DINO - Divulgador de Notícias Educação emocional melhora rendimento escolar e pode ser importante aliada contra estresse infantil e bullying Nova disciplina propõe um planejamento acadêmico baseado na educação multifocal 17/03/2016 15:45:03 Você acha que o seu filho pode ser considerado o rei da birra por comportamentos de irritação, inquietação, choro demasiado, agressividade e outras alterações? Pode ser um pré-julgamento bastante equivocado sobre a criança que, na verdade, pode sofrer com estresse e ansiedade, por exemplo. O ritmo de vida dos pequenos hoje é tão atribulado e cheio de atividades que, muitas vezes, deixam marcas de estresse perigosas. Além disso, situações como exposição e bullying, uma das formas de violência que mais crescem no mundo, podem afetar diretamente o desempenho escolar, causar doenças psicossomáticas, depressão e até levar ao suicídio tamanho estresse psicológico sofrido, em casos extremos. Mesmo assim, esse quadro pode ser evitado. Uma das frentes é trabalhando a inteligência emocional das crianças. O estresse nas crianças pode surgir por diversos motivos, seja por traumas mais fortes, como uma morte na família ou um assalto, humilhações físicas ou psicológicas - no caso do bullying - causadas até por um simples apelido ou por questões mais sutis, como a falta de rotina, as cobranças e com elas as frequentes desaprovações, e até mesmo a superproteção dos pais. Diante desses fatores, os pais podem identificar algum sinal de que a situação passou do ponto através do comportamento de seus filhos. Por exemplo, quando a criança está agressiva demais e explode por qualquer motivo, variações no apetite e no sono, choros frequentes e até mesmo crianças que se isolam. Uma das formas de evitar e tratar o estresse infantil é exatamente ouvir os pequenos. "Estamos sempre dispostos a ouvir nossos alunos, considerar os seus sentimentos e lidar com expectativas. Estar ainda atentos às mudanças de comportamento ou humor, que possam inclusive indicar um quadro de estresse infantil. Já tínhamos essa filosofia de trabalho e o programa da Escola da Inteligência veio para firmar a nossa caminhada.", explica May Chagas, diretora do Centro Educacional da Lagoa. A instituição faz parte há cinco anos do projeto Escola da Inteligência, desenvolvido pelo psiquiatra e especialista em educação multifocal, Dr. Augusto Cury, psicoterapeuta e especialista em educação infantil, que, através de material didático usado toda semana com os alunos, ajuda os jovens a desenvolver e entender seu emocional e suas relações interpessoais. "É tempo de refletir sobre as formas de educação. Educar emocionalmente já é um desafio abraçado por muitas instituições pedagógicas, e com a sanção da nova lei anti-bullying, em vigor desde o dia 09 de fevereiro, o tema ganhou maior atenção. Somos responsáveis pela formação de nossas crianças, para se relacionarem melhor, lidar melhor com conflitos, emoções e tenham equilíbrio.", explica. No programa desenvolvido pelo dr. Augusto Cury na escola, as crianças possuem aulas de inteligência emocional uma vez por semana com material didático apropriado a cada fase do desenvolvimento, o combate ao estresse ou bullying, por exemplo, é feito de modo multifocal para tratar relações sociais para a vida. A proposta, no todo, considera o pensar antes de agir, a proteção da emoção, a importância do diálogo, a reflexão sobre a condição do outro, entre outras frentes. A Escola da Inteligência interfere também na rotina dos educadores que passam por treinamento para compreender as necessidades do aluno e estimular adequadamente a aprendizagem. A partir daí, fica claro que o objetivo é formar pensadores que, acima de tudo, estejam felizes também. Para isso, considerar expectativas, tratar medos e anseios, lidar com a competitividade e saber agir na coletividade são importantes para potencializar o rendimento intelectual na aprendizagem e no ambiente social. Assim, as crianças e jovens são preparados para agir com tranquilidade, motivação e resiliência, fatores determinantes para enfrentamento de desafios e controle, principalmente da, ansiedade e estresse. Segundo a Diretora, essa nova forma de pensar e tratar o outro não se limita somente ao ambiente escolar. "É preciso que os pais não só entendam, mas acreditem na proposta de ensino, algo que começa na escolha da própria escola. Algo fundamental porque alinha valores e interesses e efetivamente promove a união das duas instituições, escola e família, no trabalho em conjunto do conhecimento. Tudo isso nos dá ainda a oportunidade de ser pessoas melhores, um legado que deixaremos para essa e outras mais gerações, finaliza. Na prática Os alunos e professores recebem o material didático, com histórias de fácil assimilação, que ajudam a lidar com situações do dia a dia. Pais e funcionários também recebem orientações sobre como conduzir e aplicar técnicas em casa a partir da mudança de hábitos e relacionamento em busca de um ambiente mais feliz e saudável. As atividades incluem alunos da educação infantil ao 8º ano. A partir do 9º ano, os jovens passam a receber orientações sobre ética devido à capacidade de assimilação aumentada acerca de responsabilidades de maior peso. “Aprendi que temos muitas qualidades e algumas diferenças, que podem até ser dificuldades. Eu não gosto que as pessoas me olhem muito, fico com vergonha, mas, na escola, não ligo. Também já ajudei um amigo muito agitado a ter calma para fazer os deveres na hora certa. Me senti bem ajudando e a mãe dele até me agradeceu.”, conta Maria Clara Duarte, de 9 anos, aluna do 4º ano. O “amigo agitado” de Maria Clara é o Moreno Souza, 10 anos. A mãe, Fernanda Souza, explica que o menino tem déficit de atenção e é hiperativo. Segundo ela, a escola ajudou muito a melhorar a concentração e relacionamento com outras crianças. “O Moreno é bem serelepe e, com isso, acaba irritando até mesmo os amigos. Ele tinha bastante dificuldade também na hora de ter que prestar atenção em algo ou para realizar deveres. A escola nos ajudou a oferecer uma possibilidade a ele de integração. Isso mudou a nossa vida em casa também. Sou professora e vejo que não se trata apenas de educação, mas de um aprendizado para a vida.”, aprova ela. Para os pequenos da educação infantil, o trabalho é focado nas emoções e controle dos sentimentos, principalmente. “Ensinar que não é certo bater ou morder o amigo, por exemplo, é indiscutível, mas, mais que isso, tentamos desenvolver na criança senso solidário. Pensar: e se fosse comigo? Dói e faz chorar. Ficaria triste. Esse é o ponto, provocar a intuição e/ou pensamento desses alunos a partir de 2 anos. Também criamos situações através de jogos e rodas de histórias que estimulam a iniciativa e solução de problemas. Sem pressão, o que fazemos, neste caso, é prepará-los para tomar decisões no futuro com mais segurança.”, explica a coordenadora da Educação Infantil do CEL, Elizabeth Soto, completando que o trabalho pode ser realizado individualmente ou em grupo. No processo de desenvolvimento intelectual, a educação emocional também tem importante papel já que permite ao aluno lidar com o novo de maneira curiosa ou com uma dificuldade, com menos ansiedade e sentimento de cobrança. “O conteúdo é apresentado para a turma, mas consideramos os receptores diferentes dessa mensagem. Cada um tem seu tempo e forma de assimilação. O nosso papel é equilibrar o time desse aprendizado aproveitando talentos e lidando com as dúvidas de forma natural. Criamos inclusive um ambiente colaborativo, onde os próprios alunos podem figurar como ajudantes doa professor, monitores de turma, um posto rotativo. Todos participam em algum momento. A criança aprende matemática ou qualquer outra matéria e tem a oportunidade de passar o que aprendeu, sendo ainda solidário com o colega.”, finaliza a coordenadora. O que é o Programa? A Escola da Inteligência é um programa educacional que promove e aplica a educação socioemocional nas instituições de ensino de todo o Brasil. Inovador, o Programa contribui para o desenvolvimento da inteligência emocional, do pensamento crítico, o gerenciamento das emoções e auxilia na construção de relações saudáveis. A metodologia da escola é específica para cada faixa etária e envolve a Neurociência, Psicologia e Filosofia. Como é aplicado? O Programa é aplicado em 1 hora/aula por semana dentro da grade curricular, como uma nova disciplina ou dentro de uma disciplina já existente e utiliza ferramentas educacionais como materiais impressos, jogos e recursos multimídia. O Programa contempla desde a Educação Infantil até o Ensino Médio e, além dos alunos, os educadores, gestores e a família também são beneficiados com os ensinamentos do Programa. Vantagens · Gerenciamento das emoções e desenvolvimento da inteligência · Melhoria no rendimento escolar e no aprendizado · Habilidades para construir relações saudáveis · Postura empreendedora e criatividade · Administração de conflitos, combate ao bullying e às drogas · Melhoria na qualidade de vida · Auxilia os professores na gestão de conflitos dentro e fora da sala de aula, na gestão do tempo e na melhoria do ensino-aprendizagem Diferencial O grande diferencial da escola que aplica o Programa Escola da Inteligência pode ser notado na melhoria nos relacionamentos entre alunos, professores e gestores, que promovem um ambiente escolar mais saudável e produtivo. Os alunos também apresentam melhorias no desenvolvimento cognitivo, nas habilidades interpessoais, nos aspectos comportamentais e também elevam a autoestima, aprendem a ser mais seguros e serem autores da própria história. A escola torna-se referência pois oferece um ensino especializado no desenvolvimento das funções mais complexas da mente. Quem é contemplado com todos os benefícios da Escola da Inteligência desenvolve a inteligência socioemocional, se destaca na vida, na escola e na profissão.