16° TÍTULO: A EXPERIÊNCIA DO PORTADOR DE DOENÇA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM AUTOR(ES): JOÃO VITOR XAVIER DOS SANTOS ORIENTADOR(ES): PAULO FERNANDO BARCELOS BORGES RESUMO O doente renal crônico vivencia severas mudanças no seu viver, convivendo com limitações, com a dor vinculada ao tratamento hemodialítico, com o pensar na morte, com a expectativa de submeter-se ao transplante renal, obtendo assim, uma melhoria em sua qualidade de vida. Esses pacientes dependem de tecnologia avançada para sobreviver, vivenciando inúmeras perdas e mudanças biopsicossociais que interferem na sua qualidade de vida como a perda do emprego, alterações na imagem corporal e as restrições dietéticas e hídricas. Neste sentido, este estudo tem por objetivo compreender a experiência de adoecimento de pacientes com doença renal crônica em tratamento hemodialítico. Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória com abordagem qualitativa. A técnica de coleta de dados será a coleta de dados áudio gravável utilizando a entrevista em profundidade, mediante a entrevista não diretiva. A pergunta que norteará a pesquisa será: Como é para você conviver com a doença renal crônica? Destaca-se a necessidade de conhecer suas experiências para a construção do conhecimento científico, o qual subsidiará as ações profissionais de enfermagem junto a esse cliente. INTRODUÇÃO O doente renal crônico vivencia severas mudanças no seu viver, convivendo com limitações, com a dor vinculada ao tratamento hemodialítico, com o pensar na morte, com a expectativa de submeter-se ao transplante renal, obtendo assim, uma melhoria em sua qualidade de vida. (CESARINO; CASAGRANDE, 1998). Esses pacientes dependem de tecnologia avançada para sobreviver, vivenciando inúmeras perdas e mudanças biopsicossociais que interferem na sua qualidade de vida como a perda do emprego, alterações na imagem corporal e as restrições dietéticas e hídricas (CARREIRA; MARCON, 2003). De acordo com Lima e Gualda (2001), a pessoa submetida ao tratamento hemodialítico pode ser entendida como uma pessoa em desequilíbrio, que está passando por um momento de tensão e ansiedade, sentindo-se constantemente ameaçada. Com o seguimento do tratamento hemodialítico e a confirmação da cronicidade, o doente sofre profundas transformações, distorcendo e reconstruindo sua própria identidade social durante este percurso (GULLO et al., 2000). OBJETIVO Compreender a experiência de adoecimento de pacientes com doença renal crônica em tratamento hemodialítico. METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória com abordagem qualitativa. A população a ser estudada abrangerá o universo dos pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico de um hospital público do interior do estado de São Paulo, os quais atendam aos seguintes critérios de inclusão: maiores de 18 anos, com tempo de tratamento de hemodiálise superior a um ano. A técnica de coleta de dados será a coleta de dados áudio gravável utilizando a entrevista em profundidade, mediante a entrevista não diretiva. A entrevista não diretiva é uma técnica que permite a detecção das atitudes, reconhecimento de significados, motivações, revelações de sentimentos encobertos e implícitos do entrevistado. O entrevistador lança uma pergunta norteadora e através de uma escuta atenta dos relatos do entrevistado ele ajuda o cliente na elaboração mental de seus conflitos sem interferir ou direcionar, já que os recursos encontram-se no próprio cliente; portanto, a função do entrevistador é apenas o auxílio na condução do desenvolvimento e elaboração interior dos sentimentos, ideias e experiências vividas pelo entrevistado e o que estas significam para ele. DESENVOLVIMENTO Diante da metodologia proposta, a pergunta que norteará a pesquisa será: Como é para você conviver com a doença renal crônica? Não há um roteiro prédefinido de entrevista e nem etapas a serem atingidas, e sim, um processo de interação de humano para humano, onde se cria um relacionamento construtivo, espontâneo e autêntico, que resulta em uma forma de entrevista eficaz e amplamente rica. O doente renal crônico vivencia severas mudanças no seu viver, convivendo com limitações e com a dor vinculada ao tratamento hemodialítico. Neste contexto, destaca-se a necessidade de conhecer suas experiências para a construção do conhecimento científico, o qual subsidiará as ações profissionais de enfermagem junto a esse cliente. RESULTADOS PRELIMINARES Após análise bibliográfica, ficou evidente a relevância do tema na área da enfermagem em nefrologia, em especial na compreensão das demandas que envolvem a subjetividade do cuidar do paciente renal crônico. Realizou-se o cadastro junto à Plataforma Brasil e o encaminhamento da documentação ao Comitê de ética do UniSALESIANO, onde se aguarda a aprovação para coleta de dados. FONTES CONSULTADAS CARREIRA L.; MARCON S.S. Cotidiano e trabalho: concepções de indivíduos portadores de insuficiência renal crônica e seus familiares. Revista LatinoAmericana Enfermagem, 2003, novembro-dezembro; v. 11, n. 6, p. 823-831. CESARINO, C. B.; CASAGRANDE, L. D. R. Paciente com insuficiência renal crônica em tratamento hemodialítico: atividade educativa do enfermeiro. Revista LatinoAmericana de Enfermagem, 6, 4, 31-40. 1998. GULLO, A. B. M. et al. Reflexões sobre comunicação na assistência de Enfermagem ao paciente renal crônico. Rev. Esc. Enf. USP, v. 34, n. 2, p. 209- 212, jun. 2000. LIMA, A.F.C.; GUALDA, D.M.R. História oral de vida: buscando o significado da hemodiálise para o paciente renal crônico. Revista Escola de Enfermagem USP 2001; v. 35, n.3, p. 235-241.