DOCÊNCIA NO ENSINO DE MATEMÁTICA – aprendendo sobre formação com base nas ações do PIBID. Gisane Fagundes Rodrigues1 Resumo: Este trabalho busca fazer uma aproximação à docência e respectivos processos formativos como uma das ações do PIBID em uma escola situada na cidade de Juazeiro do Norte - Ceará. A oportunidade de penetrar no cotidiano escolar como bolsista do PIBID possibilita não apenas a visualização, sobretudo interagir com os problemas do cotidiano, oportunizando criar canais de diálogo com professores e estudantes. Os achados indicam que a formação se processa em razão dos indicadores apresentados nas avaliações interna e externa. Assim, a formação de professores se constitui compromisso do Estado e dos profissionais, sendo apreendida e internalizada como parte do processo de trabalho, na perspectiva de possibilitar novos conhecimentos que qualifiquem o desempenho acadêmico e estimulem os estudantes para a aprendizagem neste campo conceitual. Palavras-chave: PIBID; ensino de matemática; formação de educadores; Introdução A análise histórica mostra-nos que as crises em todos os segmentos estão cada vez mais profundas, por sua vez, afetam um número maior de sujeitos. As políticas educativas incentivaram os processos de descentralização e transferência de responsabilidades do Estado para a iniciativa privada, tornando as práticas e serviços públicos vulneráveis e desacreditados socialmente, sobretudo no campo da educação. A educação encarada nos últimos anos como um negócio levou o Estado a estabelecer mecanismos de controle sobre os processos e produtos, objetivando atender as determinações explicitadas em Jomtiem na Tailândia em 1990, onde 155 governos 1 Aluna de graduação em Matemática/Bolsista PIBID/Universidade Regional do Cariri [email protected] 2 presentes assinaram uma Declaração Mundial e um Marco de Ação, comprometendo-se a garantir educação básica – satisfação das necessidades básicas de aprendizagem – para a população mundial, mas uma tentativa de renovar a visão e o alcance de metas para essa educação básica (TORRES, 2001, p. 8). A Satisfação das necessidades básicas de aprendizagem para todos implicou numa agenda de ações a serem desenvolvidas a curto, médio e longo prazo, sob o monitoramento dos quatro organismos internacionais que patrocinaram a conferência: UNESCO (Organização das Nações Unidades para a educação, Ciência e Cultura), UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a infância), PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e o Banco Mundial (TORRES, 2001). Uma destas ações relacionada diretamente à melhoria da educação básica se expressa na qualificação dos segmentos que compõem a escola, a docência, gestão, apoio logístico, técnico e/ou laboratorial. Essa ação demandou algumas redefinições em termos de políticas nacionais focadas na profissionalização, seja em nível de licenciatura ou por meio da amplitude da formação no âmbito dos processos Latu e Stricto sensu. Tais políticas objetivaram também disseminar um discurso sedutor de valorização e recuperação do prestígio social dos educadores, colocando a formação permanente como condição essencial. 2. A escola como laboratório de formação – relatos da aproximação Estudos avançados desenvolvidos pelos programas de pós-graduação de universidades brasileiras e no cenário internacional sinalizam baixo interesse dos estudantes dos cursos de Licenciatura, especialmente da área de Ciências da Natureza e matemática para a docência. Nesse contexto, o governo brasileiro, por meio da Coordenação de Pessoal de Nível Superior - CAPES, criou o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), enquanto proposta que objetiva proporcionar aos licenciandos a possibilidade de estudar, pesquisar e se aprofundar em aspectos específicos da educação. Os estudantes são inseridos gradativamente nas escolas campo de estágio, na perspectiva de realizar observações, contribuir com a prática dos docentes titulares, envolver-se no desenvolvimento de projetos e atividades relacionadas ao campo de conteúdos matemáticos, que qualifiquem o desempenho acadêmico. 3 A oportunidade de penetrar no cotidiano escolar como bolsista do PIBID possibilita não apenas a visualização, sobretudo interagir com os problemas do cotidiano, oportunizando criar canais de diálogo com professores e estudantes. Vivenciar a experiência na licenciatura em Matemática, como aluna em processo de formação, oportuniza o contato com os muitos desafios, que permeiam a prática docente e a própria escola, identificando avanços e retrocessos, assim como os dilemas e tensões nas relações constituídas, bem como, perceber como os estudantes estruturam seus processos de aprendizagem no campo matemático. Nessa perspectiva, aprofundamos o estudo no que se refere à categoria de educadores matemáticos, sua formação histórica e atual, por meio de recortes de observações na escola, conversas informais com gestores e estudantes, entrevistas estruturadas com professores, objetivando mapear as principais dificuldades que nortearão o desenvolvimento desta pesquisa. É importante ressaltar o compromisso assumido ao adentramos na Licenciatura em matemática, mesmo reconhecendo os elevados níveis de rejeição por muitos pré - universitários, pelo fato do estereótipo historicamente divulgado em relação à disciplina de matemática: ser "difícil", "chata", "ter muitos cálculos"; todavia, esse compromisso remete a um propósito pessoal de assumir efetivamente a docência e vivenciar as rotinas específicas, com suas forças restritivas e possibilidades. Essa rejeição, contudo produziu algumas indagações que nos ajudam a pensar de forma organizada sobre os embates e tensões. Assim, a presente reflexão se organiza com base nas indagações: historicamente, como se constituiu os processos contínuos de formação dos professores conciliando o trabalho e a qualificação? Que fatores indicam impossibilidades de desenvolver um consistente processo de ensino e aprendizagem do conhecimento matemático? Obviamente que, as indagações abertas servem como ponto de partida para estas e outras reflexões, certamente ampliadas e fortalecidas com o alargamento da compreensão em relação à docência, ao cotidiano e cultura escolar. As queixas em relação à incompetência no domínio do conhecimento matemático se ampliam historicamente, fazendo com que aumente a resistência e tensões em relação aos formatos pedagógicos destinados ao ensino e aprendizagem 4 desse campo conceitual. Lamentavelmente, identificou-se que a matemática ainda não está tão difundida nas escolas como deveria, no sentido de que aquela quantidade de cálculos, fórmulas e definições tem algum significado, dentre os quais, a mensuração do desempenho por meio das avaliações externas do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, materializado nos exames nacionais SAEB, ENEM, Provinha Brasil, bem como, nos exames implantados pelos sistemas estaduais.. 3. Formação dos professores de matemática desde o curso de graduação A proposta do curso de matemática oferecida aos egressos, traz delineado o perfil do candidato e o objetivo da Universidade Regional do Cariri – URCA, enquanto campo legítimo de certificação dos processos de formação dos educadores que irão compor os quadros da educação básica na região. Muitos destes candidatos já portam impressões e concepções sobre o campo disciplinar e conceitual da matemática, querem mesmo ocupar a docência de matemática, seja da educação básica, inclusive visualizando o continuum da formação continuada - Stricto Sensu, mestrado e doutorado. Com papel fundamental nesse contexto, a Universidade como legitimadora da atuação dos profissionais objetiva: Propiciar a formação profissional mínima de professores de Matemática para o Ensino Fundamental e Médio; Propiciar uma visão ampla do conhecimento matemático e pedagógico, de modo que este profissional possa especializar-se posteriormente em áreas afins, tais como na pesquisa em Matemática, Educação Matemática, Educação, nas Engenharias etc., ou nas áreas de Administração Escolar. Assim, a função da licenciatura é formar professores e pesquisadores nas diversas áreas do conhecimento. O interesse nesta abordagem é pontuar aspectos contidos na formação, os desafios e possibilidades, os estágios obrigatórios que objetivam inserir o licenciando no contexto praxiológico da vida docente. Os diálogos construídos com os segmentos da escola nessa fase de observação e intervenção como bolsista, nos mostrou que esse processo é lento, pois a aquisição do conhecimento matemático deve ser cuidadoso, para que a aprendizagem matemática tenha relevância para o graduando. 5 Assim, as observações e interlocuções focam a estruturação do estágio supervisionado em quatro partes segundo a legislação institucional, identificando que o mesmo contempla a observação, trabalho fundamental dos licenciandos em matemática até a prática em sala de aula sob a supervisão do professor titular. No caso do subprojeto PIBID, os alunos-bolsistas, ao ingressarem na disciplina de estágio, já são portadores de uma carga diferenciada de compreensão sobre a realidade, cultura e cotidiano escolar, ou seja, são detentores de conhecimentos prévios apreendidos em disciplinas de formação pedagógica como: psicologia da educação, didática, política educacional, fortalecidos na interlocução e experiência de seus professores-supervisores. As observações e contatos com os professores titulares, nesse processo de aprendizado continuum facilitado pelo subprojeto PIBID, nos permite compreender que, as relações da matemática com o contexto escolar mostra que, a formação de professores ao se constituir em situação de compromisso, é apreendida e internalizada de forma efetiva, possibilitando espaço para novos conhecimentos. É importante reconhecer, com base nas observações e interlocução, que o conhecimento para a formação integral do professor nesse campo vai se complementando gradativamente, sobretudo porque não podemos separar a formação do contexto de trabalho, pois o contexto condicionará as práticas formadoras, bem como sua repercussão nos professores e, sem dúvida, na inovação e na mudança (Imbernón, 2010, p. 9). 4. PIBID: intermediando a formação de professor para o ensino de matemática A estrutura do PIBID como intermediador dessa formação no ensino de matemática auxilia os alunos bolsistas do curso de graduação em matemática para o aprendizado de saberes até então desconhecidos, visto que, a fase de aluno - professor passa a ser futuro professor - professor, observando minuciosamente o trabalho deste professor. A atuação dependerá em parte da forma como interagimos com o contexto escolar a partir das observações, favorecidas e fortalecidas por meio dos estágios obrigatórios e da atuação como bolsista PIBID. 6 O conhecimento apreendido por meio das trocas envolvendo o corpus escolar é fundamental para que o futuro professor conheça a realidade em que atuará, identificando as forças restritivas e as possibilidades, o nível de interesse dos alunos, como os pais participam e se envolvem com o processo de aprendizagem dos filhos, enfim, um mapeamento na totalidade, da aparente realidade escolar. Nesse sentido, o programa PIBID tem fortalecido a nossa compreensão, pois as ações desenvolvidas não visam somente observar os contextos e cenários da escola, mas, compreender sua dinâmica, investigar as dificuldades, buscar elementos complementares que contribuam para o entendimento das alterações produzidas pelo confronto e conflitos no campo social que impactam a realidade no ambiente escolar. Para Freire (2011), não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. A pesquisa em seu contexto delimita as evidências referentes ao ensino de matemática, é provável que o formando em matemática necessite desta pesquisa para sua formação, os elementos vão tomando forma a partir dos interesses que mobilizam a pesquisa. Pesquisar sobre o processo de aprendizagem e aprender com as evidências mapeadas implica buscar conhecimentos mais aprofundados sobre o campo conceitual – suas implicações e aplicações, seja na matemática pura, educação matemática ou educação. As vivências dão o cenário do que seria um professor que nunca buscou a pesquisa e limitou sua formação exclusivamente ao universo acadêmico. É possível afirmar que essa formação é distanciada da realidade, pois ausente da dinâmica que a compõe, só a visualiza por meio da descrição em estudos nem sempre completos sobre a realidade. Ou seja, o campo de conhecimento ficaria reduzido e o professor poderia ensinar matemática como uma matéria decorativa, não como uma disciplina dinâmica e criativa. O ensino de matemática precisa passar por mudanças, no sentido de melhorar a qualidade, o que certamente poderá contribuir para desconstruir a opinião negativa ainda existente em relação à área. Nessa direção, a formação do educador não seria apenas para tornar monótonas suas aulas, aprender mais fórmulas para desenvolver cálculos complexos, mas possibilitar uma visão mais abrangente da formação continuada como prática social de educação que mobiliza todas as possibilidades e saberes dos profissionais envolvidos (Falsarella, 2004, p. 50). 7 É válido destacar também o que preceitua o PCN de matemática, o conhecimento da história dos conceitos matemáticos precisa fazer parte da formação dos professores para que tenham elementos que lhes permitam mostrar aos alunos a Matemática como ciência que não trata de verdades eternas, infalíveis e imutáveis, mas como ciência dinâmica, sempre aberta à incorporação de novos conhecimentos. No sentido de melhorar o ensino e aprendizagem da disciplina é importante buscar os novos rumos que a matemática vem tomando, formas mais diversificadas de repassar determinados conteúdos, com o intuito de obter melhores resultados. Não resta dúvida que a profissão do educador é complexa, com dificuldades diversas, acentuadas, sobretudo pela condição da estrutura do sistema de educação brasileiro, o que não compete discutir dentro dos limites dessa comunicação. Além das lacunas identificadas na formação outras problemáticas como a violência, falta de interesse por parte dos alunos, desprestígios social da profissão, desvalorização, carência de apoio pedagógico, limitações de ordem estrutural e técnica dos laboratórios podem comprometer ainda mais a compreensão e o entusiasmo por esse campo conceitual, seja pelos licenciandos em Matemática, seja pelos professores atuantes, seja pelos próprios alunos da educação básica. 5. A formação de professores na escola campo Dentro dos limites de uma política estadual de formação docente, a escola campo, EEFM Figueiredo Correia, localizada em Juazeiro do Norte - Ceará organiza e desenvolve oportunidades formativas para seus professores, visando o aprofundamento do conhecimento, saberes e práticas para o ensino de matemática. Os diálogos estruturados com a gestão pedagógica foram esclarecedores, em relação ao formato adotado na instituição, para que os professores possam participar de cursos e oficinas que auxiliam no melhoramento do desempenho e resultados. Nessa dimensão Falsarella (2004) afirma que: A discussão sobre a formação contínua deve considerar a identidade profissional do professor, sua construção como sujeito historicamente situado e a mobilização dos saberes da docência (científicos, pedagógicos e de experiência), de forma que o incentive a caminhar no sentido de sua autonomia profissional, por meio da contínua 8 apropriação de saberes, dentro de determinado contexto e pela interação com os demais sujeitos da ação educativa (p. 50). A escola campo está vinculada administrativa e pedagogicamente a CREDE 19, instância responsável pela execução, monitoramento e avaliação de programas e projetos de formação. Articulações na própria escola e na CREDE indicaram que algumas ações estão atreladas à política nacional de formação docente, dentre outras determinações, que a Licenciatura específica é condição essencial para a atuação na disciplina. Também foi possível identificar que alguns professores já buscaram especializações na área, pois já estão com sua formação inicial dentro dos parâmetros estabelecidos pela LDB. 9.394/96. Há também professores participando do curso de mestrado profissionalizante em Matemática, o PROFMAT. Todavia, percebemos que falta uma formação mais consistente, ou seja, uma formação que Valorize o conhecimento docente e os saberes profissionais presentes no cotidiano escolar; o local de trabalho como base do processo; considere a experiência profissional construída pelo docente; articulada ao projeto da escola e as especificidades da comunidade (Falsarella, 2004, p. 50). É interessante destacar que não basta apenas a preocupação da escola com os professores, é necessário que cada professor em seu contexto e com suas dificuldades faça da sua formação um meio norteador e desencadear de outras formações, novas concepções sobre os conteúdos referentes às suas disciplinas e, sobretudo seja capaz de analisar os acertos e os erros e ter consciência de tudo o que resta conhecer e avançar. [...] A teoria e a prática da formação, seus planos, suas modalidades e estratégias, seu processo, etc, devem ser introduzidos em novas perspectivas (Imbernón, 2010, p. 10)]. A formação desenvolvida seja pela CREDE ou na escola, por sua vez, precisam focalizar as necessidades e demandas da disciplina, objetivando inserir outras formas de ensinar matemática, para além da monotonia que vem marcando a prática desenvolvida, que se restringe ao uso do quadro branco e do livro didático que às vezes não têm/dão suporte suficiente com novas metodologias. Vale destacar ainda as 9 possibilidades com o uso da informática no ensino de matemática, pois a aula tradicional perde espaço para alunos cada vez mais conectados. Algumas considerações para concluir provisoriamente o debate Nos últimos anos temos acompanhado um fértil debate sobre a formação de professores em tempos de mudança. Muitas concepções, receitas, modelos e modismos foram implantados, avaliados, repensados e reaplicados, sempre com a perspectiva de melhorar os indicadores. Alguns autores defendem que temos uma situação alarmante quanto à formação dos professores. Mesmo com os avanços da pesquisa, da legislação e do debate renovado, ainda é fato que professores não graduados ministram aulas na educação básica, particularmente em Matemática ou, alguns atuam na disciplina com formação em outra área do conhecimento. Nessa direção, consultamos o EDUCASENSO 2007, que reafirma esse dado visível identificado no cotidiano escolar, no Brasil, cerca de 600 mil professores em exercício na educação básica pública não possuem graduação ou atuam em áreas diferentes das licenciaturas em que se formaram. A formação e o interesse pela área demanda não apenas formação, mas, sobretudo valorização e reconhecimento profissional, pois esse discurso foi propagado reiteradas vezes durante o período de observações. As observações sobre a escola, como produz e reproduz seus saberes e prepara os estudantes para a cidadania e o mercado de trabalho só foi possível pela ação do PIBID, que proporciona aos bolsistas essa interação com os professores e alunos, possibilitando que apreendamos quais os benefícios e deficiências da profissão. dados compilados durante as observações, os diálogos com professores e gestores apontam que o educador precisa de uma formação consistente, além de renovado entusiasmo, apoio do Estado e das famílias, além de reconhecimento e prestígio por parte da sociedade, pois historicamente a categoria acumulou sempre perdas. Sobre a questão é importante destacar o que nos ensina Imbernón (2010): A formação continuada dos professores, mais do que atualizá-los, deve ser capaz de criar espaços de formação, de pesquisa, de inovação, de imaginação, etc., e os formadores 10 de professores devem saber criar tais espaços para passarem do ensinar ao aprender (p. 11). Referências Bibliográficas BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: matemática / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. BRASIL. Plano Nacional de Formação de Professores. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13583 &Itemid=971> http://prograd.urca.br/cursosGrad/visualizarPerfil.php?key=matematica&ID=868> Acesso em: 26 de maio de 2013, 12:12:01. FALSARELLA, A. M. (2004). Formação continuada e prática de sala de aula: os efeitos da formação continuada na atuação do professor. Campinas, SP: Autores Associados, (Coleção Formação de Professores). FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 2011. IMBERNÓN, F. Formação continuada de professores. Trad. Juliana dos Santos Padilha. Porto Alegre: Artmed, 2010. TORRES, R. M. EDUCAÇÃO PARA TODOS: a tarefa por fazer. Trad. Daisy Vaz de Moraes. Porto Alegre: Ed. Artmed, 2001.