Cartilha de Arborização - Prefeitura Municipal de Erechim

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CARTILHA DE
ARBORIZAÇÃO
URBANA
SECRETARIA DE
MEIO AMBIENTE
Paulo Alfredo Polis
Prefeito Municipal
Ana Oliveira
Vice-Prefeita Municipal
Mario Rogerio Rossi
Secretário de Meio Ambiente
Carla Orso
Secretária Adjunta
Jean Carlo Deotti
Diretor de Planejamento e Serviços Ambientais
EQUIPE TÉCNICA
Texto e Revisão:
Halina Danusa Wicteky Kluch
Ariane Tanise Pasuch Corrêa
Arte e Diagramação:
Alexandre Antônio da Silva
Mikael Amilcar Ferreira
Ilustrações:
Cristiane Araújo dos Santos
Fotos:
Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Erechim
Prefeitura Municipal de Erechim
“Conservar a natureza não
significa somente manter
reservas de áreas virgens.
Antes de tudo, envolve a criação de
uma paisagem humanizada, em
harmonia com os elementos
naturais, aproveitando racionalmente
a terra, a água e os outros recursos,
de modo que o homem possa viver e
produzir, desfrutando de melhor
qualidade de vida...”
ÍNDICE
ARBORIZAÇÃO URBANA
Onde plantar
Espécies indicadas para
Plantio em passeios embaixo da rede de energia
Plantio em passeios fora da rede de energia
Locais amplos
1
3
6
6
7
8
Exemplos da má escolha das árvores nos passeios
Outros danos
Em que casos é recomendada a poda
PODA DE ÁRVORES URBANAS
Tipos de poda
Legislação Municipal
Exemplos de poda drástica
PASSEIOS PÚBLICOS
Passeio Ecológico
Passeio Convencional
Recuos
MUDAS
Coveamento e preparo do solo
Tutoramento e Amarração
Recuos e Mudas
Reconhecendo as Redes de Energia Elétrica e Outras
Adubação
Árvore Saudável
Doenças
Controle Natural
Receitas Caseiras
9
10
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14
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18
19
22
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24
25
25
25
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29
31
32
33
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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ARBORIZAÇÃO
URBANA
O que uma única árvore
na frente da sua casa
pode fazer por você?
Seguindo a máxima de "se cada um cuidar da sua calçada
teremos um mundo limpo", se cada um cuidar da sua
árvore, teremos um mundo com ar mais puro, teremos
diminuído consideravelmente os aumentos de temperatura
do efeito estufa, e teremos mais sombra, mais pássaros,
mais qualidade de vida, e mais felicidade.
Pensou nisso? Pense de novo.
ARBORIZAÇÃO
URBANA
As árvores são patrimônio natural de
uma localidade e trazem um pouco da
história da região.
Todos nós sabemos dos benefícios ambientais das árvores
nas cidades, como:
- Fornecem sombra;
- Fazem a ciclagem dos gases tóxicos;
- Diminuem os ruídos da cidade;
- Fornecem ar fresco;
- Fornecem abrigo e alimentação das aves,
insetos e outros animais;
- Proteção contra ventos;
- Contém a erosão do solo;
- Fornecem umidade ao ar;
- Melhoram a saúde física e mental;
- Preservam os recursos hídricos;
- Valorização imobiliária das propriedades;
- Embelezam;
- Auxiliam a preservação das espécies;
São portanto fundamentais para
uma melhor qualidade de vida.
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ARBORIZAÇÃO
URBANA
Onde plantar?
Uma arborização bem planejada evita
diversos problemas futuros.
Calçadas quebradas, galhos em conflitos com
a rede de energia e iluminação pública,
raízes em conflito com rede de água e esgoto,
são alguns problemas da falta de planejamento
na hora de plantar uma árvore.
Por isso, é extremamente necessário conhecer
a espécie que estamos plantando.
Em arborização urbana,
dividimos as árvores em três tipos,
onde cada uma delas requer cuidados especiais:
- Árvores ideais para plantio em passeio público embaixo
de redes de energia (pequeno porte);
- Árvores ideais para plantio em passeio público fora de
redes de energia (pequeno a médio porte);
- Árvores para praças, parques e canteiros centrais (grande
porte);
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ÁRVORES
QUANTO AO PORTE
4
O trabalho de arborização urbana desenvolvido no
município de Erechim, através da SMMA (Secretaria
Municipal de Meio Ambiente), procura a diversificação
das espécies na área urbana, resgatando árvores de
ocorrência nativa na região do Alto Uruguai gaúcho, de
forma a impedir sua extinção, oferecendo o
conhecimento da natureza local a todos os cidadãos,
prevenindo problemas de pragas e doenças, além de
evitar a monotonia da paisagem por meio das
diferentes espécies e criar pontos de interesse
diferentes dentro da malha urbana. Também são
oferecidas algumas espécies exóticas ornamentaisoriginárias de outros países.
Ao plantar uma árvore,
temos um compromisso
com a vida dela.
Devemos zelar e evitar
que seja danificada.
5
ARBORIZAÇÃO
URBANA
ESPÉCIES INDICADAS PARA PASSEIO PÚBLICO
EMBAIXO DA REDE ELÉTRICA
Recorte no passeio: mínimo 1,0 x 1,0m.
Espaçamento entre plantas: 3 a 5m.
CAMÉLIA
ACÁCIA MIMOSA QUARESMEIRA
(Camelia japonica)
(Acacia podalyraefolia) (Tibouchina mutabilis, ANÃ
T. granulosa)
(Callistemon imperialis)
PITANGUEIRA
(Eugenia uniflora)
ARAÇÁ
COCÃO (Erythroxylum deciduum)
SETE CAPOTES
6
GUABIJU
(Psidium cattleyanum) (Myrcianthes pungens)
OUTRAS ESPÉCIES:
(Campomanesia guazumifolia)
LIMPA-GARRAFA
CEREJEIRA DO JAPÃO
(Prunus campanulata)
GOIABA SERRANA (Acca sellowianna)
GREVÍLEA ANÃ (Grevilea banksii)
= Exótica
ARBORIZAÇÃO
URBANA
ESPÉCIES INDICADAS PARA PASSEIO PÚBLICO
SEM REDE ELÉTRICA
Recorte no passeio: mínimo 1,2 x 1,0m.
Espaçamento entre plantas: 5 a 7m.
IPÊ AMARELO
PATA-DE-VACA
(Tabebuia
chrysotricha)
(Bauhinia forficata,
B. variegata)
AMEIXA DE
INVERNO
AROEIRA
-PERIQUITA
(Eriobothrya japonica)
(Schinus molle)
OUTRAS ESPÉCIES:
INGÁ-FEIJÃO
(Inga maginata)
ARITICUM (Rollinia salicifolia)
GUAVIROVA (Campomanesia xanthocarpa)
CEREJEIRA (Eugenia involucrata)
UVAIA (Eugenia pyriformis)
CAMBOATÁ (Cupania vernalis)
IPÊ BRANCO (Tabebuia alba)
ÁCER JAPONÊS - Exótica (Acer palmatum)
BUTIÁ (Butia eryospatha)
= Exótica
7
ARBORIZAÇÃO
URBANA
ESPÉCIES INDICADAS PARA LOCAIS AMPLOS
PRAÇAS E CANTEIROS CENTRAIS
Espaçamento entre plantas: 7 a 10m.
IPÊ ROXO
CEDRO
FIGUEIRA
(Tabebuia heptaphylla)
(Cedrella fissilis)
(Ficus organensis)
CORTICEIRA
CANELA DOCE - Exótica
(Erythrina falcata)
(Cinamomum zeylanicum)
OUTRAS ESPÉCIES:
MAGNÓLIA (Magnolia grandiflora)
GINKO (Ginkgo biloba)
UMBU (Phytollaccadioica)
CINAMOMO (Melia azedarach)
CIPRESTE (Cupressus sp, Thuya sp)
CABREÚVA (Myrocarpus frondosus)
GRÁPIA (Apuleia leiocarpa)
PAINEIRA (Ceiba speciosa)
= Exótica
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EXEMPLOS DE MÁ
ESCOLHA DAS
ÁRVORES NO PASSEIO
Conflito com a
rede de energia.
Excesso de
árvores.
9
Passeio estreito.
Calçada quebrada
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OUTROS DANOS
CAIAÇÃO DO
TRONCO
A caiação não traz
nenhum benefício às
árvores; ao contrário, ela
dificulta as trocas
gasosas entre a casca e o
meio, deixando-a ainda
com aspecto feio. As
árvores não são sujas,
elas são lindas
naturalmente!
CONCRETAMENTO
Todas as árvores necessitam
de um espaço permeável a
sua volta, isto é, um espaço
onde ela consiga crescer
sem interferências, e por
onde a água possa penetrar.
O concretamento leva a
planta à morte.
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POUCO ESPAÇO
Assim como o
concretamento, a falta de
espaço leva à calçadas
destruídas e pode levar a
planta à morte.
ENVENENAMENTO
É um crime ambiental,
regido pela Lei Federal
9.605/1998, sujeito à
multas pesadas.
PLANTIO EM
TUBOS
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Com a crença de que as
raízes das árvores não
afetariam a calçada, muitas
pessoas aderiram ao plantio
dentro de tubos de concreto.
Essa prática é bastante
danosa às plantas, uma vez
que as raízes não
conseguem expandir-se,
tornando a árvore frágil,
com risco de queda.
PREGOS,
FAIXAS,
GRAMPOS,
ARAMES,
ROLDANAS
Objetos cortantes e
pontiagudos ferem
as árvores dando
entrada à muitas
doenças.
Em que casos é recomendada a poda?
- Em casos onde a árvore esteja encostando na rede
elétrica;
- Em casos onde a árvore possua galhos muito baixos,
atrapalhando o trânsito de veículos e pedestres;
- Em casos onde a árvore esteja muito danificada;
- Em caso de risco iminente;
- Em casos de conflito com marquises e equipamentos
públicos.
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PODA DE ÁRVORES
URBANAS
TIPOS DE PODAS
DE CONDUÇÃO/FORMAÇÃO
É a poda efetuada quando a planta é jovem, retirando-se galhos muito
baixos, brotações próximas ao chão, e ramos mal posicionados,
prevendo-se o crescimento da futura árvore. Essa poda inicia no
viveiro.
DE FLORAÇÃO/FRUTIFICAÇÃO
É a poda efetuada de forma muito técnica, tendo profundo
conhecimento da fisiologia dos vegetais, de forma a incentivar a
brotação, floração e consequentemente formação dos frutos. Feita
basicamente em frutíferas comerciais, como videira, macieira,
pessegueiro, ameixeira.
DE HIGIENE/LIMPEZA
É a poda efetuada para retirar galhos secos ou doentes.
DE SEGURANÇA
É a poda efetuada para solucionar problemas de conflito entre as
árvores e os equipamentos urbanos (placas de sinalização, edificações,
marquises, redes elétricas) e galhos que atrapalham a passagem de
veículos e pedestres. Ocorre por escolha inadequada da espécie.
ORNAMENTAL
É a poda efetuada para dar formato à planta. É considerada uma poda
não necessária. Não deve ser feita em espécies nativas.
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PODA DE ÁRVORES
URBANAS
TIPOS DE PODAS
DRÁSTICA/DE EMERGÊNCIA
Somente autorizada em casos de risco ao patrimônio ou integridade
física, atestado pelo órgão ambiental competente.
Infelizmente, por falta de conhecimento, a poda drástica tem sido
usada como uma poda comum, especialmente na região sul do Brasil,
Esta prática, além de ser crime ambiental desde o ano de 2007 em
nosso município (Lei Municipal 4209/2007), traz muitos prejuízos às
árvores porque promove o apodrecimento das raízes, deixa a planta
sem os nutrientes da fotossíntese, promove a infiltração de água da
chuva nos cortes, é porta de entrada para várias doenças, além de
deixar a planta esteticamente feia.
Para evitar excesso de sombra no inverno, opte sempre pelas espécies
caducas, ou seja, que derrubam as folhas no inverno, permitindo assim
a passagem de luz e calor solar, evitando podas.
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LEGISLAÇÃO
MUNICIPAL
Lei Municipal 4209/2007
Art. 2º Fica alterado o § 4º e acrescido os § 5º e § 6º, ao artigo dez,
da Lei nº. 3.356, de 21 de dezembro de 2000, que passam a
vigorar com as seguintes redações:
“Art. 10. (…)
§ 4º Fica vedada a poda drástica ou excessiva da arborização
pública que afete significativamente o desenvolvimento natural
do vegetal.
§ 5º Nos casos onde forem constatadas podas drásticas ou
destruição parcial ou total de árvores públicas ou particulares, o
infrator deverá plantar um exemplar de espécie nativa de porte
arborização urbana, preferencialmente ao lado da árvore
danificada e doar quinze mudas de reposição ao Município. A
não obediência ao presente artigo acarretará, ao infrator, a
aplicação de multa conforme o Diâmetro do Caule (DAP), e a
cobrança do dobro da reposição das árvores.
§ 6º Para efeitos desta Lei, considera-se:
I - Como destruição: a poda drástica, a morte das árvores ou que
seu estado não ofereça mais condições para a sua recuperação;
II - Como danificação: os ferimentos provocados à árvore,
podendo gerar a morte da mesma ou perda de sua vitalidade.”
(NR).
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EXEMPLOS
DE PODAS
DRÁSTICAS
''AS ÁRVORES PODADAS
PARECEM MÃOS DE
ENTERRADOS VIVOS...”
(MÁRIO QUINTANA)
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PASSEIOS
PÚBLICOS
O passeio público deve ser entendido como um somatório de
elementos, os quais incluem o pavimento para circulação de
pedestres, o recuo das áreas em relação ao meio-fio e divisas,
bem como, a arborização urbana. A falta de um destes
elementos prejudica o passeio estrutura, estética e
funcionalmente.
Para receber arborização, conforme o PDAU, os passeios em
Erechim devem ter largura mínima de 2,10m.
Um importante aspecto quanto à implantação das árvores é
a manutenção das distâncias adequadas das divisas com as
propriedades vizinhas, portanto, deve-se plantar árvores até
1m de distância da divisa do passeio.
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PASSEIOS
ECOLÓGICOS
Ao fazer ou reformar o passeio público em frente à sua
residência você tem a opção de colaborar com verde em
nossa cidade através do “passeio ecológico”.
A maioria das ruas, calçadas, quintais e espaços abertos da
cidade estão asfaltados ou cimentados, as águas das chuvas
rapidamente escorrem para ralos, bocas de lobos e em pouco
tempo estão nos rios, sendo que, logo após as chuvas
pararem, já encontraremos nossas ruas e calçadas nos
lugares mais altos secas e as baixadas alagadas.
Para evitar estes transtornos de enchentes e prejuízos
econômicos devido a alagamentos com perda de bens,
propomos através deste trabalho alertar a população sobre a
importância de se implantar as calçadas verdes ou calçadas .
ecológicas.
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ARBORIZAÇÃO E
PASSEIOS
ECOLÓGICOS
Para arborizar seu passeio, ele dever ter uma largura mínima
de 2,10m. Para fazer o passeio ecológico, deve-se fazer a
calçada em faixa de 1,20m e o restante pode-se plantar
grama, sempre próxima ao meio-fío, onde serão plantadas
as árvores.
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PASSEIO
ECOLÓGICO
ATÉ 50% DE GRAMA
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PASSEIOS
CONVENCIONAIS
Quando não se faz possível o passeio ecológico, os passeios
convencionais podem ser usados. Para isso, devem ser
deixados espaços para arborização que devem iniciar de
20cm a 60cm de distância do meio-fio, variando suas
dimensões conforme o porte da árvore quando adulta.
Ao redor das árvores deverá ser adotada uma área permeável
(área livre), seja na forma de canteiro, faixa ou piso drenante,
que permita a infiltração de água e a aeração do solo.
As faixas permeáveis no passeio auxiliam não só no
desenvolvimento das árvores, mas também no escoamento
das chuvas, evitando o aumento do nível de água nos
córregos e rios, minimizando assim, problemas com
inundação de ruas e casas no município.
Assim, as dimensões para as faixas não impermeabilizadas,
sempre que as características dos passeios ou canteiros
centrais o permitirem, deverão ser de no mínimo:
- 1 m² para árvores de pequeno porte ;
- 2 m² para árvores de médio porte;
- 3 m² para árvores de grande porte, ou maiores quando
isso for possível.
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PASSEIOS CONVENCIONAIS
COM ESPAÇO ADEQUADO PARA AS ÁRVORES
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RECUOS
Para adequar a arborização ao espaço público, deve-se
obedecer a certos distanciamentos chamados de recuos:
DISTÂNCIA DE ESQUINAS: 7m
DISTÂNCIA DE POSTES DE FIAÇÃO: 3m
DISTÂNCIA DE POSTES DE ILUMINAÇÃO: 3m
DISTÂNCIA DE POSTES DE SINALIZAÇÃO: 4 a 5m
DISTÂNCIA DE GARAGENS: 1,50m
DISTÂNCIA DA MUDA À SARJETA: 20cm A 60cm
DISTÂNCIA DE ORELHÕES: 4 a 5m
DISTÂNCIA DE PASSEIOS VIZINHOS: 1m
DISTÂNCIA DE BOCAS-DE-LOBO: 1,80m
MUDAS
As mudas a serem plantadas em locais públicos deverão ter as
seguintes características:
- A muda deve estar bem formada, ser isenta de infestações
por patógenos e doenças e deve ter, no mínimo, 1,5 m de
altura;
- As raízes da muda devem ser bem formadas e consolidadas
na embalagem e não podem estar enoveladas, sendo que o
torrão deve estar em embalagem de plástico;
- A espécie deve ser adequada a cada tamanho de calçada,
pois a altura e circunferência da copa poderão ter
dificuldades no seu desenvolvimento;
- As mudas devem estar bem regadas durante os primeiros
meses de plantio, pois isso evita que elas fiquem murchas ou
mesmo morram.
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COVEAMENTO E
PREPARO DO SOLO
As covas deverão ter no mínimo as dimensões de 0,50 m x 0,50
m x 0,50 m (comprimento, largura e profundidade,
respectivamente), devendo ser preenchidas com solo livre de
entulhos e lixo, com constituição, porosidade, estrutura e
permeabilidade adequadas ao bom desenvolvimento da
muda, utilizando composto orgânico e adubação química.
TUTORAMENTO E
AMARRAÇÃO
As mudas deverão ser fixadas ao tutor por meio de amarras,
em especial, cordas de sisal ou borracha fina, ou outro
material que não danifique o tronco. A amarra deve ter a
forma de um oito, deitado e amarrado de preferência em duas
alturas, uma próxima à primeira bifurcação e outra próxima à
base do tronco. A tensão da amarra deve ser de tal forma que
permita um mínimo de movimento à muda, não devendo
estar ajustado ao encontro direto do tutor com a muda.
Esses tutores devem ter largura e espessura de 1,5 a 2 cm de
diâmetro, podendo ser retangulares ou circulares, com a
extremidade inferior pontiaguda para melhor fixação ao solo.
Tutores provenientes de material alternativo, como estacas
de eucalipto ou de bambu podem ser utilizados de forma
temporária
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26
RECONHECENDO AS
REDES DE ENERGIA
ELÉTRICA E OUTRAS
Rede de Média Tensão (23,1kV ou
13,8kV) – Tipo convencional –
condutores nus
(PASSA ENERGIA ELÉTRICA
Rede de baixa tensão
(380/220V) – Tipo
Convencional –
condutores nus
(PASSA ENERGIA
ELÉTRICA)
PARA PODAS,
CHAMAR A EMPRESA
RGE
Rede de
telefonia/ tv/
internet
PARA PODAS,
CHAMAR A SMMA
RGE
SMMA
0800 970 0900
(54)3522-9250
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ADUBAÇÃO DE MANUTENÇÃO
A prática da adubação consiste em repor os nutrientes retirados do solo
pelas plantas para seu crescimento, floração, frutificação e multiplicação.
Deve ser feita no momento do plantio, dentro da cova, e depois de forma
periódica em cobertura.
Na prática, costuma-se dividir os adubos em dois grandes grupos: orgânicos
e inorgânicos.
Orgânicos são aqueles provenientes de matéria de origem vegetal ou
animal. A matéria orgânica contida nos adubos orgânicos aumenta a
capacidade de retenção de água do solo, melhora a condição de penetração
das raízes, contém os nutrientes necessários, melhora a textura do solo e
tende a aumentar a quantidade de microrganismos benéficos. Têm maior
permanência no solo, embora sejam absorvidos mais lentamente. Os
inorgânicos ou químicos são obtidos a partir da extração mineral ou de
derivados do petróleo. São chamados de NPK porque contém em suas
fórmulas maior quantidade de nitrogênio, fósforo e potássio. São absorvidos
mais rapidamente e têm concentração mais forte, donde vem o perigo da
superadubação.
O solo da região de Erechim possui características de elevada acidez, o que
impossibilita as plantas de absorverem certos nutrientes. Por isso é usado o
calcário, para fornecer condições à planta de absorção de todos os
nutrientes necessários à sua sobrevivência.
Para ter uma árvore sempre saudável, recomenda-se colocar 500g de
húmus ou adubo orgânico em todo o entorno do tronco, sem incorporar, a
cada seis meses, no início da primavera e no início do outono.
O calcário pode ser aplicado a cada 3 anos, na medida de um punhado.
Não esqueça de molhar bem sua planta após uma adubação ou calagem!
Adubo Orgânico
Adubo Químico
Calcário
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COMO SABER SE MINHA
ÁRVORE ESTÁ SAUDÁVEL?
O clima da cidade, a poluição do ar, o solo impermeabilizado
pelas calçadas e o asfalto, a água da chuva que escorre
carregando elementos tóxicos são fatores que podem
desencadear desequilíbrios nos vegetais.
Esses desequilíbrios se traduzem em doenças e em alguns
insetos. Na maioria das vezes, as doenças os insetos são de
ocorrência passageira, não necessitando tomar nenhuma
providência. Porém, quando demasiadamente atacada, a
planta pode ser tratada com produtos naturais, de forma a
não prejudicar o meio ambiente.
Lembramos que em perímetro urbano é proibido o uso de
qualquer tipo de agrotóxico.
INSETOS
A primavera é a estação da reprodução das plantas e
animais. Por isso, nesta época do ano, é muito comum
encontrar mais insetos.
Cochonilhas
As cochonilhas são insetos
minúsculos,geralmente marrons ou
amarelos, que alojam-se principalmente
na parte inferior das folhas e nas fendas.
Além de sugar a seiva da planta, as
cochonilhas liberam uma substância
pegajosa que facilita o ataque de fungos.
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Pulgão:
Os pulgões podem ser pretos, marrons, cinzas e
até verdes. Alojam-se nas folhas mais tenras, brotos e
caules, sugando a seiva e deixando as folhas amareladas e
enrugadas. Em grande quantidade podem debilitar
demasiadamente a planta e até transmitir doenças
perigosas.
Dica: as joaninhas são predadoras naturais dos pulgões.
Um chumaço de algodão embebido em uma mistura de
água e álcool em partes iguais ajuda a retirar os pulgões
das folhas e isso pode ser feito semanalmente.
Lagarta do coqueiro:
O aumento do número delagartas do coqueiro em centros
urbanos se deve àscondições desfavoráveis aos inimigos
naturais deste animal,como a poluição. Apesar de muitas
pessoas ficarem com medo, o contato direto com essa
lagarta não queima a pele.
Outras lagartas:
Costumam atacar as plantas de jardim mas,
em alguns casos, também podem danificar as plantas de
interior. Fáceis de serem reconhecidas, as lagartas costumam
enrolar-se nas folhas jovens e literalmente comem brotos,
hastes e folhas novas, formando uma espécie de teia para
proteger-se.
Dica:
aves e pequenas vespas são suas inimigas naturais. É
preciso lembrar que sem as lagartas, não há borboletas. Ao
eliminá-las completamente, se está privando da beleza e da
graça desses belos seres alados. Mais uma vez, o equilíbrio é
a chave.
Formigas:
As formigas cortadeiras (Atta spp e
Acromyrmex spp) são as que mais causam estragos.
Elas cortam as folhas para levá-las ao formigueiro,
onde servem de nutrição para os fungos, os
verdadeiros alimentos das formigas.
Dica: um bom método natural para espantar as formigas é
espalhar sementes de gergelim em torno dos canteiros.
30
DOENÇAS
FUMAGINA:
Caracteriza-se pela presença de uma
crosta espessa e negra cobrindo total ou
parcialmente a parte dorsal das folhas e
ramos, prejudicando a respiração,
transpiração e fotossíntese das plantas,
podendo levá-las à
morte. Geralmente, formigas,
cochonilhas e pulgões estão
associados a esses sintomas.
Dica: As condições favoráveis são ambientes de extrema
umidade e/ou sombreados, e plantas estressadas. O controle se dá nos
insetos causadores e não no fungo. Uma poda mínima, de forma a aerar
a copa também é eficiente. Adubação balanceada (orgânica) diminui o estresse.
FERRUGEM:
fungo cor alaranjada, com aspecto de pó, daí
vem o nome “pústula” de ferrugem. Ocorre
geralmente quando há épocas de calor com
umidade levada.
Dica: A aeração da copa das árvores, retirando-se algumas
folhas evitando o abafamento, é eficiente.
OÍDIO:
mofo branco nas folhas. Ocorre em épocas
em que há calor e pouca umidade.
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CONTROLE NATURAL
INIMIGOS NATURAIS
Na natureza, todo ser vivo é controlado por um predador, parasita,
ou outro agente de controle populacional. Com a utilização
descontrolada de produtos químicos não seletivos, vários inimigos
naturais das pragas foram também eliminados.
Veja alguns insetos benéficos:
Cicloneda
(Cicloneda sanguinea)
tanto a larva quanto o
adulto são predadores
de vários insetos,
notadamente pulgões.
Tesourinha
(Doru luteipes)
são predadores de
ovos e lagartas
pequenas e também
de pulgões.
Bicho lixeiro
(Chrysoperla sp.)
podem alimentar-se
de ovos, lagartas,
pulgões, cochonilhas,
ácaros.
RECEITAS CASEIRAS
A intenção não deve ser exterminar, e sim fazer com que a população seja
mantida em níveis levemente mais baixos, convivendo em harmonia.
PARA O COMBATE DE PULGÕES, COCHONILHAS E LAGARTAS
-ÁGUA DE SABÃO
Ingredientes: 1 colher (sopa) de sabão caseiro + 5 litros de
água. Preparo: utilize uma colher (sopa) de sabão caseiro raspado e misture
em 5 litros de água agitando bem até dissolver o mesmo.
Aplicação: essa calda deve ser aplicada sobre as plantas com o auxílio de
pulverizador ou regador.
-ÁGUA DE FUMO
Ingredientes: Fumo em corda (10cm) + 10ml álcool + 1L de
água. Preparo: picar o fumo, colocar em recipiente, acrescentar o álcool e a
água. Deixar curtir por dois dias. Diluir em 10L de água. Aplicar nas plantas.
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PARA O COMBATE DE FUNGO OÍDIO
Recomenda-se a pulverização do leite a 5 e 10%, uma vez
por semana. A concentração de 10% deve ser utilizada
quando a infestação de Oídio for alta. Para se obter a
concentração de 5 ou 10%, coloca-se 5 ou 10 litros de leite
em 95 ou 90 litros de água, respectivamente. O leite deve ser
utilizado preventivamente e toda a planta deve ser
pulverizada.
PARA O COMBATE DE FORMIGAS
Para proteger mudas de árvores basta colocar um cone
invertido, ou lata ou cano de PVC cortados, ou lã de ovelha
amarrado no pé da planta. Outra maneira de repelir
formigas e outros insetos é cultivar plantas aromáticas
próximas ao local que se quer proteger, como a salsa, o
cravo-de-defunto, o manjericão e a hortelã. Há também
produtos que repelem as formigas, que são casca de ovo
moída, carvão vegetal moído e farinha de osso. Espalhar em
volta do local a ser protegido.
O Manejo correto do solo ainda é a melhor maneira de evitar o
aparecimento das formigas que procuram áreas limpas para se
instalar, o solo sem cobertura e pouca matéria orgânica é o
ideal para elas. Devemos sempre trabalhar com um solo cheio
de vida e rico em matéria orgânica.
AJUDE A CUIDAR DAS ÁRVORES DE NOSSA CIDADE!
EVITE DANIFICAR A ARBORIZAÇÃO URBANA!
NÃO FAÇA PODA DRÁSTICA OU PODAS DESNECESSÁRIAS!
RESPEITE O FORMATO NATURAL DAS ÁRVORES!
PROCURE SEMPRE A PREFEITURA MUNICIPAL PARA ANALISAR A
NECESSIDADE DE PODA EM ÁREAS PÚBLICAS, COMO CALÇADAS,
CANTEIROS CENTRAIS, PRAÇAS E ÁREAS VERDES.
Disponível no site: www.pmerechim.rs.gov.br
33
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ALMEIDA, R. B, FERREIRA, O. M. Calçadas Ecológicas: Construção e Benefícios Sócio-Ambientais. Disponível
em:
http://www.pucgoias.edu.br/ucg/prope/cpgss/ArquivosUpload/36/file/CAL%C3%87ADAS%20ECOL%C3%93GIC
AS.pdf. Acesso em: abril de 2013.
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