Interbits – SuperPro ® Web 1. (Insper 2013) Bravo tatu-bola Amijubi, Zuzeco e Fuleco. Qual desses nomes você mais deplora, despreza ou detesta? São os inventados e propostos pela Fifa para designar o tatu-bola, que ela elegeu como mascote da Copa de 2014 no Brasil. A Fifa os pôs em votação pela internet e espera que, até 25 de novembro, um deles seja sacramentado pelo povo brasileiro. Sacramento esse que nenhuma diferença fará __1__ Fifa. Qualquer nome lhe servirá, desde que artificial – fora do dicionário –,__2__ prova de prévio domínio alheio e que ela possa registrar internacionalmente como propriedade industrial. (...) __3__ ninguém espantou até agora que a Fifa terá se tornado proprietária de uma palavra que, artificial ou não, pertence __4__ língua portuguesa. E nem surpreende que, tão ciosa de seus direitos, ela só tenha se esquecido de consultar o principal interessado: o tatu-bola. Quem pode garantir que ele gostará de ver seu bom nome ligado __5__ uma daquelas execráveis alcunhas? Seria divertido assistir __6__ Sociedade Protetora dos Animais, ao Partido Verde e a outras instituições de defesa do ambiente, como representantes autorizados do tatu-bola, acionando __7__ Fifa por injúria, abuso da imagem e exploração indevida. (Adaptado: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/68298-bravo-tatu-bola.shtml) O acento indicador de crase deve ser corretamente utilizado somente nas lacunas a) 1, 3, 4. b) 1, 2, 4, 6. c) 2, 3, 5, 7. d) 4, 5, 6. e) 2 e 4. 2. (Insper 2013) Troque o verbo ou feche a boca Rita Lee cantava uma música que dizia "o resto que se exploda, feito Bomba H". Será que na língua culta existe "exploda"? Explodir é verbo defectivo, ou seja, não tem conjugação completa. No presente do indicativo, deve-se conjugá-lo a partir da segunda pessoa do singular (tu explodes, ele explode etc.). Muita gente não sabe da existência dos defectivos e os "conjuga" em todas as pessoas. (Pasquale Cipro Neto, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/10/10/fovest/8.html) A alternativa que exemplifica o que foi expresso no último período é a) Houveram dificuldades na resolução da questão. b) Ficaremos felizes se vocês mantiverem a calma. c) É preciso fazer contas para que a prestação caiba no orçamento. d) Empresário reavê judicialmente a posse de seu imóvel. e) Polícia deteu quase 60 torcedores nas imediações do Morumbi. 3. (Espcex (Aman) 2013) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas. “Não nos ______ respeito os motivos que ____________ os homens a __________ à causa.” a) diz – conduzirão – aderir b) dizem – conduzirão – aderirem c) dizem – conduzirá – aderirem d) diz – conduzirá – aderir e) dizem – conduzirá – aderir 4. (Espcex (Aman) 2013) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do período abaixo. “Informaram aos candidatos que, ___________, seguiam a comunicação oficial, o resultado e a indicação do local do exame médico, e que estariam inteiramente à ________ disposição para verificação.” Página 1 de 13 Interbits – SuperPro ® Web a) anexo – vossa b) anexos – sua c) anexo – sua d) anexas – vossa e) anexos – vossa TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Vivendo e... Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma bola de gude conseguisse equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a unha do polegar, quanto mais jogá-la com a 1precisão que tinha quando era garoto. (...) Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para dentro, e assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive variava de tom conforme o posicionamento das mãos. Hoje não sei mais que jeito é esse. Eu sabia a 2fórmula de fazer cola caseira. Algo envolvendo farinha e água e 3muita confusão na cozinha, de onde éramos expulsos sob ameaças. Hoje não sei mais. A gente começava a contar depois de ver um relâmpago e 11o número a que chegasse quando ouvia a trovoada, multiplicado por outro número, dava a 4distância exata do relâmpago. Não me lembro mais dos números. (...) 12 Lembro o orgulho com que consegui, pela primeira vez, cuspir corretamente pelo espaço adequado entre os dentes de cima e a ponta da língua de modo que o cuspe ganhasse distância e pudesse ser mirado. Com prática, conseguia-se controlar a 5trajetória elíptica da cusparada com uma 6mínima margem de erro. Era 7puro instinto. Hoje o mesmo feito requereria 8 complicados cálculos de balística, e eu provavelmente só acertaria a frente da minha camisa. Outra 9habilidade perdida. Na verdade, deve-se revisar aquela antiga frase. É vivendo e .................... . Não falo daquelas 13 coisas que deixamos de fazer porque não temos mais as condições físicas e a coragem de antigamente, como subir em bonde andando – mesmo porque 14não há mais bondes andando. Falo da sabedoria desperdiçada, das 10artes que nos abandonaram. Algumas até úteis. Quem nunca desejou ainda ter o cuspe certeiro de garoto para acertar em algum alvo contemporâneo, bem no olho, e depois sair correndo? Eu já. Luís F. Veríssimo, Comédias para se ler na escola. 5. (Fuvest 2013) Considere as seguintes substituições propostas para diferentes trechos do texto: I. “o número a que chegasse” (ref. 11) = o número a que alcançasse. II. “Lembro o orgulho” (ref. 12) = Recordo-me do orgulho. III. “coisas que deixamos de fazer” (ref. 13) = coisas que nos descartamos. IV. “não há mais bondes” (ref. 14) = não existe mais bondes. A correção gramatical está preservada apenas no que foi proposto em a) I. b) II. c) III. d) II e IV. e) I, III e IV. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: _________ dois meses, a jornalista britânica Rowenna Davis, 25 anos, foi furtada. Só que não levaram sua carteira ou seu carro, mas sua identidade virtual. Um hacker invadiu e tomou conta de seu e-mail e – além de bisbilhotar suas mensagens e ter acesso a seus dados bancários – passou a escrever aos mais de 5 mil contatos de Rowenna dizendo que ela teria sido assaltada em Madri e pedindo ajuda em dinheiro. Página 2 de 13 Interbits – SuperPro ® Web Quando ela escreveu para seu endereço de e-mail pedindo ao hacker ao menos sua lista de contatos profissionais de volta, Rowenna teve como resposta a cobrança de R$ 1,4 mil. Ela se negou a pagar, a polícia não fez nada. A jornalista só retomou o controle do e-mail porque um amigo conhecia um funcionário do provedor da conta, que desativou o processo de verificação de senha criado pelo invasor. (Galileu, dezembro de 2011. Adaptado.) 6. (Unifesp 2013) A lacuna do início do texto deve ser corretamente preenchida com a) À. b) Há cerca de. c) Fazem. d) Acerca de. e) A. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Conversar pressupõe um diálogo produtivo entre as pessoas. Significa dizer que conversar é um processo cooperativo entre interlocutores. Leia o texto abaixo, que representa uma conversa. 7. (G1 - ifsp 2013) No trecho “a gente pode ter conversas literárias”, substituindo-se o sujeito por outro de primeira pessoa do plural, no tempo pretérito perfeito, o resultado é o seguinte: a) podemos ter conversas literárias. b) podíamos ter conversas literárias. c) poderíamos ter conversas literárias. d) pudemos ter conversas literárias. e) pudéssemos ter conversas literárias. 8. (Insper 2012) Há duas semanas, foram divulgados novos dados sobre o desempenho dos nossos estudantes. Os resultados foram comentados à exaustão nos jornais, sites etc. Solidários, diversos meios de comunicação se aliaram aos alunos, ou seja, demonstraram que também tropeçam no trato com a língua. Comecemos por um título (de um site), que terminava assim: "... preferem português à matemática". (...). No título, usou-se a construção formal, mas... (NETO, Pasquale Cipro. Folha de São Paulo, 08/09/2011) Considere estas afirmações: I. O adjetivo “solidários”, no contexto em que ocorre, deve ser compreendido conotativamente, já que se trata de uma ironia. II. Do ponto de vista da gramática normativa, há um erro de regência no título do site, uma vez que o verbo “preferir” rejeita o uso da preposição “a”. Página 3 de 13 Interbits – SuperPro ® Web III. No último período, ao empregar a conjunção adversativa “mas”, o autor sugere a ocorrência de “tropeço” gramatical no título do site. Está(ão) correta(s) a) I, II e III. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) Apenas I. 9. (Insper 2012) Texto I sic - Em latim, significa assim. Expressão usada entre colchetes ou parênteses no meio ou no final de uma declaração entre aspas, ou na transcrição de um documento, para indicar que é assim mesmo, por estranho ou errado que possa ser ou parecer. (http://www1.folha.uol.com.br/folha/circulo/manual_texto_s.htm) Texto II A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, recebeu um grupo de 50 manifestantes, que foram de ônibus a Brasília reclamar sobre a demora para receber os recursos do governo federal. (...) Em nota divulgada ontem no site do Ministério da Cultura, Ana de Hollanda disse que o ministério "reconhece, valoriza e tem claro [sic] a necessidade da continuidade" do trabalho dos Pontos de Cultura. A nota, no entanto, não aponta quando o problema deve ser resolvido. (Folha de São Paulo, 23/02/2011) Considerando-se as informações apresentadas nos textos, é correto afirmar que o motivo da inclusão do “sic”, no Texto II, é apontar uma falha de a) concordância nominal, já que o adjetivo “claro” deveria estar no feminino para concordar com o substantivo “necessidade”. b) regência nominal, pois o “a”, antes do substantivo “necessidade”, deveria receber acento grave para indicar a ocorrência de crase. c) pontuação, uma vez que se omitiu a vírgula obrigatória para separar as orações coordenadas presentes nesse período. d) acentuação gráfica, já que o verbo “ter”, presente na expressão “tem claro”, deveria receber acento circunflexo. e) coesão textual, pois, nessa construção, é obrigatória a inclusão do conectivo “que” para ligar a oração principal à oração subordinada. 10. (G1 - cps 2012) Juliana, seu namorado Ricardo e mais alguns amigos do curso de gastronomia que ela frequenta alugaram uma casa de praia para passar as férias de verão. Durante o café da manhã, enquanto todos estavam sentados _________ mesa, Juliana percebeu que Ricardo não se servia dos diversos tipos de queijo que ela havia levado. — Escolhi com muito capricho esses queijos, você não os experimenta _________? — _________, infelizmente, tenho intolerância à lactose, portanto devo evitar alguns alimentos. — Sorte sua não ser um apaixonado por gastronomia! Página 4 de 13 Interbits – SuperPro ® Web Assinale a alternativa cujas palavras completam, correta e respectivamente, o texto a seguir. a) à – por quê – Porque b) à – por que – Por que c) à – porque – Por que d) na – por quê – Porque e) na – por que – Porque TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Palavras, palavras, palavras Criadas pelos humanos, as palavras são suscetíveis ao tempo, como os humanos. Algumas mudam de significado, outras vão desbotando aos poucos, e há as que morrem na inanição do silencio. Ninguém mais chama o libertino de bilontra, a amante de traviata ou o inocente de cândido. Depois de soar na boca do povo e iluminar a escrita, bilontra, traviata e cândido foram sepultadas nos dicionários junto as que lá descansavam em paz. Em seus lugares brotam novas, frescas e saltitantes, com significado igual – ou quase. A língua e a mais genuína criação coletiva, feita da contribuição anônima. O agito das palavras traduz as mudanças do mundo – na ciência e tecnologia, na economia e política, nas leis e religiões, no comercio e publicidade, no esporte e comunicação, nos costumes e valores. A palavra escalpo anda sumida porque não se arranca mais o couro cabeludo do inimigo. Não se mata na cruz nem se guerreia em buraco – crucificar e trincheira são metáforas. O Hino Nacional–impávido colosso, lábaro estrelado, clava forte – e um jazigo verbal. Sem o chapéu, descobrir-se e saber de si. Formidável: quem ainda diz? Semideus e semidivino agonizam por falta de fé. O reitor e magnífico? Reveladoras são as palavras que, condenadas, estão na fase de desaparecimento. Perderam primazia e brilho, mas ainda são usadas. Escapam empoeiradas da boca da professora, embaçadas no verso do poeta, combalidas na memória do idoso, mortas no discurso do político. Observa-las em plena agonia e ouvir a sociedade. Faz tempo não ouço a palavra cavalheirismo. Parece que a igualdade de direitos das mulheres botou fora o bebe, a água do banho e a bacia. Lá se foram também delicadeza e cordialidade: louvadas no passado, antes de sumir viraram sinônimo de perda de tempo. Pessoa cordial passou a ser chata, cheia de frescura, pé-no-saco, puxa-saco. Cortesia não morreu, mas mudou: agora quer dizer brinde, boca-livre, promoção! Crimes tem cúmplices, mas e rara a cumplicidade entre casais. Leio jornais, revistas, livros, pecas e roteiros contemporâneos de lápis na mão. Ha anos não grifo a palavra honra. Nem os crimes passionais se explicam mais como defesa da honra. Quando encontro as palavras perdão e respeito, referem-se a autoridades. Já dever e sacrifício referem-se a voto e reajustes salariais. Encontro mais a desonesto do que a honesto. Não leio ou ouço, em lugar algum, a palavra compaixão: essa foi para o céu! Ética e educação, leio e ouço bastante. Mas surraram os sentidos ate esvazia-los, ficaram ocas, só sons e letras. Os novos sentidos são da conveniência e interesse pessoal de quem escreve ou fala. Os significados que lhes deram Aristóteles e Rousseau dormem na paz do dicionário. Se as palavras morrem ou mudam de sentido, os gestos, intenções e atitudes que designam também morrem ou mudam de sentido. Cabe indagar: que sociedade e essa que sepulta o cavalheirismo, a delicadeza, a cordialidade e a compaixão? Que gente e essa que enterra a honra? Que pais e esse que esvazia valores como educação e ética e faz da cortesia um gesto interesseiro? Que confere respeito e perdão aos poderosos e impõe aos destituídos o dever e o sacrifício? Criadas pelos homens, palavras são do humano. Intriga sejam justamente as que dizem o mais humano do humano a perderem o sentido ou morrerem. Ou será que estamos perdendo o prazer da convivência? Ah, palavras, palavras, palavras... ARAUJO, Alcione. Palavras, palavras, palavras. Estado de Minas, Belo Horizonte, 05 jul. 2010. Caderno Cultura, p. 8. 11. (G1 - cftmg 2011) “Depois de soar na boca do povo e iluminar a escrita, bilontra, traviata e cândido foram sepultadas nos dicionários junto as que lá descansavam em paz.” A expressão grifada pode ser substituída corretamente por Página 5 de 13 Interbits – SuperPro ® Web a) junto as quais b) junto às quais c) junto àquelas que d) junto aquelas que 12. (G1 - cftsc 2010) O fenômeno da crase ocorre quando a preposição a se funde com o artigo a, com o pronome demonstrativo a ou com o primeiro a dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) ou aquilo. Na escrita padrão, essa fusão dos aa é marcada com acento grave. Considerando essa definição de crase, assinale a alternativa na qual o acento grave foi corretamente empregado. a) Se eu pudesse optar por uma outra profissão, escolheria à que meu pai me indicou. b) Defender à pena de morte, no Brasil, é algo atemorizante. c) Estamos elegendo à nova diretora do Instituto Federal de Santa Catarina. d) Quando ela me disse àquilo, fiquei bastante preocupado com à forma como ela reagiria ao saber de toda a história. e) Temos que recorrer às emissoras de rádio, à TV, ao Congresso Nacional, se for preciso, para denunciar o abuso. 13. (Uemg 2010) Leia atentamente os versos a seguir e, depois, faça o que é pedido. Eu sei que vou te amar Eu sei que vou te amar Por toda a minha vida eu vou te amar Em cada despedida, eu vou te amar Desesperadamente, eu sei que vou te amar E cada verso meu será Pra te dizer Que eu sei que vou te amar Por toda a minha vida Eu sei que vou chorar A cada ausência tua, eu vou chorar Mas cada volta tua há de apagar O que esta tua ausência me causou Eu sei que vou sofrer A eterna desventura de viver À espera de viver ao lado teu Por toda a minha vida Vinícius de Morais e Tom Jobim No texto dessa letra de música (MPB), observa-se a presença da linguagem coloquial, quando o leitor verifica a) o uso da segunda pessoa do singular, em ocorrências como “a cada ausência tua”, forma de tratamento empregada em situações comunicativas menos formais, sobretudo quando seu produtor utiliza no texto gírias e jargões. b) o emprego da expressão “há de apagar”, uma vez que, nesse caso específico, o verbo haver, por não ser sinônimo de existir, refere-se a uma forma típica do português falado espontaneamente. Página 6 de 13 Interbits – SuperPro ® Web c) a ocorrência da expressão “eu sei que vou te amar”, porquanto, na linguagem coloquial, a tendência é não empregar o pronome oblíquo posposto à locução verbal; desse modo, na modalidade padrão, a forma a ser empregada seria: eu sei que vou amar-te. d) a inversão sintática no verso “A cada ausência tua, eu vou chorar”, pois, como a linguagem coloquial ocorre principalmente em situações comunicativas menos tensas e formais, é natural o uso de inversões linguísticas, como a que se observa no verso citado. 14. (G1 - cps 2010) Considere o texto a seguir que nos informa sobre a continuidade do trabalho desempenhado por esses grupos. Os alunos dessa sala, após os devidos esclarecimentos feitos pela professora, resolveram transformar o que estudaram em dicas ecopráticas e publicar essas dicas ecopráticas no portal da escola. Para isso, redigiram um manual explicativo e digitaram esse manual explicativo, acrescentando ilustrações dos próprios colegas. A repetição dos termos, que estão em destaque no texto, pode ser evitada pelo emprego adequado dos pronomes. Assinale a alternativa em que isso ocorre. a) publicar-lhes ... o digitaram b) publicar-lhes ... lhe digitaram c) publicá-las ... o digitaram d) publicar-las ... lhe digitaram e) publicá-las ... digitaram-o TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: DO JEITO QUE EU QUERO SER Os sites que abrem portas para mundos virtuais em três dimensões, como o Second Life ou o do jogo Star Wars Galaxies, são um dos grandes sucessos atuais da internet. Não é para menos. Eles tornam corriqueira e divertida uma prática que a psicanálise há tempos detectou ser comum a todos os seres humanos - a de projetar uma imagem ideal de si mesmo através de outras pessoas. É o que se faz, por exemplo, quando se pensa em ganhar na loteria e levar uma vida igual à dos milionários que aparecem nas revistas. Na internet, essa projeção de si próprio se chama avatar e não existe apenas na mente de cada um. Ela se materializa nos personagens criados para participar dos mundos virtuais. No mundo dos avatares não existe a baixa auto-estima. Todo mundo pode ser forte, atraente e dono de grandes habilidades sociais. É possível também se transmutar num personagem de desenho animado. Pode-se até mudar de sexo. Apenas no Second Life, perto de 9 milhões de avatares já foram inventados em todo o mundo. Os criadores dos personagens permanecem sentados à frente de seus computadores, mas suas criaturas ganham o mundo, lutam em guerras, eliminam monstros ou simplesmente namoram nas ruas de cidades imaginárias - mas bem reais na tela do monitor. (Veja Especial - Tecnologia, agosto, 2007, p. 18) 15. (Fatec 2008) Assinale a alternativa em que é observada a norma culta de concordância, regência e emprego de pronomes. a) Há uma porta para um mundo virtual, o qual os internautas gostam e nele vive uma vida paralela. b) Pode existir mundos povoados por avatares, os quais não é permitido a baixa auto-estima. c) Trata-se de verdadeiras materializações de imagens projetadas, as quais se encontram fora da mente das pessoas; chamam-nas de avatares. d) A psicanálise detectou, fazem muitos anos, a essa prática, cuja é comum à várias pessoas. e) É possível haverem pessoas que aspiram ser fortes e atraentes ou, até, personagem de desenho animado. 16. (G1 - cps 2007) Leia as orientações que uma empresa, preocupada com o meio ambiente, passou aos seus funcionários. Página 7 de 13 Interbits – SuperPro ® Web - Avalie se é mesmo necessário imprimir algo que já está gravado em seu computador. - Utilize melhor as folhas, NÃO JOGUE AS FOLHAS FORA e aproveite o verso para fazer anotações e rascunhos. - Retire seu nome do 'mailing' de empresas que não interessam. - Leve os papéis já aproveitados para nosso posto de coleta seletiva. Assinale a alternativa em que o trecho, em destaque, está reescrito de acordo com a norma padrão da língua portuguesa. a) ... não jogue-as fora... b) ... não as jogue fora... c) ... não jogue elas fora... d) ... não jogue-lhes fora... e) ... não lhes jogue fora... 17. (Pucrs 2003) A única frase que se caracteriza por obedecer à norma culta do idioma é: a) "Se você pertencesse a uma minoria estigmatizada, tua opinião talvez fosse diferente", disse a jovem, indignada. b) Representantes do Movimento Negro garantem que elas mesmo irão resolver a questão pendente. c) Se aprende a conviver com as diferenças a medida que vai se exercitando a tolerância. d) É difícil para mim aceitar tantas injustiças em nome da origem e da cor. e) Ainda fico meia triste diante do abandono sofrido pelos indígenas, declarou a jovem. 18. (Pucpr 2003) Assinale a alternativa em que o pronome colocado entre parênteses NÃO preenche corretamente as lacunas. a) O mal-entendido _____ aborreceu demais. (os) b) Não fiquem preocupados: nós _____ ajudaremos. (lhes) c) Na verdade, em muito pouco ____ ajudaríamos. (as) d) Admiro_____ a dedicação para com o irmão. (lhe) e) Posso dizer que ainda não __ conheço bem. (a) 19. (Pucpr 2003) Observe as frases: 1. O mar ficava _____ apenas alguns quilômetros de lá. (a) 2. Chegou de viagem _____ cerca de duas semanas. (há) 3. Parou _____ uns 10 metros longe de mim. (a) 4. Não nos vemos _____ alguns anos. (há) 5. Você sabe daqui _____ quanto tempo o ônibus vai partir? (a) Com os elementos colocados entre parênteses, ficam corretamente preenchidos os espaços: a) somente das frases 1, 2 e 4 b) somente das frases 3 e 5 c) somente das frases 2 e 4 d) somente das frases 1, 3 e 5 e) de todas as frases 20. (Fgv 2003) Observe a ocorrência da mesóclise nos seguintes exemplos: - veremos + o = vê-lo-emos; - faríamos + os = fá-los-íamos; Página 8 de 13 Interbits – SuperPro ® Web - veríamos + a = vê-la-íamos. Assinale abaixo a alternativa em que a mesóclise ocorre de acordo com a norma culta. a) Fa-los-ei. b) Entende-los-ás. c) Partí-las-ás. d) Integrá-las-eis. e) Intui-las-emos. Página 9 de 13 Interbits – SuperPro ® Web Gabarito: Resposta da questão 1: [B] Crase é a fusão de dois fonemas vocálicos idênticos e, na língua portuguesa, o acento grave é usado para assinalar a fusão de dois aa. Assim, o acento só deve ser usado quando o termo regente exija a preposição “a” e o termo regido admita o artigo definido “a”. Esse fenômeno acontece em 1, pois o termo verbal é transitivo direto e indireto, sendo a expressão “à Fifa” o seu objeto indireto; em 4 e 6, porque os termos “pertence” e “assistir” – este último no sentido de “presenciar” – apresentam transitividade indireta; e em 2, por fazer parte de uma locução adverbial feminina: “à prova de”. Em 3, o pronome “ninguém” não pode ser antecedido por artigo; em 5, “uma” é artigo indefinido; e em 7, o verbo “acionar” não precisa de complemento preposicionado. Assim, é correta apenas a opção [B]: 1, 2, 4, 6. Resposta da questão 2: [D] A única opção que apresenta frase com desvio gramatical por conjugação indevida de verbo defectivo é [D], já que o verbo reaver tem conjugação semelhante ao do verbo haver, mas sem as pessoas em que falta a letra “v”. Em [A] e [E], existem infrações às normas gramaticais, de concordância e de conjugação verbal, respectivamente: o verbo haver, no sentido de existir, é impessoal, por isso deve permanecer no singular (houve) e a terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do verbo deter é deteve e não “deteu”. As opções [B] e [C] apresentam frases perfeitamente corretas. Resposta da questão 3: [B] Os verbos das três orações do período devem concordar com o plural dos núcleos dos sujeitos das três orações do período, respectivamente, “motivos”, “que” (relacionado a “motivos”) e “homens”. Assim, é correta a opção [B]: dizem, conduzirão e aderirem. Resposta da questão 4: [B] O sujeito composto da oração “a comunicação oficial, o resultado e a indicação do local do exame médico” apresenta três núcleos (“comunicação”, “resultado” e “indicação”), sendo que um deles pertence ao gênero masculino o que obriga à concordância do adjetivo com o plural masculino (“anexos”). O pronome possessivo relaciona-se com o termo “candidatos”, por isso é adequado o uso da terceira pessoa do plural (“sua”). Assim, é correta a opção [B]. Resposta da questão 5: [B] Os itens I, III e IV apresentam substituições incorretas, pois: I. o termo verbal “alcançasse” dispensa a preposição “a”, pois apresenta transitividade direta, com o pronome relativo “que” em função de objeto: o número que alcançasse; III. o termo verbal “descartamos” no sentido de “deixamos de fazer” pode ser transitivo direto, ou transitivo indireto com preposição “de”: que descartamos ou de que nos descartamos; IV. o termo “existe” deveria concordar com o sujeito (“mais bondes”): existem. Assim, é correta a opção [B]. Resposta da questão 6: [B] Página 10 de 13 Interbits – SuperPro ® Web É correta a opção [B], pois, no contexto, o verbo impessoal haver é usado para indicar tempo decorrido, podendo ser substituído por fazer na terceira pessoa do singular, por se tratar também de um verbo impessoal: faz dois meses. Resposta da questão 7: [D] O pretérito perfeito do indicativo indica ação ou estado passado que ocorreu em determinado momento do passado, sem continuidade. Assim, o trecho “a gente pode ter conversas literárias”, com sujeito em primeira pessoa do plural, é o transcrito na opção [D]. Resposta da questão 8: [C] Na frase “… preferem português à matemática”, o verbo preferir é transitivo direto e indireto, com este último regido adequadamente pela preposição “a”. Como o objeto direto não vem antecedido de artigo, este também não deveria anteceder o objeto indireto e a frase, para atender às regras da gramática normativa, deveria ser substituída por preferem português a matemática. Assim, é incorreto o que se afirma em II, pois o tropeço gramatical a que o professor Pasquale se refere não decorre de erro de regência, mas sim de presença inadequada de artigo. Resposta da questão 9: [A] A inclusão de “sic” no texto divulgado na Folha de São Paulo remete a responsabilidade da falha gramatical à autora da nota divulgada no site do Ministério da Cultura e isenta o jornalista que reportou a notícia. Assim, o motivo da inclusão do “sic” é apontar uma falha de concordância nominal, já que o adjetivo “claro” deveria estar no feminino para concordar com o substantivo “necessidade”, como se afirma em [A]. Resposta da questão 10: [A] É correta a opção [A], pois a expressão adverbial de lugar deve incluir a preposição “a” na sua composição contraída com o artigo “a” e o acento grave (“à mesa”), a expressão “por quê” (preposição + pronome relativo) usa-se no final de frases que indaguem causa, e “porque” é conjunção subordinativa que inicia uma oração adverbial causal. Resposta da questão 11: [C] Na expressão “junto às que”, o acento grave é indicador de crase da preposição “a” com o pronome demonstrativo “as”, equivalente a “aquelas”. Assim, a expressão pode ser substituída por “junto àquelas que”, pois a preposição e o pronome demonstrativo, em situação de crase, exigem o uso do acento grave, como ocorre em [C]. Resposta da questão 12: [E] Crase nomeia a fusão da preposição a com outro a (s) que ocorre logo depois dela. Ocorrerá a crase, se o termo regente exigir a preposição a e se o termo regido aceitar o artigo feminino a (as). No caput da questão há uma definição completa do uso da crase. A alternativa A está incorreta, porque o a que faz papel de demonstrativo não encontra outro a na próxima palavra que, para que ocorra a crase (junção do a mais a). A afirmação B está errada porque o a ali incorretamente craseado é apenas um artigo definido que especifica o substantivo pena. A alternativa C está incorreta. A em “estamos elegendo a nova diretoria” não encontra outro a para ocorrer a crase. Página 11 de 13 Interbits – SuperPro ® Web A afirmação D está errada, pois em “quando ela me disse aquilo”, o termo regente disse (VTD) não pede complemento com preposição a. Quem diz, dia alguma coisa. Não existe a para juntar com o a da palavra aquilo. A alternativa E está correta. Em “Temos que recorrer às emissoras de rádio, à TV, ao Congresso Nacional, se for preciso, para denunciar o abuso” – observamos que o verbo recorrer é transitivo indireto, portanto pede complemento verbal com preposição obrigatória: quem recorre, recorre a alguma coisa ou a alguém. O termo regido emissoras aceita o artigo definido as, bem como a palavra TV (abreviatura de televisão) aceita o artigo a. Nesse caso, há a fusão da preposição a com os artigos as e a. Resposta da questão 13: [C] O texto é constituído por uma linguagem artística mesclada de culto e coloquial. Em “a cada ausência tua, eu vou chorar” e “há de apagar” notamos uma linguagem correta, segundo os padrões gramaticais, e rebuscada. Em “eu sei que vou te amar”, o pronome oblíquo “te” entre a locução verbal marca a oralidade, pois o correto seria “eu sei que te vou amar” ou “eu sei que vou amar-te”. Resposta da questão 14: [C] Como os termos destacados desempenham a função de objeto direto dos verbos “publicar” e “digitaram”, os pronomes oblíquos átonos que os substituem corretamente são “as” e “o”, respectivamente. Em relação ao verbo “publicar”, e porque este termina em “r”, deve eliminarse esta consoante antes de colocar o pronome antecedido de “l”, ou seja, “las” (publicá-las). Já a forma verbal “digitaram” termina em dígrafo nasal, por isso o pronome “o” deveria ser antecedido de “n” se fosse colocado em ênclise (digitaram-no), o que desclassifica a opção e). Resposta da questão 15: [C] Resposta da questão 16: [B] Resposta da questão 17: [D] Resposta da questão 18: [B] Resposta da questão 19: [E] Resposta da questão 20: [D] Página 12 de 13 Interbits – SuperPro ® Web Resumo das questões selecionadas nesta atividade Data de elaboração: Nome do arquivo: 11/11/2013 às 21:53 revisão Legenda: Q/Prova = número da questão na prova Q/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro® Q/prova Q/DB Grau/Dif. Matéria Fonte Tipo 1.............122171.....Média.............Português......Insper/2013..........................Múltipla escolha 2.............122177.....Média.............Português......Insper/2013..........................Múltipla escolha 3.............120804.....Média.............Português......Espcex (Aman)/2013............Múltipla escolha 4.............120797.....Baixa.............Português......Espcex (Aman)/2013............Múltipla escolha 5.............122120.....Baixa.............Português......Fuvest/2013.........................Múltipla escolha 6.............123016.....Baixa.............Português......Unifesp/2013........................Múltipla escolha 7.............123784.....Baixa.............Português......G1 - ifsp/2013.......................Múltipla escolha 8.............109442.....Elevada.........Português......Insper/2012..........................Múltipla escolha 9.............109447.....Baixa.............Português......Insper/2012..........................Múltipla escolha 10...........118951.....Baixa.............Português......G1 - cps/2012.......................Múltipla escolha 11...........104660.....Média.............Português......G1 - cftmg/2011...................Múltipla escolha 12...........92828.......Elevada.........Português......G1 - cftsc/2010.....................Múltipla escolha 13...........93675.......Média.............Português......Uemg/2010...........................Múltipla escolha 14...........92717.......Elevada.........Português......G1 - cps/2010.......................Múltipla escolha 15...........78615.......Não definida. .Português......Fatec/2008...........................Múltipla escolha 16...........76247.......Não definida. .Português......G1 - cps/2007.......................Múltipla escolha 17...........51822.......Não definida. .Português......Pucrs/2003...........................Múltipla escolha 18...........48864.......Não definida. .Português......Pucpr/2003...........................Múltipla escolha 19...........48866.......Não definida. .Português......Pucpr/2003...........................Múltipla escolha 20...........48620.......Não definida. .Português......Fgv/2003..............................Múltipla escolha Página 13 de 13