objecto de culto

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OJE
ID: 21092722
19-06-2008
Tiragem: 27700
Pág: 19
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 28,84 x 31,39 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 2
POR MARTA DE SOUSA
[email protected]
Fotos: Bettina Brach/Collection Guy Schraenen
Andy Warhol
The Velvet Underground & Nico, 1971
Robert Rauschenberg
Speaking in Tongues, Talking Heads, 1983
Jean Dubuffet
Musical Experiences, 1973
Roy Lichtenstein
I Cry For You, Bobby “O”, 1983
VINIL
OBJECTO DE CULTO
▲
Exposição
E
nquanto as vendas de CD diminuem e os downloads de música
em MP3 são efectuados de forma
desregrada, em pleno séc. XXI há
um suporte que sobrevive, ou melhor,
que regressa – o vinil. Os números
provam-no. Segundo a edição de Junho
da revista norte-americana Rolling
Stone, que cita informações da empresa de estudos de mercado Nielsen
SoundScan, cerca de um milhão de LP
foram vendidos no ano passado –
acima dos 858 mil comercializados no
ano anterior. Com base em dados recentes, já de 2008, as vendas podem
chegar aos 1,6 milhões no final do ano.
O cenário dos gira-discos também é positivo: quase meio milhão foi vendido
em 2007, em comparação com 275 mil
no ano anterior. Já o consumo de CD
desceu 17,5% de 2006 para 2007, de
acordo com a Recording Industry Asso-
Foto: SXC
Onde comprar
ciation of America. Talvez por essa
razão muitos artistas optam por lançar
versões dos seus discos em vinil, como
é o caso de Cat Power com Jukebox ou
os Portishead com Third. Conclusão –
o culto do vinil voltou.
MÚSICA À PARTE…
O vinil também é um objecto de arte. A
partir dos anos 60 vários artistas plásticos começaram a exprimir-se nos LP. A
capa do Sgt. Pepper´s, dos Beatles, da
autoria do artista Peter Blake; a banana na capa de Velvet Underground &
Nico, criada por Andy Warhol; e a
imagem do ál bum Speaking in Tongues, dos Talking Heads, elaborada
por Robert Rauschenberg (que lhe
valeu um Grammy pelo design) são
alguns exemplos de como a arte invadiu o mundo da música. Hoje pode
ver estes trabalhos e muitos outros,
no Museu de Serralves, no Porto, na
exposição Vinil - Gravações e Capas de
Discos de Artista. O comissário Guy
Schraenen trouxe até Portugal a sua
extensa colecção de vinis de 30 x 30
Serralves
acolhe uma
exposição
que eleva o
vinil a obra
de arte
cm, posters e revistas de artistas das
décadas de 60 e 70, comprovando o
avanço dos artistas plásticos para
experiências musicais. A mostra está
organizada em diferentes secções:
desde os movimentos avant-garde dos
anos 20, como o Dadaísmo e o Futurismo, passando por movimentos como
Fluxus, Nouveau Réalisme, Pop Art,
Zaj e Arte Conceptual, até às mais recentes experiências sonoras. E, depois
de observar a arte-visual-das-capasdos-vinis, pode sempre ouvir a música
de quase todos os discos da colecção. É
só pedir.
DETALHES
Vinil – Gravações e Capas de Discos de Artista
Museu de Serralves
R. D. João de Castro, 210
Até 13 Julho, 3ª a 6ª, das 10h às 19h,
Sábado, domingo e feriados, das 10h às 20h
www.serralves.pt
AS LOJAS que vendem vinis são cada vez
mais procuradas, seja por coleccionadores ou profissionais da música. Mas a
verdade é que não há muitas, tanto em
Lisboa como no Porto. Na capital, além da
Feira da Ladra, pode encontrar este objecto de culto nas lojas especializadas Discolecção e Louie Louie (esta última também
na Invicta), por exemplo.
Discolecção
Calçada do Duque, 53 A
Lisboa
Telf.: 213 471 486
Louie Louie
Rua Nova da Trindade – 8 A
Lisboa
Tel.: 213 472 232
[email protected]
Rua do Almada, 501
Porto
Tel.: 222 010 384
[email protected]
OJE
ID: 21092722
19-06-2008
O VINIL ESTÁ
DE VOLTA
PÁG. 19
Tiragem: 27700
Pág: 17
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 9,66 x 4,64 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 2 de 2
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