Por Trás da Capa – Ebook - U.Porto Media Innovation Labs

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Índice Remissivo
Sobre o livro
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Direitos Autorais
4
Prefácio
5
Sobre o Autor
6
Capítulo 1
7
Capítulo 2
12
Capítulo 3
16
Capítulo 4
23
Epílogo
32
2
Sobre o livro
O que está por Trás da Capa de cada álbum de música lançado? Como
fazem os artistas e as bandas para deixarem a garagem e atuarem como
cabeça de cartaz? O que é necessário fazer para chegar ao topo da tabela
dos singles mais ouvidos a nível internacional?
Neste livro, são apresentados todos os passos que o artista de garagem
deve seguir para conseguir brilhar no mundo da música.
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Copirraite
Autor
Inês Fraga
Copirraite © 2013 Inês Fraga
Este livro pode ser adquirido por educação, negócios, vendas ou uso
promocional. Edição on-line também está disponível para este título.
Para mais informações, contacte o nosso departamento de vendas
corporativas / institucionais: [email protected]
Embora toda precaução tenha sido tomada na preparação deste livro, a
editora e os autores não assumem nenhuma responsabilidade por erros
ou omissões, ou por danos resultantes da utilização das informações
aqui contidas.
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Prefácio
O que está Por Trás da Capa de cada álbum de música lançado? Como
fazem os artistas e as bandas para deixarem a garagem e atuarem como
cabeça de cartaz? O que é necessário fazer para chegar ao topo da tabela
dos singles mais ouvidos a nível internacional?
Neste livro será apresentado todo o trabalho desenvolvido pelos
músicos, desde as gravações até à publicidade e expansão da sua
imagem, bem como todos os fatores externos que contribuem para a
sua evolução. Serão exibidas todas as etapas que um artista tem de
seguir para conseguir brilhar no palco e viver da música.
Este livro assume-se, então, como uma compilação dos artigos
publicados no blog, criado no âmbito da disciplina Tecnologias dos
Media.
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Sobre o Autor
Inês Fraga é uma estudante da Faculdade de Letras da Universidade do
Porto, inscrita no curso Ciências da Comunicação: Jornalismo, Assessoria
e Multimédia.
Durante o primeiro semestre do seu primeiro ano, foi-lhe pedido que
criasse um blog, o qual seria atualizado duas vezes por semana. Assim,
este livro apresenta-se como um sumário de todas as publicações
realizadas no seu blog.
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Capítulo 1
Este primeiro capítulo servirá de contextualização histórica ao tema
abordado, isto é, não relatará ainda o trabalho dos músicos, bem como
o caminho que têm de percorrer para o sucesso, mas falará sim de "Um
pouco de história" da música - como se processavam as gravações de
músicas e de que forma evoluiram estas técnicas.
No final, apresentará uma breve discussão que confrontará os dois
formatos de gravação mais competitivos (CD e vinil), sendo debatidas as
suas vantagens e desvantagens.
1.1) Um Pouco de História... (artigo #7)
Tudo começa com a invenção do fonógrafo, que consistia num cilindro
com sulcos cobertos por uma folha de estanho, em 1887, por Thomas
Edison. A introdução deste novo aparelho foi o ponto culminante de
uma série de invenções que já procuravam gravar as vibrações sonoras,
mas que ainda só conseguiam realizar representações gráficas e não a
gravação do som. Posteriormente, em 1888, surge o gramofone (por
Emile Berliner) que usa um disco em vez de um cilindro como meio de
gravação.
Thomas Edison
No início do século XX, o desenvolvimento dos materiais e técnicas tanto
do disco como do cilindro dão às gravações um som mais claro, forte e
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dinâmico e, assim, começam a surgir questões quanto à violação de
direitos de autor – o Supremo Tribunal acaba, então, por formular uma
lei que permite a gravação de música mediante o pagamento de
determinada quantia ao seu compositor.
Já na década de 30, a indústria da música sofre um grande golpe durante
a Grande Depressão: os discos em vinil tornam-se bens de luxo e as
vendas descem abruptamente. Os cartuchos de fita são desenvolvidos
durante esta década, mas permanecem nos armazéns por inviabilidade
de lucro.
Em 1933, Edwin Armstrong apresenta pela primeira vez a Rádio de
modulação de frequência (FM). Ao contrário da rádio de amplificação
modulada (AM), aquela oferece maior fidelidade e menos estática no
som e requere uma menor potência de transmissão. No entanto, a
inovação de Armstrong, que na década trabalhava para a RCA (Radio
Corporation of America), ameaçava a segurança da empresa que se
apoiava no mercado da rádio AM. Após várias tentativas, a RCA
conseguiu suprimir a rádio FM, declarou a patente de Edwin inválida e
levou-o à banca-rota, o que culminou no seu suicídio.
Edwin Armstrong
Na década de 80, o vinil, que já havia sido ameaçado pelas cassetes nos
anos 60 (mais práticas e baratas), entra em desuso, quando as empresas
Philips e Sony anunciam os seus planos para trabalharem juntas e
elaborarem um formato uniforme de disco compacto (CD – Compact
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Disc). Em 1982, surge o primeiro CD no Japão (52nd Street de Billy Joel) e
a partir daí assiste-se ao maior “boom” de venda de música gravada em
toda a história: em 3 anos de chegada dos CD’s ao mercado, a indústrias
eletrónicas atingem 1 milhão de vendas de leitores de CD.
Nos dias de hoje, com a diversidade de leitores de música (como o iPod)
e a facilidade de venda de música online (através do iTunes, por
exemplo), nunca foi tão simples aceder a todo o tipo de gravações de
alta qualidade.
Para melhor compreensão do assunto tratado, deixo aqui um
cronograma que apresenta de forma simplificada esta evolução
acompanhado por um vídeo, em que se pode ouvir as mudanças do som
gravado ao longo das décadas.
1.2) CD vs Vinil (artigo #21)
Qual é o melhor formato para se ouvir música? CD ou Vinil?
Apesar de vivermos numa época rica em tecnologia, para os grandes
apreciadores de música, a discussão sobre qual o melhor formato
perdura ainda nos dias de hoje. Claro que, em termos de qualidade
sonora, o CD supera o Vinil. Então, por que motivo continuam as
pessoas a ouvir vinis?
A beleza do vinil está na nostalgia – o vinil recorda os velhos tempos, os
anos em que começaram a surgir as gravações, em que uma música
tinha sempre um significado e não se limitava a ser só mais uma na
coleção.
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Vinil
No vinil, as gravações e as ondas sonoras são analógicas; isto significa
que não há grande perda de som entre a gravação e a reprodução. Por
este motivo, muitas pessoas alegam que o som do vinil é mais
encorpado e detalhado. Além disso, a equalização tem mais graves, logo
torna-se naturalmente mais atraente.
Contudo, este formato apresenta algumas limitações. Em primeiro lugar,
o seu alcance dinâmico é muito limitado. Em segundo lugar, a
frequência de gravação não é universal, é variável.
Assim, a sonoridade soa melhor em músicas com tons mais graves – se
as notas das músicas forem muito altas a agulha tem dificuldade em
reproduzir o som, o que contribui para que hajam distorções
significativas na sonoridade. (Por exemplo, tente ouvir letras, cujas
consoantes “s”, “z”, etc. sejam cantadas de forma aguda: a distorção será
nítida.)
Ora, comparativamente ao vinil, o CD apresenta uma desvantagem
nítida: a codificação do áudio precisa de ser captada de várias formas e
pontos diferentes; no vinil, esta captação consegue-se a partir de um só
ponto. Assim, o CD nunca conseguirá apresentar o groove do vinil.
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CD (Compact Disc)
Por outro lado, o CD apresenta um volume de amostragem suficiente
para soar claro e definido ao ouvido humano. O volume de amostragem
do CD é de 44,1, o que significa que as gravações de CD podem ser
captadas até 44.100 vezes por segundo, e podem captar também
frequências de 20 KHZ – esta é a máxima frequência que o ouvido
humano pode ouvir.
Em suma, como podemos ver, em teoria, o CD supera o vinil,
indiscutivelmente. O que se poderá discutir é a qualidade dos artistas
dos dias de hoje comparativamente aos do passado.
Se Led Zeppelin gravassem o seus álbuns hoje, de forma digital, seriam
ainda melhores no que respeita à qualidade sonora. Da mesma forma
que se o Justin Bieber gravasse qualquer álbum no passado, de forma
analógica, seria ainda pior.
Apesar de tudo, o vinil tem um certo sentimentalismo inerente à sua
reprodução que o coloca quase ao nível do CD.
Logo, qual é o melhor formato para se ouvir música? CD ou Vinil?
A resposta fica ao critério de cada um, de acordo com os seus gostos – e
gostos não se discutem.
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Capítulo 2
Um músico é, por definição, um indivíduo diretamente ligado à música,
que exerce alguma função nesta área, tal como tocar um instrumento,
cantar ou compor. Contudo, um músico não trabalha sozinho. Na sua
carreira profissional, será sempre acompanhado por vários profissionais
que contribuem para a sua evolução e expansão, estando, assim,
dependentes de um boa gestão de recursos e de grandes investimentos
em publicidade e marketing.
Desta forma, antes de avançarmos para o trabalho próprio dos músicos,
convém apontar e realçar também a contribuição dos responsáveis pela
sua exposição e publicitação. Este capítulo irá incidir, então, sobre as
editoras discográficas.
2.1) Discografia (artigo #13)
Há que ter em conta que as empresas discográficas são corporações
gigantes que detêm uma variedade de discografias (por exemplo, a
Warner Brothers Records é detentora da Reprise Records e da Maverick
Records). Logo, as grandes empresas discográficas são, por norma,
amplos aglomerados que possuem uma variedade de discografias
subsidiárias. A maioria destas empresas está localizada em Nova Iorque,
Los Angeles e Nashville.
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Comecemos pelo início: no topo da hierarquia de uma empresa
discográfica está o CEO (Chief Executive Officer), responsável pela
atividade de toda a empresa. Sob a sua posição, estão os presidentes de
cada discografia, isto é, cada discografia tem o seu próprio presidente,
que, por sua vez, coordena as atividades dos vice-presidentes,
responsáveis por cada departamento.
Antes de descrever os departamentos que estão sob a guarda do vicepresidente, comecemos por falar daqueles que pertencem ao controlo
do presidente:
• Departamento Legal: responsável por todos os contratos realizados
entre a empresa e o artista, bem como os contratos entre a discografia e
outras empresas.
• Negócios Comerciais: controla a área negocial; lida com a
contabilidade, pagamentos e as finanças no geral.
Passando, então, para os departamentos que pertencem à zona do vicepresidente, começaremos por falar daquele que provavelmente é
considerado o mais importante para a sustentabilidade de uma
discografia: A&R (Artists and Repertoire). Este departamento é o
responsável pela descoberta de novos talentos. Os que aqui trabalham
têm a função de acompanhar pessoalmente o artista, isto é, colaboram
na seleção das músicas e dos produtores do álbum, decidem onde o
álbum será gravado, etc. Assim, acabam por funcionar como ligação
entre o artista e todos os outros departamentos da empresa.
Para além deste, temos vários outros departamentos, não muito menos
importantes para o funcionamento da discografia:
• Promoção: o seu principal objetivo é certificar-se de que o artista será
ouvido na rádio (além de apresentado em canais de música como a MTV
e VH1).
• Desenvolvimento do Artista: planeia carreiras dos artistas signatários,
promovendo-os ao longo do seu percurso. Contudo, muitas discografias
já não têm este departamento ou a sua designação foi alterada para
“Desenvolvimento do Produto”, com a justificação de que os artistas
devem ser vistos como produtos, logo, devem ser promovidos
fortemente no início de carreira e não ao longo da mesma.
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• Marketing: cria todo o plano de marketing para cada álbum que a
empresa lançará; é coordenador dos planos de promoção, vendas e
publicidade.
• Publicidade: é responsável pelo “passa a palavra”, isto é, dá a conhecer
ao mundo o novo artista, através de revistas e jornais, rádio e televisão.
• New Media: lida com os mais recentes aspetos da indústria musical,
incluindo a produção e promoção de videoclipes dos artista. Além disso,
é responsável pela criação e alimentação da imagem do artista na
Internet; lida com as novas tecnologias em que o público consegue
aceder e fazer downloads de música e vídeos na Internet.
2.2) Maior empresa discográfica do mundo (artigo #16)
Uma editora discográfica é uma empresa especializada que trabalha
com a produção, desenvolvimento, distribuição e promoção de
gravações e videoclipes. Ao mesmo tempo, garante aos artistas os
chamados “copyrights”, isto é, impede que outros copiem as gravações e
as usem com suas. Algumas editoras trabalham apenas com os artistas
de um determinado género musical
O departamento de uma editora discográfica que trabalha com os
artistas é, como já foi mencionado num artigo anterior, o A&R (Artists &
Repertoire).
Hoje falarei de uma das maiores editoras discográficas, desde 2002, que
partilha o topo com a Universal Music Group e a Sony Music
Entertainment. Esta empresa é considerada das melhores do mundo,
desde os tempos dos “Big-six” (1988).
A Waner Music Group (WMG), sediada atualmente em Nova Iorque,
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emprega mais de 3500 trabalhadores, operando em mais de 50 países
em todo o mundo. Formou-se por volta do ano 1958, como uma divisão
entre a Warner Bros. Records e a Warner Bros. Pistures.
A Waner Bros. é respondável pelo lançamento de vários artistas de
sucesso, tais como: Lynyrd Skynyrd, Linkin Park, Dream Theater e
Madonna.
[Ver: Warner Music Store]
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Capítulo 3
Finalizadas estas apresentações temáticas, este capítulo irá retratar
então o trabalho dos músicos: a composição, gravação, atuação, bem
como a exploração do departamento de publicidade, isto é, de que
forma pode uma banda garantir a exibição de uma boa imagem, que, no
fundo, funcionará uma marca.
A título de exemplo, este capítulo poderá fazer referência a algumas
bandas de garagem, cujo trabalho foi por mim presenciado e relatado.
Estas informações foram, por conseguinte, recolhidas em primeira mão
e descritas de acordo com o consentimento dos respetivos membros.
3.1) Studio One (artigo #14)
O processo de gravação envolve três passos principais: numa primeira
fase, é importante que a música esteja bem ensaiada; de seguida,
avança-se para as gravações em si e, no final, a masterização.
A masterização é uma forma de pós-produção de áudio, que consiste em
preparar e transferir o áudio gravado de uma fonte que contenha a
mistura final para um dispositivo de armazenamento (o master), a partir
da qual todas as cópias serão produzidas, através de métodos como
prensagem, duplicação e replicação.
Contudo, nesta secção, vou dar maior ênfase à segunda fase: as
gravações. Para tal, tive o cuidado de estar presente na gravação de uma
música dos Ashes & Waves, “Survey”. Segundo Miguel Almeida, o
primeiro instrumento a ser gravado é a bateria: dentro da sala de
gravação, a bateria é estrategicamente posicionada, assim como todos
os seus constituintes (pratos, gongos, etc.). Já fora da sala, as guitarras
são ligadas por cabo a um aparelho (Pod HD Pro Line6), tal como
acontece com o baixo. Finalmente, grava-se a voz.
Todas as faixas de gravação surgem no ecrã do computador, sob a
orientação do programa Studio One.
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Studio One
Este programa é um software de estação de trabalho de áudio digital
(DAW – Digital Audio Workstation), criado pela PreSonus Software, Ltd
para Mac OS X e Microsoft Windows e utilizado para a masterização,
gravação e criação de música.
Está disponível em três versões: Prime (Grátis), Artist e Professional.
A versão Prime dirige-se aos iniciantes; contém um conjunto limitado de
propriedades das outras versões. Contudo, inclui contagem ilimitada de
pistas e vários plugins de processadores de áudio.
A versão Artist está direcionada para músicos que precisam de
elementos básicos de gravação.
Finalmente, a versão Professional tem como objetivo, como o próprio
nome indica, uma produção profissional. Inclui playback e sincronização
de vídeo, áudio com várias pistas, gravação de MIDI (Musical Instrument
Digital Interface) e masterização.
Além disso, tem ainda um conjunto integrado de efeitos de áudio:
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dinâmica, delay (adiamento/atraso), guitar amp modeling (modelação de
amplificador de guitarra), efeitos de masterização, equalizador,
modulação, metrónomo e diagnóstico; bem como quatro instrumentos
virtuais: Impacto, Mojito, Presença e Sample One.
O Studio One está entre os 10 melhores programas de gravação de
áudio.
3.2) Lullabye (artigo #10)
Ashes & Waves lançam o single Lullabye.
A essência da história é bastante simples: uma rapariga, aparentemente
pacífica, vive num constante conflito interior e tenta livrar-se desta
prisão. Para que se concretizasse esta ideia, deslocamo-nos até ao Rio
Bestança, em Cinfães, acompanhados pelo génio por trás da câmara:
César Ramos.
Para a edição do videoclip, César usou o programa Sony Vegas.
O Sony Vegas é considerado um dos melhores programas de edição, ao
lado do Adobe Premiere. Mais conhecido por Vegas, é um software de
edição não linear da Sony que combina edição de vídeo em tempo real
de alta qualidade e fidelidade com manipulação de áudio.
Na interface do programa estão distribuídos dezenas de botões para
edição, captura e execução de vídeo. Este software trabalha com
arquivos de áudio e vídeo separadamente (representados nas timelines
da parte inferior). Quando efetuamos uma edição, este faz com que
apenas uma das faixas seja modificada e conserva o restante como no
original. Além disso, possui os principais complementos para extrair
faixas de áudio de CDs, recortar vídeos, importá-los, capturá-los, etc.
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Sony Vegas - Plataforma de Edição
Para facilitar o trabalho com arquivos maiores e mais pesados, o Vegas
oferece uma função automática que gera cópias em menores
resoluções, cópias estas que podem ser pré-visualizadas rapidamente e
alteradas sempre que necessário.
O Sony Vegas traz agora uma novidade: é compatível com o Vegas Pro
Connect, um aplicativo para iOS. Antes de mais, é necessário que a
aplicação esteja instalada num dispositivo da Apple; seguidamente, é
possível estabelecer a comunicação entre este dispositivo e o Vegas Pro,
a partir da rede local. Assim, torna-se exequível utilizar o aparelho móvel
como um controlo remoto e usar gestos e comandos na tela do
dispositivo touch.
Aqui deixo um vídeo explicativo do funcionamento básico do programa.
3.3) Bandcamp (artigo #15)
Bandcamp é uma plataforma de divulgação para músicos
independentes, criada em 2007, por Ethan Diamond e Shawn
Grunberger, juntamente com os programadores Joe Holt e Neal Tucke.
Os utilizadores têm a possibilidade de usufruir de um micro site
personalizável, onde podem partilhar a sua música e permitir que as
mesmas sejam compradas pelos fãs. Esta plataforma está disponível
tanto para os artistas, como também para fãs e marcas.
É considerado o melhor site para música de bandas!
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Os utilizadores podem usufruir de um microsite personalizável, onde
podem partilhar a sua música e permitir que as mesmas sejam
compradas pelos fãs. Esta plataforma está disponível tanto para os
artistas, como também para fãs e marcas.
Como funciona?
1) Inscrito como fã: acedendo ao site de determinada banda, temos
acesso a toda a discografia disponibilizada, bem como as listas de
música e notas dos artistas referentes ao álbum.
Clicando no “play”, inicia-se a reprodução do álbum.
O artista tem a possibilidade de disponibilizar a música de várias
formas:
– música gratuita em qualquer formato;
– música disponível consoante o pagamento obrigatório em qualquer
formato;
– música gratuita em apenas alguns formatos (geralmente, os de menor
qualidade) e de pagamento obrigatório nos outros.
No entanto, é importante referir que este pagamento obrigatório pode
não passar de uma doação do fã, como reconhecimento do valor do
artista, isto é, naqueles formatos em que o download não é gratuito, é
visível a opção “name your price”, no qual inseriremos o valor que
estamos dispostos a pagar pela música/álbum.
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Opção "Name your price"
2) Inscrito como Artista: no topo da página do artista apresentam-se as
opções “Plays”, “Buzz” e “Downloads”, disponibilizadas em diferentes
períodos de tempo.
– na opção “Plays”, o artista tem acesso à quantidade de vezes que as
músicas que foram ouvidas de forma integral, parcial ou “aos saltos”
(passando à frente certas partes da música), o que lhes permite
averiguar quais as músicas que os fãs gostam mais.
– na opção “Buzz”, o artista tem acesso a todos os lugares na Internet,
em que a sua música está a ser partilhada. Por exemplo, se publicar
neste blog uma música de determinada banda inscrita no site, esse
registo aparecerá no “buzz”.
– na opção “downloads”, o artista tem acesso à quantidade de
downloads de cada música que têm sido realizados pelos fãs.
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Opção "Plays" - Inscrito como Artista
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Capítulo 4
Neste último capítulo serão apresentadas algumas fontes de
disseminação da música, que devem ser usufruídas pelos artistas que
procuram atingir um público mais vasto.
Estas fontes de disseminação entendem-se como meios de influência
capazes de publicitar a imagem e/ou música do artista/banda que
procura expandir-se e entrar no mercado altamente competitivo da
música. Serão então aqui mencionados meios de comunicação como as
revistas, a rádio e as redes sociais, bem como concursos de televisão
ligados ao tema presente.
4.1) Rolling Stone (artigo #8)
A indústria musical é tão vasta que se torna difícil cobrir
aprofundadamente todas as suas áreas de interesse. Porém, no que toca
ao jornalismo musical, duas palavras resumem tudo o que é preciso
saber: Rolling Stone.
Ao contrário do que é naturalmente assumido pela maioria, o nome
“Rolling Stone” não provém da banda liderada por Mick Jagger, Rolling
Stones, mas é sim um tributo à canção de 1950 de Muddy Waters, “Rollin’
Stone”.
CURIOSIDADE: De acordo com a revista, no ranking das 500 Melhores
Canções de Todos os Tempos, a canção que ocupa a primeira posição
chama-se “Like a Rolling Stone” de Bob Dylan.
A Rolling Stone é uma revista quinzenal, fundada em San Francisco, no
dia 9 de Novembro de 1967, por Jann Wenner (que ainda hoje é o editor
da revista) e pelo crítico musical Ralph J. Gleason. Inicialmente, a revista
dedicava-se a todos os aspetos da cultura popular, dando maior ênfase à
contracultura musical.
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Capa da 1ª Publicação - John Lennon
Por volta dos anos 70, a Rolling Stone ganha fama crescente com as
publicações de um jornalista norte-americano e porta-voz do movimento
de contracultura nos EUA, Hunter S. Thompson. O seu artigo de estreia
falava sobre a sua campanha de eleição como xerife da cidade de Aspen,
no Colorado: aliando-se ao partido “Freak Party”, o jornalista propunha a
descriminalização do uso de drogas e a transformação de todas as ruas
em ciclo-vias, tendo perdido as eleições por poucos votos. Assim, com
toda esta publicidade, no final desta década a Rolling Stone é
considerada a grande revista de música.
No entanto, por volta dos anos 90, a revista altera a sua ideologia inicial
para se dirigir um público jovem interessado em programas de televisão,
atores de cinema e música popular. Esta mudança gerou uma onda de
crítica, que afirmava que esta sobrevalorizava o “estilo” em detrimento
da “substância”. Nos dias de hoje, a revista já se define abertamente pelo
seu conteúdo diverso, incluindo, para além das áreas já referidas,
reportagens políticas.
Além das publicações na revista, a Rolling Stone também é autora do
livro The Rolling Stone Album Guide, que contém críticas profissionais às
músicas populares. Editado por Dave Marsh, que escreveu a maioria das
críticas, e John Swenson, este livro está divido em secções por géneros
musicais e, dentro deste géneros, está uma lista de artistas organizada
alfabeticamente, com os respetivos álbuns.
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Atualmente, a revista (e todos os seus suplementos), é considerada a
grande “avaliadora” de tudo o que é criado na indústria musical (álbuns,
singles, etc.), utilizando para o efeito um sistema de avaliação baseado
numa escala de 5 estrelas:
5/5 stars – Indispensável: um álbum que tem de ser incluído em
qualquer coleção razoável.
4/5 stars – Excelente: um álbum de mérito substancial, apesar de
imperfeito num sentido essencial.
3/5 stars – Bom: um álbum de valor médio, mas que pode ter um
interesse considerável para fãs de um determinado estilo.
2/5 stars – Medíocre: um álbum que é artisticamente fraco, apesar de
não ser completamente miserável.
1/5 stars – Pobre: um ábum, em que até competências técnicas são
colocadas em questão ou extraordinariamente mal-concebido.
0/5 stars – Inútil: um álbum que nunca deveria ter sido criado.
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Capa da edição mais recente
4.2) Simbiose (artigo #12)
Simbiose, com Miguel Alcobia (direi
ta) e João Correia (esquerda)
A Simbiose é um programa de rádio semanal, fundado a 18 de
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Novembro de 2011 e dirigido por Miguel Alcobia. O seu objetivo é
valorizar e reconhecer o talento português, dando a conhecer às suas
audiências sons 100% nacionais. Para tal, o programa serve-se da Rádio
Zero, da Ultra FM e da Antena 3 Rock.
Para ficarmos a conhecer um pouco melhor toda a esta cadeia de meios
radiofónicos, tomei a liberdade de fazer uma pesquisa breve sobre cada
uma das rádios citadas:
1. A Rádio Zero é uma secção autónoma da Associação dos Estudantes
do Instituto Superior Técnico (AEIST), sem fins lucrativos e de duração
ilimitada, fundada em 2002. Fazendo uso de uma força de trabalho de
apenas 100 pessoas, a rádio emite mais de 40 programas de autor (24
horas por dia/7 dias por semana) e apoia os mais diversos eventos
culturais, quer em iniciativas dos seus membros, quer em parceria com
outras instituições. Para além disso, é membro fundador da Radia, uma
rede internacional de rádios experimentais/rádios de arte.
2. A Antena 3 Rock é uma estação de rádio pertencente à RTP e fundada
a 21 de Outubro de 2010, que transmite durante 24 horas por dia.
3. A Ultra FM ( 88.2 FM ) é sediada em Vila Franca De Xira e gerenciada
por Luís Miguel Jacinto Dos Santos. Apresenta-se como uma estação
generalista, que visa abordar vários assuntos.
Todas estas rádios funcionam como promotoras de pequenas bandas e
pequenos músicos, através do patrocínio ou associação a programas de
rádio como a Simbiose. Este, em específico, dá oportunidade a várias
bandas, como Ashes & Waves (130ª edição) e Galgo (132ª edição) de se
expandir e se exporem aos apreciadores de rádio.
27
Cartaz da 130ª Edição
[Contacto Simbiose: [email protected]]
Ouvir Simbiose em:
• http://www.rtp.pt/radios/online/antena3rock/
Antena 3 Rock: Sábados às 14:00
Antena 3 Rock: Domingos às 14:00
Antena 3 Rock: Terças-feiras à 1:00
Antena 3 Rock: Sextas-feiras às 22:00
• www.radiozero.pt
Rádio Zero: Quintas-feiras às 17:03
Rádio Zero: Quartas-feiras às 10:00
• www.ultrafm.pt ou 88.20 FM (zona de Lisboa)
Ultra FM: Sábados às 20:00
4.3) A Grande Descoberta do Youtube (artigo #6)
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4.3) A Grande Descoberta do Youtube (artigo #6)
Ana Free
Ana Gomes Ferreira, cujo nome artístico é Ana Free, de 28 anos, é uma
cantora e compositora portuguesa, que foi crescendo e ganhando fama
a partir do Youtube.
Ana desde sempre mostrou ser apaixonada por música: aos 8 anos,
começa a aprender a tocar guitarra com o seu pai e aos 10 anos inicia o
seu percurso como compositora – durante os últimos 16 anos, acumulou
um total de 300 composições originais. Para além da guitarra, Ana teve
aulas de piano no início da adolescência, tendo desistido após 4 anos de
aprendizagem.
Em Janeiro de 2007, Ana lança o seu primeiro vídeo de Youtube cantando
“Are you strong enough to be my man” de Sheryl Crow, quando a rede
ainda se encontrava em expansão, por encorajamento de uma amiga
sua com quem discutiu sobre qual seria o seu nome artístico. Segundo a
cantora, “nunca soube o que esperar em termos de reação do público;
foi algo que fiz em parte por divertimento, mas nunca excluí a ideia de
que poderia dar resultado”. A partir daqui, as visualizações do seu canal
de Youtube começaram a crescer gradualmente e foi no Verão de 2007
que Henrique Amaro (realizador e locutor de rádio) descobriu a cantora
na rede MySpace, enquanto preparava o disco “Novos Talentos Fnac
2007”.
Teve a sua primeira atuação ao vivo na TVI, no programa “As Tardes de
Júlia”, nesse mesmo Verão, onde cantou a sua música original “Crazy”.
Atualmente, Ana tem um EP “Radian“, lançado no Outono de 2009 e um
álbum “To.Get.Her” de 2013 e está frequentemente em digressão por
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Portugal, Londres e Nova Iorque, tendo já realizado diversas aberturas
para cantores como James Morrison, Shakira e Joe Brooks.
No meu caso em concreto, descobri esta cantora entre 2007 e 2008 na
rede social mais frequentemente usada antes do surgimento do
Facebook, o Hi5, a partir de uma partilha das suas músicas originais “It’s
Time”. Durante muitos anos, tive Ana Free como um ídolo para mim e
ainda hoje continuo a seguir a sua atividade pelo seu canal de Youtube.
4.4) PROCURA-SE (artigo #5)
Lembram-se dele?
Filipe Pinto, de 27 anos, é um cantor e compositor português de S.
Mamede Infesta, que iniciou a sua carreira no concurso da SIC, Ídolos.
Depois de ter conquistado o 1º lugar na terceira edição do programa,
Filipe parte para Londres, onde fica a estudar durante 6 meses na
London Music School. Quando termina o curso, com distinção, regressa
a Portugal e inicia uma digressão “Band in a Van”, percorrendo o país a
cantar em ruas e praças de algumas cidades.
Filipe Pinto apresenta-se ao público com o seu primeiro tema original
“Insónia” do seu álbum “Cerne” e em Outubro de 2013 vence o MTV
Europe Music Award para Best Portuguese Act de 2013.
30
Ao seu lado, Diana Piedade (30 anos), que terminou o concurso em 2º
lugar, atrás de Filipe, ganhou notoriedade entre o público português,
sendo considerada em 2010 como uma das vozes revelação de Portugal.
Pouco depois do fim do concurso, Diana muda-se para Brooklyn, Nova
Iorque , e inicia a sua nova carreira musical, sendo convidada por Gary
Lucas para atuar na Knitting Factory Brooklyn, num tributo a Jeff Buckley.
Atualmente, encontra-se em estúdios de gravação entre os EUA e
Portugal.
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Epílogo
Como podemos verificar, o caminho que um artista tem de percorrer até
chegar aos grandes palcos e às tournés internacionais é longo, penoso e
cheio de insucessos. A possibilidade de sucesso no mundo da música
está completamente dependente do público - é necessário conhecer o
que o público gosta de ouvir, a tendência do momento, as inovações que
poderão ou não ser aceites, etc.
Muitas vezes, uma banda não vence pela música, mas sim pela imagem.
Na sociedade dos dias de hoje, a imagem simboliza a banda e é partir
dela que se cria o sucesso - a publicidade é então a grande
condicionante que faz chegar determinada banda ao conhecimento do
público e este, por sua vez, mediante a tendência atual, determinará o
sucesso ou insucesso do grupo.
Em suma, o mundo da música é instável e arriscado. Para aqueles que
pretendam seguir este caminho, é necessário um grande empenho e
determinação, assim como muita preparação para o fracasso. No
entanto, todas estas condições acabam por se moldar conjuntamente,
contruindo, assim, a beleza da música.
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