Reflexão pessoal - Teoria do condicionamento clássico de Ivan Pavlov e o seu contributo para a psicologia. Ivan Petrovitch Pavlov foi um fisiólogo russo que veio a entrar para a história da psicologia pela sua pesquisa que levou ao desenrolar da teoria que o tornou conhecido: A teoria do condicionamento clássico. Foi no estudo com animais em laboratório, em especial a digestão de cães, que Pavlov percebeu que alguns estímulos provocavam a salivação e a secreção estomacal no animal, o que deveria ocorrer apenas quando o animal ingerisse um alimento. A partir disso, ele percebeu que o comportamento do cão estava condicionado a esses estímulos, normalmente aplicados poucos instantes antes do cão se alimentar. Por exemplo, tocando uma campainha antes de alimentar o cão, Pavlov percebeu que as reações no animal já se faziam presentes. Assim, o estímulo campainha provocou reflexos alimentares no cão (resposta) mesmo sem a presença do alimento. Constatou ainda, que o cão não podia ser enganado por muito tempo. Os reflexos desapareciam se a comida não fosse dada ao cão logo. Em 1903 publicou um artigo acerca do fenómeno de reflexo condicionado, que podia ser adquirido por experiência, chamando o processo de condicionamento. Foi, então, premiado com o Nobel de Medicina em 1904. Toda a sua pesquisa levou-o aperceber-se que algumas respostas comportamentais são reflexos incondicionados, ou seja, são inatas em vez de aprendidas, enquanto que outras são reflexos condicionados, aprendidos através do emparelhamento com situações agradáveis ou aversivas simultâneas ou imediatamente posteriores. Através da repetição consistente desses emparelhamentos é possível criar ou remover respostas fisiológicas e psicológicas em seres humanos e animais. Essa descoberta abriu caminho para o desenvolvimento da psicologia comportamental e mostrou ter ampla aplicação prática, inclusive no tratamento de fobias. O condicionamento clássico defende que “um indivíduo aprende uma resposta a um estímulo que inicialmente não o evoca, depois o estímulo é repetidamente associado a outro que deve estimular a resposta” e, diferencia três tipos de estímulos: o incondicionado, o neutro e o condicionado. De acordo com este condicionamento um estímulo inicialmente neutro produz uma resposta devido à sua associação com um estímulo que de forma automática produz a mesma resposta ou uma semelhante. Estes princípios foram desenvolvidos por Ivan Pavlov, através de experiências que este fez com cães, e por Watson, que aplicou na teoria da crianças (pequeno Albert), nesta experiencia controversa com a ajuda da sua aluna Rosalie Rayner, Watson quis demonstrar funcionamento do condicionamento clássico em seres humanos, no experimento, que foi inclusive filmado, ele implanta uma fobia a um bebê, associando um estímulo inicialmente neutro (animais peludos) a um estímulo aversivo (som alto). A apresentação simultânea dos dois estímulos, por diversas vezes, fez com que o bebé desenvolvesse o medo de animais peludos. O condicionamento clássico é a teoria que descreve a génese e a modificação de alguns comportamentos com base nos efeitos do binómio estímulo-resposta sobre o sistema nervoso central dos seres vivos. Um reflexo é uma sequência estímulo-resposta e tem a função de manter o bom funcionamento biológico, garantindo sobrevivência e reprodução. Encontramos reflexos em todos os sistemas orgânicos: nervoso, endócrino, muscular, respiratório, digestivo, reprodutivo e até mesmo respostas emocionais reflexas. Os reflexos condicionados formam novas conexões sinápticas inicialmente temporárias e a seguir duradouras, pois são reflexos "aprendidos" e podem ser excitadores ou inibidores. Na psicologia, a terminologia acima utilizada é comumente encontrada no Behaviorismo. Uma comum crítica (realizada por Skinner) ao condicionamento clássico é caracterizá-lo como uma reação do organismo ao meio e não uma ação dele sobre o meio, é defendida a ideia de um condicionamento operante, este refere-se ao procedimento através do qual é modelada uma resposta no organismo através de reforço diferencial e aproximações sucessivas. É onde a resposta gera uma consequência e esta consequência afeta a sua probabilidade de ocorrer novamente, se a consequência for reforçadora, aumenta a probabilidade, se for punitiva, além de diminuir a probabilidade de sua ocorrência futura, gera outros efeitos colaterais. Este tipo de comportamento tem como consequência um estímulo que afete sua frequência. Com base nas suas pesquisas e estudos, Pavlov demonstrou que o comportamento dos seres humanos é influenciado pelo binómio estímulo-resposta com a função de manter o bom funcionamento biológico, garantindo sobrevivência e reprodução. A experiência de Pavlov demostra com precisão como um conjunto de estímulos condicionados aprendidos através do emparelhamento com determinadas condições pode desenvolver respostas fisiológicas e psicológicas em seres humanos e animais. Pode-se observar no seguinte vídeo a experiencia que Pavlov realizou com os cães com base nos efeitos do estímulo e da resposta a este ( http://www.youtube.com/watch?v=YhYZJL-Ni7U) é demonstrada a resposta do cão ao estímulo a este associava a comida, comportamento deste cão é influenciado pelo estímulo que lhe é imposto quando dão a comida e sempre que este é estimulado este associa o estímulo á sua comida. Após ter descoberto artigos sobre a experiencia do “pequeno Albert”, por esta ser ligada ao condicionamento clássico de Pavlov, encontrei-a interessante decidi investigar, neste vídeo é explicada a experiência detalhadamente e inclusive com imagens feitas por Watson ao pequeno bebé http://www.youtube.com/watch?v=g4gmwQ0vw0A Watson cria uma fobia a um bebé, associando um estímulo inicialmente neutro, os animais peludos, a um estímulo aversivo ,som alto e repentino, apresentação simultânea dos dois estímulos, por diversas vezes, fez com que o bebé de desenvolvesse o medo de animais peludos mesmo sem a presença do som. Com este trabalho crítico, posso concluir que os conceitos behavioristas têm sido usados em várias áreas como por exemplo, a educação e os métodos de ensino programado, o controle e a organização das situações de aprendizagem, entre outros. No entanto, são muitas as críticas apontadas para estas teorias da aprendizagem. Na pesquisa para o presente trabalho, notei que Skinner foi crítico do condicionamento clássico, apesar de concordar com Skinner no facto do comportamento humano poder modificar-se devido ao reforço, em vez do ser humano aprender pela vivência directa do reforço, aprende por meio da modelagem, observando outras pessoas e estabelecendo os padrões de seu comportamento, quem controla os modelos de uma sociedade controla o comportamento. Por fim, sugiro a leitura também de dois blogs bastante completos e com diversos exemplos e vídeos sobre esse mesmo tema: 1º- http://www.psicosmica.com/2012/05/introducao-ao-behaviorismo-ii.html 2º-http://subjetividadescompatilhadas.blogspot.com.br/2012/04/psicologia-daaprendizagem.html Bibliografia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Condicionamento_cl%C3%A1ssico http://pt.wikipedia.org/wiki/Ivan_Pavlov http://pt.wikipedia.org/wiki/Experimento_do_Pequeno_Albert PSICOLOGIA – 12ºANO.Lisboa:Texto Editora Ana Cavaco nº2 / 12ºA