Obesidade O QUE É? Denomina-se obesidade uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, associada a problemas de saúde, ou seja, que traz prejuízos à saúde do indivíduo. COMO SE DESENVOLVE OU SE ADQUIRE? Nas diversas etapas do seu desenvolvimento, o organismo humano é o resultado de diferentes interações entre o seu patrimônio genético (herdado de seus pais e familiares), o ambiente sócioeconômico, cultural e educativo e o seu ambiente individual e familiar. Assim, uma determinada pessoa apresenta diversas características peculiares que a distinguem, especialmente em sua saúde e nutrição. A obesidade é o resultado de diversas dessas interações, nas quais chamam a atenção os aspectos genéticos, ambientais e comportamentais. Assim, filhos com ambos os pais obesos apresentam alto risco de obesidade, bem como determinadas mudanças sociais estimulam o aumento de peso em todo um grupo de pessoas. Recentemente, vem se acrescentando uma série de conhecimentos científicos referentes aos diversos mecanismos pelos quais se ganha peso, demonstrando cada vez mais que essa situação se associa, na maioria das vezes, com diversos fatores. Independente da importância dessas diversas causas, o ganho de peso está sempre associado a um aumento da ingesta alimentar e a uma redução do gasto energético correspondente a essa ingesta. O aumento da ingesta pode ser decorrente da quantidade de alimentos ingeridos ou de modificações de sua qualidade, resultando numa ingesta calórica total aumentada. O gasto energético, por sua vez, pode estar associado a características genéticas ou ser dependente de uma série de fatores clínicos e endócrinos, incluindo doenças nas quais a obesidade é decorrente de distúrbios hormonais. O QUE SE SENTE? O excesso de gordura corporal não provoca sinais e sintomas diretos, salvo quando atinge valores extremos. Independente da severidade, o paciente apresenta importantes limitações estéticas, acentuadas pelo padrão atual de beleza, que exige um peso corporal até menor do que o aceitável como normal. Pacientes obesos apresentam limitações de movimento, tendem a ser contaminados com fungos e outras infecções de pele em suas dobras de gordura, com diversas complicações, podendo ser algumas vezes graves. Além disso, sobrecarregam sua coluna e membros inferiores, apresentando a longo prazo degenerações (artroses) de articulações da coluna, quadril, joelhos e tornozelos, além de doença varicosa superficial e profunda (varizes) com úlceras de repetição e erisipela. COMO SE TRATA? O tratamento da obesidade envolve necessariamente a reeducação alimentar, o aumento da atividade física e, eventualmente, o uso de algumas medicações auxiliares. Dependendo da situação de cada paciente, pode estar indicado o tratamento comportamental envolvendo o psiquiatra. Nos casos de obesidade secundária a outras doenças, o tratamento deve inicialmente ser dirigido para a causa do distúrbio. Reeducação Alimentar Independente do tratamento proposto, a reeducação alimentar é fundamental, uma vez que, através dela, reduziremos a ingesta calórica total e o ganho calórico decorrente. Esse procedimento pode necessitar de suporte emocional ou social, através de tratamentos específicos (psicoterapia individual, em grupo ou familiar). Nessa situação, são amplamente conhecidos grupos de reforço emocional que auxiliam as pessoas na perda de peso. Independente desse suporte, porém, a orientação dietética é fundamental. Dentre as diversas formas de orientação dietética, a mais aceita cientificamente é a dieta hipocalórica balanceada, na qual o paciente receberá uma dieta calculada com quantidades calóricas dependentes de sua atividade física, sendo os alimentos distribuídos em 5 a 6 refeições por dia, com aproximadamente 50 a 60% de carboidratos, 25 a 30% de gorduras e 15 a 20% de proteínas. Não são recomendadas dietas muito restritas (com menos de 800 calorias, por exemplo), uma vez que essas apresentam riscos metabólicos graves, como alterações metabólicas, acidose e arritmias cardíacas. Dietas somente com alguns alimentos (dieta do abacaxi, por exemplo) ou somente com líquidos (dieta da água) também não são recomendadas, por apresentarem vários problemas. Dietas com excesso de gordura e proteína também são bastante discutíveis, uma vez que pioram as alterações de gordura do paciente além de aumentarem a deposição de gordura no fígado e outros órgãos. Exercício É importante considerar que atividade física é qualquer movimento corporal produzido por músculos esqueléticos que resulta em gasto energético e que exercício é uma atividade física planejada e estruturada com o propósito de melhorar ou manter o condicionamento físico. O exercício apresenta uma série de benefícios para o paciente obeso, melhorando o rendimento do tratamento com dieta. Entre os diversos efeitos se incluem: a diminuição do apetite, o aumento da ação da insulina, a melhora do perfil de gorduras, a melhora da sensação de bem-estar e autoestima. O paciente deve ser orientado a realizar exercícios regulares, pelo menos de 30 a 40 minutos, ao menos 4 vezes por semana, inicialmente leves e a seguir moderados. Esta atividade, em algumas situações, pode requerer profissional e ambiente especializado, sendo que, na maioria das vezes, a simples recomendação de caminhadas rotineiras já provoca grandes benefícios, estando incluída no que se denomina "mudança do estilo de vida" do paciente. Drogas A utilização de medicamentos como auxiliares no tratamento do paciente obeso deve ser realizada com cuidado, não sendo em geral o aspecto mais importante das medidas empregadas. Devem ser preferidos também medicamentos de marca comercial conhecida. Cada medicamento específico, dependendo de sua composição farmacológica, apresenta diversos efeitos colaterais, alguns deles bastante graves como arritmias cardíacas, surtos psicóticos e dependência química. Por essa razão devem ser utilizados apenas em situações especiais de acordo com o julgamento criterioso do médico assistente. No que se refere ao tratamento medicamentoso da obesidade, é importante salientar que o uso de uma série de substâncias não apresenta respaldo científico. Entre elas se incluem os diuréticos, os laxantes, os estimulantes, os sedativos e uma série de outros produtos freqüentemente recomendados como "fórmulas para emagrecimento". Essa estratégia, além de perigosa, não traz benefícios a longo prazo, fazendo com que o paciente retorne ao peso anterior ou até ganhe mais peso do que o seu inicial. COMO SE PREVINE? Uma dieta saudável deve ser sempre incentivada já na infância, evitando-se que crianças apresentem peso acima do normal. A dieta deve estar incluída em princípios gerais de vida saudável, na qual se incluem a atividade física, o lazer, os relacionamentos afetivos adequados e uma estrutura familiar organizada. No paciente que apresentava obesidade e obteve sucesso na perda de peso, o tratamento de manutenção deve incluir a permanência da atividade física e de uma alimentação saudável a longo prazo. Esses aspectos somente serão alcançados se estiverem acompanhados de uma mudança geral no estilo de vida do paciente. Doenças causadas pela obesidade A obesidade tornou-se uma epidemia global, segundo a Organização Mundial da Saúde ligada à Organização das Nações Unidas. O problema vem atingindo um número cada vez maior de pessoas em todo o mundo e entre as principais causas desse crescimento estão o modo de vida sedentário e a má alimentação. A taxa de mortalidade entre homens obesos de 25 a 40 anos é 12 vezes maior quando comparada à taxa de mortalidade entre indivíduos de peso normal. O excesso de peso e de gordura no corpo desencadeia e piora problemas de saúde que poderiam ser evitados. Em alguns casos, a boa notícia é que a perda de peso leva à cura, como no caso da asma, mas em outros, como o infarto, não há solução. Se você ainda tem dúvidas dos problemas que a obesidade pode trazer, listamos as doenças que, comprovadas por pesquisas científicas, são geradas pelo excesso de peso. Coração As primeiras doenças que costumam afetar o obeso são as do coração. O coração de uma pessoa acima do peso tem que trabalhar mais. Se seu peso ideal é 70kg, seu coração foi feito para trabalhar num corpo de 70 kg. Se você pesa 100, ele tem que trabalhar para um corpo de 70 e mais um de 30 e fica sobrecarregado. Entre as várias doenças do coração está a hipertrofia ventricular, que é o aumento do músculo do coração por excesso de trabalho. A hipertrofia pode evoluir para a insuficiência e gerar arritmia e também aumenta o risco de um acidente vascular cerebral e morte súbita. Hipertensão A hipertensão é outro problema comum entre os obesos. Um estudo americano mostrou que 75% dos hipertensos são obesos. O motivo é a alta produção de insulina; por isso muitas vezes o obeso não é diabético, mas tem problema com a pressão alta. A insulina funciona na manutenção do tamanho dos vasos sanguíneos e também favorece a absorção de água e sódio. Uma alimentação não balanceada somada à compressão dos vasos sanguíneos resulta na pressão alta, que aumenta os problemas no coração. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, o problema é a causa de 40% das mortes por acidente vascular cerebral (avc/derrame). Trombose Como o coração do obeso funciona com dificuldade, há um mau bombeamento de sangue para o corpo inteiro, gerando doenças ligadas ao sistema vascular. É comum que obesos tenham varizes nas pernas e enfrentem um risco maior de ter trombose (acúmulo de coágulos de sangue dentro de vasos sanguíneos). Uma pesquisa publicada no American Journal of Medicine, em 2005, mostrou que os pacientes obesos tinham 2,5 vezes mais chance de ter trombose do que os indivíduos não obesos. E esse risco foi maior entre as mulheres obesas do que entre os homens obesos (2,75 contra 2,02, respectivamente) e entre os pacientes obesos com menos de 40 anos, em relação aos mais velhos. Apnéia Apnéia é a parada respiratória involuntária durante o sono, muito comum entre os obesos, é pouco conhecida e muito grave. O problema atinge mais da metade dos obesos mórbidos. A apnéia acontece mais nos obesos porque eles têm excesso de gordura na região do pescoço e a faringe fica mais estreita, facilitando o fechamento involuntário. Na posição horizontal do corpo durante o sono, a expansão do pulmão para a respiração também é mais difícil. Quem sofre de apneia não tem um sono normal e enfrenta problemas durante o dia, como cansaço, dificuldade de concentração e pressão alta. Esteatose hepática É o acumulo de gordura no fígado, órgão responsável pelo metabolismo dos lipídeos, que viram glicose e vão para o sangue. Quando há um excesso de gordura ingerida, o fígado não consegue metabolizar tudo e parte se acumula no órgão, que pode desenvolver cirrose ou fibrose. A cirrose é normalmente associada à ingestão de álcool, mas neste caso, pode aparecer em pessoas que não bebem. Depressão O problema psiquiátrico afeta uma grande quantidade de obesos. Estatísticas mostram que, na população, 30% das pessoas terão algum tipo de depressão ao longo da vida. Já entre os obesos, esse número sobre para 89%. São pessoas que sofrem muito com a autoestima, principalmente na adolescência, uma fase em que é importante a socialização. A depressão é uma doença tão importante quanto a pressão alta, por exemplo. Asma A asma está relacionada à presença de uma substância produzida no tecido adiposo, capaz de provocar o fechamento dos brônquios. Estudos já mostraram que, quanto maior o índice de massa corporal, maior a quantidade dessa substância é produzida pelo corpo. Por isso, os obesos sofrem mais de asma. Infertilidade e gravidez de risco A produção anormal de hormônio nas mulheres obesas desencadeia uma série de problemas relacionados à gravidez. A alta taxa de gordura no corpo provoca maior produção de testosterona (hormônio masculino), a menstruação fica irregular e a mulher tem mais dificuldade para engravidar. A gravidez da mulher obesa costuma ser de alto risco. Ela pode abortar devido à pressão alta e o bebê também pode ser afetado. Um estudo lançado na revista da Associação Americana de Medicina mostrou que as obesas têm o dobro de chance de ter filhos com problemas congênitos, como má formação da medula espinhal (que pode levar a um aborto ou a falta de movimento dos membros inferiores) e do coração. O diabetes do tipo 2, que afeta muitas mulheres obesas, também é um fator de risco para gerar problemas no sistema nervoso central e no coração do bebê. Os resultados de ultrassonografia também são mais imprecisos em mulheres obesas, pois a camada de gordura abdominal atrapalha o exame. Neoplasia Esse tipo de crescimento desordenado de células, que pode ser benigno ou virar um câncer, é facilitado pelo aumento de peso. Obesos têm deficiência de um tipo de linfócito chamado “natural killer” (assassino natural) que combate células mutantes. Muitos casos de câncer são combatidos pelo nosso corpo porque essas células atuam em nossa defesa. Mas, no caso do obeso, as células não conseguem combater sozinhas e o tumor pode se desenvolver. O aumento de massa corpórea é um fator de risco para mulheres desenvolverem câncer de mama e de endométrio. Colesterol alto O colesterol pode ser considerado um tipo de lipídio (gordura) produzido em nosso organismo. Ele está presente em alimentos de origem animal (carne, leite integral, ovos etc.). Em nosso organismo, desempenha funções essenciais, como produção de hormônio e vitamina D. No entanto, o excesso de colesterol no sangue é prejudicial e aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Em nosso sangue, existem dois tipos de colesterol: • LDL colesterol: conhecido como "ruim", ele pode se depositar nas artérias e provocar o seu entupimento • HDL colesterol: conhecido como "bom", retira o excesso de colesterol para fora das artérias, impedindo o seu depósito e diminuindo a formação da placa de gordura. Tipos Podemos dizer que existem vários tipos de colesterol circulando no sangue. O total da soma de todos eles chama-se "Colesterol Total". Como visto, colesterol é uma espécie de "gordura do sangue" e, como gorduras não se misturam com líquidos, o colesterol é insolúvel no sangue. Por isso, ele precisa da "carona" de certas proteínas para cumprir as suas funções. A associação dá origem às chamadas lipoproteínas. Essas, sim, são aptas a viajar por todo o organismo via corrente sanguínea. As lipoproteínas ou apenas colesterol - assumem algumas formas, sendo divididas em "bom colesterol" (HDL - alta densidade) e "mau colesterol" (LDL - baixa densidade). Pesquisas provaram que o bom colesterol (HDL) retira o colesterol das células e facilita a sua eliminação do organismo. Por isso, é benéfico. Já o mau colesterol (LDL) faz o inverso: ajuda o colesterol a entrar nas células, fazendo com que o excesso seja acumulado nas artérias sob a forma de placas de gordura. Justamente por isso, traz diversos malefícios. Os obesos têm baixa taxa de HDL, o colesterol bom que diminui o risco de ataque cardíaco e ajuda a remover o colesterol ruim das paredes das artérias. O acúmulo de gordura dentro dos vasos pode causa entupimento e até um infarto. Diabetes do tipo 2 No Brasil, existem de 7 a 8 milhões de pessoas com diabetes do tipo 2. Isso representa 5% da população, porcentagem que é a média em outros lugares do mundo. Porém, mais de 70% dessas pessoas com diabetes têm algum grau de peso acima do normal. O diabetes tem fatores genéticos, mas quanto maior o peso de uma pessoa, maior a chance de ele aparecer. Isso acontece porque o aumento do peso e da gordura no corpo ocasiona uma resistência à ação da insulina, o hormônio que auxilia o organismo a regular os níveis de glicose. COMO O MÉDICO FAZ O DIAGNÓSTICO? A forma mais amplamente recomendada para avaliação do peso corporal em adultos é o IMC (índice de massa corporal), recomendado inclusive pela Organização Mundial da Saúde. Esse índice é calculado dividindo-se o peso do paciente em kilogramas (Kg) pela sua altura em metros elevada ao quadrado (quadrado de sua altura). O valor assim obtido estabelece o diagnóstico da obesidade e caracteriza também os riscos associados conforme apresentado a seguir: m2) Grau de Risco Tipo de obesidade 9 Peso saudável Ausente 9 Moderado Sobrepeso ( Pré-Obesidade ) 9 Alto Obesidade Grau I 9 Muito Alto Obesidade Grau II Extremo Obesidade Grau III ("Mórbida") s Conforme pode ser observado, o peso normal, no indivíduo adulto, com mais de 20 anos de idade, varia conforme sua altura, o que faz com que possamos também estabelecer os limites inferiores e superiores de peso corporal para as diversas alturas conforme a seguinte tabela : Altura (cm) Peso Inferior (kg) Peso Superior (kg) 145 38 52 150 41 56 155 44 60 160 47 64 165 50 68 170 53 72 175 56 77 180 59 81 185 62 85 190 65 91 Essa classificação, por definir alguns riscos, é muito importante e por esse motivo fez com que se criasse um índice denominado Relação CinturaQuadril, que é obtido pela divisão da circunferência da cintura abdominal pela circunferência do quadril do paciente. De uma forma geral se aceita que existem riscos metabólicos quando a Relação Cintura-Quadril seja maior do que 0,9 no homem e 0,8 na mulher. A simples medida da circunferência abdominal também já é considerado um indicador do risco de complicações da obesidade, sendo definida de acordo com o sexo do paciente: Risco Aumentado Risco Muito Aumentado Hom em 94 cm 102 cm Mulh er 80 cm 88 cm A gordura corporal pode ser estimada também a partir da medida de pregas cutâneas, principalmente ao nível do cotovelo, ou a partir de equipamentos como a Bioimpedância, a Tomografia Computadorizada, o Ultrassom e a Ressonância Magnética. Essas técnicas são úteis apenas em alguns casos, nos quais se pretende determinar com mais detalhe a constituição corporal. Na criança e no adolescente, os critérios diagnósticos dependem da comparação do peso do paciente com curvas padronizadas, em que estão expressos os valores normais de peso e altura para a idade exata do paciente. CURIOSIDADES O Brasil e o mundo vivem uma verdadeira epidemia de obesidade. Para se ter uma idéia da gravidade do problema, cerca de 70 milhões de brasileiros – ou 40% da população – está com excesso de peso. Além disso, 13% das mulheres e 8% dos homens sofrem de obesidade em nosso país. • 50% dos brasileiros estão acima de seu peso corporal ideal. Além dos números altos, o que assusta é a rapidez com que eles cresceram. Estudos comparativos do Setor de Epidemiologia da Faculdade Pública da USP indicam que, na década de 1970, os homens obesos no Brasil somavam 2,8% da população masculina. Em apenas 23 anos, esse número quase triplicou, passando para os atuais 8%. No mesmo período, o índice feminino passou de 4,9% para 13%. Nos Estados Unidos, a situação é ainda mais preocupante: 61% da população está com o peso acima do normal, e em 2001 foram contabilizadas 300 mil mortes decorrentes da obesidade. A obesidade mata por ano, cerca de 300 mil pessoas nos Estados Unidos, e quase 100 mil no Brasil, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Hoje 97 milhões de americanos, mais de um terço da população adulta, estão acima do peso ou obesos. Estima-se que 10 milhões dessas pessoas sejam consideradas Obesas Mórbidos.