A IMPORTÂNCIA DO USO DA BOLA SUÍÇA EM UM PACIENTE COM ESPONDILITE ANQUILOSANTE Autoria: Erika JocellyMarques Pereira¹, Juliana Cordeiro Carvalho - Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM) Renata Cristina da Silva Liberato - Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM) Sheila Agra² (Orientador) - Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) E-mail: [email protected] RESUMO ESTENDIDO Introdução:Segundo Delfino et al, (2005) a espondilite anquilosante é uma doença inflamatória crônica sistêmica que acomete preferencialmente a coluna vertebral, podendo afetar também as articulações periféricas (ombros e coxofemorais), apresentando envolvimento simétrico das articulações sacroíliacas, podendo irradiar para virilha e face posterior da coxa simulando uma dor ciática.Acomete ambos os sexos, porém, tem predileção pelo sexo masculino, em uma proporção de dois a quatro homens para cada mulher, sendo menos frequente no sexo feminino. Entretanto, sua freqüência na população em geral é estimada como sendo de 0,1 a 2%. Geralmente iniciam-se os sintomas entre 20 e 35 anos de idade (CHIARELLO, 2005).Segundo Provenzaet al. (1999) o paciente apresenta um quadro clínico caracterizado por algia em coluna vertebral, com predomínio na região lombossacra e sacroilíaca, de caráter persistente e progressivo que piora ao repouso. Dependendo do grau de acometimento da articulação o paciente pode adotar uma postura antálgica, conhecida como postura do esquiador, ocasionando uma diminuição da qualidade de vida do paciente e uma diminuição global da funcionalidade (CARDOSO, 2006). Embora, a cura desta doença ainda não tenha sido encontrada, a maioria dos pacientes pode controlar os sintomas inflamatórios através de um programa de exercícios, com o intuito de prevenir as deformidades e as incapacidades geradas pela patologia (WEST, 1997). Objetivo Geral:O objetivo principal desse estudo foi verificar os efeitos dos exercícios com a bola suíça em um paciente com EspondiliteAnquilosante. Metodologia:O Tipo de Pesquisa foi um estudo descritivo, longitudinal com abordagem quantitativa.Cenário da Pesquisa: a foi realizado na Clínica Escola da Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande, sob a supervisão da professora do setor.A população será todos os pacientes atendidos no setor de traumatologia que apresentem a determinada patologia, já a amostra será o paciente que possui que possui a patologia e que é tratado com o protocolo com uso da bola suíça. Incluiu-se na pesquisa o paciente que possui a patologia chamada Espondilite Anquilosante. Com relação ao critério de exclusão foi o restante dos pacientes que são atendidos no setor de traumatologia na clínica escola pelo turno da manhã. As manifestações clínicas do paciente são dores nos ombros e na coluna, principalmente na região cervical, encurtamento dos músculos da cadeira anterior de ombro, diminuição da amplitude de movimento para a realização da flexão e abdução dos ombros, sendo pior do lado esquerdo, diminuição da força dos membros superiores além da hipotrofia dos mesmos. O protocolo de tratamento foi dissociação pélvica do membro inferior, exercício de ponte, alongamento da musculatura da anterior do ombro, alongamento da região posterior da coluna utilizando sempre a bola suíça em todos os exercícios citados anteriormente. A presente pesquisa foi realizada em seres humanos como objeto do estudo, seguindo a recomendação do Conselho Nacional de Ética na Pesquisa (CONEP) respeitando o proposto da resolução 196/96, de10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e atendendo as exigências éticas e científicas fundamentais: autonomia, beneficência, não maleficência e justiça.Resultados e Discussão: O paciente apresentou melhora nas dores do ombro e da coluna, não houve aumento da amplitude de movimento, pouca diminuição de encurtamento dos músculos da cadeia anterior dos ombros.De acordo com Chiarello (2005), não existe um tratamento definitivo. A maioria dos pacientes pode ser tratado por meio do controle dos sintomas inflamatórios, associado a um programa de exercícios que mantém e melhoram a mobilidade da coluna e a postura, minimizando as deformidades e diminuindo as incapacidades físicas. Comprova-se que os exercícios realizados com o paciente melhoraram um pouco da mobilidade da coluna, pois a patologia leva aproximação das vértebras, diminuindo assim a sua mobilização e conseqüentemente levando a limitação dos movimentos. O trabalho cinesioterápico com a Bola Suíça visa reeducar a flexibilidade e as alterações musculares, possibilitando uma terapia relaxante, melhorando de forma gradativa, as disfunções pulmonares, equilíbrio, coordenação e força muscular (CarrièreB.,1999).Isso vem a corroborar que o tratamento com a bola suíça teve eficácia no quadro clínico da espondilite anquilosante, onde houve pouca melhora do alongamento e do equilíbrio, porém sem melhora da força muscular.Vale ressaltar, que existem poucas bibliografias e estudos específicos da patologia, do tratamento e da importância da atuação do fisioterapeuta na recuperação de pacientes portadores de E.A. Conclusão:Após a realização desse trabalho, observouse que os exercícios com a bola suíça em pacientes portadores de E.A, manteve o quadro clínico, com poucas melhoras da amplitude de movimento e da sua força. Sendo assim, é interessante a realização de exercícios com o uso da bola suíça para não haver a piora do estado geral do paciente, mantendo os sintomas com um bom índice de controle evitando a progressão dos mesmos Palavras Chaves: Espondilite Anquilosante, Bola Suíça, Diminuição dos Movimentos. Referencias BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ Constituiçao_Compilado.htm>. Acesso em: 27 out. 2007. CARRIÈRE, B. Assistência ao paciente neurológico. In: Carrière B. Bola Suíça: teoria, exercícios básicos e aplicação clínica. 1ª ed. São Paulo: Manole; 1999. p.287-324 CARDOSO, M. Hidroterapia diminui a atividade da espondilite anquilosante. 2006. 46f. Monografia (Bacharel em Fisioterapia) UNISUL, Tubarão, 2006. CHIARELLO, Berenice.FisioterapiaReumatológica, ed. Manole, 1º ed SP 2005. DELFINO, H. L. A.; RODRIGUEZ-FUENTES, A. E.; PIOLA, F. P.Tratamento Cirúrgico da Cifose Patológica. Fev., 2005. PROVENZA, J. R.; WATANABE, C. T.; LIMA, A. C. R.A importância da distância dedo-chão como método propedêutico diagnóstico da espondilite anquilosante. Rev. Ciênc. Méd. , Campinas, v. 8, n. 1, p.19-22, jan./abr. 1999. WEST, S. G. Segredos em reumatologia – Respostas necessárias ao dia-a-dia em rounds, na clínica, em exames orais e escritos. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 1997.