! " Ministrador: Prof. Almir Feitosa! ! Transcrição e ilustrações realizadas pela Dra ROSANA DE SOUZA e cedidas como colaboração ao acervo do P.O.A. ODONTOLOGIA HOSPITALAR! HEMOGRAMA! ! O olhar do médico dependendo da especialidade adquire outra profundidade, compondo o exame um cj de pesquisas inter-relacionados com outros itens.! ! DISTURBIOS LINFO HEMATOPOIETICOS RELACIONADOS COM A CTBMF! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! NUNCA, JAMAIS, SE PODE SUBSTITUIR A EVIDENCIA CIENTÍFICA POR UMA OPINIAO.! ! A circulação é o mecanismo pelo qual o sangue é distribuído pelo corpo com a ajuda do coração, artérias, veias e capilares. Ela tem a função de fornecer e prezar pela manutenção do fluxo sanguíneo contínuo e variável aos tecidos, gerar e manter a pressão interna ao longo de sua estrutura, entregar elementos necessários ao metabolismo celular, levar substâncias que devem ser eliminadas a órgãos excretores e fazer com o sangue dos tecidos retorne para ser renovado. O coração é responsável por receber o sangue rico em gás carbônico (venoso) e transportá-lo até os pulmões, onde ocorre a troca por oxigênio. De volta ao órgão, o sangue (arterial) é bombeado para a rede de vasos formada por artérias, veias e capilares. As artérias são os vasos mais espessos, já que devem suportar a pressão do sangue ao sair do coração. Artérias mais finas são chamadas de arteríolas. Nas veias corre o sangue venoso. Vênulas são as pequenas veias. Na parede dos capilares, microscópicos vasos de pequeno calibre, ocorrem as trocas de gases e substâncias com as células dos tecidos. Funcionamento Topo Nos vertebrados, a circulação é fechada, pois o sangue nunca sai do sistema de vasos. Nos seres humanos, o sistema cardiovascular é fechado e duplo, ou seja, é constituído por uma rede de vasos que distribui o sangue para os tecidos em dois ciclos. Sistemas vasculares distribuídos em todas as estruturas do organismo formam a “grande circulação”. Denominada circulação sistêmica, ela conduz o sangue arterial do lado esquerdo do coração para todos os tecidos. A aorta, a mais importante artéria do corpo, é a “porta de saída” do coração, estendendo-se até a região genital, onde se divide em artérias menores. Veia cava inferior e veia cava superior conduzem o sangue venoso proveniente dos membros inferiores e da cabeça e membros superiores, respectivamente, ao coração. O sistema arterial e venoso do pulmão constitui a “pequena circulação” – a circulação pulmonar. Ela é responsável por conduzir o sangue pobre em oxigênio e rico em gás carbônico a partir do lado direito do coração até os pulmões. Depois, retorna o sangue rico em oxigênio para o lado esquerdo do coração. Este processo começa no ventrículo direito, segue pelos ramos das artérias, arteríolas e capilares pulmonares até os alvéolos (onde o gás carbônico é eliminado e o oxigênio absorvido pelo sangue), sendo finalizado pelas veias pulmonares que desembocam no átrio esquerdo. http://saude.ig.com.br/circulacao/ ! Hemograma é um exame que avalia as células sanguíneas de um paciente, ou seja, as da série branca e vermelha, contagem de plaquetas, reticulócitos e índices hematológicos.1 O exame é requerido pelo profissional de saúde para diagnosticar ou controlar a evolução de uma doença. LEUCOGRAMA Um hemograma é constituído pela contagem das células brancas (leucócitos) ERITROGRAMA células vermelhas (hemácias), hemoglobina (Hb), hematócrito (Ht), índices das células vermelhas, PLAQUETOMETRIA contagem de plaquetas. Hemograma Completo consiste do hemograma mais a contagem diferencial dos leucócitos. As células circulantes no sangue são divididas em três tipos: células vermelhas (hemácias ou eritrócitos), células brancas (ou leucócitos) e plaquetas (ou trombócitos). ! ! ! ! ! ! ! REPRESENTA AS CONDIÇÕES HEMATOLÓGICAS DO PACIENTE, QUE É DE SUMA IMPORTÂNCIA NUM PLANO DE TRATAMENTO. ! INDICADO COMO COMPLETO DIAGNÓSTICO E MEIO DE CONTROLE DE EVOLUCAO DE QUADRO CLINICO DE VARIAS PATOLOGIAS., ENTRE ELAS: - ANEMIAS - AS DE NATUREZA INFECCIOSA - AS DE NATUREZA ALERGICA ! ! É UM IMPORTANTE MEIO COMPLEMENTAR DE DIAG. DEVE SER CORRETAMENTE INTERPRETADO EINTERRELACIONADO COM OS DADOS DO EXAME CLINICO. CONFIÁVEL E MAIS ACESSIVEL PARA SE AVALIAR A EVOLUCAO SISTEMICA DO PACIENTE COM SEPSE, PRINC AQUELE QUE SE INTRODUZIU MEDICAMENTO ANTIMICROBIANO PREVIAMENTE AO EXAME DE CULTURA E ANTIBIOGRAMA. ! ERITROGRAMA ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! Os eritrócitos, também designados como hemácias ou glóbulos vermelhos dão a cor vermelha característica do sangue. Isso ocorre porque eles contêm um pigmento vermelho, denominado hemoglobina. E, como os eritrócitos estão presentes no sangue em muito maior quantidade que as outras células, incolores, todo o sangue parece ser vermelho. ! Só para ter uma idéia do volume de glóbulos vermelhos existentes no sangue, basta dizer que em 1mm³ desse líquido, o que equivale a mais ou menos uma gota, pode-se encontrar, em um homem adulto, cerca de 5,5 milhões dessas células, o que corresponde a 45% do volume de sangue. Em mulheres adultas esse valor é reduzido, cerca de 4,85 milhões de células por mm³. As hemácias vivem em nosso organismo por até 120 dias. Isso significa que no decorrer de uma vida são produzidas e destruídas uma infinidade de eritrócitos, sendo que, a cada dia que passa morrem em média 20 mil hemácias por milímetro cúbico de sangue. Em sua fase terminal, a maioria dessas células estão localizadas no baço, órgão situado no lado esquerdo do abdomen, um pouco abaixo das costelas. É na medula vermelha dos ossos longos que os novos glóbulos vermelhos são produzidos. Nesses verdadeiros “berçários” de células sanguíneas podemos encontrar hemácias em diferentes estágios de maturação, todas elas descendentes dos hemocitoblastos (células-mãe). A divisão celular simples dessas células-mãe origina novos hemocitoblastos. Aos poucos, essas células começam a se diferenciar. Seu núcleo vai reduzindo de tamanho e em seu citoplasma vão aparecendo cada vez mais moléculas de hemoglobina. Quando os hemocitoblasmos chegam a essa fase, chamamo-os de eritroblastos. O processo de diferenciação celular dá sequência nos eritroblastos, que se transformam em células globulares, sem núcleo e com a cor vermelha, devido a grande quantidade de moléculas de hemoglobina presentes. Os eritrócitos contém água, hemoglobina, íons, enzimas e glicose, sendo que a hemoglobina é o componente essencial e representa um terço do seu peso. A função do eritrócito é apenas a de assegurar a manutenção do estado funcional da hemoglobina, sendo o pigmento respiratório que tem por função transportar oxigênio e a parte do gás carbônico no sangue. Nos sangue de diversos animais também contêm hemácias em grandes quantidades. Porém nem sempre elas possuem o aspecto de pequenos discos bicôncavos como a dos seres humanos. Por exemplo, em anfíbios, aves, peixes e répteis, as hemácias são ovais (elipsóides). Nos mamíferos, exceto o camelo e seus parentes, as hemácias são circulares e, não possuem núcleo. Uma curiosidade é que em seres vivos de dimensões corporais tão diferentes, como o homem e o elefante, o tamanho destas células vermelhas é praticamente igual. Em seres vivos pequenos, como certas salamandras e rãs, o tamanho das hemácias chega a ser dez vezes maior que o das hemácias de seres vivos de grande porte, como do elefante. http://www.infoescola.com/sangue/hemacias/ Formação: Eritropoiese é o nome científico que se dá a formação das hemácias no corpo humano. Este processo acontece na Medula Óssea. Curiosidades: - Uma hemácia vice, em média, de 100 a 120 dias. - São produzidas cerca de 2,4 milhões de hemácias por segundo em nosso corpo. - A contagem de hemácias presentes no sangue é feito através de um exame laboratorial conhecido como hemograma. - A cor vermelha do sangue é explicada pela presença das hemácias. - A diminuição no tamanho das hemácias é chamada de microcitose. Já o aumento é conhecido por macrocitose. ! TEM COMO OBJETIVO AVALIAR O ORGANISMO NO TOCANTE DAS TROCAS GASOSAS CARACTERISTICAS hemácia, ou eritrócito, consiste em um disco bicôncavo anucleado, cujo diâmetro mede aproximadamente 7 mcm. A principal função da hemácia é trocar dióxido de carbono por oxigênio na circulação pulmonar, trocar oxigênio por dióxido de carbono nos tecidos periféricos e transportar o dióxido de carbono de volta para os pulmões. A composição físico-química das hemácias otimiza esta função. O estado de oxigenação tecidual, por sua vez, regula a produção de hemácias. ! Quando imaturas tem forma de retículo quando regeneração de anemias hemorrágicas ou hemoliticas sao policromáticas A questão cor é um indicativo da capacidade fisiológica ! Alteração morfológica das hemácias ! http://www.biomedicinapadrao.com/2012/01/alteracao-morfologica-das-hemacias.html ! A série eritrocitária frequentemente é mais estudada por: - Contagem de hemácias, dosagem de hemoglobina e determinação do volume hematócrito, parâmetros através dos quais são determinados os índices hematimétricos; - Estudo do aspecto morfológico dos eritrócitos, feito em extensão sanguínea corada; - Determinação da presença de eventuais eritroblastos no sangue periférico; - Contagem de reticulócitos. A observação da MORFOLOGIA DOS ERITRÓCITOS é de grande importância para o diagnóstico do tipo de ANEMIA. É obvio que para esta observação é necessário que a lâmina em exame tenha sido preparada dentro das condições técnicas recomendadas. As alterações morfológicas dos eritrócitos podem ser agrupadas segundo as variações de TAMANHO ( anisocitose ), de FORMA ( poiquilocitose ) e de COR ( anisocromia ). ANISOCITOSE Os eritrócitos de tamanho normal são chamados NORMÓCITOS e apresentam diâmetro com cerca de 6,5 – 8,5µ (média 7,5µ). Quando alterados em relação ao tamanho são denominados: • Micrócito: apresenta-se menor que o normal, com diâmetro abaixo de 6µ; origina-se de microeritroblastos e é a forma alterada mais comum; geralmente ocorre nas DEFICIÊNCIAS de FERRO e nas TALASSEMIAS; • Macrócito: apresenta-se maior que o normal, com diâmetro de 8,5 - 10µ; origina-se de macroeritoblastos e geralmente ocorre por DEFICIÊNCIA de VITAMINA B12 e de ÁCIDO FÓLICO; • Megalócito: apresenta-se bem maior que o normal, com diâmetro acima de 10 µ; geralmente apresenta forma ovalada e origina-se de megaloblastos, ocorrendo nas ANEMIAS MEGALOBLÁSTICAS. POIQUILOCITOSE O eritrócito normalmente possui a forma de um disco bicôncavo. Quando visto de frente apresenta uma região central mais clara (halo) do que a da zona periférica. Isto decorre em virtude da distribuição da hemoglobina no interior do disco. Quanto às alterações de forma as hemácias podem ser: Hemácia em Alvo (“target cell”) ou codócito: a hemácia apresenta dupla biconcavidade de tal maneira que, quando projetada em um plano, a hemoglobina é visualizada em uma pequena faixa periférica e, geralmente, na parte central, o que lhe dá o aspecto “em alvo”. Ocorre em alta porcentagem na Anemia de COOLEY ou TALASSEMIA “Major” (Talassemia onde ocorre um aumento da Hemoglobina fetal); em menor quantidade na TALASSEMIA “ Minor”, embora também possa ser encontrada em outras Anemias Hemolíticas, em algumas DOENÇAS HEPÁTICAS, e outras. ! Hemácia Esferocítica: apresenta forma esférica (a proteína da membrana é alterada a ponto de não manter a biconcavidade); a hemoglobina distribui-se uniformemente, dando a impressão de a célula estar mais corada que o normal; geralmente apresenta-se na forma de MICROESFERÓCITO. Pode haver diminuição de espectrinas, de anquirina, etc. na membrana destas hemácias. Ocorre nas Anemias Hemolíticas Esferocíticas Hereditárias e Adquiridas. ! Hemácia Ovalocítica e Eliptocítica: apresentam formas ovaladas e eliptocíticas, respectivamente, ocorrendo em apreciável quantidade na Anemia Hemolítica Hereditária Ovalocítica ou Eliptocítica e segundo alguns autores também podem ser encontradas, secundarimante, às LEUCEMIAS, TALASSEMIAS . Pode ocorrer por diminuição de espectrina, glicoforina C, etc. ! Hemácia Falciforme: apresenta-se com a forma de foice ou de meia lua, com espículas nas extremidades (às vezes apresenta-se com múltiplas espículas). Usualmente a hemácia adquire esta forma quando submetida a condições de hipóxia; ocasionalmente podemos encontrar hemácias falciformes na extensão sanguínea. O encontro desta forma de hemácia na Prova de Falcização e na Eletroforese de Hemoglobinas, caracteriza a HEMOGLOBINOPATIAS. ! Hemácia Acantocítica ( akantha=espinho ): apresenta forma geralmente arrendondada, com proeminências ponteagudas. Ocorre em um tipo de ANOMALIA HEREDITÁRIA, caracterizada por uma alteração do metabolismo dos fosfolípides, ocasionando ausência de Betalipoproteínas. Com maior frequência, pode ser observada forma semelhante em pacientes portadores de cirrose e em pacientes submetidos à medicação com heparina. ! Hemácia Dacriocítica: são células com forma de lágrima ou gôta, e o nome também tem origem grega (dacry significa lágrima). O tamanho dos dacriócitos é variável, e pode ser normocrômico ou hipocrômico. Os dacriócitos são observados na mielofibrose com metaplasia mielóide, devido à atividade fagocitária dos macrófagos do SRE do baço, que nesta doença apresenta-se aumentado. Em outras doenças, como são os casos de anemia mielotísica, anemia perniciosa, talassemia beta, em oxidações da hemoglobina com formação de corpos de Heinz, e tumor metastático na medula óssea. ! Hemácia Estomatocítica: geralmente apresenta a hemoglobina distribuída de tal forma que o halo claro central toma um aspecto elíptico, assemelhando-se a uma “ boca”; isto se deve ao formato do eritrócito e caracteriza um tipo de ANEMIA HEMOLÍTICA HEREDITÁRIA rara, onde há extrema hipermeabilidade da membrana à cátions monovalentes; com certa freqüência, esta forma de eritrócito pode ser observada como decorrência de artefato de técnica. ! ANISOCROMIA Normalmente, quando coradas por corantes panóticos, as hemácias normais apresentam uma coloração rósea, com um halo central mais claro. Quando às alterações de cor, as hemácias podem ser: • Hemácia Hipocrômica: o halo central é maior que o normal (maior que 1/3 do diâmetro celular); a hemácia contém menor quantidade de hemoglobina, devido a um achatamento da célula. Geralmente é microcítica, ocorrendo nas ANEMIAS FERROPRIVAS. TALASSEMIAS e outras. ! • Hemácia Hipercrômica: na realidade não há uma hemácia hipercrômica verdadeira, pois a hemácia normal está saturada com hemoglobina. Nos casos em que a célula é mais “espessa” a coloração aparece mais intensa (ex: esferócito), apresentando uma aparência densa ou “HIPERCRÔMICA”. Portanto, deve-se empregar o termo HIPERCROMIA, que indica a hemácia na qual o conteúdo de hemoglobina ( medido pelo Índice Hematimétrico HCM ) é maior que o normal. Isto ocorre nos macrócitos e megalócitos, porém a Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média (CHM) não excede a do normal, ou seja, a hemácia não transporta hemoglobina além da sua capacidade de saturação. ! • Hemácia Policromática: designa a hemácia que, quando corada por corantes panóticos, apresenta uma basofilia (devido à presença de RNA ribossômico) e uma acidofilia (devido à presença de hemoglobina), mistas ( na realidade uma coloração ligeiramente azulada ou acinzentada). Em geral, ocorre nas células que perderam o núcleo antes da hemoglobinização completa no citoplasma e que ainda não perderam os ribossomas. Aparece em casos de ANEMIAS HEMOLÍTICAS, secundariamente às leucemias, e outras. A hemoglobina http://biocienciasaber.blogspot.com.br/2010/09/o-que-e-um-hemograma-completo.html (frequentemente abreviada como Hb) é uma metaloproteína que contém ferro presente nos glóbulos vermelhos (eritrócitos) e que permite o transporte de oxigénio pelo sistema circulatório. A hemoglobina é capaz de transportar oxigênio numa quantidade superior a vinte vezes seu volume. Entretanto, quando se une ao monóxido de carbono, ela perde sua capacidade de combinar-se com o oxigênio, o que implicará na perda de sua função e, conseqüentemente, em possíveis danos ao organismo. O tempo médio de vida dos glóbulos vermelhos é de aproximadamente 120 dias, após este período, eles se degeneram no baço ou no sistema circulatório , contudo, o ferro se reintegra nos novos eritrócitos (glóbulos vermelhos) que se formam na medula óssea. Curiosidade: Os hematomas são formados pelo escape de eritrócitos aos tecidos. Isto geralmente ocorre pelo rompimento de um ou mais vasos sanguíneos quando na ocorrência de alguma lesão. A degradação da hemoglobina se converte em pigmentos biliares, e, estes, são responsáveis pela coloração amarelada dos hematomas. ! ! O hematócrito é um exame de diagnóstico que serve para avaliar a percentagem dos glóbulos vermelhos ou hemácias no volume total de sangue, ajudando a identificar a anemia, por exemplo. Hematócrito alto Os valores estarão altos na presença de desidratação, policitemia ou choque. Hematócrito baixo Valores baixos podem indicar a presença de anemia, perda sanguínea, he mólise, leucemia, hipertiroidismo, cirrose, hiper-hidratação. Valores de referência do hematócrito Os valores de referência para os hematócritos são: • Mulher: 35 -45% • Homem: 40-50% Valores diferentes podem indicar alguma doença, mas deve-se sempre comparar os valores dos hematócritos com os valores da hemoglobina, para uma melhor abordagem terapêutica. ! ! ! ! ! ÍNDICES HEMATIMETRICOS Os índices hematimétricos avaliam indiretamente as características dos eritrócitos quanto ao volume e o conteúdo de hemoglobina. SAO DADOS IMPORTANTES DE QUADRO CLINICO DE ANEMIA FAZ A CIRURGIA OU NÃO. O TRATAMENTO É DA CLINICA MÉDICA. ! ! VCM: expressa o volume das emacias em micras volume corpuscular médio é calculado dividindo-se o hematócrito pelo número de eritrócitos e multiplicando-se por 10. Representa o tamanho médio dos eritrócitos e sua unidade é fentolitros (fL.). VCM=(Ht/nº eritrócitos) x 10 - 80 a 98fL ANEMIA CONTRA INDICA A CIRURGIA Esse índice indica se a anemia é normicitica, microcítica ou macrocítica. ! ! ! HCM: expressa o peso de hemoglobina em uma hemacia. dado importante para avaliar anemia. hemoglobina corpuscular média é calculada dividindo-se a hemoglobina pelo número de eritrócitos e multiplicando-se por 10, sua unidade é picogramas (pcg ou pg.). HCM=(Hb/Nº eritrócitos) x 10 - 27 a 32 pcg Esse índice indica se a anemia é normocromica ou hipocromica. ! ! CHCM: Expressa a relação entre a saturação da Hb e o volume da hemacia. Quando de quadro de anemia é HIPOCROMICA. Concentração de hemoglobina corpuscular média, calculado pela razão entre hemoglobina e hematócrito deve ser expressa em %. CHCM=(Hb/Ht)X100 ! ! ! RDW: índice fornecido por contadores automáticos, que indica a variação no volume (tamanho) dos eritrócitos determinando o grau de anisocitose. VALOR NORMAL: 11,5 a 14,5 %. ! ! ! ! ! ! ! ! ! ANEMIA FERROPRIVA HEMACIAS ! ! LEUCOGRAMA O leucograma é uma parte do exame de sangue que consiste em avaliar os leucócitos, células de defesa do organismo, também chamadas de glóbulos brancos. Ele indica o número de neutrófilos, bastões ou segmentados, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos presentes no sangue, para facilitar o diagnóstico médico. QUANDO APRESENTAM GRANULACOES TOXICAS NO SEU INTERIOR ESTAO RELACIONADAS A PROCESSOS INFECCIOSOS GRAVES OU PROCESSO TÓXICO. LEUCOCITOS Quando os valores dos leucócitos estão aumentados, cientificamente isto chama-se leucocitose, e quando os leucócitos estão diminuídos, isto chama-se leucopenia. A leucocitose pode ser causada por uma leucemia, e a leucopenia pode ser causada pelo uso de medicamentos ou quimioterapia, por exemplo, e cada uma destas situações necessita de um tratamento específico. Valores de referência do leucograma Os valores de referência do leucograma dependem da faixa etária: • 1. 2. 3. • 1. 1 dia de vida: Leucócitos totais: 9.000 a 30.000/mm3 Neutrófilos: 6.000 a 26.000/mm3 Linfócitos: 2.000 a 11.000/mm3 6 meses a 2 anos de idade: Leucócitos totais: 6.000 a 17. 500/mm3 2. Neutrófilos: 1.500 a 8.500/mm3 3. Linfócitos: 3.000 a 9.500/mm3 • 6 a 13 anos de idade: 1. Leucócitos totais: 5.000 a 13.000mm/m 2. Neutrófilos: 1.800 a 8000/mm3 3. Linfócitos: 1.200 a 6.000/mm3 • Adultos: 1. Leucócitos totais: 4.500 a 11.000/mm3 2. Neutrófilos: 1.800 a 7.700/mm3 3. Linfócitos: 1.000 a 4.800/mm3 Leucopenia ocorre quando leucócitos são inferiores a 4.500/mm3, já a leucocitose, quando leucócitos são superiores a 11.000/mm3. Para que serve o leucograma O leucograma serve para identificar como os leucócitos, que são as células de defesa do organismo, estão se comportando. Existem 6 tipos de leucócitos diferentes e cada um deles exerce uma função específica. São eles: • Neutrófilos: células sanguíneas mais abundantes em relação ao sistema de defesa, sendo responsável pelo combate a bactérias. Por isso, quando os valores de neutrófilos estão altos, isto pode indicar uma infecção bacteriana • Segmentados ou bastões: são neutrófilos muito jovens, que foram lançados no sangue para combater uma infecção aguda. Quando seus valores estão aumentados, frequentemente recebem o nome de leucograma com desvio à esquerda • Linfócitos: os linfócitos combatem vírus, tumores e produzem anticorpos. Quando aumentados, podem indicar uma infecção viral, HIV ou a rejeição de um órgão transplantado, por exemplo LINFOCITOSE - Infec agudas,leucemias linfáticas ,linfossarcoma, convalescença de infecção aguda LINF T imunidade celular rejeição de enxertos • • • Monócitos: são células de defesa responsáveis for fagocitar (comer) micro-organismos invasores, sendo também chamados de macrófagos. Atuam contra vírus e bactérias, sem distinção Eosinófilos: são células de defesa que são ativadas em caso de alergia ou caso o indivíduo tenha algum parasita intestinal Basófilos: são as células de defesa que são ativadas em caso de inflamação crônica ou alergia prolongada. É importante que seja o médico a correlacionar o resultado do leucograma com a história clínica do indivíduo, para chegar ao diagnóstico da doença. ! ! As plaquetas, ou trombócitos, são fragmentos celulares que se formam na medula óssea vermelha, a partir da fragmentação do citoplasma de glóbulos brancos gigantes, denominados megacariócitos. As plaquetas são minúsculas e possuem forma elipsóide e vários grânulos internos. Em forma de disco biconvexa e anucleada. Libera grânulos alpha que contem os fatores de coagulação. São encontradas em cada gota de sangue cerca de 150.000 a 400.000 plaquetas. " ! PLAQUETOMETRIA! ! ! Plaquetas! São elas que protegem o organismo contra uma perda excessiva de sangue. Quando nos ferimos, as plaquetas se fixam nas áreas onde os vasos foram cortados e então liberam a serotonina contida em seus grânulos citoplasmáticos. O que ocorre é que os vasos sanguíneos são retraídos (vasoconstrição), por causa da serotonina, e assim diminui a perda de sangue. Logo em seguida, as plaquetas se juntam e grudam no local lesado, formando uma espécie de tampão que impede a saída do sangue. Ao mesmo tempo, liberam substâncias como ativadores de protrombina, que é uma proteína existente no plasma sanguíneo. Quando a protrombina é ativada ela se transforma em trombina, que reage com o fribrinogênio, outra proteína existente no plasma. Após essa reação o fribrinogênio se transforma em fibrina, que forma uma rede insolúvel sobre o tampão constituído pelas plaquetas dando origem ao coágulo. As plaquetas são fragmentos de células responsáveis pelo início do processo de coagulação. Quando um tecido de qualquer vaso sanguíneo é lesado, o organismo rapidamente encaminha as plaquetas ao local da lesão. As plaquetas se agrupam e formam um trombo, uma espécie de rolha ou tampão, que imediatamente estanca o sangramento. Graças à ação das plaquetas, o organismo tem tempo de reparar os tecido lesados sem que haja muita perda de sangue.! ! O valor normal das plaquetas varia entre 150.000 a 450.000 por microlitro (uL). Porém, até valores próximos de 50.000, o organismo não apresenta dificuldades em iniciar a coagulação.! ! Quando os valores se encontram abaixo das 10.000 plaquetas/uL há risco de morte uma vez que pode haver sangramentos espontâneos.! ! Trombocitopenia é como chamamos a redução da concentração de plaquetas no sangue. Trombocitose é o aumento.! ! A dosagem de plaquetas é importante antes de cirurgias e para avaliar quadro de sangramentos sem causa definida.! ! ! Hemograma! ! No nosso sangue circulam três tipos básicos de células, todas produzidas na medula óssea. São estas células que estudamos através do hemograma:! ! - Hemácias (glóbulos vermelhos)! - Leucócitos (glóbulos brancos)! - Plaquetas! ! Os atuais valores de referência do hemograma foram estabelecidos na década de 1960 após observação de vários indivíduos sem doenças. O que é considerado normal é na verdade os valores que ocorrem em 95% da população sadia. 5% das pessoas sem problemas médicos podem ter valores do hemograma fora da faixa de referência (2,5% um pouco abaixo e outros 2,5% um pouco acima). Portanto, pequenas variações para mais ou para menos, não necessariamente indicam alguma doença. Obviamente, quanto mais afastado um resultado se encontra do valor de referência, maior a chance disto verdadeiramente representar alguma patologia.! ! Não vou me ater muito em valores específico uma vez que os laboratórios atualmente fazem essa contagem automaticamente através de máquinas, e os valores de referência sempre vêm impressos nos resultados. Cada laboratório tem o seu valor de referência próprio, e em geral, são todos muito semelhantes.! A- ERITROGRAMA! ! O eritrograma é a primeira parte do hemograma. É o estudo dos glóbulos vermelhos, ou seja, das hemácias, também chamadas de eritrócitos.! ! Vejam esse exemplo fictício abaixo. Lembre-se que os valores de referência podem variar entre laboratórios.! ! ! ! Os três primeiros dados, contagem de hemácias, hemoglobina e hematócrito, são analisados em conjunto. Quando estão reduzidos, indicam anemia (leia: O QUE É ANEMIA ?), isto é, baixo número de glóbulos vermelhos no sangue. Quando estão elevados indicam policitemia, que é o excesso de hemácias circulantes.! ! O hematócrito é o percentual do sangue que é ocupado pelas hemácias. Um hematócrito de 45% significa que 45% do sangue é compostos por hemácias. Os outros 55% são basicamente água e todas as outras substâncias diluídas. Pode-se notar, portanto, que praticamente metade do sangue é na verdade composto por células vermelhas.! ! Se por um lado, a falta de hemácias prejudica o transporte de oxigênio, por outro, células vermelhas em excesso deixam o sangue muito espesso, atrapalhando seu fluxo e favorecendo a formação de coágulos.! ! A hemoglobina é uma molécula que fica dentro da hemácia. É a responsável pelo transporte de oxigênio. Na prática, a dosagem de hemoglobina acaba sendo a mais precisa na avaliação de uma anemia.! ! O volume globular médio (VGM) ou volume corpuscular médio (VCM), mede o tamanho das hemácias. Um VCM elevado indica hemácias macrocíticas, ou seja, hemácias grandes. VCM reduzidos indicam hemácias microcíticas, ou de tamanhos diminuídos.! ! Esse dado ajuda a diferenciar os vários tipos de anemia. Por exemplo, anemias por carência de ácido fólico cursam com hemácias grandes, enquanto que anemias por falta de ferro se apresentam com hemácias pequenas (leia: ANEMIA FERROPRIVA | Carência de ferro). Existem também as anemias com hemácias de tamanho normal.! ! Alcoolismo é uma causa de VCM aumentado (macrocitose) sem anemia (leia: EFEITOS DO ÁLCOOL E ALCOOLISMO).! ! O CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média) ou CHGM (concentração de hemoglobina globular média) avalia a concentração de hemoglobina dentro da hemácia.! ! O HCM (hemoglobina corpuscular média) ou HGM (hemoglobina globular média) é o peso da hemoglobina dentro das hemácias.! ! Os dois valores indicam basicamente a mesma coisa, a quantidade de hemoglobina nas hemácias. Quando as hemácias têm poucas hemoglobinas, elas são ditas hipocrômicas. Quando têm muitas, são hipercrômicas.! ! Assim como o VCM , o HCM e o CHCM também são usados para diferenciar os vários tipos de anemia.! ! O RDW é um índice que avalia a diferença de tamanho entra as hemácias. Quando este está elevado significa que existem muitas hemácias de tamanhos diferentes circulando. Isso pode indicar hemácias com problemas na sua morfologia. É muito comum RDW elevado, por exemplo, na carência de ferro, onde a falta deste elemento impede a formação da hemoglobina normal, levando à formação de uma hemácia de tamanho reduzido.! ! Excetuando-se o hematócrito e a hemoglobina que são de fácil entendimento, os outros índices do eritrograma são mais complexos e pessoas sem formação médica dificilmente conseguirão interpretá-los de forma correta. É preciso conhecer bem todos os tipos de anemia para que esses dados possam ser úteis.! B- LEUCOGRAMA! ! O leucograma é a parte do hemograma que avalia os leucócitos. Estes são também conhecidos como série branca ou glóbulos brancos. São as células de defesa responsáveis por combater agentes invasores.! ! Os leucócitos são, na verdade, um grupo de diferentes células, com diferentes funções no sistema imune. Alguns leucócitos atacam diretamente o invasor, outros produzem anticorpos, outros apenas fazem a identificação e assim por diante.! ! O valor normal dos leucócitos varia entre 4000 e 11000 células por ml. ! PARAMETROS PRÁTICOS PARA INTERPRETACAO DA ETIOLOGIA POR PROCESSO INFECCIOSO:! BACTERIANO - NEUTROFILIA! VIRAL - LINFOCITOSE! PARASITOSE - EOSINOFILIA! ! PARAMETROS PRÁTICOS PARA A INTERPRETACAO DE PROCESSO INFLAMATÓRIO CRONICO:! MONOCITOSE + LINFOCITOSE! ! ! ! PARAMETROS PRÁTICOS PARA A INTERPRETACAO DE PROCESSO ! ALÉRGICO! EOSINOFILIA + BASOFILIA! ! ! ! ! ! Existem cinco tipos de leucócitos, cada um com suas particularidades, a saber:! ! 1) Neutrófilos! ! O neutrófilo é o tipo de leucócito mais comum. Representam em média de 45% a 75% dos leucócitos circulantes. Os neutrófilos são especializados no combate a bactérias. Quando há uma infecção bacteriana, a medula óssea aumenta a sua produção, fazendo com que sua concentração sanguínea se eleve. Portanto, quando temos um aumento do número de leucócitos totais, causado basicamente pela elevação dos neutrófilos, estamos provavelmente diante de um quadro infeccioso bacteriano.! ! Os neutrófilos tem um tempo de vida de aproximadamente 24-48 horas. Por isso, assim que o processo infeccioso é controlado, a medula reduz a produção de novas células e seu níveis sanguíneos retornam rapidamente aos valores basais.! ! Neutrofilia = é o termo usado quando há um aumento do número de neutrófilos.! Neutropenia = é o termo usado quando há uma redução do número de neutrófilos.! ! 2) Segmentados e bastões! ! Os bastões são os neutrófilos jovens. Quando estamos infectados, a medula óssea aumenta rapidamente a produção de leucócitos e acaba por lançar na corrente sanguínea neutrófilos jovens recém-produzidos. A infecção deve ser controlada rapidamente, por isso, não há tempo para esperar que essas células fiquem maduras antes de lançá-las ao combate. Em uma guerra o exército não manda só os seus soldados mais experientes, ele manda aqueles que estão disponíveis.! ! Normalmente, apenas 4 a 5% dos neutrófilos circulantes são bastões. A presença de um percentual maior de células jovens é uma dica de que possa haver um processo infeccioso em curso.! ! No meio médico, quando o hemograma apresenta muitos bastões chamamos este achado de "desvio à esquerda". Esta denominação deriva do fato dos laboratórios fazerem a listagem dos diferentes tipos de leucócitos colocando seus valores um ao lado do outro. Como os bastões costumam estar à esquerda na lista, quando há um aumento do seu número diz-se que há um desvio para a esquerda no hemograma. Portanto, se você ouvir o termo desvio à esquerda, significa apenas que há um aumento da produção de neutrófilos jovens.! ! Os neutrófilos segmentados são os neutrófilos maduros. Quando o paciente não está doente ou já está em fase final de doença, praticamente todos os neutrófilos são segmentados, ou seja, células maduras.! ! 3) Linfócitos! ! ESTAO RELACIONADOS A PROCESSOS IMUNOLÓGICOS.! A LINFOCITOSE RELACIONA-SE A : INFECÇÕES AGUDAS, LEUCEMIAS LINFÁTICAS, LINFOSSARCOMA, CONVALESCENÇA DE INFECÇÃO, DESNUTRIÇÃO…! A LINFOPENIA RELACIONA_SE A DOENÇAS GRAVES: AIDS, DOENÇAS DE HODGKIN, LINFOSSARCOMA, PROCESSOS INFECCIOSOS GRAVES, DESNUTRICAO SEVERA, CAQUEXIA! Os linfócitos são o segundo tipo mais comum de glóbulos brancos. Representam de 15 a 45% dos leucócitos no sangue.! ! Os linfócitos são as principais linhas de defesa contra infecções por vírus e contra o surgimento de tumores. São eles também os responsáveis pela produção dos anticorpos.! ! Quando temos um processo viral em curso, é comum que o número de linfócitos aumente, às vezes, ultrapassando o número de neutrófilos e tornando-se o tipo de leucócito mais presente na circulação.! ! Os linfócitos são as células que fazem o reconhecimento de organismos estranhos, iniciando o processo de ativação do sistema imune. Os linfócitos são, por exemplo, as células que iniciam o processo de rejeição nos transplantes de órgãos (leia: SAIBA COMO FUNCIONA O TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS). ! ! Os linfócitos também são as células atacadas pelo vírus HIV. Este é um dos motivos da AIDS (SIDA) causar imunossupressão e levar a quadros de infecções oportunistas.! ! Linfocitose = é o termo usado quando há um aumento do número de linfócitos.! Linfopenia = é o termo usado quando há redução do número de linfócitos.! ! Obs: linfócitos atípicos são um grupo de linfócitos com morfologia diferente, que podem ser encontrados no sangue. Geralmente surgem nos quadros de infecções por vírus, como mononucleose, gripe, dengue, catapora, etc. Além das infecções, algumas drogas e doenças auto-imunes, como lúpus, artrite reumatoide e síndrome de Guillain-Barré, também podem estimular o aparecimento de linfócitos atípicos. Linfócitos atípicos não tem nada a ver com câncer.! ! 4) Monócitos! ! Os monócitos normalmente representam de 3 a 10% dos leucócitos circulantes. São ativados tanto em processos virais quanto bacterianos. Quando um tecido está sendo invadido por algum germe o sistema imune encaminha os monócitos para o local infectado. Este se ativa, transformando-se em macrófago, uma célula capaz de "comer" micro-organismos invasores.! ! Os monócitos tipicamente se elevam nos casos de infecções, principalmente naquelas mais crônicas como a tuberculose (leia: SINTOMAS DE TUBERCULOSE).! SAO MACROFAGOS QUE TBM PARTICIPAM DO PROCESSO DE FORMACAO DOS MACROFAGOS.! ! 5) Eosinófilos! ! Os eosinófilos são os leucócitos responsáveis pelo combate de parasitas e pelo mecanismo da alergia. Apenas 1 a 5% dos leucócitos circulantes são eosinófilos.! ! O aumento de eosinófilos ocorre em pessoas alérgicas, asmáticas ou em casos de infecção intestinal por parasitas e processos crônicos.! ! Eosinofilia = é o termo usado quando há aumento do número de eosinófilos! Eosinopenia = é o termo usado quando há redução do número de eosinófilos! ! 6) Basófilos! LEUCÓCITO POLIMORFONUCLEAR CONSTITUIDO POR LISOSSOMOS QUE CONTEM SUBST QUE DESENCADEIAM REACOES ANAFLÁTICAS( HISTAMINA, HEPARINA E LEUCOTRIENOS)! ! Os basófilos são o tipo menos comum de leucócitos no sangue. Representam de 0 a 2% dos glóbulos brancos. Sua elevação normalmente ocorre em processos alérgicos e estados de inflamação crônica.! ! Conclusão! ! Quando os leucócitos estão aumentados damos o nome de leucocitose. Quando estão diminuídos chamamos de leucopenia. A leucocitose pode ser causada por uma linfocitose ou por uma neutrofilia, por exemplo. Já a leucopenia pode surgir devido a uma linfopenia ou neutropenia.! ! Quando notamos aumento ou redução dos valores dos leucócitos é importante ver qual das seis linhagens descritas anteriormente é a responsável por essa alteração. Como neutrófilos e linfócitos são os tipos mais comuns, estes geralmente são os responsáveis pelo aumento ou diminuição da concentração dos leucócitos.! ! Grandes elevações podem ocorrer nas leucemias, que nada mais é que o câncer dos leucócitos. Enquanto processos infecciosos podem elevar os leucócitos até 20.000-30.000 células/ml, na leucemia estes valores ultrapassam facilmente os 50.000 cel/ml (leia: LEUCEMIA | Sintomas e Tratamento).! ! As leucopenias normalmente ocorrem por lesões na medula óssea. Podem ser por quimioterapia, por drogas, por invasão de células cancerígenas ou por invasão por microorganismos.! ! Considerações! Quando temos redução de duas das três linhagens de células do sangue, chamamos de bicitopenia. Quando os três tipos de células estão reduzidos, damos o nome de pancitopenia. Doenças que cursam com inflamação crônica, como o lúpus, por exemplo, podem se apresentar com redução de uma, duas ou das três linhagens (leia: LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO). Na verdade, qualquer agressão à medula óssea, seja por medicamentos, infecções ou doenças, pode causar diminuição da produção das células do sangue.! ! Não é preciso nenhuma preparação, nem estar em jejum, para se colher sangue para o hemograma.! ! O termo hemograma completo é apenas um preciosismo, já que não existe hemograma incompleto. Se o médico quiser apenas saber o valor do hematócrito e da hemoglobina, ele solicita um eritrograma. Se quiser ver apenas o valor dos leucócitos, é só pedir um leucograma. Se o alvo for apenas as plaquetas, solicita-se um plaquetograma. Quando se pede um hemograma, está implícito que o médico quer a avaliação das três linhagens (hemácias, leucócitos e plaquetas).! ! ! ! ! ! LEUCEMIA! ! Muitas vezes os primeiros sinais clínicos ocorrem na cavidade bucal com formação de tec gengiva.! ! Deve-se estabelecer HD de Leucemia nos casos onde a hiperplasia gengiva, e quadro inflamatório associado, não apresentar sinais de remissão com conduta terapêutica periodontal.! ! Alteracoes na série branca! ! Leucocitose , com elevada concentração de células jovens.! ! ANEMIA! MANIFESTA-SE SISTEMICAMENTE POR:! - ANOREXIA! - FADIGA! - DEFICIENCIA REPARACIONAL…! ! ! PODE SER EVIDENCIADA ATRAVÉS DE: além hemoglobina (Hb) e hematócrito (Ht)! - LEUCOPENIA! - TROMBOCITOPENIA(PLAQUETOPENIA)! Pac asa 4 não pode ser operado.! ! ! ! ! Hematopatia relacionada a foco odontogênico! O baço é um órgão que possui função linfóide e está associado com a circulação sanguínea. Atua na produção de células vermelhas do sangue, num processo chamado hematopoiese, e na destruição destas hemácias, quando elas atingem uma vida média de 120 dias. Este processo de destruição é chamado de hemocarotese. O baço possui função de defesa, fagocitando os microorganismos que penetram na corrente sanguínea. O baço é produtor de anticorpos, respondendo prontamente aos antígenos trazidos pelo sangue. Está situado na atrás do estômago, abaixo do diafragma. ! " Anatomia O baço humano possui uma forma oval, pesando cerca de 150 gramas. Possui consistência esponjosa, com uma cápsula de tecido conjuntivo denso, dividindo o parênquima em compartimentos incompletos. Apresenta algumas fibras musculares, e a contração delas provoca a expulsão do sangue acumulado. O baço possui duas polpas, que são constituídas por tecido mole. Polpa branca faz parte do sistema de defesa, composta por nódulos linfáticos. Entre os nódulos há polpa vermelha, que é constituída pelo tecido sanguíneo (glóbulos vermelhos e brancos). " Polpa branca A polpa branca é formada por tecido linfóide e é onde os linfócitos são produzidos e armazenados. Polpa vermelha A polpa vermelha é responsável pela destruição de hemácias idosas defeituosas, armazena células de defesa, liberando-as na circulação quando necessário. Os macrófagos fagocitam os microorganismos da circulação. Os glóbulos vermelhos conferem cor característica. A polpa vermelha pode armazenar até 200 mL de sangue contido nos seios venosos, o que pode compensar a perda de sangue em uma hemorragia. Funções Produção de linfócitos e granulócitos. Durante o período fetal são produzidas hemácias. Destruição de glóbulos vermelhos com vida média de 120 dias Atua no sistema de defesa, pois possui linfócitos T e B Armazena sangue na estrutura esponjosa da polpa vermelha. Remoção no baço Apesar de ser um órgão extremamente importante, o baço pode ser removido sem grandes prejuízos ao organismo, pois outros órgãos podem assumir suas atividades. MONÓCITOS - Sempre às ordens Encontradas aos montes no interior do baço, as células de defesa chamadas monócitos ficam armazenadas o tempo que for necessário, só à espera de um chamado. Originárias da medula óssea ou da polpa branca do próprio baço (sim, o órgão também produz células defensoras), elas são encarregadas tanto do reconhecimento de micro-organismos estranhos quanto da retenção de células mortas ou doentes. ! REPARACAO TECIDUAL ! a energia precede a matéria, assim como pensamentos e emoções precedem a ação ! ! ! ! ! ! ! ! ! ANEMIA Entrevista do paciente - relato do caso ! Anemia falciforme (do latim falci-, foice e -forme, formato de) ou drepanocitose é uma doença hereditária caracterizada pela mal formação das hemácias, que assume forma semelhante a foices, causando deficiência no transporte de oxigênio e gás carbônico nos indivíduos acometidos pela doença. É mais comum na África, na Europa mediterrânea, no Oriente Médio e na Índia.! A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, predominante em negros, mas que pode manifestar-se também nos brancos. Ela se caracteriza por uma alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice (daí o nome falciforme) e endurecem, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos. As hemácias falciformes contêm um tipo de hemoglobina, a hemoglobina S, que se cristaliza na falta de oxigênio, formando trombos que bloqueiam o fluxo de sangue, porque não têm a maleabilidade da hemácia normal. Causas A anemia falciforme é causada por mutação genética, responsável pela deformidade dos glóbulos vermelhos. Para ser portador da doença, é preciso que o gene alterado seja transmitido pelo pai e pela mãe. Se for transmitido apenas por um dos pais, o filho terá o traço falciforme, que poderá passar para seus descendentes, mas não a doença manifesta. Sintomas São sintomas da anemia falciforme: * Dor forte provocada pelo bloqueio do fluxo sangüíneo e pela falta de oxigenação nos tecidos; * Dores articulares; * Fadiga intensa; * Palidez e icterícia; * Atraso no crescimento; * Feridas nas pernas; * Tendência a infecções; * Cálculos biliares; * Problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais; * Priapismo. Diagnóstico A eletroforese de hemoglobina é o exame laboratorial específico para o diagnóstico da anemia falciforme, mas a presença da hemoglobina S pode ser detectada pelo teste do pezinho quando a criança nasce. Tratamento Não há tratamento específico para a anemia falciforme, uma doença para a qual ainda não se conhece a cura. Os portadores precisam de acompanhamento médico constante (quanto mais cedo começar, melhor o prognóstico) para manter a oxigenação adequada nos tecidos e a hidratação, prevenir infecções e controlar as crises de dor. ! O que é Talassemia? Sinônimos: Anemia mediterrânea; Anemia de Cooley; Talassemia beta; Talassemia alpha A talassemia é uma doença sanguínea herdada entre os membros de uma família (hereditária) na qual o organismo produz uma forma anormal de hemoglobina, a proteína encontrada nos glóbulos vermelhos que carrega o oxigênio. Essa doença resulta em destruição excessiva dos glóbulos vermelhos, causando anemia. ! Causas A hemoglobina é formada por duas proteínas: Globina alfa e globina beta. A talassemia ocorre quando há um defeito em um gene que ajuda a controlar a produção de uma dessas proteínas. Existem dois tipos principais de talassemia: • A talassemia alfa ocorre quando um gene ou genes relacionados à proteína globina alfa está asente ou sofreu uma alteração (mutação). • A talassemia beta ocorre quando defeitos genéticos similares afetam a produção da proteína globlina beta. As talassemias alfa ocorrem mais comumente em pessoas originárias do sudoeste asiático, do Oriente Médio e da China e afrodescendentes. As talassemias beta ocorrem em indivíduos originários da região do mediterrâneo e, em menor extensão, chineses, demais asiáticos e afrodescendentes. Existem muitas formas de talassemia. Cada tipo possui muitos subtipos diferentes. Tanto a talassemia alfa quanto a talassemia beta incluem as duas formas abaixo: • Talassemia maior • Talassemia menor É necessário herdar o gene defeituoso de ambos os pais para desenvolver a talassemia maior. A talassemia menor ocorre se o indivíduo receber o gene defeituoso somente ! ! de um dos pais. Indivíduos com essa forma da doença são portadores do distúrbio, mas geralmente não apresentam sintomas. A talassemia beta maior também é denominada anemia de Cooley. Os fatores de risco para a talassemia incluem: • • Etnia asiática, chinesa, mediterrânea ou afrodescendente Histórico familiar da doença Exames Um exame físico pode revelar inchaço (aumento) do baço. Uma amostra de sangue é coletada e enviada a um laboratório para ser examinada. • Os glóbulos vermelhos parecerão pequenos e com formato anormal quando observados por meio de um microscópio. • Um hemograma completo revela anemia. • Um exame denominado eletroforese de hemoglobina identifica a presença de uma forma anormal de hemoglobina. Um exame denominado análise mutacional pode ajudar a detectar uma talassemia alfa que não pode ser observada por meio da eletroforese de hemoglobina. Tratamento e prevenções O tratamento da talassemia major precisa ser feito ao longo de toda a vida do indivíduo, com transfusões sangüíneas periódicas, em média a cada três ou quatro semanas, para atenuar a anemia crônica, prevenir o déficit do desenvolvimento ósseo e a interferência no funcionamento do coração e assegurar que os tecidos e órgãos recebam a quantidade de oxigênio suficiente. No entanto, como as freqüentes transfusões levam a pessoa a acumular ferro no organismo, a terapêutica também inclui o uso de medicamentos para extrair esse excesso do corpo, potencialmente capaz de provocar danos irreversíveis para órgãos vitais. Outro problema do recebimento constante de sangue é o risco de adquirir doenças infecciosas. Uma forma alternativa de tratamento da talassemia major é um transplante de medula óssea, que igualmente requer uma série de cuidados para ser bem-sucedido. Vale lembrar que a talassemia minor não requer tratamento, a não ser durante a gravidez ou em caso de associação com outra doença do sangue. Infelizmente, não existem medidas preventivas contra as mutações que interferem na produção de hemoglobina. Dessa maneira, o diagnóstico precoce continua sendo um grande instrumento para aumentar a proteção ao portador dessa hemoglobinopatia e prolongar sua expectativa de vida, com ou sem transplante. Para os casais com história de moléstias do sangue na família, uma estratégia interessante de prevenção pode ser o aconselhamento com um geneticista, de modo que possam conhecer exatamente a probabilidade de ter filhos com essa ou outras anemias hereditárias e, assim, fazer um planejamento familiar mais consciente. ! Apoio à Equipe de Saúde ! Especialistas que, ao longo da vida, deverão acompanhar a pessoa com talassemia ! Não é novidade que alguns médicos defendem a assistência completa à saúde dos pacientes. Afinal, uma doença nunca afeta apenas um grupo de células, um órgão ou uma região do corpo. As reações fisiológicas geradas pelos sintomas ou pelos efeitos colaterais do próprio tratamento podem causar outros problemas de saúde – e requerer conhecimento de médicos de várias especialidades –, isso sem mencionar os impactos emocionais e mesmo comportamentais e sociais que usualmente se seguem à maioria dos diagnósticos. ! Portanto, quando se trata de uma doença crônica, e que requer cuidados pelo resto da vida, tal como é o caso por exemplo da Talassemia Major, a importância do suporte por uma equipe multiprofissional é ainda mais evidente. Veja abaixo os especialistas que, através da vida, em parceria com o hematologista de confiança, devem monitorar a pessoa com talassemia que faz transfusões periódicas e se submete à terapia quelante: ! ! ! ! • Optometrista e otorrinolaringologista: O uso dos agentes quelantes para eliminar o excesso de ferro do organismo pode afetar a capacidade visual e auditiva. • Cardiologista: O coração é um dos alvos principais do ferro, e usualmente sofre sobrecarga. A despeito da existência de um agente quelante de eficiência certificada contra o acúmulo do mineral no coração, as cardiopatias – insuficiência cardíaca – e hipertensão pulmonar, causada por tromboses, continuam como primeira causa de morte entre os portadores de Talassemia. • Infectologista: Para descartar a possibilidade de infecções hematológicas, infecções transmitidas pelo sangue, por agentes e vírus que causam doenças transmitidas através do sangue, tais como Hepatites B e C, HIV, Doença de Chagas. • Endocrinologista: A sobrecarga de Ferro pode afetar direta ou indiretamente a produção de alguns hormônios, causando desequilíbrios no organismo, e favorecendo o desenvolvimento de algumas doenças, tais como o Hipotireoidismo (um distúrbio na Tireóide), e o Diabetes Mellitus (tipo 2). • Ginecologista e Urologista: Uma vez que a Talassemia pode retardar a puberdade e o desenvolvimento sexual. • Ortopedista: Em casos de retardo de crescimento, e também para controlar os riscos de fragilidade óssea, e a tendência a osteoporose. • Psicólogo: Para auxiliar a pessoa com talassemia a lidar com o tratamento invasivo, os efeitos colaterais, possíveis preconceitos, e o fato de que sua doença é crônica e necessita de cuidado pelo resto da vida. • Assistente Social e mesmo advogado: Para garantir seus direitos assegurados pela lei, e cuja não observância possam vir a prejudicar o tratamento e evolução. • Enfermeiros: Para assegurar que o processo de transfusão de sangue seja feito com eficácia e segurança adequadas à pessoa com talassemia. • Odontologia:Como qualquer pessoa, o portador de talassemia deve receber intenso tratamento dentário. Seu acompanhamento dentário deve começar em idades tenras, preferencialmente no primeiro ano da infância. Com isso, será poupado de apresentar cáries, e verá o dentista como seu amigo, e como a pessoa que cuida da saúde de seus dentes. A pessoa com talassemia tem características de aparelho oral e respiratório (bucal), com atrevia de mandíbula, expansão maxilar e hipotonia de musculatura dos lábios. A partir dos quatro anos de idade, há indicação de aparelhos ortodônticos (funcionais) da mandíbula, para a correção das anormalidades de orofaringe (anomalias estomatognáticas), em busca do balanço das funções: respiração, deglutição, sucção, mastigação e fono-articulação. Este tratamento é multidisciplinar e envolve não apenas o dentista especializado em ortopedia móvel das mandíbulas, mas também pediatras o d o n t ó l o g o s , otorrinolaringologistas, terapeutas da fala, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais. Com todos estes profissionais ao lado da pessoa com talassemia, é possível um ! crescimento harmonioso de face, dentes fortes e saudáveis, e uma melhor qualidade de vida. ! • Dependendo do centro de tratamento pelo qual a pessoa com talassemia é servida, haverá ao seu dispor profissionais de todas as áreas. De outra forma, associações tais como a ABRASTA podem auxiliar a encontrar a melhor qualidade de atenção. ! ! ! ! ! ! ! ! LINFOMA Linfoma é um termo genérico utilizado para designar um grupo de diversas doenças neoplásicas do sistema linfático que se originam da proliferação clonal de linfócitos B ou T em qualquer um de seus estágios de maturação.! Os linfomas são classificados em dois grandes grupos: os linfomas Hodgkin e os linfomas não-Hodgkin.1! infomas são neoplasias (crescimento das células) malignas que se originam nos linfonodos (gânglios), muito importantes no combate às infecções. ! ! Ilustração do sistema linfático humano Existem trinta ou mais subtipos de linfomas específicos, mas para simplificar a classificação muitos oncologistas agrupam os vários subtipos de acordo com a velocidade média de crescimento e progressão do linfoma: muito lentamente (baixo grau) ou muito rapidamente (alto grau ou agressivo). Graças ao conhecimento da maneira pela qual os tipos específicos de linfoma progridem, pode-se determinar a possibilidade de progressão lenta ou rápida e os tipos de terapia necessários a esses subtipos. A classificação dos tipos específicos de linfoma leva em consideração o padrão da biópsia do linfonodo feita ao microscópio e o tipo celular predominante dos linfócitos (T ou B). O número de casos praticamente duplicou nos últimos 25 anos, particularmente entre pessoas acima de 60 anos por razões ainda não esclarecidas. Sintomas A Doença de Hodgkin pode surgir em qualquer parte do corpo, e os sintomas da doença dependem da sua localização. Caso desenvolva-se em linfonodos que estão próximos à pele, no pescoço, axilas e virilhas, os sintomas provavelmente incluirão a apresentação de linfonodos aumentados e indolores nestes locais. Se a doença ocorre na região do tórax, os sintomas podem ser de tosse, "falta de ar" (dispnéia) e dor torácica. E quando se apresenta na pelve e no abdome, os sintomas podem ser de plenitude e distensão abdominal. ! Outros sintomas da Doença de Hodgkin incluem febre, fadiga, sudorese noturna, perda de peso, e prurido ("coceira na pele"). ! ! Diagnóstico Utilizam-se vários tipos de exames para diagnosticar Doença de Hodgkin. Estes procedimentos permitem determinar seu tipo específico, e esclarecer outras informações úteis para decidir sobre a forma mais adequada de tratamento. ! A biópsia é considerada obrigatória para o diagnóstico de Doença de Hodgkin. Durante o procedimento, remove-se uma pequena amostra de tecido para análise, em geral um gânglio linfático aumentado. Há vários tipos de biópsia: ! • Biópsia excisional ou incisional - o médico, através de uma incisão na pele, remove um gânglio inteiro (excisional), ou uma pequena parte (incisional); ! • Biópsia de medula óssea - retira-se um pequeno fragmento da medula óssea através de agulha. Esse procedimento não fornece diagnóstico da Doença de Hodgkin, mas é fundamental para determinar a extensão da disseminação da doença; ! Também são necessários exames de imagem para determinar a localização das tumorações no corpo. Radiografias são empregadas para detectar tumores no tórax; usando-se Tomografia Computadorizada, são obtidas imagens detalhadas do corpo sob diversos ângulos. Já a Ressonância Magnética utiliza ondas magnéticas e de rádio para produzir imagens de partes moles e órgãos; e na Cintigrafia com Gálio, uma substância radioativa, ao ser injetada no corpo do paciente é atraída para locais acometidos pela doença. ! Além disso, são utilizados outros tipos de exames que ajudam a determinar características específicas das células tumorais nos tecidos biopsiados. Estes testes incluem: ! • Estudos de citogenética para determinar alterações cromossômicas nas células; ! • Imunohistoquímica, na qual anticorpos são usados para distinguir entre vários tipos de células cancerosas; ! • Estudos de genética molecular, que são testes de DNA e RNA altamente sensíveis para determinar traços genéticos específicos das células cancerosas. ! ! Classificação e Estadiamento Ao diagnosticar a Doença de Hodgkin, ela é classificada (determina-se o tipo) e seu estágio é avaliado (é realizada uma pesquisa para saber se a doença se disseminou a partir do seu local de origem e em que intensidade). Esta informação é fundamental para estimar o prognóstico do paciente e selecionar o melhor tratamento. ! Classificação Atualmente, para classificação da Doença de Hodgkin é mais utilizado o sistema de desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde em conjunto com um painel de especialistas norte americanos e europeus, denominado REAL ( Revised European American Lymphoma Classification ). Sob este sistema estas doenças são divididas de acordo com um número de características que, junto a outras informações, permitem ao médico estimar o prognóstico do paciente. ! Estadiamento Após reunir todas as informações disponíveis nos testes diagnósticos, procede-se o estadiamento da doença, ou seja, determinar o quanto se disseminou. Existem quatro estágios, correspondendo o estágio I à doença mais limitada, e o estágio IV, à mais avançada. Também é agregada uma subdivisão destes estágios aos pacientes com certos sintomas relacionados à doença, chamados sintomas B, tais como febre, sudorese noturna, perda de peso significativa. Exemplo: se um paciente tem doença avançada (estágios III ou IV), e tem sintomas B, determinase o estadiamento como IIIB ou IVB) ! ! Tratamento O tratamento clássico da Doença de Hodgkin, em geral, consiste de poliquimioterapia, com ou sem radioterapia. Dependendo do estágio da doença no momento do diagnóstico, pode-se estimar o prognóstico do paciente com o tratamento. O esquema de quimioterapia utilizado de rotina no INCA é denominado ABVD. ! Para os pacientes que sofrem recaídas (retorno) da doença, são disponíveis alternativas, dependendo da forma do tratamento inicial empregado. As formas empregadas usualmente, e com indicações relativamente precisas, são o emprego de poliquimioterapia e do transplante de medula. ! ! Após o tratamento A radioterapia e os esquemas de quimioterapia empregados regularmente trazem riscos para os pacientes após o tratamento. Entre os mais importantes estão o desenvolvimento de outros tipos de câncer (mama, pulmão, tireóide, linfomas e leucemias) e possível infertilidade. No entanto, estes riscos não são suficientemente grandes a ponto de se questionar o uso dessas formas de tratamento, visto que a Doença de Hodgkin é curável se tratada adequadamente. Os pacientes devem ser seguidos continuamente após o tratamento, com consultas periódicas cujos intervalos podem ir aumentando progressivamente. ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !