Obesidade - UNESP/Assis

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Obesidade
O QUE É?
Denomina-se obesidade uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo
excessivo de gordura corporal, associada a problemas de saúde, ou seja, que traz
prejuízos à saúde do indivíduo.
COMO SE DESENVOLVE OU SE ADQUIRE?
Nas diversas etapas do seu desenvolvimento, o organismo humano é o
resultado de diferentes interações entre o seu patrimônio genético (herdado de seus
pais e familiares), o ambiente sócioeconômico, cultural e educativo e o seu ambiente
individual
e
familiar.
Assim,
uma
determinada
pessoa
apresenta
diversas
características peculiares que a distinguem, especialmente em sua saúde e nutrição.
A obesidade é o resultado de diversas dessas interações, nas quais chamam a
atenção os aspectos genéticos, ambientais e comportamentais. Assim, filhos com
ambos os pais obesos apresentam alto risco de obesidade, bem como determinadas
mudanças sociais estimulam o aumento de peso em todo um grupo de pessoas.
Recentemente, vem se acrescentando uma série de conhecimentos científicos
referentes aos diversos mecanismos pelos quais se ganha peso, demonstrando cada
vez mais que essa situação se associa, na maioria das vezes, com diversos fatores.
Independente da importância dessas diversas causas, o ganho de peso está
sempre associado a um aumento da ingesta alimentar e a uma redução do gasto
energético correspondente a essa ingesta. O aumento da ingesta pode ser decorrente
da quantidade de alimentos ingeridos ou de modificações de sua qualidade, resultando
numa ingesta calórica total aumentada. O gasto energético, por sua vez, pode estar
associado a características genéticas ou ser dependente de uma série de fatores
clínicos e endócrinos, incluindo doenças nas quais a obesidade é decorrente de
distúrbios hormonais.
O QUE SE SENTE?
O excesso de gordura corporal não provoca sinais e sintomas diretos, salvo
quando atinge valores extremos. Independente da severidade, o paciente apresenta
importantes limitações estéticas, acentuadas pelo padrão atual de beleza, que exige
um peso corporal até menor do que o aceitável como normal.
Pacientes obesos apresentam limitações de movimento, tendem a ser
contaminados com fungos e outras infecções de pele em suas dobras de gordura, com
diversas
complicações,
podendo
ser
algumas
vezes
graves.
Além
disso,
sobrecarregam sua coluna e membros inferiores, apresentando a longo prazo
degenerações (artroses) de articulações da coluna, quadril, joelhos e tornozelos, além
de doença varicosa superficial e profunda (varizes) com úlceras de repetição e
erisipela.
COMO SE TRATA?
O tratamento da obesidade envolve necessariamente a reeducação
alimentar, o aumento da atividade física e, eventualmente, o uso de algumas
medicações auxiliares. Dependendo da situação de cada paciente, pode estar
indicado o tratamento comportamental envolvendo o psiquiatra. Nos casos de
obesidade secundária a outras doenças, o tratamento deve inicialmente ser
dirigido para a causa do distúrbio.
Reeducação Alimentar
Independente do tratamento proposto, a reeducação alimentar é
fundamental, uma vez que, através dela, reduziremos a ingesta calórica total e
o ganho calórico decorrente. Esse procedimento pode necessitar de suporte
emocional ou social, através de tratamentos específicos (psicoterapia
individual, em grupo ou familiar). Nessa situação, são amplamente conhecidos
grupos de reforço emocional que auxiliam as pessoas na perda de peso.
Independente desse suporte, porém, a orientação dietética é fundamental.
Dentre as diversas formas de orientação dietética, a mais aceita
cientificamente é a dieta hipocalórica balanceada, na qual o paciente receberá
uma dieta calculada com quantidades calóricas dependentes de sua atividade
física, sendo os alimentos distribuídos em 5 a 6 refeições por dia, com
aproximadamente 50 a 60% de carboidratos, 25 a 30% de gorduras e 15 a 20%
de proteínas.
Não são recomendadas dietas muito restritas (com menos de 800
calorias, por exemplo), uma vez que essas apresentam riscos metabólicos
graves, como alterações metabólicas, acidose e arritmias cardíacas.
Dietas somente com alguns alimentos (dieta do abacaxi, por exemplo) ou
somente com líquidos (dieta da água) também não são recomendadas, por
apresentarem vários problemas. Dietas com excesso de gordura e proteína
também são bastante discutíveis, uma vez que pioram as alterações de
gordura do paciente além de aumentarem a deposição de gordura no fígado e
outros órgãos.
Exercício
É importante considerar que atividade física é qualquer movimento
corporal produzido por músculos esqueléticos que resulta em gasto energético
e que exercício é uma atividade física planejada e estruturada com o propósito
de melhorar ou manter o condicionamento físico.
O exercício apresenta uma série de benefícios para o paciente obeso,
melhorando o rendimento do tratamento com dieta. Entre os diversos efeitos se
incluem:
a diminuição do apetite,
o aumento da ação da insulina,
a melhora do perfil de gorduras,
a melhora da sensação de bem-estar e autoestima.
O paciente deve ser orientado a realizar exercícios regulares, pelo
menos de 30 a 40 minutos, ao menos 4 vezes por semana, inicialmente leves e
a seguir moderados. Esta atividade, em algumas situações, pode requerer
profissional e ambiente especializado, sendo que, na maioria das vezes, a
simples recomendação de caminhadas rotineiras já provoca grandes
benefícios, estando incluída no que se denomina "mudança do estilo de vida"
do paciente.
Drogas
A utilização de medicamentos como auxiliares no tratamento do paciente
obeso deve ser realizada com cuidado, não sendo em geral o aspecto mais
importante das medidas empregadas. Devem ser preferidos também
medicamentos de marca comercial conhecida. Cada medicamento específico,
dependendo de sua composição farmacológica, apresenta diversos efeitos
colaterais, alguns deles bastante graves como arritmias cardíacas, surtos
psicóticos e dependência química. Por essa razão devem ser utilizados apenas
em situações especiais de acordo com o julgamento criterioso do médico
assistente.
No que se refere ao tratamento medicamentoso da obesidade, é
importante salientar que o uso de uma série de substâncias não apresenta
respaldo científico. Entre elas se incluem os diuréticos, os laxantes, os
estimulantes, os sedativos e uma série de outros produtos freqüentemente
recomendados como "fórmulas para emagrecimento". Essa estratégia, além de
perigosa, não traz benefícios a longo prazo, fazendo com que o paciente
retorne ao peso anterior ou até ganhe mais peso do que o seu inicial.
COMO SE PREVINE?
Uma dieta saudável deve ser sempre incentivada já na infância,
evitando-se que crianças apresentem peso acima do normal. A dieta deve estar
incluída em princípios gerais de vida saudável, na qual se incluem a atividade
física, o lazer, os relacionamentos afetivos adequados e uma estrutura familiar
organizada. No paciente que apresentava obesidade e obteve sucesso na
perda de peso, o tratamento de manutenção deve incluir a permanência da
atividade física e de uma alimentação saudável a longo prazo. Esses aspectos
somente serão alcançados se estiverem acompanhados de uma mudança
geral no estilo de vida do paciente.
Doenças causadas pela obesidade
A obesidade tornou-se uma epidemia global, segundo a Organização
Mundial da Saúde ligada à Organização das Nações Unidas. O problema vem
atingindo um número cada vez maior de pessoas em todo o mundo e entre as
principais causas desse crescimento estão o modo de vida sedentário e a má
alimentação.
A taxa de mortalidade entre homens obesos de 25 a 40 anos é 12 vezes
maior quando comparada à taxa de mortalidade entre indivíduos de peso
normal. O excesso de peso e de gordura no corpo desencadeia e piora
problemas de saúde que poderiam ser evitados. Em alguns casos, a boa
notícia é que a perda de peso leva à cura, como no caso da asma, mas em
outros, como o infarto, não há solução.
Se você ainda tem dúvidas dos problemas que a obesidade pode trazer,
listamos as doenças que, comprovadas por pesquisas científicas, são geradas
pelo excesso de peso.
Coração
As primeiras doenças que costumam afetar o obeso são as do coração.
O coração de uma pessoa acima do peso tem que trabalhar mais. Se seu peso
ideal é 70kg, seu coração foi feito para trabalhar num corpo de 70 kg. Se você
pesa 100, ele tem que trabalhar para um corpo de 70 e mais um de 30 e fica
sobrecarregado.
Entre as várias doenças do coração está a hipertrofia ventricular, que é o
aumento do músculo do coração por excesso de trabalho. A hipertrofia pode
evoluir para a insuficiência e gerar arritmia e também aumenta o risco de um
acidente vascular cerebral e morte súbita.
Hipertensão
A hipertensão é outro problema comum entre os obesos. Um estudo
americano mostrou que 75% dos hipertensos são obesos. O motivo é a alta
produção de insulina; por isso muitas vezes o obeso não é diabético, mas tem
problema com a pressão alta. A insulina funciona na manutenção do tamanho
dos vasos sanguíneos e também favorece a absorção de água e sódio.
Uma alimentação não balanceada somada à compressão dos vasos
sanguíneos resulta na pressão alta, que aumenta os problemas no coração.
Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, o problema é a causa de 40%
das mortes por acidente vascular cerebral (avc/derrame).
Trombose
Como o coração do obeso funciona com dificuldade, há um mau
bombeamento de sangue para o corpo inteiro, gerando doenças ligadas ao
sistema vascular. É comum que obesos tenham varizes nas pernas e
enfrentem um risco maior de ter trombose (acúmulo de coágulos de sangue
dentro de vasos sanguíneos).
Uma pesquisa publicada no American Journal of Medicine, em 2005,
mostrou que os pacientes obesos tinham 2,5 vezes mais chance de ter
trombose do que os indivíduos não obesos. E esse risco foi maior entre as
mulheres obesas do que entre os homens obesos (2,75 contra 2,02,
respectivamente) e entre os pacientes obesos com menos de 40 anos, em
relação aos mais velhos.
Apnéia
Apnéia é a parada respiratória involuntária durante o sono, muito comum
entre os obesos, é pouco conhecida e muito grave. O problema atinge mais da
metade dos obesos mórbidos.
A apnéia acontece mais nos obesos porque eles têm excesso de
gordura na região do pescoço e a faringe fica mais estreita, facilitando o
fechamento involuntário. Na posição horizontal do corpo durante o sono, a
expansão do pulmão para a respiração também é mais difícil.
Quem sofre de apneia não tem um sono normal e enfrenta problemas
durante o dia, como cansaço, dificuldade de concentração e pressão alta.
Esteatose hepática
É o acumulo de gordura no fígado, órgão responsável pelo metabolismo
dos lipídeos, que viram glicose e vão para o sangue.
Quando há um excesso de gordura ingerida, o fígado não consegue
metabolizar tudo e parte se acumula no órgão, que pode desenvolver cirrose
ou fibrose. A cirrose é normalmente associada à ingestão de álcool, mas neste
caso, pode aparecer em pessoas que não bebem.
Depressão
O problema psiquiátrico afeta uma grande quantidade de obesos.
Estatísticas mostram que, na população, 30% das pessoas terão algum tipo de
depressão ao longo da vida. Já entre os obesos, esse número sobre para 89%.
São pessoas que sofrem muito com a autoestima, principalmente na
adolescência, uma fase em que é importante a socialização. A depressão é
uma doença tão importante quanto a pressão alta, por exemplo.
Asma
A asma está relacionada à presença de uma substância produzida no
tecido adiposo, capaz de provocar o fechamento dos brônquios. Estudos já
mostraram que, quanto maior o índice de massa corporal, maior a quantidade
dessa substância é produzida pelo corpo. Por isso, os obesos sofrem mais de
asma.
Infertilidade e gravidez de risco
A produção anormal de hormônio nas mulheres obesas desencadeia
uma série de problemas relacionados à gravidez.
A alta taxa de gordura no corpo provoca maior produção de testosterona
(hormônio masculino), a menstruação fica irregular e a mulher tem mais
dificuldade para engravidar. A gravidez da mulher obesa costuma ser de alto
risco. Ela pode abortar devido à pressão alta e o bebê também pode ser
afetado.
Um estudo lançado na revista da Associação Americana de Medicina
mostrou que as obesas têm o dobro de chance de ter filhos com problemas
congênitos, como má formação da medula espinhal (que pode levar a um
aborto ou a falta de movimento dos membros inferiores) e do coração.
O diabetes do tipo 2, que afeta muitas mulheres obesas, também é um
fator de risco para gerar problemas no sistema nervoso central e no coração do
bebê.
Os resultados de ultrassonografia também são mais imprecisos em
mulheres obesas, pois a camada de gordura abdominal atrapalha o exame.
Neoplasia
Esse tipo de crescimento desordenado de células, que pode ser benigno
ou virar um câncer, é facilitado pelo aumento de peso. Obesos têm deficiência
de um tipo de linfócito chamado “natural killer” (assassino natural) que combate
células mutantes.
Muitos casos de câncer são combatidos pelo nosso corpo porque essas
células atuam em nossa defesa. Mas, no caso do obeso, as células não
conseguem combater sozinhas e o tumor pode se desenvolver.
O aumento de massa corpórea é um fator de risco para mulheres
desenvolverem câncer de mama e de endométrio.
Colesterol alto
O colesterol pode ser considerado um tipo de lipídio (gordura) produzido
em nosso organismo. Ele está presente em alimentos de origem animal (carne,
leite integral, ovos etc.). Em nosso organismo, desempenha funções
essenciais, como produção de hormônio e vitamina D. No entanto, o excesso
de colesterol no sangue é prejudicial e aumenta o risco de desenvolver
doenças cardiovasculares. Em nosso sangue, existem dois tipos de colesterol:
•
LDL colesterol: conhecido como "ruim", ele pode se depositar nas
artérias e provocar o seu entupimento
•
HDL colesterol: conhecido como "bom", retira o excesso de colesterol
para fora das artérias, impedindo o seu depósito e diminuindo a formação da
placa de gordura.
Tipos
Podemos dizer que existem vários tipos de colesterol circulando no
sangue. O total da soma de todos eles chama-se "Colesterol Total". Como
visto, colesterol é uma espécie de "gordura do sangue" e, como gorduras não
se misturam com líquidos, o colesterol é insolúvel no sangue. Por isso, ele
precisa da "carona" de certas proteínas para cumprir as suas funções.
A associação dá origem às chamadas lipoproteínas. Essas, sim, são
aptas a viajar por todo o organismo via corrente sanguínea. As lipoproteínas ou apenas colesterol - assumem algumas formas, sendo divididas em "bom
colesterol" (HDL - alta densidade) e "mau colesterol" (LDL - baixa densidade).
Pesquisas provaram que o bom colesterol (HDL) retira o colesterol das
células e facilita a sua eliminação do organismo. Por isso, é benéfico. Já o mau
colesterol (LDL) faz o inverso: ajuda o colesterol a entrar nas células, fazendo
com que o excesso seja acumulado nas artérias sob a forma de placas de
gordura. Justamente por isso, traz diversos malefícios.
Os obesos têm baixa taxa de HDL, o colesterol bom que diminui o risco
de ataque cardíaco e ajuda a remover o colesterol ruim das paredes das
artérias. O acúmulo de gordura dentro dos vasos pode causa entupimento e
até um infarto.
Diabetes do tipo 2
No Brasil, existem de 7 a 8 milhões de pessoas com diabetes do tipo 2.
Isso representa 5% da população, porcentagem que é a média em outros
lugares do mundo. Porém, mais de 70% dessas pessoas com diabetes têm
algum grau de peso acima do normal.
O diabetes tem fatores genéticos, mas quanto maior o peso de uma
pessoa, maior a chance de ele aparecer. Isso acontece porque o aumento do
peso e da gordura no corpo ocasiona uma resistência à ação da insulina, o
hormônio que auxilia o organismo a regular os níveis de glicose.
COMO O MÉDICO FAZ O DIAGNÓSTICO?
A forma mais amplamente recomendada para avaliação do peso
corporal em adultos é o IMC (índice de massa corporal), recomendado
inclusive pela Organização Mundial da Saúde. Esse índice é calculado
dividindo-se o peso do paciente em kilogramas (Kg) pela sua altura em metros
elevada ao quadrado (quadrado de sua altura). O valor assim obtido estabelece
o diagnóstico da obesidade e caracteriza também os riscos associados
conforme
apresentado
a
seguir:
m2)
Grau de Risco
Tipo de obesidade
9
Peso saudável
Ausente
9
Moderado
Sobrepeso ( Pré-Obesidade )
9
Alto
Obesidade Grau I
9
Muito Alto
Obesidade Grau II
Extremo
Obesidade Grau III ("Mórbida")
s
Conforme pode ser observado, o peso normal, no indivíduo adulto, com mais
de 20 anos de idade, varia conforme sua altura, o que faz com que possamos
também estabelecer os limites inferiores e superiores de peso corporal para as
diversas alturas conforme a seguinte tabela :
Altura (cm)
Peso Inferior (kg)
Peso Superior (kg)
145
38
52
150
41
56
155
44
60
160
47
64
165
50
68
170
53
72
175
56
77
180
59
81
185
62
85
190
65
91
Essa classificação, por definir alguns riscos, é muito importante e por
esse motivo fez com que se criasse um índice denominado Relação CinturaQuadril, que é obtido pela divisão da circunferência da cintura abdominal pela
circunferência do quadril do paciente. De uma forma geral se aceita que
existem riscos metabólicos quando a Relação Cintura-Quadril seja maior do
que 0,9 no homem e 0,8 na mulher. A simples medida da circunferência
abdominal também já é considerado um indicador do risco de complicações da
obesidade, sendo definida de acordo com o sexo do paciente:
Risco Aumentado
Risco Muito Aumentado
Hom
em
94 cm
102 cm
Mulh
er
80 cm
88 cm
A gordura corporal pode ser estimada também a partir da medida de
pregas cutâneas, principalmente ao nível do cotovelo, ou a partir de
equipamentos como a Bioimpedância, a Tomografia Computadorizada, o
Ultrassom e a Ressonância Magnética. Essas técnicas são úteis apenas em
alguns casos, nos quais se pretende determinar com mais detalhe a
constituição corporal.
Na criança e no adolescente, os critérios diagnósticos dependem da
comparação do peso do paciente com curvas padronizadas, em que estão
expressos os valores normais de peso e altura para a idade exata do paciente.
CURIOSIDADES
O Brasil e o mundo vivem uma verdadeira epidemia de obesidade. Para
se ter uma idéia da gravidade do problema, cerca de 70 milhões de brasileiros
– ou 40% da população – está com excesso de peso. Além disso, 13% das
mulheres e 8% dos homens sofrem de obesidade em nosso país.
• 50% dos brasileiros estão acima de seu peso corporal ideal.
Além dos números altos, o que assusta é a rapidez com que eles
cresceram. Estudos comparativos do Setor de Epidemiologia da Faculdade
Pública da USP indicam que, na década de 1970, os homens obesos no Brasil
somavam 2,8% da população masculina. Em apenas 23 anos, esse número
quase triplicou, passando para os atuais 8%. No mesmo período, o índice
feminino
passou
de
4,9%
para
13%.
Nos Estados Unidos, a situação é ainda mais preocupante: 61% da
população está com o peso acima do normal, e em 2001 foram contabilizadas
300 mil mortes decorrentes da obesidade.
A obesidade mata por ano, cerca de 300 mil pessoas nos Estados
Unidos, e quase 100 mil no Brasil, de acordo com a Organização Mundial de
Saúde
(OMS).
Hoje 97 milhões de americanos, mais de um terço da população adulta,
estão acima do peso ou obesos. Estima-se que 10 milhões dessas pessoas
sejam consideradas Obesas Mórbidos.
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