5.2 Esgotos Domésticos - Sistemas de Tratamento

Propaganda
Esgoto Doméstico:
Sistemas de Tratamento
TECNOLOGIA EM GESTÃO
AMBIENTAL
Saneamento Ambiental
Prof: Thiago Edwiges
2
INTRODUÇÃO
Qual o objetivo do tratamento?
Qual o nível de tratamento almejado?
Qual o estado do corpo hídrico receptor?
3
INTRODUÇÃO
Níveis de Tratamento
• Preliminar: remove sólidos grosseiros;
• Primário: remove sólidos sedimentáveis e parte da matéria
Processos
Físicos
orgânica;
• Secundário: remove matéria orgânica e eventualmente
nutrientes;
Processos
Biológicos
• Terciário: remove poluentes específicos ou poluentes não
suficientemente
removidos
(bastante raro no Brasil).
no
tratamento
secundário
Processos
Físico ou
Químicos
4
INTRODUÇÃO
5 - 10
Tratamento
Preliminar
30 - 40
Tratamento
Primário
80- 90
Tratamento
Secundário
Tratamento
do lodo
Destino final
Fluxograma típico de uma ETE completa
EDBO (%)
Tratamento
Terceário
5
TRATAMENTO PRELIMINAR
Gradeamento
• Remoção de sólidos grosseiros;
• Proteção de unidades de tratamento subsequentes;
• Proteção dos corpos receptores;
• Grade simples – Vazão inferior a 250 L/s;
• Grade mecanizada – Vazão superior a 250 L/s.
6
TRATAMENTO PRELIMINAR
Espaçamento entre Barras
O espaçamento útil entre as barras, é escolhido em função do tipo de
material que se quer deter e dos equipamentos a proteger.
7
TRATAMENTO PRELIMINAR
Desarenador
• Remoção de e areia;
• Processo físico de sedimentação;
• Evita abrasão nos equipamentos e tubulações;
• Elimina a possibilidade de obstrução;
• Facilita o transporte do líquido;
• Podem ter seção quadrada ou circular.
8
TRATAMENTO PRELIMINAR
Velocidade de escoamento
São dimensionadas de modo que se tenha velocidade nos canais no
intervalo de 0,15 a 0,40m/s .
Veloc. < 0,15m/s provocam deposição excessiva de partículas orgânicas, e
veloc. > 0,40 m/s propiciam a saída de areia.
Velocidade de sedimentação
Valores
para
velocidade
critica de sedimentação em
função
do
partículas.
tamanho
das
9
TRATAMENTO PRIMÁRIO
10
TRATAMENTO PRIMÁRIO
11
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
• Remoção de matéria orgânica;
• Matéria orgânica dissolvida (DBO Solúvel): Não é removida por
processos físicos, como o de sedimentação que ocorre no tratamento
primário;
• Matéria orgânica em suspensão (DBO Suspensa): Removida em
grande
parte
no
tratamento
primário,
mas
cujos
decantabilidade mais lenta persistem na massa líquida.
sólidos
de
12
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
• Lagoas de estabilização;
• Reatores anaeróbios;
Sistemas simplificados
• Disposição no solo .
• Lagoas de estabilização com aeração;
• Filtros biológicos;
• Lodos ativados.
Sistemas mecanizados
13
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
14
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
• Maiores
profundidades
• Entre 3 e 5 m;
• Ausência de O2
• Alto TRH
(Entre 3 e 5 dias);
• Remoção de
DBO entre
(50 e 60%);
15
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
• Menores
dimensões;
• TRH 2 a 4 dias;
• Agitação da
matéria orgânica;
• Maior contato com
bactérias;
• Maior eficiência;
• Consumo
energético elevado;
• Necessita lagoa
de decantação.
16
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
• Contrução e
operação
simplificados;
• TRH > 20 dias;
• DBO particulada
sedimenta e é tratada
por processos
anaeróbios;
• DBO solúvel é
tratada por bactérias
facultavidas;
17
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
Lodos ativados
• Os sólidos do fundo do sistema de decantação são recirculados, por
meio de bombeamento, para a unidade de aeração.
• Unidades (Tanque de Aeração – Tanque de Decantação – Elevatória de
Recirculação)
• Baixo TRH entre 6 a 8 horas;
• Baixa necessidade de área;
• Tanques de concreto (diferentemente das lagoas);
18
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
19
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
Filtros Biológicos
• Conceito distinto das tecnologias anteriorres;
• Crescimento aderido da biomassa;
• Leito de material grosseiro (pedras, ripas ou plástico);
• Aplicação sob a forma de gotas ou jatos;
• Percolação do esgoto entre o leito e contato com microrganismos;
• Processo aeróbio (o ar circula entre o leito);
• Mecanismo primário não é filtrar e sim fornecer contato;
• Podem receber baixas ou altas cargas (dependendo do dimensionamento)
20
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
21
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
•Utilizados após as fossas sépticas;
• Fluxo ascendente;
• Alta carga de DBO;
• Unidade fechada;
• Eficiência menor que os processos
aeróbios;
• Utilizado para pequenas populações;
• Geração de maus odores.
22
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
23
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
UASB - Funcionamento
• Crescimento disperso da biomassa;
• Alta concentração de biomassa (manta de lodo);
• Baixo volume requerido (em função da alta concentração de biomassa);
• Processo anaeróbio (formação de gases principalmente CH4 e CO2) ;
• Sem necessidade de decantação primária;
• Necessita temperaturas superiores a 15oC;
• Baixa remoção de patógenos e nutrientes
24
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
Os reatores anaeróbios tipo UASB tornaram-se consagrados no Paraná e
no Brasil, ao serem utilizados de maneira extensiva no tratamento de
esgotos para populações de 200 a 600.000 habitantes.
Receberam junto à SANEPAR o nome de RALF (Reator Anaeróbio de
Leito Fluidizado), com a introdução de modificações construtivas.
25
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
RALF - Funcionamento
O esgoto é conduzido até uma câmara no centro superior do reator onde
é dividido em partes iguais para alimentar tubos difusores, que conduzem o
esgoto até o fundo do mesmo.
Na parte inferior do reator, o esgoto em fluxo ascendente é misturado
com um manto de lodo rico em bactérias anaeróbias. A matéria orgânica
contida no esgoto fica retida neste manto de lodo e é degradada e
estabilizada por meio da atividade metabólica das bactérias.
As bactérias contidas no manto de lodo transformam a matéria orgânica
suspensa em produtos estáveis, como água, biogás e outros elementos
inertes.
26
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
27
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
Hidrólise
Acidogênese
Acetogênese
Metanogênse
28
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
Disposição no solo
• Processo viável para a disposição de efluentes líquidos tratados;
• Também considerada forma de tratamento;
• Os esgotos aplicados no solo carregam o lençol subterrâneo
• Supre as necessidades das plantas (água e nutrientes);
• Podem ser dispostos por irrigação, infiltração ou pelo escoamento
superficial;
29
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
30
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
Sistema de Tratamento
Eficiência de Remoção (%)
Tipo
DBO
SST
Bactérias
Decantatores
25 - 40
40 - 70
10 - 20
Lagoas anaeróbias
50 - 80
---
85 - 90
Lagoas aeróbias
50 - 80
---
85 - 90
Lagoas facultativas
75 - 95
---
80 - 99
Lodos ativados convencionais
75 - 95
85 - 95
90 - 98
Fonte: Aisse, 2000.
31
EFICIÊNCIA
E = Ca – Ce
x 100
Ca
Onde:
E = Eficiência de remoção (%)
Ca = Concentração afluente do poluente;
Ce = Concentração efluente do poluente.
32
EFICIÊNCIA
DBO Afluente = 300 mg/L
DBO Efluente = 60 mg/L
Eficiência = ?
DQO Afluente = 480 mg/L
DQO Efluente = ?
mg/L
Eficiência = 60%
33
DÚVIDAS?? PERGUNTAS??
Download