orientações de enfermagem ao paciente renal crônico em

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ORIENTAÇÕES DE ENFERMAGEM AO PACIENTE RENAL CRÔNICO EM
HEMODIÁLISE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Suellen Camila Alves dos Santos (Acadêmica de Enfermagem –
UNICENTRO), Adriele Favoretto Santana ( Acadêmica de Enfermagem –
UNICENTRO), Isabella Schroeder Abreu (DENF –UNICENTRO orientadora) email: [email protected]
Universidade Estadual do Centro-Oeste/Setor de Ciências da Saúde/
Departamento de Enfermagem
Palavras-chave: insuficiência renal crônica, hemodiálise, orientações.
Resumo:
O presente estudo originou-se de um projeto de extensão do Departamento
de Enfermagem da UNICENTRO realizado em uma clínica de hemodiálise
no município de Guarapuava-PR, o qual tinha como objetivos realizar
orientações sobre a insuficiência renal crônica, o tratamento hemodialítico e
nutricional, aos pacientes em tratamento na clínica; além de proporcionar
aos alunos do segundo ano do curso de enfermagem a vivência profissional
do enfermeiro em Nefrologia.
Introdução
A insuficiência renal crônica e o tratamento hemodialítico, provocam
uma sucessão de situações para o paciente renal crônico, que compromete
o aspecto não só físico, como psicológico, com repercussões pessoais,
familiares e sociais. Na convivência com estes pacientes, fica clara a
importância da intervenção da enfermagem em busca de solução nas
limitações provocadas pela IRC e o tratamento, sendo necessário um
reaprender a viver de maneira mais humana.
Em função destas dificuldades faz-se necessário a estimulação
destes pacientes, principalmente pela equipe multidisciplinar que presta
cuidados a ele, fazendo com que estes sejam orientados e incentivados no
sentido de adaptarem-se de maneira positiva ao novo estilo de vida e
assumirem o controle de seu tratamento.
A educação do paciente renal é um compromisso do enfermeiro, visto
que é um profissional que atua de forma mais constante e mais próxima dos
pacientes. É este profissional que através da assistência, deve planejar
intervenções educativas junto aos pacientes, de acordo com a avaliação que
realiza, numa tentativa de ajudá-los a reaprender a viver nessa realidade(1).
É essencial a ação educativa com o paciente renal crônico, para
descobrir maneiras de viver dentro dos seus limites, de forma que não seja
contrária ao seu estilo de vida e que consiga conviver com a doença e com o
tratamento hemodialítico . Para que os pacientes assumam os cuidados e
controle do esquema terapêutico, é necessário identificar as suas
necessidades, auxiliá-los a se sentirem responsáveis e capazes de cuidarem
de si mesmos(2).
Tendo em vista as observações acima desenvolvemos um projeto de
extensão entre uma clínica de hemodiálise no município de Guarapuava
-PR, vinculado à Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO,
cuja realização justificou-se pela importância da Educação em Saúde aos
pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico, permitindo desta
forma o bem-estar físico e emocional destes pacientes, além de permitir a
eles, um melhor conhecimento sobre sua doença e sobre o tratamento ao
qual são submetidos, promovendo também a melhoria de sua qualidade de
vida.
Materiais e Métodos
O projeto teve suas atividades desenvolvidas na CLIRE – Clínica de
Doenças Renais Ltda, que atende pacientes renais crônicos em hemodiálise
do município de Guarapuava e região, no período de maio de 2008 a junho
de 2009. As atividades foram desenvolvidas pela docente coordenadora do
projeto, pelos alunos do segundo ano de enfermagem e pela nutricionista da
clínica, duas vezes por semana no período da manhã e tarde, seguindo uma
escala previamente programada pela docente.Os alunos participantes foram
selecionados para o projeto através de entrevista realizada pela
coordenadora. As orientações aos pacientes foram realizadas, através da
utilização de um “álbum seriado”, o qual continha as informações
necessárias ao paciente em relação a Insuficiência Renal Crônica, uso de
medicamentos específicos ao paciente renal, sobre o tratamento
hemodialítico, cuidados com o acesso vascular para hemodiálise e também
sobre as normas e rotinas da clínica, além das orientações nutricionais
específicas. As orientações eram realizadas durante as sessões de
hemodiálise ou ainda na sala de espera previamente à diálise onde
participavam além dos pacientes, os familiares e acompanhantes.
Resultados e Discussão
A insuficiência Renal Crônica e o tratamento hemodialítico, provoca uma
sucessão de situações para o paciente renal crônico, que compromete o
aspecto não só físico, como psicológico, com repercussão pessoais,
familiares e sociais. Na convivência com estes pacientes, ficou clara a
importância da intervenção da enfermagem em busca de solução nas
limitações provocadas pela IRC e o tratamento, sendo necessário um
reaprender a viver, de uma maneira mais humana. Como toda doença
crônica, a doença renal requer um programa de educação voltado para a
saúde, capaz de instruir o cliente sobre todos os aspectos relacionados à
doença e ao tratamento; a compreensão da doença e das modalidades de
tratamento; lhe permitirá participar ativamente de seu autocuidado.
A educação para a saúde é parte integrante do cuidado de
enfermagem, sendo responsabilidade do enfermeiro, coordenar e
participar ativamente do processo. A constante proximidade do
enfermeiro-cliente permite ao enfermeiro uma melhor compreensão das
necessidades educacionais, psicossociais e econômicas de cada cliente,
e faz dele o profissional de eleição para coordenar a atividade de
construção de um bom plano de ensino(3).
O enfermeiro que fornece o conhecimento terá o papel de orientador
na aprendizagem do cliente, visando dar a ele os meios de identificar
problemas capazes de ameaçar sua saúde e de saber como procurar
ajuda, ou mesmo resolvê-los. Quanto maior o conhecimento do cliente
sobre o processo de sua doença e sobre o tratamento, maior será seu
envolvimento no autocuidado, o que trará melhores resultados(3). O
método ideal de educação do cliente renal tem sido um grande desafio
para o enfermeiro (a) nefrologista. Encontra-se na literatura mundial muita
discussão sobre teorias baseadas nos conceitos de Orem para o
autocuidado, em princípios behavioristas ou fenomenológicos(3). Existe
entre esses autores um consenso em relação aos objetivos daquela
educação: Contribuir para o ajustamento do cliente e da família ao regime
de tratamento, informar ao cliente e a família sobre os diversos tipos de
tratamento e terapias de substituição renal disponíveis, instruir o cliente e
a família sobre o modo de reconhecer os sintomas de uremia e de
infecções, fornecer orientação sobre o uso de medicamentos e de seus
efeitos colaterais, familiarizar o cliente com os procedimentos e exames
relacionados ao tratamento dialítico, retardar a progressão da doença e
melhorar a qualidade de vida(3).
I
Conclusões
Apesar de todo avanço técnico-científico e da utilização de equipamentos de
última geração no tratamento hemodialítico, a atuação do enfermeiro
nefrologista é de fundamental importância, tanto para a execução de
técnicas específicas quanto para as atividades educativas com o paciente
renal crônico. As ações educativas realizadas com este paciente devem
principalmente proporcionar a eles a reflexão e a compreensão dos
elementos básicos quanto à realidade da doença e do tratamento em si,
tendo como base as necessidades que estes apresentam.
O projeto realizado nos permitiu enquanto docente e enfermeira
nefrologista e aos discentes participantes, vivenciar a realidade em que
vivem estes pacientes, suas dúvidas, questionamentos, dificuldades em
relação a sua doença e ao tratamento que esta lhe impõe. Nos possibilitou
também a realização das orientações a estes e seus familiares com o
objetivo de propiciar um maior entendimento quanto a este processo e um
reaprender a viver decorrente das mudanças que a IRC lhe impôs,
favorecendo desta forma a adesão dos pacientes ao tratamento e também
visando uma melhoria na sua qualidade de vida.
A participação dos acadêmicos no projeto possibilitou a eles, vivenciar
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