saúde em notícias - Associação Nacional da Espondilite Anquilosante

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ANEA R
BOLETIM INFORMATIVO
N.º 99 OUTUBRO/DEZEMBRO
2013
Publicação Trimestral
Distribuição gratuita
Diretor: Justino Romão
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE
ANEA
BOLETIM INFORMATIVO N.º 99
“Defender o espondilítico no interesse de todos”
“Gerir uma interajuda disponível”
FICHA TÉCNICA: N.º de Registo: 112302; Associação Nacional de Espondilite Anquilosante / Boletim Informativo;
Propriedade: Associação Nacional da Espondilite Anquilosante (ANEA)
N.º de Pessoa Coletiva: 501 830 995
Diretor: Justino Mendes dos Santos Romão (Presidente da ANEA)
Editor: Direção da ANEA
TODA A COLABORAÇÃO PUBLICADA É DA RESPONSABILIDADE DOS SEUS AUTORES
Domicílios, Sede do Editor e Redação:
Rua do Platão N.º 147 – ZAMBUJAL • 2785-698 SÃO DOMINGOS DE RANA
Apartado 69 • 2646-901 ALCABIDECHE
Telefone 214 549 200 FAX 214 549 208
E-mail: [email protected] • Internet (URL): http://www.anea.org.pt
Tiragem: 3.500 exemplares
Distribuição: Gratuita
MEMBRO FUNDADOR DA ANKYLOSING SPONDYLITIS INTERNATIONAL FEDERATION “ASIF”
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE
ÍNDICE
NESTE NÚMERO
EDITORIAL
SAÚDE EM NOTICIAS
ENCONTRO NACIONAL (artigo de opinião)
CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA (aprovação de contas)
ATIVIDADES DA DIREÇÃO
SAÚDE EM NOTICIAS
WORKSHOP EU CONSIGO
CONSELHO PARA PESSOAS COM E.A.
SUBSIDIOS E DONATIVOS
COMO POSSO PAGAR AS MINHAS QUOTAS
INFORMAÇÕES ÚTEIS
MORADAS DOS NÚCLEOS
NOTICIAS DOS NÚCLEOS
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ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE
EDITORIAL
Caros Associados e Amigos
Desejo expressar, neste início do ano 2014, os meus Votos de um
Bom Ano a todos os associados e amigos.
A situação financeira da nossa Associação tem-se degradado, o
que estará patente na estimativa de resultados para o ano de
2013 e orçamento de 2014 que está disponível para consulta e
será objecto de discussão na próxima assembleia geral de 1 de
Fevereiro de 2014. Esta degradação está relacionada,
essencialmente, do lado da despesa, pelo agravamento dos custos
energéticos, um elemento essencial na estrutura de custos da
unidade de cuidados de saúde da Associação, e do lado da receita,
pela redução dos apoios recebidos, donativos e comparticipações
e mesmo o desaparecimento dos apoios da Direcção Geral de
Saúde a projectos das Associações de doentes.
Impõe-se uma maior participação dos Associados na procura de
soluções que permitam manter a atividade da Associação, incito
por isso os Associados a uma participação ativa na próxima
assembleia geral de 1 de Fevereiro.
O encontro anual de associados e seus familiares, teve a sua
realização agendada para Braga no passado mês de Novembro,
porém teve que ser cancelado, já que os apoios financeiros não
foram suficientes para a sua concretização.
Sempre entendi que, num evento desta natureza, não se pode
repercutir nos associados participantes o custo efectivo do
encontro, porque isso apontaria para um custo de inscrição que
conduziria ao afastamento de muitos de nós.
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O custo de inscrição tem que existir, mas tem que ser razoável, e
o custo efectivo do evento aponta sempre para valores muito
superiores aos valores das inscrições, o que tem sido possível por
haver, em anos anteriores, participações de outras entidades no
financiamento do evento. O encontro sempre foi um convívio
participado e inclusivo, não podemos aceitar que o seu custo o
torne inacessível. E, na ausência de fundos que permitissem fixar
o valor da inscrição num custo acessível a todos, a direcção tomou
a difícil decisão de adiar a sua realização, estando agora previsto
que se concretize em conjunto com as comemorações do dia
mundial da AE, em Maio próximo.
Queria exprimir o meu agradecimento, e o da Direcção, aos
associados e responsáveis do Núcleo de Braga, que tanta
dedicação e trabalho tiveram para a preparação do encontro
nacional, antes de o mesmo ser cancelado. Espero a sua
compreensão para a inevitabilidade da decisão tomada, face à
escassez de recursos.
Renovo o convite aos associados para a participação na próxima
assembleia geral. A associação só faz sentido com os associados e
para o benefício dos associados.
Justino Romão
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE
SAÚDE EM NOTÍCIAS
OS 10 PIORES ALIMENTOS PARA O CORPO HUMANO
10º Gelados/Sorvetes
Apesar de existirem versões mais saudáveis que os tradicionais
gelados industrializados, a nutricionista “Michelle Schoffro Cook”
adverte que esse alimento geralmente tem altos níveis de açúcar
e gorduras trans, além de corantes e de intensificadores de sabor
artificiais, muitos dos quais possuem neurotoxinas – substâncias
químicas que podem causar danos no cérebro e no sistema
nervoso.
9º Tiras de Milho
De acordo com Michelle, desde o surgimento dos alimentos
transgénicos, a maior parte do milho que comemos é um
“Frankenfood”, ou “comida Frankenstein”. Ela diz que esse
alimento pode causar flutuação dos níveis de açúcar no sangue,
levando a mudanças no humor, ganho de peso e irritabilidade,
entre outros sintomas. Além disso, a maior parte dos salgadinhos
são fritos em óleos saturados, que estão ligados a processos
inflamatórios.
8º Pizas
A nutricionista, destaca que nem todas as pizas são nocivas para a
saúde. A maioria das pré congeladas têm condicionadores de
massa artificiais e conservantes. Sendo feitas com farinha branca,
essas pizas são absorvidas pelo organismo e transformadas em
açúcar puro, causando aumento de peso e desequilíbrio dos níveis
de glicose no sangue.
7º Batata Frita
Contêm não apenas gorduras trans, que já foram relacionadas
com uma longa lista de doenças, mas também uma das mais
potentes substâncias cancerígenas presentes em alimentos: a
acrilamida, que é formada quando batatas brancas são aquecidas
em altas temperaturas. Além disso, a maioria dos óleos utilizados
para fritar as batatas tornam-se rançosos na presença do oxigénio
ou em altas temperaturas, gerando substâncias que podem
causar inflamações no corpo.
6º Snacks de Batata Frita
Além de causarem todos os danos das batatas fritas comuns e não
trazerem nenhum benefício nutricional, esses snacks contêm
níveis mais altos de acrilamida.
5º Bacon
Segundo a nutricionista, o consumo diário de carnes processadas,
como bacon, pode aumentar o risco de doenças cardíacas em
42% e de diabetes em 19%. Um estudo da Universidade da
Colômbia, nos Estados Unidos, descobriu ainda que comer 14
porções de bacon por mês pode danificar a função pulmonar e
aumentar o risco de doenças ligadas ao órgão.
4º Cachorros Quentes
Um estudo da Universidade do Havai, nos EUA, mostrou que o
consumo de cachorros e outras carnes processadas aumenta o
risco de cancro do pâncreas em 67%. Um ingrediente encontrado
no cachorro/bacon é o nitrito de sódio, é uma substância
cancerígena ligada a doenças como a leucemia em crianças e
tumores cerebrais em bebés. Outros estudos apontam que a
substância pode desencadear cancro colo retal.
(Continua na página seguinte)
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ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE
SAÚDE EM NOTÍCIAS
3º Donuts (Rosquinhas)
Entre 35% e 40% da composição dos donuts
é de gorduras trans, “o pior tipo de gordura que se pode ingerir”,
alerta a nutricionista. Essas substâncias estão relacionadas a
doenças cardíacas e cerebrais, além do cancro. Para completar,
esses alimentos são repletos de açúcar, condicionadores de
massas artificiais e aditivos alimentares, contêm, em média, 300
calorias cada
2º Refrigerantes
De acordo com uma pesquisa do Dr. Joseph Mercola, uma lata de
refrigerante possui em média 10 colheres de chá de açúcar, 150
calorias, entre 30 e 55 mg de cafeína, além de estar repleta de
corantes artificiais e sulfitos. “Só isso devia fazer-nos pensar sobre
o consumo de refrigerantes”, diz a nutricionista. Além disso, essa
bebida é extremamente ácida, sendo necessários 30 copos de
água para neutralizar essa acidez, que pode ser muito perigosa
para os rins.
Os ossos
funcionam como uma reserva
de minerais,
como o cálcio, que são despejados no
sangue para ajudar a neutralizar a acidez causada pelo refrigerante, enfraquecendo os ossos e
podendo levar a doenças como osteoporose, obesidade, cáries e
doenças cardíacas. Existe ainda a questão dos refrigerantes como
Coca Cola e Pepsi que utilizam o corante 4-metil-imidazol (4-MI),
produto presente no corante Caramelo IV e classificado como
cancerígeno nos Estados Unidos. A Coca Cola comercializada no
Brasil contém a maior concentração desta substância no mundo!
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1º Refrigerantes Diet
“É a minha escolha para o pior alimento de todos os tempos”, diz
Michelle Segundo a nutricionista, além de possuir todos os
problemas dos refrigerantes tradicionais, as versões diet contêm
aspartame, que agora é chamado de AminoSweet. De acordo com
uma pesquisa de Lynne Melcombe, essa substância está
relacionada a uma lista de doenças, como ataques de ansiedade,
compulsão alimentar e por açúcar, defeitos de nascimento,
cegueira, tumores cerebrais, dor torácica, depressão, tonturas,
epilepsia, fadiga, dores de cabeça e enxaquecas, perda auditiva,
palpitações cardíacas, hiperactividade, insónia, dor nas
articulações, dificuldade de aprendizagem, TPM, cãibras
musculares, problemas reprodutivos e até mesmo a morte. “Os
efeitos do aspartame podem ser confundidos com a doença de
Alzheimer, síndrome de fadiga crónica, epilepsia, vírus de EpsteinBarr, doença de Huntington, hipotireoidismo, doença de Lou
Gehrig, síndrome de Lyme, pólio. É por isso que eu dou ao
refrigerante diet o prémio de pior alimento de todos os tempos”,
conclui.
No Brasil, para piorar, o mais prevalente em bebidas Zero é o
ciclamato de sódio, que é ainda pior que o aspartame, sendo
proibido em diversos países, incluindo os EUA. Diversos estudos
demonstraram que o ciclamato de sódio seria cancerígeno.
A Coca Zero também foi proibida na Venezuela por conter níveis
muito altos de Ciclamato.
http://saude.sapo.pt/galerias/peso-nutricao/os-10-piores-alimentos-para-asaude.html#4
“ Sapo Saúde”
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE
SAÚDE EM NOTÍCIAS
TABACO
As mulheres são mais sensíveis ao tabaco e porque aumentou o
número de fumadoras os casos de cancro do pulmão também vão
subir, alerta o coordenador do Programa Nacional de Doenças
Oncológicas.
Nuno Miranda diz também que se nos homens se espera que a
mortalidade e ocorrência de cancro do pulmão se mantenha
estável nas mulheres "é uma ilusão" pensar que não vai haver
uma subida, pelo que é preciso "tomar medidas".
Numa altura em que se assinala o Dia do Não Fumador
(tradicionalmente a 17 de Novembro) em Portugal as notícias não
são tão más, dando conta de que há uma tendência para
aumentar as pessoas que deixam de fumar, centrada
especialmente nos homens, embora tenha aumentado o número
de mulheres fumadoras e também o número de jovens.
É verdade que há um grupo de jovens (15 a 19 anos) com uma
elevada taxa de prevalência (rondando os 30 por cento) mas a
taxa nacional global está abaixo dos 20 por cento, pelo que diz o
Governo, "uma estrondosa maioria dos portugueses não fuma".
No próximo ano será publicada nova legislação, mais restritiva
mas que deixa de parte propostas como a proibição de fumar
dentro de viaturas particulares quando transportando crianças,
ou de fumar perto de restaurantes ou parques infantis, porque
"há que ter bom senso", como disse o secretário de Estado
adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa.
Se os dados indicam que em Portugal se fuma menos do que na
média da União Europeia, é também verdade que há estudos que
falam que a partir dos 13 anos um terço dos jovens indicou ter
fumado nos últimos 30 dias, segundo números citados pela
diretora do Programa Nacional de Prevenção do Tabagismo,
Emília Nunes.
Olhando para gráficos da última década há em termos gerais uma
diminuição de consumo mas entre 2006 e 2011 o consumo de
tabaco aumentou entre os jovens. Em declarações à Lusa, Emília
Nunes pede no entanto cautela com as estatísticas, porque são
diferentes consoante as variáveis utilizadas.
José Calheiros, do Instituto Ricardo Jorge, também pede
"cuidado" com as taxas sobre o consumo de tabaco e prefere
salientar as "tendências": nos homens há uma diminuição de
fumadores e o número de mulheres que fumam é idêntico ao dos
homens (tradicionalmente era menor).
Ana Maria Figueiredo, coordenadora da comissão do tabagismo
na Sociedade Portuguesa de Pneumologia, acrescenta, em
declarações à Lusa: "o grande problema é a prevenção, porque há
muitos jovens a começar a fumar, embora não hajam dados
concretos".
Para a responsável "a única hipótese são campanhas de
prevenção maciças", porque a idade média de início do hábito é
os 14-15 anos e têm de haver campanhas governamentais.
E não são nunca ataques aos fumadores mas sim protecção aos
não fumadores, a esmagadora maioria, diz a especialista.
Nuno Miranda acrescenta, o tabaco não pode ser visto como um
elemento de moda ou de afirmação social mas considerado aquilo
que ele é, uma toxicodependência.
(Continua na página
Seguinte)
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ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE
SAÚDE EM NOTÍCIAS
Na conferência internacional sobre prevenção do tabagismo, que
decorreu em Lisboa, o responsável deixou avisos sérios: vai haver
um aumento significativo da mortalidade nas mulheres; o peso do
cancro no sistema de saúde é crescente e significativo; 11,6% dos
internamentos hospitalares são devidos a doenças oncológicas;
nos próximos anos a história do cancro do pulmão é assustadora;
87% das mortes por cancro de pulmão são provocadas por
tabaco.
Segundo a OMS morrem por dia 10 mil pessoas devido ao tabaco.
São 416 por hora, o que equivale a dizer que no tempo que se
levou a ler este texto (dois minutos) morreram 14 pessoas por
causa do tabaco.
E Portugal tem as suas culpas. No seminário Nuno Miranda
contou aos congressistas que na segunda metade do século XVI
veio a Portugal o embaixador francês Jean Nicot, para negociar o
casamento de D. Sebastião. As negociações falharam mas Jean
Nicot conheceu o historiador Damião de Góis, que lhe apresentou
o tabaco. Fascinado, convencido de que tinha propriedades
curativas, Nicot enviou-o à rainha Catarina de Médici.
Mais de 450 anos depois é objectivo do Governo português, a
médio prazo, reduzir em dois por cento o uso do tabaco a partir
dos 15 anos.
“Transcrição de artigo divulgado em:”
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=92640
Não Deixe que ele a reduza a cinzas
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ENCONTRO NACIONAL (Artigo de opinião)
Este ano o tradicional Encontro de familiares e amigos com
Espondilite Anquilosante não se realizou, com muita pena minha
e de muitos (penso eu!).
Este evento tornou-se mais do que um simples encontro entre
profissionais de saúde e doentes com espondilite anquilosante. Já
me habituei a marcar na minha agenda este momento, como
sendo uma ocasião de convívio, partilha e de reencontro com
amigos de todo o país, que lamentavelmente sofrem do mesmo
mal. Por esse motivo não me parece normal, nem desejável que
tal volte a acontecer. É bom lembrar que partilhar as nossas dores
e “sofrer juntos”, ajuda a caminhar de cabeça erguida…
Afigura-se essencial refletir a forma como estes encontros se vão
realizar de futuro. A conjuntura actual não nos permite entrar em
grandes folias e gastos, o que nos obriga a repensar o modelo de
encontro que queremos concretizar. Partindo do princípio que a
parte científica e o convívio entre espondilíticos são os momentos
fundamentais de um encontro, podemos permitir que o dinheiro
limite a aproximação entre as pessoas e que se ponha de lado a
realização de um evento tão fundamental para pessoas com esta
doença reumática, apenas por questões financeiras?
Penso que deve haver um certo bom senso e respeito por quem
organiza tais eventos. E porque não acabar com a ostentação na
realização de “banquetes” e promover a amizade através de
lanches partilhados, bufetes com preços razoáveis, em que todos
os sócios possam participar e tirar partido do calor humano e do
carinho emanado em tais eventos.
Por fim, seria primordial saber para quem são organizados estes
eventos e, só assim, encontraremos caminhos alternativos para o
sucesso de futuros encontros.
Jorge Matos
(sócio 1366 N.R. Braga coordenador da delegação de Barcelos)
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE
CONVOCATÓRIA
ANEA – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ESPONDILITE ANQUILOSANTE
CONVOCATÓRIA
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
Convoco as Senhoras e Senhores Associados para reunirem em Assembleia
geral ordinária, na sede da Associação , sita na Rua de Platão, 147,
Zambujal, São Domingos de Rana no dia 1 de Fevereiro de 2014, pelas
14H00, para discutir e deliberar, nos termos do disposto na alínea c) do nº
2 do artigo 29º dos Estatutos, sobre a seguinte Ordem do dia:
Ponto 1: Discussão, apreciação e decisão sobre o Orçamento, o Programa
de acção e o Plano de investimentos para o ano 2014
ATIVIDADES DA DIREÇÃO
XVI FÓRUM DE APOIO AO DOENTE REUMÁTICO
A Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas (LPCDR).
Realizou nos dias 25 e 26 de Outubro, o XVI Fórum de Apoio ao
Doente Reumático. A ANEA foi convidada a participar, colocámos
uma banca com informação variada sobre a EA e a ANEA.
O presidente Justino Romão, incorporou uma das mesas, como
moderador, com o tema «Manter o trabalho – como?»
O programa deste ano teve como motivo : “Doenças Reumáticas
de volta à normalidade”. Este Fórum contou com a participação
multidisciplinar de especialistas e destina-se a doentes e seus
familiares, a médicos e outros profissionais de saúde e ao público
em geral, que se interesse por esta temática, realizando-se
anualmente, em Outubro. “Consultar” (www.lpcdr.org.pt/)
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
XXI JORNADAS INTERNACIONAIS DO IPR
As XXI Jornadas Internacionais do Instituto Português de
Reumatologia decorreram em Lisboa, nos dias 28 e 29 de
Novembro, a ANEA foi convidada a participar neste evento, com
um stand para divulgação e informação sobre a EA, a
representação da associação esteve a cargo do presidente Justino
Romão.
Este congresso, já com peso e tradição reconhecido no seio da
comunidade médica, instituições, indústria farmacêutica e
participantes individuais, prima em abordar temas e novidades
científicas relevantes para formação médica e outros
interessados, relacionados com as doenças reumáticas.
Presidiu às jornadas o Dr. José Vaz Patto.
De entre os temas abordados, destacamos alguns que poderão
ser do maior interesse para os nossos associados:
Jaime Antunes
(Continua na página seguinte)
Ponto 2: Discussão sobre medidas a tomar para assegurar maior eficácia
na gestão da Associação.
A Assembleia Geral reunirá à hora marcada se estiver presente mais de
metade dos associados com direito a voto, ou uma hora depois com
qualquer número de associados presentes. Convidam-se todos os
associados a comparecer, porquanto a nossa Associação, nos momentos
difíceis que vive a sociedade Portuguesa, e que a afectam, carece do
contributo de todos os Associados.
A Assembleia Geral é constituída por todos os associados presentes ou
representados, admitidos há pelo menos seis meses, que tenham as suas
quotas em dia e não se encontrem suspensos.
S. Domingos de Rana, 26 de Dezembro de 2013
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ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE
ATIVIDADES DA DIREÇÃO
- Substâncias de Abuso e Doenças Reumáticas (Dra. Helena
Madeira, Dra. Susana Fernandes)
- Importância da Saúde Oral em Reumatologia (Dr. João Amaral,
Dr. António Mata)
- Reactivação Viral em Doente com Terapêutica Imunossupressora ( Dra. Inês Gonçalves, Dra. Manuela Parente)
- O Doente certo no momento certo para a Artroplastia Total (Dr.
Paulo Felicíssimo) «ler artigo páginas 14/15/16»
Foi discutido o tema «Biotecnológicos - O tempo é crucial», tendo
havido comunicações sobre
- O Tempo de Iniciar (Dra. Cláudia Miguel, Dra. Helena Santos)
- O Tempo de Manter ou Parar (Dra. Helena Canhão)
- O Tempo de Mudar (Dra. Maria José Santos)
Foram ainda debatidos temas relativos aos «medicamentos
biológicos ou biotecnológicos - revisão histórica para preparar o
futuro» (Dr. Juan Esplugues Mota ) e «Bissimilares e genéricos»
(Dra. Cândida Silva).
Alguns dos temas apresentados podem ser consultados, no jornal
das XXI jornadas Internacionais do Instituto Português de
Reumatologia, disponível na sede da ANEA.
INOVAR SAÚDE
Decorreu no dia 11 de Dezembro de 2013, no Centro Cultural de
Belém, um seminário sob o tema «pensar a saúde - promover e
disponibilizar inovação aos cidadãos», numa iniciativa da Escola
Nacional de Saúde Pública e da UNL (Universidade Nova de
Lisboa). A ANEA foi convidada para este evento, tendo sido
representada pelo presidente, Justino Romão.
O programa, participantes e sumário de conclusões estão
disponíveis em
http://www.inovarnasaude.pt/
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FIT FOR WORK PORTUGAL – PORTUGAL APTO.PT
Decorreu no dia 13 de Dezembro, no Palácio Foz, em Lisboa, o
evento "Fit for Work Portugal – Portugal Apto.PT», a
apresentação esteve a cargo do Dr. Augusto Faustino e Dr. Luís
Cunha Miranda.
A ANEA foi convidada para este acontecimento, fazendo-se
representar pelo Presidente, Justino Romão.
O Fit for Work Europe (FfW) é uma organização internacional
destinada a comunicar sobre o impacto das doenças reumáticas
no trabalho e a promover uma mudança de conceito e ações no
sentido de limitar os seus embates negativos, deixando de ser
consideradas como uma condição invalidante e passando a ser
vista como doenças crónicas passíveis de controlo e de restituição
de funcionalidade. A mudança de mentalidade deve promover a
abordagem da capacitação do doente portador de doenças
reumáticas e músculo esqueléticas e não da sua incapacidade.
Portanto, uma abordagem pela positiva: o que o doente pode
fazer e não pela negativa: o que o doente não pode fazer.
Transcrevemos de seguida parte substancial da comunicação
apresentada, que muito bem caracteriza a ação da FfW em
Portugal:
«Em Portugal, foi criada uma estrutura local e que os responsáveis
designaram de Portugal Apto.PT – Portugal Apto para o Trabalho,
cuja missão será avaliar a realidade portuguesa e definir os
vectores fundamentais de intervenção para a modificar.
O lema da campanha em Portugal (Portugal Apto.PT – Portugal
Apto para o Trabalho - Produtividade, Empregabilidade e Saúde
Social) representa os conceitos fortes associados ao FfW –
(Continua na pagina seguinte)
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE
ATIVIDADES DA DIREÇÃO
relevância nas acções que permitam ao indivíduo doente manter
o seu trabalho, efetuadas as necessárias adequações e
enquadramentos à sua doença, permitindo com isso uma
quantidade e qualidade de trabalho que se constituam em fatores
positivos para a sua doença, para a sua condição económica e
social, e consequentemente numa mais valia positiva para toda a
sociedade.
"O trabalho é bom para a saúde" é uma ideia forte desta
campanha! É imperioso demonstrar que a manutenção do
trabalho é um bem essencial para o doente reumático, mas que
para o conseguir de forma efetiva e sem que este se constitua
numa agressão suplementar para o indivíduo doente, muito se
terá de fazer para modificar a atual realidade do enquadramento
profissional e laboral das doenças reumáticas em Portugal.
Doentes aptos para o trabalho
Sabemos hoje que um diagnóstico precoce e uma imediata
instituição das mais adequadas medidas terapêuticas permite
mudar radicalmente a evolução destas doenças, e
consequentemente, reduzir ou impedir os seus impactos mais
determinantes – dor, incapacidade e custos económicos e sociais.
Para tal, muitas barreiras se terão de derrubar – o
desconhecimento das doenças reumáticas a nível da população
em geral, as dificuldades de identificação das mesmas e de
referenciação dos doentes reumáticos ao especialista mais
habilitado e mais rentável para gerir estas patologias (o
reumatologista), a possibilidade de optar em cada doente pelas
mais adequadas e inovadoras opções terapêuticas, o apoio e a
diferenciação positiva (económica, social e profissional) destes
doentes, em todas as fases de evolução da sua doença.
É porém a nível do impacto no trabalho e na produtividade que as
doenças reumáticas motivam que mais está por fazer, e onde
muito se pode alterar e modificar positivamente no sentido de
minorar esta dimensão negativa. É fundamental para isso que se
mude o paradigma actual, que privilegia em cada momento a
avaliação e a quantificação da incapacidade determinada pela
doença reumática em cada fase evolutiva, implicando em função
desta, e sem qualquer medida estabelecida para a minorar ou
alterar, uma definição absoluta e por vezes irreversível de
incapacidade temporária (baixa) ou permanente (reformas
antecipadas). É fundamental mudar o foco da intervenção para a
relevância de se manter o indivíduo apto para o trabalho,
realçando as vantagens globais de tal intervenção, por mais difícil
e complexa que a mesma se revele.
Esta mudança de paradigma implicará um enorme esforço de
colaboração e concertação entre numerosas entidades implicadas
no trabalho: o indivíduo doente, a sua família, a estrutura médica
assistente, os empregadores, as estruturas sindicais e o Estado.
Nesta dimensão, é essencial que o Estado entenda que os
benefícios desta intervenção irão impactar no Ministério da
Saúde, mas também e de forma relevante, no Ministério do
Trabalho e no Ministério da Segurança Social. Globalmente é
essencial que todos os intervenientes neste processo se
capacitem que uma intervenção que permita garantir mais
trabalho e trabalho de melhor qualidade, constituir um ganho
global para todos, muito em especial para o indivíduo doente,
mas também para a sociedade, sendo possível modificar a
realidade atual do impacto e custos destas doenças, inicialmente
formuladas»
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ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE
SAÚDE EM NOTÍCIAS
SÍNDROME DO OLHO SECO
Quantos de nós já não nos queixámos de ardor e irritação
constante nos olhos?
O que a maioria da população não sabe é que estes sintomas
podem ser fruto de uma doença ocular chamada olho seco. Tratase de um problema de Saúde que afeta cerca de 20% dos
portugueses, segundo a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia. O
olho seco consiste na produção insuficiente de lágrimas ou na má
lubrificação do olho, causadas maioritariamente pelo uso
sistemático da visão ao perto, devido aos computadores e
aparelhos eletrónicos.
Apesar de ser uma patologia crónica, o olho seco pode ser
facilmente controlável através da utilização de lágrimas artificiais.
Nesta edição do Saúde Notícias dedicamos uma reportagem a
esta temática e descrevemos os cuidados que deverá manter para
garantir uma boa saúde ocular.
Quando as lágrimas são poucas
A maioria da população continua sem saber que a irritação
constante e secura dos olhos pode ser uma doença, o chamado
olho seco. Um problema de saúde ocular que, apesar de crónico,
pode facilmente ser controlável.
Mais de 10% dos adultos portugueses apresentam queixas de dor
ou desconforto ocular, na sequência do olho seco, segundo a
Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO). Um problema de
saúde que nem sempre é do conhecimento da população e que se
estima afetar 20% da população portuguesa.
Um desses problemas é o olho seco. É uma situação em que não
existe produção suficiente de lágrimas ou em que estas não têm a
qualidade necessária para manter os olhos saudáveis. A má
lubrificação do olho afeta as pálpebras, a película lacrimal, a
conjuntiva e a córnea.
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Apesar de ser uma patologia crónica, pode controlar-se de uma
forma tão simples, com o uso de lágrimas artificiais.
Um problema de saúde ocular próprio de uma sociedade
desenvolvida
Paulo Torres, presidente da SPO explica ao Saúde Notícias que as
principais causas estão no uso sistemático da visão ao perto,
nomeadamente em computadores.
Mas as causas também são o envelhecimento, fatores hormonais,
tabagismo, alcoolismo, cirurgia do olho, abuso de lentes de
contacto, toma de determinados fármacos, diabetes,
hipertiroidismo, síndrome de Sjögren, pestanejar pouco, tumor na
glândula lacrimal, falta de vitamina A, entre outros motivos.
A importância das lágrimas artificiais
A doença não impede a pessoa de ter uma visão saudável. Há
fases de agudização, mas se forem tomados os devidos cuidados,
é possível evitar o mal-estar frequente provocado pela sensação
de ardor ocular, rubor, sensação de areia nos olhos, pouca
tolerância às lentes de contacto e mal-estar ao fixar os olhos num
ponto (ao ler, a trabalhar no computador, a conduzir, entre outras
situações).
Os tratamentos mais adequados são o uso de lágrimas artificiais,
de preferência sem conservantes, para se evitar a irritação dos
olhos, como salienta Paulo Torres. Este é mesmo o tratamento
primário para o olho seco.
As lágrimas artificiais estão disponíveis sem receita médica e
oferecem o alívio de diferentes sintomas como prurido, irritação,
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE
SAÚDE EM NOTÍCIAS
sensação de areia nos olhos, ardor, vermelhidão, pálpebras
pesadas, entre outros. Se utilizar lágrimas artificiais mais
frequentemente do que a cada três horas, deverá escolher um
produto sem conservantes e deve saber se pode usá-las com
lentes de contacto.
O mais importante é lembrar-se que o olho seco incomoda, mas
pode ser uma doença controlável e, mesmo, prevenível.
Repouso ocular
Quando realizamos tarefas que exigem esforço visual ao perto,
como a leitura ou a utilização de computadores e monitores,
deveremos fazer intervalos regulares para que possa de novo
haver um normal reflexo do pestanejo.
Este está diminuído durante o estado de concentração aplicado à
realização de tarefas de perto.
A posição dos ecrãs do computador e da televisão deve ser
corrigida de forma a evitar os reflexos.
Os olhos devem estar num plano ligeiramente acima do centro do
monitor do computador e a uma distância da televisão
equivalente a cinco vezes a largura do ecrã.
Óculos de sol
Os olhos devem ser protegidos com óculos de sol durante todo o
ano. As lentes não precisam de ser escuras, mas devem conter
filtros para os raios UV.
Quem usa óculos escuros mas sem filtros para raios UV está tão
exposto aos efeitos nocivos da luz solar como quem não os usa.
É importante lembrar que a luz solar está na origem de patologias
graves como sejam a catarata e degenerescência macular ligada à
idade.
Cuidados que ajudam a ter uma boa saúde ocular
Uma alimentação equilibrada aliada à prática de exercício físico
contribuem para a saúde dos olhos.
Isto porque doenças relacionadas com a alimentação e o estilo de
vida, como a hipertensão e a diabetes tipo II, podem
comprometer seriamente a saúde dos nossos olhos.
A retinopatia diabética, por exemplo, continua a ser uma
importante causa de cegueira em Portugal.
Cuidados na infância
Cerca de 20% das crianças em idade escolar têm algum défice da
função visual capaz de interferir com o rendimento escolar.
A deteção precoce dos problemas visuais das crianças através de
rastreios deverá começar a partir dos 2/4 anos.
(Continua na pagina seguinte)
13
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE
SAÚDE EM NOTÍCIAS
Dores de cabeça, olhos vermelhos, inchados ou lacrimejantes,
estrabismo e fotofobia (dificuldade em suportar a luz) são
sintomas que não podem ser ignorados e devem levar os pais a
procurar um oftalmologista.
Hidratação ocular
A síndrome vulgarmente chamada de “olho seco”, é uma
patologia inflamatória que atinge 10-20% da população adulta.
Desconforto ocular, ardor, sensação de corpo estranho e olho
vermelho são alguns dos sintomas de alerta para esta e outras
formas de inflamação ocular.
O tratamento é sintomático, devendo ser utilizadas substâncias
lubrificantes denominadas lágrimas artificiais.
Proteção ocular na prática desportiva
As lesões oculares que ocorrem durante alguns tipos de desporto
podem ser graves e comprometer a qualidade da visão.
Tem sido demonstrado que o uso de protetores oculares
atualmente disponíveis reduz o risco de lesão ocular em, pelo
menos, 90 por cento.
Cuidados depois dos 40
Depois dos 40 anos os cuidados com a visão devem redobrar-se e
a visita ao oftalmologista deve ser feita pelo menos de dois em
dois anos, numa consulta que deve incluir observação do
cristalino e da retina, medição da tensão ocular (caso seja elevada
podemos estar perante um caso de glaucoma), e verificar se há
necessidade de correção de ametropias (uso de óculos com
graduação).
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Cuidados redobrados com as lentes de contacto
A SPO recomenda a quem usa lentes de contacto que cumpra de
uma forma sistemática os cuidados de higiene aconselhados na
manipulação e manutenção das mesmas. A SPO recomenda ainda
evitar dormir com as lentes de contacto colocadas, evitar
exposições ambientais agressivas e, caso surjam fenómenos de
olho vermelho com desconforto associado, a sua imediata
remoção. Em caso de dúvida consulte o seu oftalmologista. Os
oftalmologistas são os especialistas médicos mais habilitados para
diagnosticar e tratar as doenças dos olhos. Se notar alguma
alteração na sua visão, procure um oftalmologista.
Fonte: Revista Saúde Noticias Setembro de 2013; Reportagem de Maria João
Garcia
O DOENTE CERTO NO MOMENTO CERTO PARA A ARTROPLASTIA TOTAL
Artigo da autoria do DR. Paulo Felicíssimo, para o Jornal das XXI
Jornadas Internacionais do Instituto Português de Reumatologia,
Director do Serviço de Ortopedia B, Hospital Fernando Fonseca.
Presidente do Colégio de Ortopedia da OM.
“Existe o doente ideal e um momento ideal para realizar a
artroplastia total da anca?
Numa visão simplista a minha resposta a esta questão é não.
A artroplastia é uma cirurgia que deve ser encarada como uma
terapêutica de curso para a resolução de um problema que não
foi possível de resolução por uma terapêutica conservadora.
(Continua na pagina seguinte)
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE
SAÚDE EM NOTÍCIAS
A artroplastia deve ainda ser encarada, não como uma cura mas
antes uma substituição de um problema. Na realidade a aplicação
da prótese condiciona o aparecimento de uma nova patologia que
podemos designar por status pós artroplastia. Esta pode até
permanecer assintomática (e é isso que procuramos) durante
toda a vida do doente, mas não deixa de ser a substituição de um
problema por outro. Esta visão pode parecer até um pouco negra
mas não é uma visão negativa sobre as artroplastias, é apenas
uma visão justa e desinserida de afetividade. Isto não significa que
não considere a artroplastia da anca como a maior inovação
cirúrgica do século XX na área do aparelho músculoesquelético.
Fig. 1
Fig. 2
Candidato a artroplastia?
Candidato a artroplastia?
Olhando para o doente certo. Existe doente certo? Posso dizer
que existem doentes em que é expectável que o resultado da
aplicação da artroplastia seja melhor. Mas isso faz deles o doente
ideal? E se isso fosse verdade o que fazer com os outros que
necessitam de artroplastia e que não se enquadram neste
contexto do “doente perfeito”? por esse motivo, mais do que o
doente ideal eu prefiro falar em doente cujo sucesso de aplicação
de artroplastia seja previsivelmente melhor.
O sucesso da aplicação de uma artroplastia não depende
exclusivamente das características do doente.
Na realidade depende de uma tríade que inclui: O doente, o tipo
de implante e a técnica cirúrgica.
As características do doente ideal são naturalmente doentes com
coxartrose não muito avançada, possuam (ainda) uma amplitude
de movimentos razoável, mantenham uma boa musculatura, um
bom capital ósseo, sem comorbilidades que possam não só
desencadear complicações cirúrgicas mas também limitem a
capacidade de recuperação do doente no pós-operatório.
Quanto ao implante, será que existe um implante ideal? Também
aqui a resposta é não. O implante ideal para um doente pode ser
diferente do implante ideal para outro doente. Por isso podemos
falar não em implante ideal mas sim no implante ideal para este
doente. As opções passam em primeira análise em decidir se
aplicamos uma prótese cimentada, não cimentada ou híbrida.
Depois que tipo liga metálica, a maior parte das próteses (em
especial as não cimentadas) em liga de titânio. Há ainda que
decidir que superfícies articulares (pares articulares) usar. Os mais
usados são o polietileno-metal, cerâmica-cerâmica também estão
disponíveis.
A qualidade da técnica cirúrgica é naturalmente de importância
capital para o sucesso da artroplastia.
Mas, voltando ao momento ideal. Existe um é o momento ideal? É
frequente ouvirmos dizer “Quanto mais tarde melhor!”. Será isto
correto? Eu corrigiria a frase para “Se possível quanto mais tarde
melhor!”. A designação se possível prende-se com a qualidade ou
melhor a falta de qualidade de vida que o doente possa ter. É
frequente apontar a idade dos 65 anos para o “timing” ideal para
a aplicação de uma prótese. Tal ideia prende-se acima de tudo
com a expectativa de vida ou seja o momento a partir do qual,
pelo menos do ponto de vista teórico talvez não haja necessidade
de efetuar uma cirurgia de revisão da artroplastia.
(Continua na pagina seguinte)
15
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE
SAÚDE EM NOTÍCIAS
Mas será viável fazer esperar um doente jovem que se encontra
em sofrimento e para o qual a solução é a artroplastia? Também
aqui a minha resposta é não. Por isso na minha opinião não há um
momento ideal mas sim o memento ideal para um determinado
doente.
A questão é que se pode colocar a seguir como se faz para
encontrar o momento ideal para o nosso doente? Não existe um
algoritmo de decisão que nos permita de uma forma fácil efetuar
a escolha. Outra questão não menos importante e indissociável da
anterior é, quem decide que se atingiu esse momento ideal? O
reumatologista? O médico de família? O ortopedista?... ou o
doente?
A decisão deve ser sempre tomada pelo doente sob orientação
dos médicos que o acompanham. A orientação é dada pelos
médicos, deve ser baseada em quatro condições: a dor, a
gravidade da lesão (RX), O compromisso funcional e as
características do doente.”
WORKSHOP EU CONSIGO
Utiliza ajudas técnicas/produtos de apoio (incluindo dispositivos,
equipamento,
instrumentos,
tecnologia
e
software)
especialmente produzido e disponível, para prevenir, compensar,
monitorizar, aliviar ou neutralizar qualquer impedimento,
limitação da atividade e restrição na participação. Destinam-se a
todas as pessoas com deficiências ou incapacidade, permanente
ou temporária.
A (ANEA) passou a disponibilizar aos seus sócios consultas ao
domicílio de terapia ocupacional, bem como sessões de formação
a preços especiais, através da parceria estabelecida com o
Projecto «Eu Consigo».
Os sócios poderão assim beneficiar da intervenção de um
terapeuta ocupacional como complemento ao trabalho
desenvolvido pela equipa de reabilitação da ANEA
nomeadamente, treino das atividades da vida diária, avaliação e
adaptação do domicílio, aconselhamento de ajudas técnicas e
apoio a cuidadores.
WORKSHOP EU CONSIGO
“PROTEÇÃO ARTICULAR E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA”
A Terapia Ocupacional estuda a atividade humana e utiliza-a como
recurso terapêutico para prevenir e tratar dificuldades físicas e/ou
psicossociais que interfiram no desenvolvimento e na
independência do cliente em relação às atividades de vida diária,
trabalho e lazer. Orienta a participação do indivíduo em
atividades seleccionadas para restaurar, fortalecer e desenvolver
a capacidade, facilitar a aprendizagem daquelas habilidades e
funções essenciais para a adaptação e produtividade, diminuir ou
corrigir patologias e promover e manter a saúde (OMS).
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(Continua na pagina seguinte)
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE
WORKSHOP EU CONSIGO
As primeiras sessões de formação realizaram-se nos dias 2 e 7 de
Dezembro nas instalações da ANEA. Estas sessões tiveram como
objetivo discutir estratégias de proteção articular e conservação
de energia que devem ser adotadas por todos e, em particular,
por aqueles que sofrem de espondilite anquilosante,
nomeadamente, aplicações na gestão doméstica, como evitar a
pega fina, dicas para limpar, cozinhar, tratar da roupa, estratégias
de planeamento e organização e produtos de apoio/ajudas
técnicas.
CONSELHO PARA PESSOAS COM E.A.
CONDUZIR AUTOMÓVEL
A segurança automóvel tem vindo a aumentar nos últimos anos;
todavia, os sistemas de segurança são desenvolvidos para
indivíduos saudáveis. As pessoas sofrendo de espondilite
anquilosante, em grau moderado a grave, apresentam problemas
especiais.
A acentuada rigidez e o exagero da curvatura da coluna (ao nível
do tronco) associadas à diminuição da mobilidade e da resistência
do pescoço, não têm sido levados em conta no desenvolvimento
dos automóveis.
A Federação Internacional da Espondilite Anquilosante (ASIF) e a
Associação Nacional dos Espondiliticos do Reino Unido (NASS)
facultaram (em 2002) aos seus membros um guia de orientações
sobre a segurança na utilização do automóvel, que foi divulgado
pela ANEA. Nas pessoas que sofrem de espondilite anquilosante
(EA), há que ter sempre em conta o aumento de risco de fratura.
CONSELHO PARA PESSOAS COM E.A.
Em acidentes de trânsito, a possibilidade de fratura é ainda mais
provável se a coluna, além de rígida, estiver encurvada e o
indivíduo seguir mal sentado num assento de origem, não
adaptado à sua configuração de corpo. Como, felizmente, as
fracturas de padrão espondilitico são pouco frequentes, acontece
que nem sempre o pessoal socorrista e os profissionais
paramédicos têm experiência destes casos.
Reconhecendo isso e prevendo a hipótese de a pessoa
espondilítica não ficar em condições de poder alertar para as
particularidades da sua condição e limitação de movimentação,
exames e tratamentos adequados à sua condição, justifica-se que
traga consigo um CARTÃO que exiba bem o diagnóstico de
ESPONDILITE ANQUILOSANTE, bem como do estado morfológico
e funcional em que se encontra a coluna. A ANEA distribui aos
seus membros um cartão que dá resposta a esta questão.
Espelhos especiais
Na estrada é importante ver e ser visto. Se os movimentos do
pescoço estão muito limitados, devem ser utilizados espelhos de
diferentes tipos.
O retrovisor interior deve ser grande e convexo, e a viatura deve
dispor de retrovisores exteriores nos dois lados.
Alguns casos de EA podem evoluir de modo a causar dificuldades
de decisão nos cruzamentos e entroncamentos.
Para resolver esse problema devem montar-se, na parte mais
anterior do “capot”, dois espelhos suplementares dispostos de
modo a fazer um anglo reto entre si.
Luz suplementar de travagem
Dispor de uma luz suplementar de travagem montada na parte
superior da traseira da viatura pode prevenir ser colidido de
traseira por desatenção do condutor que nos segue.
(Continua na pagina seguinte)
17
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CONSELHO PARA PESSOAS COM E.A.
Conserve o pé no pedal do travão, de modo a manter acesas as
luzes de travagem.
Mantenha-se sempre afastado do carro que segue à sua frente.
No mínimo, deve conservar um espaço correspondente ao que o
seu carro percorre durante três segundos, à velocidade com que
circula.
Golpe de chicote cervical nas pessoas
Este golpe por colisão posterior provoca, em indivíduos não
espondiliticos, um imediato encurvamento para trás do pescoço a
que logo se segue uma acentuada flexão para a frente.
Em caso de portadores de espondilite com lesões cervicais
avançadas, o pescoço não consegue mover-se como um chicote e
a força da desaceleração da cabeça não é distribuída por toda a
cadeia vertebral da região.
O cinto de segurança de três pontos de apoio reduz o movimento
em salto e, desse modo, impede que a cabeça e o pescoço
atinjam o rebordo do encosto de cabeça – se ele estiver
suficientemente elevado.
O cinto deve estar bem aplicado. Coloque o cinto de modo a que
a faixa horizontal fique sobre a sua bacia e não sobre o abdómen.
Regule a banda obliqua sobre o ombro, ajuste-a de modo a passar
a meia distância entre o ombro e o pescoço.
Nunca coloque o cinto por baixo do braço porque, em caso de
embate isso pode causar-lhe lesões torácicas e do estômago. O
cinto deve permanecer tão junto ao corpo quanto possível.
O assento do carro e o encosto da cabeça
Uma boa compatibilidade entre os dois é de primordial
importância.
Se no seu carro o encosto de cabeça e o encosto do dorso foram
concebidos como um sistema unitário, certifique-se do seguinte:
-Que o limite superior do encosto de cabeça se encontra, pelo
menos a 7cm acima da horizontal dos seus olhos;
-Que a distância entre o seu crânio e o encosto se situa entre 0cm
e 3cm;
-Se foi necessário utilizar uma almofada extra, esta está
configurada de acordo com os eu corpo e apresenta
sensivelmente a mesma elasticidade que o resto do assento/
encosto de cabeça.
Se pelo contrário, é de modelo ajustável, então, certifique-se do
seguinte:
-O mesmo do referido acima;
-Se é necessário substituir as hastes de fixação para ajustar a
altura do encosto de cabeça à estatura do utilizador do banco;
-Que é possível bloquear o sistema de regulação na altura
escolhida.
Verifique, ainda, o espelho retrovisor.
Se tiver possibilidade de se aperceber, com tempo, que vai ser
embatido de traseira, deve fazer o seguinte:
-Olhe diretamente para a frente;
-Empurre-se para trás com a cabeça contra o encosto de cabeça.
Airbags
O airbag representa um bom acréscimo de segurança desde que
utilize sempre o cinto de segurança. Se é de estatura muito baixa
ou o seu corpo está muito encurvado, torna-se imprescindível dar
atenção à distância que o separa do arco do volante A grande
maioria das pessoas com espondilite anquilosante devem ter um
carro que disponha de airbag, para terem melhor defesa em caso
de embate frontal ou quase frontal.
Excertos da edição “Conduzir automóvel com espondilite
anquilosante” Autor Jon Eriendsson
(Tradução e Adaptação: Dr. Filipe G. Rocha/ANEA)
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SUBSÍDIOS E DONATIVOS
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NOTA:
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torna-se necessário indicar o n.º de sócio a que diz respeito a
transferência, para posterior identificação e respetiva faturação.
POR CHEQUE OU VALE POSTAL
À ordem da ANEA para a seguinte morada:
Rua de Platão, 147
Zambujal
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VISEU
NA SEDE
Das 9h30h às 13h e das 14h às 18h
De segunda a sexta-feira
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Fisiatria
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Reumatologia
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Gabinete de Psicologia
Dra. Filomena Nobre
Acupunctura
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Termas Sulfurosas de Alcafache
Termas das Caldas de Sangemil
Termas das Caldas da Saúde
Termas de Monção
Termas de Monte Real
Termas de S. Pedro do Sul
CLÍNICAS
(Cacem) Ferma – Clínica Médica e Dentária
(Faro) Clínica Oftalmológica das Figuras Dr. José Ludovico
(Parede) Centro Médico e Dentário Dra. Filomena Pais
(Porto) Clínica Dr. Falcão Coutinho
(Viseu) Clínica Médica Dentária Dr. Armando Santos Oliveira
(Viseu) J. Estrada – Clínica Oftalmológica, Lda.
(Viseu) Clínica Dias Arede, Lda. Oftalmologia
(Viseu) Clínica Fisiátrica Viseense, Lda.
(Viseu) Reumatologia Dr. Armando Malcata (232450281)
APOIO DOMICILIÁRIO
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ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE
NOTÍCIAS DOS NÚCLEOS
NÚCLEO REGIONAL DO PORTO
O programa Sociedade Cível da RT2 uma vez mais endereçou o
convite a este Núcleo para participar na gravação dos programas
com emissão nos dias 3 e 7 de Janeiro de 2014 pelas 16,30horas.
O Dr. Sardoeira Pinto deu voz á ANEA, tendo abordado diversos
temas da atualidade.
Referenciou o estudo desenvolvido pelos estudantes de
Fisioterapia, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto
sobre o tema “programa de exercícios para casa” orientado para
portadores de Espondilite Anquilosante.
O coordenador do Núcleo deu a conhecer que irão desenvolver
um projecto de investigação que pretende realizar um estudo
experimental com o objectivo de comparar a eficácia de um
programa de exercícios home based (casa) versus group based
(em grupo) em indivíduos com Espondilite Anquilosante, através
da avaliação de alguns parâmetros funcionais e bioquímicos tendo
a “primeira pedra” de tal estudo sido lançada num workshop no
passado dia 14 de Novembro na ESTSP.
HUMOR ANQUILOSANTE
ANEA
Associação Nacional da Espondilite Anquilosante
CENTRO
CENTRONACIONAL
NACIONAL
I S SI S
NSN
BOLETIM INFORMATIVO
N.º 99 OUTUBRO/DEZEMBRO 2013
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Este número teve o apoio do INR:IP
PORTUGAL
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ISSN:0874-0100
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