Comunidade - Merenda nas escolas indígenas preserva pratos típicos Notícias Enviado por: [email protected] Postado em:28/11/2013 Uma vez por semana a Escola Estadual Indígena Pindoty, na ilha da Cotinga, em Paranaguá, recebe tubérculos, verduras, frutas e geleia da agricultura familiar. Com os produtos, a escola acrescentou receitas indígenas ao cardápio da merenda escolar. Assessoria de Comunicação/Seed Uma vez por semana a Escola Estadual Indígena Pindoty, na ilha da Cotinga, em Paranaguá, recebe tubérculos, verduras, frutas e geleia da agricultura familiar. Com os produtos, a escola acrescentou receitas indígenas ao cardápio da merenda e tornou a alimentação dos alunos mais próxima aos costumes alimentares da comunidade guarani. Um dos pratos servidos aos estudantes é o tipá, típico da culinária guarani, feito com farinha de trigo e óleo, servido com suco ou café no lanche da manhã e da tarde. A iguaria é preparada pela merendeira Sueli Ará Venite, que é indígena, e aprendeu a receita aos 12 anos com sua irmã mais velha. “Primeiro pergunto o que os alunos querem. Eles gostam de arroz com feijão, peixe e tipá”, conta. Sueli trabalha na escola há seis anos e diz que, depois de a escola passar a receber os alimentos da agricultura familiar, a merenda ficou com mais alternativa no cardápio. Todas as 37 escolas indígenas do Paraná recebem semanalmente alimentos frescos, cultivados por pequenos agricultores das suas regiões. As merendeiras preparam o cardápio de acordo com os hábitos alimentares das aldeias. Lista de alimentos é elaborada junto à comunidade e é repassada à Secretaria de Estado da Educação, que prepara a compra dos alimentos de acordo o hábito alimentar de cada etnia. A base da alimentação indígena no Paraná inclui milho, mandioca e seus derivados. A Secretaria faz anualmente o levantamento do índice de aceitação dos alimentos em todas as escolas da rede estadual. “Procuramos saber quais os alimentos mais apreciados pelos alunos para que eles tenham uma alimentação mais saborosa e nutritiva, mas que também respeite as características da sua cultura alimentar”, afirma a diretora de Infraestrutura e Logística, Márcia Stolarski. RESPEITO - O cardápio da Escola Estadual Indígena Cacique Trajano Mrej Tar é bem variado. De arroz com feijão, mandioca e peixe a bolo de fubá azedo, prato típico da culinária caingangue. A escola na aldeia Marreca, em Turvo, na região Centro-Sul do Estado, serve cinco refeições diárias para 150 alunos da comunidade caingangue. “Conversamos sempre para saber o que eles gostam e querem que seja servido na merenda. Procuramos assim respeitar os hábitos alimentares da cultura deles”, explica a diretora Alindamir Tosin. http://www.comunidade.diaadia.pr.gov.br 10/6/2017 16:21:13 - 1 A escola recebe toda semana frutas, verduras, temperos, panificados, doces e bolachas caseiras. Todos os funcionários da escola são indígenas e contribuem para tornar o cardápio mais próximo da culinária caingangue. VARIEDADE – Mais de 80 itens compõem a lista de alimentos que são entregues às escolas da rede estadual e conveniadas ao Governo do Estado. Com mais opções, a merendeira Jucelina Verissimo, que também é indígena, consegue preparar um cardápio variado para os 35 alunos da etnia guarani que estudam na Escola Estadual Indígena Mbya Arandu, em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba. “Sei o que eles gostam e o que não gostam de comer, por fazer parte da mesma comunidade, isso facilita na hora do preparo do cardápio e da merenda”, conta Jucelina. São servidas três refeições por dia. O café da manhã é substituído por refeição reforçada com pratos típicos como o tipá e reviro (farofa de trigo, peixe e feijão). À tarde a preferência é para os pratos doces como o rurá (espécie de bolo de fubá). Para 2014, o Governo do Estado vai destinar R$ 58 milhões para a compra de alimentos oriundos de pequenos produtores. O valor é quase 20 vezes mais que o investido em 2010 e vai atender 1,3 milhão de alunos. São alimentos frescos como frutas, sucos, hortaliças, leite, panificados, produtos de origem animal e os minimamente processados, como mel, doces, geleias, arroz, feijão, canjica, fubá, macarrão e molho de tomate, que chegam diretamente nas 2,5 mil escolas estaduais e conveniadas do Paraná. Esta notícia foi publicada em 26/11/13 no site www.educacao.pr.gov.br. Todas as informações são de responsabilidade do autor. http://www.comunidade.diaadia.pr.gov.br 10/6/2017 16:21:13 - 2