CADERNO DE RESUMOS DO III CONGRESSO INTERNACIONAL DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS HOMENAGEM A LUCIA LOBATO Universidade de Brası́lia, 17 a 21 de agosto de 2015 APOIO SUMÁRIO" ! SESSÕES$DE$COMUNICAÇÃO.....................................................................................................4# Rita! Manzini! (University! of! Firenze)! Definite/animate! (DOM)! objects! and! the! morphological! dative!........................................................................................................................................................................................!5" Teresa!Cristina!Wachowicz!(UFPR)!Aquisição!de!massivos!e!contáveis!em!posição!de!objeto!no! português!brasileiro!...........................................................................................................................................................!6" Carlos!Muñoz!Pérez!(Universidad!de!Buenos!Aires)!There!is!no!need!for!Late!Merger!......................!6" Patrícia!Rodrigues!(UFPR)!NonYfinite!complements!of!perception!verbs!and!Aspect!.........................!7" Juana! M.! Liceras! (University! of! Ottawa,! Canada);! Raquel! FernándezYFuertes! (Universidad! de! Valladolid,! Spain)! e! Rachel! Klassen! (University! of! Ottawa,! Canada)! Formal! accounts! of! subjetY verb!switches!and!the!representation!of!language!in!the!mind!of!the!bilingual!.....................................!.8" Sonia! Kaminszczik! (Universidad! de! Buenos! Aires,! CONICET)! e! Romina! Trebisacce!(Universidad! de!Buenos!Aires,!CONICET)!Reflexive!and!pseudoYreflexive!constructions!in!Spanish!....................!11" Aroldo! L.! de! Andrade! (Unicamp)A! unified! analysis! for! marked! topic! constructions! and! their! restrictions!...........................................................................................................................................................................12" Guilherme!Lourenço!(UFMG)!Sentential!negation!in!Brazilian!Sign!Language.......................................13" Bruna!Pereira!(UFVJM)!PostYnominal!possessives!and!sentential!agreement!......................................14" Lívia!de!Mello!Reis!(UFSC)!e!Sandra!Quarezemin!(UFSC)!Clivadas!e!Pseudoclivadas!Extrapostas! no!Português!Brasileiro!.................................................................................................................................................!16" Cristina! de! Souza! Prim! (UNICAMP)! A! especificidade! do! DP! e! o! movimento! dos! adjetivos! qualificativos!......................................................................................................................................................................!16" Danniel!da!Silva!Carvalho!(UFBA)!Failed!agreement!as!feature!relativization!....................................!.17" Paula! Roberta! Gabbai! Armelin! (Universidade! de! São! Paulo)! O! duplo! estatuto! da! consoante! /z/! nas!formações!diminutivas!e!aumentativas!do!português!brasileiro!........................................................!18" Julio! William! Curvelo! Barbosa! (USP)! Parametric! hierarchies! and! surface! Morphosyntax:! connecting!serial!verbs,!datives!and!applicatives!..............................................................................................!19" Ezekiel!J.!Panitz!(UCL)!Null!Objects!in!Brazilian!Portuguese,!Revisited!...................................................!21" Vitor!Augusto!Nóbrega!(USP)!The!essential!lexicalYgrammatical!alternation!in!syntax!...................!23" Simone! Guesser! !(UFRR)! e! Marcelo! Giovannetti! Ferreira! Luz! (UFRR)Considerações! de! interface! sintaxeYsemântica!sobre!a!omissão!da!cópula!em!sentenças!copulares!do!PB!.....................................!24" Fernando!Martín!Carranza!(Universidad!de!Buenos!Aires,!FONCyT)!e!Sonia!Tamara!Kaminszczik! (Universidad!de!Buenos!Aires,!CONICET)!On!patientYbeneficiary!accusative!constructions!.........!25" Philip! Miller! (Universidade! de! São! Paulo! e! Université! Paris! Diderot),! Pascal! Amsili! (Université! Paris! Diderot),! Gabriel! Flambard! (Université! Paris! Diderot)! e! Barbara! Hemforth! (Univrersité! Paris!Diderot)!Missing!antecedents!found!............................................................................................................!26" Ana!Muller!(USP)!&!Marta!Donazzan!(Universität!Köln)!Numerais!distributivos!...............................!26! Marcello! Modesto! (USP)! Inflected! infinitives! and! the! theory! of! control:! a! unified! account! of! BP! null! subjects........................................................................................................................................................................28! Maria! José! Foltran! (UFPR/CNPq),! Vitor! Augusto! Nóbrega! (USP),! Livia! Oushiro! (USP)! Multiple! determiners! in! Brazilian! Portuguese! indefinite! noun! phrases:! intensification! reading! and! agreement! marker! distribution..................................................................................................................................29!! Timothy! Gupton,! University! of! Georgia! (USA)! Challenges! for! encoding! focus! in! the! syntax:! experimental!evidence!from!Spanish!.......................................................................................................................30! ! $ $ ! ! 1! ! SESSÃO$DE$PÔSTER$$ Edite!Consuêlo!da!Silva!Santos!(UFPE)!e!Helena!da!Silva!Guerra!Vicente!(UnB)O!papel!do!input!no! aprendizado!do!uso!do!sujeito!nulo!na!escrita!por!alunos!da!educação!básica!............................!........33" Bruno! Pilastre! de! Souza! Silva! Dias! (Universidade! de! Brasília)! A! ambiguidade! dos! predicados! psicológicos!da!classe!de!assustar:!o!caso!das!passivas!verbais!e!adjetivais!..........................................!33" Lilian! Coelho! PIRES! (UFRR)! Aquisição! da! escritaYpadrão! do! português! brasileiro! em! esfera! escolar!...................................................................................................................................................................................!34" Joyce! Maria! SandesYdaYSilva! (UESB)! e! Adriana! S.! C.! LessaYdeYOliveira! (UESB)A! estrutura! argumental!no!processo!de!aquisição!do!português!escrito!por!surdos!..................................................!36" Aline!Jéssica!Pires!(UNICAMP)!!Differential!Object!Marking!no!português:!uma!análise!diacrônica !................................................................................................................................................................................................!36" Alane! Luma! Santana! Siqueira! (UFPE)Uma! discussão! acerca! da! concordância! de! gênero! em! construções!predicativas!adjetivais!no!português!do!brasil!.........................................................................!37" Thayse! Letícia! Ferreira! (UFSCar)Uma! proposta! semântica! para! a! análise! da! causativização! dos! verbos!de!movimento!em!PB!.......................................................................................................................................!38" Lizandra! Caires! do! Prado! (UnB)! e! Adriana! S.! C.! Lessa! de! Oliveira! (UESB)! A! categoria! dos! determinantes!na!Língua!Brasileira!de!Sinais!.....................................................................................................!39" Lara!Frutos!(USP)!Mecanismos!de!intensificação!adverbial!no!Guarani!Paraguaio!...........................!40" Layane! Rodrigues! de! Lima! Santos! (UFG/UnB)! Aspectos! da! interlíngua! de! surdos! usuários! da! Língua! Brasileira! de! Sinais! na! aquisição! do! Português! como! Segunda! Língua:! o! contexto! universitário.........................................................................................................................................................................41! Fernanda!Rosa!da!Silva!(USP)!Tópico!contrastivo!em!sentenças!com!deslocamento!no!português! brasileiro!..............................................................................................................................................................................!41" Harley!Toniette!(UNICAMP)!Da!estrutura!de!sintagmas!preposicionados!adverbiais!no!português! brasileiro!–!questões!para!uma!teoria!da!gramática.!........................................................................................!42" Anderson!Almeida!da!Silva!(UNICAMP)!Classificadores!em!LIBRAS:!morfemas!ou!núcleos?!........!43" Karin! Camolese! Vivanco! (Universidade! de! São! Paulo)! Ordem! de! constituintes! e! prosódia! em! karitiana:!o!caso!das!orações!relativas!de!objeto!...............................................................................................!44" Zenaide!Dias!Teixeira!(UEG)!e!Heloísa!M.!M.!L.!de!A.!Salles!(UnB)!O!licenciamento!de!locativos!na! posição!de!sujeito!no!PB!................................................................................................................................................!45" Hely! Cesar! Ferreira! (UnB)! A! expressão! sintática! da! estrutura! argumental! na! interlíngua! dos! surdos!aprendizes!português!de!L2..........................................................................................................................46! Letícia! da! Cunha! Silva! (UnB)! e! Rozana! Reigota! Naves! (UnB)! ! Verbos! de! Trajetória:! Teoria! gramatical!e!ensino!de!gramática!na!Educação!Básica......................................................................................46! Denise!Miotto!Mazocco!(UFPR)!“Presente!histórico”!e!classes!accionais................................................47!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Wagner! Luiz! Ribeiro! dos! Santos! ! Orações! Relativas! de! Grau! em! PB:! Implicações! sintáticoY semânticas.............................................................................................................................................................................48" Lara! Ribeiro! da! Silva! (UNICAMP)! As! diferenças! entre! o! que! se! fala! e! o! que! se! escreve! no! português!do!Brasil:!a!aquisição!de!clíticos!de!terceira!pessoa!como!L1!e!L2!......................................!48" Manoel! Bomfim! Pereira! (UnB)! O! estatuto! sintático! dos! pronomes! reduzidos! no! português! dialectal!de!Minas!Gerais!e!Goiás!...............................................................................................................................!49" Moacir!N.!F.!Junior!(UnB)!"Você!abre!o!livro"!Y!aspectos!sintáticos!de!sentenças!imperativas!no! PB:!licenciamento!de!sujeitos!(SYV)!vs!sentenças!declarativas!.....................................................................!50" Daniel!Machado!(UnB)!Prepositions!as!complementizers!in!brazilian!portuguese:!modal!markers! and!obviators!.....................................................................................................................................................................!51" Ticiana! Andrade! de! Sena! (UNICAMP)Reflexões! sobre! estrutura! argumental! com! base! em! exemplos!do!Kadiwéu!....................................................................................................................................................!52" Fábio! Bonfim! Duarte! (UFMG)! e! Christiane! Miranda! Buthers! (UFMG)! Português! Brasileiro:! uma! língua!de!sujeito!nulo!ou!de!sujeito!obrigatório?!...............................................................................................!53" Talita!G.!Mensades!Silva!(UnB)!e!Eloisa!Nascimento!Silva!Pilati!(UnB)!O!gerativismo!e!a!sala!de! aula:!contribuições!para!ensino!de!línguas!...........................................................................................................!54" 2! ! Alzira!Neves!Sandoval!(Universidade!de!Brasília)!e!Eloisa!Nascimento!Silva!Pilati!(Universidade! de!Brasília)!Variação!na!concordância!verbal!com!DPs!complexos!............................................................54! Stefania!Caetano!Martins!de!Rezende!Zandomênico!(UnB)!e!Eloisa!Nascimento!Silva!Pilati!(UnB)! Estratégias! de! preenchimento! do! sujeito! e! manifestação! da! concordância! verbal! em! produções! escritas!de!alunos!de!EJA:!uma!análise!preliminar!comparativa!.................................................................!55! Juliana! Carolina! Argenta! Carlos! Lopes! da! Silva! (UnB)! e! Eloisa! Nascimento! Silva! Pilati! (UnB)! Estudo!de!caso!sore!o!desenvolvimento!da!consciência!sintática!em!sala!de!aula!..............................!56" Alex! de! Britto! Rodrigues! (UFPR)! Decomposição! lexical! em! primitivos! semânticos! e! a! problematização!da!analiticidade!............................................................................................................................!.57" Wallace!Soares!Barboza!(UnB)!Interface!sintaxe!–!fonologia:!um!estudo!acerca!da!percepção!oral! de!aprendizes!de!inglês!como!língua!estrangeira!.............................................................................................!.57" Paula! Guedes! Baron! (UnB)! e! Rozana! Reigota! Naves! (UnB)! Uma! investigação! sobre! a! natureza! locativa!do!Experienciador!em!predicados!psicológicos!no!português!brasileiro................................58" Rafael!Martins!Rocha!(UnB)!e!Helena!da!Silva!Guerra!Vicente!(UnB)!A!semântica!intensificacional! dos!“diminutivos”!e!suas!implicações!morfológicas!.........................................................................................!59" Jane!Adriana!Ramos!Ottoni!de!Castro!(Universidade!de!Brasília)!ECM!vs!default!accusative!Case! in!Latin!..................................................................................................................................................................................!60!!! Bruna!Moreira!(UnB)!Dispositional!adjectives:!different!sizes!....................................................................!60! Carla!Pereira! Minello! (Unicamp)! Algumas! considerações! acerca! da! aquisição! da! voz! passiva! no! português! brasileiro.........................................................................................................................................................61! Maria!José!de!Oliveira! (UFMG)! Fatores! condicionantes! da! alternância! causativoYincoativa! no! Português!brasileiro!(PB):!uma!abordagem!à!luz!da!Morfologia!Distribuída!(MD)...........................62" Camila! Parca! Guaritá! (UnB)! e! Eloisa! Nascimento! Silva! Pilati! (UnB)! Orações! gerundivas! com! sujeito! oracional! no! Português! do! Brasil.......................................................................................................63! Elisabete! Ferreira! (UnB)! e! Helena! da! Silva! Guerra! Vicente! (UnB)! Contribuições! da! Linguística! Gerativa! ao! “ensino”! de! concordância! na! Educação! Básica:! intuição! linguística,! eliciação! e! “aprendizagem”!de!língua!materna...........................................................................................................................!63" ! ! ! " ! " 3! ! " " SESSÕES"DE"COMUNICAÇÃO"" " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " 4! ! Sessão"de"Comunicação"1"" " ! Definite/animate"(DOM)"objects"and"the"morphological"dative" Rita"Manzini"(University"of"Firenze)" " ! Under!Differential!Object!Marking!(DOM),!animate/definite!objects!appear!in!the!dative/oblique! in!IndoYEuropean!(IE)!languages,!for!instance!in!Southern!Italian!(1)!where!they!are!introduced! by!a,!like!a!goal.!The!IEYwide!distribution!of!the!phenomenon!does!not!seem!compatible!with!the! conclusion!that!the!coincidence!of!goal!and!DOM!dative!is!a!mere!matter!of!homophony.!! ! ! ! "! In!order!to!capture!the!generalization!we!are!interested!in!(goal=DOM=dative)!we!need!a! framework!theory!of!case.!Since!this!work!is!concerned!with!oblique,!a!fairly!obvious!intuition,! originally!formalized!by!Fillmore!(1968),!is!that!oblique!cases!are!the!inflectional!equivalent!of! prepositions.! We! assume! that! a! preposition! is! a! predicate! introducing! a! relation! between! the! argument!it!selects!and!another!argument;!the!same!will!then!be!true!of!soYcalled!oblique!case.! ! We! take! ‘inclusion’! (partYwhole)! to! be! the! primitive! content! of! the! ‘to’! preposition;! we! take! dative! case! to! have! the! same! content.! We! notate! inclusion! with! (⊆),! though! the! inclusion! relation! is! to! be! construed! not! mathematically! but! as! a! looser! zonal! inclusion! one! (Belvin! and! den!Dikken!1997).!In!English!(2),!P(⊆)!takes!as!its!internal!argument!its!sister!DP!me,and!as!its! external!argument!the!sister!to!its!projection,!i.e.!the!DP!it.!Correspondingly,!the!second!internal! argument! of! ‘give’,! i.e.! the! traditional! dative,! denotes! a! superset! including! the! first! internal! argument,!i.e.!the!accusative,!cf.!(2c).!! (2)! a.! They!give!it!to!me!! ! ! ! ! ! ! !! b.! give![PredP!it![[P( )!to]!me]]! c.! [they!give![it![PART!OF/IN!POSSESSION!OF!me]]]! "" Going! back! to! (1),! given! the! assumption! that! the! deictic/definite! object! DPs! are! morphologically! dative,! the! question! is! what! this! means! semantically.! We! propose! that! in! this! instance! the! two! arguments! of! P(⊆)! are! the! object! DP,! e.g.! ‘that! woman’! and! –! we! assume! –! an! eventive! constituent.! Intuitively,! transitive! predicates! can! be! paraphrased! as! consisting! of! an! elementary! predicate! associated! with! an! eventive! name.! Hale! and! Keyser! (1993),! Chomsky! (1995)! formalize! this! intuition! by! assuming! that! they! result! from! the! incorporation! of! an! elementary!state/!event!into!a!transitivizing!predicate!v.!!Within!such!a!conceptual!framework!it! becomes!clearer!what!we!mean!when!we!say!that!P(⊆)!takes!as!its!arguments!the!(elementary)! state/event!and!the!object!DP.!Informally,!(1)!can!be!rendered!as!‘I!gave!that!woman!a!call’.!Thus! in!(3),!dative!‘to’!establishes!a!relation!between!the!animate/specific!argument!‘that!woman’!and! the!VP!event!‘call’.! (3)! a.! They!call!‘to’!that!woman! ! ! ! ! ! !!!!!!!!!cf.!(1)! b.! [v!CAUSE![VP!call![[P( )!to]!that!woman]]! c.! [they!CAUSE![call!PART!OF/IN!POSSESSION!that!woman]]!! ! In!short,!while!a!goal!dative!is!a!P(⊆)!constituent!required!by!the!event!(the!predicate)!–! the!DOM!dative!is!a!P(⊆)!constituent!required!by!the!referential!properties!of!the!internal! argument.!Languages!with!DOM!datives!are!those!where!an!argument!with!certain!referential! properties!can!never!be!inserted!VPYinternally!except!under!P(⊆).!!" ⊆ ⊆ " ! 5! ! Aquisição"de"massivos"e"contáveis"em"posição"de"objeto"no"português" brasileiro" Teresa"Cristina"Wachowicz"(UFPR)" " Este! trabalho! tem! como! objetivo! investigar! as! produções! de! termos! massivos! e! contáveis! em! posição!de!objeto!direto!em!dados!de!experimentos!com!crianças!nativas!do!português!brasileiro! (PB),!tais!como!em:!(Experimentador)!“O!que!ele!deu!pra!ela?”;!(Criança)!“(o/um)!carrinho”!ou! “(a/uma)! massinha”.! As! questões! iniciais! que! motivaram! o! experimento! podem! ser! assim! sintetizadas:! 1)! As! crianças! são! sensíveis! à! interpretação! massivo/contável! em! posição! de! objeto?! 2)! Termos! massivos! e! contáveis! motivam! respostas! com! ou! sem! determinantes?! 3)! Há! diferentes!contextos!composicionais!da!sentença!que!motivam!construções!diferentes?!Do!ponto! de!vista!da!discussão!teórica,!Pires!&!Rothstein!(2011)!defendem!que!os!singulares!nus!no!PB!são! semanticamente! massivos! e! diferem! dos! plurais! nus.! DobrovieYsorin! et.! al.! (2012),! por! outro! lado,!mostram!que!algumas!línguas!românicas,!tais!como!o!espanhol!e!o!romeno,!aceitam!nomes! nus! em! posição! de! objeto.! No! que! se! refere! à! aquisição,! especialmente! do! inglês,! é! comum! a! hipótese! de! que! os! contextos! gramaticais! quantificadores! definem! a! semântica! massivo! VS.! contável!(NICOLAS,!1996).!Nesse!quadro!teórico,!a!presente!pesquisa,!filiada!ao!Laboratório!de! Aquisição! da! Universidade! Federal! do! Paraná,! desenvolveu! experimentos! de! produção! iliciada! (CRAIN!&!THORTON,!!1998)!em!45!crianças!falantes!nativas!do!PB,!entre!3!e!5!anos!de!idade,!em! que!três!variáveis!foram!controladas:!(i)!a!semântica!do!argumento!interno!(o!indivíduo!massivo! “massinha”!e!o!contável!“carrinho”);!(ii)!a!accionalidade!verbal!(o!verbo!pontual!“dar”!e!o!verbo! durativo! “pintar”;! (iii)! contextos! de! perspectiva! aspectual! (o! evento! episódico,! com! a! flexão! perfectiva!“deu/pintou”!e!o!evento!habitual,!com!a!flexão!do!presente!“dá!sempre/pinta!sempre”.! O! experimento! consistiu! de! cenas! filmadas! em! seis! arquivos! de! vídeo! que! combinaram! essas! variáveis,! intercalados! por! cenas! distratoras.! Ao! ver! cada! cena,! a! criança! era! questionada! por! sentenças! que! provocavam! o! preenchimento! da! posição! de! objeto:! “O! que! ele! deu! pra! ela/pintou?”! ou! “O! que! ele! dá! pra! ela! sempre/pinta! sempre?”.! Os! mesmos! experimentos! foram! testados! em! 16! adultos.! Os! resultados! mostraram! tendência! de! as! crianças! produzirem! singulares!nus!com!termos!massivos,!mais!concentradamente!em!contextos!com!o!verbo!“dar”!e! “pintar”!na!leitura!habitual.!Os!adultos,!por!outro!lado,!mesmo!que!os!objetos!mudassem!durante! o! experimento! (as! cenas! continham! carrinhos! diferentes! e! massinhas! com! cores! diferentes),! tenderam! praticamente! em! 100%! a! preencher! o! NP! objeto! com! determinantes! definidos! (o/a)! quando!o!indivíduo!carrinho!ou!massinha!já!estavam!apresentados!no!contexto!do!experimento.! As! diferenças! entre! os! resultados! das! crianças! e! dos! adultos! nos! sugerem! saliência! semântica! (HIRSHYPASEK!et.!al.,!2006)!para!a!distinção!massivo/contável!nessa!faixa!etária,!mesmo!sendo! considerada! a! hipótese! maturacional! (RADFORD,! 1990)! ou! continuísta! (PINKER,! 1984)! de! aquisição!de!categorias!funcionais,!tais!como!determinantes,!em!produções!infantis.!Os!adultos,! por!outro!lado,!demonstram!saliência!discursiva!(STEEDMAN,!1996),!ao!preencherem!definitude! em!NPs!já!apresentados!no!contexto!dos!experimentos.! " " There"is"no"need"for"Late"Merger" Carlos"Muñoz"Pérez"(Universidad"de"Buenos"Aires)" " Copy, Theory, (Chomsky! 1993)! presupposes! a! Non3Distinctiveness, relation! between! a! “moved”! constituent!and!its!unpronounced!occurrences:!they!must!be!“the!same”!somehow.!Typically,!this! requirement! is! fulfilled! by! assuming! a! derivational! mechanism! marking! as! nonYdistinct! constituents! related! by! Internal! Merge! (cf.! Chomsky! 1995,! Nunes! 1995,! 2004).! However,! there! 6! ! are! several! cases! of! interpretative! asymmetries! between! copies! showing! that! overt! and! silent! versions! of! a! constituent! may! be! not! “the! same”.! A! classic! example! involves! adjuncts! inside! A’Y moved!phrases!bleeding!Condition!C.!! (1)![Which!argument![that!John1!made]]!did!he1!believe?!! Lebeaux!(1988)!proposed!explaining!this!particular!pattern!by!assuming!that!some!constituents! (adjuncts,!according!to!him)!can!be!merged!counterYcyclically!inside!the!displaced!phrase!after! movement!takes!place:!Late,Merger.!Under!Copy!Theory,!this!analysis!involves!assuming!an!A’Y dependency! between! two! copies! marked! as! nonYdistinct! with! an! index! ι, (2a),! and! the! introduction!of!the!adjunct!in!the!higher!copy!(2b).!! (2)!a.!A’3movement [Which!argument]ι!did!he!believe![which!argument]ι!?!! b.!Late,Merger [Which!argument![that!John1!made]]ι!did!he1!believe![which!argument]ι!?!! This! kind! of! account! has! been! extended! to! quantifier! scope! (Fox! 1999),! adjunct! extraposition! (Fox! &! Nissenbaum! 1999),! antecedent! contained! deletion! (Fox! 2002),! comparatives! (Bhatt! &! Pancheva! 2004),! reconstruction! asymmetries! on! AYmovement! (Takahashi! &! Hulsey! 2009),! preposition!stranding!(Stanton!2014),!among!other!phenomena.!The!obvious!common!drawback! posed!by!these!approaches!is!their!plain!violation!of!strict!cyclicity,!a!theoretical!desideratum!in! generative!linguistics!since,!at!least,!Chomsky!(1965).!! This! paper! argues! that! representations! as! (2b),! where! a! higher! copy! is! “richer”! than! its! lower! counterparts,! can! be! cyclically! derived! by! assuming! a! principled! definition! of! “sameness”.! Basically,!it!is!proposed!that!NonYDistinctiveness!of!copies!does!not!involve!any!kind!of!marking! during! the! syntactic! derivation,! but! it! is! computed! postYsyntactically! by! inspecting! the! featural! content! of! constituents.! The! essential! assumption! is! understanding! uninterpretable! features! (uFF)! as! inaccessible, to! the! PF! and! LF;! so,! for! example,! a! set! of! features! {<Att1,α>,! <Att2,β>,! <Att3,!_>},!where!<Att3,!_>!is!valueless!(uninterpretable),!will!be!“seen”!just!as!the!set!{α,!β}!at! the!interfaces.!Under!this!conjecture!it!is!possible!to!define!NonYDistinctiveness!at!the!interfaces! as!a!complex!result!of!Last,Resort,and!Locality:!since!higher!copies!in!the!structure!are!generated! to!check!uFF,!the!interfaces!will!see!“additional”!features!on!them;!and!since!movement!is!local,! no!elements!of!the!same!structural!type!are!expected!to!intervene!between!copies.!Therefore,!the! definition!in!(3)!follows.!! (3)! TwoconstituentsαandβarenonYdistinctif:(i)αcYcommandsβ,(ii)thefeaturesofβare! a! subset! of! the!features!of!α,!and!(iii)!there!is!no!δ!between!α!and!β!being!a!subset!of!α!or!a!superset!of!β.!! According! to! (3),! two! constituents! do! not! require! being! actual! copies! to! be! interpreted! as! a! movement! dependency.! Thus,! the! structure! in! (4),! where! the! whYphrase! in! [Spec,C]! is! baseY! generated,! would! be! interpreted! at! the! interfaces! as! involving! movement! since,! due! to! feature! checking,!the!higher!whYphrase!properly!contains!the!features!of!the!lower!whYphrase.!! (4)![CP![Which!argument![that!John1!made]]!did![TP!he1![VP!believe![which!argument]]]].!{Q,!...}! {...}!! " Noncfinite"complements"of"perception"verbs"and"Aspect" Patrícia"Rodrigues"(UFPR)" " In!Brazilian!Portuguese!(BP),!and!also!in!English,!the!verb!ver!/!see,!when!conveying!a!“direct”! reading,!can!take!either!an!infinitive!(1a)!or!a!gerundive!(1b)!complement.!! ! (1) a!Eu!vi!Maria!chorar.!/!I!saw!Maria!cry.! b!Eu!vi!Maria!chorando.!/!I!saw!Maria!crying.!! ! 7! ! Felser! (1999)! argues! that! the! English! complements! exhibit! an! aspectual! difference:! while! the! gerundive! complement! describes! the! perceived! event! as! an! incomplete! action,! the! infinitive! complement!implies!that!the!depicted!event!was!seen!in!its!entirety!(cf.!(2)).!According!to!Felser,! these! complements! are! headed! by! the! functional! category! Aspect! specified! for! the! feature! [±prog]:! Asp! head! of! the! gerundive! complement! is! [+prog]! and! Asp! head! of! the! infinitive! complement!is![Yprog].!! ! (2) a!I!saw!her!drowning,!but!I!rescued!her.!! b!#I!saw!her!drown,!but!I!rescued!her.!! ! For! Gelderen! (2004),! however,! the! infinitive! complement! in! sentences! like! (2b)! and! (3)! bears! perfective! aspect,! not! because! it! is! inherently! perfective,! but! because! it! cannot! have! an! independent! aspect.! She! argues! that! in! (3)! the! stative! ‘see’! is! an! evidential! auxiliary! in! Asp! (always! perfective)! and! that! the! sentence! forms! a! monoYclausal! structure.! For! her,! stative! ‘see’! can!also!be!a!lexical!verb,!as!in!(4).!In!this!case,!the!sentence!forms!a!biYclausal!structure.!! ! ! !!!(3)!!I!saw!/!*see!him!cross!the!street.! ! !!!!!!!(4)!!I!saw/see!him!crossing!the!street.! ! ! In! this! paper,! we! also! analyze! the! nonYfinite! complements! of! perceptions! verbs! in! BP! as! a! projection!of!Aspect.!Nonetheless,!we!argue!that!ver!‘see’!is!always!a!full!verb!and!that!the!aspect! of!the!infinitive!complement!is!not!inherently!perfective.!On!the!basis!of!the!example!in!(5),!we! defend! that! the! infinitive! complements! are! aspectually! dependent! of! the! matrix,! which! means! that!they!can!denote!an!imperfective!event!if!the!matrix!event!is!imperfective.!! ! (1) Eu!estava!vendo!Maria!se!afogar,!mas!alguém!salvou!ela.!! I!was!seeing!Maria!drown,!but!someone!saved!her!! ! Based!on!Dermidache!and!UribeYEtxebarria!(2007),!we!propose!that!Aspect!relates!the!reference! time!to!the!event!time,!and!that!the!reference!time!of!the!complement!is!bound!by!the!reference! time! of! the! matrix,! since! Tense! is! not! projected.! In! the! case! of! the! gerundive,! as! Asp! is! morphologically!marked!for!the!progressive,!it!will!pick!out!an!interval!in!the!temporal!contour! of!the!event!described!by!the!embedded!predicate.!Hence!the!aspect!of!the!embedded!clause!can! be!independently!progressive.!In!the!case!of!the!infinitive,!which!is!not!morphologically!marked! for!aspect,!the!reference!time!binds!the!event!time.!Considering!that!the!reference!time!is!bound! by! the! matrix! reference! time,! the! complement! “inherits”! the! aspectual! value! of! the! perception! verb.!! ! ! Sessão"de"Comunicação"2"" " Formal"accounts"of"subjetcverb"switches"and"the"representation"of"language" in"the"mind"of"the"bilingual" ! Juana"M."Liceras,"University"of"Ottawa,"Canada" Raquel"FernándezcFuertes,"Universidad"de"Valladolid,"Spain" Rachel"Klassen,"University"of"Ottawa,"Canada" " 8! ! More!than!three!decades!ago!it!was!stated!that!pronouns!are!unable!to!be!codeYswitched!while! DPs! do! codeYswitch! (Gumperz! 1975,! Lipski! 1978,! among! others).! Jake! (1994)! differentiated! ‘grammatical’!(EnglishYlike)!subject!pronouns!from!‘lexical’!(French!or!Arabic)!strong!pronouns! showing! that! it! is! only! the! former! that! cannot! codeYswitch.! More! recently,! Van! Gelderen! &! MacSwan! (2008)! and! MacSwan! and! Colina! (2014)! have! provided! a! Minimalist! account! of! how! the!categorial!nature!of!the!subject!determines!the!viability!of!subject/verb!switches!by!bilingual! speakers!so!that!switching!between!the!DP!subject!and!the!verb!in!(1)!is!a!grammatical!option! while!switching!between!the!subject!pronoun!and!the!verb!as!in!(2)!is!ungrammatical.! ! (1)!That"teacher!odia!los!exámenes! ! ! ! (2)!*She!odia!los!exámenes! ! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!hates!!!!!!exams!! ! ! ! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!hates!!!!!exams! ! ! ! ! ! ! ! ! ! TP ! ! ! TP ! ! ! ! T’ T’ Spec ! ! vP T vP ! D T ! DP VP VP ! ! D’ ! ! That!teacher [that!teacher]i!!odia!los!exámenes!! Shei! odia!los!exámenes! i! [shei]! ! ! ! ! Van! Gerderen! &! MacSwan! (2008)! consider! the! switch! in! (2)! to! be! ungrammatical! because! it! violates! the! P(honological)! F(orm)! Disjunction! Theorem! or! Condition! which! rules! out! codeY switching!below!Xº.!As!shown!in!(1),!lexical!DPs!check!features!in![Spec!TP]!while!pronouns!in! (2)! undergo! DYtoYT! movement.! In! the! latter! case,! the! mixedYlanguage! complex! head! crashes! at! PF.!However,!in!the!case!of!strong!pronouns!(Cardinaletti!&!Starke!1999)!such!as!the!French!or! Moroccan!Arabic!strong!pronouns!in!(3)!and!(4),!Van!Gerderen!&!MacSwan!(2008)!argue!that!the! PF!Disjunction!Theorem!would!not!be!violated!because!they!behave!as!DPs.! ! (3)!Moi"dxlt! [IFrench![wentYin]Arabic!]!! ! ! ! ! ! ! (French/Moroccan!Arabic)! (4)a.Nta!tu!vas!travailler! !!!!!!!!!!!!!!![youArabic![you!go!work]French!]!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!(French/Moroccan!Arabic)! (4)b.Humaya!vergelijken!de!mentaliteit!met!de!islam! ! [theyArabic![compare!the!mentality!with!the!islam]Dutch!]! (Dutch/Moroccan!Arabic)! ! As!for!Spanish!subject!pronouns,!and!even!though!they!have!been!considered!to!be!strong!(e.g.! Alexiadou!&!Anagnostopoulou!1988;!Kato!1999),!EnglishYSpanish!bilinguals!do!not!seem!to!codeY switch!freely!between!a!Spanish!subject!pronoun!and!an!English!verb!as!in!(5).! ! !(5)! ???Ella"hates!exams! ! Koronkiewicz!(2012),!based!on!the!different!codeYswitching!behavior!attributed!to!standard,!as! in! (5),! versus! nonYstandard! subject! position! pronouns! (prosodically! stressed,! coordinated! or! 9! ! modified)!as!in!(6),!calls!for!a!further!refinement!and!expansion!of!Cardinaletti!&!Starke’s!(1999)! strong,!weak!and!clitic!pronominal!systems.!!! ! ! (6)!a.!! ELLA!hates!exams! ! (6)!b.! Ella!y!Marsias!hate!exams! ! (6)!c.!! La!de!sintaxis!hates!exams! ! According! to! this! distinction,! we! would! expect! the! same! codeYswitching! differences! between! standard!and!nonYstandard!position!Spanish!and!English!pronouns.!Furthermore,!since!none!of! the! proposals! make! any! prediction! with! respect! to! potential! differences! between! first,! second! and! third! person! pronouns,! we! would! also! expect! the! same! codeYswitching! behavior! for! the! three.!In!this!paper,!we!discuss!codeYswitching!acceptability!judgment!data!elicited!from!a!group! of! twelve! child! 2L1! (simultaneous! EnglishYSpanish)! bilinguals,! a! group! of! eighteen! child! L2! (subsequent!Spanish!L1YEnglish!L2)!bilinguals.!We!show!that:!(i)!there!are!significant!differences! between!subject!DPs!and!subject!pronouns!both!in!English!and!Spanish,!(ii)!there!are!significant! differences!between!both!English!and!Spanish!third!person!standard!position!pronouns!and!first! and! second! standard! position! pronouns;! (iii)! Spanish! third! person! standard! position! pronouns! significantly! differ! from! their! English! counterparts! with! respect! to! codeYswitching;! and! (iv)! Spanish!third!person!standard!position!pronouns!are!closer!to!DPs!than!to!their!first!and!second! person!counterparts.!! In!order!to!account!for!those!differences,!we!propose!an!agreement!version!of!the!soYcalled! “analogical!criterion”!that!has!been!shown!to!underlie!codeYswitching!preferences!(Liceras!et!al.! 2008)!in!the!case!of!concord!structures!such!as!those!in!(7)!and!(8).!! ! (7)!la!house!! !!!!!!! fem.![casa,!fem.]! (8)!la!book! ! fem.![libro,!masc.]! ! Liceras! et! al.! (2008)! have! shown! that! simultaneous! EnglishYSpanish! bilinguals! and! Spanish! dominant! bilinguals! systematically! reject! clearYcut! violations! of! the! “analogical! criterion”! as! in! (8)! where! the! Spanish! feminine! determiner! occurs! with! an! English! noun! whose! corresponding! Spanish!translation!is!a!masculine!noun.! Thus,! following! Liceras! et! al.’s! (2008),! we! argue! that,! as! it! is! the! case! with! concord! structures,! with! third! person! standard! position! pronouns,! Pesetsky! &! Torrego’s! (2001)! double! feature! valuation! hypothesis! leads! native! Spanish! speakers! and! Spanish! dominant! bilinguals’! intuitions! when! judging! codeYswitching! structures.! Namely,! both! English! and! Spanish! third! person!standard!position!pronouns!require!the!valuation!of!their!agreement!feature!on!the!verb! and! the! verb! requires! to! value! the! nominative! feature! on! the! pronoun.! However,! while! the! Spanish! pronoun! can! value! its! agreement! feature! on! the! English! verb! (it! is! morphologically! marked! with! an! –s),! the! English! pronoun! cannot! value! its! nominative! feature! because! the! Spanish! third! person! verb! lacks! any! morphological! marking,! as! shown! in! (9)! and! (10)! respectively.!! ! !(9)"Ella!talkYS!about!syntax, ! (10)!She!hablaYØ!de!sintaxis! ! ! This!implies!that!the!need!to!value!the!agreement!feature!born!by!the!Spanish!pronoun!(to!abide! by!this!version!of!the!“analogical!criterion”)!supersedes!the!PF!Interface!Condition.! " " 10! ! " " Reflexive"and"pseudocreflexive"constructions"in"Spanish" ! Sonia"Kaminszczik"(Universidad"de"Buenos"Aires,"CONICET)" Romina"Trebisacce"(Universidad"de"Buenos"Aires,"CONICET)" " Keywords:"reflexives,"pseudocreflexives,"eventive"structure." " The! goal! of! this! work! is! to! account! for! two! different! groups! of! seYconstructions! in! Spanish:! the! wellYknown!“reflexive!constructions”!(1)!and!the!group!we!call!“pseudoYreflexive”!(2)!formed!by! changeYofYposition!predicates.! ! (1) Juan!se!criticó!(a!sí!mismo)! Juan!SE!criticized!(himself)! ‘Juan!criticized!himself’! ! (2) Juan!!se!!!!!!!paró!!!(*a!sí!mismo)! Juan!SE!!!!!stood!up!(himself)! ‘Juan!stood!up’! ! These! predicates! differ! in! structural! and! semantic! issues:! first! reflexives! but! no! pseudoY reflexives! license! the! anaphor! a, sí, mismo.! Second,! pseudoYreflexive! predicates! do! not! have! a! strict!reflexive!reading:!sentences!like!(1)!means!‘Juan!criticizes!Juan’!(Rxx),!while!sentences!like! (2)!means!that!Juan!initiates!and!undergoes!a!change!of!state!rather!than!“Juan!stands!up!Juan”.! Therefore,! we! claim! that! predicates! like! (2)! –e.g.,! arrodillarse, (‘to! kneel’),! apoyarse, (‘to! lean’),! sentarse!(‘to!sit!down’),!acostarse!(‘to!lie!down’),!levantarse!(‘to!get!up’)Y!form!a!particular!class!of! seYconstructions!in!Spanish.!! ! ! These!constructions!also!differ!in!the!scope!of!quantification:! ! (3) María!!se!!acostó!!!!!!!!y!!!!se!!!levantó!otra!vez.! María!SE!!lay!down!and!SE!got!up!!!!!!again! ‘María!lay!down!and!got!up!again’! a. María!had!got!up!before!and!then!!she!got!up!again!(iterative)! b. María!was!up,!she!lay!down!and!then!she!was!up!again!(stative)! ! (4) María!!se!!!ensució!!!!y!!!!!se!!!!!!!!bañó!!!!!!!!!!!otra!vez.! María!SE!!got!dirty!and!!SE!took!a!shower!!!!again! a. María!had!took!a!shower!before!and!then!!she!took!a!shower!again!(iterative)! b. *María!was!already!clean,!she!got!dirty!and!she!took!a!shower!again!(stative)! The! ambiguous! scope! in! changeYofYposition! predicates,! we! state,! suggests! a! complex! eventive! structure.!So,!we!support!the!idea!that!this!predicates!involve!a!stative!subYevent.!In!fact,!as!we! can!see!in!(5)!and!(6),!in!these!verbs,!contrary!to!reflexive!ones,!the!durative!adverbial!“durante”! modifies!the!resulting!state!of!the!event:!!! ! (5) Juan!se!acostó!durante!media!hora! Juan!SE!lay!down!for!half!an!hour! Relevant!reading:!Juan!remained!in!the!state!“lying!down”!for!half!an!hour!!! (6) Juan!!se!!!!!!!!!bañó!!!!!!!!!!!!!durante!media!hora! 11! ! Juan!SE!!!took!a!shower!!!!!for!half!an!hour! Relevant!reading:!*Juan!remained!in!the!state!“showered”!for!half!an!hour!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!OK:!the!event!of!taking!a!shower!lasted!half!an!hour.! ! Thus,! assuming! that! functional! heads! are! associated! with! optional! categorial! features! (Müller,! 2010),! different! flavors! of! v, (Folli! &! Harley! 2005)! and! se! as! a! PF! expletive! that! checks! an! unsatisfied! [D]! feature! of, v! (Pujalte! &! Saab! 2012,! 2014! and! Kaminszczik! &! Saab! in! press),! we! propose! two! different! derivations! for! the! initial! examples! (1)! y! (2):! a! single! event! (vdo)! for! reflexive!constructions!and!two!events!(vdo!and!vbe)!for!pseudoYreflexive!ones:!! ! ! This!proposal!directly!accounts!for!the!syncretic!pattern!of!seYconstructions!in!Spanish!being! consistent!with!the!semantic!and!syntactic!differences!between!the!reflexive!and!pseudoY reflexive!predicates.! ! ! ! A"unified"analysis"for"marked"topic"constructions"and"their"restrictions" Aroldo"L."de"Andrade"(Unicamp)" ! Marked! topic! constructions! stay! in! an! area! of! interface! between! syntax! and! pragmatics.! They! have! been! tackled! in! a! number! of! analyses,! and! have! received! a! unified! analysis! in! Grohmann! (2003).! This! work! aims! at! revising! this! work,! by! considering! the! problem! of! the! availability! of! different! types! of! constructions.! The! analysed! constructions! are:! Topicalisation,! Clitic! Left! Dislocation!and!Contrastive!Left!Dislocation.!Theoretical!implications.!I!adopt!Chomsky’s!(2004/! 2008)! proposal! for! syntactic! phases,! adapted! according! to! the! theory! of! phase! extension! proposed! in! Den! Dikken! (2007).! Proposal.! Unlike! Grohmann! (2003),! we! suggest! that! the! emergence! of! resumptives! (in! dislocation! constructions)! is! connected! to! the! operation! copy! spellYout!taking!place!in!a!number!of!unlocal!dependencies,!instead!of!antiYlocal!(too!local)!ones.! We! concentrate! on! the! fact! that! Portuguese! has! both! Topicalization! and! Clitic! Left! Dislocation,! whereas! all! the! other! Romance! languages! only! have! Clitic! Left! Dislocation.! This! difference! is! explained!in!terms!of!the!postulation!of!an!intermediary!landing!position!for!topics!in!Spec,TP!in! Portuguese,! due! to! the! existence! of! two! Tense! projections! in! this! language! (due! to! evidence! discussed!in!Rouveret!1999;!Galves!&!Sandalo!2012).!Canonical!null!subject!languages!would!not! have!Spec,TP!available!because!T’s!EPP!feature!is!checked!by!the!verb!agreement.!This!proposal! applies!as!well!to!Contrastive!Left!Dislocation,!a!construction!that!can!be!found!in!V2!languages.! 12! ! Implications.!The!analysis!predicts!that!Romance!languages!in!general!will!always!show!cases!of! Left! Dislocation,! except! when! there! is! no! correspondent! clitic! form! available! (CasiellesYSuárez! 2004).! Other! problems! related! to! the! hypothesis! are! discussed,! such! as! the! one! regarding! the! difference! between! ungrammatical! derivations! and! those! rescued! by! the! last! resort! operation! “copy!spellYout”.!! ! (1)!! Esse!homem!eu!conheço!_.! (2)!! Esse!homem!eu!o#conheço.! (3)!! Diesen!Mann,!den#kenne!ich.! ! ‘This!man!I!know!(him).’! " " " ! Sentential"negation"in"Brazilian"Sign"Language" ! Guilherme"Lourenço"(UFMG)" ! Sign! languages! are! natural! languages! but! in! a! different! modality.! This! difference! in! modality! allows! them! to! convey! meaning! by! using! other! visual! information,! not! only! the! hands,! such! as! body!movement!and!facial!expressions!(nonYmanual!markers).!Negation!in!many!sign!languages! is!expressed!by!a!combination!of!a!negative!sign!(e.g.!NO)!and!a!specific!facial!expression!(head! shake,! chin! up! or! a! negative! facial! expression,! see! Zeshan! 2006)." In! Libras! (Brazilian! Sign! Language),! there! is! the! negative! sign! NO! and! also! a! negative! facial! expression! that! marks! negation!in!a!sentence!(example!1;!see!also!Quadros!1999;!Arrotéia!2005).!Some!negative!signs! are! also! used! in! the! language! such! as! NOTHING,! ZERO,! NOBODY,! etc.! (2).! Additionally,! the! negative! nonYmanual! marker! is! obligatory,! whereas! the! manual! sign! is! optional! (3).! In! Libras,! there! is! also! an! asymmetry! between! plain! and! agreement! verbs! that! has! a! consequence! on! the! position! of! the! manual! negative! sign! (4Y5).! Following! Arrotéia! (2005),! I! will! demonstrate! that! Libras!is!a!nonYmanual!dominant!language,!adopting!Zeshan’s!typology!(2006),!because!the!nonY manual!marker!is!always!obligatory!and!its!presence!in!the!sentence!allows!the!negative!sign!to! be!dropped.!Adopting!a!featural!approach!to!sign!language!negation,!as!proposed!by!Pfau!(2015),! I! assume! that! there! is! a! [neg]! feature! in! the! syntactic! derivation! and! that! this! feature! is! responsible!for!the!change!of!the!polarity!of!the!sentence.!Additionally,!as!we!can!see!in!example! (2),!the!presence!of!the!nonYmanual!marker!plus!an!nYword!does!not!change!the!polarity!of!the! clause!to!affirmative.!So,!Libras!can!be!considered!a!Negative!Concord!language!(Arrotéia!2005).! Therefore,!we!can!assume!Zeijlstra’s!(2008)!formulation!which!claims!that!Negative!Concord!is! an! Agree! relation! between! a! single! feature! [iNEG]! and! one! or! more! features! [uNEG].! The! proposal!here!is!that!the!nonYmanual!marker!is!a!suprasegmental!affix!{negaff}!and!that!it!carries! a![uNEG]!feature!(as!assumed!by!Pfau!2002,!2015).!Being!an!affix,!{negaff}!occupies!the!head!of! NegP!and!needs!a!lexical!carrier.!However,!the!verb!in!Libras!does!not!move!to!higher!positions;! it!stays!in!situ!(Quadros!1999;!Lourenço!2014).!So!we!have!a!typical!affix!hopping!situation!and! then! [negaff]! percolates! down! to! the! verb! (we! can! assume! an! Agree! operation! as! proposed! by! Newton!2008,!2009)!and!then!it!spreads!over!the!verb’s!cYcommand!domain.!As!for!the!negative! sign,!it!is!baseYgenerated!in!Spec,NegP!and!bears!a![iNEG]!feature.!If!the!manual!sign!is!dropped,! the! Spec,NegP! position! is! occupied! by! a! negative! operator! with! an! [iNEG]! feature! which! cY commands! the! {negaff},! as! proposed! by! Zeijlstra! (2008).! Finally,! the! asymmetry! between! plain! and!agreement!verbs!can!be!explained!by!the!fact!that!plain!verb!constructions!have!a!defective! structure!in!terms!of!ϕYprobes.!So,!once!there!is!no!ϕYfeature!agreement,!the!edge!feature!of!T!is! checked!by!moving!the!whole!vP!to!Spec,TP.!Therefore,!there!is!no!preYverbal!negative!manual! sign!in!plain!verb!clauses.! 13! ! ! Examples:"""""" """""""""__________neg" 1)!MARY!LOVE!IX1!NO.!!!!!!!!! ,,,,‘Mary,doesn’t,love,me.’, """"""""""""""________neg" 2)!MARY!BUY!ZERO.!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!‘Mary,does,not,buy,anything.’,, ,,,‘Mary,buys,nothing.’, " """""""""""*(__________neg)" 3)!MARY!LOVE!IX1!(NO).!!!!!!!!!!!, """""""""""""""""""__________neg" 4)!a.!MARY!LOVE!IX1!NO.!!!!!!!!!!!!! """""""""""""""""""""__________neg" !!!!b.!*MARY!NO!LOVE!IX1.!!!!!!!!!!!!! """"""""""""""""""""__________neg" 5)!a.!MARYa!aHELP1!IX1!NO.!!!!!!!!!!!!! """"""""""""""""""""__________neg" !!!!b.!MARYa!NO!aHELP1!IX1.!!!!!!!!!!!!! ,,,,,,,‘Mary,does,not,help,me.’, , , , Sessão"de"Comunicação"3", " ! Postcnominal"possessives"and"sentential"agreement"" ! Bruna"Pereira"(UFVJM)" ! KEYWORDS:"Possessives;"Agreement;"DP." ! Portuguese! and! other! Romance! languages! have! possessive! number! agreement! with! the! noun.!However,!dialectal!Brazilian!Portuguese!has!shown!that!2ndYpersonPL!possessives!in!both! postYnominal!(1)!and!postYcopular!(2)!position!may!not!agree!in!number!with!the!noun.!! (1)! “[A"caixa"de"ecmail!suas]!enche!rápido?”!(Belo!Horizonte:November12th,2014)!! mailbox3FEM3SG#your*FEM*PL#, Does!your"mailbox!fill!up!fast?! (2)! “Se!não!me!engano,![essa"anotação!é!até!suas]”!(Belo!Horizonte:August19th,2014).! this,note3FEM3SG,is,even,your*FEM*PL! ! !If!I!am!not!wrong,!this!note!is!even!yours.! The productivity of these structures in Mineiro dialect is verified, because the noun may be left out (4) and preceded by: definite article (1), indefinite article (5), no article (3), and because the noun may be replaced by indefinite pronoun (6). (3)! “Isso!é![estratégia"suas]!para!vender!mais”!(Belo!Horizonte:March,2014).! 14! ! , strategy3FEM3SG#your*FEM*PL,, ! This!is!your!strategy"to!sell!more!products.!! (4)!!!!“O!nosso!crachá!é!verde!e![o"seus]"é"azul”!(Belo!Horizonte:December11th,2014).! ! The,our,badge3MASC3SG,is,green,and,the,(ø),your*MASC*PL,is,blue, ! Our!badge!is!green!and!yours!is!blue.! (5)! “[um!aluno!seus]"está!indo!pra!França”!(Belo!Horizonte:April!7th,2015,!Jornal!da!Alterosa:! <https://www.youtube.com/watch?v=6dQJLJ2v8T4>)! ! a!studentYSG!yourYPL! ! Your!student!is!going!to!stay!in!France.!! (6)! “Eu!não!contratei![nada!seus],!não!”!(Belo!Horizonte:February13th,2014).! ! anything,your3PL, ! I!did!not!hire!anything!from!you.! This type of construction is not expected under the following assumption: while “prenominal possessives show number agreement in BP1, postnominal ones do not” (7) (COSTA; FIGUEIREDO SILVA, 2003, p. 27). (7)! a.!“o!meus!livro”!–!“the3SG,my3PL,book3SG”,! b. “uns livro meu” – “some-PL book-SG my-SG” In (7), even though the noun ‘book’ does not show morphological plural mark, it is plural (it refers to books). In contrast, (1-6) have a singular noun that refers to a singular object (a badge, a note, a student, etc.) while possessive is plural, which reveals a new patter of agreement that is made with the possessor rather than with the noun. A! possible! reason! for! the! emergence! of! these! structures! is! related! to! ongoing! parametric! changes!(ROBERTS;!KATO,!1993)!in!BP!inflectional!system.!In!the!lack!of!a!possessive!pronoun! which! makes! clear! the! reference! to! 2ndYpersonPL,, as! EP! ‘vosso’! (your)! does,, sua/seu! has! been! used! with! a! plural! morpheme! ‘Ys’! even! with! singular! nouns.! Similarly,! in! some! dialects,! English! 2ndYpersonPL! may! be! addressed! with! plural! forms,! other! than! ‘you’:! ‘yous’,! ‘youYuns’,! ‘youYall’,! ‘youYguys’,!‘y’all’!(MAYNOR,!2000).! According! to! Bernstein! (2005),! Spanish! postYnominal! possessives! agreement! is! more! sentential!than!nominal!and!takes!place!in!a!predicative!position.!In!this!hypothesis,!D!takes!CP! as! a! complement! [D[CP]]! (KAYNE,! 1993).! Applied! to! the! data! presented! above! (ex.! (5)),! this! hypothesis! results! in! (8)! where! the! possessive! is! merged! in! Spec,AgrP! while! the! NP! moves! to! Spec,CP,! deriving! possessive! postYnominal! position.! This! derivation! has! the! advantage! of! preventing! the! NP! from! remaining! in,situ,! which! rules! out! structures! like! “*um! seus! aluno”,(an, your3PL!student).! (8)![DPum[CP!alunoi[AgrP/IP!seus[NPti]]]].! " " " " " " " 15! ! Clivadas"e"Pseudoclivadas"Extrapostas"no"Português"Brasileiro" ! Lívia"de"Mello"Reis"(UFSC)" Sandra"Quarezemin"(UFSC)" ! Este!trabalho!trata!das!sentenças!clivadas!canônicas!e!pseudoclivadas!extrapostas!do!Português! Brasileiro! (PB),! como! as! sentenças! em! (1)! e! (2),! respectivamente.! O! objetivo! principal! deste! estudo! é! investigar! os! contextos! de! ocorrência! desses! dois! tipos! de! sentenças,! levando! em! consideração! uma! série! de! fenômenos! sintáticos,! semânticos! e! pragmáticoYdirscursivos! que! mostram!que!clivadas!e!pseudoclivadas!não!devem!ter!a!mesma!estrutura!(cf.!MODESTO,!2001;! MIOTO,!2003;!RESENES,!2009).!! ! (1)!Foi!um!carro!que!o!Pedro!comprou.!! (2)!Foi!um!carro!o!que!o!Pedro!comprou.!! ! Além! disso,! esse! estudo! visa! à! investigação! dos! padrões! de! concordância! nas! clivadas! e! pseudoclivadas!invertidas,!como!em!(3)!e!(4)!(cf.!BRAGA,!KATO!e!MIOTO!(2009,!p.!282Y283)).!! ! (3)!a.!Dois!cafezinhos!é!que!eu!quero. b.!*Dois!cafezinhos!são!que!eu!quero.!! (4)!a.!Dois!cafezinhos!é!o!que!eu!quero. b.!*Dois!cafezinhos!são!o!que!eu!quero.!! ! Segundo!Guesser!e!Quarezemin!(2013),!colocar!o!constituinte!focalizado!em!diferentes!posições! de! foco! permite! oferecer! uma! explicação! para! as! diferenças! pragmáticoY! discursivas! entre! clivadas! canônicas! e! invertidas! do! PB.! Além! disso,! as! autoras! afirmam! que! o! aparecimento! das! pseudoclivadas! extrapostas! em! contextos! interrogativos! está! relacionado! aos! traços! [+foco,! +tópico].! Para! fazer! uma! investigação! mais! cuidadosa,! foi! aplicado! um! experimento! para! investigar! se! a! pseudoclivada! extraposta! é! empregada! nos! mesmos! contextos! da! clivada! canônica.! Os! resultados! indicam! que! os! falantes! parecem! não! detectar! diferenças! entre! uma! clivada! canônica! e! uma! pseudoclivada! extraposta.! Desse! modo,! foi! elaborado! um! segundo! experimento,!que!foi!aplicado!somente!com!uma!amostra!dos!participantes,!a!fim!de!verificar!se! os! falantes! distinguem! as! estruturas! das! clivadas! canônicas! e! das! pseudoclivadas! extrapostas.! Essa!diferenciação!foi!colocada!em!discussão,!uma!vez!que!a!maioria!dos!informantes!optou!pela! sentença!clivada!canônica!para!responder!os!contextos!perguntaYresposta!e!os!de!correção,!tanto! os! que! focalizavam! sujeito! quanto! os! que! focalizavam! objeto.! Também! será! investigado! a! assimetria!sujeitoY!objeto!que!se!verifica!na!focalização!nãoYcontrastiva/de!informação!nova!nas! clivadas! canônicas! (cf.! QUAREZEMIN,! 2014).! Tal! assimetria! parece! ser! típica! de! contextos! com! perguntas! de! pura! nova! informação.! Essa! mesma! assimetria! não! ocorre! nas! pseudoclivadas.! A! hipótese!principal!é!que!as!estruturas!clivadas!no!PB!fazem!uso!de!duas!projeções!foco!diferentes! de!acordo!com!o!tipo!de!interpretação!focal!(foco!contrastivo!versus!foco!de!informação!nova).!O! presente!estudo!está!assentado!na!abordagem!cartográfica!(cf.!RIZZI,!1997;!BELLETTI,!2004).!! ! ! A"especificidade"do"DP"e"o"movimento"dos"adjetivos"qualificativos" " Cristina"de"Souza"Prim"(UNICAMP)" " ! Objetivamos! entender! quais! são! as! regras! sintáticas! envolvidas! no! posicionamento! dos! adjetivos! qualificativos! do! Português! Brasileiro.! Defenderemos! que! o! adjetivo! é! gerado! em! 16! ! adjunção! à! direita! do! nome,! e! que! sua! ocorrência! na! posição! préYnominal! é! resultado! de! movimento!do!adjetivo,!motivado!pelo!determinante.! São! dois! os! traços! do! determinante! que! se! mostram! relevantes! para! a! discussão,! a! definitude! e! a! especificidade.! Ihsane! &! Puskás! (2001,! p.! 40)! esclarecem! que! definitude! é! responsável! por! selecionar! um! objeto! na! classe! de! possíveis! objetos;! já! especificidade! é! relacionada!a!elementos!préYestabelecidos!no!discurso.!! No!português,!os!determinantes!que!selecionamos!para!esta!pesquisa!(o/a,,um/uma!e!DP! nu)!são!sempre![+/Ydefinidos],!e!podem!ser!específicos!ou!não.!Os!exemplos!(1a),!(2a)!e!(3a)!são! específicos,!porque!o!falante!tem!claro!o!indivíduo!a!que!se!refere,!e!os!exemplos!(1b),!(2b)!e!(3b)! não! são! específicos.! O! que! vemos! nos! exemplos! (4),! (5)! e! (6)! é! que! o! adjetivo! só! pode! ser! prenominalizado!se!o!falante!souber!quem!é!o!referente!em!específico.!Caso!contrário,!o!adjetivo! só!poderá!ser!pósYnominal.! Postulamos! a! separação! de! definitude! e! especificidade! dos! DPs! em! duas! categorias.! A! definitude!estaria!associada!a!Def,!diretamente.!Já!a!especificidade!surge!em!uma!categoria!mais! baixa,!em!posição!de!Tópico:!assim!como!Ihsane!&!Puskás!(2001),!argumentamos!que!o!núcleo! Top!é!caracterizado!somente!pelo!traço![+específico].!Os!autores!argumentam!que!não!é!o!caso! que!um!sintagma!possa!ser!relacionado!ao!discurso!ou!banido!do!discurso,!mas!sim!que!um!não! tópico!simplesmente!não!contém!conexão!relevante!com!o!discurso.!Por!isto,!vamos!propor!que! quando! há! especificidade! no! determinante,! a! projeção! Tópico! é! selecionada! por! DP;! se! não! há! especificidade,!não!há!projeção!de!Tópico.!! Os! qualificativos,! como! dissemos,! só! podem! ocorrer! na! posição! préYnominal! se! o! determinante!que!encabeça!o!DP!for!específico,!ou!seja,!o!que!motiva!o!movimento!do!APqualificativo! é! o! traço! [+específico]! do! determinante.! A! projeção! Top! viabiliza! a! subida! do! adjetivo,! que! encontra!ali!um!lugar!de!pouso.!Quando!não!há!especificidade!no!DP,!TopP!não!é!projetado,!o!que! garante!que!o!adjetivo!não!se!moverá!se!não!for!específico.!! (1) O!estudante!ganhará!uma!viagem!a!Miami.! a. Um!estudante!em!particular,!familiar!ao!falante.! b. Um!estudante!que!poderemos!identificar!após!o!término!do!concurso.! (2) Um!estudante!colou!na!prova.! a.!! Um!(certo)!estudante! b.!! Um!estudante,!que!eu!ainda!tenho!que!descobrir!qual! (3) João!viu!menina!bonita!chorando!na!calçada.! a. Uma!certa!menina! b. Uma!menina!que!não!sei!quem!é.! (4) a.! O!professor!mais!votado!ganhará!um!prêmio.!(leitura!nãoYespecífica)! b.! *O!maravilhoso!professor!mais!votado!ganhará!um!prêmio.! c.! O!professor!maravilhoso!mais!votado!ganhará!um!prêmio!! (5) a.! Um!professor!foi!premiado.!(leitura!específica!ou!nãoYespecífica)! b.! Um!professor!maravilhoso!foi!premiado.!! c.! Um!maravilhoso!professor!foi!premiado.!! (6) a.! A!Maria!comprou!livro!no!shopping.(leitura!específica!ou!nãoYespecífica)! b.! A!Maria!comprou!famoso!livro!no!shopping.! c.! A!Maria!comprou!livro!famoso!no!shopping.! ! ! Failed"agreement"as"feature"relativization" " Danniel"da"Silva"Carvalho"(UFBA)" " Person,,number!and!gender!are!commonly!associated!with!the!activation!of!agreement!relations! between! grammatical! subjects! and! its! predicate.! However,! little! attention! is! given! to! the! 17! ! behaviour! of! the! relation! of! gender! and! number! in! predicative! sentences! with! generic! subjects! through! literature.! In! its! urban! variety,! Brazilian! Portuguese! shows! a! nonYcanonical! behaviour! for! gender! agreement.! Sentences! like! (1)! Maria" bêbada" é" chato! ‘Maria! drunkFEM.SG! copulaSG! annoyingMASC.SG’! and! (2)! Crianças" é" divertido! ‘ChildrenFEM.PL! copulaSG! funnyMASC.SG’! are! derived! from! different! structures:! in! the! former,! the! agreement! pattern! is! the! result! of! a! neuter! agreement!with!a!small!clause!in!the!subject!position,!while!in!the!latter,!the!lack!of!agreement!is! due!to!the!presence!of!a!DP!subject!whose!agreement!features!are!absent!(Livia!and!Rodrigues,! 2013).! It! is! key,! however,! to! determine! which! features! are! in! fact! involved! in! this! agreement! mechanism,! delimit! them! and! (re)define! how! syntax! cope! with! them.! To! shed! light! on! the! problem,!I!assume!here!that!(1)!and!(2)!are!licensed!via!Agree.!The!difference!lies!on!the!fact!that! a! DP! may! have! a! different! feature! configuration! and! that! leads! to! different! outputs.! Such! mechanism! deals! with! a! DP! as! the! result! of! feature! composition! and! the! consequence! of! such! composition! entails! a! relativized! syntax.! Preminger! (2014)! observes! that! person! and! number! probes! in! Kichean! are! relativized! to! look! for! the! marked! members! on! their! respective! feature! geometries!([participant]!e![plural],!respectively).!I!claim!that!the!same!occurs!with!gender!in!the! data!above,!which!search!for!peer!features!on!the!probe.!The!subset/superset!notion!captured!in! Béjar's!work!(Béjar,!2003,!2008)!can!be!applied!on!the!feature!valuation!and!the!impossibility!of! valuing!such!features!is!what!entails!the!superficial!failed!agreement.!This!is!so!by!the!fact!that! there! is! a! node! which! is! responsible! for! the! representation! of! any! referring! element! independently,! namely! [π]! and! it! dominates! the! additional! φYfeatures.! Adopting! a! feature! geometry,! the! subset/superset! relation! would! be! responsible! for! the! feature! activation! in! the! probe.!The!copula!subjects!in!(1)!and!(2)!do!not!have!the!D!layer!in!their!feature!hierarchy,!which! results!in!a!nonYvalued!predicative.!The!licensing!of!such!element!is!done!by!valuing!the!available! dominant!node,![π].!Since!the!DP!subject!is!determinerless,!it!does!not!trigger!any!specification! on! the! predicate! and! its! reading! is! generic! (Borer,! 2005).! This! generalization! is! captured! from! the!very!motivation!for!Agree.!The!possibility!of!plural!marking!with!no!specific!reading!in!(2)!is! due!to!the!absence!of!the!node!D!on!D0.!D0!having!only!the!root!node!responsible!to!license!the!DP! subject,! would! activate! the! number! feature! on! this! #0! by! the! subset/superset! relation! with! the! probe.! Then,! the! contingent! relation! between! number! and! gender! then! can! be! explained! by! means!of!movement!inside!this!structure,!assuming!Borer’s!(2005)!DP!structure.! " " " O"duplo"estatuto"da"consoante"/z/"nas"formações"diminutivas"e" aumentativas"do"português"brasileiro" ! Paula"Roberta"Gabbai"Armelin"(Universidade"de"São"Paulo)" " Este! trabalho! investiga,! a! partir! de! uma! perspectiva! sintática! (cf.! HALLE! e! MARANTZ,! 1993;! MARANTZ,! 1997),! o! estatuto! da! consoante! /z/! nas! formações! de! diminutivo! e! aumentativo! do! português!brasileiro!(PB),!construídas!com!os!pares!Yinho/3zinho,e!3ão/3zão.!Dada!a!semelhança! fonológica!entre!eles,!a!pergunta!que!emerge!é!se!estamos!diante!de!formas!independentes!ou!de! realizações! diferentes! de! um! único! morfema! (cf.! BACHRACH! e! WAGNER! 2007,! BISOL,! 2010;! MENUZZI,!1993;!VILALVA,!2000).!A!pergunta!fica!mais!saliente!diante!do!fato!de!a!consoante!/z/! ser!um!dos!recursos!epentéticos!empregados!no!PB!para!satisfazer!requerimentos!fonotáticos!da! língua.!! A!hipótese!deste!trabalho!é!que,!nas!formações!diminutivas!e!aumentativas!do!PB,!a!consoante! /z/!apresenta!um!estatuto!duplo,!sendo!ora!parte!de!um!morfema!independente,!ora!um!recurso! epentético.!O!diagnóstico!para!identificar!um!e!outro!caso!se!dá!no!seguinte!sentido:!quando!/z/! é! parte! do! morfema! de! grau,! os! formadores! Yzinho/Yzão,apresentam! propriedades! fonológicas,! 18! ! morfológicas! e! semânticas! que! as! distinguem! de! suas! respectivas! contrapartes! iniciadas! por! vogal.! Por! outro! lado,! quando! /z/! é! um! recurso! epentético,! Yzinho/! Yzão, apresentam! propriedades!formais!semelhantes!a!Yinho/3ão.!! Do! ponto! de! vista! semântico,! os! formadores! Yinho/Yão, podem! desencadear! leitura! nãoY! composicional,!enquanto!as!suas!contraparte!encabeçadas!por!consoante!não!podem!fazêYlo!(cf.! ‘beijijnho’!vs.,‘beijozinho’!e!‘sapatão’!vs.,‘sapatozão’).!Essa!situação!se!modifica,!no!entanto,!diante! dos! nominais! atemáticos.! Nesses! casos,! a! leitura! nãoYcomposicional! é! licenciada,! apesar! da! presença!da!consoante!/z/!(cf.!‘cajuzinho’!e!‘mãezona’).!! Do! ponto! de! vista! morfológico,! há! uma! assimetria! entre! os! formadores! Yão, e! Yzão,! sendo! o! primeiro! capaz! de! formar! aumentativos! masculinos! a! partir! de! bases! femininas! (cf.! ‘tigela’Y ‘tigelão’;! ‘unha’Y‘unhão’),! enquanto! o! segundo! não! pode! fazêYlo! (cf.! ‘tigela’Y! *‘tigelazão’;! ‘unha’Y *‘unhazão’).! Esse! cenário! se! altera,! diante! dos! nominais! atemáticos.! Nesses! casos,! apesar! da! presença! da! consoante! /z/,! é! possível! que! haja! discrepância! de! gênero! entre! as! formas! aumentativas! e! nãoYaumentativas! (cf.! ‘pá’Y‘pazão’;! ‘colher’Y‘colherzão’).! Ainda! do! ponto! de! vista! morfológico,!entre!as!propriedades!apresentadas!pelos!formadores!Yzinho/3zão,!destacaYse!o!fato! de! eles! preservarem! eventuais! alterações! morfofonológicas! desencadeadas! pelo! plural! (cf.! ‘mulheres’Y‘mulherezinhas’/! ‘mulherezonas’).! Por! outro! lado,! o! mesmo! não! se! verifica! nas! formações! construídas! com! Yinho/Yão, (cf.! *‘mulhereinhas’/! *‘mulhereonas’).! É! possível,! no! entanto,!que!as!alternâncias!desencadeadas!pelo!plural!estejam!ausentes!da!formação!diminutiva! ou!aumentativa,!apesar!da!consoante!/z/!(cf.!‘mulherzinhas’!e!‘mulherzonas’).!! Do!ponto!de!vista!fonológico,!as!formações!com!Yinho,seguem!o!algoritmo!de!acentuação!previsto! para!palavras.!Por!outo!lado,!nas!formações!com!Yzinh,!o!algoritmo!de!acentuação!é!dúbio:!Yzinh, segue! o! algoritmo! acentual! atuante! no! domínio! da! palavra! quando! se! anexa! a! nomes! nãoY temático,! mas! segue! o! algoritmo! atuante! em! sintagmas! quando! se! concatena! a! nominais! temáticos!(cf.!MENUZZI,!1993).!! Por!um!lado,!as!assimetrias!detectadas!entre!as!formas!Yinho/3zinho,e!entre!os!formadores!Yão/3 zão! apontam! para! a! hipótese! de! que! se! tratam! elementos! diferentes,! que! demandam! análises! independentes.! Por! outro! lado,! os! contextos! nos! quais! tais! diferenças! de! comportamento! são! sublimadas!evidenciam!os!casos!em!que!a!consoante!/z/!emerge!como!recurso!epentético.!! " ! Sessão"de"Comunicação"4"" " " " Parametric"hierarchies"and"surface"Morphosyntax:"connecting"serial"verbs," datives"and"applicatives" ! Julio"William"Curvelo"Barbosa"(USP)" ! This!paper!presents!arguments!towards!a!common!set!of!properties!that!can!be!derived!from!the! structures! in! (1)Y(4),! in! which! there! is! a! connection! between! the! morphosyntactic! complexity! (i.e.,!the!possible!lack!of!functional!elements!connecting!distinct!lexical!items!in!syntax)!and!the! semantics!of!dative!and!applicative!(benefactive)!interpretation.!! 19! ! " " The! hypothesis! presented! in! this! paper! is! that! the! various! types! of! prepositionYrelated! expressions! associated! to! dative,! applicative! and! benefactive! readings! crosslinguistically! are! distributed!based!on!the!possibility!of!phonologically!omitting!the!preposition,!along!the!lines!of! the!contrast!found!in!the!dative/doubleYobject!alternation!between!Brazilian!Portuguese!(1)!and! English! ((2),! cf.! Barbosa! 2012).! In! the! same! sense,! there! is! a! contrast! between! serial! verb! constructions! with! dative! verbs! in! languages! such! as! Cantonese! (3)! and! the! phenomena! presented! here! as! “pseudoYserial! verbs”,! seen! in! Brazilian! Portuguese! (4).! In! both! cases,! the! constructions!present!benefactive/applicative!readings,!yet!present!distinct!syntactic!properties! of!clausal!domains!and!preposition!realization!(optional!in!Brazilian!Portuguese).!! To! account! for! the! discrepancies! of! the! data! in! (1)Y(4),! the! Brazilian! Portuguese! data! is! contrasted! to! other! serializing! languages,! in! order! to! show! that! the! surface! similarities! in! data! such! as! (3)! and! (4)! relate! to! the! phonological! realization! of! the! preposition,! yet! semantic! interpretations! seem! to! be! the! same! in! both! serializing! and! nonYserializing! languages.! The! distinctions! between! pseudoYserial! constructions! and! serial! constructions! are! based! on! four! main! properties,! namely! (i)! Tense/Aspect! dependencies,! (ii)! object! sharing,! (iii)! grammaticalization!effects,!and!(iv)!the!number!of!events!encoded!in!the!clause.!Comparing!the! defining!properties!of!serial!verb!constructions!across!the!literature,!it!is!claimed!that!serial!verb! constructions! are! an! epiphenomenon,! due! to! the! morphosyntactic! properties! of! serializing! languages,!and!its!disparities!based!on!typological!framing!(Talmy,!2000).!! In!order!to!give!a!unified!structure!for!the!surface!phenomena!discussed,!the!analysis!presented! in! this! paper! expands! the! conclusions! given! in! Scher! &! Barbosa! (2014),! which! show,! based! on! Haspelmath! (2013)! and! Polinsky! (2013),! that! the! presence! of! applicatives! constructions! is! significantly! associated! to! the! presence! of! datives! where! there! is! some! degree! of! morphosyntactic!complexity,!i.e.,!realize!the!dative!argument!through!an!affix!or!a!case!marker.! These!properties!allow!for!the!suggestion!of!a!Parameter!Hierarchy!(Sheehan!2014),!in!which!the! absence! of! relational! heads! have! more! or! less! effects,! according! to! the! coY! dependencies! of! the! parameters!presented.!! " " " " " " " " " 20! ! Null"Objects"in"Brazilian"Portuguese,"Revisited" ! Ezekiel"J."Panitz"(UCL)" " Keywords:"Null"objects,"Brazilian"Portuguese,"Ellipsis" ! When! discussing! the! topic! of! null! objects! in! Brazilian! Portuguese,! it! is! expedient! to! distinguish! two!classes!of!sentences:!those!in!which!the!verb!preceding!the!null!object!is!identical!to!the!verb! preceding!the!null!object's!antecedent,!and!those!in!which!these!two!verbs!are!distinct.!! (1)!!Class,#1:,Verb3Identical,Null,Object,Sentences,! ! a.! O!João!assinou!os!documentos!e!o!Pedro!assinou!__!também.! ! ! b.! O!João!assinou!os!documentos!antes!do!Pedro!assinar!__.! ! (2)!!Class,#2:,Verb3Distinct,Null,Object,Sentences,! ! a.! !!O!João!assinou!os!documentos!e!a!Maria!carimbou!__.! ! ! b.! !!O!João!assinou!os!documentos!antes!da!Maria!carimbar!__.! ! It!is!generally!agreed!that!Class!#1!involves!VerbYstranding!Verb!Phrase!Ellipsis!(VVPE),!a!subY species!of!Verb!Phrase!Ellipsis!in!which!the!verb!raises!to!Io,!stranding!the!elided!VP.!! (2) O!João!assinou+!Io![VP!tV!os!documentos]!e ! o!Pedro!assinou+!Io![VP!tV!os!documentos]!também.!! There! is,! however,! little! agreement! regarding! the! proper! treatment! of! Class! #2.! One! source! of! disagreement! concerns! the! nature! of! the! empty! category.! Generally,! three! positions! can! be! discerned:!(i)!the!empty!category!is!pro,(Farrell!1990!a.o.);!(ii)!the!empty!category!is!derived!via! ellipsis! (Cyrino! 1994);! (iii)! the! empty! category! corresponds! to! two! different! derivations:! one,! involving!pro,!the!other,!ellipsis!(Ferreira!2000,!Modesto!2000).!! (4)!!!a.!...!e!a!Maria!carimbou!pro.! b.!...!e!a!Maria!carimbou!os!documentos! c. ...!e!a!Maria!carimbou!pro,/!os!documentos!! Furthermore,!there!is!disagreement!internal!to!the!third!position!regarding!the!extent!to!which! ellipsis!is!available.!Ferreira!proposes!that!the!ellipsis!option!is!available!when!the!null!object!is! embedded!within!a!coordinate!structure!(as!in!(2a)),!but!not!when!it!is!embedded!within!a!nonY coordinate! structure! (as! in! (2b)).! By! contrast,! Modesto! argues! that! ellipsis! is! available! in! both! structures.!A!final!source!of!disagreement!concerns!the!size!of!the!ellipsis!site:!for!Cyrino,!the!site! is!DP,!for!Modesto,!it!is!VP!(i.e.,!for!Modesto,!VVPE!takes!place).!! (5)!!!a.!...!e!a!Maria!carimbou+!Io![VP!tV!os!documentos]!! !!!!!!!!b.!...!e!a!Maria!carimbou+!Io![VP!tV!os!documentos] ! In!this!talk,!I!present!novel!empirical!evidence!in!support!of!the!following!three!! claims:!! (6)!!a.!!!!The!empty!category!in!Class!#2!corresponds!to!two!different!derivations:!one!involving!!!!!!!! pro,!the!other,!ellipsis. !! !!!!!!!!b.!! Both!derivations!are!available!in!both!structures!(i.e.,!coordinate!structures!and!nonY!! coordinate!structures).! !!!!!!!!c.!! The! ellipsis! option! does! not! target! DP! (contra! Cyrino);! nor! does! it! involve! VVPE! (contra!Modesto).!! Evidence!in!support!of!(6a)!and!(6b)!comes!from!(9),!whose!ambiguity!indicates!that!the!empty! category!can!be!either!pronominal!or!elliptical,!and!moreover,!that!both!strategies!are!available! in!both!structures.!! (7)!!Strict,Reading,,only,! !!!!!!!a.! A!Maria!pintou!o!cabelo!e/mas!a!Júlia!cortou!ele.! ! !!!!!!!b.! A!Maria!pintou!o!cabelo!antes!da!Júlia!cortar!ele.! ! 21! ! ! (8)!!Sloppy,Reading,,only,! !!!!!!!a.! A!Maria!pintou!o!cabelo!e/mas!a!Júlia!cortou!o!cabelo.! ! !!!!!!!b.! A!Maria!pintou!o!cabelo!antes!da!Júlia!cortar!o!cabelo.! ! (9)!!Strict,and,Sloppy,Readings, ! !!!!!!!a.! !!!!A!Maria!pintou!o!cabelo!e/mas!a!Júlia!cortou!__.!! !!!!!!!b.! !!!!A!Maria!pintou!o!cabelo!antes!da!Júlia!cortar!__.!! (10)!Derivations,of,(9),! a. ...!Júlia!cortou/cortar!pro.!! →!Strict!Reading! ! b. ...!Júlia!cortou/cortar!o!cabelo.!!→!Sloppy!Reading! ! ! Additional! evidence! in! support! of! (6a)! and! (6b)! comes! from! the! following! paradigm.! (11)! illustrates! that! object! pronouns! give! rise! to! an! EYtype! reading! (i.e.,! the! professor/millionaire! decided! to! buy! the! apartments! that! the! students! had! decided! to! rent).! The! sentences! in! (12)! demonstrate!that!repeating!the!direct!object!from!the!previous!clause!gives!rise!to!a!reading!in! which! the! professor/millionaire! decided! to! buy! one! apartment! –! not! all! of! the! apartments.! Tellingly,! the! empty! category! in! (13)! allows! both! the! pronominal! reading! and! the! "one! apartment"! reading.! (Understandably,! the! relative! salience! of! the! two! readings! depends! upon! whether!the!individual!buying!the!apartment(s)!is!a!professor!or!a!millionaire.)!! (11)!E3type,Reading,,only,! ! !!!!a.! !Cada! (um! dos)! aluno(s)! decidiu! alugar! um! apartamento! e/mas! o! professor/milionário!decidiu!comprar!eles.! ! b.! Cada! (um! dos)! aluno(s)! decidiu! alugar! um! apartamento! antes! do!!!!!!!!!!! professor/milionário!decidir!comprar!eles.! ! (12)!"One,apartment",Reading,,only,! a. Cada!(um!dos)!aluno(s)!decidiu!alugar!um!apartamento!e/mas!o!professor/milionário! decidiu!comprar!um!apartamento.! ! b. Cada!(um!dos)!aluno(s)!decidiu!alugar!um!apartamento!antes!do!professor/milionário! decidir!comprar!um!apartamento.! ! (13)!E3type,and,"One,apartment",Readings.,! a. Cada! (um! dos)! aluno(s)! decidiu/ia! alugar! um! apartamento! e/mas! o! professor/milionário!decidiu!comprar!__!(antes).! ! b. Cada!(um!dos)!aluno(s)!decidiu!alugar!um!apartamento!antes!do!professor/milionário! decidir!comprar!__.! ! Turning!to!the!claim!in!(6c),!the!following!data!discredit!a!DPYellipsis!account,!which!! would!have!to!stipulate!that!DPYellipsis!can!take!animate!antecedents!only!when!the!antecedent! is! itself! a! direct! object! –! clearly,! an! awkward! stipulation.! (This! account! would! also! have! to! stipulate! that! pro, cannot! take! animate! antecedents;! however,! since! this! stipulation! is! independently!required,!it!does!not!damage!the!DPYellipsis!account.)!! (14)!a.!! O!João!beijou!a!Mariai!mas!o!Pedro!só!abraçou!__i.!! !!!!!!!!b.!!!!!!*A!Mariai!estava!na!festa!mas!não!agrediram!__!i.!! !!!!!!!!!!!!!!!!!(cf.!O!meu!carroi!estava!no!estacionamento!mas!não!roubaram!__i.) ! As!for!Modesto's!VVPE!account,!most!of!my!consultants!accept!VVPE!only!in!sentences!in!which! the!verb!preceding!the!ellipsis!site!is!identical!to!the!verb!in!the!previous!clause.!Since!all!of!the! testYsentences! I! have! utilized! involve! pairs! of! distinct! verbs! (e.g.,! pintar/cortar),! it! follows! that! the! ellipsis! option! employed! by! (most! of)! my! consultants! cannot! by! VVPE,! contra! Modesto.! (Promissory! note:! At! III! CIEL,! I! will! offer! a! novel! proposal! regarding! what! the! ellipsis! option! actually!involves.)!! Summarizing,! this! talk! presents! an! array! of! novel! evidence! in! support! of! a! novel! conclusion:! 22! ! independent! of! the! structure! within! which! it! is! embedded,! the! empty! category! in! Class! #2! sentences!corresponds!to!two!derivations,!one!involving!pro,and!the!other,!an!elliptical!process! distinct!from!VVPE!and!DPYellipsis.! ! " What"items"can"Merge"manipulate?" The"essential"lexicalcgrammatical"alternation"in"syntax" Vitor"Augusto"Nóbrega"(USP)" " Keywords:"roots,"Merge,"Phasectheory.! ! Recent! studies! on! compounding! suggest! that! nonYcompositional! root! compounds! (RC)! (1)!are!made!up!of!two!bare!roots!directly!merged!in!syntax!(Zhang!2007,!Bauke!2014,!de!Belder! 2015).! Such! assumption,! inherently! associated! to! a! Marantzian! approach! to! multiple! SpellYOut,! has! some! undesirable! consequences! to! a! nonYlexicalist! approach! to! grammar! and! introduces! a! handful! of! computational! costs! in! the! combinatorial! space.! We! claim! instead! that! first! Merge! applications! only! concatenate! a! root! with! a! categoryYassigning! head! or! with! a! bundle! of! grammatical! features,! leading! to! an! obligatory! lexicalYgrammatical! alternation! in! syntax,! in! accordance!with!the!Categorization!Assumption!(Embick!&!Marantz!2008).! In! view! of! the! fact! that! roots! are! ontologically! defined! as! featureYless! objects,! merging! two! bare! roots! raises! the! following! problems:! (i)! projection:! featureYless! items! projecting;! (ii)! headedness:! since! no! root! projects,! it! is! impossible! to! determine! the! compound’s! head;! (iii)! stressYassignment:! once! RCs! bear! a! single! categoryYassigning! head! they! should! only! display! a! single!primary!stress!(Marvin!2002)!–!conflicting!with!empirical!facts!from!Romance!RCs!(2),!(iv)! combinability:! if! Merge! is! triggered! by! feature! valuation,! roots! would! never! be! merged! to! each! other,!and!(v)!grammatical!relations:!in!order!to!allow!the!merger!of!two!bare!roots!it!would!be! necessary!to!resort!to!an!underspecified!Merge!that!applies!freely,!but!this!particular!operation! would!not!generate!the!varied!grammatical!relations!attested!within!compounds!(3).! A!primary!consequence!of!this!claim!is!that!Merge!applies!in!more!than!one!way!in!syntax! (Chomsky! 2000)! and! the! way! it! applies! has! reflexes! at! both! interfaces.! On! the! LF! side,! it! determines! the! grammatical! relations! holding! between! the! compound’s! members! (Nóbrega! 2014)!(3).!On!the!PF!side,!it!governs!vocabulary!insertion.!For!instance,!the!suffixes!3able!and!3 ant,form! the! words! defi3able,and! defi3ant,! which! have! in! principle! the! same! syntactic! structure! (i.e.,![a![v!√DEFI]]).!In!order!to!determine!which!phonological!exponent!wins!the!competition!to! occupy! the! relevant! adjectival! terminal! node,! we! assume! that! 3able! is! the! vocabulary! item! of! a! categorizer! merged! through! feature! valuation,! since! it! strictly! selects! verbal! complements,! differently! from! 3ant,! which! is! the! vocabulary! item! of! a! categorizer! merged! freely! in! grammar,! due!to!its!free!combinatorial!character!(e.g.,!v,!,n:,defend3ant;!v,!,a:,defi3ant).! Finally,! a! second! consequence! is! that! the! first! categoryYassigning! head! is! not! a! phase! head,! hence! does! not! determine! domains! for! interpretation! (Borer! 2013,! Harley! 2014).! Since! Voice! cannot! be! considered! either! a! phase! head,! due! to! the! fact! that! it! is! included! in! nonY compositional! deverbal! compounds! (Nóbrega! 2015),! we! argue! that! the! first! functional! head! concatenated!above!a!categoryYassigning!head!determines!domains!for!interpretation!–!i.e.,!Num! or!D!in!nominal!domains!and!T!in!verbal!domains.!Num,!in!particular,!accounts!straightforwardly! for! Bauke’s! (2014)! typology! of! nonYcompositional! RCs! from! German,! without! resorting! to! the! Marantzian!approach.!! ! (3) a.!(English)!! ! doghouse! 23! ! b.!(German)! ! liebesbrief,! ‘love!letter’!! (4) a.!(Portuguese)!pèixe,espáda, ‘sword!fish’! (5) a.![Subordination]! love,story! b.![Attribution]!sword,fish, c.![Coordination]! actor3director, , , , Considerações"de"interface"sintaxecsemântica"sobre"a"omissão"da"cópula"em" sentenças"copulares"do"PB" ! Simone"Guesser"(UFRR)" Marcelo"Giovannetti"Ferreira"Luz"(UFRR)" ! O!clássico!estudo!de!Higgins!(1979)!apresenta!uma!tipologia!de!sentenças!copulares!em!que!se! distinguem! copulares! predicativas,! especificacionais,! identificacionais! e! equativas.! Sucessivamente,!foram!apresentadas!na!literatura!diversas!propostas!de!redução!da!tipologia!em! Higgins! (1979),! diminuindo! número! de! classes! para! três,! duas! ou! apenas! uma! (Cf.! HEYCOCK! e! KROCH! (1999),! DEN! DIKKEN! (2006),! MIKKELSEN! (2005),! BIRNER,! KAPLAN! e! WARD! (2007),! HELLER! (2005)).! O! debate! em! torno! classificação! das! sentenças! copulares! está! diretamente! ligado!à!investigação!sobre!a!contribuição!semântica!da!cópula.!Mais!especificamente,!a!questão! crucial!é!se!existem!diferentes!tipos!de!cópula!e,!no!caso!em!que!existam!cópulas!com!semânticas! distintas,!se!elas!refletem!as!diferentes!classes!de!sentenças!copulares.!A!esse!respeito,!autores! como! Schlenker! (2003),! Romero! (2005),! e! Comorovski! (2007)! argumentam! em! favor! da! existência!de!três!cópulas!semanticamente!distintas,!enquanto!Mikkelsen!(2005)!e!Heller!(2005)! assumem!duas,!e!Partee!(1986),!Geist!(2007)!e!Heycock!e!Kroch!(1999)!propõem!a!existência!de! apenas!uma!(cf.!HEUSINGER,!MAIENBORN!e!PORTNER,!2011).!! Este! trabalho! tem! como! objetivo! contribuir! para! a! discussão! acerca! da! semântica! das! sentenças!copulares!por!meio!de!um!estudo!da!sintaxe!do!apagamento!da!cópula.!Para!chegar!a! tal!objetivo,!é!analisado!o!comportamento!de!diferentes!tipos!de!sentenças!com!cópula!quanto!a! fenômenos!sintáticos!como!topicalização!argumental!e!não!argumental,!focalização!contrastiva!e! de! informação! nova! e! inserção! de! advérbio! altos! e! baixos.! Os! dados! analisados! sugerem! a! existência!de!dois!grupos!de!sentenças!copulares!quanto!à!omissão!da!cópula.!Um!deles!é!o!das! predicacionais!e!especificacionais,!que!se!caracterizam!por!restringir!a!omissão!à!posição!inicial! da!sentença.!O!outro!é!o!das!copulares!equativas!e!identificacionais,!que!se!acomunam!por!não! permitirem!apagamento.!Para!dar!conta!dessa!divisão,!hipotetizaremos,!nas!linhas!de!Mikkelsen! (2005),! que! ela! resulta! da! existência! três! tipos! de! sentenças! copulares! (predicativa,! especificacional! e! equativa)! e! dois! tipos! de! cópula.! No! que! diz! respeito! à! semântica! da! cópula,! esse! autor! propõe! uma! distinção! entre! uma! cópula! de! identidade! e! uma! de! predicação.! A! primeira! é! encontrada! em! sentenças! equativas! (e! identificacionais),! enquanto! a! segunda! em! sentenças! copulares! predicativas! e! especificacionais.! Além! disso,! assumindo! a! Abordagem! Cartográfica!da!Teoria!Gerativa,!propomos!que!cada!uma!dessas!duas!cópulas!ocupa!diferentes! núcleos! funcionais,! com! suas! respectivas! projeções,! os! quais! são! responsáveis! pelas! leituras! predicacional! e! equativa.! Nessa! perspectiva,! a! possibilidade! ou! não! de! apagamento! da! cópula! será!uma!consequência!das!diferentes!posições!que!cada!tipo!de!cópula!ocupa!na!estrutura.!Por! fim,! a! leitura! especificacional! será! analisada! como! resultante! da! combinação! da! semântica! da! cópula!predicacional!com!a!presença!de!sintagmas!focalizados!nas!duas!diferentes!projeções!de! foco!ativas!no!PB,!a!da!periferia!esquerda!e!de!vP,!propostas,!respectivamente,!por!Rizzi!(1997,! 2001)!e!Belletti!(2004).! ! 24! ! ! On"patientcbeneficiary"accusative"constructions" ! Fernando"Martín"Carranza"(Universidad"de"Buenos"Aires,"FONCyT)" Sonia"Tamara"Kaminszczik"(Universidad"de"Buenos"Aires,"CONICET)" " Keywords:"Thetacrole"assignment,"argument"structure,"patientcbeneficiary"accusative" construction." ! The$aim$of$this$work$is$to$account$for$a$novel$pattern$in$Spanish$(1),$compatible$with$predicates$ like:&convidar)(to)invite),!adjudicar((to(award),"obsequiar)(to)give)a)present),"among"others."These" constructions) seem) similar) to) the) soYcalled& fulfilling! construction) (Levin' 1993)' –! already' identified'in' English'by' Jespersen' (1927)'and'analyzed' by' Pesetsky' (1995)' among' others'–!but$ differ&in&one&crucial&point:'in'Spanish'(1b)'does'not'accept'an'overt'beneficiary.! !!!!!!!!!(1)""! !(a)$Pedro$$$$$$le$$$$$$$$$$convidó$cerveza$$$a$Juan.! !!!!!!Pedro&CLYDAT$! invited!!!!!beer$$$$$to$Juan.! !(b)$Pedro$$$$$(lo)$! convidó((con(cerveza(((((a((((Juan((*para(María).(! !!!!!!Pedro&(CLYACC)$! !!invite&&&&with&&&beer&&&&DOM&Juan.&(*for&María)! !(c)$Juan$fue$convidado$con$cerveza$$$(por$Pedro).! !!!!!!Juan%%%was%invited%%%%with%beer%%%%%%%(by%Pedro).%! The$impossibility$of$adding$an$oblique$beneficiary$to$(1b)$hints$that,$like$in#(1a),#Juan!receives'a' beneficiary*role.*However,*as*in*common*transitive*clauses,*it*preserves*the*meaning*of*affected* object,( suggesting( simultaneous( presence( of( a( patient( role.( Therefore,( we( propose( a( patientY beneficiary*accusative*construction*for*sentences&like&(1.b)&and&provide&a&proper&derivation&that& also% accounts% for% the% possibility% of% passivization% (1.c).% This% talk% argues% for% the% necessity% of% relaxing)the)strict)merge)condition)on) Yassignment)to)account)for)(1).)Especially,)we)assume)a) longYdistance& Yrole%assignment%proposal%(Saab%2015;%Pujalte%&%Saab%2012,%2014;%Kaminszczik%&% Saab$ in$ press):$ a$ DP$ can$ receive$ a$ Yrole% iff% it% is% active% and% local% with% respect% to% the% relevant% thematic(head((a(thematic(head(being(a(head(that(subcategorizes(a(DP).! Under% this% approach,% we% propose% that% constructions% as% (1.b)% include% a% PP!in# which# the# P# head# subcategorizes- two- DPs,- in- complement- and- specifier- positions,- and- Ymarks& them& as& the& instrument)and)patient)respectively,)as)postulated)for)verbs)like)put!(Hale&&!Keyser&2002).&Thus,& for$(1.b),$we$propose$the$following:$! (2)! , Then,& an& Applicative& Phrase& (Pylkkännen& 2002,& Cuervo& 2003)& merges& with& the& PP& and& assigns& Juan!the$beneficiary$role.$Spanish$beneficiary$roles,$we$claim,$can$only$be$assigned$by$App.P$or$ para! preposition) (Pujalte) 2009).) When) little) v! merges,' Juan! checks& accusative& case& via& Agree& (Chomsky)2001).)The)present)analysis,)that)allows)thematic)hybrids)under)certain)configuration,) predicts) the) possibility) of) passivization) and) extends) longYdistance) Yassignment( proposal( coverage(to(new(cases.! ! ! ! 25! ! ! " Sessão"de"Comunicação"5"" " Missing"antecedents"found" Philip"Miller,"Universidade"de"São"Paulo"e"Université"Paris"Diderot" Pascal"Amsili,"Université"Paris"Diderot" Gabriel"Flambard,"Université"Paris"Diderot" Barbara"Hemforth,"Univrersité"Paris"Diderot" ! Since! their! seminal! paper! of! 1971,! Grinder! and! Postal's! ‘missing! antecedent! phenomena’! have! been!one!of!the!central!arguments!in!favor!of!hidden!syntactic!structure!underlying!ellipsis!and! anaphora.!The!argument!is!most!often!cited!in!the!form!given!to!it!by!Hankamer!and!Sag!1976,! using!examples!like!(1).!In!(1a),!the!indefinite!NP!‘under!the!scope!of!negation’!cannot!serve!as!an! antecedent!for!it;!(1b)!escapes!the!problem!because!of!the!explicit!occurrence!of!the!antecedent! in!the!nonYnegative!second!clause;!the!acceptability!of!(1c)!is!taken!to!argue!for!the!underlying! syntactic!presence!of!the!struckYout!VP,!which!provides!the!necessary!antecedent,!showing!that! Verb!Phrase!Ellipsis!(VPE)!is!a!case!of!surface"anaphora;!the!putative!ungrammaticality!of!(1d),! on!the!other!hand,!is!argued!to!show!that!do,it,is!a!deep" anaphor,!i.e.!that!it!is!not!obtained!by! substitution! of! the! antecedent,! but! is! present! as! such! in! deep! structure,! offering! no! more! of! an! antecedent! for! it,than! (1a).! In! the! discussion,! we! call! I've,never,ridden,a,camel,the! ‘antecedent! clause’,! but, Ivan, has, (done, it), the! ‘VP! anaphor! clause’! and! but, he, says, it, stank, horribly, the! ‘it, clause’!! (1)!a.!*I've!never!ridden!a!camel,!and!it!stank!horribly. ! !!!!!b.!I've!never!ridden!a!camel,!but!Ivan!has!ridden!a!cameli,!and!he!says!iti,stank!horribly.!! !!!!!c.!I've!never!ridden!a!camel,!but!Ivan!has![ridden!a!cameli],!and!he!says!iti,stank!horribly.!! !!!!!d.!*I've!never!ridden!a!camel,!but!Ivan!has!done!it,!and!he!says!iti,stank!horribly.!! ! The! purpose! of! this! paper! is! to! argue! that! these! data! have! been! completely! misconstrued! and! that! it! is! impossible! to! use! the! contrast! between! (1c)! and! (1d)! as! an! argument! for! hidden! structure.!Our!arguments!will!be!based!on!both!theoretical!and!empirical!evidence!(acceptability! experiments).!Specifically,!we!argue!first!that!the!argument!is!selfYcontradictory,!since!the!it,of!do, it,is!analyzed!as!a!deep!anaphor!by!H&S!and!should!make!the!inference!of!a!specific!camelY!type! referent! available.! Building! on! this,! we! argue! that! the! difference! in! acceptability! between! (1c)! and!(1d)!is!in!fact!explained!by!the!different!discourse!conditions!on!the!use!of!VPE!and!do,it,(cf.! author! 2011,! 2014a,b),! rather! than! on! a! syntactic! difference! between! the! two.! We! corroborate! this! by! an! acceptability! experiment! run! on! Amazon! Mechanical! Turk! which! shows! that! when! discourse!conditions!are!taken!into!account,!there!is!no!difference!in!acceptability!between!VPE! and!do,it,with!respect!to!missing!antecedents.!! " ! Numerais"distributivos" Ana"Muller"(USP)"&"Marta"Donazzan"(Universität"Köln)" " Foco.! Este! trabalho! enfoca! os! numerais! distributivos! adverbiais! (NDists)! em! chinês! mandarin! 26! ! (SinoYTibetana)!e!em!karitiana!(Tupi),!duas!línguas!não!relacionadas!tipologicamente!e!que!não! marcam!seus!nominais!(DPs/NPs)!para!a!distinção!singularYplural.!! Objetivos:!Com!base!nessas!línguas,!nosso!objetivo!é!investigar!a!semântica!dos!NDists!e!assim! contribuir!para!a!compreensão!da!relação!entre!a!distributividade!e!a!individuação!no!domínio! dos!eventos!(Gil!1988,!Balusu!2006).!! NDists.! Numerais! reduplicados! são! a! forma! mais! comum! de! NDists.! Gil! 1982! propõe! a! generalização! tipológica! de! que! todas! as! línguas! possuiríam! NDists.! Esses! adverbiais! têm! sido! analisados!como!operadores!distributivos!sobre!predicados!(Beck!&!Stechow!2007,!Cable!2014).! Em! mandarin,! uma! língua! de! classificadores,! NDists! são! formados! pela! reduplicação! do! Numeral+Classificador!(1)!e,!em!karitiana,!pela!reduplicação!do!numeral!(2).! ! NDists!podem!ser!usados!para!descrever!pelo!menos!três!tipos!de!situações,!que!correspondem! às!leituras!(1aYc)!e!(2aYc).!Essas!leituras!podem!ser!descritas!como!casos!de!distribuição!sobre! participantes,! tempo! ou! espaço.! No! entanto,! apenas! o! Mandarin! permite! distribuição! sobre! o! argumento!externo.!! Questões.! O! trabalho! se! coloca! as! seguintes! questões:! (i)! qual! é! a! semântica! dos! NDists! em! mandarin!e!em!karitiana?;!(ii)!de!que!modo!os!NDists!individuam!eventos?;!(iii)!NDists!ocorrem! em!todas!as!línguas!humanas?.!! Teses.! Defendemos! que,! tanto! em! mandarin! como! em! karitiana,! e! possivelmente! em! todas! as! línguas! humanas,! NDists! adverbiais! pluralizam! relações! entre! entidades! e! eventos! (Beck! &! Stechow! 2007,! Cable! 2014).! Sua! distributividade! é! analisada! como! uma! consequência! dessa! operação.! Assim,! suas! interpretações! distributivas! dependem! da! maneira! pela! qual! os! participantes! que! individuam! os! eventos! são! postos! em! correspondência! com! distintos! tempos! (‘vezes’)! ou! espaços! (localizações)! ou! outros! participantes! em! cada! contexto! (Cable! 2014).! Pluralizar!pressupõe!individuar.!Nossa!análise!propõe!que!NDists!individuam!eventos!através!de! seus! participantes,! que! são! organizados! em! grupos! de! uma! cardinalidade! determinada! pelo! numeral.!Defendemos!também!que!NDists!são!bons!candidatos!a!universais!semânticos.!! Mais! especificamente,! propomos! que! a! operação! realizada! por! NDists! é! composicional.! Primeiramente,! o! Classificador! (implícito! ou! explícito)! divide! o! evento! em! subeventos! de! um! certo! tipo.! A! seguir! o! numeral! agrupa! esses! subeventos! em! grupos! de! eventos! de! quantidade! determinada! pelo! numeral.! Finalmente,! a! reduplicação,! marca! a! distribuição,! ou! seja,! o! pareamento! de! cada! grupo! de! eventos! a! tempos,! locais! ou! participantes.! A! definição! formal! de! NDist! é! apresentada! em! (3).O! resultado! da! aplicação! do! operador! NDist! a! um! predicado! é! ilustrado!pela!forma!lógica!(3)!da!sentença!karitiana!(2)!(‘Homens!comeram!macacos!de!dois!em! dois’).!! 27! ! ! onde:! d,! e,! t:! tipos! semânticos! de! entidades,! eventos! e! sentenças! respectivamente;! P:! variável! sobre!predicados;!n:!variável!sobre!números!reais;!x:!variável!sobre!entidades;!e:!variável!sobre! eventos;!|e|=!a!cardinalidade!de!e;!a<b:!a!é!parte!de!b;!s:!supremo!(a!maior!soma!de!entidades!de! um!conjunto!ou!reticulado.!! Pluracionalidade" e" distributividade.!Nossa!análise!implica!que!as!dimensões!sobre!as!quais!a! distribuição! ocorre! –! temporal,! espacial! ou! baseada! nos! participantes! do! evento! –! são! subprodutos!da!distribuição!sobre!um!dos!participantes.!Nesse!sentido,!ela!é!indeterminada.!! " " " Inflected"infinitives"and"the"theory"of"control:"a"unified"account"of"BP"null"subjects! " Marcello"Modesto"(USP)" " In! the! field! of! generative! grammar,! inflected! infinitives! (IIs)! have! not! been! thoroughly! scrutinized.!Raposo!1987!is!a!wellYcited!work!that!deals!with!only!with!certain!aspects!about!IIs! in! European! Portuguese! (EP).! This! presentation! will! discuss! new! data! on! Brazilian! Portuguese! (BP)! IIs! that! suggest! a! theory! of! control! unlike! any! of! the! current! available! accounts.! The! problem!revealed!by!IIs!in!BP!has!two!sides!to!it:!on!the!one!hand,!IIs!can!be!controlled;!on!the! other,! IIs! seem! to! participate! in! the! licensing! of! lexical! subjects! in! nonfinite! clauses.! Those! two! seemingly! contradictory! properties! (according! to! the! standard! analyses! of! control)! may! be! explained! if! we! assume,! with! Chomsky! 2005,! that! C! is! taken! from! the! lexicon! with! a! set! of! ϕY features! that! are! then! transferred! to! T.! Differently! from! Chomsky,! we! need! to! assume! that! C! is! not!always!specified!with!a!complete!set!of!ϕYfeatures!so!not!every!T!subcategorized!by!C!will!be! a! ϕYcomplete! T.! As! consensually! assumed,! a! ϕYcomplete! T! licenses! a! lexical! subject,! but! an! incomplete!T!does!not.!Therefore,!licensing!of!nonfinite!lexical!subjects!will!depend!on!the!matrix! predicate! subcategorizing! a! complete! or! an! incomplete! C! complement.! We! will! argue! that! a! ϕY complete! C! in! BP! is! lexicalized! by! the! preposition! de,‘of’.! The! property! of! subcategorizing! a! ϕY complete!nonfinite!C!is!not!a!peculiarity!of!BP.!In!Italian,!according!to!an!updated!reading!of!Rizzi! 1982,!there!would!also!be!such!ϕYcomplete!nonfinite!Cs,!which!would!trigger!TYtoYC!movement! (for!morphological!reasons,!I!will!assume).!The!same!seems!to!happen!in!EP.!! ! The! fact! that! inflected! nonfinite! clauses! are! controlled! in! BP! can! be! seen! in! (1)! (cf.! Modesto! 2010,! 2011).! Inflected! infinitives! have! all! the! properties! of! Obligatory! Control! (de! se! readings!and!sloppy!readings!in!ellipsis)!(see!(2)).!However,!most!contexts!that!license!inflected! infinitives!in!BP!also!license!overt!subjects!(3).!This!creates!a!theoretical!problem!that!can!only! be!solved!assuming!(with!Miyagawa!2010)!that!phiYfeatures!can!be!selectively!inherited!by!T!in! different!ways!in!different!languages.!BP!will!be!argued!to!have!only!the!feature![number]!in!T.! The! person! feature! stays! in! the! C! domain! with! the! feature! [topic].! This! theory,! necessary! to! explain!inflected!infinitives,!in!fact!reaffirms!the!analysis!proposed!in!Modesto!2000,!2008!(but! also! in! Galves! 1993,! 2001)! that! subjects! normally! climb! to! the! a! higher! position! in! BP! than! in! genetically!close!related!languages.!When!a!subject!is!lacking,!or!in!accord!with!discourse!rules,! an!object,!a!locative!or!other!constituents!may!occupy!such!position,!as!seen!by!the!reference!of! embedded!subjects.!! ! We!will!also!argue!that!C!itself!may!be!defective,!not!containing!all!phiYfeatures.!This!is! necessary! both! for! Control! and! to! explain! the! syntax! and! interpretation! of! generic! subjects! (following!Holmberg!2005,!2010).!Lexical!subjects!will!be!licensed!only!by!ϕYcomplete!Cs.!A!ϕY 28! ! incomplete!C!will!also!transfer!its!features!to!T,!but!a!lexical!subject!will!not!be!licensed.!If!the! nonfinite! subject! (what! is! usually! called! PRO)! does! not! possess! valued! ϕYfeatures,! the! only! possible! derivation! will! be! one! in! which! nonfinite! T! Agrees! with! a! matrix! functional! head! in! order! to! value! its! own! features! (as! in! Borer! 1989,! Landau! 2015).! In! this! case,! nonfinite! T! is! possibly! pronounced! inflected.! The! simplest! theory! of! control! able! to! account! for! the! BP! data! assumes! that! there! is! no! PRO! (an! anaphoric! pronoun)! but! minimal! pronouns! (in! the! sense! of! Kratzer! 2009)! that! end! up! controlled.! In! one! possible! derivation,! the! number! feature! values! nonfinite! T! as! plural! whereas! the! person! feature! is! only! valued! by! Agree! (control)! by! a! matrix! functional!head.!In!this!case,!nonfinte!T!is!pronounced!inflected,!deriving!the!possibility!of!partial! control,!as!in!(4).!! " " " Multiple"determiners"in"Brazilian"Portuguese"indefinite"noun"phrases:" intensification"reading"and"agreement"marker"distribution" ! Maria"José"Foltran"(UFPR/CNPq)" Vítor"Augusto"Nóbrega"(USP)" Livia"Oushiro"(USP)" " Keywords:"determiner"doubling,"intensification,"agreement." ! Brazilian!Portuguese!(BP)!exhibits!multiple!marking!of!indefinite!determiners!in!the!context!of! adjectival! and! nominal! intensifiers! (1).! This! phenomenon! parallels! multiple! indefinite! determiners! attested! in! Germanic! languages! (2),! differing! in! that! the! former! displays! a! preposition! (viz.,! “de”)! between! the! modified! noun! and! the! intensifier.! In! this! talk,! our! goal! is! twofold:!(i)!describe!the!intensification!reading!displayed!by!the!indefinite!article!doubling!in!BP,! and!(ii)!present!the!statistical!distribution!of!agreement!markers!(number!and!gender)!in!these! complex!DPs,!subject!to!great!variation.! Foltran! and! Nóbrega! (2015)! provide! a! typology! of! the! intensifiers! that! allow! indefinite! article! doubling!in!BP,!namely:!(i)!innovative!adjectives!(e.g.,!tremendo,‘tremendous’,!bruto,‘rude’),!(ii)! nominal!intensifiers!(e.g.,!puta,‘whore’,!senhor,‘sir’,!baita),!(iii)!borrowed!intensifiers!(e.g.,!mega,! hiper,! super,! big)! and! (iv)! adnominal! degree! modifiers! (Morzicky! 2012)! (e.g.,! verdadeiro, ‘true’,! total,‘total’,!grande,‘big’,!completo,‘complete’,!perfeito,‘perfect’).!All!behave!quite!in!the!same!way:! (a)! they! precede! the! modified! element,! (b)! they! can! be! used! in! attributive! position! but! not! in! predicative!position,!and!(c)!they!can!concord!with!the!modified!noun.! In!the!context!of!complex!DPs,!agreement!markers!can!be!inserted!in!four!potential!loci:!(i)!in!the! first! and! in! the! second! indefinite! articles,! (ii)! in! the! intensifier,! and! (iii)! in! the! modified! noun.! Speakers! tend! to! mark! some! of! these! loci,! but! not! all! of! them.! To! determine! which! loci! are! privileged!to!receive!agreement!markers,!and!in!which!of!them!the!lack!of!these!markers!leads!to! ungrammaticality! we! developed! two! experiments! in! which! 240! speakers! judged! a! set! of! sentences!with!varied!distribution!of!agreement!markers!on!the!aforementioned!intensifiers.!The! data!were!analyzed!in!mixed!effects!models!in!the!software!R!(Baayen!2008).!!! The! preliminary! results! show! that! speakers! tend! to! preserve! the! agreement! markers! of! the! determiners! (3),! while! the! noun! can! remain! unmarked! due! to! the! fact! that! BP! allows! lack! of! agreement!markers!internal!to!the!DP.!The!only!context!that!leads!to!ungrammaticality!is!when! the! first! article! lacks! agreement! markers.! On! other! hand,! we! noted! that! the! intensification! reading! present! in! these! modifiers! is! the! responsible! for! triggering! determiner! doubling.! However,!it!is!not!clear!whether!or!not!these!additional!determiners!are!actually!determiners!or! spurious!articles.!We!present!evidence!for!the!second!assumption!and!question!the!analysis!put! 29! ! forth!by!Alexiadou!(2014)!based!on!den!Dikken’s!(2006)!predicate!structures,!since!this!analysis! cannot!explain!the!emergence!of!a!preposition!in!BP!data!as!opposed!to!Germanic!cases.! ! (1) a.!Ele,comprou,uma,puta,,,,,,,de,,,uma,,casa,! ! !!!!he!bought!!!!!a!!!!!!!whore!!!!of!!!a!!!!!!!house! !!!!‘He!bought!an!incredible/amazing!house’!! b.!Foi,,,,,um,tremendo,,,,,de,um,vendaval! !!!!was!!!!a!!!tremendous!!of!!a!!!!windstorm! !!!!‘It!was!a!tremendous!windstorm’! ! ! (2) en,stor,en,kar,! ! (Northern!Swedish;!Delsing!1993), a!!!big!!!a!!man! ! (3) a.!Ele,comprou,umas,puta,,,,,,,,de,,umas,,casa., !!!!he!bought!!!!!!!aPL!!!whore!!!!of!!!aPL!!!!house, !!!!‘He!bought!incredible/amazing!houses’!! , , , Challenges"for"encoding"focus"in"the"syntax:"experimental"evidence"from" Spanish" Timothy"Gupton,"University"of"Georgia"(USA)" " DiscourseYconfigurational! languages! present! unique! challenges! to! generative! theory! vis! à! vie! their! apparently! flexible! word! order.! Although! numerous! studies! (e.g.! Rizzi! 1997,! Zubizarreta! 1998)!have!proposed!syntactic!features!corresponding!to!information!structure!notions!such!as! topic,! focus,! and/or! contrast! to! generate! word! order! variation,# a# common# objection# to# positing# information) structure) features) in) the) lexicon) (e.g.) Szendrői) 2004)) is) that) it) violates) Chomsky’s) (1995)! Inclusiveness! Condition.! Additionally,! Kim! &! Avelino! (2003)! present! evidence! against! a! CartographicYstyle! intonationYinformation! structure! correspondence! (e.g.! Frascarelli! &! Hinterhölzl!2007)!in!Mexican!Spanish.!Proposals!such!as!López!(2009)!have!taken!an!alternative! route,! proposing! the! existence! of! a! Pragmatics! module! that! inspects! syntactic! structures! and! assigns! pragmatic! features! at! phaseYedge.! However,! López! (2009)! and! many! other! generative! studies!of!Spanish!syntax!(e.g.!CasiellesYSuárez!2004)!implicitly!or!explicitly!assume!Zubizarreta! (1998),! by! which! subject! narrow! focus! necessarily! appears! at! the! rightmost! clausal! edge! (1a),! coinciding!with!nuclear!stress!(indicated!in!bold).!For!Zubizarreta,!a!stress!shift!to!the!subject!(cf.! 1b)! imposes! a! contrastive! focus! reading! on! the! subject.! I! present! challenges! to! this! view! of! Spanish! syntax,! and! will! show! evidence! suggesting! that! Spanish! is! not! categorical! with! focus! assignment! at! the! leftYedge! (contrastive! focus)! and! the! rightYedge! (narrowYfocus).! Rather,! it! allows!for!optionality!in!focus!assignment.!! I! present! Spanish! nativeYspeaker! results! (N=20)! from! an! experimental! study! on! the! L2! acquisition! of! word! order! variation! based! on! Hertel! (2003),! Lozano! (2006),! and! Domínguez! &! Arche! (2008),! supported! by! accompanying! audio! for! all! response! options! to! control! for! intonation! accommodation! following! Kitagawa! &! Fodor! (2006).! Informants! are! primarily! from! Spain!and!Peru.!Appropriateness!Judgment!Task!(AJT)!results!for!subject!narrowYfocus!contexts! (4Ypoint! Likert! plus! “I! don’t! know”! option)! indicated! statistical! differences! among! word! order! replies!(Table!1).!However,!Word!Order!Preference!Task!(WPT)!data!was!more!illustrative!with! respect! to! syntactic! optionality! in! these! speakers.! Approximately! half! of! participant! responses! 30! ! for!subject!contrastive!contexts!(48%)!and!subject!narrowYfocus!contexts!(50%)!indicated!that! SV!and!VS!word!order!replies!were!equally!acceptable!(SV=VS,!Table!2).!! This! data! is! consonant! with! studies! on! information! focus! in! Argentine! Spanish! (Gabriel! 2007,! 2010),!Andean!Spanish!(Muntendam!2009),!and!Mexican!Spanish!(Gupton!&!LealYMéndez!2013;! Hoot! 2012;! LealYMéndez! &! Slabakova! 2011)! that! indicate! that! narrowYfocus! constituents! need! not!appear!in!clauseYfinal!position,!contrary!to!the!predictions!of!Zubizarreta!(1998).!My!data!is! also!consonant!with!Domínguez’s!(2004)!contrastive!focus!(CF)!data!from!Alicante,!Spain,!which! suggested! that! CF! may! occur! in, situ, or! in! the! leftYperiphery,! a! finding! also! not! predicted! by! Zubizarreta!(1998).!The!optionality!of!forms!indicated!by!this!study!and!others!(e.g.!Titov!2012! for!optionality!with!contrastive!focus!in!Russian)!are!indicative!of!the!need!in!generative!syntax! to! gather! experimental! data! from! native! speaker! populations! to! falsify! claims! of! categorical! judgments! with! respect! to! information! structure.! Until! we! take! optionality! seriously,! it! will! continue!to!impede!our!progress!in!mapping!information!structure!to!syntax.!! " " " " " ! " ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! 31! ! ! ! ! " " SESSÃO"DE"PÔSTER" " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " " 32! ! O"papel"do"input"no"aprendizado"do"uso"do"sujeito"nulo"na"escrita"por" alunos"da"educação"básica" ! Edite"Consuêlo"da"Silva"Santos"(UFPE)" Helena"da"Silva"Guerra"Vicente"(UnB)" ! No! presente! estudo,! a! estrutura! linguística! investigada! é! o! sujeito! nulo,! e! a! teoria! de! base! é! a! gramática!Gerativa.!Como!é!consenso!entre!os!estudiosos!do!sujeito!nulo!no!português!do!Brasil! (NEGRÃO,! 1990;! DUARTE,! 1995;! CYRINO,! DUARTE! &! KATO,! 2000),! o! uso! dessa! estrutura! está! diminuindo! drasticamente,! e! o! sujeito! pleno! já! é! predominante! em! diversos! contextos! de! fala.! Desde!o!início!do!período!escolar,!portanto,!a!criança!possui,!em!sua!gramática!interna,!diversos! contextos!de!fala!que!favorecem!o!preenchimento!da!estrutura!sujeito,!porém,!ao!chegar!à!escola,! se! depara! com! outra! forma! de! expressão! da! linguagem! –! a! escrita! –! que! não! favorece! o! preenchimento,!e!sim!o!nulo.!Segundo!Magalhães!(2000),!os!alunos!do!Ensino!Fundamental!no! Brasil! utilizam! o! sujeito! nulo! nas! redações! escolares! com! eficiência! –! de! acordo! com! o! que! a! escola!exige!–!apenas!nos!últimos!anos!(8º!e!9º),!e!as!correções!feitas!pelos!professores!não!são! eficientes! para! adequar! o! uso! do! sujeito! nulo! na! escrita! a! curto! prazo.! O! que! propomos! neste! estudo! é! verificar! o! papel! do! livro! didático! no! aprendizado! do! uso! do! sujeito! nulo! na! escrita,! observando! se! ele! oferece! o! input! com! a! qualidade! e! a! quantidade! necessárias! para! tal! aprendizado!por!parte!do!aluno,!bem!como!se!os!autores!discorrem,!no!manual!do!professor!ou! nas! sugestões! dadas! ao! professor! no! decorrer! do! livro,! sobre! técnicas! como! a! “eliciação”! (eliciting),! que! aproveita! o! conhecimento! prévio! (a! gramática! internalizada)! do! aluno,! fazendo! com! que! ele! procure! respostas! a! partir! desse! conhecimento.! A! fase! inicial! da! metodologia! consiste! na! busca! (i)! de! ocorrências! do! sujeito! nulo! nos! textos! e! nas! atividades! propostas! dos! livros! didáticos! do! 4º! a! 9º! anos! do! Ensino! Fundamental,! período! no! qual! os! alunos! estão! produzindo! textos! escritos,! desde! narrações,! no! 4º! ano,! até! dissertações,! no! 9º! e! (ii)! de! orientações!para!eliciação!no!manual!do!professor!ou!nas!sugestões!dadas!no!decorrer!do!livro.! Nossos! resultados! apontam! que! o! input! fornecido! pelo! livro! didático! apresenta! tanto! o! uso! do! sujeito!nulo,!característico!da!escrita!mais!formal,!quanto!do!sujeito!pleno!com!as!inovações!da! fala!do!português!brasileiro.!Na!realidade,!não!há,!por!parte!dos!autores!dos!livros!didáticos,!uma! preocupação!com!input!para!o!aluno!ou!com!instruções!direcionadas!ao!professor!para!que!ele! possa!aplicar!técnicas!de!eliciação;!a!importância!do!input!sequer!é!levada!em!consideração.! ! ! " A"ambiguidade"dos"predicados"psicológicos"da"classe"de"assustar:"o"caso"das" passivas"verbais"e"adjetivais" ! Bruno"Pilastre"de"Souza"Silva"Dias"Universidade"de"Brasília" ! Palavrascchaves:"predicados"psicológicos;"voz"passiva;"ambiguidade." ! Neste! trabalho! discutimos! a! ambiguidade! dos! predicados! psicológicos! da! classe! de! assustar, quanto! à! interpretação! estativa/eventiva.! Tal! ambiguidade! torna! essa! classe! especial! em! contexto!de!construção!passiva!verbal!e!adjetival.!Ao!se!analisar!os!predicados!do!tipo!assustar,! verificaYse! que! há! a! possibilidade! de! se! construir! tanto! a! passiva! verbal! quanto! a! passiva! adjetival! (1aYb).! No! entanto,! não! obstante! serem! também! predicados! ExperienciadorYObjeto! (ExpObj),! predicados! do! tipo! preocupar,rejeitam! a! passiva! verbal! e! aceitam! a! passiva! adjetival! 33! ! (2aYb)! e! predicados! do! tipo! acalmar,aceitam! apenas! a! passiva! verbal! (3aYb).! O! comportamento! de!verbos!como!assustar,apresentaYse!como!um!problema!teórico,!principalmente!em!relação!às! razões!que!levam!esses!verbos!a!apresentarem!a!dupla!leitura,!estativa!ou!eventiva.!! Defendemos! que! a! ambiguidade! de! predicados! do! tipo! assustar, (e.g.,! animar,! atemorizar, e! amedrontar)! pode! ser! explicada! pela! relação! entre! raiz! e! morfologia! causativa.! Para! esses! predicados,! a! interpretação! estativa! adviria! da! raiz! nominal! (susto,! ânimo,! temor,! medo)! e! a! interpretação! eventiva,! da! morfologia! causativa! (aYraizestYarev).! Os! predicados! da! classe! de! acalmar, (e.g.,! alegrar,! amansar)! também! são! formados! por! raízes! estativas! e! morfologia! causativa!–!esses!predicados!se!distinguem!dos!predicados!da!classe!de!assustar,por!formarem! construções!com!a!forma!do!adjetivo!(João!ficou!calmo,com!os!cuidados!da!enfermeira),!em!que! não! se! observa! a! morfologia! causativa! (nem! a! morfologia! participial).! Os! predicados! do! tipo! preocupar, (e.g.! retrair,! saturar,! inibir),! por! fim,! não! são! ambíguos! em! relação! à! interpretação! estativa/eventiva! –! são! estativos.! Esses! verbos! estão! relacionados! a! nomes! estativos! (preocupação),!inexistindo!morfologia!eventiva!relevante!em!sua!estrutura.!! Consideramos,!ainda,!que!o!traço!de!eventividade!é!determinante!para!licenciar!a!passiva!verbal.! É!sabido,!por!exemplo,!que!certas!construções!pseudotransitivas!(4a)!não!aceitam!passiva!verbal! (4b),!uma!vez!que!não!há,!nessas!estruturas,!complemento!direto!(4c).!No!entanto,!quando!uma! construção! pseudotransitiva! dispõe! de! uma! variante! causativa,! em! que! há! a! presença! de! um! sujeito!agente,!admiteYse!passiva!verbal!(5aYc).!! Estamos! de! acordo! com! Landau! (2005)! quanto! à! proposta! de! que! as! propriedades! dos! psicológicos!são!anuladas!quando!há!um!argumento!Agente!na!numeração.!Seguimos,!também,!o! modelo! de! smuggling, (COLLINS,! 2005)! para! a! passiva! verbal! (quando! o! predicado! ExpObj! é! eventivo! e,! consequentemente,! transitivo)! e! a! proposta! de! MeltzerYAsscher! (2011)! para! as! passivas!adjetivas!(quando!o!predicado!é!estativo).!! Sobre! a! restrição! relacionada! à! classe! de! assustar,! ambígua! em! termos! de! estatividade/eventividade,! defendemos! que! duas! opções! são! apresentadas:! (i)! na! presença! de! um! argumento! Agente/Causador! na! numeração,! o! predicado! tornaYse! eventivo! e,! consequentemente,! transitivo! –! o! que! o! habilita! a! participar! da! construção! passiva! verbal;! (ii)! inexistindo! argumento! Agente/Causador,! o! predicado! é! estativo! (e! inacusativo),! sendo! o! argumento! Experienciador! regido! por! Øψ! –! nesse! caso,! apenas! a! passiva! adjetiva! estará! disponível.!! . !(1)!!João!foi!assustado,por!Maria.!João!ficou!assustado,com!Maria.! ! . (2)!!*João!foi!preocupado,por!Maria.! João!ficou!preocupado,com!Maria.! ! . (3)!!João!foi!acalmado,pela!enfermeira.! *João!ficou!acalmado!pela!enfermeira.! ! . (4)!!a.!Eu!pesava!50!kg!no!ano!passado. b.!*!50!kg!foram!pesados!por!mim!no!ano!passado.!c.!*! Eu!pesavaYos!no!ano!passado.! ! . (5)! !a.! O! vendedor! pesou! 20! kg! de! uva. b.! 20! kg! de! uva! foram! pesados! pelo! vendedor.! c.! O! vendedor!os!pesou.! ! ! " Aquisição"da"escritacpadrão"do"português"brasileiro"em"esfera"escolar" ! Lilian"Coelho"PIRES"(UFRR)" ! Palavrascchave:"aquisição"da"escrita;"objeto"direto;"bilinguismo." ! InvestigaYse!o!desenvolvimento!da!língua!escritaYpadrão!do!PB!por!indivíduos!brasileiros! em! contexto! educacional.! AdotandoYse! a! teoria! de! Princípios! e! Parâmetros! e! o! Programa! 34! ! Minimalista! (cf.! CHOMSKY,! 1995),! assumeYse! a! hipótese! de! que! tal! processo! se! constitui! como! aquisição! de! segunda! língua! (L2).! O! objetivo! do! estudo! é! caracterizar! o! desenvolvimento! da! gramática! do! indivíduo! letrado! buscandoYse! examinar! a! aquisição! de! clíticos! de! 3ª! pessoa,! na! língua!escrita,!dado!que!tais!categorias!não!ocorrem!na!língua!falada.!Conforme!a!descrição!dos! compêndios! gramaticais! adotados! na! escola,! o! objeto! direto! é! realizado! pelo! clítico,! sendo! a! ênclise!a!posição!‘lógica,!normal’!(CUNHA!e!CINTRA,!1985/2008).!Assim,!adotouYse!a!perspectiva! transversal,! pela! análise! da! produção! escrita! de! estudantes! do! Ensino! Fundamental,! Médio! e! Superior.!Na!análise,!parteYse!do!‘Bilinguismo!Teórico’!de!Roeper!(1999),!em!que!a!ocorrência!de! regras! contraditórias! na! gramática! do! falante! não! implica! opcionalidade,! mas! a! coexistência! de! miniYgramáticas,! o! que! leva! à! conclusão! de! que! todo! falante! é! bilíngue.! Assumimos! ainda! a! abordagem! de! Kato! (2005),! de! que! o! conhecimento! linguístico! do! adulto! letrado! se! desenvolve! como! regras! estilísticas,! que! se! situam! na! periferia,! em! oposição! à! gramática! nuclear,! manifestando! o! estatuto! de! segunda! gramática! (G2).! Focamos! nossa! análise! na! aquisição! das! propriedades! morfossintáticas! de! objeto! direto.! Nossa! hipótese! de! trabalho! parte! de! estudos! prévios!que!apontam!para!as!seguintes!propriedades!do!PB:!perda!do!clítico!acusativo!de!3ª!p.;! aumento!na!ocorrência!de!objeto!nulo!e!de!pronome!lexical;!próclise!generalizada!de!clíticos!de! 1ª!e!2ª!pessoa;!perda/!ausência!do!movimento!longo!do!clítico!(CYRINO,!1990;!KATO,!CYRINO!e! CORREA,! 1994;! GALVES,! 2001;! PAGOTO,! 1993).! Segundo! a! Hipótese! do! Acesso! Parcial! à! GU! (STROZER,!1992),!nos!termos!de!Roeper!(1999)!e!Kato!(2005),!assumimos!que!a!escola,!sendo!o! ambiente!formal!das!práticas!de!letramento,!é!o!contexto!privilegiado!para!oferecer!o!input,para! a!aquisição!dos!clíticos,!e,!no!estágio!inicial!da!aquisição!da!escritaYpadrão,!haverá!transferência! de!valores!paramétricos!do!português!oral!(L1/G1).!A!produção!escrita!dos!estudantes!é!eliciada! em!narrativas!com!lacunas,!cujo!preenchimento!implica!a!escolha!entre!o!clítico!de!3ª!pessoa!e! suas! variantes! (objeto! nulo,! pronome! lexical! e! sintagma! nominal).! Os! resultados! apontam! similaridades!entre!a!aquisição!da!língua!escritaYpadrão!e!a!aquisição!de!L2,!já!que!as!seguintes! propriedades!são!encontradas:!opcionalidade,!que!é!associada!com!a!indeterminação!lexical!no! mapeamento!de!traços!formais!(WHITE,!2003),!assim!com!o!desenvolvimento!linguístico,!já!que! o!uso!de!clíticos!de!3ª!pessoa!aumenta,!à!medida!que!as!demais!variantes!diminuem.!ConstataYse! que! o! input, linguístico! oferecido! pela! escola! resulta! no! uso! de! clíticos,! porém,! havendo! competição!de!gramáticas!que!exibem!formas!da!G1!e!formas!inovadoras,!que!indicam!aquisição! da! G2.! Entre! os! objetivos! da! pesquisa,! consta! o! interesse! em! fornecer! evidência! quanto! à! natureza! do! conhecimento! linguístico,! confirmandoYse! a! hipótese! de! que! a! aquisição! de! L2! e! o! processo! de! letramento! são! fenômenos! semelhantes! que! se! desenvolvem! pelo! acesso! à! Gramática!Universal.! ! ! 35! ! A"estrutura"argumental"no"processo"de"aquisição"do"português"escrito"por" surdos" " Joyce"Maria"SandescdacSilva"(UESB)" Adriana"S."C."LessacdecOliveira"(UESB)" " Palavrascchave:"Estrutura"Argumental;"Português"Escrito;"Surdo." ! Este! estudo! objetiva! investigar! a! estrutura! argumental! na! modalidade! escrita! do! português! adquirido! por! pessoas! surdas.! Nossa! análise! tem! como! alicerce! o! quadro! teórico! gerativista! (Chomsky,! 1981,! 1995),! especificamente,! as! concepções! de! Kato! (2005)! acerca! do! processo! de! aquisição!da!escrita.!No!processo!de!aquisição!do!português,!o!surdo!se!depara!com!um!desafio! que!vai!além!dos!desafios!típicos!de!um!processo!de!aquisição!de!segunda!língua!(L2),!uma!vez! que,!por!não!ter!acesso!ao!input!acústico!do!português,!essa!pessoa,!na!grande!maioria!dos!casos,! está! limitada! à! aquisição! do! português! em! sua! modalidade! escrita.! Segundo! Kato! (2005),! a! aquisição! da! escrita,! assim! como! a! aquisição! de! uma! L2,! se! dá! mediante! acesso! indireto! à! Gramática! Universal! (GU),! o! qual! é! mediado! pela! modalidade! falada! dessa! língua;! algo! que! perdura! até! que! o! falante! se! aproprie! dos! valores! paramétricos! da! L2.! Quando! vivenciada! por! surdos,!a!apropriação!da!escrita!do!português!tem!se!revelado!extremamente!difícil,!pois!se!trata! de! uma! aquisição! da! modalidade! escrita! de! uma! língua! oroauditiva! da! qual! os! surdos! não! possuem! a! modalidade! falada! que! lhes! serviria! como! mediadora! para! essa! aquisição.! Como! resultado!desse!processo,!nos!deparamos!com!produções!textuais!escritas!por!surdos!nas!quais! evidenciamos! sérios! problemas! de! ordem! gramatical! capazes! de! comprometer! a! interpretação! do!texto.!Desse!modo,!nosso!objetivo!é!verificar!se!há!relação!entre!as!construções!agramaticais! encontradas! nas! produções! textuais! dos! surdos! e! o! processo! de! seleção! categorial! da! Libras! (Língua! Brasileira! de! Sinais),! considerando! que! esse! processo! submeteYse! a! aspectos! paramétricos.! Para! a! composição! do! corpus! dessa! pesquisa,! coletamos! amostras! de! produção! natural! de! português! escrito! de! sujeitosYinformantes! surdos.! Os! alunos! que! voluntariamente! contribuíram!para!este!estudo!têm!entre!14!e!30!anos,!são!falantes!de!libras!e!cursam!o!Ensino! fundamental! 2! e! o! Ensino! Médio! na! rede! regular! de! ensino.! As! produções! são! atividades! escolares! propostas! pelos! professores! em! situação! cotidiana! de! produção! textual! em! ambiente! escolar! e! atividades! desenvolvidas! no! acompanhamento! especializado! da! sala! de! recursos! multifuncionais! para! pessoas! com! deficiência.! Como! este! estudo! é! um! trabalho! em! andamento,! obtivemos!resultados!parciais,!de!acordo!com!os!quais!a!natureza!gramatical!de!tais!problemas!é! de! grau! profundo,! atingindo! a! composição! da! estrutura! argumental! no! que! se! refere! à! seleção! categorial,!à!seleção!semântica!e!ao!número!de!argumentos.! ! ! ! Differential"Object"Marking"no"português:"uma"análise"diacrônica ! Aline"Jéssica"Pires"(UNICAMP)" " Palavrascchave:"DOM,"linguística"histórica,"gramática"gerativa." ! Tomando!o!arcabouço!de!estudos!de!base!gerativa!(Chomsky,!1995),!o!presente!trabalho!analisa,! no!português!medieval,!o!fenômeno!conhecido!como!Differential,Object,Marking!(DOM),!também! chamado!de!acusativo,preposicionado,!que!consiste!na!marcação!do!objeto!direto!por!preposição.! Para!tanto,!são!tomados!dados!no!período!que!compreende!os!séculos!XVI!a!XIX,!com!o!objetivo! 36! ! de!descrever!e!analisar!quais!são!as!particularidades!que!abrangem!DOM!no!português,!e!tentar! estabelecer!hipóteses!para!a!estruturação!de!DOM.!! ! A! marcação! diferencial! do! objeto! seria! um! resquício! dos! sistemas! de! declinações! latinas,! e! pesquisadores!como!Gibrail!(2003)!afirmam!que!o!fenômeno!surgiu!nas!línguas!românicas!para! marcar! o! objeto! direto! na! estrutura! oracional! de! ordem! livre,! assim! como! diferenciar! o! objeto! direto!do!sujeito!quando!ambos!tiverem!os!mesmos!traços!semânticos.!O!estudo!de!DOM!se!faz! importante!não!apenas!para!que!se!possa!entender!um!capítulo,da,formação,histórica!das!línguas! românicas!e!do!português,!mas!para!que!se!possa!entender!também!um!fenômeno!em!constante! evolução!em!outras!línguas.!Metodologicamente,!são!abordados!apenas!os!casos!de!DOM!em!que! o! complemento! direto! é! acompanhado! pela! preposição! a! –! ver! (1)! e! (2),! também! sendo! analisados! os! parâmetros! da! animacidade! e! categorias! referenciais,! assim! como! características! lexicais! do! objeto! e! a! estrutura! da! oração! em! que! o! objeto! está! presente,! seguindo! propostas! como!as!de!Bossong!(1991),!que!postulam!que!tais!propriedades!são!marcantes!em!DOM.!Para!o! desenvolvimento! da! pesquisa,! são! utilizados! dados! obtidos! no! Corpus, Histórico, do, Português, Tycho,Brahe,!ligado!ao!IEL/UNICAMP.!! ! (1)!! a.!Ele!aconselhou!o!João!! b.!Ele!aconselhou!ao,João,, (2)!! a.!Ao,professor,!Pedro!agradeceu,!não!ao,aluno.!! b.!*O!professor,!Pedro!agradeceu,!não!o!aluno.!! ! As!análises!realizadas!até!então!apontam!que!a!animacidade!e!definitude!são!relevantes!para!a! marcação! diferencial,! além! disso,! mostram! uma! queda! expressiva! da! frequência! de! DOM,! tal! como! já! indicam! outros! estudos.! Os! quais! indicam,! também,! uma! direção! da! mudança! de! DOM,! com!os!dados!revelando!uma!tendência!maior!da!ocorrência!do!fenômeno!diante!de!pronomes,! quantificadores!e!o!NP!Deus.!! ! ! ! Uma"discussão"acerca"da"concordância"de"gênero"em"construções" predicativas"adjetivais"no"português"do"brasil" " Alane"Luma"Santana"Siqueira"(UFPE)" " Palavrascchave:"Concordância,"Construções"predicativas"adjetivais,"Teoria"gerativa." ! O!português!é!uma!língua!que!apresenta!morfologia!de!concordância!de!gênero!e!número!entre! todos! os! elementos! flexionáveis! no! sintagma! nominal! (SN)! (ex.:! AYs! meninYaYs! bonitYaYs),! bem! como!entre!o!SN!sujeito!e!um!predicativo!a!ele!relacionado!(ex.:!AYs!meninYaYs!estão!cansadYaYs).! No!que!tange!especificamente!ao!Português!Brasileiro!(PB),!a!concordância!nominal!de!número! não! é! uniforme,! pois! há! mais! de! uma! possibilidade! para! indicar! pluralidade! (ex.:! AYs! meninaYs! bonitaYs;!AYs,meninaYs!bonita;!AYs!menina!bonita.).!Já!em!relação!à!concordância!de!gênero!entre! os! elementos! flexionáveis! internos! ao! SN! é! obrigatória! (Ex.:! *As! meninos! bonitos).! Apesar! de! a! concordância! de! gênero! ser! fortemente! marcada! entre! os! elementos! flexionáveis! do! SN,! bem! como! entre! o! SN! sujeito! e! o! predicativo! a! ele! relacionado,! algumas! construções! predicativas! adjetivais! apresentam! um! padrão! distinto! de! concordância! de! gênero,! não! havendo,! entre! o! sujeito! e! o! predicativo,! uma! concordância! visível! de! gênero! (ex.:! Maçã! é! gostoso).! Portanto,! o! objetivo!central!deste!trabalho!será!discutir!a!concordância!nominal!de!gênero!em!construções! predicativas!adjetivais!com!o!verbo!‘ser’,!especificamente,!partindo!da!proposta!apresentada!em! 37! ! Duek!(2012),!por!exemplo,!que!aponta!uma!correspondência,!para!o!PB,!entre!o!tipo!de!gênero! do! nome! (se! natural! ou! arbitrário)! e! o! padrão! de! concordância! nominal! que! o! nome! nu! pode! estabelecer! com! o! predicativo.! A! autora! afirma! que,! nos! nomes! com! gênero! natural,! a! concordância!seria!obrigatória!(ex.:!Atriz!é!vaidosYa!/*Atriz!é!vaidosYo),!já!em!nomes!com!gênero! arbitrário,!a!realização!da!marca!de!concordância!de!gênero!no!predicativo!não!é!verificada!(ex.:! Maçã!é!gostoso/!*Maçã!é!gostosa)!–!a!não!ser!que!haja!a!categoria!funcional!NumP!na!estrutura! (WECHSLER;! ZLATIC,! 2000).! Em! relação! a! dados! com! o! verbo! ‘ser’! no! plural,! a! autora! não! discute,! o! que! é! algo! problemático,! uma! vez! que! quando! temos! um! dado! como! “maçãs! são! gostosas”,! o! adjetivo! obrigatoriamente! precisa! estar! concordando,! em! gênero,! com! o! sujeito! ao! qual!se!refere!(mesmo!se!tratando!de!um!nome!com!gênero!arbitrário),!caso!contrário,!teremos! uma!sentença!agramatical!(ex.:!*maçãs!são!gostosos).! ! ! ! Uma"proposta"semântica"para"a"análise"da"causativização"dos"verbos"de" movimento"em"PB" ! Thayse"Letícia"Ferreira"(UFSCar)" " O!fenômeno!da!causativização!consiste!em!um!processo!de!alternância!verbal!(LEVIN;! RAPPAPORTYHOVAV,!2011)!que,!de!acordo!com!Pylkkänen!(2008),!insere!o!predicado!semântico! CAUSE! em! estruturas! que! originalmente! não! o! contém.! Esse! processo! é! também! denominado! “transitivização”! (KITILLÄ,! 2006)! e! forma! sentenças! causativas! a! partir! de! bases! não! causais! e! normalmente! intransitivas,! como! no! exemplo! abaixo,! em! que! A! representa! a! sentença! base! intransitiva,!e!não!causal,!e!B!sua!contraparte!causativa.! (1)!A.!O!cavalo!pulou!pela!cerca! $($e)[Pular(e)!&!Agente(e,!cavalo)]! B.!O!jogador!de!polo!pulou!o!cavalo!pela!cerca! $(e)[Agente(e,! jogador! de! polo)! &! Tema(e,cavalo)! &! $($e')[pular(e')! &! Agente(e',! cavalo)!&!CAUSE(e,!e')]]! Curiosamente,! nem! todos! os! verbos! de! movimento! que! são! a, priori! não! causativos! aceitam!a!inserção!de!CAUSE!à!sua!estrutura!(2)!ou!aceitam!somente!em!determinados!contextos! (3):! (2)!A.!Os!atletas!foram!pras!Olimpíadas! B.*O!treinador!foi!os!atletas!pras!Olimpíadas! (3)!A.!O!João!caiu!de!cima!do!muro! B.*Eu!caí!o!João!de!cima!do!muro! C.!A!prova!caiu!a!nota!do!João! Pensando! então! no! licenciamento! da! causativização! de! verbos! de! movimento! inergativos! e! inacusativos! em! PB,! o! presente! trabalho! tem! como! objetivo! principal! explicar! a! assimetria! observada! nos! exemplos! de! (1)! a! (3).! Para! tanto,! partimos! da! hipótese! de! que! a! causativização! altera! a! estrutura! do! evento! denotado! por! esses! verbos! e! não! sua! estrutura! argumental,! como! o! fazem! Cambrussi! (2009,2012)! e! Amaral! (2009).! Pensando! nisso,! desenvolveremos!nosso!trabalho!dentro!do!quadro!teórico!da!semântica!de!eventos!(PARSONS,! 1990),! utilizando! especificamente! o! modelo! neodavidsoniano! de! Sintaxe! de! Primeira! Fase! (RAMCHAND,! 2008),! por! considerarmos! sua! ontologia! suficientemente! refinada! para! a! análise! das!sentenças!em!questão.!Esse!modelo!consiste!em!uma!árvore!semânticoYsintática,!cuja!relação! entre!os!subeventos!(Initiation![subevento!de!causa],!Process![núcleo!dos!predicados!dinâmicos,! denota! o! processo]! e! Result! [subevento! do! estado! resultante],! que! podem! ser! combinados! às! noções!de!PATH!e!RHEME)!é!dada!por!uma!única!e!mínima!regra!de!derivação!causal!(“leads!to! 38! ! rule”)!baseada!em!Hale!e!Keyser!(1993).!Para!averiguar!nossa!hipótese,!investigaremos,!a!partir! de! dados! de! fala! espontânea! do! PB,! justamente! o! papel! das! noções! de! PATH! e! RHEME! no! licenciamento!da!causativização!dos!verbos!de!movimento!inergativos!(atividades![init,!proc])!e! inacusativos! (achievements! [init,! proc,! res]).! Pois,! em! uma! primeira! análise,! a! causativização! parece! ser! licenciada! somente! para! os! inergativos! que! permitem! a! inserção! de! PATH! em! sua! estrutura,!cuja!interpretação!será!a!de!que!houve!algum!tipo!de!deslocamento!espacial!forçado! (cf.! (1)).! Por! outro! lado,! caso! PATH! se! combine! a! um! verbo! inacusativo,! a! leitura! de! causa! é! bloqueada!(3B),!sendo!a!causativização!desses!verbos!licenciada!pela!associação!de!RHEME,!cuja! interpretação!na!sentença!é!de!uma!mudança!em!uma!dada!escala!(cf.!(3C)).!Assim,!esperamos! propor! uma! formalização! semântica! para! a! interpretação! da! causativização! que! dê! conta! da! assimetria!encontrada!no!PB.! " ! A"categoria"dos"determinantes"na"Língua"Brasileira"de"Sinais" " Lizandra"Caires"do"Prado"(UnB)" Adriana"S."C."Lessa"de"Oliveira"(UESB)" ! Palavrascchave:"Dêixis,"Geometria"de"traços,"Localizadores." ! Este! estudo! objetivou! investigar! a! natureza! categorial! de! elementos! recorrentes! na! língua! brasileira! de! sinais,! os! quais! tratamos! como! Localizadores! (Loc/Locs).! Estes! elementos,! caracterizados! como! estruturas! eminentemente! dêiticas,! são! usados! para! a! “apontação”! de! referentes!no!mundo!físico.!Ancorando!nosso!estudo!nos!postulados!gerativistas,!defendemos!a! hipótese! de! que! estes! elementos! são! núcleos! determinantes! (núcleos! D),! por! terem! a! característica! principal! de! marcação! de! referentes,! subcategorizando! itens! nominais! (NPs)! realizados,!ou!ocorrendo!como!proformas!(com!NPs!vazios).!O!corpus!da!pesquisa!foi!constituído! por:!sujeitoYinformante!surdo!de!família!ouvinte!com!aquisição!da!libras!na!infância,!depois!dos!6! anos! de! idade;! sujeitoYinformante! surdo! de! família! surda,! com! aquisição! da! libras! na! primeira! infância;!e!sujeitoYinformante!surdo!de!família!ouvinte,!com!aquisição!da!libras!a!partir!do!início! da! adolescência.! Para! a! transcrição! de! dados! utilizamos! o! sistema! de! escrita! de! libras! SEL! elaborado! por! LessaYdeYOliveira! (2012),! além! de! glosas! e! interpretação! das! sentenças.! Para! a! análise! das! propriedades! gramaticais! dos! Locs! adotamos! a! hipótese! da! unidade! mínima! de! articulação! dos! sinais! MLMov! (Mão! –! Locação! –! Movimento),! proposta! por! LessaYdeYOliveira! (2012).! Assim,! com! base! nos! estudos! acerca! da! categoria! dos! determinantes! realizados! por! Abney!(1987)!e!Longobardi!(1994),!propomos!que!os!Locs!em!libras!são!elementos!pertencentes! à!categoria!DP.!E,!com!base!nos!estudos!de!Béjar!(2003)!e!Carvalho!(2008)!acerca!da!geometria! de!traços!que!compõem!os!pronomes,!em!línguas!orais,!propomos!que!as!diversas!ordens!entre! Locs,! nomes,! possessivos! e! quantificadores,! encontradas! nos! dados,! são! decorrentes! da! necessidade!de!checagem!dos!traços![D]!e![φ],!presentes!na!sonda,!pelos!alvos!Loc,!Pos,!Q!ou!por! N,!os!quais!devem!ter!a!condição!de!checar!o!traço!de![Dêixis].!Ainda,!com!base!nos!estudos!de! Torrego!(1988)!acerca!da!elipse!nominal,!legitimada!por!certos!traços,!e!de!Lobeck!(1995)!que! concebe!a!elipse!nominal!como!um!N!vazio!(pro),!propomos!que!os!Locs!proformas!(pronomes)! em!libras!são!resultado!de!Loc+elipse!nominal.!Essa!análise!nos!leva!a!conclusão!de!que!há!em! libras!três!tipos!de!Locs:!tipo!1!–!posposto!ao!nome,!com!baixa!especificação;!tipo!2!–!anteposto! ao!nome,!com!especificação!mediana;!e!tipo!3!–!proformas,!altamente!especificado.!! ! ! ! 39! ! Mecanismos"de"intensificação"adverbial"no"Guarani"Paraguaio" ! Lara"Frutos"(USP)" " Palavras"chave:"modificação,"semântica"escalar,"eventos." " Neste! trabalho,! procuro! descrever! e! analisar! os! dados! em! que! expressões! de! grau! ocorrem! com!predicados!verbais!no!Guarani!Paraguaio!dentro!da!perspectiva!da!semântica!formal.!Mais! especificamente,! trabalharemos! a! partir! da! semântica! de! escalas,! em! KENNEDY! 1999! e! KENNEDY! &! McNALLY! 2005.! Em! Guarani,! expressões! de! grau,! além! de! ocorrer! como! modificadores! de! predicados! verbais! e! adjetivos,! modificam! também! advérbios! de! tempo,! frequência!e!intensidade,!como!mostra!(1).!! ! (1) a.!! Juan! omba’apo!! ! tapiaite! ! !!!!!!!!!! Juan! oYmba’apoYø! ! tapiaYite! ! ! Juan! trabalhouYNFut! sempreYite! ! ! ‘Juan!trabalhou!sempre/continuamente’! b.!! Juan!! oñani! ! ! hetaite! ! ! Juan! oYñaniYø! ! hetaYite! ! ! Juan! 3YcorrerYNFut! ! hetaYite! ! ! ! ‘Juan!correu!muito’! ! A!relevância!para!uma!discussão!teórica!dos!dados!em!(1)!é!que!o!modificador!de!grau!em! questão!‘ite’!ocorre!apenas!com!adjetivos!graduáveis!e!não!coYocorre!com!predicados!verbais,!a! menos! que! estejam! modificados! por! advérbios! de! tempo! e! intensidade! como! ‘tapia’! frequentemente,,‘akói’,sempre,e,‘heta’,muito.!As!questões!investigadas!neste!trabalho!são:!i)!qual! a!contribuição!semântica!desses!intensificadores!na!predicação!e!ii)!qual!análise!formal!poderia! ser! capaz! de! explicar! a! ocorrência! de! expressões! com! advérbios.! As! hipóteses! levantadas! aqui! são! que! advérbios! de! tempo! de! intensidade! do! Guarani! Paraguaio,! como! em! (1),! inserem! um! significado! graduável! na! predicação,! ou! seja,! possuem! uma! variável! de! grau! em! sua! entrada! lexical,! tendo! mecanismos! semânticos! de! gradação! semelhantes! aos! dos! adjetivos.! Tradicionalmente!os!advérbios!de!tempo!e!intensidade,!embora!frequentemente!utilizados!como! expressões! de! grau! não! são! analisados! como! expressões! graduáveis.! Por! isso,! num! segundo! momento! o! trabalho! analisa! os! tipos! de! escalas! presentes! em! predicados! verbais! do! Guarani,! buscando! apresentar! quais! as! dimensões! escalares! estão! disponíveis! nessas! predicações.! Partimos!da!hipótese!de!que!verbos!que!denotam!eventos!atômicos,!como!em!(2)!não!podem!ter! uma!dimensão!escalar!de!intensidade,!mas!apenas!de!quantidade,!pois!quando!modificados!por! advérbios! de! grau! levam! à! pluralização! dos! eventos.! Já! verbos! que! denotam! eventos! nãoY atômicos!como!em!(3),!podem!ter!uma!dimensão!de!intensidade.! ! (2)!! Juan! ogueru!!! yva! hetaite!! ! ! Juan! oYgueruYø!! yva! hetaYite! ! ! Juan! 3YtrazerYNFut! fruta! hetaYite! ! Contextos:!! Juan!trouxe!fruta!muitas!vezes! ! ! ! ! (3)! Juan! oYñaniYø! ! hetaYite! ! ! Juan! 3YcorrerYNFut! ! hetaYite! ! ! ! ‘Juan!correu!muitíssimo’! ! Contextos:! 1.!Juan!correu!por!muito!tempo.! ! ! ! 2.!Juan!correu!muito!intensamente.! 40! ! ! ! ! 3.!Juan!praticou!corrida!várias!vezes!durante!a!semana!passada.! ! Sendo! assim,! verbos! que! denotam! eventos! não! atômicos! (3)! podem! denotar! uma! escala! de! tempo! (duração),! uma! escala! de! intensidade! e! uma! escala! de! quantidade! de! eventos,! se! forem! interpretados! como! télicos.! Já! verbos! que! denotam! eventos! atômicos! possuem! denotar! apenas! uma!escala!de!quantidade!de!eventos.!! Dessa! maneira,! os! dados! do! Guarani! lançam! luz! sobre! uma! perspectiva! possível! para! a! análise! de! advérbios! de! intensidade! em! outras! línguas! naturais.! Os! dados! apresentados! neste! trabalho! foram! coletados! em! trabalho! de! campo! originais! através! da! metodologia! de! elicitação! controlada.!!! ! ! ! Aspectos"da"interlíngua"de"surdos"usuários"da"Língua"Brasileira"de"Sinais"na" aquisição"do"Português"como"Segunda"Língua:"o"contexto"universitário." " Layane"Rodrigues"de"Lima"Santos"(UFG/UnB)" " Palavrascchave:"Interlíngua,"Português,"Surdos." ! Esta! comunicação! analisa! a! interlíngua! de! estudantes! surdos! universitários,! recém! egressos! do! Ensino!Médio,!aprendizes!do!Português!como!Segunda!Língua!(L2),!tendo!como!hipótese!a!teoria! da!Gramática!Universal!(GU),!conforme!proposta!por!Noam!Chomsky!(1986;!1995),!que!também! tem! sido! aplicada! aos! estudos! de! aquisição! de! L2! (cf.! FLYNN,! 1987;! FLYNN! &! O’NEIL,! 1988;! PHINNEY,! 1987;! TOMAS,! 1991;! WHITE,! 1987,! 1989,! dentre! outros).! A! partir! de! produções! escritas!do!gênero!acadêmico!resumo,!identificaramYse!três!interlínguas,!com!base!em!Brochado! (2003),! a! saber:! (i)! predomínio! de! estrutura! gramatical! semelhante! à! Libras! (Língua! Brasileira! de! Sinais),! com! poucas! características! do! Português,! como! em! “Então,tem,uma,é,muito,alguma, metodológica,por,algo,motivação,sempre,diferença,conhecimento,(...)”.;!(ii)!estrutura!da!frase!ora! com! características! gramaticais! da! Libras,! ora! com! características! gramaticais! da! frase! do! Português,! como! em! “O, processo, de, ensino/aprendizagem, oportunidade, , desenvolvem, na, escola,, do, , método, , como, qualquer, prefeito, do, professor.”! e! (iii)! predomínio! da! gramática! da! Língua! Portuguesa,!como!em!“Vygotsky,discute,aspectos,escrita,como,processo,que,constrói,longo,da,vida! (...)”.!Sendo!assim,!dadas!as!diferenças!paramétricas!entre!a!Língua!Portuguesa!e!a!Libras!no!que! se!refere!à!morfossintaxe,!discuteYse!que,!apesar!da!interferência!da!Língua!de!Sinais,!o!processo! de! interlíngua! não! viola! os! princípios! da! GU,! pois! a! má! formação! das! sentenças! na! produção! escrita! em! Português! do! surdo! ocorre! pelo! fato! de! o! aprendiz! ainda! não! ter! fixado! os! valores! paramétricos!da!L2,!pois!o! input!necessário!e!apropriado!não!foi!oferecido!na!educação!básica.! Os! resultados! indicam! a! necessidade! de! se! desenvolver! metodologia! de! ensino! voltada! para! a! elaboração!de!textos!de!gêneros!acadêmicos!como!L2!no!contexto!universitário,!com!enfoque!em! questões!morfossintáticas,!como!o!uso!da!concordância!e!de!conectivos!do!Português.! ! ! ! Tópico"contrastivo"em"sentenças"com"deslocamento"no"português"brasileiro" " Fernanda"Rosa"da"Silva"(USP)" " ! Esta! pesquisa! tem! como! objetivo! investigar! as! particularidades! semânticas! e! pragmáticas! de! sentenças! do! português! brasileiro! (PB)! cujo! sintagma! na! posição! de! objeto! é! 41! ! deslocado! para! a! periferia! esquerda! da! sentença.! Mais! precisamente,! este! trabalho! procura! identificar!quais!as!consequências!lógicas!e!pragmáticas!de!sentenças!cujo!sintagma!com!função! informacional!de!tópico!contrastivo!seja!deslocado!para!a!periferia!esquerda!da!sentença.! Consideramos! que! tópico! contrastivo! é! uma! marcação! prosódica,! com! uma! entonação! peculiar!de!curvatura!descendente,!que!desencadeia!um!conjunto!de!perguntas!(cf!Büring!(1999,! 2003)).! Além! disso,! assumimos! que! foco! é! uma! marcação! prosódica! que! desencadeia! um! conjunto!de!alternativas!contextualmente!relevantes!(cf.!Rooth!(1985)).!! Consideramos,! ainda,! que! deslocamento! como! um! fenômeno! sintático! em! que! um! sintagma! é! deslocado! para! a! periferia! esquerda! da! sentença,! deixando! um! vestígio! no! local! de! origem,!ou!este!local!é!preenchido!por!um!pronome! Deslocamento! de! elementos! como! tópico! e! foco! no! português! brasileiro! já! foram! amplamente! investigados! sob! diversas! perspectivas! teóricas,! desde! funcionalistas! (Pontes! (1987),! Ilari! (1992)),! até! mais! formalistas,! como! as! teorias! gerativistas! ((Kato! (1989,! 1998).! Nossa!pesquisa,!entretanto,!se!torna!original!por!buscar!uma!proposta!lógica!na!perspectiva!da! semântica! formal! em! interface! com! a! pragmática.! Observe! o! contexto! abaixo,! que! representa! o! objeto!de!nosso!estudo.! ! (1) A:!Com!quem!o!João!tá!namorando?! B:!O!João!tá!namorando!com!A!MARIAF.! ! (2) A:!O!João!tá!namorando!com!a!Maria?! B:!Com,a,Maria,,o!João!tá!namorando.! ! Em! comparação! aos! dois! contextos! acima,! enquanto! em! (1),! o! falante! em! B! responde! exatamente!ao!questionado,!em!(2),!ao!deslocar!o!sintagma!“Com!a!Maria”,!o!falante!indica!que! faz!uso!de!uma!estratégia!e!deixa!no!ar!que,!além!de!namorar!a!Maria,!o!Joao!tenha!outros!tipos! de!relacionamento.!! A! proposta! deste! trabalho! é! contribuir! com! uma! explicação! lógica! e! uma! formalização! do! fenômeno! de! deslocamento! de! tópico! contrastivo,! a! partir! de! teorias! na! interface! da! semântica! e! pragmática! formal! (cf.! Roberts! (1996),! Büring! (1999,! 2003),! Prince(1979)),! considerando!as!restrições!em!implicaturas!que!tais!contextos!apresentam.! ! ! ! Da"estrutura"de"sintagmas"preposicionados"adverbiais"no"português" brasileiro"–"questões"para"uma"teoria"da"gramática." Harley"Toniette"(UNICAMP)" " Palavrascchave:"Sintagmas"preposicionados"adverbiais,"Português"brasileiro,"Teoria"da" gramática." " Este! trabalho! analisa! a! estrutura! de! sintagmas! preposicionados! adverbiais! (SPAdvs)! no! português!brasileiro!(PB),!com!o!intuito!de!apresentar!uma!proposta!que!traga!luz!aos!contrastes! inerentes! nos! tipos! estruturais! apresentados! abaixo,! e! de! investigar! se! é! possível! estabelecer! uma! derivação! padrão! que! abrigue! tais! tipos.! AssumeYse,! como! quadro! teórico! principal,! o! arcabouço! dos! estudos! minimalistas! de! base! gerativa! (Chomsky,! 1995),! e! para! as! discussões! e! análises! da! estrutura! dos! SPAdvs! no! PB,! assumeYse! os! trabalhos! de! Den! Dikken! (2010),! que! analisa!a!estrutura!de!sintagmas!preposicionados!(SPrep)!no!holandês,!e!Svenonius!(2010),!que! analisa!as!estruturas!de!SPrep!do!inglês.! 42! ! Os! tipos! de! SPAdvs! do! PB! analisados! são:! (i)! estruturas! na! qual! aparecem! preposições! órfãs/encalhadas!–!ver!(1);!(ii)!estruturas!em!que!a!preposição!pode!ser!omitida!nos!SPAdvs!sem! que!haja!alteração!aparente!do!sentido!–!ver!(2);!e!(iii)!estruturas!formadas!por!PP!+!PP!e!PP!+! DP!–!ver!(3).!! (1)! (2)! (3)! a.!O!João!sempre!gosta!de!falar!contra. ! b.!O!João!foi!na!festa!e!bebeu!até. ! c.!Pega!logo!a!comida!senão!você!vai!ficar!sem.!! a.!João!foi!viajar!na!semana!passada/!a!semana!passada ! b.!O!João!vai!viajar!para!casa!da!Maria!em!que!semana/!que!semana?!! (omissão!da!preposição!em!um!SPAdv!temporal)!! a.!O!carro!está!parado!na!estrada!acima!da!colina ! b.!O!João!ficou!em!que!lugar!do!palco!do!show!de!reggae?!! ! Os!pontos!centrais!para!este!trabalho!são:!(i)!contrastes!que!as!estruturas!em!(1)!apresentam!em! termos!de!licenciamento!do!isolamento!de!uma!preposição!no!final!da!sentença!–!ver!(1)!e!(4);! (ii)!as!(im)possibilidades!de!se!omitir!uma!preposição!em!SPAdvs!a!depender!do!tipo!de!SPAdv!–! ver! (2)! e! (5);! e! (iii)! características! da! constituição! estrutural! dos! SPAdvs! em! relação! à! (im)possibilidade!de!extração/movimento!de!constituintes!–!ver!(3)!e!(6).!! (4)! a.!O!João!sempre!gosta!de!falar!*sobre/!*para/!*ante/!contra/!até!! !!!!!!!!(apenas!algumas!preposições!podem!ficar!no!fim!da!sentença)!! b.!Pega!logo!o!boloi!senão!você!vai!ficar!sem!eci ! !!!!!!!(a!preposição!encalhada!pode!depender!da!presença!de!um!antecedente)!! (5)! a.!O!João!comprou!roupas!na!loja!da!esquina/*a!loja!da!esquina ! b.!O!João!comprou!roupas!em!que!loja!da!esquina/!*que!loja!da!esquina?!! !! !!!!!!!(impossibilidade!de!omissão!da!preposição!em!SPAdvs!locativos)!! c.!O!João!fala!meu!nome!sempre!desse!jeito/*esse!jeito ! d.!O!João!fala!meu!nome!sempre!de!que!jeito/que!jeito?!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!(omissão!em!SPAdvs!modais)!! (6)! a.!Na!estrada,!o!carro!está!parado!acima!da!colina ! b.!*Acima!da!colina,!o!carro!está!parado!na!estrada ! c.!Em!que!lugar!o!João!ficou!do!palco!do!show!de!reggae?!! d.!??O!show!de!reggae,!o!João!ficou!em!que!lugar!do!palco?!! ! Os! resultados! das! análises! apontam! para! uma! estrutura! categorial! específica! de! SPAdvs! no! PB! comparável!às!estruturas!cartográficas!apresentadas!por!Den!Dikken!(2010)!e!Svenonius!(2010),! atendendo! aparentemente! as! necessidades! do! PB,! e! o! ideal! de! uma! estrutura! universal,! ponto! importante!em!termos!do!trabalho!em!sintaxe!gerativa.!! " Classificadores"em"LIBRAS:"morfemas"ou"núcleos?" Anderson"Almeida"da"Silva!"(UNICAMP)" " PalavrascChave:"Classificadores,"Línguas"de"Sinais,"LIBRAS." ! Os!Classificadores!parecem!ser!unidades!bastante!complexas!comuns!entre!as!línguas!de!sinais! existentes!no!mundo!(GLUECK!&!PFAU,!1998;!PFAU,!STEINBACH!&!WOLL,!2012;!ZWITSERLOOD,! 2003;!SANDLER!7!LILLOYMARTIN,!2006!E!OUTROS).!O!fato!de!que!os!classificadores!podem!se! comportar! na! LIBRAS! como:! nomes! (MENDONÇA,! 2012),! verbos! (FELIPE,! 2000;! 2002;! BERNARDINO,!2012,!MAZUCHETTI,!2014;!VELOSO,!2005;!FERREIRA!&!NAVES,!2014)!!ou!ainda! predicados! complexos! em! línguas! de! sinais! não! reflete! o! status! da! classificação! para! as! línguas! 43! ! orais,! uma! vez! que! eles! são! observados! como! morfemas! recorrentes! e! de! uso! sistemático! na! língua! que! aparecem! ligados! à! uma! raiz! verbal,! mudando! ou! classificando! o! significado! contextual.!Para!este!estudo!revisitamos!as!posições!teóricas!que!consideram!que!nas!línguas!de! sinais!e!na!!LIBRAS:!não!se!tem!claramente!a!distinção!entre!nomes!e!verbos!e!a!implicação!disto! para! a! noção! de! classificação! (PIZZIO,! 2011),! a! posição! de! que! o! classificador! seria! na! verdade! um!caso!de!Agreement,(GLUECK!&!PFAU,!1998),,e!ainda!a!possibilidade!de!que!eles!sejam!fruto! de! incorporação! sintático! ou! semântica! (BAKER,! MITHUN,! 2002! E! OUTROS).! Tivemos! como! objetivo! no! estudo! problematizar! as! relações! de! se! pensar! os! classificadores! como! unidades! estanques!(morfemas!ou!núcleos)!na!língua!cotejando!as!diferentes!posições!assumidas.!Ao!final,! consideramos! sobre! como! as! diferentes! posições! teóricas! não! dão! conta! da! recategorização! do! fenômeno!da!classificação!em!LIBRAS,!uma!vez!que!esta!análise!é!somente!pontual!e!o!assunto! ainda!encontraYse!aberto!para!outras!intervenções.!!! ! ! ! Ordem"de"constituintes"e"prosódia"em"karitiana:"o"caso"das"orações" relativas"de"objeto" Karin"Camolese"Vivanco"(Universidade"de"São"Paulo)" ! Palavrascchave:#ordem"de"palavras,"prosódia,"relativas"de"núcleo"interno" ! Essa!apresentação!busca!discutir!a!interação!entre!ordens!de!constituintes!e!prosódia!nas! orações! relativas! do! karitiana.! Falada! por! cerca! de! 400! pessoas! no! estado! de! Rondônia,! o! karitiana!é!a!única!língua!representante!da!família!Arikém!(tronco!Tupi).!Segundo!Storto!(1999),! as!relativas!dessa!língua!seriam!de!núcleo!interno!(i.e.,!o!núcleo!se!encontraria!dentro!da!própria! oração!encaixada).!Relativas!de!objeto!teriam!o!verbo!marcado!com!o!morfema!!{tiY},!igualmente! presente!em!construções!de!foco!do!objeto!e!perguntas!quY!de!objeto.!! Em!um!experimento!de!produção,!os!falantes!produziram!relativas!de!objeto!com!ordens! OSV!e!SOV!(Vivanco,!2014):! ! (1)! (2)! Oração"relativa"de"objeto"com"a"ordem"OSV! Yn,, Ø3na3aka3t, ,,,i3pyting3Ø, , [boet, Luciana, ti3m‘a]3ty.,, 1s!! 3YDECLYCOPYNFUT! !!!NOMYquererYCON.ABS.! ![colar! Luciana! ! CFOYfazerY!OBL!! 1s! 3YDECLYCOPYNFUT!!!!NOMYquererYCON.ABS! [Ana! roupa! ‘Eu!quero!o!colar!que!a!Luciana!fez.’! Oração"relativa"de"objeto"com"a"ordem"SOV! Yn, Ø3na3aka3t,, ,,,i3pyting3Ø, , [Ana,, pykyp,,ti3pipãram<a>]3ty.,, CFOYcosturou<v.e.>]YOBL!! ‘Eu!quero!a!roupa!que!a!Ana!costurou.’! ! Em! línguas! com! relativa! variabilidade! de! ordens! de! constituintes! (tradicionalmente! chamadas! de! “não! configuracionais”! Y! veja! Hale! 1983,! 2013),! a! serialização! dos! NPs! seria! regulada!por!outros!fatores!além!de!sua!função!sintática!(Fanselow!1990).!A!prosódia!seria!um! deles,! pois! ela! interagiria! com! a! posição! do! objeto! em! línguas! como! o! alemão! e! o! ucraniano! (Fanselow! 2010;! AntonyukYYudina! &! Mykhaylyk! 2013).! O! exame! dos! dados! de! Vivanco! (2014)! mostrou!que!a!prosódia!também!parece!interagir!com!a!ordem!de!constituintes!em!karitiana:!em! relativas! de! objeto! SOV! como! (2),! o! sujeito! é! prosodicamente! saliente,! enquanto! o! objeto! é! sempre!não!acentuado!e!forma!um!sintagma!entoacional!com!o!verbo.!! Visto! que! a! ordem! de! constituintes! default! (visível! em! ambientes! subordinados)! seria! SOV!em!karitiana,!assumimos!que!o!objeto!não!se!move!para!a!periferia!da!oração!em!relativas! de! objeto! SOV.! Nos! contextos! de! produção! dessas! sentenças,! o! referente! do! núcleo! da! relativa! 44! ! tinha! sido! sempre! previamente! estabelecido! no! discurso.! Segundo! Enç! (1991),! DPs! definidos! e! específicos! têm! seus! referentes! ligados! a! referentes! discursivos! previamente! estabelecidos;! assim,! podemos! considerar! o! núcleo! dessas! relativas! como! definido! e/ou! específico! seguindo! essa!visão.!Por!questões!semânticas,!elementos!dessa!natureza!precisam!se!mover!para!fora!do! sintagma! verbal! (Diesing! &! Jelinek! 1995).! ! Nossa! análise! é! de! que,! quando! o! deslocamento! do! objeto! não! ocorre! (i.e.,! em! relativas! de! objeto! SOV),! o! componente! fonológico! executaria! uma! restruturação! prosódica! que! geraria! o! padrão! observado.! Mostraremos! ainda! que! esse! cenário! seria!similar!a!alguns!outros!fenômenos!de!movimento!opcional,!que!apresentam!uma!prosódia! marcada!na!ausência!de!movimento.! ! O"licenciamento"de"locativos"na"posição"de"sujeito"no"PB" Zenaide"Dias"Teixeira"(UEG)"e"Heloísa"M."M."L."de"A."Salles"(UnB)" " Palavrascchave:"advérbio;"locativo;"posição"de"sujeito." " Pesquisas!como!as!de!Pontes!(1986;!1987),!Munhoz!e!Naves!(2010),!Pilati,!Naves!e!Salles!(2013)! demonstram! que! uma! das! estratégias! utilizadas! para! o! preenchimento! do! sujeito! no! PB! é! o! alçamento! de! advérbios! locativos! e/ou! sintagmas! locativos! para! a! posição! de! sujeito.! Entre! os! argumentos! para! a! hipótese! de! os! locativos! ocorrerem! na! posição! de! sujeito,! constam:! 1! –! o! desencadeamento!de!concordância!verbal!“A!Belina!cabe!60l!de!gasolina”/!“*A!Belina!cabem!60l! de! gasolina”! (Pontes,! 1986:19);! 2! –! a! ocorrência! anteposta! ao! verbo! (posição! canônica! de! sujeito);! 3! –! a! possibilidade! de! serem! coindexados! a! uma! categoria! (nula! ou! pronominal)! que! desempenha! o! papel! de! sujeito! em! oração! coordenada! ou! encaixada:! “Essas! casasi! batem! bastante! sol! e! não! ei! possuem! sistema! de! captação! de! energia! solar”,! “Essas! casasi! batem! bastante!sol!porque!ei!ficam!distantes!das!árvores”!(Munhoz!e!Naves,!2010,!p.2).!Munhoz!e!Naves! sustentam! ainda! que! as! estruturas! de! tópicoYsujeito! locativo! são! licenciadas! com! verbos! inacusativos! biargumentais.! Assim,! tópicosYsujeito! locativos! não! ocorrem! em! contextos! que! envolvem!o!alçamento!de!sintagma!modificador,!como!a!seguir:!“O!carro!furou!o!pneu”/!“*Aqui! furou! o! pneu”.! Adotando! Cinque! (1999),! notamos! que! a! possibilidade! de! ocupar! a! posição! de! sujeito!interage!com!a!tipologia!sintática!dos!advérbios,!pois!está!restrita!aos!advérbios!ditos!de! VP.! Ao! contrastarmos! dados! em! que! advérbios! e! NPs! locativos! ocupam! a! posição! de! sujeito! no! PB,! notamos! também! que! NPs! locativos! comportamYse! de! maneira! distinta! de! advérbios! locativos.!NPs!locativos!são!capazes!de!desencadear!concordância,!enquanto!advérbios!locativos! não:! “Essas! casas! batem! sol”! (Pontes,! 1986);! “*Aqui! e! ali! batem! sol”.! Concluímos! que,! diferentemente! dos! NPs! plenos,! que! possuem! traços! de! número! e! pessoa,! licenciando! o! desencadeamento!de!concordância!no!plural,!os!advérbios!locativos!não!manifestam!a!categoria! „número‟,! inerentemente,! embora! manifestem! a! categoria! „pessoa‟.! Nesse! sentido,! a! Sonda! T! identifica!o!traço!(interpretável)!de!pessoa!no!sintagma!locativo,!e!ocorre!a!operação!Agree,!que! permite! a! checagem! do! traço! (nãoYinterpretável)! de! 3a! pessoa! em! T.! Na! ausência! do! traço! de! número! no! advérbio! locativo,! o! traço! (nãoYinterpretável)! de! número! em! T! é! validado! como! singular,!que!é!a!opção!default!no!sistema!de!flexão!do!verbo.!! ! ! ! ! 45! ! A"expressão"sintática"da"estrutura"argumental"na"interlíngua"dos"surdos" aprendizes"português"de"L2" Hely"Cesar"Ferreira"(UnB)" " Palavrascchave:"L2"/L1,"argumento,"pronomes"nulos,"preposição." " O! presente! trabalho! busca! analisar! as! atividades! de! produções! escritas! pelos! alunos! surdos! matriculados!em!contexto!educacional!onde!será!a!pesquisa!de!realização!na!Escola!para!Surdos! de! UberabaYMG.! Este! trabalho! tem! como! objetivo! principal! fazer! a! verificação! se! há! a! variabilidade! de! argumentos! interno! e! externo! nas! sentenças! produzidas! por! surdos! em! português!como!segunda!língua,!considerando!a!interferência!da!L1!na!interlíngua.!Essa!análise! poderá! ser! apresentada! como! fundamento! teórico! para! a! metodologia! de! ensino! de! português! como! segunda! língua! (L2).! Partindo! da! hipótese! de! que! a! aquisição! de! L2! é! mediada! pela! primeira! língua! (L1),! com! acesso! parcial! à! Gramática! Universal! (GU)! (cf.! Chomsky! 1986;! 1995;! White!2003),!temYse!a!observação!de!que,!apesar!da!interferência!de!LIBRAS,!a!interlíngua!não! viola!os!princípios!da!GU.!Como!metodologia!foram!acolhidos!os!textos!produzidos!pelos!alunos! surdos,!através!de!diferentes!técnicas!e!recursos,!a!criatividade!e!a!capacidade!dos!alunos!surdos! de! externar! seus! pensamentos! de! forma! clara! e! objetiva;! utilizar! vocabulário! que! esteja! sendo! trabalhado! em! aula! (verbos,! substantivos,! adjetivos,! pronomes,! preposições,! conjunções)! em! português;! criar! a! produção! textual! como! histórias,! frases! contextualizadas! por! meio! da! pedagogia! visual.! Após! análise! preliminar! foram! encontrados! problemas! na! realização! de! argumentos!internos!e!externos,!que!podem!ocorrer!nulos!ou!sem!as!marcas!formais!da!línguaY alvo! (português).! Os! dados! da! interlíngua! mostram! interferência! da! L1,! uma! vez! que! não! há! associação! entre! as! marcas! formais! de! LIBRAS! na! codificação! da! referência,! e! o! sistema! pronominal!do!português!([Eles]![se]Conhece![desde]!criança).!! ! ! ! Verbos"de"Trajetória:"Teoria"gramatical"e"ensino"de"gramática"na"Educação" Básica" " Letícia"da"Cunha"Silva"(UnB)" Rozana"Reigota"Naves"(UnB)" " Palavrascchave:"Verbos"de"trajetória."Locativo."Competência"linguística."" ! Esta! pesquisa! investigou! o! estatuto! do! sintagma! preposicional! com! referência! locativa! relacionado! a! verbos! de! trajetória,! em! estruturas! como! “João! foi! para,casa”! e! tem! por! objetivo! confrontar! a! competência! linguística! do! falante! com! o! conhecimento! gramatical! explícito,! transmitido! por! instrução! formal! via! livro! didático,! acerca! do! referido! objeto! de! análise.! O! problema! de! pesquisa! refereYse! à! incoerência! entre! o! conhecimento! intuitivo! do! falante,! que! presume! facilmente! o! locativo! para! a! boa! formação! de! sentenças! com! verbos! de! trajetória,! e! a! instrução!formal,!que!insiste!em!ensináYlo!como!adjunto!adverbial,!a!despeito!de!toda!a!discussão! na!teoria!linguística!a!favor!do!caráter!argumental!do!locativo!nesse!tipo!de!estrutura.!À!luz!dos! trabalhos! de! Souto! (2004);! Corrêa! (2005);! Silva! e! Farias! (2011)! e! Naves! e! Lunguinho! (2013),! desenvolveuYse! a! hipótese! de! que! o! locativo! com! verbos! de! trajetória! desempenha! uma! leitura! aspectual!do!evento,!podendo!ser!apagado!diante!de!certos!operadores!gramaticais!ou!mediante! um!contexto!discursivo!prévio!ou!dêitico,!comportandoYse!como!uma!espécie!de!objeto!nulo.!! 46! ! Para! tanto,! utilizouYse! a! distinção! entre! aquisição! e! aprendizagem,! conforme! Kato! (2005)! e! as! concepções!de!conhecimento!implícito!da!língua!(CIL)!e!conhecimento!explícito!da!língua!(CEL),! segundo! Duarte! (2008)! e! Costa! et, al! (2011).! A! metodologia! apoiouYse! na! análise! de! materiais! didáticos!e!na!aplicação!de!testes!de!julgamento!de!aceitabilidade!junto!a!estudantes!do!8º!ano! do!Ensino!Fundamental,!além!de!um!teste!de!produção!escrita!eliciada!a!fim!de!verificar!como!a! competência! sobre! o! fenômeno! se! revela.! Os! resultados! obtidos! confirmaram! parcialmente! a! hipótese!inicial,!apresentando!variação!entre!os!tipos!de!verbo!e!a!exigência!de!um!locativo!nas! estruturas!investigadas.! ! ! “Presente"histórico”"e"classes"accionais" Denise"Miotto"Mazocco"(UFPR)" " Palavrascchave:"evento;"aspecto;"tempo"verbal." ! Este! trabalho! investiga! eventos! que,! mesmo! com! tempo! verbal! no! presente,! são! interpretados! como! passado,! partindo! de! uma! análise! que! leva! em! conta! as! classes! accionais! e! os! elementos,! para! além! do! verbo,! que! garantem! a! localização! temporal.! Vendler! (1967)! observou! que! nos! verbos! achievements! o! tempo! verbal! no! presente! quase! sempre! indica! passado,! por! exemplo! a! sentença! Now, he, finds, the, treasure! (VENDLER,! 1967,! p.103)! não! é! utilizada! para! indicar! um! encontro,do,tesouro!simultâneo!a!um!momento!de!fala;!ela!leva!à!interpretação!de!que!o!evento! de!encontrar!já!ocorreu.!Esses!verbos!são!produtivos!em!textos!de!História!(fontes!de!sentenças! que!compõem!nosso!corpus);!são!comuns!exemplos!como!Inglaterra,invade,a,França,!Rei,Ricardo, morre, na, batalha.! Isso,! porém,! já! não! ocorre! com! estativos, como! O, presidente, do, Brasil, sabe, governar,! com! atividades, João, corre! e! com! accomplishments! João, constrói, a, casa,! cuja! interpretação!temporal!é!de,!respectivamente,!presente!de!predisposição,!presente!de!hábito,!ou! iterativo,! presente! estreito,! ou! perfectivo! (CASTILHO,! 2010).! Defendemos! aqui! que! a! interpretação! do! tempo! presente! veiculando! uma! leitura! de! passado! se! dá! pela! existência! de! outros! elementos! que! “jogam”! o! evento! para! o! passado,! isto! é,! a! leitura! temporal! não! depende! somente! o! verbo.! Nos! exemplos,! Getúlio, Vargas, sabe, governar,! A, família, real, corre, quando, Napoleão, chega! em, Portugal! e! JK, constrói, Brasília,! há! nomes! de! indivíduos! –! Getúlio! Vargas,! família! real! e! JK! –! que! expressam! tempo.! ChamamoYnos! de! indivíduos! temporalizados! (MAZOCCO,!2014),!que!são!constituídos!por!expressões!denotadoras!de!intervalos!(MÓIA,!2003).! ObservaYse! que! uma! sentença! com! um! verbo! achievement! pode! ter! uma! leitura! ambígua! como! João, chega, tarde, em, casa! –! presente! histórico! ou! hábito! –,! mas! quando! há! um! indivíduo! que! marca!tempo!como!em!Napoleão,chega,tarde,na,Rússia,!mantémYse!apenas!a!leitura!do!evento!no! passado.! Logo,! uma! proposta! de! representação! que! daria! conta! dessas! sentenças! não! deveria! levar!em!conta!apenas!momentos,!ou!intervalos,!de!tempo!–!os!momentos!de!fala,!de!evento!e!de! referência!de!Reichenbach!(1947),!por!exemplo!–,!mas!sim!considerar!o!evento!e!os!elementos! que!os!constituem!–!como!Link!(1998)!que!propõe!uma!representação!de!conjuntos!com!a!tupla! M!=!<A,E,T,H,!Ɛ!,R,!π,!τ,!σ>,!em!que!o!conjunto!de!eventos!E,!de!indivíduos!I!e!de!papéis!R!estão! interrelacionados.! ! Diante! disso,! este! trabalho! se! propõe! a! analisar! a! manutenção! ou! não! de! algumas! propriedades! accionais! dos! verbos! (conforme! a! classificação! proposta! por! Rothstein! (2004))!com!o!tempo!verbal!no!presente,!mas!que!indicam!eventos!localizados!no!passado.!Por! exemplo,!João,luta!é!um!evento!atélico,!lutar!é!uma!atividade,!já!em!João,luta,na,Segunda,Guerra! há!a!telicidade.!A!hipótese!é,!portanto,!que!algumas!dessas!propriedades!de!determinados!verbos! se!alteram!em!decorrência!de!sua!combinação!com!o!tempo!histórico.!! ! ! 47! ! Orações"Relativas"de"Grau"em"PB:"Implicações"sintáticocsemânticas" Wagner"Luiz"Ribeiro"dos"Santos" " Palavrascchave:"Relativas;"Maximalização;"Interface"sintáticocsemântica"" ! O!presente!trabalho!tem!como!objetivo!discutir,!à!luz!da!Gramática!Gerativa,!as!orações!relativas,! propondo! uma! nova! classificação! semântica! para! tais! orações:! a! classificação! maximalizadora.! Tendo!como!base!Grosu!&!Landman!(1998),!Grosu!(2002),!Bianchi!(1999),!Szczegielniak!(2012)! e!De!Vries!(2002),!propomoYnos!analisar!as!chamadas!Relativas!de!Grau!do!Português!Brasileiro,! fazendoYo!a!partir!de!uma!proposta!de!maximalização!do!DPY!Alvo.!Tais!relativas,!em!português,! podem! ser! divididas! em! dois! subgrupos:! as! relativas! existenciais! e! as! relativas! de! quantidade,! vistas! nessa! pesquisa! como! orações! que! apresentam,! com! o! nome! relativizado,! uma! relação! de! quantificação!de!grau.!! Para! Grosu! &! Landman! (1998),! as! relativas! maximalizadoras! são! aquelas! que! apresentam! semântica! relacionada! à! quantidade! especificada! pela! relativa,! tomando! o! Núcleo! da! relativização! (o! N! do! DPYAlvo)! por! completo.! Além! disso,! na! visão! dos! autores,! a! interpretação! desse! tipo! de! relativa! se! daria! no! interior! do! CPYrelativo,! e! não! no! domínio! da! oração! matriz,! conforme! acontece! com! as! relativas! restritivas! e! explicativas,! como! aponta! a! literatura! sobre! o! tema.!Para!Szczegielniak!(2013),!a!relação!de!grau,!no!caso!estudado,!a!maximalização,!ocorreria! pelo! movimento! de! um! DegP! do! interior! da! relativa! para! a! posição! de! SpecYCP,! sendo! foneticamente!nulo.!! De!forma!geral,!as!relativas!são!analisadas,!tradicionalmente,!como!um!conjunto!semântico!que! se! relaciona! com! o! conjunto! denotado! pelo! NPYAlvo! e,! a! partir! dessa! relação,! temYse! a! classificação!semântica!da!relativa.!A!proposta!de!análise!maximalizadora!diferenciaYse!da!forma! tradicional!de!análise!proposta!pela!Linguística!(incluindo!a!Gramática!Normativa),!porque!tais! orações!não!buscariam!destacar!parte!de!um!conjunto!maior!por!meio!de!uma!intersecção,!como! acontece! com! as! relativas! restritivas;! ou! demonstrar! serem! dois! conjuntos! iguais,! como! o! faz! uma!relativa!explicativa.!! A! aplicação! dessa! nova! classificação! semântica! às! relativas! de! grau! se! dá,! pois,! ainda! segundo! Grosu! &! Landman! (1998),! tais! orações! não! denotam! indivíduos,! mas! “porções”! desses! indivíduos,! agindo! diretamente! sobre! a! ideia! de! quantidade,! não! do! conteúdo! do! nome! modificado.! A! ideia! denotada! é! a! de! que! TODOS! os! indivíduos! são! influenciados! pela! noção! trazida!pela!relativa.! ! ! As"diferenças"entre"o"que"se"fala"e"o"que"se"escreve"no"português"do"Brasil:"a" aquisição"de"clíticos"de"terceira"pessoa"como"L1"e"L2" Lara"Ribeiro"da"Silva"(UNICAMP)" Palavrascchave:"aquisição"de"linguagem,"gramática"gerativa,"clíticos." , Em! estudos! recentes! de! base! gerativista! sobre! a! sintaxe! do! português! brasileiro,! tais! quais! o! de! Galves! (2001),! se! observa! que,! por! diversos! motivos,! o! PB! está! se! afastando! do! português!europeu.!Embora!a!escrita!ainda!se!mantenha!conservadora!e!vertentes!da!Gramática! Tradicional! proponham! um! padrão! único! para! as! duas! variedades! da! língua! portuguesa,! Kato! (2009)!afirma!que!a!distância!entre!o!português!falado!é!tal!em!relação!à!norma!escrita!que!esta! só!pode!ser!reconhecida!como!língua!estrangeira!pelo!falante!do!PB.!! 48! ! Enquanto! certos! aspectos! dessas! mudanças! sintáticas! recentes! são! verdadeiramente! estigmatizados,! isso! não! ocorre! com! as! mudanças! em! relação! ao! clítico! de! terceira! pessoa! “se”.! De!acordo!com!estudos!realizados!por!Galves!(2001),!“se”!tem!nítida!tendência!em!desaparecer! do!PB.!! Diante!dessas!constatações,!este!trabalho!se!propõe!a!testar!a!hipótese!de!que!a!aquisição! de!clíticos!de!terceira!pessoa!para!o!PB!se!comporta!como!em!L2!através!de!um!panorama!sobre! os! estudos! realizados! até! o! momento! sobre! a! aquisição! de! clíticos,! com! foco! nos! clíticos! de! terceira! pessoa,! tanto! com! L1! e! L2.! Para! tanto,! pretendeYse! analisar! alguns! trabalhos! já! realizados! sobre! o! assunto! tais! como:! o! de! Wexter! et! al! (2003)! sobre! a! omissão! de! clíticos! em! catalão!e!em!espanhol;!o!de!Wexler&Tsakali!(2003)!sobre!a!possibilidade!da!omissão!de!clíticos! ser!universal!durante!o!período!da!aquisição!de!linguagem;!e!o!de!Costa!&!Lobo!(2006)!sobre!a! aquisição!de!clíticos!em!PE.!! A! análise! a! ser! desenvolvida! neste! trabalho! se! baseia! no! trabalho! de! Nunes! (1990),! no! qual! o! autor! estabelece! o! estatuto! teórico! das! construções! que! envolvem! o! “se”,! apassivador! e! indeterminador,!dentro!do!quadro!da!Teoria!da!Regência!e!Ligação!(CHOMSKY,!1981)!e!traça!o! percurso!diacrônico!dessas!construções!no!PB.! O!autor!registrou!alterações!relativas!principalmente!à!presença/ausência!desse!clítico!e! também! quanto! à! concordância! entre! o! verbo! e! o! argumento! interno.! Quanto! às! formas! inovadoras!encontradas!no!PB,!ele!dá!destaque!para!três!delas:! ! 1)! Preferência!pela!discordância!entre!o!verbo!e!o!argumento!interno;!! (a)!Também!desenterrouYse!outras!coisas!semelhantes.!(NUNES,!1990)! 2)! Elisão!do!clítico!“se”!em!sentenças!finitas!e;!! (a)!No!Brasil,!não!se!usa!mais!saia.!(GALVES,!1987)! (b)!No!Brasil,!não!Ø!!usa!mais!saia.!(idem)! 3)! Inserção!do!clítico!“se”!em!sentenças!infinitas.!! (a)!João!é!difícil!de!Ø!pagar.!(GALVES,!1997)! (b)!João!é!difícil!de!se!pagar.!(idem)! ! Por!fim,!este!trabalho!também!se!vale!de!outros!trabalhos!de!Galves!(1987,!1997,!2011)! sobre!essas!construções,!em!que!ela!aborda!questões!concernentes!à!variação!do!clítico!“se”!a!fim! de!comprovar!que!“as!variações!dialetais!observáveis!no!Brasil!constituem!mais!um!argumento! em! favor! da! hipótese! da! existência! de! uma! sintaxe! brasileira! muito! claramente! distinta! da! sintaxe!portuguesa”!(GALVES,!2001,!p.!43).!Nesse!sentido,!o!que!se!espera!é!encontrar!processos! bastante!diversos!entre!o!que!ocorre!na!fala,!tal!qual!descrito!por!Nunes!(1990),!e!na!escrita.! ! ! ! O"estatuto"sintático"dos"pronomes"reduzidos"no"português"dialectal"de" Minas"Gerais"e"Goiás" ! Manoel"Bomfim"Pereira"(UnB)" " PalavrascChave:"Clítico,"Pronome"forte,"Pronome"reduzido." ! A! redução! morfofonológica! em! formas! pronominais! do! PB! tem! sido! amplamente! investigada,! principalmente!no!que!se!refere!ao!pronome!cê,!cujo!estatuto!na!sintaxe!do!português!brasileiro! (PB)! contemporâneo! recebe! diferentes! análises.! Vitral! (1996),! a! partir! da! noção! de! gramaticalização!(proposta!por!Meillet,!1958),!examina!o!estatuto!do!item!cê,!no!português!atual,! e! propõe! que! essa! forma! constitui! uma! etapa! do! processo! de! gramaticalização! da! forma! vossa, 49! ! mercê.,Segunda!essa!proposta,!o!item!lexical!vossa,mercê!>!passa!a!ser!o!item!gramatical!você,>! que! se! torna! o! clítico! cê,! cujo! estágio! posterior! seria,! por! hipótese,! o! de! afixo! flexional.! Ramos! (1997)! concorda! com! essa! proposta! e! defende! que! o! item! cê, é! uma! proforma! em! fase! de! gramaticalização.!Petersen!(2008)!vai!de!encontro!à!proposta!de!Vitral!(1996)!e!Ramos!(1997)!e! defende,! em! função! da! teoria! da! tripartição! pronominal! de! Cardinaletti! e! Starke! (1999),! que! a! forma!cê,é!um!pronome!fraco,!ou!seja,!não!é!um!clítico.!Vitral!&!Ramos!(2010)!rebatem!os!contraY argumentos! apresentados! por! Petersen! e,! embora! reconheçam! os! pontos! fracos! de! sua! análise,! reafirmam!a!hipótese!de!que!a!visão!da!cliticização!como!um!processo!é!a!mais!promissora.!Em! tese,! cê! é,! portanto,! um! tipo! de! pronome! que! não! pode! ser! identificado! nem! como! pronome! tônico! (como! é! o! caso! de! você),! nem! como! pronome! clítico,! porque! tem! distribuição! sintática! diferente! desses! pronomes.! Nosso! objetivo! neste! trabalho! é! investigar! as! estruturas! nas! quais! ocorrem! os! itens! cê,,ê/ea,,ês,(redução! dos! pronomes! você,! ele/ela,e! eles,! respectivamente)! com! vistas! a! verificar! a! relação! entre! a! estrutura! formal! desses! pronomes! e! sua! distribuição! na! estrutura! oracional,! tendo! em! vista! a! hipótese! de! que! pronomes! fortes,! fracos! e! clíticos! manifestam! estrutura! distinta! (Cardinaletti! &! Starke! 1999).! Para! tanto,! consideraremos! sua! distribuição! como! sujeito! ou! objeto! (argumento! interno),! como! complemento! de! preposição,! além! de! posição! adjacente! ao! verbo! temático.! O! corpus! analisado! é! composto! por! dados! do! português!falado!em!Minas!Gerais!(corpus!do!Projeto!Mineirês,!disponibilizado!por!Jânia!Ramos! (POSLIN/UFMG))! e! em! Goiás! (disponível! em! Rezende! 2008).! Em! uma! análise! preliminar,! identificamos! vários! fenômenos,! em! particular! a! realização! da! proforma! cê! na! posição! de! complemento! de! preposição! na! estrutura! do! VP! (Doraci, falou, assim, “eu, dô, a, vaga, pro, cê”)! /! (...agora, eu, prá, fala, isso, com, cê# num, vermeiei, não),! contrariando! a! proposta! dos! autores! supracitados,!que!não!prevê!cê,nestes!contextos.!Quanto!às!proformas!reduzidas!do!pronome!de! 3ª! pessoa,! constatamos! que! elas! ocorrem! nos! diferentes! contextos! sintáticos! citados,! exceto! como!o!segundo!objeto!em!estruturas!de!objeto!duplo!(Salles!2013)!(oCÊ!que!vai!busca!ele!pra! mim;!eu!dô"ê!__de!novo;!e!nós!ficô!cá!fazeno!ca!velório!ele/*ê).!Buscamos!discutir!as!implicações! da! distribuição! da! forma! reduzida! desses! pronomes,! tomando! por! base! o! modelo! teórico! da! gramática!gerativa,!particularmente,!no!âmbito!do!Programa!Minimalista!(Chomsky!1995,!2001! e!2004).! " " “Você"abre"o"livro”"c"aspectos"sintáticos"de"sentenças"imperativas"no"PB:" licenciamento"de"sujeitos"(scv)"versus"sentenças"declarativas" " Moacir"N."F."Junior" ! Palavrascchave:"imperativo;"forma"supletiva;"traço"optativo;"ordem"SV/VS.! O!objetivo!deste!trabalho!é!investigar!aspectos!relacionados!à!estrutura!sintática!das!sentenças!! imperativas!!no!!português!!brasileiro!!(PB),!!na!!comparação!!com!!o!!português!europeu!!(PE).!!A! tradição! gramatical! ! classifica! ! o! ! PE! ! como! ! língua! ! de! ! imperativo! verdadeiro,! por! possuir! morfologia!verbal!própria!ao!modo!imperativo!!(RIVERO!1994;!RIVERO!&!TERZI!1995;!SCHERRE! ET!AL.!2007).!Além!da!morfologia!própria,!entre!as!!particularidades!!do!!imperativo!!verdadeiro,!! consta!!a!!possibilidade!!de!!realização!!de!sujeito!!préYverbal.!!Conforme!!proposto!!em!!Ferreira!! Junior!!(2011)!!e!!Ferreira!!Junior!!&!Salles!!(2014),!!uma!!característica!!do!!modo!!imperativo!!é!! o!!licenciamento!!de!!um!!traço!optativo!em!C,!responsável!por!não!exigir!o!movimento!do!verbo! para!essa!categoria,!o!que!interage!com!a!possibilidade!de!o!verbo!ocorrer!na!série!supletiva!do! indicativo!e!do!subjuntivo,!em!virtude!da!neutralização!da!oposição!indicativo!vs!subjuntivo!no! sistema! verbal! no! PB,! em! configurações! de! complementação! com! verbos! volitivos! (Quero! que! 50! ! você/ele! ! entre/! ! entra! ! aqui).! ! Essa! ! configuração! ! além! ! de! ! não! ! restringir! ! a! ! ocorrência! ! de! marcadores! negativos,! também! licencia! ! a! ocorrência! ! de! sujeito! préYverbal! e! pósYverbal! em! sentenças! imperativas! do! PB.! ! Esse! licenciamento! ! é! apresentado! em! nossa! proposta! considerandoYse! ! que! ! na! ! oração! ! com! ! sujeito! ! préY! ! verbal,! ! o! ! verbo! ! permanece! ! em! ! T,! enquanto!na!oração!com!sujeito!pósYverbal!o!verbo!se!move!para!C!–!a!opcionalidade!na!ordem! SV/VS!indica!a!opcionalidade!do!movimento,!não!havendo!contraste!semântico.!ConsiderandoYse!! que!!o!!PB!!é!!uma!!língua!!de!!ordem!!VS!!restrita!!(cf.!!PILATI!!2006),!!a!ausência!de!restrição!à! ocorrência! da! sentença! imperativa! com! ordem! VS! é! atribuída! à! codificação! ! da! ! força!! ilocucionária!!imperativa!!com!!a!!lexicalização!!do!!traço!!formal!optativo!em!C!pelo!movimento! do! verbo.! Quanto! às! sentenças! imperativas! com! ordem! SV,! nossa! hipótese! é! a! de! que! existe! diferença!em!relação!à!sentença!declarativa!com!ordem!SV,!a!qual!é!resolvida!como!a!seguir:!(i)! sendo! a! forma! verbal! supletiva! oriunda! do! ! subjuntivo,! ! não! ! há! ! ambiguidade,! ! e! ! o! ! traço!! optativo! ! em! ! C! ! é! ! verificado! ! na! ! sintaxe! fechada! pelo! verbo! em! T! ([CP! COPT! [TP! Você! entre! aqui]]);! (ii)! sendo! a! forma! verbal! supletiva! ! oriunda! ! do! ! indicativo,! ! a! ! força! ! ilocucionária!! imperativa! ! será! ! deduzida! ! do! contraste! com! a! interpretação! não! habitual/! genérica! de! T.! ! No! intuito!de!investigar!esse!contraste!!semântico,!!consideramos!!a!!proposta!!de!!de!!Reichenbach!! (1947),!!que!!assume!três!!pontos!!de!!localização!!temporal:!!!ponto!!de!!fala!!S!!(point!!of!!speech),!! ponto!!de!referência!!!R!!(point!!of!!reference)!!e!!ponto!!do!!evento!!E!!(point!!of!!event).!!!Em!! nossa!análise,!investigamos!a!hipótese!de!que!as!sentenças!imperativas!supletivas!com!a!forma! verbal!!oriunda!!do!!indicativo!!!!possuem!!uma!!configuração!!semântica!!diferente!!de!sentenças! no!presente!do!indicativo.!Para!o!presente,!o!autor!propõe!que!os!três!pontos!de!!referência!!são!! coincidentes,!!o!!que!!gera!!uma!!configuração!!SYRYE.!!Já!!as!!sentenças!imperativas!com!formas! verbais! oriundas! do! indicativo! possuem! uma! configuração! ! com! um! ponto! de! discurso! (S)!! anterior!!ao!ponto!de!referência!(R)!!!e!!ao!ponto!do!evento!!(E),!que!ocorrem!simultaneamente,! gerando!um!sistema!SYYYR,!E.! ! ! Prepositions"as"complementizers"in"Brazilian"Portuguese:"modal"markers" and"obviators" Daniel"Machado"(UnB)" ! Keywords:"Prepositions,"Complementizers,"C"projection." " This! paper! discusses! the! grammaticalization! of! prepositions! introducing! infinitival! clauses! in! Brazilian!Portuguese!(BP).!Assuming!that!C!projection!bears!features!of!modality!and!finiteness,! as! previously! proposed! (cf.! RIZZI! 1997),! we! argue! that! prepositions! introducing! infinitival! clauses!in!Brazilian!Portuguese!carry!lexical!and!irrealis!properties,!further!encoding!obviation! effects!(cf.!SALLES!2009).!! ! The! irrealis! feature! of! prepositional! complementizers! in! BP! can! be! attested! by! its! finite! counterpart,!which!appears!in!a!subjunctive!form!(see!1aYb;2).!Morover!the!preposition!‘para’!in! BP!carries!the!property!of!licensing!the!obviation!effect!(see!3a).! This!phenomenon!is!also!found!with!subject!clauses!(see!5),!and!the!soYcalled!ergative!adjectives! with!the!copula!verb!to,be!(see!6)!(cf.!Cinque!1990).!Given!this!pattern!it!is!possible!to!say!that! the!preposition!marks!the!reanalysis!of!the!subject!infinitival!clause!as!a!complement!clause!(see! 7),! as! in! the! presence! of! the! preposition,! the! embedded! clause! cannot! be! found! in! the! first! position.!We!take!this!restriction!to!interact!with!the!SVO!word!order!pattern!of!BP!(MACHADO,! 2013).! ,,,, 51! ! (1a)!Eu!pedi!a!Maria!para!sair!daqui!(=Eu!pedi!a!Maria!que!saísse!daqui)! (1b)!Eu!sugeri!dela!fazer!o!bolo!(=Eu!sugeri!que!ela!fizesse!o!bolo)! (2)!Estou!surpreso!de/em/?com!(Daniel)!estar!aqui!! (3)!a.!Eu!disse!a!Mariai!para!somente!mais!tarde!ei!lavar!o!carro.! (5)!Urge!(d)ele!aparecer!aqui!hoje.! (6)!É!audácia!demais!(d)ela!vir!aqui!hoje.! (7)!(*D)ela!vir!aqui!hoje!é!audácia!demais.!! ! ! Reflexões"sobre"estrutura"argumental"com"base"em"exemplos"do"Kadiwéu" Ticiana"Andrade"de"Sena"(UNICAMP)" " Palavrascchave:"Estrutura"Argumental,"Morfologia"Distribuída,"Kadiwéu." ! A! apresentação! de! trabalho! aqui! proposta! versará! sobre! as! ocorrências! do! morfema! verbal! d:3, na! língua! Kadiwéu,! língua! indígena! brasileira! que! faz! parte! da! família! linguística! Guaikurú.! Morfemas! tipologicamente! similares! a! estes! têm! sido! chamados! de! relacionais! por! outros! estudos! brasileiros! em! línguas! indígenas.! O! morfema! verbal! d:3, do! Kadiwéu! foi! pesquisado! por! Sandalo! (2009),! que! propõe! que,! em! certos! casos,! se! trata! de! um! morfema! inverso.!Mais!especificamente,!quando!o!objeto!é!superior!ao!sujeito,!de!acordo!com!o!padrão!de! hierarquia!de!pessoa!dessa!língua!(2!>!1!>!3),!um!sistema!de!voz!inversa!é!desencadeado!e!esse! morfema!se!faz!presente!no!verbo.!Contudo,!foi!constatada,!em!narrativas!Kadiwéu,!a!presença! do!mesmo!morfema!em!situações!na!quais!ele!não!estava!marcando!a!voz!inversa.! Embora! pretendaYse! iniciar! retomando! o! estudo! desse! morfema! quando! ele! é! um! marcador!de!voz!inversa!realizado!por!Sandalo!(2009),!o!trabalho!aqui!proposto!se!centrará!num! estudo! referente! aos! casos! em! que! o! morfema! d:3, aparece! no! verbo,! mas! com! uma! função! diferente! da! de! marcador! de! voz! inversa.! Os! dados! utilizados! nessa! investigação! são! provenientes! de! três! fontes:! (1)! dez! narrativas! Kadiwéu! que! fazem! parte! do! banco! de! dados! Kadiwéu,! pertencente! aos! atuais! Projetos! de! Pesquisa! coordenados! por! Sandalo! —! (a)!! Hierarquia! de! pessoa! em! línguas! brasileiras:! assimetrias! e! fronteiras! (sob! financiamento! do! CNPq),!(b)!Fronteiras!e!Assimetrias!em!Fonologia!e!Morfologia!(sob!financiamento!da!FAPESP);! (2)! os! verbos! registrados! no! dicionário! Português! Y! InglêsY! Kadiwéu,! em! anexo! na! tese! de! Sandalo! (1996);! (3)! a! lista! de! verbos! conjugados! presente! no! dicionário! KadiwéuYPortuguês! /! PortuguêsYKadiwéu!de!Griffths!(2002).! !! O!primeiro!objetivo!desse!estudo!é!identificar!os!tipos!de!verbo!e/ou!as!classes!verbais! em!que!a!presença!desse!morfema!se!faz!necessária!nas!situações!em!que!ele!não!é!um!marcador! de! voz! inversa.! A! partir! dessas! informações,! buscaYse! refletir! sobre! a! estrutura! argumental! desses! casos.! As! reflexões! acerca! da! estrutura! argumental! são! elaboradas! dentro! do! quadro! da! Morfologia! Distribuída! (Harley,! 1995;! Marantz,! 1997).! A! reflexão! feita! dialoga! bastante! com! a! proposta! de! estrutura! argumental! apresentada! por! Harley! &! Noyer! (2000).! Considerando! os! dados!do!Kadiwéu,!parece!adequado!entender!que!condições!de!licenciamento!listadas!nos!itens! de!vocabulário!são!determinantes!na!estrutura!argumental,!como!proposto!por!esses!autores.!! " ! ! ! ! 52! ! Português"Brasileiro:"uma"língua"de"sujeito"nulo"ou"de"sujeito"obrigatório?" " Fábio"Bonfim"Duarte"(UFMG)" Christiane"Miranda"Buthers"(UFMG)" " Palavras"chave:"EPP,"sujeito"nulo,"sujeito"obrigatório" " O!português!brasileiro!atual,!diferentemente!do!português!europeu!e!do!PB!nãoY!contemporâneo,! tem!apresentado!um!gradativo!aumento!do!preenchimento!da!posição!à!esquerda!do!verbo!em! orações!finitas,!conforme!é!possível!verificar!pelos!dados!apresentados!em!1!e!2:!! (1)! Porque! você! vê! todo! mundo! desempregado.! FALA! ESPONTÂNEA)! (2)! Se! constrói! um! país.! (FALA!ESPONTÂNEA)!! Em!contextos!como!os!apresentados!em!1!e!2,!se!houver!apagamento!do!sintagma!XP!que!figura! em! posição! inicial,! o! resultado! é! uma! sentença! pouco! aceitável,! conforme! deixam! entrever! os! exemplos!a!seguir:!! (3)!??!Porque!___!vê!todo!mundo!desempregado.!(FALA!ESPONTÂNEA)!(4)!??__!constrói!um!país.! (FALA!ESPONTÂNEA)!! Com! base! em! exemplos! como! esses,! a! hipótese! testada! no! decorrer! da! análise! foi! a! de! que! a! pouca! aceitabilidade! dos! dados! 3! e! 4! está! diretamente! conectada! com! o! fato! de! o! PB! contemporâneo! apresentar! um! significativo! aumento! no! percentual! de! ocorrência! da! ordem! sintática! [XP! V! DP].! Um! dos! objetivos! do! trabalho! foi! averiguar! o! estatuto! gramatical! dos! sintagmas! XPs! que! figuram! em! primeira! posição! destas! construções! sintáticas.! A! pesquisa! demonstra! que! alguns! desses! XPs! têm! funcionado! como! puros! expletivos,! atendendo! apenas! a! um! requerimento! da! sintaxe! estrita,! como,! por! exemplo,! a! valoração! de! EPP,! em! conformidade! com!Chomsky!(1995).!Para!tal!verificação,!usamos!como!pressuposto!teórico!Holmberg!(2000),! que! analisa! o! fronteamento! estilístico! (Stylistic! Fronting)! presente! nas! línguas! escandinavas.! Outro!objetivo!investigado!foi!se!a!emergência!desta!ordem!estaria!correlacionada,!ou!não,!com!o! enfraquecimento!do!sistema!de!concordância!e!com!a!maneira!como!o!PB!satisfaz!ao!traço!EPP! em!sentenças!finitas.!! Para! explicar! tal! fenômeno,! a! proposta! delineada! no! trabalho! foi! a! fatoração! de! EPP! em! dois! traços!distintos:![uD]!e![uP],!conforme!a!seguir:!! Fatoração!de!EPP!! Por! meio! dessa! formulação,! é! possível! dar! conta! da! universalidade! do! EPP.! Mais! precisamente,! essa! proposta! lança! a! ideia! de! que! EPP! é! uma! propriedade! sintática! que! pervaga! em! todas! as! línguas.! O! que! é! novo! nesta! proposta! é! que! os! traços! acima,! que! constituem! o! EPP,! são! parametrizáveis!de!língua!para!língua,!de!sorte!que!podem!entrar!na!derivação!como!fracos!ou! fortes.!Esta!análise!nos!permite!analisar!o!fenômeno!do!sujeito!nulo!de!forma!mais!consistente,!já! que!dá!conta!de!explicar!as!variações!interlinguísticas!referentes!ao!seu!acionamento.!De!acordo! com!essa!proposta,!AGR!tem!apenas!uma!função!secundária!no!licenciamento!de!sujeitos!nulos,! já!que!nem!sempre!a!sua!presença!no!sistema!leva!à!ocorrência!obrigatória!do!sujeito!nulo.!Em! suma,! a! presente! análise! defende! que! o! PB! atual! é! uma! língua! de! sujeito! nulo! parcial.! É! essa! propriedade! gramatical! que! permite! que! a! posição! de! sujeito! figure! opcionalmente! nula! em! certos!contextos!e!sempre!preenchida!em!outros.!Dessa!maneira,!a!emergência!da!ordem![XP!V! (DP)]!pode!ser!descrita!como!o!efeito!colateral!da!maneira!como!o!traço!EPP!é!valorado!no!PB! contemporâneo.!! ! ! ! ! ! 53! ! ! O"gerativismo"e"a"sala"de"aula:"contribuições"para"ensino"de"línguas" ! Talita"G."Mensades"Silva"(Universidade"de"Brasília)" Eloisa"Nascimento"Silva"Pilati"(Universidade"de"Brasília)" ! Frente!às!grandes!dificuldades!encontradas!na!educação!nos!dias!de!hoje!e!a!urgente!necessidade! de! inovação! das! práticas! pedagógicas,! o! presente! trabalho! tem! como! objetivo! relacionar! os! pressupostos! gerativistas! e! as! possíveis! colaborações! que! eles! têm! dado! ao! “ensino”! de! Língua! Portuguesa.! Com! uma! metodologia! de! pesquisa! e! reflexão,! investigaYse! a! contribuição! dos! conceitos!da!teoria!gerativa!e!dos!estudos!ligados!a!ela!em!três!vertentes!relacionadas!à!sala!de! aula:!quanto!(a)!ao!conteúdo!ministrado,!ao!que!se!entende!por!gramática;!(b)!à!efetividade!do! material!didático,!dados!os!conceitos!que!exprimem;!e!(c)!às!práticas!docentes,!suas!dificuldades! e! questões! no! ensino! de! língua! materna! e! a! metodologia! de! ensino! adotada! como! causa! ou! consequência! dos! itens! (a)! e! (b).! A! partir! do! entendimento! da! relação! entre! o! gerativismo! e! o! ensino,!expõeYse!algumas!metodologias!sugeridas!sob!o!olhar!gerativista!para!orientar!a!prática! docente.! AdotaYse,! como! referenciais! teóricos,! as! pesquisas! de! Chomsky! (1957! e! trabalhos! subjacentes)! com! os! conceitos! fundamentais! da! Teoria! de! Princípios! e! Parâmetros,! a! teoria! de! Kato! (2005)! sobre! a! gramática! do! letrado,! a! proposta! de! VanPatten! (2003)! sobre! o! input! e! o! output,!o!trabalho!precursor!de!Silva!(2013)!que!relaciona!o!gerativismo!e!o!ensino,!os!trabalhos! de! Neves! (1994),! Costa! (2003)! e! Pilati! (2014)! sobre! a! realidade! atual! da! sala! de! aula,! e! os! trabalhos! de! Lobato! (2003),! Pilati! et! al.! (2011),! Vicente! e! Pilati! (2012)! e! Silva! (2015)! sobre! as! metodologias!sugeridas.! ConcluiYse! que! o! gerativismo! tem! contribuído! de! fato! com! conceitos! que! podem! mitigar! os! problemas! enfrentados! no! ensino! de! língua! materna! e! trazer! uma! mudança! significativa! ao! ensino.!A!necessidade!de!inovação!nas!práticas!pedagógicas!é!iminente!e!os!estudos!linguísticos! têm! comprovado! o! atraso! e! a! ineficiência! das! metodologias! utilizadas! na! escola.! Apesar! de! já! existirem!sugestões!de!propostas!metodológicas!sob!o!olhar!gerativista,!ainda!há!a!necessidade! de!uma!sistematização!das!propostas!para!que!realmente!haja!mudança!nas!práticas!docentes.!A! teoria!e!a!reflexão!estão!postas,!mas!a!orientação!prática!ainda!é!deficitária.! ! ! " Variação"na"concordância"verbal"com"DPs"complexos" " Alzira"Neves"Sandoval"(Universidade"de"Brasília)" Eloisa"Nascimento"Silva"Pilati"(Universidade"de"Brasília)" ! O! intuito! deste! estudo! é! explicar,! com! base! nos! pressupostos! da! Teoria! Gerativa,! mais! especificamente!na!versão!do!Programa!Minimalista!(Chomsky!1995!e!trabalhos!posteriores),!a! variação!na!concordância!verbal!com!sujeitos!constituídos!de!DPs!complexos,!tal!como!em!(1)!! ! (1)! a.![O!valor!das!coisas]!mudam]!constantemente.!! ! b.![O!cabo!das!plantas]!são!verdes.! ! As! perguntas! a! que! desejamos! responder! são! as! seguintes:! a)! Quais! são! as! caraterísticas! sintáticas! e! semânticas! de! orações! com! DPs! complexos! e! concordância! variável! no! PB?! e! b)! Há! semelhanças! sintáticas! ou! semânticas! entre! estruturas! com! DPs! complexos! e! estruturas! 54! ! partitivas! e! pseudopartitivas?! e! c)! Quais! as! principais! análises! feitas! sobre! DPs! complexos! na! literatura!gerativista.! A!concordância!do!verbo!com!sujeitos!complexos!é!variável!no!PB!(tanto!falado!quanto!escrito),! conforme! Naro! e! Scherre! (1998,! 2015),! ou! seja,! o! verbo! pode! ser! flexionado! no! singular,! concordando!com!o!núcleo!nominal!mais!alto!–!o!que!é!chamado!de!concordância!canônica!–,!ou! no! plural,! concordando! com! o! núcleo! nominal! mais! baixo! (ou! encaixado)! –! o! que! Béjar! (2003)! denomina!de!concordância!parcial.!! ! (3)! [! DPsing" " [! NPsing" [! PP! [! P! de! [! DPpl! [! NPpl! ]]]]]]! [! vP! [! VP! [! V" sing! ]]! –! concordância! canônica!! ! (4)! [!DPsing!![!NPsing![!PP![!P!de![!DPpl![!NPpl"]]]]]]![!vP![!VP![!V"pl!]]!–!concordância!parcial!! ! Em! relação! às! semelhanças! sintáticas! ou! semânticas! entre! estruturas! com! DPs! complexos! e! estruturas! partitivas! e! pseudopartitivas! parece! que! tais! construções! não! são! sintaticamente! idênticas.! ! Uma! construção! partitiva! é! uma! estrutura! bipartida,! articulada! em! cabeça! e! coda,! ligada! pela! preposição! “de”.! A! cabeça! é! formada! por! elemento! quantificador! e! a! coda! por! um! sintagma!determinante!encabeçado!por!um!determinante!definido.!A!coda!expressa!um!conjunto! de! indivíduos! (extensionalmente! determinado! ou! pressuposto)! do! qual! a! cabeça! extrai! um! subconjunto!próprio!de!elementos!(Brucart,!1997,!apud!Demonte!e!Jiménez,!manuscrito).!! (5)"" a."A!maioria!das!crianças!dormiu/dormiram!tarde!ontem.!! ! As! estruturas! pseudopartitivas,! por! sua! vez,! apresentam! núcleo! nominal! quantitativo! e! diferenciamYse! das! partitivas! por! apresentarem! como! modificador! um! sintagma! nominal! indefinido.!! (6)!! a.! Um! grupo! de! estudantes! de! escolas! públicas! foi" aprovado/foram" aprovados! em! universidades!internacionais.!! As! orações! com! DPs! complexos! diferenciamYse! das! construções! partitivas! e! pseudopartitivas! porque! não! apresentam! como! núcleo! nominal! nome! com! valor! partitivo! ou! quantitativo! (maioria,,parte,,metade,,porção,,grupo,,monte! etc.).! Nos! DPs! complexos,! os! sintagmas! nominais! não!são!constituídos!de!nomes!quantificadores!nem!partitivos,!ou!seja,!não!denotam!quantidade! nem!partibilidade.!São!nomes!compostos!por!um!conjunto!de!traços,!tais!como![+/Yhumano],![+/Y animado],![+/Ycomum]!e![+/Y!contável],!conforme!Scherre!e!Naro!(2015).!! ! ! ! Estratégias"de"preenchimento"do"sujeito"e"manifestação"da"concordância" verbal"em"produções"escritas"de"alunos"de"EJA:"uma"análise"preliminar" comparativa" "" Stefania"Caetano"Martins"de"Rezende"Zandomênico"(PG,"UnB)" Eloisa"Nascimento"Silva"Pilati" ! Este! trabalho! apresenta! uma! análise! preliminar! acerca! das! estratégias! de! preenchimento! do! sujeito! e! da! manifestação! da! concordância! verbal! presentes! na! produção! escrita! de! discentes! oriundos! da! Educação! de! Jovens! e! Adultos! –! EJA.! O! presente! estudo!busca! estabelecer! relações! entre!princípios!da!Teoria!Gerativa!(CHOMSKY!1957,!1981,!1986,!1988,!1998,!1999)!e!questões! que! envolvem! o! processo! de! ensinoYaprendizagem! de! línguas! naturais! (LOBATO! 2003;! KATO! 1996,! 2005,! 2013;! MAGALHÃES! 2000;! PIRES! 2015;! LICERAS! 2015).! Partimos! da! hipótese,! 55! ! defendida!por!Liceras!(2015),!de!que!a!forma!adequada!para!a!análise!das!gramáticas!dos!alunos! deve! ser! um!modelo! teórico! que! contenha! uma! base! de! comparação! universal! e! que! possa! determinar!como!os!princípios!(e!as!regras)!desse!componente!são!realizados!na!L1,!na!L2!e!na! interlíngua.! Este! trabalho! apresenta! uma! análise! comparativa! preliminar! entre! os! dados! encontrados! em! textos! escritos! do! ENEM! 2013! feitos! por! alunos! de! EJA! e! os! dados! de! fala! de! falantes! cultos! analisados! por! Berlink! et, al., (2009),! nos! mesmos! contextos! destacados! pelas! autoras:! com! sujeitos! nominais,! com! sujeitos! pronominais! plenos,! com! sujeitos! pronominais! nulos,!com!sujeito!coletivo,!em!orações!adjetivas,!em!orações!com!verbo!inacusativo,!em!orações! de! ordem! VYS! e! em! construções! passivas.! Uma! vez! que! os! estudos! atuais! que! trabalham! as! relações! entre! os! pressupostos! do! Gerativismo! e! o! ensino! o! fazem! sob! a! perspectiva! do! ensino! regular,! a! pesquisa! a! ser! realizada! a! partir! da! análise! feita! pretende! contribuir! trazendo! dados! desse! processo! em! uma! modalidade! de! ensino! não! contemplada! anteriormente! em! estudos! similares:! a! EJA.! A! produção! escrita! de! alunos! provenientes! da! EJA! é! relevante! como! objeto! de! pesquisa,!entre!outros,!para!que!se!analisem!as!influências!do!ensino!formal!durante!o!período! crítico!e!o!processo!de!aprendizagem!de!uma!nova!variedade!linguística,!na!modalidade!escrita.! ! ! ! Estudo"de"caso"sore"o"desenvolvimento"da"consciência"sintática"em"sala"de" aula" " Juliana"Carolina"Argenta"Carlos"Lopes"da"Silva"–"UnB" Eloisa"Nascimento"Silva"Pilati"–"UnB" " ! Este! trabalho! tem! objetivo! de! demonstrar! de! que! forma! os! princípios! relacionados! à! teoria! gerativista,! aliados! a! metodologias! que! privilegiam! a! aprendizagem! com! metacognição,! podem! contribuir! para! o! ensino! de! gramática! na! educação! básica.! TrataYse! da! análise! de! um! arcabouço!teórico!a!respeito!de!metodologias!de!ensino!de!aspectos!linguísticos!e!gramaticais!da! língua! portuguesa,! de! metodologias! de! ensino! de! língua! desenvolvidas! no! Brasil! e! em! Portugal! para! verificar! o! que! há! de! material! disponível! para! os! professores! e! de! que! forma! tais! metodologias! podem! ser! aplicadas! em! sala! de! aula! com! vistas! a! tornar! o! ensino! de! língua! portuguesa! mais! eficaz! e,! com! base! nas! ideias! de! Lobato! (2013),! Costa! et! al! (2011),Vicente! &! Pilati! (2012)! e! Pilati! (2014).! Além! disso,! desenvolve,! testa! e! analisa! uma! atividade! gramatical! sobre! identificação! e! classificação! do! sujeito! e! do! predicado,! com! base! em! Duarte! (2007)! e! Raposo!(2014),.!A!atividade!tem!como!abordagem!de!ensino!a!concepção!de!gramática!interna,! como!exposto!em!Kato!(2005),!e!o!conhecimento!explícito!da!língua!adotado!pelo!Guião!(2011).! A! metodologia! utilizada! foi! a! da! aprendizagem! ativa! e! dos! procedimentos! de! descoberta! e! metacognitivos! vistos! em! Lobato! (2003),! Costa! et! al! (2011),Vicente! &! Pilati! (2012)! e! Pilati! (2014).! Com! relação! à! técnica! implementada,! essa! consiste! na! exposição! e! análise! dos! dados,! para!que!sejam!tiradas!conclusões!com!relação!às!regras!aplicadas!à!formação!das!estruturas!das! orações.! Os! conhecimentos! desenvolvidos! são! então! aplicados! ao! texto,! a! partir! da! revisão! textual,!e!os!conteúdos!são!sistematizados!na!forma!de!esquema.!Os!alunos!que!tiveram!contato! com! o! material! didático! desenvolvido! demonstraram! uma! nítida! associação! do! conteúdo! estudado! ao! conhecimento! de! mundo! que! possuem.! PodeYse! perceber! que! a! abordagem! do! aprendizado!pela!descoberta,!com!metacognição,!revelaYse!um!caminho!promissor!no!ensino!de! língua! materna,! porque! foi! possível! notar! a! evolução! das! respostas! dos! alunos,! com! relação! à! complexidade! e! ao! uso! das! terminologias! e! o! desenvolvimento! do! raciocínio! destes! diante! das! análises.! ! 56! ! ! Decomposição"lexical"em"primitivos"semânticos"e"a"problematização"da" analiticidade" " Alex"de"Britto"Rodrigues"(UFPR)" " Palavrascchave:"primitivos"semânticos,"analiticidade,"decomposição"lexical." " Este!trabalho!tem!como!objetivo!analisar!alguns!argumentos!centrais!no!debate!entre!atomistas! e! decomposicionistas! a! respeito! do! significado! lexical.! A! perspectiva! decomposicionista! sugere! um!nível!de!representação!em!que!um!item!lexical!pode!ser!decomposto!em!“unidades!menores”! abstratas,!os!“primitivos”!(também!chamados!de!“primitivos!conceituais”,!“primes”,!“predicados! primitivos”,! entre! outros! termos).! Já! a! perspectiva! atomista,! na! qual! o! artigo! de! Fodor! (1970)! “Three!reasons!for!not!deriving!‘kill’!from!‘cause!to!die’”!pode!ser!considerado!um!dos!primeiros! trabalhos! influentes,! defende! a! impossibilidade! de! se! decompor! itens! lexicais! em! primitivos! semânticos! uma! vez! que! um! “conceito”! seria! indivisível,! e! para! cada! item! lexical! haveria! um! conceito.!Alguns!argumentos!gerais!atomistas!contrários!à!decomposição!lexical!são!levantados!a! fim!de!observarmos!como!as!propostas!decomposicionistas!respondem!a!eles.!Nossa!tese!é!que!a! analiticidade,! relacionada! às! inferências! das! quais! os! primitivos! semânticos! derivam,! é! central! nesse!debate!e!os!argumentos!das!duas!posições!dependem!de!como!essa!questão!é!tratada.!As! inferências! das! decomposições! em! primitivos! seriam! analíticas,! ou! seja,! teriam! como! base! condições! de! verdade! que! não! exigem! verificação! epistemológica;! por! exemplo,! a! equivalência! entre! “kill”! e! “cause! to! die”! não! precisaria! ser! verificada,! pois! se! trata! de! um! conhecimento! a, priori.! Prosseguindo! com! nossos! objetivos,! discutimos! o! conceito! de! “analiticidade”! e! o! debate! não! consensual! a! respeito! de! sua! validade.! Posteriormente,! analisamos! algumas! abordagens! decomposicionistas,! principalmente! no! que! diz! respeito! ao! modo! como! elas! respondem! às! críticas! atomistas! (principalmente! Fodor,! 1970;! 1980;! 2003),! entre! elas! a! de! Jackendoff! (1983;! 1990;! 2002)! e! a! de! Pietroski! (2003).! O! que! podemos! notar! é! que! essas! abordagens! decomposicionistas! desconsideram! a! problematização,! apresentada! pela! posição! atomista,! a! respeito! da! validade! da! analiticidade.! Com! essa! problematização,! a! analiticidade,! base! para! as! derivações!decomposicionistas,!é!posta!sob!suspeita.!Por!outro!lado,!a!posição!decomposicionista! conta!com!a!análise!de!vários!dados!que!sustenta!a!existência!de!primitivos!semânticos.!Porém,! esses! primitivos! são! estipulados! como! elementos! abstratos,! cuja! natureza! é! difícil! de! ser! atestada,!o!que!pode!tornar!não!falseáveis!as!propostas!decomposicionistas.! ! ! ! Interface"sintaxe"–"fonologia:"um"estudo"acerca"da"percepção"oral"de" aprendizes"de"inglês"como"língua"estrangeira" Wallace"Soares"Barboza"(UnB)" ! A! partir! da! aplicação! de! testes! de! percepção,! com! gravações! de! áudio! proferidas! por! quatro! falantes! de! língua! inglesa! (1! americano,! 1! britânico! e! 2! brasileiros),! para! aprendizes! de! inglês! como!língua!estrangeira!de!nível!avançado,!regularmente!matriculados!em!institutos!de!idioma! do! Distrito! Federal,! este! trabalho! visa! delinear! um! estudo! acerca! de! aspectos! sintáticos! e/ou! fonológicos!que!podem!vir!a!influenciar!na!compreensão!oral,!como!por!exemplo!a!palatalização! e! a! epêntese! de! fonemas! e! sílabas.! Tais! aspectos! de! compreensão! serão! analisados! através! da! ótica!dos!estudos!de!aquisição!de!Christophe!et!al.!(1997),!Ellis!(2008)!e!Jenkins!(2000,!2002),!e,! 57! ! também,! através! dos! estudos! acerca! da! interface! sintaxe! –! fonologia! de! Downing! (2013),! Elordieta!(2011),!Frascarelli!(2013),!Selkirk!(2002,!2009),!Truckenbrodt!(2007)!e!Yahya!(2013).! Entretanto,!não!há!resultados!parciais,!pois!trataYse!de!um!estudo!em!andamento.!! ! ! ! Uma"investigação"sobre"a"natureza"locativa"do"Experienciador"em" predicados"psicológicos"no"português"brasileiro" " Paula"Guedes"Baron"(UnB)" Rozana"Reigota"Naves"(UnB)" ! ! O! presente! trabalho! tem! origem! em! uma! pesquisa! em! andamento! cujo! tema! é! a! investigação! da! natureza! locativa! dos! predicados! psicológicos! no! português! brasileiro! (doravante,! PB).! Esses! predicados! são! caracterizados! semanticamente! por! expressarem! algum! tipo! de! emoção! ou! sentimento,! além! de! possuírem,! impreterivelmente,! um! argumento! Experienciador,! que! representa! o! indivíduo! que! está! em! um! estado! emocional! descrito! pelo! verbo.! Com! relação! ao! mapeamento! desse! argumento,! em! estruturas! transitivas,! no! português! brasileiro,!os!verbos!psicológicos!subdividemYse!em!dois!grupos!(NAVES,!2005):!(i)!verbos!que! atribuem! o! papelYθ! Experienciador! apenas! ao! argumento! na! posição! de! sujeito! –! ExpSuj;! e! (ii)! verbos!que!possuem!o!argumento!Experienciador!na!posição!de!objeto!–!ExpObj.! Landau! (2010,! p.! 6)! considera! que! “Experienciadores! são! locações! mentais,! isto! é,! locativos”.! Além! disso,! o! autor! postula! que! essa! natureza! especial! implica,! também,! um! comportamento! gramatical! especial! para! os! Experienciadores! objetos,! os! quais! são! considerados! oblíquos! (dativos).! ! Seguindo!a!ideia!de!que!Experienciadores!são!cognitivamente!locativos!(LANDAU,!2010),! buscamos!desenvolver,!no!âmbito!da!teoria!gerativa,!uma!análise!que!confirme!ou!refute,!para!o! PB,!o!postulado!do!autor!de!que!todos!os!Experienciadores!objetos!são!oblíquos/dativos.!Nossa! análise!tem!como!foco!a!formação!de!construções!perifrásticas!psicológicas!(verbo!leve!+!nome! de! estados! mental),! como! em! (1b),! as! quais! consideramos! como! sendo! semanticamente! equivalentes!às!sentenças!com!verbos!plenos,!(1a):! (1) a.!O!aumento!dos!impostos!estarreceu!a!população.! b.!O!aumento!dos!impostos!causou!estarrecimento!na!população.! ! A!escolha!desse!tipo!de!construção!justificaYse!pelo!fato!de,!em!um!primeiro!momento,!o! Experienciador!(população,!em!(1b))!configurarYse!gramaticalmente!como!um!locativo,!visto!que! o!argumento!que!possui!esse!papel!temático!é!o!complemento!da!preposição!em,!que!geralmente! é! utilizada! para! introduzir! um! sintagma! locativo,! como! em! ‘Maria! está! em! casa’.! Entretanto,! precisamos,! também,! averiguar! se! os! Experienciadores! das! estruturas! com! verbos! plenos! (1a)! são! argumentos! dativos,! como! estabelece! Landau! (2010).! Ainda! com! relação! às! perífrases,! pretendemos!constatar!se!a!seleção!dos!verbos!leves!bem!como!as!preposições!empregadas!nas! perífrases!formam!um!padrão!coeso,!responsável!por!caracterizar!diferentes!grupos!dos!verbos! psicológicos! e! por! manifestar! os! diferentes! comportamentos! que! esses! predicados! manifestam.! Por!exemplo,!procuramos!examinar!se!os!verbos!e!preposições!distinguemYse!ao!representarem! o! uso! agentivo! de! um! predicado! psicológico,! como! o! verbo! assustar,! que! exibe! verbos! distintos! para!a!sua!leitura!agentiva,!(2a),!e!para!a!não!agentiva!(2b):! ! (2) !a.!Os!adolescentes!deram!um!susto!nas!crianças.! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!b.!O!incêndio!do!prédio!causou!um!grande!susto!nos!moradores!da!redondeza.! ! ! 58! ! A"semântica"intensificacional"dos"“diminutivos”"e"suas"implicações" morfológicas" ! Rafael"Martins"Rocha"(UnB)" Helena"da"Silva"Guerra"Vicente"(UnB)" ! Conforme! atestam! os! estudos! tipológicos! (BAUER,! 1997;! GRANDI,! 2011;! JURAFSKY,! 1996;!KORTVÉLYESSY;!STEKAUER;!VALERA,!2012),!a!noção!semântica!“diminutivo”!é!universal.! A!natureza!dos!processos!morfológicos!pelos!quais!os!morfemas!avaliativos!são!incorporados!na! gramática! das! línguas! constitui! um! objeto! de! grande! interesse! às! pesquisas! linguísticas.! Este! trabalho!aborda!comparativamente!a!expressão!do!diminutivo!sintético!no!português!e!no!inglês,! Yinho/Yzinho!e!–ie/y,!respectivamente.!!! Um! dos! grandes! debates! acerca! do! tema! é! a! tentativa! de! classificação! da! morfologia! avaliativa! em! relação! às! categorias! flexionais! e! derivacionais.! Com! o! objetivo! de! contribuir! à! discussão,!o!presente!estudo!tem!como!enfoque!as!implicações!do!critério!da!relevância!sintática! para!a!sufixação!de!“diminutivos”.!Abordado!em!Camara!(1970),!mas!consagrado!por!Anderson! (1982),!tal!princípio!é!assumido!na!literatura!como!definidor!da!natureza!mais!derivacional!que! flexional!da!morfologia!avaliativa.! Primeiramente,! propõeYse! a! reanálise! de! sufixos! de! diminutivo! como! morfemas! intensificadores.! Em! sua! maioria,! pesquisas! linguísticas! (para! citar! algumas:! DRESSLER! &! BARBARESI,! 1994;! GONÇALVES,! 2008;! LOURES,! 2000)! têm! adotado! um! viés! expressivoY estilístico! na! abordagem! dos! diminutivos.! Consideram! a! subjetividade! do! falante! como! fator! principal,! se! não! único,! para! o! acionamento! desses! morfemas,! que! podem! significar,! positivamente,!afetividade,!aprovação,!apreciação!ou,!negativamente,!menosprezo,!desaprovação! e!depreciação.!No!entanto,!tais!análises!desprezam!a!semântica!intensificacional!veiculada!pelos! sufixos! em! questão! a! nomes! deadjetivais! (“Don’t! be! such! a! meanie!”),! adjetivos! (“O! balde! está! cheinho!d’água”),!advérbios!(“Eu!te!devolvo!agorinha!mesmo!”,!verbos!(“Eu!vou!lá!correndinho”).! Apesar!do!diminutivo!poder!apresentar!certo!teor!polissêmico!no!que!diz!respeito!à!classe!dos! nomes,!para!as!demais!classes,!em!português,!ou!para!os!nomes!deadjetivais!do!inglês,!o!sufixo! faz!a!palavra!resultante!significar!‘mais!X!que!a!base’!invariavelmente.! DiscutemYse,! assim,! os! desdobramentos! do! critério! da! obrigatoriedade! sintática.! CostumaYse! ressaltar! como! característica! derivacional! dos! afixos! gradativos! a! arbitrariedade! envolvida!no!acréscimo!desses!morfemas!uma!vez!que!são!imotivados!pela!construção!sintática.! Entretanto,!semanticamente,!considerando!as!formações!em!que!o!sufixo!é!um!intensificador,!é! possível! identificar! a! atuação! de! princípios! de! natureza! gramatical,! isto! é,! fatores! morfossemânticos!presentes!no!acionamento!do!grau.!Ora,!os!sufixos!Yinho!e!–ie/y!veiculam!um! significado! regular,! que! é! o! de! comparação! gradual! em! relação! à! base.! Os! pares! cheio! vs.! cheinho/mean!vs.!a,meanie,!por!exemplo,!demonstram!que!a!forma!sufixada!representa!alto!grau! de! intensidade! da! propriedade! descrita! pela! base.! Isso! significa! que! não! é! possível! uma! mera! intercambialidade! entre! as! formas! sem! que! haja! alteração! semântica! significativa.! ! Dessa! maneira,!uma!investigação!mais!aprofundada!sobre!a!natureza!intensificacional!dos!sufixos!ditos! “diminutivos”! pode! vir! a! revelar! mais! informações! sobre! o! alcance! da! opcionalidade! do! falante! no!acionamento!dos!afixos!gradativos.! ! ! ! ! ! 59! ! ECM"vs"default"accusative"Case"in"Latin" ! Jane"Adriana"Ramos"Ottoni"de"Castro"(Universidade"de"Brasília)" ! The! focus! of! this! paper! is! the! syntactic! distribution! of! (3rd! person)! subject! pronouns! in! the! ‘accusative!+!infinitive’!(AI)!construction!in!Latin.!To!give!concrete!examples,!we!should!initially! consider!an!epistemic!verb!such!as!putare!(‘to!judge’,!‘to!evaluate’,!‘to!estimate’,!‘to!think!over’)!as! a!predicate!that!selects!an!infinitive!clause!(cf.!Ernoux!&!Thomas!1989):! (1) eam,,,,necesse,,putas,,,,,,,,,,,esse,,,,,,,,,,,,in,consulis,corpore,,,defigere,!(Cíc.,!I,Cat.!VI,!16)! !!!!!Accus.!!Attrib.!!evaluate.2s!!to!be.Inf.Pres.!!Adv!+!Gen.!!!!!!!!!to!stab.Inf.Pres.! !!!!!‘You! think! necessary! to! stab! it! [=a! knife]! in! the! consul’s! body.’/! ‘You! think! necessary! to! stab! the!consul’s!body!with!it![=a!knife]’! Assuming! that! the! fulfillment! of! the! subject! as! Nominative! is! associated! to! the! phi3features, marking! and! timeYfeature! marking,! within! the! framework! of! Generative! Theory,! it! is! natural! to! infer! that! the! Accusative! subject! is! related! to! the! absence! of! phi, features! on! the! infinitive.! A! question! that! arises! is:! what! is! the! source! of! the! accusative! on! the! (logical)! subject! of! the! completive!clause?!A!natural!answer!is!that!it!is!linked!to!the!(transitive)!verb!in!the!main!clause,! as! suggested! by! the! structures! in! (2),! in! which! the! (logical)! subject! of! the! embedded! clause! occurs!as!the!(nominative)!subject!of!the!main!clause,!under!passivization:!! (2) Galli,dicuntur,in,Italiam,transisse!(‘It!was!said!that!the!Gauls!crossed!Italy.’)! However,!as!originally!shown!by!Bolkestein!(1979)!(see!also!Roberts!2007),!the!same!cannot!be! said!of!(3),!in!which!the!verb!in!the!matrix!clause!is!passivized!and!the!source!of!the!accusative! on!Gallos!cannot!be!the!main!verb:! (3) Dicitur,Gallos,in,Italiam,transisse,(‘It!was!said!that!the!Gauls!have!crossed!Italy.’)! Following!previous!work!(Castro!2014),!we!propose!that!the!accusative!Case!has!two!sources!in! Latin:! (i)! the! ECM! one,! in! which! (embedded)! T! is! selected! by! matrix! vYV,! the! embedded! (logic)! subject!being!licensed!under!Agree,!within!a!single!strong!phase!–!under!passivization!of!matrix! V,!as!in!(2),!vYV!is!unable!to!enter!an!Agree!relation,!the!(embedded!logic)!subject!being!licensed! as!nominative!in!the!matrix!specTP;!and!(ii)!the!source!in!which!C!is!selected!in!the!numeration,! in!spite!of!the!defective!status!of!T,!a!possibility!that!is!restricted!to!tenseYmarked!T!(as!in!Latin);! the!embedded!(logic)!subject!in!turn!is!obligatorily!licensed!within!the!(embedded)!strong!phase;! in!the!absence!of!Agree!(due!to!the!defective!status!of!embedded!T),!it!is!realized!as!a!(default)! accusative,! while! the! upper! subject! is! realized! by! a! 3rd! person! (null)! expletive! (as! in! (3))! (cf.! Cecchetto! &! Oniga! 2001).! A! natural! consequence! is! that! either! strategy! is! available! for! constructions!in!which!the!(matrix/!transitive)!V!displays!active!voice,!as!in!(1).!! ! ! ! Dispositional"adjectives:"different"sizes" " Bruna"Moreira"(Universidade"de"Brasília)" " Dispositional! adjectives! (e.g.,! readable,, deplorable),! have! been! claimed! to! be! lexically! derived! (Wasow! 1977).! From! this! lexicalist! perspective,! Wasow! proposes! a! lexical! rule! (similar! to! a! passive! rule)! to! derive! this! class! of! adjectives! in! English.! Crucially,! lexical! rules! allow! idiosyncrasies! and! exceptions,! thereby! accounting! for! the! lack! of! uniformity! between! some! adjectives!and!their!passive!counterpart!(cf.!1).!From!a!nonYlexicalist!perspective,!OltraYMassuet! (2010,! 2013)! derives! the! aforementioned! contrast! from! different! heights! of! attachment! of! the! modal! suffix,! arguing! for! two! classes! of! adjectives,! high! and! low! 3ble.! In! this! analysis,! high,3ble! involves! verb! derivation! and! bears! a! passive! component,! whereas! low, 3ble! involves! root! 60! ! derivation!(cf.!2).!In!this!paper,!I!argue!in!favor!of!a!syntactic!view!of!wordYformation,!therefore! rejecting! an! explanation! in! terms! of! lexical! rules,! though! I! will! not! explore! different! heights! of! attachment! of! the! modal! suffix.! I! claim! dispositional! adjectives! are! derived! by! a! passive! operation,!as!defined!by!Bruening!(2013).!From!this!perspective,!3vel,(Mod)!is!analogous!to!Pass.! There! is! no! high! and! low! attachment,! and! the! modal! suffix! will! always! target! an! unsaturated! Voice! (Initiator)! projection.! I! implement! this! idea! in! Ramchand’s! (2008)! first! phase! syntax.! I! analyze! the! modal! suffix! as! a! dynamic! modal! operator! following! Brennan! (1993),! with! generic,! quasi3universal! force! (Hackl! 1998,! Giannakidou! e! Staraki! 2013).! In! the! present! analysis,! the! derivation! of! this! class! of! adjectives! involves! the! modalization! of! different! verbal! structures.! I! conclude! dispositional! adjectives! correspond! to! structures! of! different! sizes! (e.g.,! washable, encodes! three! verbal! projections,! initiation,! process! and! result,! whereas! lovable,justo! ne! [init]).! Roughly,!then,!the!contrasts!observed!in!(1)!and!(2)!are!captured!as!follows:!washable![Mod![init’! [proc![res]!]!]!];!readable:![Mod![init’![proc]!]!];!and!deplorable![Mod![init’]!].!The!advantages!of! this! analysis! is! to! unify! the! syntactic! derivation! of! this! class! of! adjectives! and! to! derive! the! semantic!diferences!from!independent!facts!about!modality,!genericity!and!stativity,!rather!than! attributing!it!to!lexical!rules!or!root!attachment.! ! (1) a.!! His!handwriting!can!be!read!→!his!handwriting!is!readable!! b.!! ?The! condition! of! the! library! can! be! deplored! →! The! condition! of! the! library! is! deplorable! !!!!!!!!!!(Wasow!1977)!! (2)! a.!! High!Yble,[aP!a![ModP![Mod!w!Rc]![AspP!AspR![vP!Vpass![√ROOT!√ROOT!DP!]!]!]!]!]! ! b.! Low!Yble,[aP!a![ModP![Mod!w!Rc]![AspP!Asps![√ROOT!√ROOT!DP!]!]!]!]!! !!!!!!!!!!!!(OltraYMassuet!2014)! ! ! ! Algumas"considerações"acerca"da"aquisição"da"voz"passiva"no"português" brasileiro" Carla"Pereira"Minello"(Unicamp)" " Palavrascchave:"Aquisição"da"linguagem;"Voz"passiva;"Verbos"de"ação"e"nãocação" " Partindo! dos! pressupostos! de! base! gerativa! (CHOMSKY,! 1995),! o! presente! trabalho! discute! e! analisa! o! fenômeno! da! voz! passiva! na! aquisição! da! linguagem,! e! procura! estabelecer! paralelos! entre! as! discussões! da! aquisição! da! voz! passiva! em! outras! línguas! (inglês,! grego! e! português!europeu!(PE))!e!no!português!brasileiro!(PB).!! A!literatura!sobre!voz!passiva!discute,!entre!outros!pontos,!a!aparente!dificuldade!que!a! criança! tem! em! compreender! sentenças! passivas! e! a! baixa! ocorrência! dessas! sentenças! na! produção!espontânea!da!criança.!Uma!das!principais!hipóteses!que!busca!explicar!a!dificuldade! de!compreensão!e!sua!baixa!ocorrência!é!a!hipótese!do!déficit!de!cadeiaYA!(BORER!&!WEXLER,! 1987),!que!diz!que!crianças!com!menos!de!cinco!anos!não!compreenderiam!sentenças!em!que!a! formação! de! cadeiaYA! é! necessária.! Especificamente,! a! hipótese! diz! que! as! passivas! se! comportam! tal! como! os! inacusativos! em! relação! ao! movimento! de! cadeiaYA! –! inacusativos! ([A, planta]i#caiu,ti)!e!voz!passiva!([A,planta]i,foi,molhada,ti,pelo,João).!Essa!hipótese!não!se!sustenta! ao!se!observar!a!compreensão!de!sentenças!inacusativas!na!ordem!DP!V!por!crianças!com!menos! de!cinco!anos!(FRIEDMANN,!2007!e!COSTA!&!FRIEDMANN,!2012).!Já!Wexler!(2004),!partindo!de! Chomsky!(2001),!propõe!que!crianças!até!os!cinco!anos!tratariam!o!v!defectivo!dos!inacusativos! e!da!voz!passiva!como!sendo!não!defectivos,!não!sendo!possível!mover!o!argumento!interno!para! a! SpecTP,! pois! a! derivação! seria! enviada! para! Spell! Out! antes! do! movimento! desse! argumento.! 61! ! Tal!proposta!também!apresenta!problemas,!pois!o!movimento!do!argumento!interno!de!verbos! inacusativos!para!a!posição!de!sujeito!ocorre!antes!dos!dois!anos!de!idade!(ESTRELA,!2013).! Achados! recentes! para! o! grego! (DRIVA! &! TERZI,! 2007),! para! o! PE! (ESTRELA,! 2013)! e! obtidos! nos! estudos! iniciais! de! Minello! (2014;! 2015)! para! o! PB,! colocam! em! questão! a! formulação! de! que! crianças! não! compreenderiam! sentenças! passivas! antes! dos! cinco! anos! de! idade.!Foi!observada!a!compreensão!de!sentenças!passivas!curtas!e!longas!com!verbo!de!ação!(O! coelho!foi!molhado!(pelo!cachorro))!para!o!PB!e!em!sentenças!análogas!para!o!PE!e!para!o!grego.! Os!resultados!encontrados!nos!estudos!de!Driva!&!Terzi!(2007),!Estrela!(2013),!e!Minello!(2015)! foram! semelhantes:! As! crianças! do! PB,! do! PE! e! do! grego! têm! dificuldade! em! compreender! passivas! curtas! e! longas! com! verbo! de! nãoYação! (O, coelho, foi, visto, (pelo, cachorro)).! Esses! achados!colocam!a!questão!de!que!a!dificuldade!da!criança!na!compreensão!da!voz!passiva!não! estaria!relacionada!ao!movimento!do!objeto,!mas!sim!à!estrutura!passiva!com!verbo!de!nãoYação.! Mediante! isso,! parteYse! da! hipótese! de! que! a! dificuldade! da! criança! não! esteja! relacionada! à! habilidade! ou! não! de! lidar! com! movimentoYA,! mas! sim! em! lidar! com! papéis! temáticos! nãoY agentivos! em! construções! passivas.! Esta! hipótese! está! sendo! testada,! e! seus! resultados! serão! catalogados!nas!fases!posteriores!deste!trabalho,!levando!em!conta!os!resultados!iniciais!obtidos! nos!estudos!anteriores!mencionados.!! " " " Fatores"condicionantes"da"alternância"causativocincoativa"no"Português" brasileiro"(PB):"uma"abordagem"à"luz"da"Morfologia"Distribuída"(MD)" " Maria"José"de"Oliveira"(UFMG)" " Palavrascchave:"verbo;"alternância;"núcleo"aspectual." " O! objetivo! deste! trabalho! é! investigar! e! analisar! os! verbos! causativoYincoativos! (ex.:! apodrecer,, quebrar,e,molhar).!Esses!verbos!participam!de!duas!construções!diferentes:!uma!transitiva![DP1! V!DP2]!e!outra!intransitiva![DP2!V],!(ex.:!“O,calor,apodreceu,a,maçã/A,maçã,apodreceu”;,“O,vento, quebrou, a, janela/A, janela, quebrou”;, “Maria, molhou, a, roupa/, A, roupa, molhou”).! Diante! dessa! constatação,! buscamos! uma! explicação! satisfatória! e! unificada! para! esse! tipo! de! alternância,! focando! principalmente! nas! propriedades! da! raiz! desses! verbos! e! dos! afixos! que! com! ela! se! concatenam.! Para! a! análise,! adotamos! os! arcabouços! da! Morfologia! Distribuída! (HALLE;! MARANTZ,!1993;!MARANTZ,!1997;!ACQUAVIVA,!2008;!EMBICK,!2010,!SCHER!et!al.!2012,!entre! outros),! no! intuito! de! responder! as! seguintes! indagações:! (i)! as! raízes! codificam! traços! semânticos! e/ou! sintáticos! e! (ii)! as! raízes! e/ou! os! afixos! projetam! argumentos.! Antecipando! nossa! análise,! assumimos! que! as! raízes! não! selecionam! argumentos! e! são! categorialmente! neutras.!No!entanto,!conjecturamos!que!elas!codificam!traços!que!devem!ser!compatíveis!com!os! traços! dos! núcleos! que! as! selecionam.! E! a! pergunta! que! precisa! ser! respondida! aqui! é! quais! traços! são! estes.! Adicionando! nossas! intuições! ao! que! a! literatura! prediz,! assumimos! como! hipóteses!iniciais!que!a!alternância!causativoYincoativa!ocorre!mediante!as!seguintes!condições:! (i)! raiz! verbal! especificada! para! [+DIN];! (ii)! projeção! de! um! núcleo! aspectual! (Aspº)! imediatamente! acima! da! raiz,! motivada! pelos! prefixos! incoativos! [a3/enY/esY];! (iii)! núcleo! vº! (verbalizador)!provido!de!traço!aspectual!incoativo!e!morfologicamente!realizado!por![YecY];!(iv)! argumento!interno!quantificado!contendo!o!traço![MUDANÇA!DE!ESTADO];!e!(v)!argumento!externo! subespecificado!para!agentividade.!Diante!dessa!constatação,!levantamos!outra!hipótese!inicial,! qual!seja:!(i),!(ii)!e!(iii)!determinam!como!(iv)!e!(v)!ocorrem.!Os!dados!analisados!são!coletados! de!trabalhos!existentes!na!literatura,!como!o!de!Cançado!et!al.!(2013)!e!o!de!Bassani!(2013).!A! previsão! é! a! de! que! morfemas! aspectuais! interferem! diretamente! na! estrutura! argumental! dos! verbos!causativoYincoativos,!emergindo!a!alternância!causativoYincoativa., " 62! ! " Orações"gerundivas"com"sujeito"oracional"no"Português"do"Brasil" ! Camila"Parca"Guaritá"(UnB)" Eloisa"Nascimento"Silva"Pilati"(UnB)" ! O! presente! estudo! investiga! as! propriedades! sintáticas! de! orações! gerundivas! nas! quais! a! referência! do! sujeito! da! oração! encaixada! depende! do! conceito! expresso! por! toda! a! oração! principal,!como!ocorre!em!(1):!! ! (1)! a.[O!índice!foi!reduzido!para!zero]i,![i]!tornando"a!lei!mais!eficaz!! b.![O!país!tomou!medidas!sérias!em!relação!à!corrupção]i,![i]!fazendo"a!nação!crescer.! c.![A!participação!de!todos!é!indispensável!nessa!luta!contra!as!infrações]i,![i]!reduzindo! as!vítimas!de!álcool.! d.! [A! conscientização! da! população! veio! com! a! diminuição! do! número! de! mortes! em! acidentes!de!trânsito]i,![i]!mostrando"os!efeitos!positivos!dessa!lei.!! e.! [Mostraremos! a! importância! do! café! solúvel]i,! [i]! apresentando! o! porquê! da! compra! desse!tipo!de!café.! ! Há! poucos! trabalhos! que! abordam! diretamente! esse! tipo! de! oração.! No! PB,! tais! estudos! são:! Moutella! (1995):! apresenta! estruturas! em! que! o! sujeito! do! gerúndio! não! está! coindexado! ao! sujeito!da!matriz,!mas!se!refere!à!situação!descrita!nessa!oração!como!um!todo;!Lopes!(2008):!a! autora!usa!a!terminologia!de!“orações!gerundivas!apositivas!de!foco”!para!se!referir!as!orações! gerundivas! com! sujeito! oracional,! estruturas! que! possuem! a! característica! de! ter! o! sujeito! da! oração! reduzida! referente! à! situação! descrita! na! matriz! e! não! um! elemento! nominal! dela,! o! sujeito!do!gerúndio!seria!um!PRO!de!controle!coindexado!com!a!oração!inteira.! Seguindo!Guaritá!(2015),!neste!trabalho,!defendeYse!a!hipótese!de!que!tais!orações!são!orações! relativas!livres!reduzidas!de!gerúndio!(diferentemente!das!propostas!de!Moutella!(1995)!e!Lopes! (2008)).! Para! desenvolver! tal! hipótese,! são! realizados! testes! para! identificar! as! semelhanças! entre!orações!gerundivas!com!sujeito!oracional!e!orações!relativas!livres!e!são!apresentadas!as! estruturas!propostas!para!explicar!as!propriedades!das!orações!em!(1).! ! ! ! Contribuições"da"Linguística"Gerativa"ao"“ensino”"de"concordância"na" Educação"Básica:"intuição"linguística,"eliciação"e"“aprendizagem”"de"língua" materna" " Elisabete"Ferreira"(UnB)" Helena"da"Silva"Guerra"Vicente"(UnB)" ! Nosso!trabalho!investiga!alguns!aspectos!relativos!à!concordância!no!português!brasileiro!(PB)!e! propõe!estratégias!para!o!“ensino”!desse!fenômeno!no!âmbito!da!Educação!Básica!no!Brasil.!Em! nossa!proposta,!discutimos!as!possíveis!contribuições!de!pressupostos!da!Linguística!Gerativa!à! referida! prática! pedagógica.! O! conceito! de! competência! linguística! (ver! Chomsky,! 1965)! desenvolvido! no! âmbito! da! teoria! é! particularmente! crucial! para! a! nossa! proposta,! sendo! entendido,! aqui,! como! o! conhecimento! linguístico! que! o! aluno! possui! previamente! a! sua! experiência! com! o! ensino! formal.! No! contexto! geral! de! nossa! discussão,! adotamos! o! 63! ! entendimento! de! Lobato! (2003),! segundo! a! qual! haveria! duas! acepções! de! “gramática”! no! contexto! educacional.! Conforme! a! autora,! a! primeira! noção! relaciona! “gramática”! a! um! compêndio!descritivo!de!regras!de!uma!língua,!sendo!estática!e!externa!ao!indivíduo.!A!segunda! acepção!de!“gramática”!dialoga!com!o!referido!conceito!de!competência!linguística,!configurando! uma! perspectiva! na! qual! a! língua! é! analisada! em! sua! estrutura! interna,! como! fruto! de! uma! faculdade!da!linguagem.!Essa!segunda!acepção,!portanto,!equipara!“gramática”!ao!conhecimento! internalizado! que! um! falante! possui! de! sua! língua,! além! de! associar! tal! concepção! à! de! recursividade! e! de! criatividade! linguística! (ver! Chomsky,! 1998).! Conforme! esse! raciocínio,! Vicente! &! Pilati! (2012)! relativizam! a! ideia! de! “ensino”! de! língua! materna,! assinalando! o! termo! com!aspas:!para!as!autoras,!não!se!ensina!gramática!ao!aluno,!pois!ele!já!possui!uma!gramática! internalizada! antes! mesmo! da! exposição! ao! ensino! formal.! Contudo,! as! autoras! alertam! para! a! compreensão!de!que!o!estudante!conhece!os!mecanismos!e!regras!de!sua!língua!apenas!intuitiva! e! implicitamente.! Desse! modo,! o! papel! do! professor! seria! o! de! promover,! enquanto! agente, eliciador,! a! conscientização! dos! procedimentos! linguísticos! com! os! quais! o! estudante! opera! intuitivamente!(cf.!Costa!et!al.,!2011),!sendo!“eliciação”!o!termo!correspondente!ao!procedimento! de! extrair! do! aluno! tais! informações! linguísticas! conhecidas! previamente! (ver! Lobato,! 2003;! Vicente! &! Pilati,! 2012).! Esse! entendimento! é! compatível! com! o! modelo! de! educação! linguística! apresentado!por!Pilati!et!al.!(2011),!que!defendem!a!inserção!da!língua!e!sua!realidade!dinâmica! como! objeto! de! estudo! nas! aulas! de! Português,! dentro! de! uma! perspectiva! científica! que! promova! a! reflexão! crítica! sobre! os! mecanismos! linguísticos.! Articulando! os! conceitos! de! intuição!e!eliciação!no!âmbito!de!uma!educação!linguística,!a!contribuição!do!presente!trabalho! reside! na! formulação! e! discussão! de! situaçõesYproblema! concernentes! ao! fenômeno! da! concordância,!que!podem!desafiar!a!capacidade!de!reflexão!crítica!do!estudante.!Como!formular! a! definição! de! “concordância”! com! os! alunos?! O! que! significa! a! possibilidade! de! construção! de! uma! frase! como! “Os! garoto(s)! saiu”,! em! que! o! verbo! se! mantém! no! singular! e! o! sujeito! se! encontra! no! plural,! mas! não! “*O! garoto! saíram”,! situação! inversa?! Qual! o! motivo! de! a! frase! “VendemYse! apartamentos”,! frente! a! “VendeYse! apartamentos”,! soar! estranha! ao! falante! de! português!brasileiro?!Por!que!motivo!uma!sentença!como!“Subiu!os!preços”,!em!que!o!verbo!se! encontra!no!singular!e!o!sintagma!nominal!aparece!posposto!a!ele,!soa!natural!ao!falante!de!PB,!a! despeito!das!recomendações!da!Gramática!Tradicional!em!flexionar!o!verbo!para!o!plural!nessa! circunstância?!Por!que!essa!inversão!não!é!bem!aceita!em!frases!como!“*Respirou!as!crianças”,! por! sua! vez?! Questionamentos! dessa! natureza! são! cotejados! em! nossa! pesquisa,! que! busca! discutir! a! relação! entre! a! concordância! no! PB! e! outros! fenômenos! subjacentes! a! “problemas! linguísticos”!a!serem!discutidos!em!sala!de!aula.!Defendemos!que!o!estudante!está!apto!a!analisar! situações! complexas! envolvendo! aspectos! de! concordância! e! a! formular! hipóteses! sobre! os! diferentes!conteúdos!em!questão,!o!que!pode!incrementar!sua!capacidade!de!raciocínio!sobre!a! língua!e,!por!conjectura,!refinar!sua!proficiência!na!modalidade!escrita!formal.! ! ! ! ! ! ! ! 64! !