Biomed Pap Med Fac Univ Palacky Olomouc República Tcheca. 2007, 151(2):295–299. 295 © M. Simek, P. Nemec, B. Zalesak, M. Kalab, R. Hajek, L. Jecminkova, M. Kolar FECHAMENTO ASSISTIDO À VÁCUO NO TRATAMENTO DE INFECÇÃO DE FERIDA ESTERNAL APÓS CIRURGIA CARDÍACA Martin Simeka, Petr Nemeca, Bohumil Zalesakb, Martin Kalaba, Roman Hajeka, Lenka Jecminkovaa, Milan Kolarc Departmento de Cirurgia Cardíaca, Hospital Universitário e Palacky University. Corpo docente da Faculty of Medicine and Dentistry, Olomouc, República Tcheca b Departmento de Cirurgia Plástica e Estética, Hospital Universitário e Palacky University. Corpo docente da Faculty of Medicine and Dentistry, Olomouc, República Tcheca c Departmento de Microbiologia, Hospital Universitário e Palacky University. Corpo docente da Faculty of Medicine and Dentistry, Olomouc, República Tcheca a e-mail: [email protected] Recebido em: 15 de setembro de 2007; Aceito em: 11 de outubro de 2007. Resumo: Objetivos: O fechamento assistido à vácuo (VAC) foi primariamente desenvolvido para o tratamento de úlceras de pressão ou feridas crônicas e debilitantes. Recentemente, o VAC tem se tornado um tratamento inovador da infecção de ferida esternal após cirurgia cardíaca, fornecendo resultados superiores às estratégias de tratamentos convencionais. Metodologia: De novembro de 2004 a setembro de 2006, 34 pacientes, sendo tratados com a Terapia VAC para infecção de ferida esternal após cirurgia cardíaca, foram prospectivamente avaliados. Dez pacientes (29 %) foram tratados para infecção de ferida esternal superficial e 24 (71 %) para infecção de ferida esternal profunda. A média de idade era de 69,9 anos (variando de 48 a 82) e a média do IMC era de 33,4 kg/m2 (variando de 28 a 41). Vinte pacientes (59 %) eram do sexo feminino e 19 pacientes (59 %) eram diabéticos. Devido à complicações da infecção de ferida esternal, 16 pacientes (47 %) foram readmitidos no departamento. A terapia VAC foi usada após a falha prévia do tratamento convencional em 7 pacientes (21 %). Resultados: Trinta e três pacientes (97 %) obtiveram sucesso no tratamento. Um paciente (3 %) faleceu devido à falência múltipla de órgãos. O período de internação médio foi de 34,6 dias (variando de 9 a 62). O número médio de trocas de revestimentos foi de 4,6 (variando de 3 a 10). O tempo médio de tratamento com a Terapia VAC até o fechamento cirúrgico foi de 9,2 dias (variando de 6 a 21 dias). A Terapia VAC foi usada somente como uma ponte para o fechamento definitivo da ferida. Três pacientes (9 %) com fistula crônica foram readmitidos entre 1 a 6 meses após o uso da Terapia VAC. Conclusões: A Terapia VAC é uma opção confiável e segura no tratamento da infecção de ferida esternal após cirurgia cardíaca. A Terapia VAC deve ser considerada uma adjuvante eficiente às modalidades de tratamentos convencionais para o tratamento de infecções em feridas extensas e letais após a cirurgia cardíaca, Principalmente na presença de fatores de risco Palavras-chave: Fechamento assistido à vácuo/ Infecção de ferida esternal /Cirurgia cardíaca.