ANEA R BOLETIM INFORMATIVO N.º 99 OUTUBRO/DEZEMBRO 2013 Publicação Trimestral Distribuição gratuita Diretor: Justino Romão ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE ANEA BOLETIM INFORMATIVO N.º 99 “Defender o espondilítico no interesse de todos” “Gerir uma interajuda disponível” FICHA TÉCNICA: N.º de Registo: 112302; Associação Nacional de Espondilite Anquilosante / Boletim Informativo; Propriedade: Associação Nacional da Espondilite Anquilosante (ANEA) N.º de Pessoa Coletiva: 501 830 995 Diretor: Justino Mendes dos Santos Romão (Presidente da ANEA) Editor: Direção da ANEA TODA A COLABORAÇÃO PUBLICADA É DA RESPONSABILIDADE DOS SEUS AUTORES Domicílios, Sede do Editor e Redação: Rua do Platão N.º 147 – ZAMBUJAL • 2785-698 SÃO DOMINGOS DE RANA Apartado 69 • 2646-901 ALCABIDECHE Telefone 214 549 200 FAX 214 549 208 E-mail: [email protected] • Internet (URL): http://www.anea.org.pt Tiragem: 3.500 exemplares Distribuição: Gratuita MEMBRO FUNDADOR DA ANKYLOSING SPONDYLITIS INTERNATIONAL FEDERATION “ASIF” ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE ÍNDICE NESTE NÚMERO EDITORIAL SAÚDE EM NOTICIAS ENCONTRO NACIONAL (artigo de opinião) CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA (aprovação de contas) ATIVIDADES DA DIREÇÃO SAÚDE EM NOTICIAS WORKSHOP EU CONSIGO CONSELHO PARA PESSOAS COM E.A. SUBSIDIOS E DONATIVOS COMO POSSO PAGAR AS MINHAS QUOTAS INFORMAÇÕES ÚTEIS MORADAS DOS NÚCLEOS NOTICIAS DOS NÚCLEOS 4 5a8 8 9 9 a 11 12 a 16 16, 17 17, 18 19 19 20 21, 22 23 3 ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE EDITORIAL Caros Associados e Amigos Desejo expressar, neste início do ano 2014, os meus Votos de um Bom Ano a todos os associados e amigos. A situação financeira da nossa Associação tem-se degradado, o que estará patente na estimativa de resultados para o ano de 2013 e orçamento de 2014 que está disponível para consulta e será objecto de discussão na próxima assembleia geral de 1 de Fevereiro de 2014. Esta degradação está relacionada, essencialmente, do lado da despesa, pelo agravamento dos custos energéticos, um elemento essencial na estrutura de custos da unidade de cuidados de saúde da Associação, e do lado da receita, pela redução dos apoios recebidos, donativos e comparticipações e mesmo o desaparecimento dos apoios da Direcção Geral de Saúde a projectos das Associações de doentes. Impõe-se uma maior participação dos Associados na procura de soluções que permitam manter a atividade da Associação, incito por isso os Associados a uma participação ativa na próxima assembleia geral de 1 de Fevereiro. O encontro anual de associados e seus familiares, teve a sua realização agendada para Braga no passado mês de Novembro, porém teve que ser cancelado, já que os apoios financeiros não foram suficientes para a sua concretização. Sempre entendi que, num evento desta natureza, não se pode repercutir nos associados participantes o custo efectivo do encontro, porque isso apontaria para um custo de inscrição que conduziria ao afastamento de muitos de nós. 4 O custo de inscrição tem que existir, mas tem que ser razoável, e o custo efectivo do evento aponta sempre para valores muito superiores aos valores das inscrições, o que tem sido possível por haver, em anos anteriores, participações de outras entidades no financiamento do evento. O encontro sempre foi um convívio participado e inclusivo, não podemos aceitar que o seu custo o torne inacessível. E, na ausência de fundos que permitissem fixar o valor da inscrição num custo acessível a todos, a direcção tomou a difícil decisão de adiar a sua realização, estando agora previsto que se concretize em conjunto com as comemorações do dia mundial da AE, em Maio próximo. Queria exprimir o meu agradecimento, e o da Direcção, aos associados e responsáveis do Núcleo de Braga, que tanta dedicação e trabalho tiveram para a preparação do encontro nacional, antes de o mesmo ser cancelado. Espero a sua compreensão para a inevitabilidade da decisão tomada, face à escassez de recursos. Renovo o convite aos associados para a participação na próxima assembleia geral. A associação só faz sentido com os associados e para o benefício dos associados. Justino Romão ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE SAÚDE EM NOTÍCIAS OS 10 PIORES ALIMENTOS PARA O CORPO HUMANO 10º Gelados/Sorvetes Apesar de existirem versões mais saudáveis que os tradicionais gelados industrializados, a nutricionista “Michelle Schoffro Cook” adverte que esse alimento geralmente tem altos níveis de açúcar e gorduras trans, além de corantes e de intensificadores de sabor artificiais, muitos dos quais possuem neurotoxinas – substâncias químicas que podem causar danos no cérebro e no sistema nervoso. 9º Tiras de Milho De acordo com Michelle, desde o surgimento dos alimentos transgénicos, a maior parte do milho que comemos é um “Frankenfood”, ou “comida Frankenstein”. Ela diz que esse alimento pode causar flutuação dos níveis de açúcar no sangue, levando a mudanças no humor, ganho de peso e irritabilidade, entre outros sintomas. Além disso, a maior parte dos salgadinhos são fritos em óleos saturados, que estão ligados a processos inflamatórios. 8º Pizas A nutricionista, destaca que nem todas as pizas são nocivas para a saúde. A maioria das pré congeladas têm condicionadores de massa artificiais e conservantes. Sendo feitas com farinha branca, essas pizas são absorvidas pelo organismo e transformadas em açúcar puro, causando aumento de peso e desequilíbrio dos níveis de glicose no sangue. 7º Batata Frita Contêm não apenas gorduras trans, que já foram relacionadas com uma longa lista de doenças, mas também uma das mais potentes substâncias cancerígenas presentes em alimentos: a acrilamida, que é formada quando batatas brancas são aquecidas em altas temperaturas. Além disso, a maioria dos óleos utilizados para fritar as batatas tornam-se rançosos na presença do oxigénio ou em altas temperaturas, gerando substâncias que podem causar inflamações no corpo. 6º Snacks de Batata Frita Além de causarem todos os danos das batatas fritas comuns e não trazerem nenhum benefício nutricional, esses snacks contêm níveis mais altos de acrilamida. 5º Bacon Segundo a nutricionista, o consumo diário de carnes processadas, como bacon, pode aumentar o risco de doenças cardíacas em 42% e de diabetes em 19%. Um estudo da Universidade da Colômbia, nos Estados Unidos, descobriu ainda que comer 14 porções de bacon por mês pode danificar a função pulmonar e aumentar o risco de doenças ligadas ao órgão. 4º Cachorros Quentes Um estudo da Universidade do Havai, nos EUA, mostrou que o consumo de cachorros e outras carnes processadas aumenta o risco de cancro do pâncreas em 67%. Um ingrediente encontrado no cachorro/bacon é o nitrito de sódio, é uma substância cancerígena ligada a doenças como a leucemia em crianças e tumores cerebrais em bebés. Outros estudos apontam que a substância pode desencadear cancro colo retal. (Continua na página seguinte) 5 ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE SAÚDE EM NOTÍCIAS 3º Donuts (Rosquinhas) Entre 35% e 40% da composição dos donuts é de gorduras trans, “o pior tipo de gordura que se pode ingerir”, alerta a nutricionista. Essas substâncias estão relacionadas a doenças cardíacas e cerebrais, além do cancro. Para completar, esses alimentos são repletos de açúcar, condicionadores de massas artificiais e aditivos alimentares, contêm, em média, 300 calorias cada 2º Refrigerantes De acordo com uma pesquisa do Dr. Joseph Mercola, uma lata de refrigerante possui em média 10 colheres de chá de açúcar, 150 calorias, entre 30 e 55 mg de cafeína, além de estar repleta de corantes artificiais e sulfitos. “Só isso devia fazer-nos pensar sobre o consumo de refrigerantes”, diz a nutricionista. Além disso, essa bebida é extremamente ácida, sendo necessários 30 copos de água para neutralizar essa acidez, que pode ser muito perigosa para os rins. Os ossos funcionam como uma reserva de minerais, como o cálcio, que são despejados no sangue para ajudar a neutralizar a acidez causada pelo refrigerante, enfraquecendo os ossos e podendo levar a doenças como osteoporose, obesidade, cáries e doenças cardíacas. Existe ainda a questão dos refrigerantes como Coca Cola e Pepsi que utilizam o corante 4-metil-imidazol (4-MI), produto presente no corante Caramelo IV e classificado como cancerígeno nos Estados Unidos. A Coca Cola comercializada no Brasil contém a maior concentração desta substância no mundo! 6 1º Refrigerantes Diet “É a minha escolha para o pior alimento de todos os tempos”, diz Michelle Segundo a nutricionista, além de possuir todos os problemas dos refrigerantes tradicionais, as versões diet contêm aspartame, que agora é chamado de AminoSweet. De acordo com uma pesquisa de Lynne Melcombe, essa substância está relacionada a uma lista de doenças, como ataques de ansiedade, compulsão alimentar e por açúcar, defeitos de nascimento, cegueira, tumores cerebrais, dor torácica, depressão, tonturas, epilepsia, fadiga, dores de cabeça e enxaquecas, perda auditiva, palpitações cardíacas, hiperactividade, insónia, dor nas articulações, dificuldade de aprendizagem, TPM, cãibras musculares, problemas reprodutivos e até mesmo a morte. “Os efeitos do aspartame podem ser confundidos com a doença de Alzheimer, síndrome de fadiga crónica, epilepsia, vírus de EpsteinBarr, doença de Huntington, hipotireoidismo, doença de Lou Gehrig, síndrome de Lyme, pólio. É por isso que eu dou ao refrigerante diet o prémio de pior alimento de todos os tempos”, conclui. No Brasil, para piorar, o mais prevalente em bebidas Zero é o ciclamato de sódio, que é ainda pior que o aspartame, sendo proibido em diversos países, incluindo os EUA. Diversos estudos demonstraram que o ciclamato de sódio seria cancerígeno. A Coca Zero também foi proibida na Venezuela por conter níveis muito altos de Ciclamato. http://saude.sapo.pt/galerias/peso-nutricao/os-10-piores-alimentos-para-asaude.html#4 “ Sapo Saúde” ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE SAÚDE EM NOTÍCIAS TABACO As mulheres são mais sensíveis ao tabaco e porque aumentou o número de fumadoras os casos de cancro do pulmão também vão subir, alerta o coordenador do Programa Nacional de Doenças Oncológicas. Nuno Miranda diz também que se nos homens se espera que a mortalidade e ocorrência de cancro do pulmão se mantenha estável nas mulheres "é uma ilusão" pensar que não vai haver uma subida, pelo que é preciso "tomar medidas". Numa altura em que se assinala o Dia do Não Fumador (tradicionalmente a 17 de Novembro) em Portugal as notícias não são tão más, dando conta de que há uma tendência para aumentar as pessoas que deixam de fumar, centrada especialmente nos homens, embora tenha aumentado o número de mulheres fumadoras e também o número de jovens. É verdade que há um grupo de jovens (15 a 19 anos) com uma elevada taxa de prevalência (rondando os 30 por cento) mas a taxa nacional global está abaixo dos 20 por cento, pelo que diz o Governo, "uma estrondosa maioria dos portugueses não fuma". No próximo ano será publicada nova legislação, mais restritiva mas que deixa de parte propostas como a proibição de fumar dentro de viaturas particulares quando transportando crianças, ou de fumar perto de restaurantes ou parques infantis, porque "há que ter bom senso", como disse o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa. Se os dados indicam que em Portugal se fuma menos do que na média da União Europeia, é também verdade que há estudos que falam que a partir dos 13 anos um terço dos jovens indicou ter fumado nos últimos 30 dias, segundo números citados pela diretora do Programa Nacional de Prevenção do Tabagismo, Emília Nunes. Olhando para gráficos da última década há em termos gerais uma diminuição de consumo mas entre 2006 e 2011 o consumo de tabaco aumentou entre os jovens. Em declarações à Lusa, Emília Nunes pede no entanto cautela com as estatísticas, porque são diferentes consoante as variáveis utilizadas. José Calheiros, do Instituto Ricardo Jorge, também pede "cuidado" com as taxas sobre o consumo de tabaco e prefere salientar as "tendências": nos homens há uma diminuição de fumadores e o número de mulheres que fumam é idêntico ao dos homens (tradicionalmente era menor). Ana Maria Figueiredo, coordenadora da comissão do tabagismo na Sociedade Portuguesa de Pneumologia, acrescenta, em declarações à Lusa: "o grande problema é a prevenção, porque há muitos jovens a começar a fumar, embora não hajam dados concretos". Para a responsável "a única hipótese são campanhas de prevenção maciças", porque a idade média de início do hábito é os 14-15 anos e têm de haver campanhas governamentais. E não são nunca ataques aos fumadores mas sim protecção aos não fumadores, a esmagadora maioria, diz a especialista. Nuno Miranda acrescenta, o tabaco não pode ser visto como um elemento de moda ou de afirmação social mas considerado aquilo que ele é, uma toxicodependência. (Continua na página Seguinte) 7 ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE SAÚDE EM NOTÍCIAS Na conferência internacional sobre prevenção do tabagismo, que decorreu em Lisboa, o responsável deixou avisos sérios: vai haver um aumento significativo da mortalidade nas mulheres; o peso do cancro no sistema de saúde é crescente e significativo; 11,6% dos internamentos hospitalares são devidos a doenças oncológicas; nos próximos anos a história do cancro do pulmão é assustadora; 87% das mortes por cancro de pulmão são provocadas por tabaco. Segundo a OMS morrem por dia 10 mil pessoas devido ao tabaco. São 416 por hora, o que equivale a dizer que no tempo que se levou a ler este texto (dois minutos) morreram 14 pessoas por causa do tabaco. E Portugal tem as suas culpas. No seminário Nuno Miranda contou aos congressistas que na segunda metade do século XVI veio a Portugal o embaixador francês Jean Nicot, para negociar o casamento de D. Sebastião. As negociações falharam mas Jean Nicot conheceu o historiador Damião de Góis, que lhe apresentou o tabaco. Fascinado, convencido de que tinha propriedades curativas, Nicot enviou-o à rainha Catarina de Médici. Mais de 450 anos depois é objectivo do Governo português, a médio prazo, reduzir em dois por cento o uso do tabaco a partir dos 15 anos. “Transcrição de artigo divulgado em:” http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=92640 Não Deixe que ele a reduza a cinzas 8 ENCONTRO NACIONAL (Artigo de opinião) Este ano o tradicional Encontro de familiares e amigos com Espondilite Anquilosante não se realizou, com muita pena minha e de muitos (penso eu!). Este evento tornou-se mais do que um simples encontro entre profissionais de saúde e doentes com espondilite anquilosante. Já me habituei a marcar na minha agenda este momento, como sendo uma ocasião de convívio, partilha e de reencontro com amigos de todo o país, que lamentavelmente sofrem do mesmo mal. Por esse motivo não me parece normal, nem desejável que tal volte a acontecer. É bom lembrar que partilhar as nossas dores e “sofrer juntos”, ajuda a caminhar de cabeça erguida… Afigura-se essencial refletir a forma como estes encontros se vão realizar de futuro. A conjuntura actual não nos permite entrar em grandes folias e gastos, o que nos obriga a repensar o modelo de encontro que queremos concretizar. Partindo do princípio que a parte científica e o convívio entre espondilíticos são os momentos fundamentais de um encontro, podemos permitir que o dinheiro limite a aproximação entre as pessoas e que se ponha de lado a realização de um evento tão fundamental para pessoas com esta doença reumática, apenas por questões financeiras? Penso que deve haver um certo bom senso e respeito por quem organiza tais eventos. E porque não acabar com a ostentação na realização de “banquetes” e promover a amizade através de lanches partilhados, bufetes com preços razoáveis, em que todos os sócios possam participar e tirar partido do calor humano e do carinho emanado em tais eventos. Por fim, seria primordial saber para quem são organizados estes eventos e, só assim, encontraremos caminhos alternativos para o sucesso de futuros encontros. Jorge Matos (sócio 1366 N.R. Braga coordenador da delegação de Barcelos) ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE CONVOCATÓRIA ANEA – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ESPONDILITE ANQUILOSANTE CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Convoco as Senhoras e Senhores Associados para reunirem em Assembleia geral ordinária, na sede da Associação , sita na Rua de Platão, 147, Zambujal, São Domingos de Rana no dia 1 de Fevereiro de 2014, pelas 14H00, para discutir e deliberar, nos termos do disposto na alínea c) do nº 2 do artigo 29º dos Estatutos, sobre a seguinte Ordem do dia: Ponto 1: Discussão, apreciação e decisão sobre o Orçamento, o Programa de acção e o Plano de investimentos para o ano 2014 ATIVIDADES DA DIREÇÃO XVI FÓRUM DE APOIO AO DOENTE REUMÁTICO A Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas (LPCDR). Realizou nos dias 25 e 26 de Outubro, o XVI Fórum de Apoio ao Doente Reumático. A ANEA foi convidada a participar, colocámos uma banca com informação variada sobre a EA e a ANEA. O presidente Justino Romão, incorporou uma das mesas, como moderador, com o tema «Manter o trabalho – como?» O programa deste ano teve como motivo : “Doenças Reumáticas de volta à normalidade”. Este Fórum contou com a participação multidisciplinar de especialistas e destina-se a doentes e seus familiares, a médicos e outros profissionais de saúde e ao público em geral, que se interesse por esta temática, realizando-se anualmente, em Outubro. “Consultar” (www.lpcdr.org.pt/) O Presidente da Mesa da Assembleia Geral XXI JORNADAS INTERNACIONAIS DO IPR As XXI Jornadas Internacionais do Instituto Português de Reumatologia decorreram em Lisboa, nos dias 28 e 29 de Novembro, a ANEA foi convidada a participar neste evento, com um stand para divulgação e informação sobre a EA, a representação da associação esteve a cargo do presidente Justino Romão. Este congresso, já com peso e tradição reconhecido no seio da comunidade médica, instituições, indústria farmacêutica e participantes individuais, prima em abordar temas e novidades científicas relevantes para formação médica e outros interessados, relacionados com as doenças reumáticas. Presidiu às jornadas o Dr. José Vaz Patto. De entre os temas abordados, destacamos alguns que poderão ser do maior interesse para os nossos associados: Jaime Antunes (Continua na página seguinte) Ponto 2: Discussão sobre medidas a tomar para assegurar maior eficácia na gestão da Associação. A Assembleia Geral reunirá à hora marcada se estiver presente mais de metade dos associados com direito a voto, ou uma hora depois com qualquer número de associados presentes. Convidam-se todos os associados a comparecer, porquanto a nossa Associação, nos momentos difíceis que vive a sociedade Portuguesa, e que a afectam, carece do contributo de todos os Associados. A Assembleia Geral é constituída por todos os associados presentes ou representados, admitidos há pelo menos seis meses, que tenham as suas quotas em dia e não se encontrem suspensos. S. Domingos de Rana, 26 de Dezembro de 2013 9 ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE ATIVIDADES DA DIREÇÃO - Substâncias de Abuso e Doenças Reumáticas (Dra. Helena Madeira, Dra. Susana Fernandes) - Importância da Saúde Oral em Reumatologia (Dr. João Amaral, Dr. António Mata) - Reactivação Viral em Doente com Terapêutica Imunossupressora ( Dra. Inês Gonçalves, Dra. Manuela Parente) - O Doente certo no momento certo para a Artroplastia Total (Dr. Paulo Felicíssimo) «ler artigo páginas 14/15/16» Foi discutido o tema «Biotecnológicos - O tempo é crucial», tendo havido comunicações sobre - O Tempo de Iniciar (Dra. Cláudia Miguel, Dra. Helena Santos) - O Tempo de Manter ou Parar (Dra. Helena Canhão) - O Tempo de Mudar (Dra. Maria José Santos) Foram ainda debatidos temas relativos aos «medicamentos biológicos ou biotecnológicos - revisão histórica para preparar o futuro» (Dr. Juan Esplugues Mota ) e «Bissimilares e genéricos» (Dra. Cândida Silva). Alguns dos temas apresentados podem ser consultados, no jornal das XXI jornadas Internacionais do Instituto Português de Reumatologia, disponível na sede da ANEA. INOVAR SAÚDE Decorreu no dia 11 de Dezembro de 2013, no Centro Cultural de Belém, um seminário sob o tema «pensar a saúde - promover e disponibilizar inovação aos cidadãos», numa iniciativa da Escola Nacional de Saúde Pública e da UNL (Universidade Nova de Lisboa). A ANEA foi convidada para este evento, tendo sido representada pelo presidente, Justino Romão. O programa, participantes e sumário de conclusões estão disponíveis em http://www.inovarnasaude.pt/ 10 FIT FOR WORK PORTUGAL – PORTUGAL APTO.PT Decorreu no dia 13 de Dezembro, no Palácio Foz, em Lisboa, o evento "Fit for Work Portugal – Portugal Apto.PT», a apresentação esteve a cargo do Dr. Augusto Faustino e Dr. Luís Cunha Miranda. A ANEA foi convidada para este acontecimento, fazendo-se representar pelo Presidente, Justino Romão. O Fit for Work Europe (FfW) é uma organização internacional destinada a comunicar sobre o impacto das doenças reumáticas no trabalho e a promover uma mudança de conceito e ações no sentido de limitar os seus embates negativos, deixando de ser consideradas como uma condição invalidante e passando a ser vista como doenças crónicas passíveis de controlo e de restituição de funcionalidade. A mudança de mentalidade deve promover a abordagem da capacitação do doente portador de doenças reumáticas e músculo esqueléticas e não da sua incapacidade. Portanto, uma abordagem pela positiva: o que o doente pode fazer e não pela negativa: o que o doente não pode fazer. Transcrevemos de seguida parte substancial da comunicação apresentada, que muito bem caracteriza a ação da FfW em Portugal: «Em Portugal, foi criada uma estrutura local e que os responsáveis designaram de Portugal Apto.PT – Portugal Apto para o Trabalho, cuja missão será avaliar a realidade portuguesa e definir os vectores fundamentais de intervenção para a modificar. O lema da campanha em Portugal (Portugal Apto.PT – Portugal Apto para o Trabalho - Produtividade, Empregabilidade e Saúde Social) representa os conceitos fortes associados ao FfW – (Continua na pagina seguinte) ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE ATIVIDADES DA DIREÇÃO relevância nas acções que permitam ao indivíduo doente manter o seu trabalho, efetuadas as necessárias adequações e enquadramentos à sua doença, permitindo com isso uma quantidade e qualidade de trabalho que se constituam em fatores positivos para a sua doença, para a sua condição económica e social, e consequentemente numa mais valia positiva para toda a sociedade. "O trabalho é bom para a saúde" é uma ideia forte desta campanha! É imperioso demonstrar que a manutenção do trabalho é um bem essencial para o doente reumático, mas que para o conseguir de forma efetiva e sem que este se constitua numa agressão suplementar para o indivíduo doente, muito se terá de fazer para modificar a atual realidade do enquadramento profissional e laboral das doenças reumáticas em Portugal. Doentes aptos para o trabalho Sabemos hoje que um diagnóstico precoce e uma imediata instituição das mais adequadas medidas terapêuticas permite mudar radicalmente a evolução destas doenças, e consequentemente, reduzir ou impedir os seus impactos mais determinantes – dor, incapacidade e custos económicos e sociais. Para tal, muitas barreiras se terão de derrubar – o desconhecimento das doenças reumáticas a nível da população em geral, as dificuldades de identificação das mesmas e de referenciação dos doentes reumáticos ao especialista mais habilitado e mais rentável para gerir estas patologias (o reumatologista), a possibilidade de optar em cada doente pelas mais adequadas e inovadoras opções terapêuticas, o apoio e a diferenciação positiva (económica, social e profissional) destes doentes, em todas as fases de evolução da sua doença. É porém a nível do impacto no trabalho e na produtividade que as doenças reumáticas motivam que mais está por fazer, e onde muito se pode alterar e modificar positivamente no sentido de minorar esta dimensão negativa. É fundamental para isso que se mude o paradigma actual, que privilegia em cada momento a avaliação e a quantificação da incapacidade determinada pela doença reumática em cada fase evolutiva, implicando em função desta, e sem qualquer medida estabelecida para a minorar ou alterar, uma definição absoluta e por vezes irreversível de incapacidade temporária (baixa) ou permanente (reformas antecipadas). É fundamental mudar o foco da intervenção para a relevância de se manter o indivíduo apto para o trabalho, realçando as vantagens globais de tal intervenção, por mais difícil e complexa que a mesma se revele. Esta mudança de paradigma implicará um enorme esforço de colaboração e concertação entre numerosas entidades implicadas no trabalho: o indivíduo doente, a sua família, a estrutura médica assistente, os empregadores, as estruturas sindicais e o Estado. Nesta dimensão, é essencial que o Estado entenda que os benefícios desta intervenção irão impactar no Ministério da Saúde, mas também e de forma relevante, no Ministério do Trabalho e no Ministério da Segurança Social. Globalmente é essencial que todos os intervenientes neste processo se capacitem que uma intervenção que permita garantir mais trabalho e trabalho de melhor qualidade, constituir um ganho global para todos, muito em especial para o indivíduo doente, mas também para a sociedade, sendo possível modificar a realidade atual do impacto e custos destas doenças, inicialmente formuladas» 11 ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE SAÚDE EM NOTÍCIAS SÍNDROME DO OLHO SECO Quantos de nós já não nos queixámos de ardor e irritação constante nos olhos? O que a maioria da população não sabe é que estes sintomas podem ser fruto de uma doença ocular chamada olho seco. Tratase de um problema de Saúde que afeta cerca de 20% dos portugueses, segundo a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia. O olho seco consiste na produção insuficiente de lágrimas ou na má lubrificação do olho, causadas maioritariamente pelo uso sistemático da visão ao perto, devido aos computadores e aparelhos eletrónicos. Apesar de ser uma patologia crónica, o olho seco pode ser facilmente controlável através da utilização de lágrimas artificiais. Nesta edição do Saúde Notícias dedicamos uma reportagem a esta temática e descrevemos os cuidados que deverá manter para garantir uma boa saúde ocular. Quando as lágrimas são poucas A maioria da população continua sem saber que a irritação constante e secura dos olhos pode ser uma doença, o chamado olho seco. Um problema de saúde ocular que, apesar de crónico, pode facilmente ser controlável. Mais de 10% dos adultos portugueses apresentam queixas de dor ou desconforto ocular, na sequência do olho seco, segundo a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO). Um problema de saúde que nem sempre é do conhecimento da população e que se estima afetar 20% da população portuguesa. Um desses problemas é o olho seco. É uma situação em que não existe produção suficiente de lágrimas ou em que estas não têm a qualidade necessária para manter os olhos saudáveis. A má lubrificação do olho afeta as pálpebras, a película lacrimal, a conjuntiva e a córnea. 12 . Apesar de ser uma patologia crónica, pode controlar-se de uma forma tão simples, com o uso de lágrimas artificiais. Um problema de saúde ocular próprio de uma sociedade desenvolvida Paulo Torres, presidente da SPO explica ao Saúde Notícias que as principais causas estão no uso sistemático da visão ao perto, nomeadamente em computadores. Mas as causas também são o envelhecimento, fatores hormonais, tabagismo, alcoolismo, cirurgia do olho, abuso de lentes de contacto, toma de determinados fármacos, diabetes, hipertiroidismo, síndrome de Sjögren, pestanejar pouco, tumor na glândula lacrimal, falta de vitamina A, entre outros motivos. A importância das lágrimas artificiais A doença não impede a pessoa de ter uma visão saudável. Há fases de agudização, mas se forem tomados os devidos cuidados, é possível evitar o mal-estar frequente provocado pela sensação de ardor ocular, rubor, sensação de areia nos olhos, pouca tolerância às lentes de contacto e mal-estar ao fixar os olhos num ponto (ao ler, a trabalhar no computador, a conduzir, entre outras situações). Os tratamentos mais adequados são o uso de lágrimas artificiais, de preferência sem conservantes, para se evitar a irritação dos olhos, como salienta Paulo Torres. Este é mesmo o tratamento primário para o olho seco. As lágrimas artificiais estão disponíveis sem receita médica e oferecem o alívio de diferentes sintomas como prurido, irritação, ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE SAÚDE EM NOTÍCIAS sensação de areia nos olhos, ardor, vermelhidão, pálpebras pesadas, entre outros. Se utilizar lágrimas artificiais mais frequentemente do que a cada três horas, deverá escolher um produto sem conservantes e deve saber se pode usá-las com lentes de contacto. O mais importante é lembrar-se que o olho seco incomoda, mas pode ser uma doença controlável e, mesmo, prevenível. Repouso ocular Quando realizamos tarefas que exigem esforço visual ao perto, como a leitura ou a utilização de computadores e monitores, deveremos fazer intervalos regulares para que possa de novo haver um normal reflexo do pestanejo. Este está diminuído durante o estado de concentração aplicado à realização de tarefas de perto. A posição dos ecrãs do computador e da televisão deve ser corrigida de forma a evitar os reflexos. Os olhos devem estar num plano ligeiramente acima do centro do monitor do computador e a uma distância da televisão equivalente a cinco vezes a largura do ecrã. Óculos de sol Os olhos devem ser protegidos com óculos de sol durante todo o ano. As lentes não precisam de ser escuras, mas devem conter filtros para os raios UV. Quem usa óculos escuros mas sem filtros para raios UV está tão exposto aos efeitos nocivos da luz solar como quem não os usa. É importante lembrar que a luz solar está na origem de patologias graves como sejam a catarata e degenerescência macular ligada à idade. Cuidados que ajudam a ter uma boa saúde ocular Uma alimentação equilibrada aliada à prática de exercício físico contribuem para a saúde dos olhos. Isto porque doenças relacionadas com a alimentação e o estilo de vida, como a hipertensão e a diabetes tipo II, podem comprometer seriamente a saúde dos nossos olhos. A retinopatia diabética, por exemplo, continua a ser uma importante causa de cegueira em Portugal. Cuidados na infância Cerca de 20% das crianças em idade escolar têm algum défice da função visual capaz de interferir com o rendimento escolar. A deteção precoce dos problemas visuais das crianças através de rastreios deverá começar a partir dos 2/4 anos. (Continua na pagina seguinte) 13 ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE SAÚDE EM NOTÍCIAS Dores de cabeça, olhos vermelhos, inchados ou lacrimejantes, estrabismo e fotofobia (dificuldade em suportar a luz) são sintomas que não podem ser ignorados e devem levar os pais a procurar um oftalmologista. Hidratação ocular A síndrome vulgarmente chamada de “olho seco”, é uma patologia inflamatória que atinge 10-20% da população adulta. Desconforto ocular, ardor, sensação de corpo estranho e olho vermelho são alguns dos sintomas de alerta para esta e outras formas de inflamação ocular. O tratamento é sintomático, devendo ser utilizadas substâncias lubrificantes denominadas lágrimas artificiais. Proteção ocular na prática desportiva As lesões oculares que ocorrem durante alguns tipos de desporto podem ser graves e comprometer a qualidade da visão. Tem sido demonstrado que o uso de protetores oculares atualmente disponíveis reduz o risco de lesão ocular em, pelo menos, 90 por cento. Cuidados depois dos 40 Depois dos 40 anos os cuidados com a visão devem redobrar-se e a visita ao oftalmologista deve ser feita pelo menos de dois em dois anos, numa consulta que deve incluir observação do cristalino e da retina, medição da tensão ocular (caso seja elevada podemos estar perante um caso de glaucoma), e verificar se há necessidade de correção de ametropias (uso de óculos com graduação). 14 Cuidados redobrados com as lentes de contacto A SPO recomenda a quem usa lentes de contacto que cumpra de uma forma sistemática os cuidados de higiene aconselhados na manipulação e manutenção das mesmas. A SPO recomenda ainda evitar dormir com as lentes de contacto colocadas, evitar exposições ambientais agressivas e, caso surjam fenómenos de olho vermelho com desconforto associado, a sua imediata remoção. Em caso de dúvida consulte o seu oftalmologista. Os oftalmologistas são os especialistas médicos mais habilitados para diagnosticar e tratar as doenças dos olhos. Se notar alguma alteração na sua visão, procure um oftalmologista. Fonte: Revista Saúde Noticias Setembro de 2013; Reportagem de Maria João Garcia O DOENTE CERTO NO MOMENTO CERTO PARA A ARTROPLASTIA TOTAL Artigo da autoria do DR. Paulo Felicíssimo, para o Jornal das XXI Jornadas Internacionais do Instituto Português de Reumatologia, Director do Serviço de Ortopedia B, Hospital Fernando Fonseca. Presidente do Colégio de Ortopedia da OM. “Existe o doente ideal e um momento ideal para realizar a artroplastia total da anca? Numa visão simplista a minha resposta a esta questão é não. A artroplastia é uma cirurgia que deve ser encarada como uma terapêutica de curso para a resolução de um problema que não foi possível de resolução por uma terapêutica conservadora. (Continua na pagina seguinte) ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE SAÚDE EM NOTÍCIAS A artroplastia deve ainda ser encarada, não como uma cura mas antes uma substituição de um problema. Na realidade a aplicação da prótese condiciona o aparecimento de uma nova patologia que podemos designar por status pós artroplastia. Esta pode até permanecer assintomática (e é isso que procuramos) durante toda a vida do doente, mas não deixa de ser a substituição de um problema por outro. Esta visão pode parecer até um pouco negra mas não é uma visão negativa sobre as artroplastias, é apenas uma visão justa e desinserida de afetividade. Isto não significa que não considere a artroplastia da anca como a maior inovação cirúrgica do século XX na área do aparelho músculoesquelético. Fig. 1 Fig. 2 Candidato a artroplastia? Candidato a artroplastia? Olhando para o doente certo. Existe doente certo? Posso dizer que existem doentes em que é expectável que o resultado da aplicação da artroplastia seja melhor. Mas isso faz deles o doente ideal? E se isso fosse verdade o que fazer com os outros que necessitam de artroplastia e que não se enquadram neste contexto do “doente perfeito”? por esse motivo, mais do que o doente ideal eu prefiro falar em doente cujo sucesso de aplicação de artroplastia seja previsivelmente melhor. O sucesso da aplicação de uma artroplastia não depende exclusivamente das características do doente. Na realidade depende de uma tríade que inclui: O doente, o tipo de implante e a técnica cirúrgica. As características do doente ideal são naturalmente doentes com coxartrose não muito avançada, possuam (ainda) uma amplitude de movimentos razoável, mantenham uma boa musculatura, um bom capital ósseo, sem comorbilidades que possam não só desencadear complicações cirúrgicas mas também limitem a capacidade de recuperação do doente no pós-operatório. Quanto ao implante, será que existe um implante ideal? Também aqui a resposta é não. O implante ideal para um doente pode ser diferente do implante ideal para outro doente. Por isso podemos falar não em implante ideal mas sim no implante ideal para este doente. As opções passam em primeira análise em decidir se aplicamos uma prótese cimentada, não cimentada ou híbrida. Depois que tipo liga metálica, a maior parte das próteses (em especial as não cimentadas) em liga de titânio. Há ainda que decidir que superfícies articulares (pares articulares) usar. Os mais usados são o polietileno-metal, cerâmica-cerâmica também estão disponíveis. A qualidade da técnica cirúrgica é naturalmente de importância capital para o sucesso da artroplastia. Mas, voltando ao momento ideal. Existe um é o momento ideal? É frequente ouvirmos dizer “Quanto mais tarde melhor!”. Será isto correto? Eu corrigiria a frase para “Se possível quanto mais tarde melhor!”. A designação se possível prende-se com a qualidade ou melhor a falta de qualidade de vida que o doente possa ter. É frequente apontar a idade dos 65 anos para o “timing” ideal para a aplicação de uma prótese. Tal ideia prende-se acima de tudo com a expectativa de vida ou seja o momento a partir do qual, pelo menos do ponto de vista teórico talvez não haja necessidade de efetuar uma cirurgia de revisão da artroplastia. (Continua na pagina seguinte) 15 ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE SAÚDE EM NOTÍCIAS Mas será viável fazer esperar um doente jovem que se encontra em sofrimento e para o qual a solução é a artroplastia? Também aqui a minha resposta é não. Por isso na minha opinião não há um momento ideal mas sim o memento ideal para um determinado doente. A questão é que se pode colocar a seguir como se faz para encontrar o momento ideal para o nosso doente? Não existe um algoritmo de decisão que nos permita de uma forma fácil efetuar a escolha. Outra questão não menos importante e indissociável da anterior é, quem decide que se atingiu esse momento ideal? O reumatologista? O médico de família? O ortopedista?... ou o doente? A decisão deve ser sempre tomada pelo doente sob orientação dos médicos que o acompanham. A orientação é dada pelos médicos, deve ser baseada em quatro condições: a dor, a gravidade da lesão (RX), O compromisso funcional e as características do doente.” WORKSHOP EU CONSIGO Utiliza ajudas técnicas/produtos de apoio (incluindo dispositivos, equipamento, instrumentos, tecnologia e software) especialmente produzido e disponível, para prevenir, compensar, monitorizar, aliviar ou neutralizar qualquer impedimento, limitação da atividade e restrição na participação. Destinam-se a todas as pessoas com deficiências ou incapacidade, permanente ou temporária. A (ANEA) passou a disponibilizar aos seus sócios consultas ao domicílio de terapia ocupacional, bem como sessões de formação a preços especiais, através da parceria estabelecida com o Projecto «Eu Consigo». Os sócios poderão assim beneficiar da intervenção de um terapeuta ocupacional como complemento ao trabalho desenvolvido pela equipa de reabilitação da ANEA nomeadamente, treino das atividades da vida diária, avaliação e adaptação do domicílio, aconselhamento de ajudas técnicas e apoio a cuidadores. WORKSHOP EU CONSIGO “PROTEÇÃO ARTICULAR E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA” A Terapia Ocupacional estuda a atividade humana e utiliza-a como recurso terapêutico para prevenir e tratar dificuldades físicas e/ou psicossociais que interfiram no desenvolvimento e na independência do cliente em relação às atividades de vida diária, trabalho e lazer. Orienta a participação do indivíduo em atividades seleccionadas para restaurar, fortalecer e desenvolver a capacidade, facilitar a aprendizagem daquelas habilidades e funções essenciais para a adaptação e produtividade, diminuir ou corrigir patologias e promover e manter a saúde (OMS). 16 (Continua na pagina seguinte) ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE WORKSHOP EU CONSIGO As primeiras sessões de formação realizaram-se nos dias 2 e 7 de Dezembro nas instalações da ANEA. Estas sessões tiveram como objetivo discutir estratégias de proteção articular e conservação de energia que devem ser adotadas por todos e, em particular, por aqueles que sofrem de espondilite anquilosante, nomeadamente, aplicações na gestão doméstica, como evitar a pega fina, dicas para limpar, cozinhar, tratar da roupa, estratégias de planeamento e organização e produtos de apoio/ajudas técnicas. CONSELHO PARA PESSOAS COM E.A. CONDUZIR AUTOMÓVEL A segurança automóvel tem vindo a aumentar nos últimos anos; todavia, os sistemas de segurança são desenvolvidos para indivíduos saudáveis. As pessoas sofrendo de espondilite anquilosante, em grau moderado a grave, apresentam problemas especiais. A acentuada rigidez e o exagero da curvatura da coluna (ao nível do tronco) associadas à diminuição da mobilidade e da resistência do pescoço, não têm sido levados em conta no desenvolvimento dos automóveis. A Federação Internacional da Espondilite Anquilosante (ASIF) e a Associação Nacional dos Espondiliticos do Reino Unido (NASS) facultaram (em 2002) aos seus membros um guia de orientações sobre a segurança na utilização do automóvel, que foi divulgado pela ANEA. Nas pessoas que sofrem de espondilite anquilosante (EA), há que ter sempre em conta o aumento de risco de fratura. CONSELHO PARA PESSOAS COM E.A. Em acidentes de trânsito, a possibilidade de fratura é ainda mais provável se a coluna, além de rígida, estiver encurvada e o indivíduo seguir mal sentado num assento de origem, não adaptado à sua configuração de corpo. Como, felizmente, as fracturas de padrão espondilitico são pouco frequentes, acontece que nem sempre o pessoal socorrista e os profissionais paramédicos têm experiência destes casos. Reconhecendo isso e prevendo a hipótese de a pessoa espondilítica não ficar em condições de poder alertar para as particularidades da sua condição e limitação de movimentação, exames e tratamentos adequados à sua condição, justifica-se que traga consigo um CARTÃO que exiba bem o diagnóstico de ESPONDILITE ANQUILOSANTE, bem como do estado morfológico e funcional em que se encontra a coluna. A ANEA distribui aos seus membros um cartão que dá resposta a esta questão. Espelhos especiais Na estrada é importante ver e ser visto. Se os movimentos do pescoço estão muito limitados, devem ser utilizados espelhos de diferentes tipos. O retrovisor interior deve ser grande e convexo, e a viatura deve dispor de retrovisores exteriores nos dois lados. Alguns casos de EA podem evoluir de modo a causar dificuldades de decisão nos cruzamentos e entroncamentos. Para resolver esse problema devem montar-se, na parte mais anterior do “capot”, dois espelhos suplementares dispostos de modo a fazer um anglo reto entre si. Luz suplementar de travagem Dispor de uma luz suplementar de travagem montada na parte superior da traseira da viatura pode prevenir ser colidido de traseira por desatenção do condutor que nos segue. (Continua na pagina seguinte) 17 ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE CONSELHO PARA PESSOAS COM E.A. Conserve o pé no pedal do travão, de modo a manter acesas as luzes de travagem. Mantenha-se sempre afastado do carro que segue à sua frente. No mínimo, deve conservar um espaço correspondente ao que o seu carro percorre durante três segundos, à velocidade com que circula. Golpe de chicote cervical nas pessoas Este golpe por colisão posterior provoca, em indivíduos não espondiliticos, um imediato encurvamento para trás do pescoço a que logo se segue uma acentuada flexão para a frente. Em caso de portadores de espondilite com lesões cervicais avançadas, o pescoço não consegue mover-se como um chicote e a força da desaceleração da cabeça não é distribuída por toda a cadeia vertebral da região. O cinto de segurança de três pontos de apoio reduz o movimento em salto e, desse modo, impede que a cabeça e o pescoço atinjam o rebordo do encosto de cabeça – se ele estiver suficientemente elevado. O cinto deve estar bem aplicado. Coloque o cinto de modo a que a faixa horizontal fique sobre a sua bacia e não sobre o abdómen. Regule a banda obliqua sobre o ombro, ajuste-a de modo a passar a meia distância entre o ombro e o pescoço. Nunca coloque o cinto por baixo do braço porque, em caso de embate isso pode causar-lhe lesões torácicas e do estômago. O cinto deve permanecer tão junto ao corpo quanto possível. O assento do carro e o encosto da cabeça Uma boa compatibilidade entre os dois é de primordial importância. Se no seu carro o encosto de cabeça e o encosto do dorso foram concebidos como um sistema unitário, certifique-se do seguinte: -Que o limite superior do encosto de cabeça se encontra, pelo menos a 7cm acima da horizontal dos seus olhos; -Que a distância entre o seu crânio e o encosto se situa entre 0cm e 3cm; -Se foi necessário utilizar uma almofada extra, esta está configurada de acordo com os eu corpo e apresenta sensivelmente a mesma elasticidade que o resto do assento/ encosto de cabeça. Se pelo contrário, é de modelo ajustável, então, certifique-se do seguinte: -O mesmo do referido acima; -Se é necessário substituir as hastes de fixação para ajustar a altura do encosto de cabeça à estatura do utilizador do banco; -Que é possível bloquear o sistema de regulação na altura escolhida. Verifique, ainda, o espelho retrovisor. Se tiver possibilidade de se aperceber, com tempo, que vai ser embatido de traseira, deve fazer o seguinte: -Olhe diretamente para a frente; -Empurre-se para trás com a cabeça contra o encosto de cabeça. Airbags O airbag representa um bom acréscimo de segurança desde que utilize sempre o cinto de segurança. Se é de estatura muito baixa ou o seu corpo está muito encurvado, torna-se imprescindível dar atenção à distância que o separa do arco do volante A grande maioria das pessoas com espondilite anquilosante devem ter um carro que disponha de airbag, para terem melhor defesa em caso de embate frontal ou quase frontal. Excertos da edição “Conduzir automóvel com espondilite anquilosante” Autor Jon Eriendsson (Tradução e Adaptação: Dr. Filipe G. Rocha/ANEA) 18 ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE SUBSÍDIOS E DONATIVOS SEDE COMO POSSO PAGAR AS MINHAS QUOTAS? ATRAVÉS DE TRANSFERÊNCIA BANCÁRIA: Banco Espírito Santo NIB 0007 0017 0010 8400 0041 9 É necessário indicar (sempre) o número de associado no descritivo da operação. NOTA: Nas transferências efetuadas através do sistema multibanco, torna-se necessário indicar o n.º de sócio a que diz respeito a transferência, para posterior identificação e respetiva faturação. POR CHEQUE OU VALE POSTAL À ordem da ANEA para a seguinte morada: Rua de Platão, 147 Zambujal 2785-698 São Domingos de Rana VISEU NA SEDE Das 9h30h às 13h e das 14h às 18h De segunda a sexta-feira Pretende alterar os seus dados de associado? Tem questões relativas ao valor a pagar? Por favor contacte-nos pelo telefone 214 549 200 ou [email protected] 19 ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE INFORMAÇÕES ÚTEIS CONSULTAS: AS MARCAÇÕES DEVEM SER FEITAS POR TELEFONE PARA A SEDE Fisiatria Dra. Isabel Figueira/ Dra. Sofia Proença Reumatologia Dra. Fátima Godinho Gabinete de Psicologia Dra. Filomena Nobre Acupunctura PARA CONHECIMENTO E DIVULGAÇÃO INFORMAMOS OS NOSSOS ASSOCIADOS DOS PROTOCOLOS EXISTENTES ESTÂNCIAS TERMAIS Termas Sulfurosas de Alcafache Termas das Caldas de Sangemil Termas das Caldas da Saúde Termas de Monção Termas de Monte Real Termas de S. Pedro do Sul CLÍNICAS (Cacem) Ferma – Clínica Médica e Dentária (Faro) Clínica Oftalmológica das Figuras Dr. José Ludovico (Parede) Centro Médico e Dentário Dra. Filomena Pais (Porto) Clínica Dr. Falcão Coutinho (Viseu) Clínica Médica Dentária Dr. Armando Santos Oliveira (Viseu) J. Estrada – Clínica Oftalmológica, Lda. (Viseu) Clínica Dias Arede, Lda. Oftalmologia (Viseu) Clínica Fisiátrica Viseense, Lda. (Viseu) Reumatologia Dr. Armando Malcata (232450281) APOIO DOMICILIÁRIO (Oeiras) Beter Life 20 ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE MORADAS DOS NÚCLEOS Sede Nacional Núcleo Regional de Lisboa Núcleo Regional de Ovar Núcleo Regional de Ponte de Lima Núcleo Regional do Porto Núcleo Regional de Vila Real Rua de Platão, 147 · Zambujal · 2785-698 São Domingos de Rana Apartado 69 · 2646-901 Alcabideche Tel. 214 549 200 · Fax 214 549 208 E-Mail: [email protected] [email protected] Rua de Platão, 147 · Zambujal · 2785-698 São Domingos de Rana Apartado 69 · 2646-901 Alcabideche Tel. 214 549 205 · Fax 214 549 208 E-Mail: [email protected] Sede Provisória: Serviço de Fisiatria do Hospital Dr. Francisco Zagalo · Av. Dr. Nunes da Silva · 3880-113 Ovar Telefone: 256 579 200 E-Mail:[email protected] Sede Provisória: Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Conde de Bertiandos · Rua Conde de Bertiandos · 4990-078 Ponte de Lima Telefone: 258 909 500 E-Mail:[email protected] Sede Provisória: Rua Sá da Bandeira, 746, 5ºDtº 4000-432 Porto Telefone: 223 323 544 E-Mail:[email protected] Sede Provisória: Medicando-Med. Fis. Lda. · Rua A Voz de Trás-os-Montes n.º 17-r/c. (Tras. CTT) · 5000-536 Vila Real Telefone: 259 327 850/1 E-Mail: [email protected] 21 ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE MORADAS DOS NÚCLEOS Núcleo Regional de Viseu Núcleo Regional do Algarve Núcleo Regional de Braga Núcleo Regional de Coimbra Núcleo Regional da Cova da Beira Núcleo Regional de Leiria 22 Bairro Social da Paradinha, Lote 12 r/c. Posterior Direito · 3510-752 Viseu Telemóvel: 917 592 801 E-Mail: [email protected] www.anea-viseu.org.pt Sede Provisória: Urbanização Horta das Figuras Lote 33 Bloco B r/ch · 8005-328 Faro Telefone: 289 813 458 · Fax: 289 863 555 E-Mail:[email protected] Sede Provisória: Rua do Raio, nº 2 – 1º · 4700-921 Braga Apartado 122 · 4711-910 Braga Telemóvel: 919 620 529 · Fax: 253 275 959 E-Mail:[email protected] Sede Provisória: Rua do Caraboio n.º 36 r/ch · 3040-227 Coimbra Telefone: 239 442 145 · Telemóvel: 962 951 214 E-Mail:[email protected] Sede Provisória: Centro Hospitalar Cova da Beira, S.A. · Sala das Associações: Núcleo Regional Cova da Beira - ANEA · Quinta do Alvido · 6200-251 Covilhã Telefone: 275 330 000 (Ext. 14005 - Enf. Lurdes Moreira) E-Mail:[email protected] Centro Associativo Municipal de Leiria · Largo Salgueiro Maia · Edifício do Mercado Municipal – 1º Andar · 2400-221 Leiria Apartado 4079 · 2411-901 Leiria Telefone: 244 561 260 · Fax: 244 561 260 E-Mail:[email protected] ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE NOTÍCIAS DOS NÚCLEOS NÚCLEO REGIONAL DO PORTO O programa Sociedade Cível da RT2 uma vez mais endereçou o convite a este Núcleo para participar na gravação dos programas com emissão nos dias 3 e 7 de Janeiro de 2014 pelas 16,30horas. O Dr. Sardoeira Pinto deu voz á ANEA, tendo abordado diversos temas da atualidade. Referenciou o estudo desenvolvido pelos estudantes de Fisioterapia, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto sobre o tema “programa de exercícios para casa” orientado para portadores de Espondilite Anquilosante. O coordenador do Núcleo deu a conhecer que irão desenvolver um projecto de investigação que pretende realizar um estudo experimental com o objectivo de comparar a eficácia de um programa de exercícios home based (casa) versus group based (em grupo) em indivíduos com Espondilite Anquilosante, através da avaliação de alguns parâmetros funcionais e bioquímicos tendo a “primeira pedra” de tal estudo sido lançada num workshop no passado dia 14 de Novembro na ESTSP. HUMOR ANQUILOSANTE ANEA Associação Nacional da Espondilite Anquilosante CENTRO CENTRONACIONAL NACIONAL I S SI S NSN BOLETIM INFORMATIVO N.º 99 OUTUBRO/DEZEMBRO 2013 Membro da Este número teve o apoio do INR:IP PORTUGAL PORTUGAL ISSN:0874-0100 ISSN:0874-0100