COLÉGIO INTEGRAÇÃO ANGLO ALUNO (A):_____________________________________________________________________ TURMA: ______ 1º ANO DO ENSINO MÉDIO Professor: Eduardo TR3 Valor: 40,0 pontos ROTEIRO / TRABALHO RECUPERAÇÃO FINAL - SOCIOLOGIA Atenção para os seguintes procedimentos: 1. 2. 3. 4. Anexe esta folha ao Trabalho, pois a correção será baseada nela. Faça, treine e deixe as resoluções no Trabalho, mas elas não terão valor de correção. Preencha todo o cabeçalho acima. Esta folha deverá ser resolvida somente À TINTA (azul ou preta), portanto, NÃO SERÃO aceitas marcações a lápis, datilografados, digitados e, principalmente, rasuradas. Aproveite este Trabalho para estudar para a recuperação, ou seja, as questões da prova serão baseadas nele e no Roteiro estabelecido. É NECESSÁRIA A APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTO COM FOTO NO DIA DA PROVA Esta folha (anexada ao Trabalho) deverá ser entregue no dia da aplicação da prova em 2015, conforme quadro abaixo: 5. 6. 7. Ensino Fundamental 06/01 07/01 08/01 1º DIA 2º DIA 3º DIA Ensino Médio Atitude, Ciências e Redação. Espanhol, Inglês, Literatura e Português. Matemática, Geografia e História. 06/01 07/01 08/01 1º DIA 2º DIA 3º DIA Biologia, Física, Química e Redação. Espanhol, Inglês, Literatura e Português. Matemática, Filosofia, Geografia, História e Sociologia. O TRABALHO SERÁ CORRIGIDO SOMENTE PELO QUADRO DE RESPOSTAS ALTERNATIVAS QUESTÕES 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A B C D E A B C D E A B C D E A B C D E A B C D E A B C D E A B C D E A B C D E A B C D E ROTEIRO Introdução à Sociologia Comte e o Positivismo Durkheim e a Sociologia Weber e a Ação Social H. Arendt e a Política TRABALHO QUESTÃO 01 O importante é a realidade objetiva dos fatos sociais, os quais têm como característica a exterioridade em relação às consciências individuais e exercem ação coercitiva sobre estas. Mas uma pergunta se coloca: de onde vem esta ação coercitiva? Pensemos em nossa sociedade atual. Fomos criados, por nossos pais e pela sociedade, com a ideia de que não podemos, em um restaurante, virar o prato de sopa e beber de uma só vez, pois certamente as pessoas vão rir ou talvez achar um tanto quanto estranho, já que existem talheres para se tomar sopa. Não existem leis escritas que impeçam quem quer que seja de virar o prato de sopa, segurando-o com as duas mãos para beber rapidamente. No entanto, a grande maioria das pessoas se sentiria proibida de praticar isso. Da mesma forma, por que quando trabalhamos em um escritório ou algum lugar formal os homens estão de terno e não de pijamas? Isso é a ação coercitiva do fato social, é o que nos impede ou nos autoriza 3TRB1MSociologia_MAR_14 A B C D E A B C D E A B C D E A B C D E A B C D E A B C D E A B C D E A B C D E A B C D E A B C D E A B C D E a praticar algo, por exercer uma pressão em nossa consciência, dizendo o que se pode ou não fazer. Assinale a alternativa INCORRETA. Durkheim afirma que no estudo dos fatos sociais, o cientista social, ao trabalhar, deve: (a) encarar os fatos sociais como "coisas", isto é, como objetos exteriores ao cientista, que devem ser medidos, observados e comparados independentemente do que os indivíduos pensem ou declarem a seu respeito. (b) manter certa distância e neutralidade em relação aos fatos, resguardando a objetividade de sua análise. (c) partir justamente do seu interesse pelo objeto de estudo e de sua visão particular sobre o assunto. (d) deixar de lado seus valores e sentimentos pessoais em relação ao acontecimento a ser estudado. (e) Tratar os fatos sociais sem nenhum sentimento ou juízo de valor, para que o trabalho não seja contaminado com nossas emoções. QUESTÃO 02 O positivismo foi uma das grandes correntes de pensamento social, destacando-se, entre seus principais teóricos, Augusto Comte e Émile Durkheim. Sobre a concepção de conhecimento científico, presente no positivismo do século XIX, é correto afirmar: (a) A busca de leis universais só pode ser empreendida no interior das ciências naturais, razão pela qual o conhecimento sobre o mundo dos homens não é científico. (b) Os fatos sociais fogem à possibilidade de constituírem objeto do conhecimento científico, haja vista sua incompatibilidade com os princípios gerais de objetividade do conhecimento e a neutralidade científica. (c) Apreender a sociedade como um grande organismo, a exemplo do que fazia o materialismo histórico, é rejeitado como fonte de influência e orientação para as investigações empreendidas no âmbito das ciências sociais. (d) A ciência social tem como função organizar e racionalizar a vida coletiva, o que demanda a necessidade de entender suas regras de funcionamento e suas instituições forjadas historicamente. (e) O papel do cientista social é intervir na construção do objeto, aportando à compreensão da sociedade os valores por ele assimilados durante o processo de socialização obtido no seio familiar. QUESTÃO 03 Considerando-se as grandes mudanças que ocorreram na história da humanidade, aquelas que aconteceram no século XVIII — e que se estenderam no século XIX — só foram superadas pelas grandes transformações do final do século XX. As mudanças provocadas pela revolução científicotecnológica, que denominamos Revolução Industrial, marcaram profundamente a organização social, alterando-a por completo, criando novas formas de organização e causando modificações culturais duradouras, que perduram até os dias atuais. DIAS, Reinaldo. Introdução à sociologia. São Paulo: Persons Prentice Hall, 2004. Sobre o surgimento da Sociologia e as mudanças ocorridas na modernidade, é correto afirmar: (a) A intensificação da economia agrária em larga escala nas metrópoles gerou o êxodo para o campo. (b) O aparecimento das fábricas e o seu desenvolvimento levou ao crescimento das cidades rurais. (c) O aumento do trabalho humano nas fábricas ocasionou a diminuição da divisão do trabalho. (d) A agricultura familiar desse período foi o objeto de estudo que fez surgir as ciências sociais. (e) A antiga forma de ver o mundo não podia mais solucionar os novos problemas sociais. QUESTÃO 04 Em momentos de crise financeira, ou ao contrário, de prosperidade, é muito comum encontrarmos esse tipo de suicídio descrito por Durkheim. Nos dois momentos, os indivíduos estão em constante competição, o que coloca a coesão e a solidariedade social em xeque. O texto faz referência ao suicídio: (a) (b) (c) (d) (e) anormal anômico egoísta altruísta fatalista QUESTÃO 05 Neste caso, o indivíduo encontra-se extremamente vinculado às instituições e ao seu grupo social. Ele valoriza muito mais a sociedade do que a sua individualidade, chegando a abrir mão de sua própria vida para manter 3TRB1MSociologia_MAR_14 intactos os imperativos sociais. Vejamos alguns exemplos marcantes de suicídio: (a) (b) (c) (d) (e) anormal anômico egoísta altruísta fatalista QUESTÃO 06 Leia o texto a seguir. De acordo com Susie Orbach, “Muitas coisas feitas em nome da saúde geram dificuldades pessoais e psicológicas. Olhar fotos de corpos que passaram por tratamento de imagem e achar que correspondem à realidade cria problema de autoimagem, o que leva muitas mulheres às mesas de cirurgia. Na geração das minhas filhas, há garotas que gostam e outras que não gostam de seus corpos. Elas têm medo de comida e do que a comida pode fazer aos seus corpos. Essa é a nova norma, mas isso não é normal. Elas têm pânico de ter apetite e de atender aos seus desejos”. (Adaptado: “As mulheres estão famintas, mas têm medo da comida”, Folha de S. Paulo, São Paulo, 15 ago. 2010, Saúde. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd1508201001.htm>. Acesso em: 15 out. 2010). Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Émile Durkheim, é correto afirmar: (a) O conflito geracional produz anomia social, dada a incapacidade de os mais velhos compreenderem as aspirações dos mais novos. (b) Os padrões do que se considera saudável e belo são exemplos de fato social e, portanto, são suscetíveis de exercer coerção sobre o indivíduo. (c) Normas são prejudiciais ao desenvolvimento social por criarem parâmetros e regras que institucionalizam o agir dos indivíduos. (d) A consciência coletiva é mais forte entre os jovens, voltados que estão a princípios menos individualistas e egoístas. (e) A base para a formação de princípios morais e de solidez das instituições são os desejos individuais, visto estes traduzirem o que é melhor para a sociedade. QUESTÃO 07 Um jovem que havia ingressado recentemente na universidade foi convidado para uma festa de recepção de calouros. No convite distribuído pelos veteranos não havia informação sobre o traje apropriado para a festa. O calouro, imaginando que a festa seria formal, compareceu vestido com traje social. Ao entrar na festa, em que todos estavam trajando roupas esportivas, causou estranheza, provocando risos, cochichos com comentários maldosos, olhares de espanto e de admiração. O calouro não estava vestido de acordo com o grupo e sentiu as represálias sobre o seu comportamento. As regras que regem o comportamento e as maneiras de se conduzir em sociedade podem ser denominadas, segundo Émile Durkheim (1858-1917), como fato social. Considere as afirmativas abaixo sobre as características do fato social para Émile Durkheim. (I) O fato social é todo fenômeno que ocorre ocasionalmente na sociedade. (II) (III) (IV) O fato social caracteriza-se por exercer um poder de coerção sobre as consciências individuais. O fato social é exterior ao indivíduo e apresenta-se generalizado na coletividade. O fato social expressa o predomínio do ser individual sobre o ser social. Assinale a alternativa correta. (a) (b) (c) (d) (e) Apenas as afirmativas I e II são corretas. Apenas as afirmativas I e IV são corretas. Apenas as afirmativas II e III são corretas. Apenas as afirmativas I, III e IV são corretas. Apenas as afirmativas I, II e IV são corretas. QUESTÃO 08 A filosofia da História – o primeiro tema da filosofia de Augusto Comte – foi sistematizada pelo próprio Comte na célebre “Lei dos Três Estados” e tinha o objetivo de mostrar por que o pensamento positivista deve imperar entre os homens. Sobre a “Lei do Três Estados” formulada por Comte, é correto afirmar que (a) Augusto Comte demonstra com essa lei que todas as ciências e o espírito humano desenvolvem-se na seguinte ordem em três fases distintas ao longo da história: a positiva, a teológica e a metafísica. (b) na “Lei dos Três Estados” a argumentação desempenha um papel de primeiro plano no estado teológico. O estado teológico, na sua visão, corresponde a uma etapa posterior ao estado positivo. (c) o estado teológico, segundo está formulada na “Lei dos Três Estados”, não tem o poder de tornar a sociedade mais coesa e nenhum papel na fundamentação da vida moral. (d) o estado positivista apresenta-se na “Lei dos Três Estados” como o momento em que a observação prevalece sobre a imaginação e a argumentação, e na busca de leis imutáveis nos fenômenos observáveis. (e) para Comte, o estado metafísico não tem contato com o estado teológico, pois somente o estado metafísico procura soluções absolutas e universais para os problemas do homem. QUESTÃO 09 Sobre o positivismo, como uma das formas de pensamento social, podemos afirmar que (I) (II) (III) (IV) (a) (b) (c) (d) (e) é a primeira corrente teórica do pensamento sociológico preocupada em definir o objeto, estabelecer conceitos e definir uma metodologia. derivou-se da crença no poder absoluto e exclusivo da razão humana em conhecer a realidade e traduzila sob a forma de leis naturais. foi um pensamento predominante na Alemanha, no século XIX, nascido principalmente de correntes filosóficas da Ilustração. nele, a sociedade foi concebida como um organismo constituído de partes integradas e coisas que funcionam harmoniosamente, segundo um modelo físico ou mecânico. II, III e IV estão corretas. I, II e III estão corretas. I, II e IV estão corretas. I e III estão corretas. Todas as afirmativas estão corretas. 3TRB1MSociologia_MAR_14 QUESTÃO 10 Para Augusto Comte, uma das funções da Sociologia ou Física Social era encontrar leis sociais que conduzissem o progresso da humanidade. Sobre os estágios do progresso social discutidos pelo autor, é correto afirmar: (a) O estágio teológico nega a existência de apenas uma explicação divina para os fenômenos naturais e sociais. (b) O positivismo é o estágio superior do progresso social, porque se sustenta nos métodos científicos. (c) O estágio mais simples é o mítico, seguido pelo teológico e pelo científico, que é o mais elaborado. (d) O primeiro estágio do conhecimento é o metafísico, em que conceitos abstratos explicam o mundo. (e) A Europa exemplificava uma sociedade em estado de desenvolvimento teológico. QUESTÃO 11 Hanna Arendt abre A condição humana com a seguinte declaração: Em 1957, um objeto terrestre, feito pela mão do homem, foi lançado ao universo, onde durante algumas semanas girou em torno da Terra segundo as mesmas leis de gravitação que governam o movimento dos corpos celestes - o Sol, a Lua e as estrelas. É verdade que o satélite artificial não era nem lua nem estrela; não era um corpo celeste que pudesse prosseguir em sua órbita circular por um período de tempo que para nós, mortais limitados ao tempo da Terra, durasse uma eternidade. Ainda assim, pôde permanecer nos céus durante algum tempo; e lá ficou, movendo-se no convívio dos astros como se estes o houvessem provisoriamente admitido em sua sublime companhia. (ARENDT, H. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001, p. 9) Assinale a alternativa abaixo que NÃO fornece uma explicação desse fato, de acordo com as ideias da autora: (a) Segundo Hanna Arendt, o homem, por meio de uma de suas condições mais essenciais, o trabalho, seria capaz de rivalizar artificialmente com as leis eternas da natureza. (b) O objeto lançado ao espaço pela primeira vez demonstra não apenas a capacidade do homem de rivalizar com as leis da natureza, mas também a de separar-se de sua condição natural. (c) A autora se utiliza do fato em questão para refletir, no livro citado, sobre as ações humanas no mundo. (d) O fato relatado aponta para a produção do homem futuro, motivado por uma rebelião contra a existência humana tal como nos foi dada. (e) O fato em questão, segundo a autora, aponta para a única saída possível para o homem depois da destruição da Terra, a saber, a possibilidade de encontrar um novo planeta para morar. QUESTÃO 12 Segundo Hanna Arendt, "a condição humana não é o mesmo que a natureza humana". (A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária. 2001, p. 17) Segundo a autora, o que se poderia deduzir dessa distinção essencial? Assinale a alternativa incorreta: (a) A própria soma das capacidades humanas que correspondem à condição humana não constitui algo que se assemelhe à natureza humana. (b) As condições da existência humana jamais podem explicar o que somos pela simples razão de que jamais nos condicionam de modo absoluto. (c) As tentativas de definir a natureza humana levam sempre à construção de alguma deidade, a uma ideia platônica da humanidade. (d) Hoje podemos quase dizer que, embora vivamos agora sob condições terrenas, não somos criaturas terrenas. (e) Tudo aquilo com o qual os homens entram em contato torna-se imediatamente parte da natureza humana. QUESTÃO 13 Leia o texto abaixo, que trata do conceito ético de responsabilidade: "[...] devo ser considerado responsável por algo que não fiz, e a razão para a minha responsabilidade deve ser o fato de que eu pertenço a um grupo (um coletivo), o que nenhum ato voluntário meu pode dissolver [...] somos sempre considerados responsáveis pelos pecados de nossos pais, assim como colhemos as recompensas de seus méritos". (ARENDT, Hannah. Responsabilidade e julgamento. São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p.216-217). Assinale a alternativa que pode ser considerada incorreta, enquanto interpretação do excerto acima: (a) A responsabilidade é coletiva, enquanto a culpa é individual. (b) A experiência totalitária do nazismo deve ser encarada como responsabilidade de todos, não cabendo às gerações posteriores se eximirem da responsabilidade pelo mundo, cabendo a todos o papel de salvaguardar o mundo dos terrores totalitários, mesmo que não tenham nenhuma culpa (afinal nem eram nascidos) por tais crimes contra a humanidade. (c) No momento em que o candidato que responde a esta prova assinala uma alternativa, há na mesma cidade uma criança sofrendo maus-tratos de um pai violento. O candidato não tem nenhuma culpa da dor dessa criança, mas deve assumir sua co-responsabilidade por esse acontecimento. (d) Hannah Arendt adere à perspectiva moderna de uma ética da responsabilidade individual e inalienável. (e) A liberdade não pode estar à margem da responsabilidade, pois se nenhum ato voluntário pode dissolver o pertencimento de um indivíduo ao grupo, a responsabilidade passa a ser condição da ação livre. QUESTÃO 14 As histórias, resultado da ação e do discurso, revelam um agente, mas este agente não é autor nem produtor. Alguém a iniciou e dela é o sujeito, na dupla acepção da palavra, mas ninguém é seu autor. ARENDT, Hannah. A condição humana. Apud SÁTIRO, A.; WUENSCH, A. M. Pensando melhor – iniciação ao filosofar. São Paulo: Saraiva, 2001. p. 24. A filósofa alemã Hannah Arendt foi uma das mais refinadas pensadoras contemporâneas, refletindo sobre eventos como a ascensão do nazismo, o Holocausto, o papel histórico das massas etc. No trecho citado, ela reflete sobre a importância da ação e do discurso como fomentadores do que chama de “negócios humanos”. Nesse sentido, Arendt defende o seguinte ponto de vista: (a) a condição humana atual não está condicionada por ações anteriores, já que cada um é autor de sua existência. 3TRB1MSociologia_MAR_14 (b) a necessidade do ser humano de ser autor e produtor de ações históricas lhe tira a responsabilidade sobre elas. (c) o agente de uma nova ação sempre age sob a influência de teias preexistentes de ações anteriores. (d) o produtor de novos discursos sempre precisa levar em conta discursos anteriores para criar o seu. (e) a condição humana não apresente a necessidade de uma política representativa. QUESTÃO 15 A definição de política, dada por H. Arendt no texto “o que é Política”, apresenta os seguintes aspectos: (a) A política trata da convivência entre diferentes. Os homens se organizam politicamente para certas coisas em comum, essenciais num caos absoluto, ou a partir do caos absoluto das diferenças. (b) tem como objetivo principal investigar a natureza da justiça, inerente à alma, que, por sua vez, manifesta-se como protótipo do Estado ideal. (c) tem um fim prático e é capaz de resolver os grandes problemas da vida. Considera a alma humana prisioneira do corpo, vivendo como se fosse um peregrino em busca do caminho de casa. (d) parte da hipótese das ideias, as quais designam a unidade na pluralidade, operada pelo pensamento. Ele toma como exemplo o carpinteiro que, por sua arte, cria uma mesa, tendo presente a ideia de mesa, como modelo. Entretanto, o que ele produz é a mesa e não a sua ideia. (e) concentra-se na vida humana e deve ser referida sempre a esta para ser plenamente compreendida, pois somente nela e em função dela adquire seu ser efetivo. QUESTÃO 16 Ao estudarmos Émile Durkheim aprendemos sobre Solidariedade mecânica. Demonstre que aprendeu completando as lacunas. Nas sociedades mais________________ existe uma integridade equilibrada entre as partes porque elas diferem muito pouco entre si. As tarefas são divididas ou por ___________ ou por idade. Mesmo quando ocorre uma especialização de diferentes ofícios ou saberes, isso não se deve á vocação profissional ou ao talento individual , e sim por que aprendeu com seus ______________e irá repassar aos seus sucessores. Não depende de uma reflexão intelectual ou de uma escolha. O nível de coesão é ____________. O sentido do nós é mais forte do que o sentido do__________. O coletivo é que define o individual: o bem-estar do grupo é o que dá sentido, e a tradição informa a direção a__________. (a) altíssimo, eu, seguir,Simples, antepassados, sociedade, gênero, mecânica. (b) Simples, gênero, antepassados, altíssimo, eu, seguir. (c) Simples, gênero, altíssimo, antepassados, eu, seguir. (d) Simples, antepassados, gênero, altíssimo, eu, seguir, (e) altíssimo, eu, seguir, Simples, antepassados, gênero. QUESTÃO 17 Segundo a Lei dos Três Estados, conceito fundamental na obra de Auguste Comte, a evolução das concepções intelectuais da humanidade percorreu três estados teóricos distintos e consecutivos, a saber: (a) (b) (c) (d) (e) Mitológico, teológico e filosófico. Teológico, metafísico e científico. Metafísico, abstrato e positivo. Fetichista, teológico e positivo. Mitológico, filosófico e científico. QUESTÃO 18 A respeito dos estudos comparativos, a resposta de Weber foi a elaboração de “tipos ideais”, que constituem um dispositivo generalizante, um modelo heurístico, sobre o qual era possível aplicar a comparação. Nas suas explicações históricas comparadas, Weber rejeita sempre a hipótese de leis ou de monocausalidade; ele pensa, portanto, que um evento pode ter diversas causas e que conjuntos diversos de causas podem ter o mesmo efeito. A validade das comparações em Weber provém das suas construções empíricas dos processos de indução e de introspecção mais do que de uma verificação causal de hipóteses. Paola Rebughini. A comparação qualitativa de objetos complexos e o efeito da reflexividade. In: Alberto Melluci (org.) Por uma sociologia reflexiva: pesquisa qualitativa e cultura. Petrópolis: Vozes, 2005, p. 242 (com adaptações). Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, assinale a opção correta a respeito de “tipos ideais”, segundo a formulação proposta por Max Weber. (a) Os “tipos ideais” não são construções empíricas. (b) A causalidade única é a base dos “tipos ideais”. (c) A comparação não é essencial para a construção dos “tipos ideais”. (d) Os “tipos ideais” não permitem uma explicação histórica. (e) Os “tipos ideais” são construídos essencialmente a partir da verificação causal de hipóteses. QUESTÃO 19 Max Weber, teórico cujos conhecimentos continuam básicos para a Sociologia, procurou não apenas conhecer a sociedade moderna, mas explicar sua estrutura de dominação política e econômica e suas disparidades. Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre o autor, assinale a alternativa correta: (a) Para Weber, os interesses coletivos estão acima dos interesses particulares, portanto, é possível transformar a realidade social por meio da acentuada divisão social do trabalho, já que esta produz a solidariedade orgânica e ainda possui o Direito Penal que, com suas sanções repressivas, pode normalizar a sociedade nos momentos de crise. (b) De acordo com o autor, a divisão do trabalho capitalista expressa modos de segmentação da sociedade que levam os indivíduos a ocuparem posições desiguais, gerando antagonismos de classes. Assim, a classe explorada, que no capitalismo é a classe operária, seria a única capaz de realizar a mudança da sociedade capitalista para uma sociedade menos desigual. (c) Weber considera que somente a renda e a posse geram desigualdades. Assim, a possibilidade do desenvolvimento de uma sociedade mais justa é utópica, pois as vantagens materiais derivam dos 3TRB1MSociologia_MAR_14 próprios méritos dos indivíduos, que já nascem desiguais em relação aos dons naturais, inteligência, gosto e coragem, entre outros. (d) O autor, numa perspectiva simbólica, procura explicar a sociedade capitalista e a sua possibilidade de transformação. Considera que é necessário analisar a sociedade microssociologicamente, pois, como só alguns grupos possuem capital simbólico e econômico de maior significância na hierarquia social, reproduzem a cultura, a ideologia, organizando o sistema simbólico segundo a lógica da diferença. (e) Segundo Weber, as classes, os estamentos e os partidos são fenômenos de distribuição de poder dentro de uma comunidade, que se legitimam e se definem pelos valores sociais convencionalmente estabelecidos em dada sociedade. QUESTÃO 20 Leia o texto a seguir, letra da música “Pacato cidadão”, composta por Samuel Rosa e Chico Amaral para o álbum Calango, lançado pelo grupo mineiro Skank, em 1994. Pacato Cidadão Ô pacato cidadão, te chamei a atenção Não foi à toa, não C'est fini la utopia, mas a guerra todo dia Dia a dia não E tracei a vida inteira planos tão incríveis Tramo à luz do sol Apoiado em poesia e em tecnologia Agora à luz do sol Pra que tanta TV, tanto tempo pra perder Qualquer coisa que se queira saber querer Tudo bem, dissipação de vez em quando é bão Misturar o brasileiro com alemão Pacato cidadão Ô pacato da civilização Pra que tanta sujeira nas ruas e nos rios Qualquer coisa que se suje tem que limpar Se você não gosta dele, diga logo a verdade Sem perder a cabeça, sem perder a amizade Consertar o rádio e o casamento é Corre a felicidade no asfalto cinzento Se abolir a escravidão do caboclo brasileiro Numa mão educação, na outra dinheiro Pacato cidadão Ô pacato da civilização. (MARQUES, Adhemar; BERUTTI, Flávio; FARIA, Ricardo; Brasil: História em construção. Belo Horizonte. Ed. Lê,1996. v. 4. p. 165.) O texto de Samuel Rosa e Chico Amaral discute algumas relações relativas à sociedade contemporânea brasileira. É incorreto afirmar que, no texto, os autores: (a) abordam situações relativas à cidadania e à falta de compromisso social de muitos cidadãos brasileiros. (b) defendem que somente a educação, aliada ao poder dos meios de comunicação de massa, pode fazer com que o cidadão brasileiro deixe de ser pacato. (c) chamam a atenção para o descaso dos cidadãos em relação às questões ambientais presentes em seu cotidiano. (d) questionam a acomodação, a alienação e a falta de interesse de muitos brasileiros pelas questões políticas de seu tempo. (e) acreditam que o pacato cidadão, de certa forma, vive escravizado no seu dia-a-dia, por isso precisa se preocupar com a realidade a sua volta.