivas não especificadas e os
medicamentos. A maioria dos óbitos aconteceram em ambiente hospitalar. As maiores
concentrações de suicídios por autointoxicação exógena no Estado da Bahia ocorreram
nas macrorregiões Leste, Sudoeste e Sul, enquanto as macrorregiões Extremo Sul e
Oeste registraram as menores frequências. Tendo em vista o contínuo crescimento da
mortalidade por suicídio no país, faz-se necessário um investimento maior em programas
e ações de prevenção ao suicídio.
Palavras-chave: suicídio, envenenamento, epidemiologia.
TEMA: PERFIL DE CITOCINAS DE PACIENTES COINFECTADOS PELO VÍRUS DA
IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA E MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS SOB TERAPIA
ANTIRRETROVIRAL.
ALUNA: MARIANA ARAÚJO CÔRTES SILVA
ORIENTADORA: PROFA. LUANA LEANDRO GOIS
RESUMO
Referência: Silva, MAC. Perfil de citocinas de pacientes coinfectados pelo Vírus da
Imunodeficiência Humana e Mycobacterium tuberculosis sob Terapia Antirretroviral
[trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola de Medicina, Escola Bahiana de
Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016.
INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) é a doença oportunista mais frequentemente notada
em indivíduos infectados com o HIV-1, sendo a coinfecção HIV-1 e Mycobacterium
tuberculosis responsável pelo aumento da morbidade e mortalidade por tuberculose e
também pela progressão mais rápida para a AIDS nesses pacientes. OBJETIVO: O
objetivo deste estudo foi determinar o perfil de citocinas de pacientes coinfectados por
HIV/Mtb e sob tratamento antiretroviral (TARV). MÉTODOS: Para isso, foram avaliados
um grupo de pacientes com diagnóstico definido de AIDS em uso de TARV e com
diagnóstico de TB ativa, um grupo de pacientes com diagnóstico definido de AIDS virgens
de TARV e com diagnóstico de TB ativa e outro grupo de pacientes não infectados por
HIV com TB ativa, além de um grupo controle de indivíduos sem infecção por HIV ou Mtb.
As citocinas (IFN-γ, TNF-α, IL-2, IL-4, IL-6, IL-10 e IL-17) foram quantificadas no
sobrenadante da cultura de células mononucleares do sangue periférico (PBMC)
estimuladas com PPD pela técnica de citometria de fluxo utilizando o kit Cytometric Bead
Array Th1/Th2/Th17. RESULTADOS: Houve uma prevalência do sexo masculino nos
grupos estudados, a maioria dos indivíduos encontrava-se em uma faixa etária média de
35 anos. A maioria dos pacientes coinfectados apresentou tuberculose disseminada. Os
níveis de citocinas Th1, Th2 e Th17 avaliados no sobrenadante da cultura de PBMC em
resposta ao PPD e na ausência de estimulação foram semelhantes entre os grupos
estudados. Ao comparar a quantificação dessas citocinas nos três grupos estudados HIVTB, HIV-TB-TARV e TB aos pares, também não foi encontrada nenhuma diferença
estatisticamente significante. CONCLUSÃO: Não foram observadas diferenças
significativas entre os níveis das citocinas Th1, Th2 e Th17 em resposta ao estímulo do
PPD em indivíduos coinfectados com HIV/Mtb em uso de TARV.
Palavras-chave: HIV-1. Tuberculose. Coinfecção HIV/Mycobacterium tuberculosis.
Resposta imune. Citocinas. Terapia Antirretroviral.
TEMA: ANÁLISE COMPARATIVA DA QUALIDADE DO SONO ENTRE ESTUDANTES
DA ÁREA DE SAÚDE.
ALUNA: MARIANA CRUZES DE ANDRADE
ORIENTADORA: PROFA. DOLORES GONZALEZ BORGES DE ARAÚJO
CO-ORIENTADORA: PROFA. IZA CRISTINA SALLES DE CASTRO
RESUMO
Referência: de Andrade, MC. Análise comparativa da qualidade de sono entre estudantes
da área de saúde. [trabalho de conclusão de curso]. Escola de Medicina, Escola Bahiana
de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016.
Dados epidemiológicos mostram uma diminuição global da qualidade do sono devido a
priorização de outras atividades como por exemplo, atividades de laser ou trabalho. No
contexto dos estudantes entra ainda o fator estudo que faz com que o tempo utilizado
para o sono diminua consideravelmente, além de outras ocupações como a participação
em atividades curriculares e extracurriculares. O objetivo desse estudo é comparar a
qualidade do sono na vida dos estudantes de diferentes cursos da Escola Bahiana de
Medicina e Saúde Pública e identificar possíveis grupos de risco. Foi pesquisado sobre o
assunto qualidade do sono e índice da qualidade do sono de Pittsburgh nos bancos de
dados disponíveis. O presente estudo consistiu na aplicação do questionário do índice de
qualidade do sono de Pittsburgh e análise dos resultados obtidos, correlacionando-os com
o curso que os estudantes estavam matriculados. Para composição da amostra foi
selecionado o terceiro semestre aleatoriamente. Os estudantes participantes foram
escolhidos aleatoriamente sendo excluídos todos os estudantes que se recusaram a
participar do estudo e aqueles estudantes que preencheram de forma incompleta ou
incorreta o questionário. Foram escolhidos estudantes de quatro diferentes cursos
(medicina, psicologia, biomedicina e odontologia) para analisar se há variação da
qualidade do sono com relação ao curso que o mesmo participa. Foi observada diferença
estatisticamente significante entre a qualidade do sono dos estudantes do curso de
odontologia quando comparados com os demais estudantes. Os principais componentes
do sono nos quais se observou diferença entres os cursos foram duração do sono,
latência do sono e o escore global do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh.
Conclusão: A qualidade do sono dos estudantes de odontologia é melhor do que a dos
outros estudantes entretanto são necessários mais estudos para identificação dos
motivos.
Palavras-chave: Sono, Transtornos do sono, Estudantes de ciências da saúde, Medicina
do sono
TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR AVC ISQUÊMICO E
HEMORRÁGICO NA CIDADE DE SALVADOR ENTRE 2004 E 2013.
ALUNA: MARIANA FARIAS COSTA
ORIENTADORA: PROFA. MARCELA CÂMARA MACHADO COSTA
RESUMO
Introdução: O AVC é a principal causa de morte não traumática no Brasil, porém,
observam-se nas últimas décadas reduções progressivas nos coeficientes de mortalidade
de ambos os subtipos de AVC no país. Na cidade de Salvador, os estudos referentes à
mortalidade por AVC são escassos e ultrapassados, fazendo-se necessário novos
estudos na cidade. Objetivos: Analisar e comparar a tendência das taxas de mortalidade
por infarto cerebral e por hemorragia intracraniana de acordo com sexo, faixa etária e o
ano de ocorrência na cidade de Salvador entre os anos de 2004 e 2013. Metodologia:
Foram selecionados os dados no Sistema de Informação sobre Mortalidade da Secretária
de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (Datasus) referentes aos óbitos que
tiveram como causa o infarto cerebral (I63) ou hemorragia intracraniana (I61), de acordo
com as variáveis: ano de ocorrência, sexo e faixa etária (de 50 a 80 anos e mais). A taxa
de mortalidade padronizada/100.000 habitantes foi calculada, e sua tendência temporal foi
analisada pelo modelo de regressão. Os dados populacionais foram obtidos através dos
censos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Resultados: Observouse uma redução das taxas de mortalidade por AVC de 11,75% no período, tendo está sido
maior na faixa etária de 70 a 79 anos, com redução de 30,89% (P = 0,026), e no sexo
masculino, com redução de 16,67% (P > 0,05). As taxas de mortalidade por infarto
cerebral, por outro lado, apresentaram um aumento no coeficiente total de mais de 100%,
enquanto que as taxas por hemorragia intracraniana reduziram 15,4% no período. Nos
dois subtipos de AVC, as maiores taxas foram encontradas na faixa etária de 80 anos e
mais, enquanto as menores na de 50 a 59 anos. Em relação ao sexo acometido, as taxas
por infarto foram maiores no sexo masculino, além de ter havido um aumento de mais de
300% no período neste gênero. Semelhante ao infarto cerebral, as taxas por hemorragia
intracraniana apresentaram maiores valores no sexo masculino, porém, estas reduziram
nos dois sexos, tendo o sexo masculino apresentado maior redução, com 23,8%.
Conclusões: Embora as taxas de mortalidade na maioria dos dados terem reduzido na
cidade de Salvador, esta redução não foi significativa e foi menor que a observada em
outros estudos do país e do mundo.
Palavras-chave: acidente vascular cerebral; infarto cerebral; hemorragia intracraniana;
coeficiente de mortalidade.
TEMA: PLASMÍDEOS CONTENDO MUTAÇÕES NA REGIÃO GÊNICA QUE CODIFICA
A GLICOPROTEÍNA DE SUPERFÍCIE DO HTLV-1 (gp46): UMA PERSPECTIVA PARA
ESTUDO VACINAL.
ALUNA: MARIELLE DE FREITAS GUIMARÃES
ORIENTADORA: PROFA. FERNANDA KHOURI BARRETO
RESUMO
Referência: GUIMARÃES, MF. Plasmídeos contendo mutações na região gênica que
codifica a glicoproteína de superfície do HTLV-1 (gp46): uma perspectiva para
estudo vacinal. 2016. Monografia de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina) Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia.
Introdução: O vírus linfotrópico de células T humanas tipo 1 (HTLV-1) foi o primeiro
retrovírus humano descrito, em 1980, pertencente à família Retroviridae e à subfamília
Orthoretrovirinae e ao gênero Deltaretrovirus. Este vírus está associado a diversas
patologias, sendo a HAM/TSP a principal delas e, atualmente, os indivíduos infectados
podem ser classificados em assintomáticos para HAM/TSP, ou indivíduos possíveis,
prováveis, e definidos HAM/TSP. O HTLV-1 pode ser transmitido por diversas vias, como
sexual, parenteral e vertical, e sua entrada na célula hospedeira é facilitada por sua
glicoproteína de superfície (gp46), codificada pelo gene env, que se liga aos receptores
da membrana celular. O HTLV-1 atinge cerca de 2,5 milhões de pessoas no Brasil e tem
alta prevalência em estados como Bahia, Maranhão e Piauí. No entanto, pouco se divulga
sobre o vírus e suas manifestações, que são consideradas negligenciadas. Desta forma, o
objetivo deste estudo é a construção de plasmídeos contendo mutações na região gênica
que codifica a gp46 do HTLV-1, no intuito de possibilitar o desenvolvimento de uma
vacina anti- HTLV-1. Metodologia: estudo experimental. Primers foram desenhados
contendo cinco mutações observadas em alta frequência em indivíduos com diagnóstico
positivo para HAM/TSP: F14S; S35L; N42H; G72S; V247I. Em seguida, houve a
realização de uma mutagênese sítio dirigida, transformação em célula Dh5α e realização
da minipreparação plasmidial, extraindo e purificando o DNA para que fosse submetido ao
sequenciador. Após confirmação do sucesso da mutagênese sítio-dirigida, a
maxipreparação plasmidial foi realizada, possibilitando uma grande quantidade do produto
mutado. Estas amostras foram quantificadas e em seguida estocadas. Resultado:
mutação F14S (521,9 ng/uL), S25L (925,6 ng/uL), N42H( 460,4 ng/uL); G72S (552,7
ng/uL) e V247I (1235,9 ng/uL). Além disso, foi possível comparar alguns trabalhos da
literatura que utilizaram vacinas de DNA e trabalhos que construíram plasmídeos para a
inserção em um vetor vacinal, demonstrando grande eficiência do sistema imune celular e
humoral na defesa do hospedeiro infectado. Conclusão: No presente estudo, foi
realizada a construção de plasmídeos contendo mutações prevalentes em indivíduos com
HAM/TSP-D e sua estocagem em grandes quantidades, fornecendo subsídios para o
desenvolvimento de vacinas, visto que a maioria dos anticorpos anti-HTLV-1 são
produzidos para reagir contra a gp46.
Palavras-chave: HTLV-1. Plasmídeos. Vacina anti HTLV -1
TEMA: AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES
OBESIDADE ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO MULTIPROFISSIONAL.
COM
ALUNA: MAYANE MATOS CONCEIÇÃO
ORIENTADORA: PROFA. MINNA FERRARI SCHLEU CARVALHO
CO-ORIENTADORa: PROFA. ANA MARICE TEIXEIRA LADEIA
RESUMO
Referência: Conceição MM. Avaliação do risco cardiovascular em pacientes com
obesidade atendidos em ambulatório multiprofissional. [Trabalho de conclusão de curso].
Escola de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016.
INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares se apresentam como a principal causa de
mortalidade no Brasil desde os anos 60. A OMS estima que ¾ dessa mortalidade possa
ser reduzida com adequadas mudanças no estilo de vida. Diante dessa situação, faz-se
necessário adotar medidas preventivas baseadas na estratificação do risco cardiovascular
(RCV), a partir do escore de risco de Framingham (ERF). OBJETIVO: Estratificar o risco
cardiovascular em pacientes com obesidade à época de admissão no ambulatório de
obesidade do ADAB de acordo com o ERF. MÉTODOS: O estudo foi do tipo transversal
descritivo a partir de um banco de dados já existente. A população alvo foi os pacientes
com obesidade atendidos a partir de 2009 no ambulatório multidisciplinar de obesidade.
Os critérios de exclusão são pacientes que já tenham tido qualquer evento cardiovascular.
Essa ferramenta analisa as variáveis de idade, sexo, índices lipídicos (HDL-colesterol,
LDL-colesterol e colesterol total), níveis de pressão arterial sistólica e diastólica, diabetes
mellitus e hábitos tabágicos. Dessa forma, torna possível, a partir da estratificação do
risco cardiovascular, identificar indivíduos de maior risco visando introdução de medidas
terapêuticas mais efetivas para redução de mortalidade. RESULTADO: Dos 201
pacientes obesos do estudo estratificados quanto ao RCV pelo ERF, 139 foram
classificados como baixo risco (69,1%), 42(20,9%) com médio risco e 20(10%) com alto
risco. Foi encontrado alta taxa de hipertensão (60,2%) com médias de pressão arterial
média sistólica e diastólica de 140,7mmHg e 87,6mmHg, respectivamente. A prevalência
de DM foi 26,4% com média de glicemia de jejum de 109 mg/dl. A média do LDL-c foi de
125,9 mg/dl. Enquanto que, as medianas para HDL-c e triglicerídeos foram de 42,5 mg/dl
e 124 mg/dl, respectivamente. A taxa para tabagismo foi de 4%(n=8). Observou-se
relevância estatística na correlação entre ERF numérico e glicemia de jejum (r²: 0,306 e
valor de p: 0) e entre ERF numérico e relação cintura/quadril (r²: 0,250 e valor de p: 0,01).
CONCLUSÃO: A obesidade, além de fator de risco independente, contribui para o
estabelecimento e/ ou agravo de outros fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Diante disso, fica nítido a importância de adotar medidas de prevenção primária e
secundária para variáveis de risco modificáveis, como hipertensão arterial, tabagismo,
sedentarismo, níveis glicêmicos e lipídicos. Houve correlação positiva entre o ERF
numérico e a glicemia de jejum e a relação cintura/quadril.
Palavras-chave: Obesidade. Risco cardiovascular. Prevenção.
TEMA: PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DE BEXIGA HIPERATIVA EM UM GRUPO
DE MULHERES ADULTAS NA CIDADE DE SALVADOR.
ALUNA: MILLY QUEIROZ DE ARAÚJO
ORIENTADORA: PROF. UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JUNIOR
RESUMO
Objetivo: Verificar a prevalência da Síndrome da Bexiga Hiperativa (BH) em um grupo de
mulheres na cidade de Salvador, Bahia. Adicionalmente, buscar os sintomas urinários que
se apresentam em maior frequência de associação com BH. Métodos: As definições de
sintomas e critérios diagnósticos adotados para BH baseou-se na International
Continence Society (ICS), foi aplicado o questionário International Consultation on
Incontinence Questionnaire Overactive Bladder (ICIQ-OAB) em mulheres, por demanda
espontânea, em locais públicos da cidade. Resultados: 422 mulheres foram incluídas no
estudo, com média de idade = 35,5 anos, 15,4% da amostra apresentou sintoma de
urgência, associado ou não a outros sintomas e sem outra justificativa para o quadro.
Nocturia esteve presente em 73,2% das mulheres, 10,4¨% da amostra relatou
incontinência e apenas 6,6% referiu polaciúria. Dentre as mulheres que possuíam quadro
compatível com BH, a taxa de associação entre os sintomas nocturia, incontinência e
polaciúria foram de respectivamente 90,8%, 49,2% e 16,9%. Não foi encontrada
associação entre bacteriuria assintomática ou infecção urinária prévia e BH. Conclusão:
A prevalência de BH foi de 15,4% e os sintomas que mais ocorreram em associação com
BH foram respectivamente, nocturia, polaciuria e incontinência, na população estudada.
As elevadas taxas de prevalência de Bexiga hiperativa apontam a necessidade de um
planejamento adequado para o acesso com qualidade dessas mulheres ao sistema de
saúde.
Palavras-chave: Epidemiologia, prevalência, doenças da Bexiga Urinária, bexiga
hiperativa.
TEMA: ACURÁCIA DO PSA NO DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE PRÓSTATA: UMA
REVISÃO SISTEMÁTICA.
ALUNA: MIRELLA FERNANDA NOSSA DOS SANTOS
ORIENTADOR: PROF. RONALDO ANTUNES BARROS
RESUMO
Referência: Santos MFN. Acurácia do psa no diagnóstico de câncer de próstata: uma
revisão sistemática [trabalho de conclusão de curso]. Escola de Medicina, Escola Bahiana
de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016.
INTRODUÇÃO: O câncer de próstata é considerado uma patologia da terceira idade. Sua
incidência vem aumentando no Brasil, seja devido ao aumento da expectativa de vida ou
pelo aumento do rastreamento junto a novos métodos diagnósticos. Hoje o rastreamento
é feito através do exame do toque digital retal, do antígeno prostático específico e da
ultrassonografia transretal. O antígeno prostático específico é utilizado como uma
ferramenta para o diagnóstico do câncer prostático, assim como em sua monitorização e
seu controle. A triagem desta patologia com a ajuda deste antígeno trouxe certos
benefícios, mas também controvérsias devido ao risco de detecção excessiva e
tratamentos desnecessários. OBJETIVO: Avaliar a acurácia do antígeno prostático
específico no diagnóstico de câncer de próstata. MÉTODOS: Foi realizada uma revisão
de literatura com artigos publicados nos últimos dez anos (2006-2016), onde as fontes
acessadas foram das bases de dados PuBmed, MEDLINE, SciELO, Bireme, Cochrane e
LILACS sobre o assunto antígeno prostático específico e câncer de próstata. Das 298
referências encontradas apenas 17 artigos foram selecionados pra leitura na integra e
apenas 11 foram elegíveis pelo protocolo STARD. RESULTADO: Em seis artigos
analisados (54,5%), foi possível observar que o valor do antígeno prostático específico
total foi maior para as pessoas que tinham uma biopsia positiva para câncer de próstata.
Em todos os artigos, a adição de novas variáveis e biomarcadores foram utilizadas para
predizer o câncer de próstata, visando uma melhora na previsão desta patologia. Em
quatro artigos (36,3%), a idade avançada, um menor tamanho da próstata e o exame do
toque retal alterado foram citados como perfil da maioria dos pacientes com biópsia
positiva para o câncer prostático. CONCLUSÃO: A acurácia deste exame para predizer o
câncer prostático é baixa. É necessário atrelar a outras variáveis clinicas como idade,
toque retal e ultrassonografia transretal, além de isoformas de antígeno prostático
especifico na tentativa de aumentar a acurácia deste exame para detectar o câncer.
Palavras-chave: PSA. Acurácia. Câncer de próstata.
TEMA: TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL: RELAÇÃO ENTRE A
DISFUNÇÃO DO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL E DO SISTEMA LÍMBICO NO PSICOPATA:
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
ALUNA: MIRNA SANTANA BRAGA
ORIENTADOR: PROF. ESDRAS CABUS MOREIRA
RESUMO
Referência: Braga, Mirna. Transtorno de personalidade antissocial: relação entre a
disfunção do córtex pré-frontal e do sistema límbico no Psicopata. 2016. Monografia de
Medicina. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.
A Psicopatia é um transtorno de personalidade cuja característica principal é a ausência
de empatia para com os outros. O indivíduo, além disso, apresenta condutas contrárias à
moral e à ética vigentes. Estudos evidenciam que psicopatas possuem uma dificuldade
em compreender as expressões faciais de outros indivíduos. Sedutores, compreensivos,
inteligentes e perspicazes, um psicopata pode se manifestar de variadas formas positivas,
basta que a situação lhe agrade. A psicopatia pode ser entendida como decorrente de
fatores socioculturais, psicológicos e biológicos. Nos últimos anos, com as possibilidades
de investigação abertas pelas técnicas de neuroimagem, cresceram os achados que
associam alterações neurobiológicas e no funcionamento cerebral com o transtorno
antissocial de personalidade, na sua forma mais extrema, aqui considerada como a
psicopatia. OBJETIVO: Este artigo tem como ênfase a identificação das possíveis
relações do transtorno Antissocial com alterações anatômicas e fisiológica no córtex préfrontal e no sistema límbico. MÉTODOS: Revisão sistemática, para realização da qual
foram coletadas informações a partir do banco de dados da Scielo, Lilacs e Pubmed.
RESULTADOS: foram encontrados 395 artigos, dos quais apenas 11 artigos foram
selecionados. O método qualitativo escolhido para avaliar os artigos foi o Strobe. Foram
observadas alterações estruturais e fisiológicas nas regiões do córtex pré-frontal e
sistema límbico que poderiam contribuir para a manifestação do transtorno de
personalidade antissocial. DISCUSSÃO: Córtex pré-frontal ventromedial e a região da
amigdala, seriam os principais responsavéis pela tomada das decisões, pelo julgamento e
pelo controle da impulsividade, com isso lesões que acometesse suas estruturas
poderiam levar a psicopatia. CONCLUSÃO: Com a descoberta de possíveis alterações
anatômicas e fisiológicas do córtex pré-frontal e do Sistema Límbico que possam
contribuir para o desenvolvimento do Transtorno de Personalidade Antissocial, podemos
passar a pensar em métodos mais eficazes para diagnóstico desse transtorno e,
possivelmente, tratamentos que possam amenizar ou controlar os seus sintomas. Vale
ressaltar que este é um tema pouco documentado por ter uma grande dificuldade para se
fazer uma investigação clínica aprofundada.
Palavras-chave: Psicopatia. Transtorno de personalidade antissocial. Disfunção. Córtex
pré-frontal.
TEMA: ASSOCIAÇÃO ENTRE LÍQUEN PLANO E O VÍRUS DA HEPATITE C: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA COM METANÁLISE.
NOME ALUNO: MOISES RODRIGUES ROCHA
ORIENTADORA: PROFA. LILIANE ELZE FALCÃO LINS KUSTERER
RESUMO
Referência: Rocha, M. Associação entre líquen plano e o vírus da hepatite c: uma revisão
integrativa da literatura com metanálises [trabalho de conclusão de curso]. Salvador:
Escola de Medicina, Escola Bahiana de medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016.
OBJETIVO – Após a identificação do Vírus da Hepatite C (HCV) muitos estudos
buscaram entender a associação entre o vírus e manifestações extra-hepáticas. Algumas
já foram bem esclarecidas, outras, entretanto, continuam indeterminadas, entre elas a
associação do HCV como o Líquen Plano (LP). O objetivo desse estudo foi desenvolver
uma revisão integrativa da literatura com metanálise para avaliar a existência de
associação de infecção pelo HCV em pacientes com LP. MÉTODOS – Realizou-se uma
busca nas bases de dados MEDLINE, LILACS e Cochrane, utilizando as palavras-chave
“Hepatitis C” e “Lichen Planus”. Foram selecionados os resumos de estudos de casocontrole abordando a infecção de HCV em pacientes com LP. A partir daí, foram
analisados os estudos que confirmavam a sorologia anti-HCV com testes confirmatórios
(PCR e RIBA). Os trabalhos selecionados foram organizados em uma tabela (Tabela 2),
para análise do Odds Ratio (OR), pela análise de DerSimonian-Laird, no BioEstat 5.3.
RESULTADOS E DISCUSSÃO – Quatorze (14) estudos foram incluídos na Tabela 2, cuja
metanálise evidenciou que, em pacientes com LP, a existência de HCV é
aproximadamente 3.8 vezes maior que em não portadores de LP (OR 3,81; CI 95%:
2,4466 a 5,9469; p < 0,0001). CONCLUSÃO – A presente revisão com metanálise
demonstrou associação entre as duas manifestações apesar de existir na literatura
estudos que apontam outros resultados.
Palavras-chave: Líquen plano. HCV. Metanálise. Associação.
TEMA: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE MAMOGRAFIA E ULTRASSONOGRAFIA
COMO MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO E RASTREAMENTO MAMÁRIO.
ALUNA: NATÁLIA REZENDE FONSECA
ORIENTADOR: PROF. JOÃO RICARDO MALTEZ DE ALMEIDA
RESUMO
Introdução: O câncer de mama é o segundo tipo mais prevalente no mundo e o primeiro
entre as mulheres, por conta disso, é crescente o estudo para melhorar as técnicas de
rastreamento para esta neoplasia. Objetivos: Comparar a performance global da
ultrassonografia com a mamografia para detecção de achados suspeitos na mama.
Métodos: Trata-se de um estudo observacional, descritivo com busca de dados
retrospectiva. Foi realizada em uma clínica particular de referência em Salvador, Bahia.
Utilizou um banco de dados anonimizado no período de 01/10/2009 até 31/10/2013.
Foram estimados os valores preditivos positivos (VPP) das categorias e subcategorias do
sistema BI-RADS®. Foi estimada a sensibilidade, especificidade e acurácia no contexto de
rastreamento mamário dos exames de mamografia e ultrassonografia mamária. Para as
análises estatísticas, usou-se os softwares SPSS, versão 19.0 e STATA, versão 12.0.
Resultados: A média de idade foi de 54 anos (DP=12,59), mínima de 21 e máxima de 96
anos. A maioria das pacientes tinham ambos os exames (62,8%), sendo que aquelas que
tinham apenas exames ecográficos tinham média de idade um pouco mais baixa. A
mamografia, no contexto de rastreamento mamário, foi mais sensível (93%) e mais
específica (37%) comparada a ultrassonografia. A classificação BI-RADS® sofreu variação
em seu VPP quando comparado os dois exames, tendo a ultrassonografia mamária um
valor mais fidedigno ao estabelecido pelo protocolo BI-RADS®. Houve variação do VPP na
classificação BI-RADS® quando comparado a mamografia em todas as pacientes e
naquelas com a densidade mamária predominantemente lipomatoso, havendo variação
do VPP na classificação 5 BI-RADS® de 85,7% para 100%. Ao analisar a subcategoria 4
do BI-RADS® foi evidenciado um crescimento em relação a essa divisão. Conclusão: A
mamografia foi o exame com maior sensibilidade, especificidade e acurácia no contexto
de rastreamento mamário. Porém, a categorização pelo sistema BI-RADS® se mostrou
mais precisa no exame de ultrassonografia mamária, tendo a maioria das classificações
com o VPP de acordo com o que é estabelecido pelo protocolo do Colégio Americano de
Radiologia. A mamografia demonstrou ganho da acurácia no subgrupo de mulheres com
a densidade mamária predominantemente lipomatosa. A subcategoria 4 pelo protocolo BIRADS® foi mais precisa em ambos exames, diminuindo ou aumentando a chance de
malignidade.
Palavras-chave: BI-RADS®. Mamografia. Ultrassonografia. Rastreamento mamário.
TEMA: RESPOSTA CLÍNICA DA ELETROESTIMULAÇÃO
PARASSACRAL NO TRATAMENTO DA MICÇÃO DISFUNCIONAL.
TRANSCUTÂNEA
ALUNA: NATÁLIA SOUZA PAES MENDONÇA
ORIENTADOR: PROF. UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JUNIOR
RESUMO
Mendonça NSP. Resposta clínica da eletroestimulação transcutânea parassacral no
tratamento da micção disfuncional [trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola de
Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016.
Objetivo: avaliar a resposta clínica da eletroestimulação transcutânea parassacral
(PTENS) em crianças que apresentam micção disfuncional. Métodos: trata-se de um
estudo descritivo e analítico baseado em dados secundários originados de prontuários do
CEDIMI. Foram considerados dados de crianças com idade maior ou igual a três anos e
menor ou igual a 18, que apresentavam curva “não-sino” na urofluxometria, e/ou resíduo
pós-miccional significativo na USG e/ou DVSS elevado e não apresentavam alterações
anatômicas do trato urinário ou neurológicas. A partir da análise das informações contidas
no banco de dados, dezoito crianças foram diagnosticadas com micção disfuncional e
tratadas com 20 sessões de PTENS, três vezes por semana durante 20 minutos, através
de dois eletrodos de 3,5cm colocados ao lado de S2 e S3; associada a uroterapia. Após o
tratamento, foram analisados os sintomas, o DVSS e a Escala Visual Analógica (EVA).
Resultados: um total de 11 (61,1%) crianças eram meninas, sendo que a idade das
crianças variou entre 3 e 14 anos (média de idade de 7,23+3,07). Antes do tratamento,
50% apresentou curva “staccato” na urofluxometria, e o restante, curva fracionada; todas
apresentaram resíduo pós-miccional desprezível e a média do DVSS foi 7. Após o
tratamento com PTENS, apenas sete das 18 crianças tratadas realizaram nova
urofluxometria, sendo que todas apresentaram a curva “em sino”. A média do DVSS
variou de 7 para 1,5 (p = 0,007). Se tornaram menos frequentes os sintomas de enurese
noturna, manobras de contenção, perda sem urgência, “Giggle” e dificuldade miccional,
sendo estatisticamente significante a redução do sintoma de urgência (p = 0,001),
urgeincontinência (p = 0,02) e infecções do trato urinário (p = 0,001); apenas a noctúria se
tornou mais frequente após o tratamento. As notas atribuídas à EVA após o tratamento
variaram de 5 a 10. Conclusão: a eletroestimulação transcutânea parassacral é eficaz no
tratamento da micção disfuncional ao proporcionar melhora dos sintomas miccionais,
diminuição do DVSS e boa avaliação na EVA.
Palavras-chave: Micção disfuncional. Eletrostimulação transcutânea parassacral. DTUI.
Tratamento.
TEMA: ASSOCIAÇÃO DOS ACHADOS DE FIBROSE MIOCÁRDICA PELA
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA CARDÍACA E AS FORMAS CLÍNICAS DA DOENÇA DE
CHAGAS.
ALUNA: NILA CATARINA FIGUEROA GURRITI DE ASSIS
ORIENTADORA: PROFA. MÁRCIA MARIA NOYA RABELO
RESUMO
Introdução: Estudos sobre doença de Chagas mostram que o grau de fibrose aumenta
de acordo com a evolução das formas clínicas, sendo considerado marcador de evolução
e prognóstico, que viabiliza a avaliação do estágio e evolução da doença, nas diversas
formas clínicas apresentadas da doença de Chagas. A ressonância nuclear magnética
tem sido considerada o método não invasivo mais adequado para a detecção de fibrose
além de oferecer uma ampla variedade de ferramentas para análise de alterações
cardíacas estruturais. Poucos dados são disponíveis sobre a quantificação do realce
tardio e a sua relação com as diversas formas de apresentação da doença de Chagas.
Metodologia: Trata-se de um estudo de corte transversal, onde foram analisados 61
pacientes admitidos no ambulatório especializado em doença de Chagas do Hospital São
Rafael, de janeiro 2012 até dezembro de 2013, que tiveram história clínica colhida de
forma sistematizada e submetidos à realização de exames laboratoriais e ressonância
nuclear magnética. A aquisição das imagens pela ressonância foi realizada em duas
partes: estudo da morfologia/função ventricular e detecção de fibrose miocárdica. A
fibrose foi avaliada do ponto de vista qualitativo (visual), pela presença ou ausência de
realce tardio e em termos de localização e padrão apresentados; e de modo quantitativo,
em valores percentuais em relação à massa total do miocárdio, utilizando-se o método de
escore visual semiquantitativo. Resultados: Dos 61 pacientes portadores de doença de
Chagas, 55,7% eram do sexo feminino, com uma média de idade de 58 anos com desvio
de padrão ± 8,6, sendo 16 pacientes na forma indeterminada, 17 na forma cardíaca sem
disfunção do ventrículo esquerdo (VE) e 28 na forma cardíaca com disfunção do VE. O
realce tardio foi detectado em 38 pacientes (67,9%), estando presente em 7 na forma
indeterminada, em 9 na forma cardíaca sem disfunção do VE e em 22 na forma com
disfunção do VE (43,8%, 52,9%, 95,7%; P=0,001). O percentual de área acometida por
fibrose foi de 9,4%(IIQ:2,15-16,0) com progressivo aumento nas diferentes formas da
doença (P<0,001). Naqueles com FEVE <40% o percentual de área de fibrose foi de
14,2% (IIQ: 12,3-18,8) vs1,43% (IIQ:0-5,80), naqueles com FEVE> 40% (P<0,001). Houve
moderada correlação negativa entre área de fibrose e fração de ejeção (r=-0,613;
P<0,001). Conclusão: A análise dos dados revelou relação direta entre o grau de fibrose
miocárdica e as manifestações clínicas na doença de Chagas. Foi possível concluir que
quanto maior o grau de fibrose miocárdica mais grave é a forma clínica encontrada no
paciente, sugerindo que o processo de inflamação crônico resulta em miocardite
fibrosante e na piora do estágio da doença.
Palavras-chave: Doença de Chagas. Cardiopatia chagásica. Fibrose. Ressonância
magnética cardíaca. Realce tardio.
TEMA: O IMPACTO DA VACINA PNEUMOCÓCICA PCV10 NA MORTALIDADE POR
PNEUMONIA EM CRIANÇAS MENORES DE UM ANO NO ESTADO DA BAHIA.
ALUNA: PÂMELLA MARTINELLI
ORIENTADORA: PROFA. ANA LUÍSA VILAS-BOAS
RESUMO
Introdução: A pneumonia permanece como uma das principais causas de mortalidade
infantil em todo o mundo, especialmente nos países em desenvolvimento, como o Brasil.
O Streptococcus pneumoniae é o principal agente etiológico bacteriano envolvido na
pneumonia, além de causar outras patologias como sepse e meningite. Em razão da alta
incidência dessas doenças e mortalidade associada, foram criadas as vacinas antipneumocócicas. A vacina anti-pneumocócica 10-valente (PCV10) foi introduzida no Brasil
em 2010 através do Programa Nacional de Imunizações (PNI), com uma recomendação
de 4 doses (2, 4 e 6 meses de idade e uma dose de reforço entre os 12 e 15 meses).
Objetivo: Avaliar a mortalidade por pneumonia de crianças abaixo de 1 ano no estado da
Bahia como um todo e por macrorregião após a introdução da vacina pneumocócica 10valente (PCV10). Métodos: Estudo descritivo utilizando dados secundários obtidos
através do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Sistema de Informações
sobre Nascidos Vivos (SINASC) e do Sistema de Informação do Programa Nacional de
Imunizações (SI-PNI) do Ministério da Saúde disponibilizados pelo Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população de estudo foi composta
por crianças menores que um ano, o local do estudo foi o estado da Bahia e o período foi
compreendido entre os anos 2007 e 2013. Foram comparadas as taxas de mortalidade
por pneumonia entre os períodos pré-vacinal (2007-2009) e pós-vacinal (2011-2013).
Foram calculadas as coberturas vacinais com a PCV10, as taxas de mortalidade por
pneumonia por macrorregião de saúde e no estado como um todo. Os dados foram
analisados no Microsoft Office Excel₢ 2013 e utilizou-se o software SPSS 20.0® (IBM
SPSS Statistics for Windows, Version 20.0, Armonk, NY, USA) para realizar regressão
linear para análise de tendência temporal dos coeficientes de mortalidade. Resultados: A
análise dos dados revelou uma redução de 19,77% nas taxas de mortalidade por
pneumonia na Bahia após a introdução da PCV10. Dentre as nove macrorregiões de
saúde avaliadas no estudo, oito apresentaram um declínio nas taxas de mortalidade por
pneumonia em crianças menores de um ano. As regiões que mostraram uma maior queda
nessas taxas foram a Norte e a Sudoeste, com reduções de 60,74% e 47,83%,
respectivamente. Na macrorregião Leste as taxas de mortalidade aumentaram em
15,53% no período pós-vacinal. A região Oeste foi a que apresentou a menor redução
nessa taxa, sendo esta de 7,32%. A cobertura vacinal média com a PCV10 passou de
67,28% em 2011 para 94,17% em 2013 no estado como um todo. As regiões que
apresentaram uma maior cobertura vacinal média com a PCV10 no triênio 2011-2013
foram a Oeste, com 93,91%, e a Sudoeste, com 88,96%. Conclusão: Observou-se uma
redução geral nas taxas médias de mortalidade por pneumonia em crianças menores de
um ano. Nas macrorregiões Norte e Sudoeste houve uma diminuição significativas nessas
taxas, enquanto que na Leste se manifestou um aumento nas taxas de mortalidade.
Apesar dessa redução, os efeitos da PCV10 ainda não puderam ser totalmente
elucidados por conta da cobertura vacinal insuficiente.
Palavras-chave: Vacinas pneumocócicas. PCV10. Pneumonia. Mortalidade infantil.
TEMA: FREQUÊNCIA DA MORTALIDADE PÓS CRANIOTOMIA DESCOMPRESSIVA
POR MACRORREGIÃO NO ESTADO DA BAHIA DO PERÍODO DE 2010 A 2015.
ALUNA: POLLYANA DE SANTANA SILVA
ORIENTADOR: PROF. RUI NEI DE ARAÚJO
RESUMO
A craniotomia descompressiva (CD) é um procedimento neurocirúrgico agressivo que visa
a redução e controle da pressão intracraniana a fim de se preservar o fluxo sanguíneo do
Sistema Nervoso Central (SNC). A CD consiste em uma cirurgia realizada em pacientes
(com lesões intumescentes traumáticas ou não-traumáticas), mas inicialmente em estado
muito grave. As taxas de mortalidade em pacientes submetidos à CD, ainda que se
mantenham altas, mostram uma redução importante. No entanto, as peculiaridades
regionais e estaduais delineiam perfis distintos. Para se analisar a realidade bahiana,
deve-se considerar outras variáveis além da gravidade prévia da doença de base do
paciente, tais como distribuição da frequência da mortalidade de acordo com
macrorregião de saúde do estado da Bahia, regime e natureza de unidade de saúde e
estabelecimentos de saúde que influenciam no desfecho dessas frequências. O DataSus
registra um total de 222 óbitos pós-CD de 2010 a 2015 no estado da Bahia, sendo que
53,6% ocorreu na região macrorregião de saúde leste do estado da Bahia;
aproximadamente 96% desse número no regime público; 89,7% em instituições de
natureza estadual e quanto aos estabelecimentos de saúde observou-se que o Hospital
Geral Clériston Andrade apresentou nesse período aproximadamente 19,4% dos casos,
valor esse muito próximo observado no Hospital Geral do Estado com aproximadamente
18,5%.
Palavras-chave: Craniectomia descompressiva. Mortalidade. Saúde. Bahia.
TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR SEPSE NA BAHIA, 1993 A
2012.
ALUNA: PRISCILA DIAS ORNELAS LAGO
ORIENTADORA: PROFA. IEDA MARIA BARBOSA ALELUIA
RESUMO
Objetivos: Traçar o perfil epidemiológico da mortalidade por septicemia, descrever a
tendência temporal do coeficiente de mortalidade e, por fim, analisar comparativamente
os coeficientes de mortalidade dos extremos de faixa etária. Métodos: Trata-se de um
estudo descritivo de série temporal, com dados secundários do Sistema de Informação
sobre Mortalidade (SIM), através da plataforma DATASUS. Foram analisados os óbitos
por septicemia ocorridos na Bahia, no período entre 1993 e 2012. As variáveis foram
número de óbitos por ano, macrorregião de saúde, raça/cor, escolaridade, sexo e faixa
etária. Para a regressão linear simples e variação média anual para os extremos de faixa
etária foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®). O valor
de p para significância estatística considerado foi <0,05. Resultados: Foram registrados
17.804 óbitos por septicemia na Bahia, com aumento de 4,69% entre 1993 e 2012 e baixa
correlação temporal. Em 1993 e em 2012, a taxa de mortalidade por septicemia foi de
7,67 e 8,03 a cada 100.000 habitantes, respectivamente. A macrorregião com maior
concentração de óbitos foi a Leste, representando 31,1% e 32,38% do total do estado em
1993 e 2012, respectivamente. No quesito raça/cor, houve maior percentual de óbitos
entre os pardos (40,37%), seguido do grupo com raça/cor ignorada. Não obstante as
maiores taxas de mortalidade por septicemia terem sido observadas nos homens, as
mulheres apresentaram tendência de ultrapassar o coeficiente de mortalidade a partir de
2012. Em relação à faixa etária, os extremos demonstraram as tendências com maior
correlação temporal, sendo estatisticamente significantes. Enquanto que as crianças
menores de 1 ano apresentaram uma redução de 65,84% na taxa de mortalidade por
septicemia, os idosos com 80 anos ou mais apresentaram um aumento de 99,24%.
Conclusões: Entre 1993 e 2012, no estado da Bahia, houve maior proporção de óbitos
na macrorregião Leste, em pardos e em pessoas sem escolaridade. A tendência foi de
aumento e com baixa correlação temporal. Não obstante os homens terem apresentado
maiores coeficientes de mortalidade por septicemia no período estudado, as mulheres
apresentaram crescimento mais rápido de seu coeficiente, com provável influência das
mudanças no papel social da mulher. Os extremos de faixa etária apresentaram
tendências opostas – houve queda da mortalidade entre crianças menores de 1 ano e
aumento da mortalidade entre idosos com 80 anos ou mais. Foi observado o predomínio
da mortalidade por septicemia em uma parcela socialmente mais vulnerável da
população, o que, provavelmente, traduz o abismo socioeconômico existente na Bahia e
reforça necessidade de tornar o sistema de saúde mais abrangente. Em relação à
mortalidade infantil, ressalta-se a efetividade das medidas de redução da mesma e
recomenda-se que atenção semelhante seja dada à saúde dos idosos, visto que este
segmento ainda é vítima das falhas na assistência à saúde.
Palavras-chave: Mortalidade. Septicemia. Sepse. Bahia.
TEMA: CONCORDÂNCIA INTEROBSERVADOR PARA A AVALIAÇÃO DE DEMÊNCIAS
EM RESSONÂNCIAS POR ARTERIAL SPIN LABELING.
ALUNO: RAFAEL ALVES DOURADO LEITE
ORIENTADOR: VICTOR MASCARENHAS DE ANDRADE SOUZA
CO-ORIENTADOR: DR. FREDERIK BARKHOF
RESUMO
Introdução: Diversos estudos apontam para a técnica de ASL (arterial spin labeling)
como uma ferramenta promissora na avaliação de demência em grupos de pacientes.
Entretanto, elevadas taxas de variabilidade entre pacientes têm dificultado o uso desta
técnica em cenários individuais. Embora técnicas estatísticas possam ser utilizadas para
reduzir a influência de diferentes covariáveis no fluxo sanguíneo cerebral, poucos estudos
têm estudado seus impactos na análise de imagens provenientes de ASL em um nível
individual. Objetivo: Avaliar se o uso de imagens de ASL corrigidas através de W-score
podem ser úteis para distinguir – em nível individual – pacientes com diferentes tipos de
demência clínica de pacientes de grupo controle. Materiais e métodos: Imagens
perfusionais de ASL foram obtidas de 460 pacientes, que receberam posterior
acompanhamento clínico por um período de pelo menos 2 anos. Deste banco de dados
(the Amsterdam Dementia Cohort), 5 grupos com 12 pacientes cada foram selecionados.
Os grupos consistiram de: pacientes com queixas subjetivas de memória; pacientes
diagnosticados com déficit cognitivo leve que mantiveram seu diagnóstico; pacientes
inicialmente diagnosticados com déficit cognitivo leve que progrediram para a doença de
Alzheimer durante o período de follow-up; pacientes diagnosticados com provável doença
de Alzheimer desde a admissão e pacientes diagnosticados com demência
frontotemporal. Um grupo de referência com 60 pacientes saudáveis foi utilizado para
construir um mapa de referência através de W-score. As imagens individuais dos
pacientes – corrigidas para as covariáveis de idade e gênero – foram avaliadas
separadamente por uma equipe de 3 neurorradiologistas e uma concordância
interobservador foi mensurada para avaliar o impacto da adição destas imagens
perfusionais à avaliação pura das imagens estruturais. A sensibilidade e a especificidade
do método também foram calculadas. Resultados: As médias de sensibilidade e
especificidade obtidas pelos avaliadores com a análise pura das imagens estruturais (S =
52,8% e E = 83,3% para o diagnóstico de DA; S = 44,4% e E = 88,9% para o diagnóstico
de DFT) foram superiores à avaliação conjunta com as imagens perfusionais (S = 36,1%
e E = 81,2% para DA; S = 41,7% e E = 84,0% para DFT). As taxas de concordância
também foram inferiores após a adição do ASL na avaliação dos pacientes (k = 0,318;
0,435 e 0,352 contra k = 0,206; 0,325 e 0,072). Conclusão: O estudo não foi capaz de
mostrar o ASL como uma ferramenta útil na avaliação individual de pacientes com
demência.
Palavras-chave: Demência; Doença de Alzheimer; Demência frontotemporal; Imagem
por Ressonância Magnética.
TEMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA AIDS EM IDOSOS NO ESTADO DA BAHIA DE
2010 A 2015.
ALUNO: RAFAEL BORGES LOBÃO
ORIENTADOR: PROF. SERGIO LACERDA BARROS DA CRUZ
RESUMO
Lobão, RBL, Borges. Perfil epidemiológico da AIDS em idosos no estado da Bahia de
2010 a 2015. [Trabalho de conclusão de curso]. Salvador: Escola Bahiana de Medicina e
Saúde Pública, Bahia, 2016.
O número de casos de idosos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e,
consequentemente, com progressão para a síndrome da imunodeficiência humana (AIDS)
representa um fenômeno emergente e de caráter global cuja ocorrência está ligada a
peculiaridades de cada região. Assim, o presente estudo propõe-se a estudar a AIDS na
população idosa com idade acima de 60 anos do estado da Bahia de 2010 a 2015.Deste
modo, foi realizado um estudo descritivo observacional com dados secundários e
agregados de uma série temporal, foram utilizados dados sobre AIDS disponibilizados na
base de dados do sistema de informação de notificação de agravo (SINAN) aliados a
dados populacionais coletados da base do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística/IBGE para os anos selecionados para o estudo. Através deste estudo obtevese um aumento no número de casos ao longo dos anos com 575 casos notificados
nesses anos, uma progressão na prevalência dos casos nessa população ao longo dos
anos, com uma maior prevalência na população masculina – cerca de 15,45 para cada
100.00 idosos-, uma faixa etária mais prevalente entre 60 e 69 anos, a população mais
atingida em um perfil de escolaridade baixo com uma proporção de 9,7% de analfabetos e
33,2% com ensino fundamental incompleto -representando 56 e 191 casos
respectivamente , a macrorregião do estado mais atingida foi a macrorregião Leste com
287 casos em uma proporção de 49,9% dos casos, a categoria de exposição mais
encontrada foi a heterossexual com 394 casos notificados que cerca de 69,5%. Por fim,
foi vista a taxa de mortalidade nessa população em que pode se notar o aumento da taxa
– 0,34 em 2010 para 1,15 em 2015 a cada 100.000 habitantes. Através da análise mais
sucinta desses dados chegou-se à conclusão de que o perfil da AIDS na Bahia obedece,
na maioria das categorias, a tendência da epidemiologia em outros estados e faixas
etárias: heterossexualização, feminização, interiorização e aumento nos grupos de baixa
escolaridade.
Palavras-chave: Síndrome de Imunodeficiência adquirida. HIV-1. Idosos. Epidemiologia.
TEMA: AVALIAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS EM MUCOSA ORAL
NA PSORÍASE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
ALUNA: RAFAELA CARNEIRO DONADONE
ORIENTADOR: PROF. ENIO RIBEIRO MAYNARD BARRETO
RESUMO
Referência: Donadone RC. Avaliação das manifestações dermatológicas em mucosa oral
na psoríase: uma revisão sistemática. [trabalho de conclusão de curso]. Escola de
Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016.
INTRODUÇÃO: As doenças dermatológicas não são somente representadas pelas lesões
que afetam a pele, mas, também, por doenças que envolvem as mucosas, dentre elas a
mucosa oral. A psoríase é uma doença dermatológica relativamente comum, crônica, não
contagiosa e de característica cíclica, que pode se apresentar com lesões na cavidade
oral. OBJETIVO: Avaliar a frequência das manifestações orais em pacientes com
Psoríase, considerando-se a localização e as características clínicas das lesões
encontradas nos estudos. Diante das muitas doenças que se apresentam na cavidade
oral, o conhecimento dessas patologias pelo médico e pelo cirurgião-dentista é de
fundamental importância, pois seu diagnóstico precoce pode direcionar o tratamento
adequado. MÉTODOS: Para tanto, foram realizadas buscas nas bases bibliográficas —
PubMed, Web of Science, Scielo e LILACS, sendo selecionados artigos relacionados a
doenças dermatológicas e suas lesões orais, publicados entre 2006 e 2016, escritos em
português, inglês ou espanhol. Para a pesquisa as palavras chaves utilizadas foram
“psoríase”, “lesões em mucosa” e “mucosa oral”, esperando identificar e classificar as
formas de apresentação clínica em mucosas dentro do amplo espectro da doença
psoríase. RESULTADOS: A maioria dos artigos utilizados nesta revisão apontaram a
língua geográfica e língua “plicata” como as manifestações orais que mais se relacionam
com a psoríase. CONCLUSÃO: Apesar de serem necessários maiores estudos para
determinar a fisiopatologia desta correlação, os resultados concluíram que já se pode
afirmar a existência de correlação entre Psoríase e manifestações na mucosa oral.
Palavras-Chave: Psoríase. Mucosa oral. Manifestações dermatológicas.
TEMA: INFLUÊNCIA DA COR DE PELE E DA ESCOLARIDADE DO CHEFE DA FAMÍLIA
NO DIAGNÓSTICO DE BEXIGA HIPERATIVA EM ESCOLARES DA CIDADE DE
SALVADOR – BA.
ALUNA: RAFAELLA RABELO MACÊDO
ORIENTADOR: PROF. UBIRAJARA DE OLIVEIRA BARROSO JUNIOR
RESUMO
Introdução: A bexiga hiperativa figura como a disfunção do trato urinário inferior (DTUI)
mais comum em crianças na atualidade. Por ser um problema ocasionado na fase de
armazenamento vesical, seus sintomas mais comuns são urgência e/ou incontinência
urinária, além do aumento da frequência miccional diária. A literatura brasileira ainda é
escassa em relação a associação entre bexiga hiperativa e fatores importantes, como a
cor de pele das crianças e o nível de instrução de seus pais, que, em um país
miscigenado, podem ter implicações no diagnóstico e no manejo da doença. Objetivos:
Analisar a associação entre a ocorrência de bexiga hiperativa em escolares, sua etnia
referida (cor) e o grau de escolaridade do chefe da família, na cidade de Salvador, no
período de Fevereiro e Março de 2014, descrevendo também seu perfil. Metodologia:
Trata-se de um estudo observacional, analítico, de corte transversal, utilizando banco de
dados de estudo primário do centro de distúrbios miccionais da infância (CEDIMI), na
cidade de Salvador – Bahia, no período de Fevereiro a Março de 2014. As variáveis
analisadas foram sexo, faixa etária, bexiga hiperativa, cor de pele das crianças e nível de
escolaridade do chefe da família. Os dados foram analisados de forma descritiva e
através de cálculos estatísticos utilizando sistema de dados SPSS e cálculo do quiquadrado, sendo os resultados significantes quando o valor de P foi menor que 0,05. Os
resultados foram expressos em tabelas. Resultados: Do total de 424 crianças analisadas,
mediana de 10 anos de idade, 171 delas possuíam bexiga hiperativa (40,4%). 90 eram
meninas (52,6%), com média de idade de 9,29 anos. 81 eram meninos (47,4%), com
média de idade de 8,99 anos. Quanto a cor de pele, de 168 questionários válidos, três
eram brancas (1,8%), 63 eram pretas (37,5%), quatro eram amarelas (2,4%), 95 eram
pardas (56,5%) e três eram indígenas (1,8%). Quanto à escolaridade dos pais, de 167
questionários válidos, um era analfabeto (0,6%), 46 possuíam ensino fundamental
incompleto (27,5%), 25 ensino fundamental completo (15%), 22 ensino médio incompleto
(13,2%), 62 ensino médio completo (37,1%), dois nível superior incompleto (1,2%), oito
ensino superior completo (4,8%), um mestrado completo (0,6%) e nenhum tinha
doutorado completo. Foi encontrada significância estatística entre bexiga hiperativa e
nível de escolaridade dos pais (p=0,011). Não foi encontrada significância estatística entre
bexiga hiperativa e cor de pele (p=0,122). Conclusão: Através desse estudo foi verificado
que houve associação entre o grau de escolaridade do chefe da família e os sintomas de
bexiga hiperativa nos filhos. A cor de pele não se associou a bexiga hiperativa.
Palavras-chave: Bexiga hiperativa, escolaridade, cor de pele, DTUI.
TEMA: INCIDÊNCIA DE HIPERGLICEMIA NO PERIOPERATÓRIO DE PACIENTES
ADULTOS SUBMETIDOS À RESSECÇÃO DE TUMOR CEREBRAL.
ALUNO: RODRIGO RAMOS ANDRADE SANTOS
ORIENTADOR: DR RODRIGO LEAL ALVES
RESUMO
A incidência de tumores cerebrais malignos nos Estados Unidos é de cerca de 7,19 por
100000 habitantes. As neoplasias cerebrais podem ser classificados como primários ou
metástases, benignos ou malignos, localização e tipo histológico. Em adultos, os tumores
cerebrais mais comuns são os meningiomas, entre os benignos, e os glioblastomas, entre
os malignos. A avaliação inicial do doente consiste no exame neurológico detalhado
associado a exames de imagem. A cirurgia é a base do tratamento dos tumores cerebrais,
podendo ser curativa, paliativa ou apenas para a realização de confirmação diagnóstica
do tipo histológico e guiar a terapêutica complementar. O achado de hiperglicemia em
pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de grande porte, diabéticos ou não, era
tido como uma resposta fisiológica e adaptativa ao estresse. A técnica anestésica
utilizada, a localização da cirurgia, o porte cirúrgico e a duração da cirurgia irão
determinar o grau de resposta neuro-endócrina-metabólica ao estresse cirúrgico, que
modula a liberação de insulina e o nível de resistência periférica à insulina, fatores
determinantes no controle glicêmico e ligados a complicações pós-operatórias bem como
a pacientes em estado crítico. OBJETIVOS: Analisar a frequência de hiperglicemia no
perioperatório (intra-operatório e nas primeiras vinte quatro horas do pós-operatório) de
pacientes submetidos à neurocirurgia eletiva para ressecção de tumor cerebral, no
Hospital São Rafael da cidade de Salvador-BA, no período de 2011 a 2015.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo utilizando dados secundários obtidos
a partir da revisão de prontuários de pacientes adultos com tumor cerebral submetidos à
neurocirurgia eletiva para ressecção de tumores nos últimos cinco anos no hospital São
Rafael. Após aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa Médica da instituição, uma ficha
padronizada foi empregada para coleta de dados do período perioperatório. Foram
incluídos os indivíduos adultos (maiores de 18 anos) que tinham sido submetidos à
neurocirurgia eletiva para ressecção de tumores cerebrais, e que foram submetidos à
dosagem de glicemia no perioperatório. Foram excluídos do estudo os pacientes com
diagnóstico de diabetes mellitus, submetidos a cirurgias em caráter de urgência e aqueles
sem dados de prontuário disponíveis. RESULTADOS: Foram incluídos na análise 300
pacientes. A mediana de idade foi de 46 anos, variando entre 34 e 58 anos, sendo 41%
dos pacientes do sexo masculino. Mais da metade dos pacientes (73%) apresentaram
valores de glicemia pós-operatórios acima de 150mg/dL, e 24% acima de 200mg/dL. A
frequência de infecções no pós-operatório 12,7%, e 6% dos pacientes necessitaram
ventilação mecânica prolongada (por mais de 12 horas). 3% dos pacientes foram a óbito.
Nenhum paciente apresentou hipoglicemia como complicação pós-operatória.
CONCLUSÃO: Neste estudo foi demonstrada uma incidência elevada de hiperglicemia. O
trauma cirúrgico é um fator relevante na ocorrência de hiperglicemia no perioperatório.
Entre outros fatores, estão presentes o uso de corticoides no pré-operatório, localização
da cirurgia, porte cirúrgico, duração da cirurgia.
Palavras-chave: Hiperglicemia. Neurocirurgia. Neoplasias.
TEMA: HABILIDADE DOS MÉDICOS EMERGENCISTAS PARA ADOÇÃO DA TERAPIA
TROMBOLÍTICA NO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM HOSPITAL PÚBLICO DE
SALVADOR/BA.
ALUNO: RONNY ERISON FIGUEIREDO FERREIRA
ORIENTADOR: PROF. LUÍS CLÁUDIO LEMOS CORREIA
CO-ORIENTADOR: SR. FELIPE KALIL
RESUMO
Introdução: Esta pesquisa quantitativa objetiva analisar as dificuldades e os riscos que
os profissionais médicos alegam para a utilização ou não de trombolíticos diante de casos
clínicos sugestivos de infarto agudo do miocárdio. Diante do alarmante número de
doenças cardiovasculares que acomete a população brasileira e o impacto que os
tratamentos clínicos disponíveis trazem para diminuição do número de óbitos e melhora
na qualidade de vida, tem-se que a análise sobre a capacidade e segurança na utilização
das drogas disponíveis para coronariopatias é essencial para que seja feito um
atendimento eficaz por parte do médico. Considerando que a indicação da trombólise
coronariana é um procedimento que deve ser conhecido por qualquer profissional médico,
ou seja, independe de residência médica ou especialização específica, este estudo busca
refletir sobre os principais pontos expostos pelos profissionais que dificultam a colocação
de tal técnica em prática, sejam eles relacionados a capacitação, riscos oferecidos pelo
tratamento ou infraestrutura oferecida na emergência. Metodologia: Trata-se de uma
pesquisa de corte transversal com abordagem quantitativa, com dados obtidos por meio
de um questionário aplicado aos profissionais médicos do Hospital Geral Ernesto Simões
Filho de Salvador/BA. As variáveis do estudo foram: sexo, idade, ano de formação,
residência ou especialização, habilidade em reconhecer infarto agudo do miocárdio,
capacidade em realizar trombólise, realização da trombólise e dificuldades encontradas
na administração dos trombolíticos. Os dados foram apresentados com o auxílio de
gráficos. Resultados: Dos 19 participantes do estudo, a maioria possuía alguma
residência ou especialização, com média de formação de 10 anos. Apenas 5%
consideraram possuir uma habilidade ruim na interpretação do eletrocardiograma, porém
somente 58% sentem-se aptos para realizar a trombólise. O principal motivo apontado
para a não administração da droga trombolítica foi a sua indisponibilidade no serviço.
Conclusão: A terapia trombolítica, apesar de toda sua importância clínica, é uma
intervenção que encontra barreiras importantes para ser adotada no serviço público,
sejam elas relacionadas a indisponibilidade da droga, estrutura hospitalar adequada ou
questões técnicas do procedimento.
Palavras-chave: Doenças Cardiovasculares. Infarto do Miocárdio. Terapia Trombolítica.
TEMA: ASSOCIAÇÃO ENTRE USO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS ESTIMULANTES,
QUALIDADE DO SONO, E RENDIMENTO ACADÊMICO.
ALUNO: SANDRO DE CARVALHO OLIVEIRA
ORIENTADORA: PROFA. IZA CRISTINA SALLES DE CASTRO
RESUMO
Oliveira SC. Associação entre uso de substâncias químicas estimulantes, qualidade
do sono e rendimento acadêmico. Trabalho de conclusão de curso da Escola Bahiana
de Medicina e Saúde Pública. Salvador. 2016.
Introdução: O sono é um estado fisiológico, cíclico, reversível, com modificações de
motricidade, sensibilidade, consciência, entre outros. Este, determina um ritmo circadiano,
que estão na dependência de mediadores químicos para funcionar corretamente. A
atividade de áreas cerebrais relacionadas com o sono apresenta relações com outras
áreas, para que seja determinado o sono ou a vigília. Isso é modificado quando ingerimos
substâncias químicas ou fármacos, que contém os mediadores químicos responsáveis
pelo bloqueio a nível de receptores celulares nessas áreas cerebrais relacionadas ao
sono. Objetivos: Avaliar a associação entre o uso de substâncias químicas pelos
estudantes de medicina, a sua qualidade do sono e o rendimento acadêmico.
Metodologia: Trata-se de um estudo corte transversal, no qual incluiu estudantes de
medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, maiores de 18 anos de idade,
que não tenham doença neurológica e estejam em tratamento de distúrbios do sono. As
variáveis estudadas foram: idade, sexo, cor, peso, altura, características da qualidade de
sono, sonolência diurna excessiva, uso de substâncias químicas estimulantes, rendimento
acadêmico. Para análise estatística, os questionários foram validados pelo programa
SPSS. A amostra total desse estudo consistiu em 301 alunos de medicina, do 2º ano ao
6º ano do curso de medicina. Resultados: Os alunos de medicina que utilizam
substâncias químicas estimulantes começaram o uso bem cedo, como aponta os
resultados desse estudo que indica um tempo médio de 5 anos para frequência de
bebidas alcoólicas. Revela também o uso frequente de bebidas cafeínadas, bem como de
energéticos com o objetivo de conseguir um bom rendimento acadêmico. Disso foi
possível observar que muitos deles referiram qualidade de sono comprometida. Apesar do
uso pouco frequente de drogas ilícitas, substâncias indutoras do sono e do habito de
tabagismo foi possível uma associação entre uso de drogas ilícitas e desempenho
acadêmico referido através do questionário. Conclusão: É possível que com o
desenvolvimento de mais estudos na área, exista a probabilidade de discussão mais
ampla sobre o desenvolvimento de problemas futuros na saúde, como depressão, insônia
e outros relacionados, para esses estudantes que utilizam substâncias químicas
estimulantes para melhorar seu rendimento acadêmico.
Palavras-chave: Distúrbios do sono, drogas ilícitas, álcool, cafeína.
TEMA: AVALIAÇÃO DE UM MARCADOR IMUNOISTOQUÍMICO NO PROGNÓSTICO
DO MELANOMA CUTÂNEO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
ALUNA: SANDY HÉLLEN MATOS ROCHA
ORIENTADOR: PROF. VICTOR LUÍS CORREIA NUNES
RESUMO
ROCHA, S.H.M.; NUNES, V.L.C. Avaliação de um marcador imunoistoquímico no
prognóstico do melanoma cutâneo: uma revisão sistemática. Trabalho de conclusão de
curso de graduação (Medicina). Salvador: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública,
2016.
Introdução: O melanoma cutâneo é a principal doença fatal originada na pele, embora
seja a menos frequente, constituindo cerca de 4% das neoplasias desse órgão. Diante
disso, e do seu grande potencial metastático, estudos mostram a importância de
marcadores de proliferação celular no prognóstico dessa neoplasia. A contagem simples
de figuras de mitoses é um deles, sendo do tipo avaliador-dependente e menos sensível
quando comparado a técnicas imunoistoquímicas, como, por exemplo, o marcador Ki-67,
antígeno nuclear que marca a célula em todas as fases do ciclo celular, exceto em G0.
Objetivos: O objetivo foi avaliar a efetividade do marcador imunoistoquímico Ki-67 no
prognóstico do melanoma cutâneo, comparando sua importância com outros fatores
conhecidos, a exemplo da contagem simples de figuras de mitose. Metodologia: O
presente estudo corresponde a uma revisão sistemática de literatura que selecionou
artigos originais do tipo observacionais que compararam a contagem simples de figuras
de mitose no melanoma cutâneo com a determinação do índice proliferativo pelo
percentual de células positivas para Ki-67 por imunoistoquímica. Resultados: A análise e
leitura dos artigos diante dos critérios de inclusão e exclusão, bem como o
estabelecimento prévio de um nota no STROBE acima de 70% tornou possível selecionar
apenas 03 artigos. Todos os estudos são do tipo Coorte, que no total incluem 751
pacientes entre homens e mulheres com diferentes tipos de melanoma. Conclusão:
Houve associação do marcador imunoistoquímico Ki-67 com o prognóstico do melanoma
cutâneo, de modo que este foi superior aos outros marcadores analisados, principalmente
em melanomas nodulares ou de maior espessura.
Palavras-chave: Melanoma. Prognóstico. Revisão sistemática.
TEMA: INDISPONIBILIDADE DA PENICILINA BENZATINA EM FARMÁCIAS
COMERCIAIS EM SALVADOR – REFLEXÕES SOBRE POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS.
ALUNA: TAIANE BRITO ARAUJO
ORIENTADORA: PROFA. MARTA SILVA MENEZES
RESUMO
Araujo TB, Menezes MS. Indisponibilidade da penicilina como causa de não adesão à
profilaxia da febre reumática e sífilis congênita. [Trabalho de Conclusão de Curso]. Curso
de Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2016.
Introdução: A penicilina G benzatina (PGB) continua sendo o medicamento de primeira
escolha para o tratamento e profilaxia da Febre Reumática (FR), bem como suas
complicações, a exemplo da Doença Reumática Crônica do Coração (DRCC). O mesmo
pode ser aplicado para sífilis, especialmente sífilis congênita, na qual a penicilina é a
única droga indicada para as gestantes. Objetivo: Avaliar a disponibilidade da PGB em
farmácias comerciais na cidade de Salvador (Bahia), descrever o valor médio gasto pela
população na compra da PGB, verificar se as farmácias exigem a prescrição médica e
verificar se as farmácias realizam aplicação da PGB. Metodologia: Trata-se de um
estudo descritivo, em dois tempos, no qual se identificou a disponibilidade de penicilina
benzatina nas farmácias comerciais da cidade de Salvador, Bahia, nos anos de 2014 e
2016. O estudo foi aprovado pelo Conselho de Ética e Pesquisa (CEP) da Escola
Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) cujo número do parecer é 626.357.
Resultados: A PGB estava disponível para venda em 9% das farmácias em 2014 e em
48% no ano de 2016. Quanto ao preço, em 2014 a PGB apresentou um valor médio de
11,61 reais (DP = 2,16) e em 2016, 12,85 reais (DP = 2,64). A prescrição médica não foi
exigida para a compra da PGB em 3% e 8% dos estabelecimentos em 2014 e em 2016
respectivamente. Em relação a aplicação do medicamento, 76% apresentavam para
venda a agulha 30x8 necessária para a aplicação da PGB em 2014 e 67% em 2016, no
entanto, apenas 6% das farmácias afirmaram realizar a aplicação da mesma em seus
estabelecimentos em 2014 e 1,3% em 2016. Conclusão: O presente estudo demonstrou
dificuldade de acesso tanto para compra como para aplicação da PGB em Salvador no
período estudado. Dessa maneira, torna-se infactível para a população seguir os
protocolos de tratamento e profilaxia para sífilis e febre reumática, o que aumenta os
riscos de complicações como neurossífilis e DRCC respectivamente.
Palavras-chave: Febre Reumática; Sífilis; Penicilina G; Antibioticoprofilaxia; Prevenção
de doenças.
TEMA: AVALIAÇÃO DO EXAME CITOPATOLÓGICO DO COLO UTERINO EM
MULHERES INFECTADAS PELO HTLV-1.
ALUNA: TAIANE SILVA PAIXÃO
ORIENTADORA: PROFA. MARIA FERNANDA RIOS GRASSI
CO-ORIENTADOR: SR. ALISSON DE AQUINO FIRMINO
RESUMO
Referência: Paixão, TS. Avaliação do exame citopatológico do colo uterino em mulheres
infectadas pelo HTLV-1 [trabalho de conclusão de curso]. Salvador. Escola de Medicina,
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016.
Introdução: O vírus linfotrópico de células T humanas do tipo 1 (HTLV-1) é uma doença
sexualmente transmissível, sendo endêmico em algumas regiões do Brasil, a exemplo de
Salvador-Ba. A infecção atinge principalmente mulheres e sua prevalência aumenta com
a idade. A associação entre o HTLV-1 e alterações dos exames citopatológicos cervicais
de mulheres infectadas tem sido pouco avaliada e não há consenso sobre a relação entre
o desenvolvimento de neoplasia cervical e a infecção pelo HTLV-1. Objetivo: Avaliar as
principais alterações citopatológicas cervicais em portadoras de HTLV-1, comparando-as
com mulheres não infectadas. Metodologia: Foram avaliadas 79 mulheres infectadas
pelo HTLV-1 selecionadas no Centro Integrativo e Multidisciplinar de Atendimento ao
Portador de HTLV, na cidade de Salvador-Ba, Brasil. Um grupo controle (76 mulheres não
infectadas pelo HTLV-1) foi selecionado nos ambulatórios de Ginecologia do ADAB e
UFBA. Os critérios de inclusão foram vida sexual ativa e infecção pelo HTLV-1 (Elisa e
confirmada por Western Blot). Foram excluídas aquelas vacinadas para HPV, gestantes,
pacientes em quimioterapia, radioterapia ou corticoterapia ou com patologias do sistema
imune, submetidas à histerectomia total, infecção pelo HIV e menores de 18 anos.
Amostra citopatológica cervical foi coletada durante exame ginecológico utilizando uma
espátula de Ayres e escova endocervical. Resultados: Não houve diferenças
significativas no perfil sociodemográfico entre os grupos infectados pelo HTLV-1 e
controle, não infectados. As mulheres infectadas pelo HTLV-1 tinham menor frequência
de relações sexuais (0,47%) e menor número de parceiros nos últimos seis meses
(0,52%) que as do grupo não infectado (1,47% e 0,82 %, respectivamente), (p < 0.0001 e
p= 0,0009). O número de parceiros sexuais na vida foi maior para o grupo infectado pelo
HTLV-1 (4,91) comparado com as mulheres não infectadas (2,55), mas sem diferença
estatística. O número de mulheres com alterações citopatológicas foi semelhante entre os
grupos infectado pelo HTLV-1e o grupo controle, três em cada. As alterações encontradas
nas mulheres portadoras do HTLV-1 foram ASC-US, LSIL e HSIL, enquanto no grupo com
sorologia negativa para HTLV-1 duas apresentavam LSIL e uma ASC-US (p=0,96).
Conclusão: Não houve diferença na proporção de alterações nos exames citopatológicos
do colo uterino em mulheres infectadas, ou não, pelo HTLV-1.
Palavras-chaves: HTLV-1; Citopatologia; Ginecologia.
TEMA: ACURÁCIA DO EXAME DIGITAL RETAL NA IDENTIFICAÇÃO DO CÂNCER DE
PRÓSTATA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
ALUNA: THAÍNE SANTOS RAMOS E PEREIRA
ORIENTADOR: PROF. RONALDO ANTUNES BARROS
RESUMO
Referência: Pereira TSR. Acurácia do Exame Digital Retal na identificação do câncer de
próstata: uma revisão sistemática [monografia]. Bahia: Escola de Medicina; Escola
Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 2016.
INTRODUÇÃO: O câncer de próstata é o segundo tipo de doença maligna que mais
acomete homens e é considerado uma doença de terceira idade. A incidência deste
câncer vêm aumentando no Brasil e isto pode ser atribuído ao aumento da expectativa de
vida, ao maior acesso aos métodos diagnósticos e ao incentivo para o screening
populacional. O aumento na incidência desta doença, o incentivo ao rastreio precoce e o
não consenso entre as instituições mundiais a respeito do método mais acurado para a
detecção do câncer de próstata aumentam os gastos em saúde. Esta revisão sistemática
de literatura se estabelece na tentativa de contribuir para o preenchimento destas
lacunas. OBJETIVO: Avaliar a acurácia do exame digital retal na identificação do câncer
de próstata. METODOLOGIA: Foi realizada busca ativa de artigos nas bases de dados
PubMed, Medline, SciELO, Bireme/Lilacs e Cochrane dos últimos 10 anos (2006-2016) ou
trabalhos mais antigos, porém relevantes para esta revisão. Foram incluídos na busca
trabalhos de revisão sistemática, metanálises, estudos controlados, aleatórios,
duplamente encobertos, estudos Coorte e caso controle. Dos 338 trabalhos encontrados,
15 foram selecionados para serem analisados na íntegra, baseado no protocolo STARD
e, destes, oito foram considerados elegíveis. RESULTADOS: Os valores de sensibilidade
variaram de 23,0% a 66,7%; os de especificidade, de 81,57% a 96,6%; os valores
preditivos positivos variaram de 17,8% a 67,0%; e os valores preditivos negativos
variaram de 73,4% a 95,2%. Três trabalhos descreveram outros diagnósticos além dos de
câncer de próstata, sendo bastante prevalente a hiperplasia prostática benigna. As
populações estudadas tinham idade média superior a 60 anos e eram pertencentes à
diversas etnias. Quatro estudos (50%) concordaram que a acurácia do exame digital retal
é mais aprimorada quando somado aos valores de PSA. CONCLUSÃO: A partir da
análise dos resultados, pôde-se concluir que o exame digital retal tem boa especificidade
e média a baixa sensibilidade. Faz-se necessária a conjugação do exame digital retal com
outras informações, como idade, comorbidades, etnia e outros métodos diagnósticos,
principalmente os valores de PSA, para a suspeição de câncer de próstata mais acurada
e segura.
Palavras-chave: toque retal/exame digital retal; acurácia; câncer de próstata.
TEMA: O ENSINO DAS HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO NA GRADUAÇÃO MÉDICA:
UMA REVISÃO INTEGRATIVA.
ALUNA: THAIRA GUIMARÃES DINIZ
ORIENTADORA: PROFA. MÔNICA DA CUNHA OLIVEIRA
RESUMO
Referência: DINIZ, TG. O ensino das habilidades de comunicação na graduação médica:
uma revisão integrativa. [Trabalho de conclusão de curso]. Salvador. Escola de Medicina,
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016.
Introdução: A interação humana existente na relação desenvolvida pelo médico e seu
paciente alicerça a prática médica, e o desenvolvimento das habilidades de comunicação
fundamenta não só a assistência ao paciente como à sua família. Levando-se em conta a
escassez de conhecimento de estratégias de comunicação por parte dos profissionais de
saúde faz-se necessário o ensino destas habilidades durante a graduação. Objetivo: O
presente trabalho objetiva identificar quais as estratégias utilizadas pelas escolas de
medicina do Brasil para o ensino das habilidades de comunicação em saúde, bem como
caracterizar quais os métodos de avaliação do ensino destas habilidades estão sendo
utilizados nas escolas de medicina. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de
artigos publicados nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), em
português, inglês e espanhol, entre os anos de 2010 a 2016. Os artigos coletados, após
aplicação dos critérios estabelecidos, foram avaliados quanto à sua qualidade
metodológica com o Strengthening the Reporting of Observational studies in Epidemiology
(STROBE). Resultados: Dentre as publicações selecionadas, um estudo tratou do exame
clínico objetivo estruturado (OSCE), um discorreu sobre a dramatização enquanto
metodologia de ensino e dois abordaram a inserção do graduando no cenário de prática.
Conclusão: O ensino das habilidades de comunicação nas escolas médicas do Brasil
vem ocorrendo de forma paulatina, em momentos pontuais da graduação. Além disso,
não existem muitos trabalhos publicados referentes às experiências de aplicação de
estratégias de ensino da comunicação com qualidade metodológica aceitável para
apreciação e reprodução da experiência. A existência de uma comunicação eficiente
propicia melhor identificação dos problemas do paciente, maior adesão ao tratamento,
inclusão do paciente no processo de definição de tratamento, entre outros benefícios.
Palavras-chave: Educação de Graduação em Medicina. Comunicação em Saúde.
Relações Médico-Paciente. Educação Médica.
TEMA: HEMODINÂMICA E LACTATO ARTERIAL DE PACIENTES EM TERAPIA RENAL
SUBSTITUTIVA.
ALUNA: THAÍS DE PASSOS PACHECO
ORIENTADOR: PROF. PAULO BENIGNO PENA BATISTA
RESUMO
Referência: Pacheco TP. Hemodinâmica e lactato arterial de pacientes em Terapia Renal
Substitutiva [trabalho de conclusão de curso]. Curso de Medicina, Escola Bahiana de
Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016.
INTRODUÇÃO: A Lesão Renal Aguda é uma das principais causas de morte na UTI e
está implicada na piora prognóstica de pacientes renais crônicos. A sepse é uma das
principais causas de LRA, associada ao aumento de morbi-mortalidade e maior
severidade do quadro. O procedimento dialítico, desenhado para controle metabólico de
LRA e DRC, possui efeitos benéficos, influindo em marcadores como ureia e creatinina.
Existe uma associação entre estabilidade/redução de lactato nas primeiras 24 horas do
início da diálise e risco de morte. Um dos objetivos do estudo é saber se existe influência
do procedimento dialítico na ascensão/decaimento de lactato dos pacientes que foram à
óbito e se é possível quantificá-lo por teste diagnóstico, para estabelecermos se o lactato
durante a TRS pode ser um preditor de mortalidade. A diálise também possui efeitos
colaterais, sendo hipotensão intra-dialítica o mais comum. Mas de que forma o
procedimento dialítico influencia na evolução hemodinâmica desses pacientes?
MÉTODOS: Estudo observacional retrospectivo com 98 pacientes que necessitaram de
TRS admitidos na UTI de hospital geral entre julho de 2015 e julho de 2016. Variáveis
independentes: diagnóstico na admissão; APACHE II; número de insuficiências orgânicas
na admissão e pré-diálise; estágio DRC; estádio LRA pré-diálise (critério KDIGO); uso de
DVA, lactato arterial, FC, PAS, PAD e PAM da admissão, pré-diálise, pós-diálise e prédesfecho. Desfechos avaliados: óbito ou alta da UTI. Foi utilizada área sob Curva ROC
para avaliar capacidade da avaliação da variação do lactato arterial em discriminar a
mortalidade desses pacientes. RESULTADOS: O perfil da amostra foi: LRA não
sobreposta a DRC, KDIGO 3, sexo masculino, idade > 65 anos, APACHE II = 33, pósoperados, CCVHDF, óbito. A análise mostrou que pacientes em CCVHDF ou com LRA
morrem mais que pacientes em diálise intermitente ou com DRC dialítica. Observou-se
maior demanda de DVA, aumento de FC e redução de PAM após aquisição de LRA e
significância para DVA, PAS, PAD e PAM na comparação dos três grupos após início da
diálise. Na análise da curva ROC, não houve relação estatisticamente significante entre a
variação de lactato pós-diálise/pré-diálise e óbito. CONCLUSÃO: A Lesão Renal Aguda
associa-se à piora hemodinâmica e o procedimento dialítico está implicado na
diferenciação da hemodinâmica de pacientes com LRA e DRC. A variação de lactato
arterial durante a diálise não foi um bom preditor de mortalidade.
Palavras-chave:
hemodinâmica.
Lesão Renal Aguda; Doença Renal Crônica; lactato; diálise;
TEMA: USO DE ULTRASSONOGRAFIA PULMONAR EM PACIENTE CRITICO – UMA
REVISÃO SISTEMÁTICA.
ALUNA: THAIS SILVA BATISTA
ORIENTADORA: PROFA. IEDA MARIA BARBOSA ALELUIA
CO-ORIENTADORA: PROFA. DRA. GARDÊNIA MARIA PARAGUASSU
RESUMO
Introdução: Admite-se como paciente critico àquele que apresenta condições clinicas
frágeis e, portanto, necessita de cuidados imediatos. No que diz respeito a patologias
pulmonares nesses pacientes, é de suma importância, para a elucidação diagnostica, um
exame de imagem complementar ao exame clinico. Esses exames tradicionalmente são a
radiografia de tórax e tomografia computadorizada. Com o avanço tecnológico surge a
possibilidade de um terceiro método imaginologico com essa mesma finalidade: a
ultrassonografia pulmonar. Objetivo: Avaliar a acurácia da ultrassonografia como método
diagnostico de afecções pulmonares em pacientes críticos. Metodologia: Revisão
sistemática de literatura através das fontes de dados eletrônicas PubMed e Biblioteca
Virtual em Saúde/BVS (LILACS E MEDLINE). Os descritores utilizados foram:
“ultrassonografia”, “pulmão” e “paciente crítico” em português, inglês e espanhol.
Resultados: O presente trabalho analisou estudos transversais observacionais que
avaliaram um amostral total de 214 paciente com duas patologias pulmonares principais:
edema pulmonar e pneumonia aguda. Em todos os estudos a ultrassonografia pulmonar
foi comparada a outro método imaginologico já utilizado no local de estudo, radiografia de
tórax ou tomografia computadorizada de tórax. Ainda houve a comparação com um
método diagnostico invansivo de edema pulmonar. No que diz respeito ao diagnóstico de
edema pulmonar a ultrassonografia demostrou uma equivalência diagnostica com a
tomografia computadorizada em um estudo apresentando uma sensibilidade de 94% e
especificidade de 100%. Em outro estudo, quando comparada ao método diagnostico
invansivo, apresentou sensibilidade de 92,1% e especificidade de 91,7%. Vale ressaltar
que nesse estudo a radiografia foi considerada imprecisa quando comparada a
ultrassonografia. Em relação a pneumonia aguda, a ultrassonografia obteve uma
sensibilidade de 95% em comparação a 60% da radiografia de tórax. Conclusão: A
ultrassonografia é um método imaginologico de boa acurácia, vantajoso em relação a
radiografia de tórax e, portanto, possível de ser aplicado no cenário do doente crítico.
Palavras-chave: Ultrassonografia. Pulmão. Doente crítico.
TEMA: REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA SOBRE FÉ, ESPIRITUALIDADE E
QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE ONCOLÓGICO.
ALUNO: THALES VIEIRA LIMA
ORIENTADORA: PROFA. KATIA NUNES SÁ
RESUMO
Objetivo do estudo: O objetivo deste estudo é analisar a influência da abordagem
espiritual no tratamento do paciente oncológico e suas repercussões na qualidade de
vida. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura que se propõe a
levantar e analisar artigos observacionais, obtidos nas bases de dados do Pubmed e da
Biblioteca Virtual de Saúde (BIREME), sobre a Influência da Espiritualidade na Qualidade
de Vida (QV) do paciente em tratamento oncológico. Os critérios de inclusão foram:
estudos observacionais; estudos realizados com pacientes com diagnóstico atual ou
passado de câncer; amostra de pacientes que possuísse apenas indivíduos com idade
superior ou igual a 18 anos; que avaliaram alguma variável sobre Espiritualidade e
impactos na QV relacionada à saúde física, mental ou social por meio de escalas; estudos
que relataram um tamanho de medida de efeito na associação entre Espiritualidade e QV.
Como critérios de exclusão adotou-se estudos que foram realizados com pacientes com
algum quadro de comprometimento neurológico que pudesse afetar seu estado de
consciência e os que fizeram avaliações quantitativas de Espiritualidade ou da QV. Foram
analisados 5 artigos, sendo 3 estudos observacionais do tipo corte transversal e 2 ensaios
clínicos. Principais resultados: Inferiu-se que a abordagem espiritual possui influência
significativa e positiva no tratamento de pacientes com câncer. Os trabalhos
demonstraram que há uma grande necessidade por parte desses pacientes pela
abordagem espiritual e que há significativos ganhos na qualidade de vida desses
pacientes, com menores índices de distúrbios de humor e com melhoras na
funcionalidade desses indivíduos.
Palavras-chave: Espiritualidade. Oncologia. Qualidade de Vida.
TEMA: ACHADOS DE IMAGEM EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DA COLUNA
CERVICAL DE PACIENTES COM MUCOPOLISSACARIDOSE.
ALUNO: THIAGO LACERDA DE CARVALHO
ORIENTADORA: PROFA. CAROLINA FREITAS LINS
CO-ORIENTADOR: PROF. MARCOS ANTÔNIO ALMEIDA MATOS
RESUMO
As mucopolissacaridoses (MPSs) compõem o grupo de doenças genéticas conhecidas
como Doenças de Depósito Lisossômico, sendo classificadas de acordo com o defeito
enzimático que as determina ou de acordo com as manifestações clínicas e progressão
da doença. Além do acometimento do sistema motor, as MPS também são caracterizadas
por neuropatia central e periférica. Apesar dos conhecimentos sobre os diversos tipos de
MPS e de suas manifestações vertebrais, existe uma carência no que se refere aos
achados de imagem, especialmente em Ressonância Magnética (RM). Dessa forma, são
descritos os achados de exames de RM da coluna cervical em pacientes acometidos por
MPS. Trata-se de um estudo de corte transversal, envolvendo 16 pacientes com MPS,
com diagnóstico confirmado através da detecção da deficiência da atividade enzimática
correspondente, realizado por exame sérico convencional. Foi realizado exame físico
neurológico nos pacientes, incluindo teste de tinel, avaliação do tônus muscular e
pesquisa de reflexos profundos. Além disso, foram submetidos a RM da coluna cervical,
onde foram analisados. A análise estatística foi realizada utilizando-se o
programa Statistical Package for the Social Science. Os resultados foram expressos em
média ± desvio padrão Participaram do estudo um paciente do tipo I, dois pacientes do
tipo II, um paciente do tipo IV e doze pacientes do tipo VI. Hiporreflexia foi encontrada em
12 pacientes, enquanto que hiperrreflexia em apenas 4. Nenhum paciente tinha alteração
de tônus muscular. No exame de RM, todos os pacientes possuíam espessamento do
tecido periodontoidal e redução do calibre do canal vertebral cervical, 10 apresentavam
compressão medular e três mielopatia. Hipoplasia do odontóide foi encontrada em 11
pacientes e invaginação basilar em nove. Os pacientes com MPS apresentaram alteração
dos reflexos profundos, primordialmente hiporreflexia, além de espessamento do tecido
periodontoidal, redução do calibre do canal vertebral, redução da coluna aérea do cavum,
hipoplasia do odontoide, platibasia e invaginação basilar. Assim, esses indivíduos podem
ter grande repercussão clínica destes achados, demonstrando a importância da
realização do exame de RM nos portadores de MPS.
Palavras-chave: Mucopolissacaridose; Ressonância Magnética; Coluna cervical.
TEMA: CUIDADO MULTIPROFISSIONAL PARA O PACIENTE TERMINAL NA UTI: UMA
REVISÃO SISTEMÁTICA.
ALUNA: THYARA BATALHA DE MATOS GOUVEIA
ORIENTADORA: PROFA. IEDA MARIA BARBOSA ALELUIA
RESUMO
Referência: Gouveia TBM. Cuidado multiprofissional para o paciente terminal na UTI: uma
revisão sistemática [Trabalho de Conclusão de Curso]. Salvador. Escola Bahiana de
Medicina e Saúde Pública, Bahia, 2016.
INTRODUÇÃO: A morte faz parte do ciclo vital e é um equívoco achar que o limite do
cuidado é compatível com o limite terapêutico. No ambiente de unidade de terapia
intensiva onde dispomos de diversas tecnologias para melhorar o estado funcional e até
salvar a vida do paciente é necessário estabelecer os limites entre qualidade de vida e
extensão da vida. A medicina paliativa surge neste ambiente com o objetivo de atender as
demandas de todas as dimensões do cuidado ao paciente e a família, sendo este o papel
da equipe multiprofissional. OBJETIVO: Avaliar o papel da equipe multiprofissional no
cuidado do paciente terminal. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática, as
buscas dos artigos foram realizados no PubMed, na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e
na Scientific Eletronic Library Online Brazil (Scielo). Inicialmente foram lidos os títulos os
artigos, depois os resumos e posteriormente a seleção foi a leitura na íntegra. Os artigos
que foram selecionados foram aplicados de acordo com o critério PRISMA e o somatório
da pontuação deveria ser maior que 70% dos itens para fazer parte do estudo.
RESULTADOS: Foram encontrados 864 artigos, que após a leitura do título foram lidos
64 resumos, lidos na íntegra 29 artigos, foram para análise do prisma 12 e foram incluídos
no artigo 9 destes eram 2 revisões de literatura, 2 estudos multicêntricos, 1 pesquisa
exploratório-descritiva, 1 estudo quanti-qualitativo, 1 estudo descritivo, 1 estudo de cortetransversal e 1 estudo randomizado CONCLUSÃO: A unidade de terapia intensiva é o
ambiente onde a equipe multiprofissional é mais alinhada, porém quando o tema é
cuidados paliativos a literatura demonstra que não ocorre de forma tão sincrônica. Os
cuidados paliativos merecem maior atenção para que a morte seja conduzida de forma
tranquila e digna.
Palavras-chave: Cuidado multiprofissional; Unidade de terapia intensiva; Cuidados
paliativos; Paciente terminal; UTI.
TEMA: PROGNÓSTICO DE PACIENTES MULTIARTERIAIS SUBMETIDOS À
INTERVENÇÃO CORONÁRIANA PERCUTÂNEA LIMITADA A ARTÉRIA CULPADA POR
EVENTO CORONARIANO AGUDO.
ALUNO: VITOR CALIXTO DE ALMEIDA CORREIA
ORIENTADOR: PROF. LUIS CLÁUDIO LEMOS CORREIA
RESUMO
Fundamento: Em pacientes com síndromes coronarianas agudas (SCA), não está
comprovado se a intervenção coronária percutânea (ICP) de todos os vasos acometidos
por doença obstrutiva possui superior eficácia em relação à intervenção limitada à artéria
culpada pelo evento, na prevenção de recorrência de sintomas. Objetivo: Avaliar se ICP
limitada à lesão culpada em pacientes multiarteriais se associa a maior incidência de
reinternamento por recorrência de sintomas, quando comparado a pacientes que
receberam ICP completa. Métodos: Foram incluídos nesta análise pacientes
consecutivamente internados em nossa Unidade Coronária com critérios objetivos para
diagnóstico de SCA e que foram tratados por ICP, em período de 4 anos.
Revascularização completa foi definida como tratamento de todas as lesões obstrutivas
(uni ou multiarterial), enquanto revascularização incompleta como a abordagem apenas
do vaso culpado em multiarteriais. Os pacientes foram seguidos a longo-prazo após alta
hospitalar, sendo avaliada como desfecho primário a incidência de reinternamento por
angina ou infarto. Desfecho secundário foi definido como morte por causa cardiovascular
durante seguimento. Resultados: Foram estudados 192 pacientes, 122 submetidos a
revascularização completa (106 uniarteriais e 16 multiarteriais) e 70 submetidos ao
procedimento incompleto. O seguimento médio após a alta apresentou mediana de 280
dias (IIQ = 116 - 507). Indivíduos submetidos a revascularização incompleta
apresentaram incidência de reinternamento por angina ou infarto de 15,7%,
estatisticamente semelhante ao apresentado por pacientes de revascularização completa
(11,5%, P = 0,40). A média do tempo livre de desfecho foi de 745 ± 47 dias no grupo
incompleto, comparado a 793 ± 32 dias no grupo completo (P = 0,42 pelo teste do
logrank; hazard ratio = 0,87; 95% IC = 0,24 – 3,1). Quando a análise limitou o grupo de
revascularização completa a pacientes multiarteriais (evitando o fator de confusão gerado
por diferenças na extensão da doença), a incidência do desfecho primário foi de 18.8%,
ainda mais semelhante a pacientes com revascularização incompleta (P = 0,77). Não
houve diferença de mortalidade no seguimento após a alta (respectivamente, 6,3% vs.
4,3%; P = 0,74). Dentre variáveis clínicas e exames complementares, apresentação inicial
de infarto com supradesnível do ST e acometimento triarterial foram preditores
independentes de revascularização incompleta em multiarteriais, constituindo o escore de
propensão. Após ajuste para o escore de propensão, revascularização incompleta
permaneceu não associado a ocorrência do desfecho primário (P = 0,95). Os
multiarteriais submetidos a revascularização completa apresentaram maior incidência de
sangramento (50%), comparados aos grupo revascularização incompleta (24%; P = 0,04).
Conclusão: O presente estudo observacional, não intervencionista, não sugere que ICP
incompleta em pacientes multiarteriais predispõe a reintermento por recorrência dos
sintomas.
Palavras-chave: Síndrome coronariana aguda, Intervenção coronariana percutânea,
Prognostico.
TEMA: EFICÁCIA E SEGURANÇA DO VANDETANIB NO TRATAMENTO DO CÂNCER
AVANÇADO DE TIREÓIDE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
ALUNA: VITÓRIA DA SILVA SOUZA
ORIENTADOR: PROF. SÉRGIO LACERDA BARROS DA CRUZ
RESUMO
Referência: SOUZA, Vitória da Silva. Eficácia e segurança do Vandetanib no
tratamento do câncer avançado de tireóide: uma revisão sistemática. 2016. 40
folhas. Monografia de graduação (Medicina) – Escola Bahiana de Medicina e Saúde
Pública, 2016.
Introdução: O câncer de tireoide é uma malignidade endócrina que aumentou a sua
incidência nos últimos anos. Sabe-se que em seus casos avançados, existem diversas
limitações para um tratamento eficaz. Dessa forma, ao inibir seletivamente importantes
vias carcinogênicas como o RET (“rearranged during transfection”), VEGFR (“vascular
endothelial growth factor receptor”) e EGFR tirosina-quinase, o Vandetanib emerge como
uma alternativa genética efetiva e segura para esses pacientes. Objetivo: Analisar
eficácia e segurança do uso do Vandetanib nos casos de câncer avançado de tireoide.
Metodologia: Revisão sistemática de literatura através das fontes de dados eletrônicas
MEDLINE/CENTRAL, PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os descritores
utilizados, em conjunto, foram: “Vandetanib” “and” “Thyroid Neoplasms” “and” “Adults”.
Resultados: O presente trabalho analisou ensaios clínicos que acompanharam uma
amostra total de 506 pacientes. Todas as pesquisas mostraram que o Vandetanib
aumenta a taxa de sobrevida sem progressão da doença (PFS), aumenta a resposta
objetiva e controle da doença nos pacientes com diagnóstico de câncer avançado de
tireoide. Entretanto, tem-se também que os estudos analisados mostram que a taxa de
sobrevivência global dos pacientes analisados não diferiu significativamente entre os
grupos em uso e os grupos sem o uso da droga. Quanto aos efeitos adversos de qualquer
grau, os mais frequentes foram diarreia, rash, náusea, hipertensão arterial, fadiga,
cefaleia, diminuição do apetite, acne, astenia e prolongamento do intervalo QT, sendo
eles bem manejados e responsivos ao manejo clínico. Conclusão: Através dessa revisão
sistemática, conclui-se que o uso do Vandetanib é eficaz e seguro para tratamento dos
casos de câncer avançado de tireoide.
Palavras-chave: Vandetanib. Inibidor de tirosina-quinase. Câncer de tireoide. Câncer
avançado de tireoide. Adultos.
TEMA: A RELAÇÃO ENTRE A REDUÇÃO DAS INTERNAÇÕES POR TRANSTORNOS
DE HUMOR E RISCO DE SUICÍDIO NO CONTEXTO DA REFORMA PSIQUIÁTRICA NO
BRASIL.
ALUNA: VÍVIAN SOUZA BRITO CORDEIRO
ORIENTADOR: PROF. ESDRAS CABUS MOREIRA
RESUMO
Referência: CORDEIRO, Vívian. A relação entre a redução das internações por
transtornos de humor e o risco de suicídio no contexto da Reforma Psiquiátrica.
2016. 30 folhas. Trabalho de conclusão de curso (Medicina) – Escola Bahiana de
Medicina e Saúde Pública. Salvador, 2016.
Introdução: a internação psiquiátrica é alvo de muitas discussões, especialmente desde
o surgimento da Reforma Psiquiátrica. Os transtornos do humor ocupam o segundo lugar
entre as causas de internação psiquiátrica, principalmente na mania e nos episódios
depressivos com elevado risco de suicídio. Objetivos: descrever o perfil epidemiológico
das internações por transtornos do humor no Brasil no período de 2008 a 2015,
correlacionando com a média de leitos psiquiátricos e o número de óbitos por lesões
autoprovocadas voluntariamente. Metodologia: estudo descritivo retrospectivo de série
histórica de 2008 a 2015 no Brasil, sobre as internações por transtornos do humor, média
de leitos psiquiátricos e óbitos por lesões autoprovocadas voluntariamente, em indivíduos
com mais de 10 anos de idade, a partir de dados do DataSUS, analisando-se as variáveis
região, sexo, faixa etária e média de permanência. Dados sobre a média de leitos
psiquiátricos obtivos através do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde e
dados sobre os óbitos por lesões autoprovocadas intencionalmente obtidos através do
Sistema de Informações sobre Mortalidade. Resultados: ocorreram 383.956 internações
no período, com uma tendência à diminuição das internações e da média de leitos no país
e nas regiões Sudeste, Nordeste e Norte e de ligeiro aumento nas regiões Sul e CentroOeste. Obteve-se alta correlação entre o número de internações e a média de leitos no
país e nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. O sexo feminino foi responsável
por maior parte dos internamentos, e o sexo masculino obteve uma maior média de
permanência. As faixas etárias com maior número de internações foram 30 a 39 anos e
de 40 a 49 anos. Ocorreram 69509 óbitos por lesões autoprovocadas voluntariamente no
período, com tendência ao aumento no país e em todas as regiões, principalmente
Nordeste e Sudeste. A correlação entre os óbitos e as internações foi inversa em todas as
regiões exceto o Centro-Oeste. As regiões com a maior correlação foram Sudeste e
Nordeste. Conclusão: a redução do número de internamentos, acompanhada pelo
aumento do número de suicídios no mesmo período, aponta para a necessidade de
avaliação de possíveis problemas no acesso, no diagnóstico e no tratamento dos
pacientes com casos severos de transtornos do humor com risco de suicídio.
TEMA: O USO DE CANABINÓIDES NO TRATAMENTO DA DOR CRÔNICA: UMA
REVISÃO SISTEMÁTICA.
NOME ALUNO: WALTER WEST GREGÓRIO
ORIENTADOR: PROF. SERGIO LACERDA BARROS DA CRUZ
RESUMO
Introdução. A dor crônica é comum e debilitante, com poucas opções terapêuticas
eficazes. Muitas vezes tratados com opioides, antidepressivos e anticonvulsivantes, os
pacientes com dor crônica vem apresentando dificuldades no tratamento clinico. A
entrada de fármacos baseados em metabólitos da Cannabis sativa tem oferecido uma
nova abordagem para o tratamento da dor crônica. Objetivo. Atualizar as informações
sobre o uso medicinal da Cannabis sativa, avaliando a segurança e efetividade no
contexto clínico. Metodologia. Revisão sistemática de ensaios clínicos duplo-cego
randomizados que comparam preparações de Cannabis sativa ao placebo entre
indivíduos com dor crônica. As fontes de informação usadas foram as bases de dados do
MEDLINE, PubMed, LILACS, Cochrane e Scielo. Foram selecionados estudos a partir do
ano de 2007 e que foram avaliados pelo CONSORT. Resultados. Cinco estudos foram
incluídos. No total, os ensaios continham 688 pacientes com dor crônica de diferentes
etiologias (dor neuropática, neuropatia periférica e derivada da esclerose múltipla). Foram
utilizadas preparações de Cannabis sativa na forma fumada, extrato oral e spray oral. A
análise da efetividade mostrou uma diferença média de 27% a favor da Cannabis sativa
em comparação ao placebo na melhoria da dor. Resultados secundários como as
melhoras na qualidade do sono e na condição global do indivíduo apresentaram índices
semelhantes aos encontrados na melhoria da dor. Conclusões. Atualmente os dados
disponíveis sugerem um efeito analgésico modesto dos canabinóides, criando a
perspectiva de que a Cannabis sativa possa vir a ser utilizada como adjuvante para o
tratamento da dor crônica.
Palavras-chave: Dor Crônica, Cannabis sativa, Analgesia, Efetividade do Tratamento,
Segurança do Tratamento, Qualidade do sono, Condição Global, Efeitos Adversos.
TEMA: ANÁLISE DA MORTALIDADE POR EPILEPSIA NO BRASIL, 2004 A 2013.
ALUNA: WANESSA SOUSA DE QUEROZ
ORIENTADORA: PROFA. MARCELA C. MACHADO COSTA
RESUMO
Referência: Queiroz, WS. Análise da mortalidade por epilepsia no Brasil, 2004 a 2013.
[Trabalho de conclusão de curso] Escola de Medicina. Escola Bahiana de Medicina e
Saúde Pública. Bahia, 2016.
INTRODUÇÃO: A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns no mundo,
com prevalência elevada, atingindo cerca de 50 milhões de pessoas no mundo inteiro. Há
uma maior prevalência de pessoas acometidas nos países em desenvolvimento e isso se
deve principalmente ao fato desses países oferecerem qualidade dos serviços de saúde,
infra estrutura médica e sanitária inferior ao de países desenvolvidos A mortalidade dos
portadores de epilepsia é 2 a 3 vezes maior do que a da população em geral, podendo ser
até 5 vezes maior nos indivíduos que não respondem adequadamente ao tratamento
farmacológico, sendo as maiores taxas de mortalidade nos países em desenvolvimento.
OBJETIVOS: Descrever as características dos óbitos por epilepsia no Brasil. Caracterizar
os óbitos por epilepsia por sexo, raça/cor, estado civil, escolaridade, ano, região de
residência. Estimar o coeficiente de mortalidade por epilepsia segundo sexo, faixa etária e
região de residência no Brasil. METODOLOGIA: Estudo do tipo descritivo observacional
de série temporal dos óbitos por epilepsia no Brasil. O local do estudo foi o Brasil e o
período foi de 2004 a 2013. Foram analisados os dados dos óbitos que tiveram como
causa básica a epilepsia informada na Declaração de Óbito e registrado no Sistema de
Informação sobre Mortalidade (SIM/SUS). Escolheu-se como variáveis: óbitos por ano,
faixa etária, sexo, cor/raça, escolaridade, estado civil e região de residência. Os
resultados foram sumarizados em gráficos e tabelas para melhor compreensão. Realizouse regressão linear utilizando o SPSS para análise de tendência temporal dos coeficientes
de mortalidade calculando-se o R2, B e p-valor. Valores de p < 0,05 foram considerados
estatisticamente significantes. RESULTADOS: 17.767 indivíduos tiveram a epilepsia
como causa básica do óbito no período estudado. Destes, 65,8% eram sexo masculino. O
coeficiente de mortalidade foi maior no sexo masculino (1,10 – 1,42 óbitos / 100.000
habitantes). Em relação a região de residência, a região Sudeste teve maior proporção
dos óbitos (41,43%) e a região Centro Oeste apresentou o maior coeficiente de
mortalidade foi 0,92 – 1,32 óbitos /100.000 habitantes. A faixa etária maior que 80 anos
apresentou o maior coeficiente de mortalidade enquanto a faixa etária entre 40 e 49 anos
apresentou maior proporção de óbitos. A raça/cor que apresentou maior proporção de
óbitos foi a branca. Indivíduos com baixa escolaridade proporcionalmente tiveram mais
óbitos. CONCLUSÃO: Conclui-se que, no Brasil, a mortalidade por epilepsia é maior no
sexo masculino, nos indivíduos maiores de 80 anos, na população branca e parda, estado
civil solteiro e indivíduos com grau de escolaridade baixa.
Palavras-chave: Mortalidade. Epilepsia. SIM.
TEMA: DETERMINANTES DA PREFERÊNCIA PELO ACESSO
PROCEDIMENTOS
PERCUTÂNEOS
CORONÁRIOS
EM
CORONARIANAS AGUDAS: UM PARADOXO RISCO – TRATAMENTO.
RADIAL EM
SÍNDROMES
ALUNA: YASMIN FALCON LACERDA
ORIENTADOR: PROF. LUIS CLÁUDIO LEMOS CORREIA
RESUMO
LACERDA, Yasmin F. Determinantes da preferência pelo acesso radial em
procedimentos percutâneos coronários em síndromes coronarianas agudas: um
paradoxo risco - tratamento. 2016. Estudo prospectivo. Medicina - Escola Bahiana de
Medicina e Saúde Pública, Salvador-Bahia.
Fundamento: Em procedimentos coronários, o acesso radial protege pacientes contra
complicações hemorrágicas, porém é tecnicamente mais complexo. Desta forma, esperase que este acesso seja priorizado em pacientes de maior risco de sangramento, os quais
desfrutarão de maior benefício desta estratégia. Objetivos: 1) Testar a hipótese de que a
preferência pelo acesso radial é prioritariamente influenciada pela noção de magnitude do
benefício desta escolha, sendo mais frequente em pacientes de alto risco de
sangramento; 2) Identificar preditores independentes da escolha do acesso arterial,
permitindo inferir a respeito do processo cognitivo de decisão. Métodos: Incluídos
pacientes internados entre dezembro de 2011 e janeiro de 2016, devido a síndrome
coronariana aguda com ou sem supradesnível do ST, que realizaram coronariografia. Foi
registrado o acesso escolhido pelo médico intervencionista para a primeira coronariografia
do internamento, quando ainda não havia definição se intervenção coronária com stent
viria a ser necessária. Não houve interferência dos investigadores nesta escolha. O
Escore CRUSADE foi utilizado para avaliar risco basal de sangramento. Resultados:
Incluídos 347 pacientes, idade 63 ± 14 anos, 63% do sexo masculino, 27% infarto com
supradesnível do segmento ST. Contrariando a hipótese primária, pacientes submetidos
ao acesso radial apresentaram CRUSADE de menor risco de sangramento (30 ± 14),
comparados aos que receberam acesso femoral (37 ± 14; P < 0,001). Na análise
univariada, sexo, tipo de SCA, diabetes, doença arterial periférica não se associaram à
escolha do acesso. Por outro lado, idade, creatinina, sinais de IVE e DAC prévia se
associaram negativamente ao acesso radial. Na análise multivariada, estas 4 variáveis
permaneceram preditores independentes, todos com ação inibitória ao uso do acesso
radial: idade (OR = 0,89; 95%IC = 0,96 - 0,99), creatinina (OR = 0,52; 95%IC = 0,29 0,94), sinais de IVE (OR = 0,42; 95%IC = 0,21 - 0,86) e DAC prévia (OR = 0,44; 95%IC =
0,26 - 0,72). Conclusão: A preferência pelo acesso radial não é prioritariamente
influenciada pelo seu benefício na prevenção de sangramento, pois variáveis preditoras
de sangramento se associaram negativamente a esta opção. A escolha do acesso radial
foi inibida por variáveis que conotam pacientes mais graves, sugerindo que a
preocupação com a complexidade do acesso radial prepondera sobre seu potencial
benefício.
Palavras-chave: Síndrome coronariana aguda, Intervenção coronariana percutânea
Acesso radial.
TEMA: PERCEPÇÃO DOS DOCENTES SOBRE A UTILIZAÇÃO DE MODELAGEM 3D
NO ENSINO MÉDICO.
ALUNA: THAÍS WANDERLEY MENDES DE MORAIS
ORIENTADORA: PROFA. MARTA SILVA MENEZES
CO-ORIENTADORA: PROFA. THAÍS FAGUNDES BARRETO
RESUMO
MORAIS, TWM. Percepção dos docentes sobre utilização de modelagem 3D no
Ensino Médico. Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Medicina – Escola
Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador - Ba, 2016.
INTRODUÇÃO: Avanços abrem espaços para novas formas de compreensão do
processo ensino-aprendizagem, gerando possibilidades para a formulação de abordagens
educacionais sincronizadas com a contemporaneidade. Iniciativas têm sido tomadas para
estas exigências na docência. Ferramentas digitais podem ser úteis, já que orientam e
facilitam a compreensão dos conteúdos e não substitui os métodos tradicionais de ensino.
OBJETIVO: Avaliar o conhecimento dos docentes da EBMSP acerca da implementação
de moldes impressos em 3D no Ensino Médico, em seus respectivos componentes
curriculares. MÉTODOS: Trata-se de um estudo exploratório e descritivo de abordagem
mista – quantitativo para caracterização da amostra e qualitativo para melhor
entendimento sobre a opinião dos docentes sobre a aplicação da modelagem 3D no
ensino médico. RESULTADOS: A amostra foi de 32 docentes, 58% do sexo masculino
com uma média de 41,65 anos de idade. Eram, em sua maioria (75%), médicos com
tempo de docência, em média, de 11,8 anos. Do total da amostra, 66,7% conheciam
vagamente a impressora 3D; 55,6% já haviam pensado na possibilidade de aplicação no
ensino médico e 94,3% acreditavam no espaço dessa tecnologia nas suas atividades
acadêmicas. A partir de análise qualitativa, foram listadas as seguintes categorias:
“Favoráveis a aplicação da tecnologia”, “Desfavoráveis a aplicação da tecnologia”,
“Favoráveis a aplicação da tecnologia com restrições” e “Possibilidades de aplicação da
metodologia nas respectivas atividades acadêmicas”. CONCLUSÃO: É de fundamental
importância para a incorporação desta estratégia o entendimento sobre a tecnologia,
desde o planejamento pedagógico até os custos e dificuldades relacionadas ao processo.
Importante também levar em conta a realidade nacional e da instituição e, por fim, traçar
estratégias para contornar as possíveis dificuldades.
Palavras-chave: Impressora 3D. Modelagem tridimensional. Ensino Médico. Tecnologia.
Medicina.
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