Educação a Distância: Uma Abordagem por meio de uma Educação

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2º Congresso Internacional de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação
2º Contecsi – Congresso Internacional de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação /
Internacional Conference on Information Systems and Technology Management
01-03 de Junho de 2005 São Paulo/SP Brasil
Educação a Distância: Uma Abordagem por meio de uma Educação Responsável e
Humana
Alessandro Marco Rosini (Professor da FEA PUC SP e Consultor nas áreas de
Organização, Tecnologia e Educação) - [email protected]
Com base na discussão no relatório Delors, da Unesco, quanto aos quatro (4) pilares
como eixos norteadores da educação para o século XXI: Aprender a Conhecer,
Aprender a Fazer, Aprender a Ser e Aprender a Viver Juntos, discorremos uma visão
responsável e humana da educação a distância no início do século XXI, a fim de que
esse documento sirva como um dos eixos norteadores para a educação a distância, não
só no Brasil, mas também em outros países. Não obstante, ressaltamos a importância
das novas tecnologias da informação e comunicação, aliadas à proliferação das mídias
interativas, no auxílio à educação. A tendência e necessidade atual são aliar tecnologia
à educação e, em virtude desta nova realidade, torna-se cada vez mais necessária a
implementação de uma nova cultura de aprendizado nas instituições de ensino, bem
como nas organizações corporativas.
Palavras-chave: complexidade, metodologia, tecnologia da informação, comunicação,
sistemas de informação
INTRODUÇÃO
Como deverá ser a educação no futuro? Para iniciar uma reflexão sobre o
assunto, abordamos algumas questões abordadas na Unesco, de 1998.
A Unesco tem procurado pensar em estabelecer os fundamentos de uma nova
educação para o século XXI. Uma educação que ajude a construção de uma cultura de
paz, mediante o respeito à diversidade criadora: uma educação multicultural. O
relatório Delors, ao propor os quatro (4) pilares - Aprender a Conhecer, Aprender a
Fazer, Aprender a Ser e Aprender a Viver Juntos, como eixos norteadores da educação
para o século XXI, já havia percebido a importância de uma política multicultural de
educação. Nesse relatório, a educação tem por missão transmitir conhecimentos sobre a
diversidade da espécie humana e, por outro, levar as pessoas a tomarem conhecimento
da semelhança e da interdependência entre todos os seres humanos do planeta.
Ensinando, por exemplo, os jovens a reconhecer outros grupos étnicos ou religiosos
pode-se evitar incompreensões geradoras de ódios e de violências entre os adultos
(Unesco, 2001).
Os fundamentos para uma nova educação proposta pelo relatório Delors foram
ampliados por Morin (2000), chamando a atenção para a importância de se ensinar a
compreensão. Morin insiste que a compreensão mútua entre os seres humanos é vital
para que as relações humanas saiam de seu estado bárbaro de incompreensão. Daí
decorre a necessidade de estudar a incompreensão a partir de suas raízes, suas
modalidades e seus efeitos. Este estudo é tanto mais necessário porque enfocaria não
apenas os sintomas, mas as causas do racismo, da xenofobia, do desprezo. Constituiria,
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ao mesmo tempo, uma das bases mais seguras da educação para a paz, à qual
deveríamos estar ligados por essência e vocação.
A proposta de uma nova educação para o século XXI requer uma escola que se
defina como agente de cidadania para formar mentes lúcidas e sem preconceitos. As
sociedades do século XXI demandam cidadãos capazes de operar a solidariedade em
todas as situações de vida. Na formação das crianças e dos jovens de hoje estará a
esperança do futuro da sociedade.
À luz desse argumento, pode-se afirmar que uma educação de qualidade não é
apenas aquela que assegura a aquisição de conhecimentos, mas também aquela que
acrescenta aos conhecimentos adquiridos um sentido ético e solidário. O patrimônio de
conhecimentos acumulados, ao longo dos séculos, pelas diversas culturas, deve ser
posto a serviço do bem-estar das pessoas.
Assim sendo, uma política de educação bem fundamentada deveria caminhar em
direção à construção de uma cultura de paz e do desenvolvimento da dignidade humana.
A paz autêntica só se efetiva e subsiste quando ancorada no respeito à justiça com as
pessoas, individual e coletivamente considerada. A guerra e a violência surgem quando
se negam os princípios democráticos da dignidade e da igualdade de direitos e deveres.
Nesse sentido, paz e liberdade constituem um binômio indissociável.
Por isso, a construção de uma cultura de paz depende em parte de uma escola
plural que seja capaz de trabalhar pedagogicamente germinando o pensar, de modo a
facilitar o florescimento da criatividade, que é inerente a todas as pessoas e a todas as
culturas. Nenhum processo educacional deve perseguir objetivo diferente. A escola,
como agência de cidadania, é, por conseguinte, uma agência para essa cultura de paz.
Substituir uma secular cultura de violência e de guerra por uma cultura de paz
requer um esforço educativo prolongado para mudar posturas e concepções. Sem uma
nova mentalidade não será possível conceber alternativas sustentáveis de
desenvolvimento, que são indispensáveis para suprimir ou atenuar os vetores geradores
da iniqüidade e da injustiça social.
Assim sendo, o principal objetivo da educação é o desenvolvimento humano na
perspectiva de uma cultura de paz, cabendo-lhe a missão permanente de contribuir para
o aperfeiçoamento das pessoas numa dimensão ética e solidária. Para atingir esse
objetivo, tornou-se um imperativo do nosso tempo trabalharmos uma nova ética
universal capaz de imprimir novos rumos ao desenvolvimento e recuperar o sentido da
vida, sobretudo em relação às crianças e aos jovens que anseiam por um mundo
diferente.
A educação prepara o indivíduo para o mundo, dando-lhe sustentabilidade.
Quanto melhor capacidade de aprender a aprender esse indivíduo tiver, melhores
condições de se efetuar mudanças as organizações terão.
"Os Quatro Pilares da Educação", documento esse que rejeita a visão meramente
instrumental e produtivista, afirma que a educação do homem do presente e do futuro
deverá ser organizada em torno de quatro aprendizagens fundamentais: o aprender a
conhecer, o aprender a fazer, o aprender a viver e o aprender a ser.
No primeiro, o aprender a conhecer, a ênfase recai no domínio dos próprios
instrumentos do conhecimento, visto como meio e finalidade da própria vida humana.
O conhecimento tornou-se hoje o principal fator construtivo, pois o compreender, o
conhecer e o descobrir tornam-se fontes inesgotáveis de prazer e de auto-realização.
O segundo pilar, o aprender a fazer, refere-se à formação profissional que na era
da chamada terceira revolução industrial, passa por profundas transformações. Não há
só os conhecimentos que se aprendem na escola e que devem ser utilizados pelo resto da
vida, porém, é necessário melhorar e até mesmo transformá-los. As tarefas manuais de
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produção são gradativamente substituídas por outras, mais intelectuais, que dizem
respeito ao comando de máquinas ou de processos, cada vez mais inteligentes e
sofisticados na proporção em que o trabalho se desmaterializa. Por isso, o desafio da
formação profissional na atualidade está, segundo o documento, na ênfase à
competência individual, e em proporções variadas, na formação técnica atualizada com
a capacidade de iniciativa e de comunicação, na aptidão para o trabalho em equipe, com
o gosto pelo risco e com a habilidade para gerir e resolver conflitos.
O terceiro pilar é o aprender a viver juntos. A globalização, ao acentuar a
tendência em direção à homogeneização global e à fascinação com a diferença, tanto
aproxima os diferentes quanto, pode acelerar a separação e os conflitos inter étnicos no
mesmo território ou entre estados vizinhos. A diminuição da violência e a busca da paz
tornam os objetivos da escola e da sociedade cada vez mais permanentes. O aprender a
viver juntos necessita traduzir-se em maior capacidade de compreender o diferente, de
argumentar, de dialogar dentro de um contexto coletivo.
Já o aprender a ser preconiza o compromisso da educação com o
desenvolvimento total do indivíduo: o espírito e o corpo; a inteligência, a sensibilidade e
o sentido estético; a vontade, a responsabilidade individual e a espiritualidade. O
aprender a ser implica o auto-conhecimento, a autonomia do sujeito e seu espírito de
iniciativa e de independência; reafirma o reconhecimento do outro: a diversidade de
personalidades e a pluralidade de estilos, valores e idéias que fazem a riqueza do ser
humano e a beleza da humanidade.
METODOLOGIA
Optando pela estratégia de estudo de caso, este artigo baseia-se em evidências
empíricas qualitativas coletadas através de técnicas múltiplas (entrevistas formais,
reuniões formais e casuais, observação direta, debates e workshops, entre outros) e
estudos teóricos analisados durante trabalho de campo original e detalhado.
Yin (1989) define um estudo de caso como uma pesquisa empírica que investiga
um fenômeno contemporâneo, dentro de um contexto de vida real, no qual os limites
entre fenômenos e contexto não são claramente evidenciados e múltiplas fontes de
evidência utilizadas. O tópico principal do estudo de caso refere-se às investigações
sobre decisões, incluindo tópicos como processos, programas, eventos, instituições e
organizações (incluindo mudanças organizacionais).
O estudo de caso tem sido a estratégia de pesquisa privilegiada nos estudos
clínicos e longitudinais sobre processos organizacionais, incluindo os de diversificação,
mudanças organizacionais e estudos sobre política e cultura organizacional. Tal fato se
deve à incapacidade dos processos tradicionais de pesquisa em ciências sociais,
baseados em análises cruzadas e estáticas, de interpretar todos os fatores intervenientes
nos processos organizacionais.
Para Bowditch & Buono (1990), há vantagens e desvantagens na utilização do
método de estudo de caso. A principal vantagem refere-se a que os pesquisadores
podem se envolver diretamente com o assunto, seja por pessoa, grupo ou organização
com relativa rapidez, e ter uma sensação do que está acontecendo, sendo bastante
utilizado em pesquisas descritivas e exploratórias, porém, existem algumas limitações.
A despeito dessas, o estudo de caso realizado com critério vai muito além da observação
casual ou da descrição superficial.
Para examinar a modalidade de educação a distância analisamos e estudamos
essa abordagem de ensino durante um período de seis (06) anos, entre 1999 a 2004,
participando de concepção e viabilização de programa núcleo de desenvolvimento desse
modelo de aprendizagem. Com adequado nível de discussões e debates, foi necessário a
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coleta de evidências empíricas primárias, principalmente qualitativas, sobre as
atividades tecnológicas e os vários processos e mecanismos de aprendizagem usados em
projeto de credenciamento e autorização de curso em Instituição de Ensino Superior,
localizada na cidade de São Paulo/SP, Brasil. Como já dissemos, essas evidências
foram obtidas a partir de fontes múltiplas, (entrevistas formais, reuniões formais e
casuais, observação direta, debates e workshops, entre outros) e estudos teóricos
analisados durante trabalho de campo original e detalhado. Participaram desse trabalho
e pesquisa, técnicos, professores, pesquisadores e discentes.
Nosso objetivo não fora em estar criando mais um modelo mecanicista e
modista, em um discurso capitalista, mas sim em estar corroborando com um modelo
responsável para com a Educação de nosso país, tratando os artefatos tecnológicos como
uma realidade no mundo em que vivemos atualmente.
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD)
Cada vez mais a demanda por educação a distância cresce impulsionada pelos
avanços da tecnologia e pela necessidade do aprendiz ter seu próprio tempo e ritmo de
aprendizagem.
As plataformas de ensino a distância são aplicações, isto é, softwares
desenvolvidos para apoiar o ensino/aprendizagem. Normalmente, incluem ferramentas
que visam ajudar o professor a organizar, construir e gerenciar uma disciplina ou um
curso on-line. Geralmente, incluem também ferramentas de apoio ao aluno durante a
sua aprendizagem. Funcionalidades comuns nestas plataformas são, por exemplo,
ferramentas de comunicação como chats e fóruns. Estas plataformas são normalmente
desenvolvidas tendo em conta o tipo de utilização, sendo mais comuns na formação
acadêmica, formação profissional corporativa e educação contínua.
Para Lévy (2000), em virtude de essas tecnologias intelectuais, sobretudo as
memórias dinâmicas serem objetivadas em documentos digitais ou programas
disponíveis na rede, elas podem ser compartilhadas entre numerosos indivíduos,
aumentando, portanto, o potencial de inteligência coletiva dos grupos humanos.
A educação a distância pode facilitar a implementação de novas tecnologias do
conhecimento nas organizações, pois facilita o processo de comunicação e
aprendizagem (conhecimento), tais como a utilização de intranets, por meio de
disponibilização de manuais eletrônicos, chats, fóruns, entre outros. Mas há que se
ressaltar que duas grandes reformas são necessárias nos sistemas de educação e
formação vigentes. Em primeiro lugar, é fundamental a aclimatação dos dispositivos e
do espírito da EAD ao cotidiano da educação. A EAD explora certas técnicas de ensino
a distância, incluindo as hipermídias, as redes de comunicação interativas e todas as
tecnologias intelectuais da cibercultura, nas quais se incentiva o novo estilo de
pedagogia, que favorece, ao mesmo tempo, as aprendizagens personalizadas e a
aprendizagem coletiva em rede. Nesse contexto, o professor é incentivado a tornar-se
um instigador da inteligência coletiva de seus grupos de alunos em vez de um
fornecedor direto de conhecimentos.
A segunda reforma diz respeito ao
reconhecimento das experiências adquiridas.
Atualmente estão sendo desenvolvidas soluções completas de e-learning, mais
direcionadas para formação corporativa. Incluem a tecnologia, os conteúdos e serviços
adicionais (implementação, aconselhamento, consultoria e outros serviços de apoio ao
e-learning). Nas plataformas mais direcionadas para o meio acadêmico, o componente
de conteúdos é normalmente produzido pelos docentes; no entanto, estas plataformas
incluem ferramentas de produção e edição de conteúdos.
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A educação a distância deve tentar inverter alguns paradigmas principalmente
quanto à produção de saber e à sua transmissão. Ela vem seguindo o mesmo ritmo da
educação presencial, isto é, envia material escrito aos alunos (no caso de Instituições de
ensino), mantém contato por qualquer via de comunicação com eles e ao final do curso,
emite um diploma reconhecendo-os como capacitados ao que se propuseram a estudar.
Como se vê, o problema é que a maioria dos cursos presenciais e a distância apenas
informa seus alunos, esquecendo-se de formá-los como cidadãos inseridos em
sociedades.
A educação a distância, como proposta alternativa do processo ensinoaprendizagem, significa pensar em um novo modelo de comunicação, capaz de
fundamentar e instrumentalizar a estratégia didática, o que se faz necessário porque
muitos sistemas de EAD deturpam e distorcem a comunicação. A partir de estudos e
experiências comunicacionais, surgem novos modelos de comunicação em que o
emissor não apenas transmite mensagens mas promove processos de diálogo e
participação. Assim, na educação e na comunicação, conforme comprovam os
estudiosos do assunto, há muitos aspectos convergentes para abrir caminho a propostas
alternativas, tanto na educação presencial quanto na educação a distância.
Embora a interatividade seja o fenômeno elementar das relações humanas entre
as quais estão as educativas, seus pressupostos não são comumente abordados.
Interatividade, por si só, nas relações comuns e universais, já é complexa o suficiente
para exigir o concurso de fundamentos sociológicos, psicológicos (da educação e
social), lingüísticos e semióticos, para não falar em fundamentos históricos ou
antropológicos. A interatividade depende da cultura do grupo.
No caso da EAD, o problema se agrava, porque o material instrucional é o
mesmo que vai ser estudado por muitas pessoas, cada qual limitada, de certo modo, por
sua cultura grupal e social. É uma dificuldade a ser enfrentada e, sem dúvida, passível
de superação, no caso de se ter o cuidado de estar sempre atento à realidade das
diferenças individuais. Interagir com pessoas que têm diferentes princípios de vida,
costumes, habilidades, conhecimentos, preconceitos, limitações de escolaridade e
objetivos exige atenção e flexibilidade para localizar e procurar resolver dificuldades,
bloqueios, incompreensões, objeções etc.
Assim, não será incomum o surgimento, no processo de troca, de mensagens
duplas, paradoxais, falsas, contraditórias ou incompreensíveis. Como a educação é um
processo de comunicação mediatizada, no caso da EAD, o texto, que é uma mensagem,
está automaticamente, sujeito às incidências das dificuldades referidas exigindo
exatamente por isso, maior cuidado na elaboração didática e nas demais fases do
processo, a fim de se evitar a interferência negativa dos diversos fatores em jogo.
Uma outra frente da EAD é a aprendizagem colaborativa (CSCL- Computer
supported collaborative learning e o CSCW- Computer supported cooperative work).
A aprendizagem colaborativa é uma das estratégias que propicia um ambiente
educacional colaborativo usando recursos tecnológicos. Ela se destaca como uma das
formas de ruptura com a aprendizagem tradicional. A principal diferença dessas
abordagens está no fato de que a aprendizagem colaborativa é centrada no aluno e no
processo de construção do conhecimento, ao passo que a tradicional é centrada no
professor e na transmissão do conteúdo disciplinar.
Uma característica básica da aprendizagem colaborativa é desenvolver um
ambiente que incentive o trabalho em grupo, respeitando as diferenças individuais.
Todos os integrantes possuem um objetivo em comum e interagem entre si em um
processo em que o aluno é um sujeito ativo na construção do conhecimento e o
educador é um mediador, orientador e condutor do processo educativo.
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A aprendizagem colaborativa tem se destacado nas iniciativas de aprendizagem
mediada por computador à medida que apresenta um diferencial em relação à proposta
pedagógica e ao uso de instrumentos tecnológicos.
É apresentada como uma estratégia educativa que viabiliza o processo de
construção do conhecimento, com o apoio de computadores, entre pessoas que
pertencem a um determinado grupo de trabalho. São vários os instrumentos
tecnológicos que viabilizam o processo de comunicação. Entre as tecnologias
assíncronas podemos citar a troca de mensagens textuais entre os participantes de um
grupo de trabalho por meio do correio eletrônico (e-mail’s), listas de discussão, quadros
de aviso, newsgroups, etc. Já as tecnologias síncronas necessitam de recursos
complementares de software e hardware e são representadas pelos softwares
colaborativos em que há uma área de trabalho onde todos interagem sobre o mesmo
objeto, conferências (chats), que permitem a troca de informações textuais,
videoconferência e teleconferência, que permitem a troca de áudio e vídeo, entre outros
recursos.
Diante da diversidade e pela presença de novas tecnologias do conhecimento, é
preciso atenção para valorizar as diferenças, estimular idéias, opiniões e atitudes e
desenvolver a capacidade de aprender a aprender e de aprender a pensar, assim como,
levar o aluno a obter o controle consciente do que foi aprendido, retê-lo e saber aplicá-lo
noutro contexto. Dessa maneira, a orientação e a assertividade são fundamentais para
que o material instrucional realize o objetivo que deve caracterizá-lo.
Assim, o papel do educador do século XXI será crucial, pois a ele,
primeiramente, caberá a tarefa de alterar a si próprio, seu próprio comportamento, uma
vez que vem de uma cultura totalizadora em termos de aprendizado e ele mesmo estará
fazendo a ponte do totalitarismo para o universalismo. Logo, seu papel não mais será o
de apenas informar ou formar, mas também, e, sobretudo o de incentivar seus alunos à
obter uma aprendizagem mais participativa e evolutiva.
Por outro lado, essa aprendizagem deverá estar pautada em uma nova forma de
se pensar e de se fazer educação, partindo-se de uma consciência crítica coletiva para
ações individuais que produzam respostas coletivas no processo de produção do saber.
Evidentemente, essa produção poderá ser originada em ações ou experimentos
empíricos, porém haverá de se conservar o compromisso de responsabilidade e de ética
em tudo que se pretenda criar, desenvolver ou inovar.
Na introdução de conhecer e aprender, Demo (2002) nos chama a atenção para o
equívoco de acreditarmos que o contato pedagógico possa advir simplesmente de
estarmos perto de nossos alunos ou do investimento que possamos fazer em aulas
meramente reprodutivas, uma vez que, na sua opinião, o contato pedagógico típico é
aquele em que o professor assume o papel de facilitador que bem aprende, e o aluno, o
de aprendiz de quem bem aprende.
Demo (2002) nos lembra que a prática docente deve estar comprometida com a
formação da competência humana para a autonomia solidária, um processo no qual a
aula presencial ou virtual torna-se um expediente secundário e onde, ainda, a aula
meramente reprodutiva é capaz de ir contra a autonomia. Nesse sentido, o que importa,
ao nos posicionarmos diante de nossos alunos, seja no espaço entre quatro paredes, seja
naquele compreendido nas telas dos computadores, é o compromisso com a valorização
do individual e do coletivo. Nossa influência, não importam os meios, deve almejar que
nossos alunos sejam capazes de lidar crítica e criativamente com o conhecimento, indo
em direção a um processo de aprendizagem como formação da competência humana
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para viver em ambientes íntegros, desenhando um modelo sócio-econômico educativo
verdadeiro e digno.
Tão importante quanto a preocupação com o conhecimento e as metodologias é a
ênfase na assimilação receptiva que o aluno deve fazer do conhecimento, além das
visões valorativas da realidade que existem os métodos utilizados em qualquer prática
docente; valores que cada um de nós revela no seu dia-a-dia na relação com o aluno, a
partir de diferentes características sócio-afetivas, culturais e profissionais.
Nesse sentido, as tecnologias da informação e comunicação e os próprios
avanços da internet, na medida em que ampliam os espaços abertos e aproximam as
diferenças, muito mais que dificultar, podem favorecer o contato entre professores e
alunos, dispostos a investirem na busca de autonomia, nos esboços para o futuro.
Nas duas últimas décadas, aproximadamente, a rápida evolução das tecnologias
da informação e da comunicação gerou vários produtos que maximizaram a
produtividade dos programas de formação a distância, principalmente aqueles assistidos
por computador. A utilização dessas novas tecnologias possibilitaram o incremento da
interatividade entre alunos, professores e sociedade de uma forma geral. Esses
ambientes se fazem necessário pois possibilitam a gestão do acesso ao conhecimento
por indivíduos que, por alguma razão, não podem ou têm dificuldades em realizar
estudos presenciais em instituições educacionais.
A APRENDIZAGEM E O APRENDIZADO
O ser humano em sua função de aprendiz é um indivíduo que apresenta um perfil
particular de inteligências desde o momento em que nasce. É singular em sua
morfologia, em sua anatomia, em sua filosofia, em seu temperamento, em seu
comportamento e em sua inteligência. Todos esses aspectos são dimensões de uma
individualidade viva, de um sistema aberto e que existe no mundo fenomênico. É um
ser de qualidade, um ser de existência, que busca sua autonomia de ser e existir.
O aprendiz deve estar atento às mudanças naturais da evolução da humanidade,
engajando-se eticamente no sistema de educação.
De acordo com Moraes (1997), Piaget distingue aprendizagem de conhecimento.
Aprender, para ele, é saber realizar. Conhecer é compreender e distinguir as relações
necessárias, é atribuir significado às coisas, levando em conta não apenas o atual e o
explícito, mas também o passado, o possível e o implícito. Para Piaget, o problema da
aprendizagem implica o problema do conhecimento. É um processo de construção
completo em que é recebido do objeto e o que é constituição do sujeito estão
indivisivelmente unidos. Esse não é um processo em que o indivíduo se limita a receber
ou a reagir automaticamente ao que é recebido. Ele se restringe à noção de aquisição de
conhecimento novo ou de um comportamento novo, decorrente do contato com o meio
físico ou social, que depende, sobretudo, do estágio de desenvolvimento individual.
O aprendizado para o processo da gestão da educação é importante e vital, pois
considerando que estamos inseridos em um mundo em permanente evolução, em que a
transitoriedade, o incerto, o imprevisto, as mudanças e as transformações estão cada dia
mais presentes. O conhecimento evolui de forma absolutamente incontrolável e a
quantidade de informações disponíveis é cada vez maior, então como preparar o
indivíduo para viver na mudança e não querer ingenuamente controlá-la? Moraes,
comenta ainda que, o que marcará a modernidade é a didática do aprender a aprender,
ou do saber pensar englobando, num só todo, a necessidade de apropriação do
conhecimento disponível e seu manejo criativo e crítico. A competência que a escola
deve consolidar e sempre renovar é aquela fundada na propriedade do conhecimento
como instrumento mais eficaz para a emancipação das pessoas.
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O paradigma tradicional do aprendizado parte do pressuposto de que o indivíduo
desenvolve melhor sua atividade como sujeito passivo espectador do mundo. O
currículo é estabelecido antecipadamente, de modo linear, seqüencial e a
intencionalidade é expressa com base em objetivos e planos rigidamente estruturados,
sem levar em conta a ação do sujeito e sua interação com o objeto, sua capacidade de
criar, planejar e executar tarefas. Já uma nova abordagem requer uma nova visão de
mundo, uma nova educação e, conseqüentemente, novos critérios para a elaboração de
currículos e o conseqüente aprendizado. Já não se pode partir da existência de certezas,
verdades científicas, estabilidade, previsibilidade, controle externo e ordem como coisas
possíveis.
D’Ambrósio (2001) propõe uma nova abordagem de currículo, sendo este
concebido de forma dinâmica, dividido em três tipos de atividade: de sensibilização
(que motiva para o momento educacional, aula ou correspondente), de suporte (que dá
os instrumentos de trabalho à medida que se tornam necessários) e de socialização (na
qual se pratica uma ação que resulta num fato, objeto ou aprendizado).
Tudo está relacionado, recursivamente interconectado em interação constante do
processo de transformação em que as leis da física referem-se às possibilidades de
inovação e às probabilidades de que eventos ocorram. Não podemos trabalhar em
educação com conceitos exatos, teorias verdadeiras, disciplinas fragmentadas, processos
estanques, objetivos definidos e comportamentos esperados. É preciso exercer uma
conectividade neural com maior densidade e qualidade, porém essa concepção necessita
ser mais humana.
Por se configurar, essencialmente, como um programa de formação, isento dos
condicionamentos espaciais e com alguns condicionamentos temporais, o ensino a
distância é uma modalidade de ensino que exige recursos, meios, mudanças no sistema
de trabalho e de organização da instituição de ensino ou universidade corporativa, e
também da forma de pensar. Destacamos algumas de suas vantagens:
1.
relação custo e benefício compatíveis, satisfazendo a necessidades
individuais de formação;
2.
atendimento a indivíduos não favorecidos por outras modalidades de
ensino;
3.
transferências multiregionais de conhecimentos e experiências;
4.
alto grau de envolvimento dos alunos (comprometimento);
5.
alto grau de motivação do aluno, que passa a ter autonomia e a
responsabilizar-se por suas atividades próprias;
6.
combinação de tipos diferentes de informações com redução do esforço
de compreensão;
7.
abertura a diferentes estilos de aprendizagem, maximizando a eficiência
do processo de apreensão de conhecimentos.
Considerando as necessidades crescentes de especialização na formação inicial e
da requalificação profissional contínua dos indivíduos, a educação a distância destaca-se
pelas características de formação de forma personalizada, flexível, interativa, de fácil
acessibilidade e controle, focado na individualidade de quem está realizando o curso,
aumento de qualidade e produtividade do aprendizado. Portanto, a partir desse contexto
o comprometimento e a maturidade do individuo (aluno) são grandes diferenciais do
aprendizado em EAD.
Muito se destacam algumas questões voltadas aos resultados em relação à
educação a distância. Como é possível atingir a melhor relação pós-curso, tais como
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obter um índice menor de inadimplência financeira, uma maior participação pelo aluno
das atividades pré-programadas, a realização dos exercícios sugeridos pelos cursos, etc..
Porém, esquece-se muito e talvez totalmente da relação de ensino-aprendizagem.
Como fazer com que esse aluno consiga obter o máximo ou o ideal mínimo para
que o mesmo realmente aprenda de forma construtiva? O que estamos fazendo para
realmente saber o que é importante para que esse aluno atinja o aprendizado?
A relação entre professor/aluno significa que a educação a distância agora mais
do que nunca, sugere um determinismo muito mais profundo, até mesmo maior do que o
presencial. Necessita-se saber o que esse aluno irá aprender, e se o aprendiz está
disposto a ir em busca do verdadeiro saber.
Para que tenhamos um bom professor (tutor, no caso do EAD), o mesmo precisa
ter um bom domínio do conteúdo que será responsável. Doravante, cremos que esse
mesmo professor terá um aumento de sua competência de conhecimento, mesmo em
sala de aula presencial, isto é, teremos significativamente um professor melhor
preparado para as funções educacionais, pelo menos no que se diz respeito a questões
técnicas, referentes à qualidade do conteúdo disponibilizado em material impresso ou
pela internet.
Quanto a questões pedagógicas, não se discute a presença física do professor,
mas o acompanhamento que esse professor deverá ter com o aluno no ensino a
distância. Essa monitoria contínua acontece pela relação síncrona e assíncrona,
propiciada pelas ferramentas tecnológicas utilizadas. É claro que não podemos esquecer
de frisar que os encontros presenciais são fundamentais para alguns cursos, como é o
caso da pós-graduação lato-sensu no Brasil, pelo menos. Como exemplo desses
encontros presenciais, podemos destacar discussões temáticas, orientações a programas
de trabalhos de conclusão de cursos e dissertações, workshops diversos, debates, entre
outros. Isso é produtivo, porque tanto os professores como os alunos, podem estar se
conhecendo mais, permitindo assim que a relação de aprendizado seja melhor e mais
adequada, sem contar com a existência de uma maior afinidade quanto ao entendimento
e a própria dualidade na relação entre alunos e professores nesses encontros presenciais.
Para o EAD, as questões sociais e econômicas passam a ser importantes, mas
não pela existência das tecnologias da informação e comunicação (as TIC´s) ou pelo
custo que traz para o contexto educacional, mas para estudar o que significa identificar
quem está preparado ou não para essa nova concepção.
Discute-se muito a não discriminação das classes sociais, porém, precisamos
repensar a educação existente, para ser mais justa, leal e digna.
A qualidade da educação a distancia é impreterivelmente uma grande
necessidade neste novo contexto. Não se pode permitir que qualquer tipo de conteúdo
seja aplicado/disponibilizado na internet (web). Temos certeza de que conteúdos
corretos e íntegros quanto a veracidade de informação, enriquecidos com textos
complementares e bem discutidos em atividades síncronas, realmente farão a diferença,
mas ainda não é só isso.
UM MODELO EM BUSCA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA IDEAL
Um modelo próximo do ideal em EAD necessita atender não só aos alunos de
graduação, pós-graduação, mas também às universidades corporativas que desenvolvem
projetos de e-learning, videoconferência, tv via satélite, soluções blended e
metodologias desenvolvidas conforme as necessidades de clientes e parceiros.
Como a função básica de um bom modelo em EAD é lidar com a geração do
conhecimento, sua preocupação permanente é a forma como esse conhecimento é
apreendido e incorporado pelos alunos.
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Considerando essa preocupação, a concepção de ensino a distância que sustenta
um bom modelo em EAD pauta-se no processo de reconstrução do conhecimento, pois
o mesmo é produto de práticas coletivas, envolvendo séries de ações transformadoras
que resultam, em novos conhecimentos. Desta forma, presumimos que o conhecimento
é coletivo e o saber também o é. Ao aceitarmos que o conhecimento se transforma até
resultar no produto que circula em um ambiente de aprendizagem, é coerente ao saber
que concebamos os cursos a distância não apenas como um espaço de veiculação do
saber, mas também como um espaço propício à produção coletiva.
Portanto, por não se apresentar como pronto, acabado, o saber não pode ser visto
como uma “mercadoria” a ser consumida pelos alunos, exigindo, em sua construção, a
ativa participação de todos, alunos, professores e instituição geradora. Sob esse prisma,
o saber estará sempre sujeito às ambigüidades e contradições inerentes ao
estranhamento, que por meio de prática pedagógica, instaura-se quando contrapomos o
conhecimento científico aos conhecimentos empíricos, extraídos da experiência
cotidiana dos alunos na participação dos cursos.
Destacamos abaixo, alguns pontos importantes que acreditamos para um modelo
ideal em educação a distância: (a) estenda-se a todos os membros de uma comunidade,
de todas as situações e de todas as idades, criando efetivamente condições para a prática
da cidadania; (b) sustente-se na realidade, a partir do conhecimento e da compreensão
do meio em que vivemos e atuamos, podendo agir de forma consciente; (c) descarte a
uniformidade a favor da diversificação, identificando aptidões e vocações, de modo a
maximizar as potencialidades de cada indivíduo; (d) auxilie a criação de uma visão
científica, de forma que o aluno possa assumir uma postura investigativa frente à
realidade; (e) possibilite a plena formação, atendendo não só a capacitação cognitiva
do indivíduo, mas também a seus interesses e necessidades culturais; (f) dê suporte à
formação profissional, atendendo às legítimas aspirações em relação ao exercício de
uma profissão digna; (g) propicie o desenvolvimento do indivíduo enquanto ser social,
adequando-se à realidade; (h) atenda à necessidade de uma educação continuada,
favorecendo a integração do indivíduo junto a uma sociedade em constante
transformação; (i) desenvolva o espírito crítico, contribuindo, efetivamente, para que o
indivíduo possa exercer sua individualidade, autonomia e liberdade; (j) auxilie o aluno
a compreender as bases econômicas e sociais da comunidade em que vive, de modo que
possa contribuir para o emprego eficiente de seus recursos; (k) disponibilize atividades
que possibilitem desenvolver o espírito de grupo, de forma que o aluno possa atuar
cooperativamente em função de objetivos comuns; (l) contribua para a construção de
homens cientes e conscientes de sua existência.
É preciso, portanto, que procuremos as visibilidades, além da dimensão do lugar
comum que envolve tudo o que vemos ou dizemos, para encontrar as possibilidades
reais da educação a distância, abrindo um novo horizonte na Educação – uma Educação
verdadeira e mais humana em nosso país e planeta em que vivemos.
CONCLUSÃO
As novas tecnologias de informação e comunicação, aliadas à proliferação das
mídias interativas, têm colocado recursos como o computador, a Internet e o vídeo, a
serviço da educação. A tendência atual é aliar tecnologia à educação e, em virtude desta
nova realidade, torna-se cada vez mais necessária a implementação de uma nova cultura
docente e discente nas instituições de ensino em nosso país.
Destaca-se que a autonomia dos alunos é o foco nessa modalidade de educação,
na qual eles são estimulados e instigados a buscar, como sujeitos, o processo de
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construção do conhecimento. Neste contexto, o ambiente de aprendizagem e a proposta
pedagógica necessitam promover autonomia e reflexão crítica. Mas, este novo aluno,
responsável pela sua própria instrução, ainda não existe e precisa ser criado, o que
demanda um grande esforço se consideramos que uma grande mudança cultural estará
em jogo nesse processo. Por esta razão, é necessário dar a importância adequada aos
aspectos da comunicação entre alunos, professores por meio das novas tecnologias
emergentes, no mesmo contexto do ensino presencial.
Ensinar e aprender a distância exige paciência e preparo dos alunos e dos
docentes. A aprendizagem será mais efetiva para os estudantes distantes que
compartilharem com seus professores a responsabilidade de desenvolver objetivos e
metas de aprendizagem. Por sua vez, os objetivos pedagógicos necessitam estar
associados a uma lista de métodos agregados a atividades presenciais e dos possíveis
métodos associados a atividades a distância. A infra-estrutura do curso no âmbito
pedagógico, desenho do curso, apresentação, formas de interação e ambiente de
aprendizagem devem estar associados à qualidade do material didático constituem a
chave do sucesso para os cursos a distância. Por esta razão é dada muita ênfase à
escolha de uma linguagem adequada para a elaboração do material didático.
Cabe destacar que um dos principais desafios para as IES que estão se lançando
na EAD é buscar uma linguagem pedagógica apropriada à aprendizagem mediada pelas
diversas mídias disponíveis. A questão da tutoria é um instrumento essencial, sendo
uma das determinantes do sucesso do curso. Neste novo modelo de educação os tutores
desempenham mais o papel de facilitadores do que de especialistas, pois os cursos são
menos estruturados e mais personalizados, cabendo aos próprios alunos cuidar de sua
instrução. Controle e acompanhamento permanente do trabalho de professores, tutores,
estagiários de atendimento e secretaria, são igualmente cruciais, pois a interação com o
aluno se dá de inúmeras formas e todas elas são essenciais ao sucesso da aprendizagem.
A estruturação de uma equipe especializada, composta de pessoas que entendam de
tecnologia e de pedagogia e que trabalhem de forma coesa, podem garantir uma melhor
performance da aprendizagem do aluno.
RECOMENDAÇÕES
Para futuros estudos relacionados com a educação a distância, cabe-se ressaltar a
importância de pesquisas mais concretas para medirmos o grau de aprendizado desses
alunos, bem como o perfil de cada um deles, desde questões sociais, ambientais, como
econômicas.
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